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19 - Demonstração dos fluxos de caixa e das mutações do patrimônio líquido Resultado Primário e Resultado Nominal

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Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 11 
 
1 de 77| www.concursos.com.br 
Contabilidade Pública 
 
 
 
Aula 11 – pós-edital 
Contabilidade Pública para Auditor do TCE/SC 
Profs. Indio Artiaga do Brasil e 
Marcel Guimarães 
2021 
 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 11 
 
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Contabilidade Pública 
Sumário 
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................. 3 
CONCEITO ............................................................................................................................................................. 3 
ESTRUTURA ........................................................................................................................................................... 5 
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ................................................................................................ 8 
CONCEITO ............................................................................................................................................................. 8 
ESTRUTURA ........................................................................................................................................................... 9 
Atividades Operacionais ................................................................................................................................ 11 
Atividades de Investimento ............................................................................................................................ 12 
Atividades de Financiamento ......................................................................................................................... 12 
Estrutura do Quadro Principal ........................................................................................................................ 14 
Estrutura do Quadro das Transferências Recebidas e Concedidas .................................................................... 16 
Estrutura do Quadro de Desembolsos de Pessoal e Demais Despesas por Função e do Quadro de Juros e Encargos 
da Dívida ................................................................................................................................................................ 17 
ASPECTOS RELEVANTES ........................................................................................................................................ 17 
Fluxos de caixa em moeda estrangeira ............................................................................................................ 18 
Juros e dividendos ou distribuições similares .................................................................................................... 18 
Transações que não envolvem caixa ou equivalente de caixa ........................................................................... 18 
Aquisição e venda de controlada e outras unidades operacionais ..................................................................... 19 
Componente de caixa e equivalentes de caixa ................................................................................................. 19 
NOTAS EXPLICATIVAS À DFC .................................................................................................................................. 19 
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DCASP ............................................................................................................ 21 
CONCEITO ........................................................................................................................................................... 21 
ESTRUTURA ......................................................................................................................................................... 22 
Divulgação de Políticas Contábeis .................................................................................................................. 23 
Divulgação de Estimativas ............................................................................................................................. 24 
Gestão de Capital .......................................................................................................................................... 25 
Outras divulgações ........................................................................................................................................ 25 
QUESTÕES COMENTADAS ...................................................................................................................... 26 
LISTA DE QUESTÕES............................................................................................................................... 60 
GABARITO .............................................................................................................................................. 71 
REFLEXÃO .............................................................................................................................................. 71 
RESUMO DIRECIONADO ......................................................................................................................... 72 
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO – DMPL ......................................................................... 72 
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ................................................................................................................. 73 
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DCASP ........................................................................................................................... 76 
 
 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 11 
 
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Contabilidade Pública 
Aula 11 – Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração 
das Mutações do Patrimônio Líquido e Notas Explicativas 
 Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? 
 Veremos nesta mais as últimas demonstrações contábeis do MCASP: a Demonstração dos Fluxos de Caixa – 
DFC e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL, além das Notas Explicativas às 
Demonstrações Contábeis Aplicáveis ao Setor Público. Esse assunto não costuma ser tão exigido em concurso, 
razão pela qual o foco, quando se trata de Demonstrações Contábeis realmente recai no BO, BF, BP e DVP. 
 Entretanto, é possível que apareçam questões sobre esses temas e precisamos estar preparados caso isso 
ocorra. certo? Sem contar que elas tendem a ser mais fáceis exatamente por serem menos exigidas. 
 A aula é curtinha e ainda trata de demonstrações contábeis! Muito tranquilo, certo? 
 Vamos lá! 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
Conceito 
Antes de mais nada, é preciso dizer que a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL é 
obrigatória para as empresas estatais dependentes constituídas sob a forma de sociedades anônimas e 
facultativa para os demais órgãos e entidades dos entes da Federação. 
 
Atenção!! 
Dessa forma, ela é facultativa para a grande maioria dos órgãos e entidades, 
uma vez que é obrigatória apenas para algumas estatais dependentes 
(aquelas constituídas como S/A), tais como a Companhia de 
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – Codevasf, 
Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, Empresa Brasil de 
Comunicação S.A – EBC, entre outras. 
Dito isso, vejamos o conceito da DMPL conforme o MCASP: 
A Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido (DMPL) demonstrará a evolução (aumento ou 
redução) do patrimônio líquido da entidade durante um período. 
 Dentre os itens que devem ser demonstrados, o MCASP elenca os seguintes: 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
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 Aula 11 
 
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a) o resultado do período; 
b) cada item de receita e de despesa do período que seja reconhecido diretamente nopatrimônio líquido 
em virtude de norma específica. Ex.: aumento ou redução por reavaliação e ganhos, quando utilizada 
a reserva de reavaliação, ou perdas decorrentes de ajustes específicos de conversão para moeda 
estrangeira; 
c) os ajustes de exercícios anteriores; 
d) a destinação do resultado. Ex.: constituição de reservas e a distribuição de dividendos; 
e) as transações de capital com os proprietários. Ex.: o aumento de capital, a aquisição ou venda de 
ações em tesouraria, os juros sobre capital próprio e as distribuições aos proprietários; 
f) para cada item do patrimônio líquido divulgado, os efeitos das alterações nas políticas contábeis e 
da correção de erros. 
 Esquematicamente: 
 
Atenção!! 
A DMPL integra o Anexo de Metas fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias 
por força do disposto na LRF, art. 4º, §§1º e 2º. 
 Vamos ver como esse assunto é exigido em prova. 
Questão para fixar 
(Fapec – UFMS – 2018) Nos termos do Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público, é correto afirmar que 
a Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido – DMPL complementa o: 
 A) Balanço Patrimonial. 
 B) Anexo de Metas Fiscais. 
 C) Resultado Resumido das Operações Financeiras. 
 D) Relatório de Gestão Fiscal. 
 E) Balanço Orçamentário. 
RESOLUÇÃO: 
 Pessoal, conforme dispõe o art. 4º, §§ 1º e 2º, da LRF, a DMPL deve integrar o Anexo de Metas Fiscais da 
LDO. Vejamos os dispositivos legais: 
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 Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e: [...] 
 § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, 
em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, 
para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
 § 2º O Anexo conterá, ainda: 
 III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos 
obtidos com a alienação de ativos; 
 Dessa forma, está certa a alternativa B). 
Gabarito: LETRA B 
Estrutura 
A seguir, temos a estrutura da DMPL: 
<ENTE DA FEDERAÇÃO> 
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Exercício: 20XX 
Especificação 
Pat. 
Social / 
Capital 
Social 
Adiantamento 
para Futuro 
Aumento de 
Capital (AFAC) 
Reserva 
de 
Capital 
Ajustes de 
Avaliação 
Patrimonial 
Pat. 
Social / 
Capital 
Social 
Demais 
Reservas 
Resultados 
Acumulados 
Ações/ 
Cotas em 
Tesouraria 
TOTAL 
Saldos 
iniciais 
 
Ajustes de 
Exercícios 
Anteriores 
 
Aumento de 
capital 
 
Resgate / 
Reemissão de 
Ações e Cotas 
 
Juros sobre 
capital 
próprio 
 
Resultado do 
exercício 
 
Ajustes de 
avaliação 
patrimonial 
 
Constituição / 
Reversão de 
reservas 
 
Dividendos a 
distribuir (R$ 
... por ação) 
 
Saldos finais 
Segundo o MCASP, a DMPL é elaborada utilizando-se o grupo 3 (Patrimônio Líquido) da classe 2 (Passivo e 
Patrimônio Líquido). Vejamos: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art165%C2%A72
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2 – Passivo e Patrimônio Líquido 
 2.1 – Passivo Circulante 
 2.2 – Passivo Não Circulante 
 2.3 – Patrimônio Líquido 
 2.3.1 – Patrimônio Social e Capital Social 
 2.3.2 – Adiantamento para Futuro Aumento de Capital 
 2.3.3 – Reservas de Capital 
 2.3.4 – Ajustes de Avaliação Patrimonial 
 2.3.5 – Reservas de Lucros 
 2.3.6 – Demais Reservas 
 2.3.7 – Resultados Acumulados 
 2.3.9 – Ações/Cotas em Tesouraria 
Assim, notem que as colunas da DMPL nada mais são do que os subgrupos do patrimônio líquido, cujos 
conceitos vimos na aula sobre Balanço Patrimonial e que exporemos a seguir: 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Patrimônio Social e Capital Social: compreende o patrimônio social das autarquias, fundações e fundos e o capital 
social das demais entidades da administração indireta. 
Adiantamento Para Futuro Aumento de Capital: compreende os recursos recebidos pela entidade de seus 
acionistas ou quotistas destinados a serem utilizados para aumento de capital, quando não haja a possibilidade de 
devolução destes recursos. 
Reservas de Capital: compreende os valores acrescidos ao patrimônio que não transitaram pelo resultado como 
variações patrimoniais aumentativas (VPA). 
Ajustes de Avaliação Patrimonial: compreende as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a 
elementos do ativo e do passivo em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos pela lei 6.404/76 
ou em normas expedidas pela comissão de valores mobiliários, enquanto não computadas no resultado do exercício 
em obediência ao regime de competência. 
Reservas de Lucros: compreende as reservas constituídas com parcelas do lucro líquido das entidades para 
finalidades especificas. 
Demais Reservas: compreende as demais reservas, não classificadas como reservas de capital ou de lucro, inclusive 
aquelas que terão seus saldos realizados por terem sido extintas pela legislação. 
Resultados Acumulados: compreende o saldo remanescente dos lucros ou prejuízos líquidos das empresas e os 
superávits ou déficits acumulados da administração direta, autarquias, fundações e fundos. 
Ações / Cotas em Tesouraria: compreende o valor das ações ou cotas da entidade que foram adquiridas pela própria 
entidade. 
 
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Já as linhas da DMPL descrevem as mudanças que os itens do Patrimônio Líquido estão passíveis de sofrer, 
as quais foram elencadas de modo exemplificativo no início desta aula. 
Ainda, o MCASP ressalta que o preenchimento de cada célula do quadro deverá conjugar os critérios 
informados nas colunas com os critérios informados nas linhas. Os dados dos pares de lançamentos desses 
critérios poderão ser extraídos através de contas de controle, atributos de contas, informações complementares 
ou outra forma definida pelo ente. Assim, nas colunas, são apresentadas as contas contábeis das quais os dados 
devem ser extraídos, enquanto as linhas delimitam o par de lançamento de tais contas. 
 Exemplificadamente, supondo um aumento de capital em dinheiro, o preenchimento da coluna "Patrimônio 
Social / Capital Social" e da linha "Aumento de Capital" deverá extrair os dados do respectivo par de lançamentos 
com as contas “1.1.1.0.0.00.00 – Caixa e Equivalentes de Caixa” e “2.3.1.0.0.00.00 – Patrimônio Social e Capital 
Social”. 
 Vejamos um exemplo de DMPL da Advocacia-Geral da União referente ao exercício de 2017: 
 
 Conforme dito anteriormente, a DMPL é facultativa para a grande maioria dos órgãos e entidades, mas foi 
elaborada por diversos órgãos da União em 2017, tais como a Advocacia-Geral da União. Compreendido o exemplo 
(se as letras miúdas tiverem deixado)? 
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Questão para fixar 
(Comperve – UFRN – 2017) A Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido (DMPL) demonstra evidencia 
a evolução do patrimônio líquido da entidade. Considere as seguintes afirmações acerca da DMPL: 
I- A DMPL é facultativa para as empresas estatais dependentes, desde que constituídas sob a forma de sociedades 
anônimas. 
II- A DMPL é obrigatória para os demais órgãos e entidades dos entes da Federação. 
III- A DMPL complementa o Anexo de Metas Fiscais (AMF), integrante do Projeto de Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO). 
IV- A DMPL demonstra, entre outros valores, o das Ações ou Cotas em Tesouraria que foram adquiridas pela 
própria entidade.Das afirmações, estão corretas 
 A) I e II. 
 B) III e IV. 
 C) I e III. 
 D) II e IV. 
RESOLUÇÃO: 
 A afirmativa I está errada, pois a DMPL é obrigatória para as estatais dependentes, constituídas sob a forma 
de sociedades anônimas (MCASP 8ª ed., pg. 457). Igualmente, a afirmativa II também está errada porque a DMPL 
é obrigatória para as os demais órgãos e entidades dos entes da Federação (MCASP 8ª ed., pg. 457). 
 A afirmativa III está certa, pois a DMPL realmente integra o Anexo de Metas Fiscais integrante do Projeto de 
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) (MCASP 8ª ed., pg. 457). 
 Por fim, a afirmativa IV está certa, pois, sendo as Ações ou Cotas em Tesouraria um item do patrimônio 
líquido, tem-se que são evidenciados na DMPL (MCASP 8ª ed., pg. 459). 
 Dessa forma, como as afirmativas III e IV estão corretas, tem-se que a alternativa B) está certa. 
Gabarito: CERTO 
 Com isso, finalizamos o assunto da DMPL! Passemos agora à Demonstração dos Fluxos de Caixa! 
Demonstração dos Fluxos de Caixa 
Além do MCASP, a NBC TSP 12 disciplina os procedimentos contábeis relativos ao objetivo, definições e 
estrutura da Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC. 
Conceito 
Vejamos o conceito da Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC segundo o MCASP: 
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) apresenta as entradas e saídas de caixa e as classifica em 
fluxos operacional, de investimento e de financiamento. 
Além disso, o MCASP estabelece que a DFC identificará: 
a) as fontes de geração dos fluxos de entrada de caixa; 
b) os itens de consumo de caixa durante o período das demonstrações contábeis; e 
c) o saldo do caixa na data das demonstrações contábeis. 
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Esquematicamente: 
 
O objetivo dessa demonstração contábil que evidencia os fluxos de caixa de uma entidade é: 
Permitir aos usuários avaliar como a entidade do setor público obteve recursos para financiar suas 
atividades e a maneira como os recursos de caixa foram utilizados. Tais informações são úteis para 
fornecer aos usuários das demonstrações contábeis informações para prestação de contas e 
responsabilização (accountability) e tomada de decisão. 
Antes de prosseguirmos com o procedimento de elaboração da DFC e com sua respectiva estrutura, faz-se 
necessário vermos algumas definições relacionadas a essa demonstração contábil. Vejamos: 
Caixa: compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. 
Equivalentes de caixa: são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente 
conversíveis em valor conhecido de caixa e que estão sujeitas a insignificante risco de mudança de valor. 
Investimento normalmente se qualifica como equivalente de caixa somente quando tiver vencimento de 
curto prazo de, por exemplo, três meses ou menos a partir da data de aquisição. Em regra, os 
investimentos em ações de outras entidades são excluídos dos equivalentes de caixa. 
Fluxos de caixa: são as entradas e as saídas de caixa e de equivalentes de caixa. Os fluxos de caixa excluem 
movimentos entre itens que constituem caixa ou equivalentes de caixa porque esses componentes são 
parte da gestão de caixa da entidade e não parte de suas atividades operacionais, de investimento e de 
financiamento. A gestão de caixa inclui o investimento do excesso de caixa em equivalentes de caixa. 
Atividades operacionais: são as atividades da entidade que não as de investimento e de financiamento. 
Atividades de investimento: são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros 
investimentos não incluídos em equivalentes de caixa. 
Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do 
capital próprio e no endividamento da entidade. 
Estrutura 
Segundo o MCASP, a DFC é composta por: 
Quadro Principal: elenca os fluxos de caixa das atividades operacionais, de investimento e de 
financiamento, bem como o caixa e equivalente de caixa inicial e final. 
Quadro de Transferências Recebidas e Concedidas: relaciona as transferências inter e 
intragovernamentais e outras transferências recebidas e concedidas; 
Quadro de Desembolsos de Pessoal e Demais Despesas por Função: elenca os desembolsos de pessoal 
e demais despesas detalhando-os por função. 
Quadro de Juros e Encargos da Dívida: relaciona juros e correção monetária da dívida interna e externa, 
bem como outros encargos da dívida. 
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Para a elaboração da DFC, o MCASP informa que são utilizadas as contas da classe 6 (Controle da Execução 
do Planejamento e Orçamento) do PCASP, com filtros pelas com filtros pelas naturezas orçamentárias de 
receitas e despesas, bem como funções e subfunções, assim como outros filtros e contas necessários para 
marcar a movimentação extraorçamentária que eventualmente transita pela conta Caixa e Equivalentes de 
Caixa. 
O MCASP estabelece ainda que a DFC deve ser elaborada pelo método direto e, conforme o conceito da 
DFC que estudamos anteriormente, deve evidenciar as alterações de caixa e equivalentes de caixa verificadas no 
exercício de referência, classificadas nos seguintes fluxos, de acordo com as atividades da entidade: operacionais, 
de investimento e de financiamento. 
Aqui é a parte em que você diria: “Espera, tem algo estranho! Como assim método direto!?” 
 
Nada tema! O MCASP não conceitua “método direto” e não faz menção a outro tipo de método para elaborar 
a DFC. Para fins de resolução de questões, basta ter em mente que o método direto divulga os principais 
recebimentos e pagamentos brutos e o método indireto parte do superavit ou deficit patrimonial, sendo ajustado 
pelos efeitos de transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por 
competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos 
efeitos de itens de receita ou despesa orçamentária associados com fluxos de caixa das atividades de investimento 
ou de financiamento. 
A soma dos três fluxos deverá corresponder à diferença entre os saldos iniciais e finais de Caixa e 
Equivalentes de Caixa do exercício de referência. Esquematicamente: 
Fluxo operacional + Fluxo de investimento + Fluxo de financiamento = 
Caixa e Equivalentes de Caixa final – Caixa e Equivalentes de Caixa inicial 
Na sequência, vamos ver mais detalhes e exemplos acerca das atividades operacional, de investimento e de 
financiamento. 
Atenção!! 
A MAIORIA ESMAGADORA das questões de concurso sobre a DFC exige do 
candidato que ele identifique as transações como fluxos de atividades 
operacional, de investimento ou de financiamento, sendo que algumas 
objetivam, ainda, que o aluno calcule a geração ou o consumo de caixa 
resultante desses fluxos. 
Se você escolher aprender apenas um dos assuntos sobre DFC que seja esse! 
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Atividades Operacionais 
Novamente, vamos ver a definição de atividades operacionais: 
Atividades operacionais são as atividades da entidade que não as de investimento e de financiamento, 
sendo que as de investimento resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e 
no endividamento da entidade e as financiamento referem-se à aquisição e à venda de ativos de longo 
prazo e de outros investimentos não incluídos em equivalentes de caixa. 
Segundo o MCASP, o montante dos fluxos de caixa líquidos decorrentes das atividades operacionais é um 
indicador-chave da extensão na qual as operações da entidade são financiadas. 
a) por meio de tributos (direta e indiretamente) fontes de geração dos fluxos de entrada de caixa; 
b) pelos destinatários dos bens eserviços oferecidos pela entidade. 
O montante dos fluxos de caixa das atividades operacionais também auxilia ao demonstrar a condição da 
entidade de manter sua capacidade operacional, amortizar empréstimos, pagar dividendos ou distribuições 
similares e fazer novos investimentos sem recorrer a fontes externas de financiamento. 
Atenção!! 
Os fluxos de caixa operacionais consolidados do setor público 
proporcionam uma indicação da proporção em que o governo vem 
financiando suas atividades correntes por meio da tributação e outras 
cobranças. 
São exemplos de fluxos de caixa relacionados às atividades operacionais: 
 
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Atividades de Investimento 
Comecemos pela definição de atividades de investimento 
Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros 
investimentos não incluídos em equivalentes de caixa. 
Somente saídas de caixa que resultam em ativo reconhecido nas demonstrações contábeis são passíveis de 
classificação como atividades de investimento. 
Atenção!! 
Os fluxos de caixa decorrentes das atividades de investimento 
representam a extensão em que as saídas de caixa são realizadas com a 
finalidade de contribuir para a futura prestação de serviços pela entidade. 
São exemplos de fluxos de caixa relacionados às atividades de investimento: 
 
Atividades de Financiamento 
Vamos começar com a definição de atividades de financiamento: 
Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do 
capital próprio e no endividamento da entidade. 
 
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Atenção!! Transferências de capital também integram os ingressos de fluxos de 
caixa das atividades de financiamento. 
A divulgação dos fluxos de caixa decorrentes das atividades de financiamento é importante para a previsão 
de exigências de fluxos futuros por parte dos provedores de capital. São exemplos de fluxos de caixa relacionados 
às atividades de financiamento: 
 
Uma boa dica, em geral, para lembrar os fluxos referentes a cada tipo de atividade é a seguinte: 
 
 
 
A seguir, vejamos a estrutura dos quadros que compõem a DFC: 
Operacionais Sempre receitas correntes; despesas efetivas
Investimento Venda e compra de bens de capital; dívida concedida
Financiamento Operações de crédito; dívida contraída
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Estrutura do Quadro Principal 
<ENTE DA FEDERAÇÃO> 
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 
Exercício: 20XX 
 Nota Exercício Atual Exercício Anterior 
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 
Ingressos 
 Receita Tributária 
 Receita de Contribuições 
 Receita Patrimonial 
 Receita Agropecuária 
 Receita Industrial 
 Receita de Serviços 
 Remuneração das Disponibilidades 
 Outras Receitas Derivadas e Originárias 
 Transferências recebidas 
Desembolsos 
 Pessoal e demais despesas 
 Juros e encargos da dívida 
 Transferências concedidas 
 Outros desembolsos operacionais 
Fluxos de caixa líquido das atividades operacionais (I) 
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS 
Ingressos 
 Alienação de bens 
 Amortização de empréstimos e financiamentos concedidos 
 Outros ingressos de investimentos 
Desembolsos 
 Aquisição de ativo não circulante 
 Concessão de empréstimos e financiamentos 
 Outros desembolsos de investimentos 
Fluxos de caixa líquido das atividades de investimento (II) 
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 
Ingressos 
 Operações de crédito 
 Integralização do capital social de empresas dependentes 
 Outros ingressos de financiamento 
Desembolsos 
 Amortização/Refinanciamento da dívida 
 Outros desembolsos de financiamentos 
Fluxos de caixa líquido das atividades de financiamento (III) 
GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E QUIVALENTE DE CAIXA (I+II+III) 
Caixa e Equivalentes de Caixa Inicial 
Caixa e Equivalentes de Caixa Final 
A totalização dos fluxos de caixa líquidos de cada atividade é calculada com a diferença entre os ingressos e 
os desembolsos de cada atividade. 
Vamos detalhar alguns dos conceitos que aparecem no quadro principal da DFC: 
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FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 
Ingressos das Operações 
 Compreendem as receitas relativas às atividades operacionais líquidas das respectivas deduções e as 
transferências correntes recebidas. 
Desembolsos das Operações 
 Compreendem as despesas relativas às atividades operacionais, demonstrando-se os desembolsos de 
pessoal, os juros e encargos sobre a dívida, as transferências concedidas e demais desembolsos das 
operações. 
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 
Ingressos de Investimento 
 Compreendem as receitas referentes à alienação de ativos não circulantes e de amortização de 
empréstimos e financiamentos concedidos. 
Desembolsos de Investimento 
 Compreendem as despesas referentes à aquisição de ativos não circulantes e as concessões de 
empréstimos e financiamentos. 
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 
Ingressos de Financiamento 
 Compreendem as obtenções de empréstimos, financiamentos e demais operações de crédito, inclusive 
o refinanciamento da dívida. Compreendem também a integralização do capital social de empresas 
dependentes. 
Desembolsos de Financiamento 
 Compreendem as despesas com amortização e refinanciamento da dívida. 
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 
 Compreende o numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis, além das aplicações 
financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido 
de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Inclui, ainda, a receita 
orçamentária arrecadada que se encontra em poder da rede bancária em fase de recolhimento. 
Passemos agora ao Quadro das Transferências Recebidas e Concedidas. 
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Estrutura do Quadro das Transferências Recebidas e Concedidas 
<ENTE DA FEDERAÇÃO> 
QUADRO DE TRANSFERÊNCIAS RECEBIDAS E CONCEDIDAS 
Exercício: 20XX 
 Exercício Atual Exercício Anterior 
TRANSFERÊNCIA CORRENTES RECEBIDAS 
Intergovernamentais 
 da União 
 de Estados e Distrito Federal 
 de Municípios 
 
Intragovernamentais 
 
Outras transferências correntes recebidas 
 
Total das Transferências Correntes Recebidas 
TRANSFERÊNCIA CONCEDIDAS 
Intergovernamentais 
 da União 
 de Estados e Distrito Federal 
 de Municípios 
 
Intragovernamentais 
 
Outras transferências correntes recebidas 
 
Total das Transferências Correntes concedidas 
Igualmente, vejamos alguns dos conceitos que aparecem no quadro de transferências recebidas e 
concedidas: 
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 
Transferências Intergovernamentais 
 Compreendem as transferências de recursos entre entes da Federação distintos. 
Transferências Intragovernamentais 
 Compreendem as transferências de recursos no âmbito de um mesmo ente da Federação. 
 Passemos agora à estrutura dos dois últimos quadro da DFC, o Quadro de Desembolsos de Pessoal e 
Demais Despesas por Função e Quadro de Juros e Encargos da Dívida. 
 
 
 
 
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Estrutura do Quadrode Desembolsos de Pessoal e Demais Despesas por Função e do Quadro de 
Juros e Encargos da Dívida 
 <ENTE DA FEDERAÇÃO> 
QUADRO DE DESEMBOLSOS DE PESSOAL E DEMAIS DESPESAS POR FUNÇÃO 
Exercício: 20XX 
 Exercício Atual Exercício Anterior 
Legislativa 
Judiciária 
Essencial à Justiça 
Administração 
Defesa Nacional 
Segurança Pública 
Relações exteriores 
Assistência Social 
Previdência Social 
Saúde 
Trabalho 
Educação 
Cultura 
Direitos da Cidadania 
Urbanismo 
Habitação 
Saneamento 
Gestão Ambiental 
Ciência e Tecnologia 
Agricultura 
Organização Agrária 
Indústria 
Comércio e Serviços 
Comunicações 
Energia 
Transporte 
Desporto e Lazer 
Encargos Especiais 
 
Total dos Desembolsos de Pessoal e Demais despesas por Função 
 
 
 
<ENTE DA FEDERAÇÃO> 
QUADRO DE JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA 
Exercício: 20XX 
 Exercício Atual Exercício Anterior 
Juros e Correção Monetária da Dívida Interna 
Juros e Correção Monetária da Dívida Externa 
Outros Encargos da Dívida 
 
Total dos Juros e Encargos da Dívida 
Aspectos relevantes 
O MCASP menciona alguns aspectos relevantes acerca da DFC, relativos a 
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a) Fluxos de caixa em moeda estrangeira; 
b) Juros e dividendos ou distribuições similares; 
c) Transações que não envolvem caixa ou equivalente de caixa; 
d) Aquisição e venda de controlada e outras unidades operacionais; e 
e) Componente de caixa e equivalentes de caixa. 
Vejamos a seguir o detalhamento que o MCASP traz acerca dos assuntos supramencionados. 
Fluxos de caixa em moeda estrangeira 
 Os fluxos de caixa decorrentes de transações em moeda estrangeira devem ser registrados na moeda 
funcional da entidade, convertendo-se o valor em moeda estrangeira à taxa cambial na data da ocorrência do 
fluxo de caixa. 
 O MCASP explica que ganhos e perdas não realizados resultantes de mudanças nas taxas de câmbio de 
moedas estrangeiras não são fluxos de caixa. Todavia, o efeito das mudanças nas taxas cambiais sobre o caixa e 
equivalentes de caixa, mantidos ou devidos em moeda estrangeira, deve ser apresentado na demonstração dos 
fluxos de caixa, a fim de conciliar o caixa e equivalentes de caixa no começo e no fim do período. Esse valor deve 
ser apresentado separadamente dos fluxos de caixa das atividades operacionais, de investimento e de 
financiamento e inclui as diferenças, se existirem, caso tais fluxos de caixa tenham sido convertidos e registrados 
com base nas taxas de câmbio do fim do período 
Juros e dividendos ou distribuições similares 
 Conforme o MACSP, para fins de padronização e consolidação das contas públicas e, considerando que os 
juros pagos e recebidos compõem o cálculo do resultado do exercício, recomenda-se sua classificação como fluxo 
das atividades operacionais. 
 Os dividendos ou distribuições similares recebidas devem ser classificados como fluxo de atividades de 
investimento, enquanto os dividendos e distribuições similares pagos devem ser classificados como fluxos de 
caixa de financiamento, porque são custos da obtenção de recursos financeiros. 
Transações que não envolvem caixa ou equivalente de caixa 
 Muitas atividades de investimento e de financiamento não impactam diretamente os fluxos de caixa 
correntes, embora afetem a estrutura de capital e de ativos da entidade. 
 São exemplos de transações que não envolvem caixa ou equivalentes de caixa: 
a) aquisição de ativos por meio da troca de ativos, por meio da assunção direta do respectivo passivo ou 
ainda por meio de arrendamento financeiro; 
b) a conversão de dívida com terceiros em patrimônio líquido. 
 Transações de investimento e de financiamento que não envolvam o uso de caixa ou equivalentes de caixa 
não devem ser incluídas na demonstração dos fluxos de caixa. Tais transações devem ser divulgadas nas notas 
explicativas às demonstrações contábeis, quando relevantes. 
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Aquisição e venda de controlada e outras unidades operacionais 
 Os fluxos de caixa agregados decorrentes da aquisição e da alienação de entidades controladas ou outras 
unidades operacionais devem ser apresentados separadamente e classificados como atividades de investimento. 
 A entidade deve divulgar, de modo agregado, com relação tanto à aquisição quanto à venda das entidades 
controladas ou outras unidades operacionais durante o período, cada um dos seguintes itens: 
a) o valor total pago para aquisição ou o valor total recebido na venda; 
b) a parcela do valor total da compra ou da venda que foi paga ou recebida exclusivamente por meio de 
caixa e equivalentes de caixa; 
c) montante de caixa e equivalentes de caixa de entidade controlada ou de outra unidade operacional 
adquirida ou vendida; e 
d) o montante dos ativos e passivos, exceto caixa e equivalentes de caixa, reconhecidos pela entidade 
controlada ou por outra unidade operacional adquirida ou vendida, resumido pelas principais 
classificações. 
Componente de caixa e equivalentes de caixa 
 Segundo o MCASP, a entidade deve divulgar os componentes de caixa e equivalentes de caixa e deve 
apresentar a conciliação dos valores em sua demonstração dos fluxos de caixa com os respectivos itens 
apresentados no balanço patrimonial. 
 Em função da variedade de práticas de gestão de caixa e de produtos bancários, a entidade deve divulgar a 
política que adota na determinação da composição do caixa e equivalentes de caixa. 
 Ainda conforme o MCASP, tal divulgação inclui a forma de tratamento dos depósitos restituíveis e valores 
vinculados. Quando a entidade incluir tais valores na composição de caixa e equivalentes de caixa, deverá destacá-
los em notas explicativas, ressaltando o fato de que tais recursos, embora em poder do ente público, não podem 
ser por ele utilizados. 
Notas explicativas à DFC 
 Segundo o MCASP, a DFC deverá ser acompanhada de notas explicativas quando os itens que compõem os 
fluxos de caixa forem relevantes. 
 Essa divulgação em nota explicativa deve evidenciar os valores significativos de saldos de caixa e 
equivalentes de caixa que não estejam disponíveis para uso pela entidade econômica, juntamente com 
comentários da administração. Exemplos: saldos de caixa e equivalentes de caixa em poder de entidade 
controlada no qual se apliquem restrições legais que impeçam o uso, depósitos de terceiros, quando classificados 
como caixa e equivalente de caixa. 
 O MCASP recomenda divulgar as informações sobre: 
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a) o montante de linhas de crédito obtidas, mas não utilizadas, que podem estar disponíveis para futuras 
atividades operacionais e para satisfazer a compromissos de capital, indicando restrições, se houver, 
sobre o uso de tais linhas de crédito; 
b) o montante e a natureza de saldos de caixa não disponíveis; 
c) descrição dos itens incluídos no conceito de caixa e equivalente de caixas; e 
d) conciliação do saldo de caixa e equivalente de caixas apresentado na DFC com o valor apresentado no 
Balanço Patrimonial, justificando eventuais diferenças. 
 
Atenção!! 
O MCASP ressalta que as transações de investimento e financiamento que 
não envolvem o uso de caixa ou equivalentes de caixa, como aquisições 
financiadas de bens e arrendamento financeiro, não devem ser incluídas na 
DFC. 
Tais transações devem ser divulgadas nas notas explicativas à 
demonstração, de modo que forneçam todas as informações relevantes sobre 
essas transações. 
 Para encerrarmos essa parte, tem-se que o MCASP destaca que algumas operações podem interferir na 
elaboração daDFC, como, por exemplo, as retenções. Essas retenções ocorrem na execução da despesa 
orçamentária e objetivam “reter” o imposto devido (tais como ISS ou ICMS) pela pessoa (física ou jurídica) que está 
sendo paga Poder Público em troca do fornecimento de um bem ou da prestação de um serviço, por exemplo. 
Dependendo da forma como as retenções são contabilizadas, os saldos de caixa e equivalente de caixa podem ser 
afetados. 
 Nesse caso, a diferença refere-se ao aspecto temporal de quando foi realizada a retenção. Se o ente 
considerar a retenção como paga no momento da liquidação, então deverá promover um ajuste no saldo da conta 
caixa e equivalentes de caixa a fim de demonstrar que há um saldo vinculado a ser deduzido. Entretanto, se o ente 
considerar a retenção como paga apenas na baixa da obrigação, nenhum ajuste será promovido. Dessa forma, 
eventuais ajustes relacionados às retenções deverão ser evidenciados em notas explicativas. 
 Por fim, uma vez que não será possível reproduzir a DFC a título exemplificativo, dado o seu tamanho 
extenso, fica a sugestão de consulta no seguinte link: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/-/balanco-geral-da-
uniao, bastando selecionar o órgão de sua preferência no menu correspondente à DFC. 
 Vamos ver como esse assunto é exigido em prova. 
Questão para fixar 
(FCC – TST – 2017) Em uma situação hipotética, no exercício financeiro de 2016, uma entidade pública recebeu 
uma transferência intragovernamental no valor de R$ 600.000,00 para cobrir despesas correntes. Assim, de acordo 
com as determinações do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, em 31/12/2016, tal transferência foi 
classificada na Demonstração dos Fluxos de Caixa da entidade pública como ingresso nos fluxos de caixa das 
atividades: 
 A) de investimento e foi evidenciada no Quadro de Transferências Recebidas e Concedidas que compõe a 
Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/-/balanco-geral-da-uniao
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 B) de financiamento e foi evidenciada no Quadro de Receitas Derivadas e Originárias que compõe a 
Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
 C) de financiamento e foi evidenciada no Quadro de Transferências Recebidas e Concedidas que compõe a 
Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
 D) operacionais e foi evidenciada no Quadro de Receitas Derivadas e Originárias que compõe a 
Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
 E) operacionais e foi evidenciada no Quadro de Transferências Recebidas e Concedidas que compõe a 
Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
RESOLUÇÃO: 
 Pessoal, para resolver questões desse tipo, basta lembrar das definições dos tipos de atividade e a nossa dica 
para classificar as transações: 
 
 
 O recebimento de transferências governamentais para cobrir despesas correntes são transferências 
correntes. Assim, são ingressos de fluxos de atividade operacionais. Além disso, o quadro da DFC que relaciona 
tais transferências é o Quadro de Transferências Recebidas e Concedidas, que relaciona as transferências inter 
e intragovernamentais e outras transferências recebidas e concedidas. 
 Assim, está certa a alternativa E). 
Gabarito: LETRA E 
Notas Explicativas às DCASP 
Pessoal, essa última parte é bem conceitual e não tem muito o que inventar além do que consta no MCASP. 
Mas seremos breves! 
Conceito 
Vocês já devem ter entendido que as Notas Explicativas são informações adicionais às apresentadas nos 
quadros das DCASP e são consideradas parte integrante das demonstrações. 
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Seu objetivo é facilitar a compreensão das demonstrações contábeis a seus diversos usuários. Portanto, 
devem ser claras, sintéticas e objetivas. 
As Notas Explicativas englobam informações de qualquer natureza exigidas pela lei, pelas normas contábeis 
e outras informações relevantes não suficientemente evidenciadas ou que não constam nas demonstrações. 
Esquematicamente: 
 
Desse modo, neste tópico veremos como são estruturadas as Notas Explicativas das DCASP. 
Estrutura 
Segundo o MCASP, as Notas Explicativas devem ser apresentadas de forma sistemática. Cada quadro ou 
item a que uma nota explicativa se aplique deverá ter referência cruzada com a respectiva nota explicativa. 
A fim de facilitar a compreensão e a comparação das DCASP com as de outras entidades, o MCASP sugere 
que as Notas Explicativas sejam apresentadas na seguinte ordem: 
a) Informações gerais: 
 a.1) Natureza jurídica da entidade; 
 a.2) Domicílio da entidade; 
 a.3) Natureza das operações e principais atividades da entidade; 
 a.4) Declaração de conformidade com a legislação e com as normas de contabilidade aplicáveis. 
b) Resumo das políticas contábeis significativas, por exemplo: 
 b.1) Bases de mensuração utilizadas, por exemplo: custo histórico, valor realizável líquido, valor justo 
ou valor recuperável; 
 b.2) Novas normas e políticas contábeis alteradas; 
 b.3) Julgamentos pela aplicação das políticas contábeis. 
c) Informações de suporte e detalhamento de itens apresentados nas demonstrações contábeis pela 
ordem em que cada demonstração e cada rubrica sejam apresentadas; 
d) Outras informações relevantes, por exemplo: 
 d.1) Passivos contingentes e compromissos contratuais não reconhecidos; 
 d.2) Divulgações não financeiras, tais como: os objetivos e políticas de gestão do risco financeiro da 
entidade, pressupostos das estimativas; 
 d.3) Reconhecimento de inconformidades que podem afetar a compreensão do usuário sobre o 
desempenho e o direcionamento das operações da entidade no futuro; 
 d.4) Ajustes decorrentes de omissões e erros de registro. 
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Esquematicamente: 
 
 
Divulgação de Políticas Contábeis 
A entidade deve divulgar resumo de políticas contábeis significativas, incluindo: 
a) a base de mensuração utilizada na elaboração das demonstrações contábeis; 
b) o grau em que a entidade tem aplicado qualquer disposição transitória de outra norma; 
c) outras políticas contábeis utilizadas que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações 
contábeis. 
Conforme o MCASP, políticas contábeis são os princípios, bases, convenções, regras e procedimentos 
específicos aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação de demonstrações contábeis. 
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Dessa forma, ao decidir se determinada política contábil específica será ou não evidenciada, a administração 
deve considerar se sua evidenciação proporcionará aos usuários melhor compreensão da forma em que as 
transações, condições e outros eventos, estão refletidos no resultado e na posição patrimonial relatados. 
Cada entidade deve considerar a natureza das suas operações e as políticas que os usuários de suas 
demonstrações contábeis esperam que sejam divulgadas. 
Exemplo: espera-se que entidades do setor público evidenciem suas políticas contábeis para reconhecimento das 
receitas de impostos, doações e outras formas de receitas de transações sem contraprestação em bens e serviços. 
 Vamos ver os três itens sobre resumo de políticas contábeis detalhados a seguir: 
 No caso de Bases de Mensuração, se faz importante que os usuários estejam informados quais bases foram 
utilizadas nas demonstrações contábeis (por exemplo, custo histórico, custo corrente, valor realizável líquido, 
valor justo ou valor recuperável). Isso porque a base sobre a qual as demonstrações contábeis são elaboradas afeta 
significativamente a análise dos usuários. 
 Quando mais de uma base de mensuraçãofor utilizada nas demonstrações contábeis, por exemplo, quando 
determinadas classes de ativos são reavaliadas, é suficiente divulgar uma indicação das categorias de ativos e de 
passivos à qual cada base de mensuração foi aplicada. 
 Um caso especial de registro em notas explicativas são os ativos obtidos a título gratuito ou, ainda, a 
eventual impossibilidade de sua valoração. 
 No caso de Alteração de Políticas Contábeis, a entidade deve divulgá-la em nota explicativa apenas se: 
a) for exigida pelas normas de contabilidade aplicáveis; 
b) resultar em informação confiável e mais relevante sobre os efeitos das transações, outros eventos ou 
condições acerca da posição patrimonial, do resultado patrimonial ou dos fluxos de caixa da entidade. 
Ainda, devem ser divulgados em notas explicativas os casos de Julgamentos pela Aplicação das Políticas 
Contábeis exercidos pela aplicação das políticas contábeis que afetem significativamente os montantes 
reconhecidos nas demonstrações contábeis, por exemplo: 
a) classificação de ativos; 
b) constituição de provisões; 
c) reconhecimento de variações patrimoniais; 
d) transferência de riscos e benefícios significativos sobre a propriedade de ativos para outras entidades. 
Divulgação de Estimativas 
Segundo o MCASP, definir os montantes de alguns ativos e passivos exige a estimativa dos efeitos de 
eventos futuros incertos sobre esses ativos e passivos ao término do período de reporte. 
Exemplo, na ausência de preços de mercado, passam a ser necessárias estimativas orientadas para o futuro para 
mensurar o valor recuperável de ativos do imobilizado, o efeito da obsolescência tecnológica nos estoques, 
provisões sujeitas ao futuro resultado de litígio em curso e passivos em longo prazo de benefícios a empregados. 
Essas estimativas envolvem pressupostos sobre esses assuntos, como o risco associado aos fluxos de caixa ou 
taxas de desconto, futuras alterações em salários e futuras alterações nos preços que afetam outros custos. 
O uso de estimativas adequadas é parte da ciência contábil e não reduz a confiabilidade das demonstrações 
contábeis. 
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As notas explicativas devem divulgar os pressupostos das estimativas dos riscos significativos que podem 
vir a causar um ajuste material nos valores contábeis dos ativos e passivos ao longo dos próximos doze meses. 
Devem ser detalhadas a natureza e o valor contábil desses ativos e passivos na data das demonstrações. São 
exemplos dessas divulgações: 
a) a natureza dos pressupostos ou de outras incertezas nas estimativas; 
b) a sensibilidade dos valores contábeis aos métodos, pressupostos e estimativas subjacentes ao 
respectivo cálculo, incluindo as razões para essa sensibilidade; e 
c) a solução esperada de incerteza e a variedade de desfechos possíveis ao longo do próximo exercício 
social em relação aos valores contábeis dos ativos e passivos impactados; 
d) a explicação de alterações feitas nos pressupostos adotados no passado, caso a incerteza permaneça 
sem solução. 
Uma mudança de método de avaliação é uma mudança na política contábil e não na estimativa contábil e 
também deve ser evidenciada nas notas explicativas. 
Se o montante não for evidenciado porque sua estimativa é impraticável, a entidade também deve 
evidenciar tal fato. 
Gestão de Capital 
A entidade deve divulgar informação que possibilite aos usuários das suas demonstrações contábeis 
avaliarem os objetivos, políticas e processos de gestão do capital dessa entidade. Tais informações incluem: 
a) descrição dos elementos abrangidos pela gestão do capital; 
b) se a entidade estiver sujeita a requisitos de capital impostos externamente, a natureza desses 
requisitos e a forma como são integrados na gestão de capital; e 
c) como está cumprindo os seus objetivos em matéria de gestão de capital. 
Essas informações devem se basear nas informações prestadas internamente pelo pessoal-chave da gestão 
da entidade. 
Outras divulgações 
A entidade deve divulgar, caso não sejam divulgadas em outro lugar nas demonstrações contábeis, as 
seguintes informações: 
a) o domicílio e a forma jurídica da entidade, e a jurisdição onde ela opera; 
b) a descrição da natureza das operações da entidade e de suas principais atividades; 
c) a referência à legislação relevante que rege as operações da entidade; 
d) o nome da entidade; 
e) se é entidade com prazo de duração limitado, a informação sobre o tempo da sua duração; 
f) o montante de dividendos, ou outras distribuições similares, propostos ou declarados antes da data 
em que as demonstrações contábeis foram autorizadas para serem publicadas e não reconhecido 
como distribuição aos proprietários durante o período abrangido pelas demonstrações contábeis, bem 
como o respectivo valor por ação ou equivalente; 
g) a quantia de quaisquer dividendos preferenciais cumulativos, ou outras distribuições similares, não 
reconhecidos. 
A entidade deverá observar ainda as exigências de divulgação prevista nos demais do MCASP, devendo 
divulgar, ainda, qualquer informação considerada relevante para a adequada compreensão dos demonstrativos. 
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Questões Comentadas 
1. (Cespe – TRE/PE – 2019) As Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis no Âmbito do Setor Público 
(DCASP): 
A) devem ser formuladas em linguagem contabilística, já que serão consultadas somente por especialistas 
na área. 
B) podem ser aplicadas a determinados itens e, nesse caso, cada item deverá ter referência cruzada com a 
respectiva nota explicativa. 
C) não incluem informações exigidas pela lei ou pelas normas contábeis. 
D) não incluem informações que não constem nas demonstrações contábeis. 
E) não são parte integrante das demonstrações contábeis. 
RESOLUÇÃO: 
Vamos analisar as alternativas: 
A alternativa A) está errada, porque, segundo o MCASP (8ª ed., pg. 461), o objetivo das Notas Explicativas é 
facilitar a compreensão das demonstrações contábeis a seus diversos usuários. Portanto, devem ser claras, 
sintéticas e objetivas. 
A alternativa B) está certa, porque, segundo o MCASP (8ª ed., pg. 461), cada quadro ou item a que uma Nota 
Explicativa se aplique deverá ter referência cruzada com a respectiva nota explicativa. 
A alternativa C) está errada, porque, segundo o MCASP (8ª ed., pg. 461), as Notas Explicativas englobam 
informações de qualquer natureza exigidas pela lei, pelas normas contábeis e outras informações relevantes não 
suficientemente evidenciadas ou que não constam nas demonstrações. 
A alternativa D) está errada, porque, segundo o MCASP (8ª ed., pg. 461), as Notas Explicativas englobam 
informações de qualquer natureza exigidas pela lei, pelas normas contábeis e outras informações relevantes não 
suficientemente evidenciadas ou que não constam nas demonstrações. 
A alternativa E) está errada, porque, segundo o MCASP (8ª ed., pg. 461), as Notas Explicativas são 
consideradas parte integrante das demonstrações contábeis. 
Gabarito: LETRA B 
 
2. (Instituto AOCP – PC/ES – 2019) Conforme o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público, a 
Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido (DMPL) será obrigatória apenas para: 
A) as empresas estatais dependentes, desde que constituídas sob a forma de sociedades anônimas. 
B) as empresas estatais independentes, desde que constituídas sob a forma de sociedades anônimas. 
C) o poder executivo, legislativo e judiciário. 
D) os fundos especiais e consórcios públicos. 
E) as entidades do setor público. 
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RESOLUÇÃO: 
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL é obrigatória para as empresas estataisdependentes, as quais integram a administração indireta, constituídas sob a forma de sociedades anônimas e 
facultativa para os demais órgãos e entidades dos entes da Federação. 
 
Dessa forma, está certa a alternativa A). 
Gabarito: LETRA A 
 
3. (IF/MS – IF/MS – 2019) As Notas Explicativas são informações adicionais às apresentadas nos quadros das 
Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP) e possuem como objetivo facilitar a compreensão 
delas por seus diversos usuários. Tais notas englobam informações de qualquer natureza exigidas pela Lei, pelas 
normas contábeis e outras informações relevantes não suficientemente evidenciadas ou que não constam nas 
demonstrações. A fim de facilitar a compreensão e a comparação das DCASP com as de outras entidades, o 
MCASP sugere que as notas explicativas sejam apresentadas na seguinte ordem: 
A) Informações gerais; forma de reconhecimento do ativo intangível; provisões para perdas prováveis; outras 
informações relevantes. 
B) Informações gerais; provisões para perdas prováveis; resumo das políticas contábeis significativas; 
informações de suporte e detalhamento de itens apresentados nas demonstrações contábeis pela ordem em 
que cada demonstração e cada rubrica sejam apresentadas. 
C) Informações gerais; resumo das políticas contábeis significativas; informações de suporte e detalhamento 
de itens apresentados nas demonstrações contábeis pela ordem em que cada demonstração e cada rubrica 
sejam apresentadas; outras informações relevantes. 
D) Informações gerais; forma de reconhecimento do ativo intangível; resumo das políticas contábeis 
significativas; divulgação das estimativas; outras informações relevantes. 
E) Informações gerais; resumo das políticas contábeis significativas; divulgação das estimativas; bases de 
mensuração; outras informações relevantes. 
RESOLUÇÃO: 
Basta lembrar do nosso resumo esquemático sobre as notas explicativas para saber a ordem com que são 
dispostas as informações. Vejamos: 
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Desse modo, fica fácil identificar que a alternativa certa é a letra B). 
Gabarito: LETRA B 
 
4. (Cespe – TCE/MG – 2018) A tabela a seguir apresenta entradas e saídas de recursos pertencentes a um ente 
federativo municipal, em certo exercício financeiro. 
Ingressos de recursos (em R$) 
Operações de crédito 180.000 
Alienação de bens móveis 40.000 
Transferências correntes 400.000 
Impostos 600.000 
Taxas de prestação de serviços 25.000 
Transferência da União para aquisição de ativo 
não circulante 
100.000 
Saídas de recursos (em R$) 
Pessoal e encargos 450.000 
Amortização da dívida 130.000 
Aquisição de ativo não circulante 280.000 
Juros 50.000 
Fornecedores de materiais de consumo 150.000 
Fornecedores de suprimentos hospitalares 180.000 
O prefeito do município questionou o gestor contábil quanto ao fluxo de caixa operacional decorrente das 
contas do município, e este lhe informou que a prefeitura havia gerado um fluxo de R$ 170.000, valor que, segundo 
o gestor, foi obtido após a soma dos valores referentes a transferências correntes e impostos deduzidos do 
somatório de pessoal e encargos, juros, fornecedores de materiais de consumo e fornecedores de materiais 
hospitalares. 
Nessa situação hipotética, o gestor contábil apresentou ao prefeito uma informação incorreta, pois a 
prefeitura 
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A) gerou, na realidade, R$ 65.000, dado que amortização de dívida é uma conta de fluxo operacional. 
B) gerou R$ 245.000, uma vez que pagamento de juros é conta de fluxo de financiamento e, portanto, não 
deve ser contabilizado como operacional. 
C) consumiu R$ 85.000, visto que a aquisição de ativos não circulantes necessários ao funcionamento da 
prefeitura deve ser contabilizada como atividade operacional. 
D) gerou um caixa de R$ 195.000, visto que o valor referente à receita de taxas de prestação de serviços 
compõe o fluxo operacional. 
E) consumiu R$ 195.000 de caixa. 
RESOLUÇÃO: 
 Note que a questão quer saber sobre o fluxo de caixa operacional apenas. 
 Assim, basta identificarmos os ingressos e desembolsos que são fluxos de atividades operacionais para 
resolvermos a questão! Vamos começar lembrando a definição de cada tipo de atividade e uma dica para 
identificarmos os ingressos e desembolsos corretamente: 
Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do 
capital próprio e no endividamento da entidade. 
Atividades de investimento: são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros 
investimentos não incluídos em equivalentes de caixa. 
Atividades operacionais: são as atividades da entidade que não as de investimento e de financiamento. 
 
 
 
 
 Assim, vamos classificar os ingressos e desembolsos: 
Transação Observações Classificação 
Operações de crédito 
Resultou na alteração da composição do capital 
próprio e no endividamento da entidade 
Fluxo de caixa das atividades 
de financiamento 
Alienação de bens móveis Resultou na alienação de ativos de longo prazo 
Fluxo de caixa das atividades 
de investimento 
Transferências correntes 
Não se refere a atividades de investimento ou de 
financiamento 
Fluxo de caixa das atividades 
operacionais 
Impostos 
Não se refere a atividades de investimento ou de 
financiamento 
Fluxo de caixa das atividades 
operacionais 
Operacionais Sempre receitas correntes, despesas efetivas
Investimento Venda e compra de bens de capital; dívida concedida
Financiamento Operações de crédito; dívida contraída
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Taxas de prestação de 
serviços 
Não se refere a atividades de investimento ou de 
financiamento 
Fluxo de caixa das atividades 
operacionais 
Pessoal e encargos 
Não se refere a atividades de investimento ou de 
financiamento 
Fluxo de caixa das atividades 
operacionais 
Amortização da dívida 
Resultou na alteração da composição do capital 
próprio e no endividamento da entidade 
Fluxo de caixa das atividades 
de financiamento 
Aquisição de ativo não 
circulante 
Resultou na aquisição de ativos de longo prazo 
Fluxo de caixa das atividades 
de investimento 
Juros 
Não se refere a atividades de investimento ou de 
financiamento 
Fluxo de caixa das atividades 
operacionais 
Fornecedores de materiais 
de consumo 
Não se refere a atividades de investimento ou de 
financiamento 
Fluxo de caixa das atividades 
operacionais 
Fornecedores de 
suprimentos hospitalares 
Não se refere a atividades de investimento ou de 
financiamento 
Fluxo de caixa das atividades 
operacionais 
 Agora, calcular o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais: 
(+) Transferências correntes (+) 400.000,00 
(+) Impostos (+) 600.000,00 
(+) Taxas de prestação de serviços (+) 25.000,00 
(-) Pessoal e encargos (-) 450.000,00 
(-) Juros (-) 50.000,00 
(-) Fornecedores de materiais de consumo (-) 150.000,00 
(-) Fornecedores de suprimentos hospitalares (-) 180.000,00 
= Fluxo de caixa líquido das atividades operacionais 150.000,00 
 Dessa forma, está certa a alternativa D). 
 No entanto, vamos avaliar as demais alternativas, desconsiderando o resultado errôneo do cálculo de cada 
uma. 
A alternativa A) está errada, porque amortização de dívida é um fluxo de financiamento e não operacional, 
uma vez que altera a composição do capital próprio e no endividamento da entidade. 
A alternativa B) está errada, porque pagamento de juros é um fluxo operacional e não de financiamento, 
uma vez que não altera a composição do capital próprio e no endividamento da entidade. O pagamento de juros 
não altera a dívida em si.A alternativa C) está errada, porque aquisição de ativos não circulantes é um fluxo de investimento e não 
operacional, uma vez que resultou na aquisição de ativos de longo prazo. 
Não faz sentido comentar a alternativa E), pois ela se resume ao valor calculado, que está errado. 
Gabarito: LETRA D 
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5. (FCC – TRT 2ª Região – 2018) Atenção: Para responder à questão, considere as transações abaixo referentes 
ao exercício financeiro de 2017 de um determinado ente público: 
− Previsão da receita e fixação da despesa referente à aprovação do orçamento com base na Lei Orçamentária 
Anual, no valor de R$ 39.000.000,00. 
− Lançamento de receitas tributárias no valor de R$ 13.000.000,00. 
− Arrecadação de receitas tributárias no valor de R$ 12.900.000,00. 
− Lançamento e arrecadação de receitas de serviços no valor de R$ 22.000.000,00. 
− Lançamento e arrecadação de receitas de aluguéis de imóveis no valor de R$ 900.000,00. 
− Recebimento de créditos não tributários inscritos em dívida ativa no valor de R$ 1.100.000,00. 
− Obtenção de operações de crédito de longo prazo (vencimento em 4 anos) no valor de R$ 2.700.000,00. 
− Alienação de um veículo, à vista, pelo valor de R$ 60.000,00. O ganho apurado com a venda do veículo foi R$ 
3.000,00. 
− Empenho de despesas com: 
− Pessoal e Encargos Sociais: R$ 19.000.000,00. 
− Outras Despesas Correntes – Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica: R$ 9.000.000,00. 
− Outras Despesas Correntes – Material de Consumo: R$ 4.000.000,00. 
− Outras Despesas Correntes – Passagens e Despesas com Locomoção: 2.450.000,00. 
− Investimentos – Equipamentos e Material Permanente: R$ 3.000.000,00. 
− Juros e Encargos da Dívida: R$ 250.000,00. 
− Liquidação de despesas com: 
− Pessoal e Encargos Sociais: R$ 18.300.000,00. 
− Outras Despesas Correntes – Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica: R$ 8.900.000,00. 
− Outras Despesas Correntes – Material de Consumo: R$ 3.700.000,00. 
− Outras Despesas Correntes – Passagens e Despesas com Locomoção: 2.350.000,00. 
− Investimentos – Equipamentos e Material Permanente: R$ 2.750.000,00. 
− Juros e Encargos da Dívida: R$ 250.000,00. 
− Pagamento de despesas com: 
− Pessoal e Encargos Sociais: R$ 18.300.000,00. 
− Outras Despesas Correntes – Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica: R$ 7.300.000,00. 
− Outras Despesas Correntes – Material de Consumo: R$ 3.100.000,00. 
− Outras Despesas Correntes – Passagens e Despesas com Locomoção: 1.850.000,00. 
− Investimentos – Equipamentos e Material Permanente: R$ 2.230.000,00. 
− Juros e Encargos da Dívida: R$ 220.000,00. 
− Pagamento de Restos a Pagar Processados (referentes à despesa corrente) no valor de R$ 1.600.000,00. 
− Depreciação do ativo imobilizado no valor de R$ 2.400.000,00. 
− Amortização do ativo intangível no valor de R$ 1.090.000,00. 
− Recebimento de depósitos cauções no valor de R$ 320.000,00. 
Informações Adicionais: 
− A despesa com Pessoal e Encargos Sociais é relativa à manutenção das atividades governamentais no 
exercício financeiro de 2017. 
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− Os Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica referem-se à manutenção das atividades governamentais 
e foram prestados no exercício financeiro de 2017. 
− As passagens e as despesas com locomoção são despesas correntes e referem se ao exercício financeiro de 
2017. 
− Não havia estoque inicial de material de consumo no exercício financeiro de 2017 e foram consumidos 
materiais de consumo no valor de R$ 2.900.000,00 no exercício financeiro de 2017. 
− Os Juros e Encargos da Dívida são referentes ao exercício financeiro de 2017. 
− Não houve abertura de créditos adicionais durante o exercício financeiro de 2017. 
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, na Demonstração dos Fluxos de Caixa 
referente ao exercício financeiro de 2017, o fluxo de caixa líquido das atividades de investimento foi negativo, em 
reais, no valor de 
A) 2.750.000,00 
B) 2.230.000,00 
C) 2.170.000,00 
D) 2.690.000,00 
E) 5.660.000,00. 
RESOLUÇÃO: 
 Questão assustadora, certo??? Calma, gafanhoto! Respira fundo e comece relembrando a definição de 
atividades de investimento e da nossa dica para identificarmos os ingressos e desembolsos corretamente: 
Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do 
capital próprio e no endividamento da entidade. 
Atividades de investimento: são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros 
investimentos não incluídos em equivalentes de caixa. 
Atividades operacionais: são as atividades da entidade que não as de investimento e de financiamento. 
 
 
 
 
 Como são diversas transações listadas na questão, inclusive muitas que sequer envolvem fluxo de caixa, 
vamos expor apenas aquelas de fluxo de atividades de investimento, ok? São elas: 
Operacionais Sempre receitas correntes, despesas efetivas
Investimento Venda e compra de bens de capital; dívida concedida
Financiamento Operações de crédito; dívida contraída
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Transação Classificação 
Alienação de um veículo, à vista, pelo valor 
de R$ 60.000,00. 
Ingresso de fluxo de caixa das atividades de 
investimento 
Investimentos – Equipamentos e Material 
Permanente: R$ 2.230.000,00. 
Fluxo de caixa das atividades de 
investimento 
 Dessa forma o fluxo de caixa líquido de investimento é: 60.000,00 – 2.230.000,00 = – 2.170.000,00 
Dessa forma, está correta a alternativa C). 
Gabarito: LETRA C 
 
6. (Cespe – Ebserh – 2018) Julgue o seguinte item, relativo à elaboração e à divulgação de informações 
contábeis e de demonstrações contábeis no setor público. 
A demonstração de fluxos de caixa no setor público pode ser realizada pelos métodos direto ou indireto; 
nesta segunda opção — método indireto —, parte-se do resultado patrimonial do exercício, obtido na 
demonstração das variações patrimoniais, e realiza-se ajuste pelos itens que impactam esse resultado, mas não 
possuem efeito no caixa. 
RESOLUÇÃO: 
 Nem precisaríamos saber o que é método direto ou indireto para responder a questão. Isso porque, segundo 
o MCASP, a DFC deve ser elaborada pelo método direto. Vejamos o que diz o MCASP (8ª ed., pg. 448): 
A DFC deve ser elaborada pelo método direto e deve evidenciar as alterações de caixa e equivalentes de 
caixa verificadas no exercício de referência, classificadas nos seguintes fluxos, de acordo com as atividades 
da entidade: 
 Transação Observações Classificação 
Operações de crédito Resultou na alteração da composição do 
capital próprio e no endividamento da 
entidade 
Fluxo de caixa das atividades 
de financiamento 
Alienação de bens móveis Resultou na alienação de ativos de longo 
prazo 
Fluxo de caixa das atividades 
de investimento 
Transferências correntes Não se refere a atividades de 
investimento ou de financiamento 
Fluxo de caixa das atividades 
operacionais 
Impostos 
Não se refere a atividades de 
investimento ou de financiamento 
Fluxo de caixa das atividades 
operacionais 
 Portanto, o item está errado. 
Gabarito: ERRADO 
 
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7. (FCC – Alese – 2018) De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, correspondem, 
respectivamente, a um ingresso do Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento e a um desembolso do Fluxo de 
Caixa das Atividades de Financiamento na Demonstração dos Fluxos de Caixa de um ente federado as 
movimentações de caixa decorrentes de: 
 A) amortização de empréstimos e financiamentosconcedidos; aquisição de ativo não circulante. 
 B) integralização de capital social de empresas não dependentes; aquisição de ativo não circulante. 
 C) alienação de bens imóveis; aquisição de ativo intangível. 
 D) contribuições de melhoria; amortização da dívida flutuante. 
 E) amortização de empréstimos e financiamentos concedidos; amortização da dívida fundada. 
RESOLUÇÃO: 
 Vamos analisar as operações de cada alternativa e classificá-las em fluxos de atividades operacionais, de 
investimento ou de financiamento, a fim de identificar qual delas tem um ingresso do Fluxo das Atividades de 
Investimento e um desembolso do Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento. Obviamente, o ingresso 
se dá com a entrada de recursos para a entidade e o desembolso quando há saída de recursos. Mas antes, vamos 
rever as definições de cada uma e nosso macete para identificá-los: 
Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do 
capital próprio e no endividamento da entidade. 
Atividades de investimento: são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros 
investimentos não incluídos em equivalentes de caixa. 
Atividades operacionais: são as atividades da entidade que não as de investimento e de financiamento. 
 
 
 
 Na alternativa A) temos: 
Transação Classificação 
Amortização de empréstimos e 
financiamentos concedidos 
Ingresso de fluxo de caixa das 
atividades de investimento 
Aquisição de ativo não circulante 
Desembolso de fluxo de caixa 
das atividades de investimento 
 Assim, essa alternativa está errada. 
Operacionais Sempre receitas correntes; despesas efetivas
Investimento Venda e compra de bens de capital; dívida concedida
Financiamento Operações de crédito; dívida contraída
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 Na alternativa B) temos: 
Transação Classificação 
Integralização de capital social de 
empresas não dependentes 
Ingresso de fluxo de caixa das 
atividades de financiamento 
Aquisição de ativo não circulante 
Desembolso de fluxo de caixa 
das atividades de investimento 
 A ordem está errada, por isso a alternativa está errada. 
 Na alternativa C) temos: 
Transação Classificação 
alienação de bens imóveis 
Ingresso de fluxo de caixa das 
atividades de investimento 
aquisição de ativo intangível 
Desembolso de fluxo de caixa 
das atividades de investimento 
 Assim, essa alternativa está errada. 
 Na alternativa D) temos: 
Transação Classificação 
contribuições de melhoria 
Ingresso de fluxo de caixa das 
atividades operacionais 
amortização da dívida flutuante 
Desembolso de fluxo de caixa das 
atividades de financiamento 
 Assim, essa alternativa está errada. 
 Na alternativa E) temos: 
Transação Classificação 
amortização de empréstimos e 
financiamentos concedidos 
Desembolso de fluxo de caixa das 
atividades de investimento 
amortização da dívida fundada 
Desembolso de fluxo de caixa das 
atividades de financiamento 
 É exatamente o que estávamos procurando. Assim, essa alternativa está correta. 
Gabarito: LETRA E 
 
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8. (Cespe – Sefaz/RS – 2018) No que se refere à demonstração do fluxo de caixa (DFC) e à demonstração 
das mutações do patrimônio líquido (DMPL) aplicadas ao setor público, assinale a opção correta. 
A) Por afetar o resultado, a depreciação de um bem do ativo será evidenciada na DMPL; como essa 
depreciação não implica em desembolso financeiro, ela não será evidenciada na DFC. 
B) O reconhecimento de ajuste referente à perda de valor recuperável de equipamentos de informática 
dentro do exercício, em razão de mudança significativa no ambiente tecnológico, é evidenciado na DMPL, 
na conta ajustes de avaliação patrimonial. 
C) O recebimento por hospital público de equipamento novo, em doação, representa incremento na 
expectativa de benefícios futuros, devendo ser evidenciado como entrada na DFC, no item referente a fluxos 
de investimentos. 
D) Na DMPL, a conta patrimônio social/capital social refere-se ao patrimônio social das autarquias, 
fundações e fundos e ao capital social das demais entidades da administração indireta. 
E) A DMPL permite identificar a formação de déficit ou superávit financeiro do patrimônio líquido, enquanto 
a DFC permite identificar o resultado econômico, dividindo-o em fluxos: das operações, dos investimentos e 
dos financiamentos. 
RESOLUÇÃO 
 Vamos analisar as alternativas: 
 A alternativa A) está errada, pois eventuais depreciações são evidenciadas na Demonstração das Variações 
Patrimoniais – DVP e não na DMPL. A DMPL se dedica a demonstrar a evolução (aumento ou redução) do 
patrimônio líquido da entidade durante um período. 
 A alternativa B) está errada, pois, novamente, o reconhecimento decorrente da redução ao valor recuperável 
deve ser evidenciado na DVP e não na DMPL. 
 A alternativa C) está errada, pois, mais uma vez, esse acréscimo patrimonial deve ser evidenciado na DVP e 
não na DFC, uma vez que não houve variação no caixa da entidade. Vamos lembrar que a DFC evidencia as 
entradas e saídas de caixa e as classifica em fluxos operacional, de investimento e de financiamento. 
 A alternativa D) está certa. Vejamos sua definição conforme o MCASP: 
Patrimônio Social e Capital Social: compreende o patrimônio social das autarquias, fundações e fundos e o capital 
social das demais entidades da administração indireta. 
 No entanto, vale lembrar que a DMPL é facultativa para a grande maioria dos órgãos e entidades, sendo 
obrigatória, portanto, apenas para algumas estatais dependentes. 
 A alternativa E) está errada, pois a DFC não identifica o resultado econômico e, sim, permite identificar o 
fluxo de caixa (entradas e saídas de caixa) classificando-as em fluxos operacional, de investimento e de 
financiamento. Mas vale dizer que, de fato, a DMPL permite identificar eventual deficit ou superavit do patrimônio 
líquido por meio da comparação entre o saldo inicial e final do exercício. 
Gabarito: LETRA D 
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9. (Cespe – Abin – 2018) 
D 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) 
C 2.1.2.2.x.xx.xx Empréstimos a curto prazo – externo (P) 
Considerando que o lançamento contábil precedente tenha sido feito por um ente da administração pública 
federal, julgue o seguinte item. 
A movimentação de recursos relativa ao lançamento em tela deverá ser apresentada na demonstração de 
fluxos de caixa da entidade como fluxo da atividade operacional. 
RESOLUÇÃO: 
 Vamos recorrer novamente às definições dos tipos de atividades geradoras de fluxos de caixa e a nossa dica 
para resolver essa questão: 
Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do 
capital próprio e no endividamento da entidade. 
Atividades de investimento: são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros 
investimentos não incluídos em equivalentes de caixa. 
Atividades operacionais: são as atividades da entidade que não as de investimento e de financiamento. 
 
 
 
 Sabemos, da aula de receita pública, que receitas arrecadadas em função de empréstimos contraídos nunca 
são correntes. São sempre de capital. Logo, usando nossa dica, o item já estaria errado. Além disso, o registro 
relativo ao empréstimo (C 2.1.2.2.x.xx.xx Empréstimos a curto prazo) resulta em mudanças no tamanho e na 
composição do capital próprio e no endividamento da entidade, sendo, portanto, uma atividade de 
financiamento. 
Gabarito: ERRADO 
 
10. (FGV – Câmara de Salvador/BA – 2018) Na Demonstração do Fluxo de Caixa aplicada ao setor público, as 
transações de

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