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Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 1 29 out 2010 Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 2 29 out 2010 Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 3 29 out 2010 ÍNDICE LISTA DE PÁGINAS EM VIGOR 5 PROGRAMA PRÁTICO DE VOO – MLTE: 6 1. Composição do Curso 6 2. Níveis de padronização e proficiência 7 3. FASE I – Adaptação (AD) 9 4. FASE II – Navegação (NAV) 9 5. FASE III – Voo por Instrumentos (IFR) 9 6. Fichas de Lições 13 TEORIA DO VOO MULTIMOTOR 23 1 - Definição de Aeronave Multimotora 23 2 - Objetivo da simulação Monomotor 23 3 - Definições de Velocidades 23 4 - Identificação da Falha de motor e Aplicação dos Comandos 25 5 - Curvas em condição monomotor 26 6 - Efeitos da Condição Monomotora Sobre a Performance 26 7 - Motor Crítico 26 8 - Teto de Serviço Monomotor 27 9 - Procedimentos de Emergência Monomotor 27 10. Pouso forçado 27 11 - Simulação monomotor em instrução 27 12 - Final Estabilizada 27 13 - Arremetida monomotor 28 14 - Tráfego visual monomotor 28 15 - Procedimento IFR monomotor 28 MANUAL DE PADRONIZAÇÃO/MANOBRAS 29 1 - Verificação do livro de bordo/Equipamento de voo 29 2 - Peso e balanceamento da aeronave 29 3 - Conhecimentos técnicos da aeronave 29 4 - Planejamento do voo 29 5 - Consulta à meteorologia 30 6 - Inspeção Pré Voo 30 7 - Preparação da cabine 31 8 - Briefing de decolagem / Briefing de emergência 31 10 - Fraseologia 32 11 - Táxi 35 12 - Cheque pré-decolagem 35 13 - Decolagem 36 14 - Decolagem com vento de través 36 15 - Saída do circuito de tráfego 37 16 - Voo em subida / Subida para a área de instrução 38 Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 4 29 out 2010 17 - Cheque cruzado dos instrumentos 38 18 - Voo em linha reta horizontal 39 19 - Identificação da área de instrução 40 20 - Uso dos comandos em voo 40 21 - Uso doS MotorES 41 22 - Uso doS compensadorES 41 23 - Mudanças de atitude 41 24 - Curvas 42 25 - Estol 43 26 - Assimetria de potência 43 27 - Falha do motor em voo 44 28 - Corte do motor em voo / embandeiramento 44 29 - Acionamento do motor em voo 44 30 - Técnicas de operação monomotor 45 31 - Determinação dos aeródromos de alternativa 45 32 - Ajuste de potência / Passo da hélice 45 33 - Operação da alimentação cruzada 45 34 - Operação do sistema alternado do trem de pouso 46 35 - Coordenação Potência/Velocidade/Atitude (CAP) 46 36 - Drift Down 46 37 - Ingresso no circuito de tráfego 47 38 - Circuito de tráfego padrão 47 39 - Circuito de tráfego monomotor 47 40 - Enquadramento na pista 48 41 - Procedimentos NDB/VOR 48 42 - VDP – Visual Decision Point 49 43 - Procedimentos ILS 49 44 - Técnicas de rampa de aproximação bimotor / monomotor 51 45 - Arremetidas 51 46 - Arremetida no ar monomotor 52 47 - Subida na Vsye e Vxse 52 48 - Pousos 52 49. Pouso sem flap 53 50. Pouso monomotor 53 51. Manutenção da reta após o pouso 53 52. Estacionamento da aeronave 53 53. Parada dos motores 53 54. Cheque de abandono 53 55. Emergências 54 56. Navegação estimada / por contato 54 57. Filosofia de utilização da Lista de cheques (checklist) 55 CONSIDERAÇÕES FINAIS 57 ANOTAÇÕES 58 Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 5 29 out 2010 LISTA DE PÁGINAS EM VIGOR Páginas 01- 60 Data 29 out 2010 Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 6 29 out 2010 PROGRAMA PRÁTICO DE VOO – MLTE: 1. COMPOSIÇÃO DO CURSO. A parte Prática do Curso de MLTE é composta de duas partes: 1.1 - Parte 1: Familiarização com a aeronave de instrução ou Ground School, composta por duas fases: 1.1.1 - Conhecimentos Técnicos da Aeronave de Instrução Compreende a transmissão de dados e conhecimentos técnicos referentes às características, ao funcionamento e à operação da aeronave que será utilizada na realização da prática de voo; e 1.1.2 - Instrução no Solo Instrução realizada com a aeronave no solo, que só deverá ser iniciada após a aprovação do aluno no teste relativo à “Conhecimentos Técnicos da Aeronave de Instrução” (Prova), abrangendo os conhecimentos teóricos sobre a aerona- ve, transmitidos por ocasião da instrução técnica do equipamento. A Instrução no Solo consiste na preparação do aluno para o voo, através de práticas na aeronave de instrução, parada, e com o auxílio e a orientação direta de um instrutor qualificado, que estará a bordo da aeronave. O objetivo é ambientar o piloto-aluno à cabine de voo pela identificação, verificação, funcionamento, monitoramento e manuseio dos mecanismos dos equipamentos de bordo, bem como pelo acionamento e pela visualização da reação dos comandos (ou con- troles) de voo da aeronave e demais instrumentos que exijam manipulação. 1.2 - Parte 2: Prática de Voo. É estruturada em 3 (três) fases distintas, de modo que o aluno desenvolva, de forma progressiva e dentro dos padrões técnicos exigidos, a habilidade e a perícia necessárias à condução de uma aeronave com segurança. A carga horária para a prática de voo será de 15 (quinze) horas de voo, obe- decendo às seguintes fases: - FASE I: Adaptação (AD) - 5 horas - FASE II: Navegaçaõ (NAV) - 5 horas - FASE III: Voo por Instrumentos (IFR) - 5 horas - Cheque: 2.5 horas Cada fase compõe-se de um Programa de Instrução que inclui o nível de aprendizagem que o aluno deve atingir em cada lição e exercícios previstos na prática de voo. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 7 29 out 2010 Após a execução de todas as fases com grau satisfatório, o mesmo será sub- metido a uma avaliação segundo os critérios estabelecidos pela ANAC, tendo por finalidade a obtenção de licença do PCA. NÍVEIS DE APRENDIZAGEM: - Memorização (M) O aluno tem informações sobre o exercício e memoriza os procedimentos para iniciar o treinamento em duplo comando. - Compreensão (C) O aluno demonstra perfeita compreensão do exercício e o pratica com o au- xílio do instrutor. - Aplicação (A) O aluno demonstra compreender o exercício, mas comete erros normais du- rante a prática. Dependendo da fase da prática de voo, poderá treinar solo. - Execução (E) O aluno executa os exercícios segundo padrões aceitáveis, levando-se em conta a maior ou menor dificuldade oferecida pelo equipamento utilizado. Após a execução de todas as fases com grau satisfatório, o mesmo será sub- metido a uma avaliação segundo os critérios estabelecidos pela ANAC, tendo por finalidade a obtenção de licença de aeronaves multimotoras. Caso o aluno esteja em treinamento MLTE/VFR, deverá desconsiderar a fase III (IFR) e completar as horas restantes com manobras previstas para as fa- ses I e II. A fase III é destinada a pilotos que já voaram horas IFR em aerona- ves monomotoras e desejam obter as licenças MLTE/IFR. 2. NÍVEIS DE PADRONIZAÇÃO E PROFICIÊNCIA A avaliação do nível de padronização (quanto à execução das rotinas ope- racionais) e proficiência (quanto à execuçãode manobras de voo) deve ser realizada em todos os voos e nos itens aplicáveis ao voo efetuado. O objetivo destas avaliações é propiciar meios de acompanhar a evolução do desempenho do aluno durante o seu treinamento. Sendo assim, todas as mano- bras realizadas deverão receber um grau, que será escrito na ficha de avaliação de treinamento em voo, devidamente arquivada no Caderno de Voo do Aluno. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 8 29 out 2010 (1) Perigoso Baixo nível de padronização: aluno mostrou não co- nhecer as rotinas, tendo sido necessária a intervenção verbal do instrutor; ou; Baixo nível de proficiência: aluno não conseguiu executar a manobra do modo correto, tendo sido necessária a inter- venção verbal do instrutor. (2) Deficiente Padronização próxima ao limite: aluno mostrou conhe- cer muito pouco as rotinas, tendo sido necessário a intervenção verbal do instrutor por várias vezes; ou Proficiência nos limites: aluno conseguiu executar a manobra do modo correto apenas com a intervenção verbal do instrutor. (3) Satisfatório Padronização satisfatória: aluno mostrou conhecer as rotinas, tendo sido necessária a intervenção verbal do instrutor em poucas ocasiões; ou Proficiência satisfatória: aluno conseguiu executar quase todas as manobras do modo correto. Apenas em poucas ocasiões foi necessária a intervenção ver- bal do instrutor. (4) Bom Padronização boa: aluno mostrou conhecer todas as rotinas, não tendo sido necessária a intervenção do instrutor; ou Proficiência boa: aluno conseguiu executar todas as manobras do modo correto, não tendo sido necessária a intervenção do instrutor. (5) Excelente Padronização muito boa: aluno mostrou conhecer to- das as rotinas, executando-as com perfeição, e não tendo sido necessária a intervenção do instrutor; ou Proficiência muito boa: aluno conseguiu executar to- das as manobras com perfeição, não tendo sido ne- cessária a intervenção do instrutor. Juntamente com o grau atribuído, o instrutor deverá escrever os comentários realizados durante o debriefing na ficha de avaliação. Estes comentários ser- vem para um acompanhamento constante do desempenho do aluno, princi- palmente para a verificação se erros semelhantes estão ocorrendo. A ficha de avaliação deverá ser devidamente assinada pelo instrutor e pelo aluno. É importante salientar que graus baixos nos primeiros voos de uma fase po- dem ser considerados normais; a constância de graus baixos, no entanto, em itens relativos à padronização no decorrer da instrução denota baixo compro- misso do aluno com o estudo, enquanto que, a constância de graus baixos, em itens relativos à proficiência em executar determinadas manobras, podem denotar baixo potêncial de habilidade ou aptidão. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 9 29 out 2010 3. FASE I – ADAPTAÇÃO (AD) Esta fase é voltada para adaptação inicial do piloto com a aeronave, deixan- do-o apto a operar a mesma com destreza e segurança. A previsão para a realização da etapa é de no mínimo 5:00 (cinco horas) de voo. Ao final desta fase, o aluno será encaminhado para a próxima fase, a qual será responsável pelo treinamento em rota do aluno. 4. FASE II – NAVEGAÇÃO (NAV) Nesta fase, o aluno fará o treinamento de voos em rota, em condições visuais. O objetivo da mesma é planejar e realizar uma navegação aérea de forma sa- tisfatória em aeronaves multimotoras. Sua duração é de no mínimo 5:00 (cinco horas) de voo. 5. FASE III – VOO POR INSTRUMENTOS (IFR) Passando pelas etapas anteriores com grau satisfatório, o aluno dará sequ- ência ao treinamento por instrumentos, para a concessão das habilitações MLTE/IFR. Estando apto a realizar todas as etapas com grau satisfatório, o aluno será encaminhado então para o voo de cheque da ANAC. NOTA: Caso o aluno esteja em treinamento MLTE/VFR, deverá desconsiderar a fase III (IFR) e completar as horas restantes com manobras previstas para as fases I e II. A fase III é destinada a pilotos que já voaram horas IFR em aeronaves monomotoras e desejam obter as licenças MLTE/IFR. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 10 29 out 2010 Plano de Lições da Fase I – Adaptação Manobras Lições/Níveis AD 01 AD 02 AD 03 AD 04 AD 05 Documentos / Equipamentos de voo C A E E E Peso e balanceamento da aeronave M C A E E Conhecimentos técnicos da aeronave M C A E E Inspeções M C A E E Preparação da cabine M C A E E Briefings de decolagem / Emergência M C A E E Partida M C A E E Cheques M C A E E Fraseologia M C A E E Táxi M C A E E Decolagem M C A E E Saída do tráfego M C A E E Subida para a área de instrução M C A E E Nivelamento M C A E E Identificação da área de instrução M C A E E Uso dos motores M C A E E Uso dos compensadores A E Atitudes de voo A E Curvas A E Estóis com e sem flap A E Assimetria de potência A E Falha do motor em voo A E Corte do motor em voo / embandeiramento A E Acionamento do motor em voo A E Técnicas de operação monomotora A E E Ajuste de potência / Passo de hélice A E Operação da alimentação cruzada A E Operação do sistema alternado do trem de pouso A E Coordenação Potência/Velocidade/Atitude (CAP) A E Demonstração da Vmca C Técnicas de rampa de aproximação A E Técnicas de rampa de aproximação monomotora A E Circuito de tráfego A A E E E Circuito de tráfego monomotor A E Arremetida no ar A E Arremetida no ar monomotor A E Subida na Vyse (Blue Line) e Vxse A E Pouso normal M C A E E Pouso sem flap A E Pouso monomotor A E Procedimentos após o pouso M C A E E Parada dos motores M C A E E Cheque de abandono M C A E E Iniciativa Correções E E E E E Interesse na instrução Progresso na instrução DURAÇÃO DO VOO 1.0 1.0 1.0 1.0 1.0 EMERGÊNCIAS Fogo no motor na partida Fogo no motor em voo Trepidação do motor em voo Eliminação de fumaça em voo Observações: - As manobras de emergência deverão ser somente comentadas e demonstradas ao aluno. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 11 29 out 2010 Plano de Lições da Fase II – Navegação Manobras Lições/Níveis NAV 01 NAV 02 Documentos / Equipamentos de voo E E Peso e balanceamento da aeronave A E Planejamento do voo A E Consulta a meteorologia E E Inspeções E E Preparação da cabine A E Briefings de decolagem / Emergência E E Partida E E Cheques E E Fraseologia E E Táxi E E Decolagem normal E E Saída do tráfego E E Subida em rota A E Uso dos equipamentos de navegação A E Nivelamento E E Estabelecimento do regime de cruzeiro A E Voo de cruzeiro A E Navegação estimada A E Navegação por contato A E Falha do motor em cruzeiro C E Determinação do aeródromo de alternativa C E Comunicação com os órgãos ATC C E "Drift down” C C Balanceamento de combustível C E Entrada no tráfego E E Circuito de tráfego E E Pouso normal E E Procedimentos após o pouso E E Parada dos motores E E Cheque de abandono E E Iniciativa Correções E E Interesse na instrução Progresso na instrução DURAÇÃO DO VOO 2.5 2.5 Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 12 29 out 2010 Plano de Lições da Fase III – Voo por Instrumentos Manobras Lições/Níveis IFR 01 IFR 02 IFR 03 Documentos / Equipamentos de voo E E E Peso e balanceamentoda aeronave E E E Planejamento do voo C A E Consulta a meteorologia E E E Inspeções E E E Preparação da cabine E E E Briefings de decolagem / Emergência E E E Partida E E E Cheques E E E Fraseologia E E E Táxi E E E Decolagem normal E E E Saída do tráfego E E E Exercícios de subida / descida / curvas A E Curvas cronometradas A E Subida em rota A E Uso dos equipamentos de navegação A E Cheque cruzado dos instrumentos A E E Estabelecimento do regime de cruzeiro E E Voo de cruzeiro E E Determinação de posição E E Briefing de descida E E Procedimento de chegada (STAR) E Procedimentos de descida IFR (NDB, VOR, ILS) E Procedimentos de descida IFR monomotor A E Procedimentos de aproximação perdida IFR A E Procedimentos de aprox. perdida IFR monomotor A E Pouso normal E E E Pouso monomotor E E E Procedimentos após o pouso E E E Parada dos motores E E E Cheque de abandono E E E Iniciativa Correções E E E Interesse na instrução Progresso na instrução DURAÇÃO DO VOO 1.5 1.5 2.0 Observações: - A FASE III é destinada a pilotos que já voaram horas IFR em aeronaves monomotoras. Para treinamento MLTE/VFR, completar as horas restantes com manobras previstas para as fases I e II. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 13 29 out 2010 6. FICHAS DE LIÇÕES Adaptação | Lição AD 01 Duração: 01:00 - Tipo: DC Nº. Manobra Níveis 1 Documentos / Equipamentos de voo C 2 Peso e balanceamento da aeronave M 3 Conhecimentos técnicos da aeronave M 4 Inspeções M 5 Preparação da cabine M 6 Briefings de decolagem / Emergência M 7 Partida M 8 Cheques M 9 Fraseologia M 10 Táxi M 11 Decolagem M 12 Saída do tráfego M 13 Subida para a área de instrução M 14 Nivelamento M 15 Identificação da área de instrução M 16 Uso dos motores M 17 Uso dos compensadores A 18 Atitudes de voo A 19 Curvas A 20 Ajuste de potência / Passo de hélice A 21 Operação da alimentação cruzada A 22 Operação do sistema alternado do trem de pouso A 23 Circuito de tráfego A 24 Pouso normal M 25 Procedimentos após o pouso M 26 Parada dos motores M 27 Cheque de abandono M 28 Iniciativa 29 Correções E 30 Interesse na instrução 31 Progresso na instrução Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 14 29 out 2010 Adaptação | Lição AD 02 Duração: 01:00 - Tipo: DC Nº. Manobra Níveis 1 Documentos / Equipamentos de voo A 2 Peso e balanceamento da aeronave C 3 Conhecimentos técnicos da aeronave C 4 Inspeções C 5 Preparação da cabine C 6 Briefings de decolagem / Emergência C 7 Partida C 8 Cheques C 9 Fraseologia C 10 Táxi C 11 Decolagem C 12 Saída do tráfego C 13 Subida para a área de instrução C 14 Nivelamento C 15 Identificação da área de instrução C 16 Uso dos motores C 17 Uso dos compensadores E 18 Atitudes de voo E 19 Curvas E 20 Estóis com e sem flap A 21 Assimetria de potência A 22 Ajuste de potência / Passo de hélice E 23 Operação da alimentação cruzada E 24 Operação do sistema alternado do trem de pouso E 25 Coordenação Potência/Velocidade/Atitude (CAP) A 26 Circuito de tráfego A 27 Subida na Vyse (Blue Line) e Vxse A 28 Pouso normal C 29 Procedimentos após o pouso C 30 Parada dos motores C 31 Cheque de abandono C 32 Iniciativa 33 Correções E 34 Interesse na instrução 35 Progresso na instrução Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 15 29 out 2010 Adaptação | Lição AD 03 Duração: 01:00 - Tipo: DC Nº. Manobra Níveis 1 Documentos / Equipamentos de voo E 2 Peso e balanceamento da aeronave A 3 Conhecimentos técnicos da aeronave A 4 Inspeções A 5 Preparação da cabine A 6 Briefings de decolagem / Emergência A 7 Partida A 8 Cheques A 9 Fraseologia A 10 Táxi A 11 Decolagem A 12 Saída do tráfego A 13 Subida para a área de instrução A 14 Nivelamento A 15 Identificação da área de instrução A 16 Uso dos motores A 17 Estóis com e sem flap E 18 Assimetria de potência E 19 Falha do motor em voo A 20 Corte do motor em voo / embandeiramento A 21 Acionamento do motor em voo A 22 Técnicas de operação monomotora A 23 Coordenação Potência/Velocidade/Atitude (CAP) E 24 Circuito de tráfego E 25 Subida na Vyse (Blue Line) e Vxse E 26 Pouso normal A 27 Procedimentos após o pouso A 28 Parada dos motores A 29 Cheque de abandono A 30 Iniciativa 31 Correções E 32 Interesse na instrução 33 Progresso na instrução Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 16 29 out 2010 Adaptação | Lição AD 04 Duração: 01:00 - Tipo: DC Nº. Manobra Níveis 1 Documentos / Equipamentos de voo E 2 Peso e balanceamento da aeronave E 3 Conhecimentos técnicos da aeronave E 4 Inspeções E 5 Preparação da cabine E 6 Briefings de decolagem / Emergência E 7 Partida E 8 Cheques E 9 Fraseologia E 10 Táxi E 11 Decolagem E 12 Saída do tráfego E 13 Subida para a área de instrução E 14 Nivelamento E 15 Identificação da área de instrução E 16 Uso dos motores E 17 Falha do motor em voo E 18 Corte do motor em voo / embandeiramento E 19 Acionamento do motor em voo E 20 Técnicas de operação monomotora E 21 Demonstração da Vmca C 22 Técnicas de rampa de aproximação A 23 Técnicas de rampa de aproximação monomotora A 24 Circuito de tráfego E 25 Circuito de tráfego monomotor A 26 Arremetida no ar A 27 Arremetida no ar monomotor A 28 Pouso normal E 29 Pouso sem flap A 30 Pouso monomotor A 31 Procedimentos após o pouso E 32 Parada dos motores E 33 Cheque de abandono E 34 Iniciativa 35 Correções E 36 Interesse na instrução 37 Progresso na instrução Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 17 29 out 2010 Adaptação | Lição AD 05 Duração: 01:00 - Tipo: DC Nº. Manobra Níveis 1 Documentos / Equipamentos de voo E 2 Peso e balanceamento da aeronave E 3 Conhecimentos técnicos da aeronave E 4 Inspeções E 5 Preparação da cabine E 6 Briefings de decolagem / Emergência E 7 Partida E 8 Cheques E 9 Fraseologia E 10 Táxi E 11 Decolagem E 12 Saída do tráfego E 13 Subida para a área de instrução E 14 Nivelamento E 15 Identificação da área de instrução E 16 Uso dos motores E 17 Técnicas de operação monomotora E 18 Técnicas de rampa de aproximação E 19 Técnicas de rampa de aproximação monomotora E 20 Circuito de tráfego E 21 Circuito de tráfego monomotor E 22 Arremetida no ar E 23 Arremetida no ar monomotor E 24 Pouso normal E 25 Pouso sem flap E 26 Pouso monomotor E 27 Procedimentos após o pouso E 28 Parada dos motores E 29 Cheque de abandono E 30 Iniciativa 31 Correções E 32 Interesse na instrução 33 Progresso na instrução Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 18 29 out 2010 Navegação | Lição NAV 01 Duração: 02:30 - Tipo: DC Nº. Manobra Níveis 1 Documentos / Equipamentos de voo E 2 Peso e balanceamento da aeronave E 3 Planejamento do voo A 4 Consulta a meteorologia E 5 Inspeções E 6 Preparação da cabine A 7 Briefings de decolagem / Emergência E 8 Partida E 9 Cheques E 10 Fraseologia E 11 Táxi E 12 Decolagem normal E 13 Saída do tráfego E 14 Subida em rota A 15 Uso dos equipamentos de navegação A 16 Nivelamento E 17 Estabelecimento do regime de cruzeiro A 18 Voo de cruzeiro A 19 Navegação estimada A 20 Navegação por contato A 21 Falha do motorem cruzeiro C 22 Determinação do aeródromo de alternativa C 23 Comunicação com os órgãos ATC C 24 "Drift down” C 25 Balanceamento de combustível C 26 Entrada no tráfego E 27 Circuito de tráfego E 28 Pouso normal E 29 Procedimentos após o pouso E 30 Parada dos motores E 31 Cheque de abandono E 32 Iniciativa 33 Correções E 34 Interesse na instrução 35 Progresso na instrução Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 19 29 out 2010 Navegação | Lição NAV 02 Duração: 02:30 - Tipo: DC Nº. Manobra Níveis 1 Documentos / Equipamentos de voo E 2 Peso e balanceamento da aeronave E 3 Planejamento do voo E 4 Consulta a meteorologia E 5 Inspeções E 6 Preparação da cabine E 7 Briefings de decolagem / Emergência E 8 Partida E 9 Cheques E 10 Fraseologia E 11 Táxi E 12 Decolagem normal E 13 Saída do tráfego E 14 Subida em rota E 15 Uso dos equipamentos de navegação E 16 Nivelamento E 17 Estabelecimento do regime de cruzeiro E 18 Voo de cruzeiro E 19 Navegação estimada E 20 Navegação por contato E 21 Falha do motor em cruzeiro E 22 Determinação do aeródromo de alternativa E 23 Comunicação com os órgãos ATC E 24 "Drift down” E 25 Balanceamento de combustível E 26 Entrada no tráfego E 27 Circuito de tráfego E 28 Pouso normal E 29 Procedimentos após o pouso E 30 Parada dos motores E 31 Cheque de abandono E 32 Iniciativa 33 Correções E 34 Interesse na instrução 35 Progresso na instrução Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 20 29 out 2010 Voo por Instrumentos | Lição IFR 01 Duração: 01:30 - Tipo: DC Nº. Manobra Níveis 1 Documentos / Equipamentos de voo E 2 Peso e balanceamento da aeronave E 3 Planejamento do voo C 4 Consulta a meteorologia E 5 Inspeções E 6 Preparação da cabine E 7 Briefings de decolagem / Emergência E 8 Partida E 9 Cheques E 10 Fraseologia E 11 Táxi E 12 Decolagem normal E 13 Saída do tráfego E 14 Exercícios de subida / descida / curvas A 15 Curvas cronometradas A 16 Cheque cruzado dos instrumentos A 17 Pouso normal E 18 Pouso monomotor E 19 Procedimentos após o pouso E 20 Parada dos motores E 21 Cheque de abandono E 22 Iniciativa 23 Correções E 24 Interesse na instrução 25 Progresso na instrução Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 21 29 out 2010 Voo por Instrumentos | Lição IFR 02 Duração: 01:30 - Tipo: DC Nº. Manobra Níveis 1 Documentos / Equipamentos de voo E 2 Peso e balanceamento da aeronave E 3 Planejamento do voo A 4 Consulta a meteorologia E 5 Inspeções E 6 Preparação da cabine E 7 Briefings de decolagem / Emergência E 8 Partida E 9 Cheques E 10 Fraseologia E 11 Táxi E 12 Decolagem normal E 13 Saída do tráfego E 14 Exercícios de subida / descida / curvas E 15 Curvas cronometradas E 16 Subida em rota A 17 Uso dos equipamentos de navegação A 18 Cheque cruzado dos instrumentos E 19 Estabelecimento do regime de cruzeiro E 20 Voo de cruzeiro E 21 Determinação de posição E 22 Briefing de descida E 23 Procedimentos de descida IFR monomotor A 24 Procedimentos de aproximação perdida IFR A 25 Procedimentos de aproximação perdida IFR monomotor A 26 Pouso normal E 27 Pouso monomotor E 28 Procedimentos após o pouso E 29 Parada dos motores E 30 Cheque de abandono E 31 Iniciativa 32 Correções E 33 Interesse na instrução 34 Progresso na instrução Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 22 29 out 2010 Voo por Instrumentos | Lição IFR 03 Duração: 02:00 - Tipo: DC Nº. Manobra Níveis 1 Documentos / Equipamentos de voo E 2 Peso e balanceamento da aeronave E 3 Planejamento do voo E 4 Consulta a meteorologia E 5 Inspeções E 6 Preparação da cabine E 7 Briefings de decolagem / Emergência E 8 Partida E 9 Cheques E 10 Fraseologia E 11 Táxi E 12 Decolagem normal E 13 Saída do tráfego E 14 Subida em rota E 15 Uso dos equipamentos de navegação E 16 Cheque cruzado dos instrumentos E 17 Estabelecimento do regime de cruzeiro E 18 Voo de cruzeiro E 19 Determinação de posição E 20 Briefing de descida E 21 Procedimento de chegada (STAR) E 22 Procedimentos de descida IFR (NDB, VOR, ILS) E 23 Procedimentos de descida IFR monomotor E 24 Procedimentos de aproximação perdida IFR E 25 Procedimentos de aproximação perdida IFR monomotor E 26 Pouso normal E 27 Pouso monomotor E 28 Procedimentos após o pouso E 29 Parada dos motores E 30 Cheque de abandono E 31 Iniciativa 32 Correções E 33 Interesse na instrução 34 Progresso na instrução Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 23 29 out 2010 TEORIA DO VOO MULTIMOTOR 1 - DEFINIÇÃO DE AERONAVE MULTIMOTORA Basicamente, são bimotores leves (Light Twin Engines), com peso máximo de decolagem igual o inferior à 5700kg, certificadas pelo RBHA 23/FAR Part 23*. Na prática, surgiram da necessidade de transportar mais carga paga, sendo possível, através da implantação de mais um motor às aeronaves convencio- nais, obter um peso de decolagem maior. Por este fato, nota-se que os fabricantes deste tipo de aeronave não são obrigados a assegurar razão de subida positiva durante a falha em um dos motores, sobretudo em decolagens, dependendo do peso, temperatura e al- titude. Isso não significa que aeronaves multimotoras não possam cumprir subidas em condições de monomotor, mas essa subida, quando for possível, será bastante limitada em razão ascencional. (*) RBHA23: Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica- RBHA23, “Requisitos de aeronavegabilidade- aviões categoria normal, utilidade, acro- bática, e transporte regional”, seu equivalente Norte Americano é o FAR Part 23 (Federal Aviation Regulation). Algumas aeronaves mais antigas, foram homologadas pelo antecessor do FAR Part 23, o CAR 3. Exemplo: Seneca, Baron, Beech C-90, Bandeirante EMB 110. Aeronaves de transporte são certificadas segundo o RBHA 25 / FAR Part 25, e possuem definições de velocidade e segmentos de decolagem que garantem razão ascencional positiva. Também na arremetida monomotor deverão subir com razão segura. Exemplos: Brasília EMB 120, Citation II, Boeing 737, etc. 2 - OBJETIVO DA SIMULAÇÃO MONOMOTOR Identificar o motor inoperante e realizar os devidos checks de reacionamen- to ou corte e embandeiramento, como descrito no manual de operações da aeronave em questão, bem como operar a aeronave na condição de voo monomotor de maneira coordenada e o mais segura possível. 3 - DEFINIÇÕES DE VELOCIDADES Ao voar sob condição de monomotor, a indicação mais importante a ser se- guida é a de Velocidade Indicada (Vi). Segue abaixo as definições de veloci- dades adotadas nas operações de aeronaves multimotoras leves: - Vx: Velocidade que proporciona melhor ângulo de subida. Nesta velocida- de, a aeronave atingirá uma maior altitude, num espaço horizontal menor. Em teoria será utilizada após decolagens para livrar obstáculos próximos à pista. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 24 29 out 2010 - Vxse: Velocidade que proporciona melhor ângulo de subida com um motor inoperante (s.e. – single engine). Nesta velocidade, a aeronave atingirá uma maior altitude, num espaço horizontal menor. - Vy: Velocidadeque proporciona melhor razão de subida. Nesta velocidade, a aeronave atingirá uma maior altitude no menor intervalo de tempo. - Vyse: Velocidade de melhor razão de subida com um motor inoperante (s.e. – single engine). A Vyse é também conhecida como Blue Line, pois é indicada com uma linha azul no velocímetro do avião (figura 1). Nesta veloci- dade, a aeronave atingirá uma maior altitude num intervalo de tempo menor. A Blue Line, entretanto, é determinada em voos de ensaio pelo fabricante ao nível do mar, condição ISA, configuração lisa, portanto o valor pintado no velocímetro reflete uma condição quase sempre diferente da atual. - Vsse: Abaixo dessa velocidade, não se deve cortar um motor para fins de treinamento de piloto. Leva em conta um tempo de reação do piloto e a perda de velocidade decorrente do tempo de intervenção nos comandos. - Vmca: Velocidade mínima na qual um avião multimotor é direcionalmente controlável com o motor crítico inoperante, hélice do motor ruim em molinete, potência de decolagem no motor bom, inclinação de aproximadamente 5º para o lado do motor bom, trem recolhido e flaps na posição de decolagem. É obtida durante os voos de ensaio da aeronave, ao nível do mar e na condição de CG traseiro máximo possível. Portanto a Vmca poderá variar conforme a altitude e a condição do CG. Para efeitos práticos, porém, jamais tentaremos insistir em manter o voo nivelado em velocidades próximas a Vmca, pois po- deremos perder o controle da aeronave. Próximo a Vmca, o ângulo de ataque será tão alto, e o arrasto tão grande, que, na prática, não haverá ganho de alti- tude. É aconselhável então, ceder o nariz e utilizar a tração do motor remanes- cente para estabelecer uma trajetória de descida mais conveniente, inclusive para pouso forçado se necessário. É representada no velocímetro da aero- nave por uma linha vermelha, também chamada de “Red Line”. Veja na figura ao lado como são repre- sentadas dentro do velocímetro da aero- nave a Red Line e a Blue Line: - VRef: Velocidade de Referência ou velocidade para pouso. É a velocidade a ser mantida na final, na configuração de pouso e corresponde a 1,3 da ve- locidade de estol na configuração. É a velocidade demonstrada mais segura. NOTA: A maioria dos manuais sugere a velocidade de Blue Line como a melhor para a aproximação monomotora. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 25 29 out 2010 4 - IDENTIFICAÇÃO DA FALHA DE MOTOR E APLICAÇÃO DOS COMANDOS Quando em uma aeronave típica multimotora, um dos motores se torna ino- perante, ocorre um desequilíbrio de tração, gerando uma tendência de gui- nada para o lado do motor ruim. Se não for corrigido, esse desequilíbrio, somado à perda de potência, irá acarretar em excesso de arrasto. Imagem: Guinada de uma aeronave com falha de motor direito e efeito no turn coordinator Faz-se necessário então, minimizar os efeitos da guinada para manter a tra- jetória da aeronave da seguinte maneira: - Aplicar pedal do lado do motor bom; é possível sentir de imediato nos pés o efeito da guinada, sendo o lado do motor bom aquele que nos oferece resistência ao pé, e no lado do motor ruim o pedal estará como se estivesse “morto”. (“dead feet, dead engine”). De início, poderemos calçar o pedal até centralizar a bolinha do Turn Coordinator. - Inclinar o manche cerca de 5º para o lado do motor bom, de modo a manter uma trajetória reta. - Em seguida, poderemos aliviar um pouco mais o pedal para o lado do motor bom e buscar “meia bolinha espirrada”. NOTA: Segundo voos de ensaio, nesta configuração tere- mos o menor arrasto possível. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 26 29 out 2010 5 - CURVAS EM CONDIÇÃO MONOMOTOR Deve-se evitar curvas à baixa altura, próximo a Vmca e, sobretudo para o lado do motor ruim, com vistas a não perder performance de subida. A Blue Line para voo monomotor é uma velocidade bastante segura para curvarmos, independente do lado requerido. Deve-se executar as curvas de maneira suave e coordenada, evitando-se passar da curva padrão. 6 - EFEITOS DA CONDIÇÃO MONOMOTORA SOBRE A PERFORMANCE Uma aeronave voando bimotor, ao perder um dos seus motores, perde o equiva- lente a 50% de sua tração total, porém, em termos de performance aerodinâmica, tal perda chega à ordem de 80%. Traduzindo-se essa situação em valores, um Seneca que subisse com uma razão de 1000ft/min com os dois motores, ao perder um de seus motores poderia ter sua razão reduzida para 200ft/min ou menos. Um fator crítico a salientar é que a Hélice do motor inoperante gera arrasto suficiente pra prejudicar o voo e a navegabilidade de aeronave, devendo ser embandeirada. Caso a rotação da hélice caia abaixo de 800 RPM, não mais será possível emban- deirar a hélice. Portanto, a decisão de tentar reascender o motor ou partir logo para o embandeiramento da hélice deve variar com a situação, sobretudo em falhas a baixa altura, e deve ser tomada de forma consciente, rápida e segura. Já existiram acidentes onde a tripulação, na pressa de embandeirar a hélice do motor ruim, embandeirou a do motor bom. Recomenda-se fazer um cross- -check com os instrumentos e identificar claramente o motor em pane. 7 - MOTOR CRÍTICO Motor crítico só existirá para aeronaves cujas hélices giram na mesma direção. Uma definição simples de motor crítico é aquele cuja falha acarretará em maior efeito negativo para a manutenção do voo com o motor remanescente. Em termos de forças, o motor crítico é aquele que traz melhor efeito sobre as superfícies aerodinâmicas, sobretudo para o leme. Ao falhar, ficamos com um motor que tende a soprar “para fora” do centro da fuselagem. Com menos fluxo de ar no leme, teremos menos resposta de comando no pedal. Pode- mos verificar a teoria na figura abaixo: ATENÇÃO: Evitar curvas acima de 30° na condição de monomotor. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 27 29 out 2010 8 - TETO DE SERVIÇO MONOMOTOR É a máxima altitude ensaiada na qual uma aeronave consegue subir, man- tendo uma razão de 50ft/min em ar calmo com uma hélice embandeirada. É calculada para que se saiba se a mesma irá conseguir manter altitude mínima de segurança em voo em rota, ou livrar-se de obstáculos. 9 - PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA MONOMOTOR O aspecto mais importante durante a falha de motor é identificar o motor em pane e manter o controle direcional e lateral da aeronave. Se a velocidade está abaixo da Vmca, abaixe o nariz conforme necessário para manter o con- trole e aumentar a velocidade para a Blue Line. Pousar o mais rápido possível no aeroporto mais próximo. 10. POUSO FORÇADO Caso identifiquemos que na tentativa de manter voo nivelado estaremos che- gando próximos à Vmca, deveremos ceder o manche e buscar uma velocidade próxima à Blue Line, utilizando o motor remanescente para estabelecer uma ra- zão de descida controlada até um terreno mais adequado a um pouso forçado. 11 - SIMULAÇÃO MONOMOTOR EM INSTRUÇÃO Na instrução a condição monomotora será simulada entre 13 a 15 polegadas de ajuste de compressão, simulando uma condição de hélice embandeirada e tração nula. Nas aproximações e pousos, os manetes de passo devem estar todos à frente e equalizados, desse modo permitindo que, no caso de necessidade de arremetida ou tração adicional, o motor que simula a pane gere a atração necessária e sem assimetria de potência. O propósito de uma aproximação monomotor é familiarizar o piloto com a as- simetria de potência. Caso a condição develocidade ou razão de afundamen- to se deteriore, o instrutor ou mesmo o aluno poderão, a qualquer momento, utilizar a potência do motor remanescente para corrigir trajetória ou arremeter com o uso de ambos os motores. 12 - FINAL ESTABILIZADA O conceito de Final Estabilizada foi determinado pela constatação de que a maior parte dos acidentes em pouso decorrem de aproximações com velo- cidades muito acima de VRef, fora da configuração de pouso, em trajetória curva, desestabilizada, etc. Por definição adotaremos o conceito de Final Estabilizada como o que se segue: 12.1 - Aproximação Visual – no limite mínimo de 500 ft deveremos estar com: - Trem embaixo e com flaps ajustados; - Alinhados com a pista; - Poucas correções de arfagem e laterais para manter a trajetória de pouso; - Poucas variações de motor necessárias; - Velocidade mínima de VRef e máxima de VRef + 20 KT. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 28 29 out 2010 12.2 - Aproximação IFR – no limite mínimo de 1000 ft deveremos estar com: - Trem e flap na configuração recomendada (mono ou bi); - Poucas correções de arfagem e laterais para manter curso ou QDM final; - Poucos ajustes necessários para manter rampa (glide slope); - Poucas variações de motor necessárias para rampa e velocidade; - Velocidade mínima de VRef e máxima de VRef + 20 KT. Fora desses parâmetros deveremos iniciar uma arremetida. 13 - ARREMETIDA MONOMOTOR A melhor situação no caso de aproximação monomotor é escolher uma pista adequada e, no caso de IFR, a que estiver com os melhores mínimos e pos- suir melhor precisão (ILS, por exemplo), de modo a se evitar ao máximo a arremetida monomotor. Conforme definido, aeronaves multimotoras leves poderão não apresentar razão positiva monomotor, e isso é uma verdade para as arremetidas. Em condições de temperatura, altitude e peso adequadas, a aeronave mul- timotora poderá conseguir arremetida monomotor com pequena razão as- cencional, sendo o ideal que seja iniciada na configuração lisa. Neste caso avança-se o manete do motor bom todo à frente, calçando o pedal de acordo para compensar o maior diferencial de tração, e busca-se a velocidade de Vyse (Blue Line) ou Vxse de modo a produzir razão positiva no climb. Já uma arremetida monomotor a partir da configuração de pouso (trem e flap) é uma manobra extremamente delicada e não é recomendada, só será feita em casos extremos e mesmo assim sem garantias de subida. Na prática significa que o julgamento do abaixamento do trem e flap foi errôneo. Neste caso é necessário avançar o manete do motor bom ao máximo, recolher flap pra con- figuração intermediária, recolher o trem de pouso e após recolher todo o flap. 14 - TRÁFEGO VISUAL MONOMOTOR Só deveremos abaixar o trem de pouso e os flaps quando tivermos certeza de que o avião irá alcançar a pista. A boa técnica de pouso monomotor é aquela na qual o piloto vai configurando trem e posições de flap de modo a, na curta final, ir gradativamente reduzindo o motor bom e eliminando a tração assimétrica, de modo que o pouso torna-se um pouso normal. 15 - PROCEDIMENTO IFR MONOMOTOR A maioria dos manuais de multimotores sugere a velocidade da Blue Line como a melhor para a aproximação monomotora na final. O trem e o flap serão configurados na após a DA / MDA com o pouso garantido. ATENÇÃO: A arremetida é considerada uma boa técnica de pilotagem. Ninguém vai lembrar a arremetida que você fez, mas todos lembrarão a arremetida que você NÃO FEZ. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 29 29 out 2010 MANUAL DE PADRONIZAÇÃO/MANOBRAS Os perfis e manobras desta seção descrevem o método padronizado segundo qual avião será operado. Porém, é esperado que o piloto use julgamento adequa- do na execução dos procedimentos, na seleção da configuração do avião e na escolha das velocidades apropriadas para as condições e situações existentes. O avião tomado como base neste manual é o EMB-810C – Seneca II, sendo as velocidades e configurações aqui descritas compatíveis com este equipamento. Em caso de utilização de outra aeronave de mesma classe, o manual do fabricante deverá ser consultado para a correta padronização das mesmas. 1 - VERIFICAÇÃO DO LIVRO DE BORDO/EQUIPAMENTO DE VOO É um procedimento necessário para verificar se toda a documentação da aeronave, assim como kits, materiais necessários ao voo e diários encon- tram-se a bordo. Tais objetos são imprescindíveis para uma navegação/lição segura assim como em inspeções da autoridade aeronáutica competente. 2 - PESO E BALANCEAMENTO DA AERONAVE Muitos acreditam que em um avião de pequeno porte, basta encher o tanque, chamar os amigos e voar. Na maioria das vezes, por preguiça, desconheci- mento, ou outros motivos, não fazemos o cálculo do peso e balanceamento de aeronaves menores, com a idéia de que o mesmo só é realmente neces- sário em aeronaves maiores. O correto cálculo do peso e balanceamento de aeronaves permite ao piloto saber se ele estará operando dentro dos limites de CG (Centro de Gravidade) da aero- nave, consequentemente operando dentro dos limites dispostos pelo fabricante. Estes cálculos serão apresentados por um instrutor, o qual orientará o aluno em como proceder para os voos subsequentes. 3 - CONHECIMENTOS TÉCNICOS DA AERONAVE Durante o voo, o instrutor poderá perguntar para o aluno itens técnicos impor- tantes da aeronave, os quais já terão sido vistos na etapa de familiarização. Lembre-se: o estudo nunca é demais! Mantenha-se sempre em dia com as informações da máquina que você voa! 4 - PLANEJAMENTO DO VOO Um bom voo inicia-se com um bom planejamento. Portanto, antes de entrar na aeronave, devemos ter em mente a rota que iremos percorrer, bem como estimados para fixos, níveis de voo disponíveis, autonomia da aeronave, con- dições climáticas, aeródromos para alternativa, NOTAMs, entre outros fato- res. Quanto maior for o pacote de informações disponíveis, mais seguro será o voo. Vale ressaltar que toda informação é bem vinda, porém não hesite em procurá-las! Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 30 29 out 2010 4.1 - Itens mínimos para consulta em navegação - NOTAM da rota; - ROTAER; - Carta visual do aeródromo – VAC (navegações visuais); - SID, STAR, IAL, cartas de rota (L1, L2...) e terminal (navegações IFR). 5 - CONSULTA À METEOROLOGIA Este item está diretamente ligado ao planejamento de voo descrito anterior- mente. A consulta à meteorologia é de suma importância para realizarmos um voo seguro, visto que podemos encontrar situações adversas em rota que podem causar acidentes. Para voos de navegação é obrigatória a con- sulta de mensagens como METARES, SPECI (quando houver), TAFs, cartas SIGWX, cartas de vento ao nível de cruzeiro, imagens de satélite e, durante o voo, ainda o VOLMET, que pode ser consultado em uma frequência rádio disponível no checklist branco da aeronave. Todas essas informações pode- rão ser obtidas através da Redemet, a rede de meteorologia do Comando da Aeronáutica, através do site HTTP://www.redemet.aer.mil.br. Mínimos meteorológicos para treinamento: - Voo Local Visual SDIO: VMC 5000m de visibilidade e 1500ft de teto SBJD: VMC 5000m de visibilidade e 1500ft de teto - Voo IFR AD de destino: Visual especial: 3000m e 1000ft (somente duplo comando) AD de alternativa: VMC 5000m de visibilidade e 1500ft de teto 6 - INSPEÇÃO PRÉ VOO É um procedimento necessário para a verificação da documentação e do es- tado da aeronave, bem como a sua preparação parao voo. A inspeção deve ser feita de acordo com o checklist da aeronave. Deve ser observado o diário de manutenção, observando se houve alguma anor- malidade reportada em voos anteriores e se houve resposta ou ações corretivas da manutenção (a resposta é obrigatória e impede que a aeronave saia para qualquer voo caso o item seja no go). Se for constatado algum item no go, este deve ser reportado ao instrutor que encaminhará a aeronave à manutenção. Após a verificação do livro de bordo, o aluno deve seguir conforme checkIist da aeronave, verificando item por item. Caso alguma anormalidade tenha sido verifi- cada, esta deve ser imediatamente comunicada ao instrutor que colocará no diário de manutenção o reporte. Se o reporte necessitar de reparo urgente, a aeronave deve ser retirada de voo até que o inspetor de manutenção libere após o reparo. Durante os voos solos, o aluno é responsável por todos os procedimentos e decisões e deverá seguir o que lhe foi passado durante a instrução e cumprir todas as normas e regulamentos para a realização de um voo seguro. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 31 29 out 2010 7 - PREPARAÇÃO DA CABINE A preparação da cabine de uma aeronave é um item fundamental para faci- litar a saída visual ou por instrumentos da mesma. Para reduzir a carga de trabalho durante a decolagem, devemos ajustar em solo as frequências rádio a serem utilizadas, frequências de navegação, ajustar radiais para a saída bem como a proa de decolagem e código transponder dado pelo órgão ATC. De modo a economizar combustível, o preparo da cabine deve ser feito antes do acionamento. 8 - BRIEFING DE DECOLAGEM / BRIEFING DE EMERGÊNCIA No briefing de decolagem o aluno irá citar que tipo de decolagem irá fazer, a pista em uso, o flap a ser utilizado, velocidade de rotação, velocidade a ser mantida após a decolagem, velocidade a ser mantida após 500 pés e o perfil a ser realizado de acordo com cada aeronave e o tipo de voo a ser realizado. Modelo de briefing de decolagem/emergência em voo multimotor: “Vamos efetuar uma decolagem normal da pista XX, com flaps up e Vr de 80 KT. Com climb positivo, recolheremos trem, acelerando para 90 KT. A 400’ AGL reduzimos para 35 polegadas, 2500 RPM e 15 galões/h, acelerando para 120 KT. Então cumpriremos o perfil da subida X (nome da subida a ser executada). Qualquer pane será declarada em voz alta e clara. Mínimos operacionais não atingidos ou pane abaixo da Vr, abortaremos a decolagem. Pane após a Vr, com trem embaixo e pista suficiente, pousaremos em frente. Após o recolhimento do trem e sem pista suficiente, mantém o controle da aeronave, voando na blue line recolhendo os flaps. Identifica-se o motor em pane, reduz, embandeira e corta, notificando o órgão ATC.” 9 - PARTIDA E AQUECIMENTO DOS MOTORES Ao entrar na aeronave, o aluno deverá ajustar o assento de modo a ficar confortável durante o voo, verificando se o mesmo encontra-se devidamente travado, ajustando também o cinto de segurança abdominal e transversal. Para a partida, seguir a sequência do checkIist sempre com os freios aplica- dos, a mão direita na manete de potência e a mão esquerda no starter; pros- seguir o acionamento com o tempo máximo de 8 segundos para o starter; caso não acione: intervalos de 5 a 10 segundos entre os ciclos para a nova partida. Aliviar imediatamente o starter quando ocorrer o acionamento. Após a partida, examinar a pressão e temperatura do óleo respectivamen- te. Se dentro de 30 segundos não houver indicação da pressão do óleo no instrumento, cortar o motor imediatamente e reportar para a manutenção. Quando a partida estiver estabilizada, aquecer o motor a 1000RPM. Isso significa que a hélice gira a razão de 1000 rotações por minuto conforme indicado no tacômetro. A este regime a bomba de óleo trabalha eficiente- mente e a hélice fornece uma corrente de ar bastante forte em volta dos cilindros do motor, para que o mesmo não se aqueça excessivamente. Se fizer trabalhar o motor, com maior rotação, antes de o óleo ter atingido a sua temperatura apropriada, danificará o motor. NOTA: Os briefings serão executados antes do acionamen- to, de forma a não gastar combustível desnecessariamente. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 32 29 out 2010 10 - FRASEOLOGIA A fraseologia é um procedimento estabelecido com o objetivo de assegurar a uniformidade das comunicações radiotelefônicas, reduzir ao mínimo o tempo de transmissão das mensagens e proporcionar autorizações claras e concisas. O principal objetivo das comunicações radiotelefônicas entre pilotos e controladores de tráfego aéreo ou operadores de estação aeronáutica é o entendimento mútuo. Antes de se transmitir uma mensagem, deverá ser observado: - Se a frequência desejada foi selecionada corretamente; - Nenhuma aeronave está transmitindo no momento; - O que deseja transmitir foi preparado previamente; e - A mesma foi escrita antes de iniciar a transmissão, conforme se recomenda ao se tratar de mensagem longa. Em todas as comunicações, deverá ser observada, a todo o momento, a maior disciplina, utilizando-se a fraseologia adequada, evitando a transmissão de mensagens diferentes das especificadas, tais como bom dia, boa viagem, etc. Quando se desejar estabelecer contato, a comunicação deverá ser iniciada com uma chamada e uma resposta. O piloto em comando deverá repetir (cotejar) totalmente as autorizações ou instruções contidas nas seguintes mensagens emanadas dos órgãos ATC: a) Autorizações: entrar na pista, pousar, decolar, cruzar a pista em uso, re- gressar pela pista em uso, condicionais e níveis de voo ou altitudes. b) Instruções: proas e velocidades, ajuste de altímetro, código SSR (trans- ponder) e pista em uso. Cotejamento parcial: Uma boa técnica quando não conseguir copiar toda a mensagem, é cotejar a parte que foi entendida e pedir confirmação do restante. Exemplo: - APP: Coteje RDL. - Piloto: Proa 070, descendo para 5000ft, confirme o ajuste de altímetro? Mensagens condicionais: São aquelas cuja autorização exige que o piloto coteje que entendeu a con- dição para seu cumprimento. Exemplo: - TWR: PT-RDL, visual com o Airbus na final para pouso? - Piloto: RDL visual com a aeronave. - TWR: Após a passagem da mesma, alinhe e mantenha a posição. - Piloto: RDL: Após a passagem da aeronave, alinha e mantém. Em geral, um piloto com pouca experiência, encontra duas dificuldades bási- cas nas comunicações-rádio: inibição e dificuldade para ouvir/entender. NOTA: Se um piloto repetir uma autorização ou instrução de maneira incorreta, o controlador transmitirá a palavra “negativo” seguida da versão correta. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 33 29 out 2010 A inibição, a princípio, só será superada com a prática. Por esta razão, é im- portante que, desde o mais cedo possível, o aluno efetue as comunicações- -rádio, mesmo que possa ocasionar uma carga de trabalho um pouco maior. Excepcionalmente, em situações de acúmulo de tráfego aéreo e de veicula- ção de mensagens, o instrutor poderá auxiliar nas comunicações. Por outro lado, o ato de ouvir, entender e interpretar uma mensagem ATC, nem sempre é uma tarefa fácil. Aos ruídos ambientais, sempre poderão asso- ciar-se um excessivo estresse pela alta concentração exigida nas manobras de um voo, com uma consequente diminuição da capacidade de percepção e entendimento do aluno. Baixa capacidade para memorizar e cotejar mensagens mais longas e per- ceberoutros tráfegos que lhe são essenciais, também são aspectos caracte- rísticos nestes casos. O natural é que este estresse diminua com a evolução do desempenho no decorrer do treinamento, melhorando paulatinamente a capacidade de entendimento, percepção e interpretação por parte do aluno. Seguem abaixo, algumas recomendações e técnicas que devem ser obser- vadas em rádio-comunicação: - Escutar antes de transmitir: se o botão do microfone for apertado imediata- mente após a troca de frequência no transmissor, outras chamadas que esti- verem ocorrendo poderão ser bloqueadas. Portanto, ao trocar de frequência, esperar alguns segundos para certificar-se de que a mesma está desocupada; - Pensar antes de transmitir: o piloto deve saber exatamente o que pretende dizer antes de apertar o botão do microfone. Se o texto for longo ou difícil, escreva-o; - Posição do microfone: deve ser colocado bem perto e de preferência em um dos cantos da boca, onde o sopro das sílabas mais fortes não “entre” no micro- fone, causando ruídos. Após apertar o botão de transmissão, fazer uma peque- na pausa para assegurar-se que a primeira palavra seja transmitida na íntegra; - Cuidado com o botão do microfone: desconfiar sempre da falta de sons no receptor. Verificar o volume e assegurar-se de que o botão não esteja tranca- do para transmitir, o que pode bloquear todas as transmissões na frequência selecionada. Toda vez que o PTT estiver pressionado aparecerá um indicati- vo “TX” no painel do rádio. OBS 1: Os rádios serão ligados após a partida do motor, para ajustar o volume, puxar o botão e ajustar adequada- mente. OBS 2: O Call Sign (indicador de chamada da aeronave PR-EJO) sem- pre devera ser utilizado completo, a partir do momento que o controle encurtar o Call Sign, o piloto cotejará da mesma forma. Os horários deverão também utilizar 4 (quatro) dígitos e utilizar códigos ICAO nos indicativos de localidade. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 34 29 out 2010 Na EJ Itápolis as comunicações serão feitas para efeito de coordenação de tráfego para aeronaves que estão chegando e para aquelas que estão no solo e no circuito de tráfego. A coordenação será feita na frequência 131.65, conforme a padronização da escola. Segue um exemplo: - PT-RDL, decolado de SDIO aos 1045... - Controle: RDL, reporte na posição pedágio. - Ciente, RDL. - Controle: RDL, confirme o estimado na posição pedágio. - RDL, estima posição pedágio aos 1050. 10.1 - Exemplo de fraseologia padrão na saída para um voo em rota - Coordenação Itápolis, PR-EJO (Papa Romeu – Eco Juliet Oscar), no pátio, solicita teste de rádio e condições do aeródromo. - PR-EJO acionado em frente ao hangar da EJ, para voo visual de SDIO para SDIO com toque e arremetida em SBRP, iniciando táxi para o ponto de espera da cabeceira 01. - PR-EJO no ponto de espera da 01, prosseguindo para a cabeceira 01. - PR-EJO iniciando decolagem da 01. - PR-EJO decolado aos 1-0-2-8, em subida, passando 2000 pés para o nível 055, na proa de Ribeirão Preto, passando para a frequência do Controle Aca- demia em 120,40 (uno-dois-zero decimal quatro-zero). 10.2 - Exemplo de fraseologia padrão na saída para um voo local - Coordenação Itápolis, PR-EJO, acionado em frente ao hangar dois, solicita teste de rádio e condições do aeródromo. - EJO, para voo visual local, iniciando táxi para o ponto de espera da cabeceira 19. - EJO no ponto de espera da 19, prosseguindo para a cabeceira 19. - EJO iniciando decolagem da 19. - EJO decolado aos 1-0-3-5, na perna de través da pista 19. - EJO livrando o circuito de tráfego pela perna do vento da pista 19, cruzando 1800ft em subida para 4000ft, prossegue para área pedágio. - EJO, posição pedágio mantendo 4000 pés. 10.3 - Exemplo de fraseologia padrão na chegada de um voo local - EJO, encerrou treinamento na área pedágio na proa de Itápolis, cruzando 3000 pés em decida para altitude de tráfego, solicita informações. - EJO ingressando na perna do vento da pista 19. - EJO na base da 19. - EJO na final da 19. (pouso completo ou toque e arremetida) - EJO no solo aos 45. - EJO livrando o eixo da pista. NOTA: Operações em aeródromos controlados, proceder com a fraseologia padrão conforme ICA 100-12. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 35 29 out 2010 11 - TÁXI Quando a aeronave iniciar o movimento o aluno deverá ficar atento somente no táxi, os checklists deverão ser realizados somente com a aeronave parada. Em pistas pavimentadas, o táxi deverá ser feito sobre a faixa amarela, utilizando ape- nas os pedais; o freio será utilizado somente quando necessário. Para redução da velocidade ou parada da aeronave, deverá reduzir primeiramente a RPM do motor na quantia requerida e, após, aplicar os freios. Em condições extremas, frear e reduzir a RPM instantaneamente. Para pistas de gramas, saibro ou areia a RPM será conforme o necessário. Em aeronaves com seletora de combustível (esquerdo / direito / fechado), deve-se taxiar com o tanque com menos combus- tível e no alinhamento trocar para o outro tanque. Se os dois estiverem cheios, escolhe-se um para taxiar e no alinhamento troca-se para o outro. Erros mais comuns: - Variar a RPM do motor constantemente. - Utilizar freio com o motor acelerado. - Esquecer de reduzir para marcha lenta quando a aeronave estiver emba- lando ou em declive. - Utilizar freio inadvertidamente ao comandar o pedal para curvar a aeronave. - Não desembalar a aeronave antes de iniciar uma curva. - Taxiar fora da linha de referência. 12 - CHEQUE PRÉ-DECOLAGEM Os cheques pré-decolagem são executados a fim de encontrar alguma anor- malidade nos instrumentos do motor, assim como para testar o governador da hélice e a função de embandeiramento. Para este cheque, a aeronave deverá ter o freio de estacionamento aplicado. Após, aplica-se potência de modo a atingir 1900RPM no tacômetro e então che- cam-se os magnetos, desligando inicialmente os esquerdos de ambos os moto- res. A queda máxima prevista para os motores do Seneca é de 175RPM. Após, ligam-se os magnetos novamente e repete-se o ciclo, agora com os magnetos direitos. O diferencial máximo previsto entre os dois é de 50RPM. Ainda com a mesma rotação, reduzir os manetes de passo para cerca de 80%, de modo a lubrificar o governador das hélices e retornar à posição inicial. Verificar se a indicação do amperímetro, sucção da bomba de vácuo e instrumentos do motor encontram-se no arco verde. Após esta série de cheques, reduzir a potência para 1000RPM, com a finalidade de testar o embandeiramento das hélices. Com a potência já ajustada, reduzir os manetes de passo de forma a esperar queda de 300RPM, quando então retornar as mesmas para passo mínimo. Para este teste, os manetes deverão ser levados à frente um de cada vez. Nesta etapa, também deverão ser observadas as pernas do circuito de tráfego, de modo que o piloto mantenha-se atento à movimentação de aeronaves nas redondezas. É recomendada atenção para não ultrapassar a linha do ponto de espera. O aluno deve estar ciente de que os aviões que estiverem pousando têm prio- ridade em relação aos que estiver decolando, por isto, fazer o check de área em todas as direções antes de ingressar na pista em uso. Caso alguma anomalia seja detectada, o responsável pela manutenção de- verá ser consultado. Quando o motor estiver em lenta, ou seja, todo reduzido, a RPM deve estar entre 600 e 800RPM. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 36 29 out 201013 - DECOLAGEM Antes de ingressar na pista verifica-se a direção do vento, pois as decolagens devem sempre ser efetuadas com vento predominantemente de proa. Efetuar o clear for take-off checklist alinhado na cabeceira. O uso dos cintos de segurança abdominal e transversal é compulsório na decolagem até o nivelamento e também ao iniciar a descida para o pouso. 13.1 - Decolagem normal (melhor razão de subida): Tem como objetivo ultrapassar obstáculos distantes ou para alcançar em me- nos tempo o nível de voo proposto e ao mesmo tempo ter a melhor progres- são sobre o terreno. Sequência: Alinhar a aeronave aproveitando o máximo de pista, fazer o clear for take-off check-Iist, aplicar a potência de modo a atingir 35 polegadas de mercúrio e iniciar a corrida de decolagem mantendo-se sobre o eixo da pista. Ao atingir a VR, aliviar o manche suavemente e cabrar progressivamente, até estabelecer uma velocidade de subida que será mantida até atingir 400Ft. Nessa altitude é realizado o checklist após a decolagem, quando acelerare- mos a aeronave para a velocidade de melhor razão de subida. Erros mais comuns: - Não efetuar os cheques descritos no checklist; - Não manter o eixo da pista; - Rodar a aeronave antes da VR, saindo desta maneira do solo sem susten- tação suficiente para voar, ocasionando seu retorno à pista; - Não corrigir o vento, perdendo a reta na decolagem; - Utilizar demasiadamente os pedais, ocasionando desvios de reta na de- colagem; - Convergir demasiadamente a atenção para o interior da nacele, perdendo o controle da atitude de arfagem. 14 - DECOLAGEM COM VENTO DE TRAVÉS A decolagem com vento de través exige um pouco mais do piloto. Recomen- da-se que, seja primeiramente observado se a componente de través não ultrapassa a permitida para cada aeronave. Proceder a decolagem normal- mente com o manche ligeiramente comandado para o lado do vento, após rodar a aeronave o nariz irá “encarar” o vento naturalmente, manter nesta posição com as asas niveladas e utilizar o pedal somente para correção do torque do motor, ou seja, pedal direito ligeiramente calçado para manter a aeronave alinhada com a bolinha de nível centrada. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 37 29 out 2010 Erros mais comuns: - Utilizar demasiadamente os pedais, para correção de trajetória e asa con- trária baixa ocasionando arrasto, atrapalhando a aeronave voar; - Não manter a correção de deriva que foi projetada inicialmente, perdendo o alinhamento de decolagem; - Tendência em voar com as asas desniveladas. 15 - SAÍDA DO CIRCUITO DE TRÁFEGO O abandono do circuito de tráfego deve ser feito conforme o regulamentado pela ICA 100-12. Deve-se manter um afastamento seguro em relação a outras aeronaves e também em relação à pista. Após a decolagem, em aeródromos onde o circuito de tráfego é padrão (cur- vas pela esquerda), e após atingir 500Ft, efetuar curva pela esquerda e in- gressar na perna de través da cabeceira em uso. O abandono deve ser feito sempre a 45º no ponto médio da perna do vento ou contra o vento. Quando o circuito de tráfego não for padrão, esse vai estar descrito no ROTA- ER e quando existir publicação de cartas do aeródromo pelo DECEA existirá uma Carta de Aproximação Visual (VAC). Em aeródromos controlados, o aban- dono do circuito de tráfego deve ser feito conforme o autorizado pela torre. Erros mais comuns: - Não manter a velocidade de subida; - Iniciar a curva para livrar o eixo de decolagem antes dos 500Ft; - Afastar-se ou aproximar-se muito da pista, por não fazer as correções necessárias de vento; - Não definir as pernas, fazendo um circuito “oval”. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 38 29 out 2010 16 - VOO EM SUBIDA / SUBIDA PARA A ÁREA DE INSTRUÇÃO É o voo em subida com ângulo normal de ataque, nariz acima da atitude de voo reto. Deve-se elevar o nariz da aeronave um pouco acima da posição normal para um voo em linha reta horizontal. Em seguida deve-se avançar o manete de potência para a pressão adequada de subida da aeronave. Há muitos fatores que afetam a subida, É importante lembrar que o desempenho de um avião depende do peso, estado do motor, temperatura do ar, altitude, pressão etc. Se o motor parecer sobrecarregado ou se estiver vibrando de maneira anormal, é sinal que se deve baixar o nariz da aeronave, pois a su- bida está muito acentuada. Em subida o motor trabalha muito mais do que em voo horizontal e quanto mais acentuado for o ângulo de subida, maior será o trabalho do motor e menor será sua refrigeração. Velocidade de melhor razão de subida: EMB-810C = 89KT. 17 - CHEQUE CRUZADO DOS INSTRUMENTOS O voo por instrumentos compreende a verificação simultânea de vários parâ- metros, quais sejam de navegação, performance da aeronave, indicações de motor e demais sistemas da aeronave, entre outros. A adequada condução do voo só poderá ser mantida se todos os parâmetros estiverem dentro do previsto para determinada fase do voo. E, para conse- guirmos isto, devemos executar a verificação cruzada dos instrumentos, ou o scanflow. O scanflow consiste em fazer uma verificação rápida e efetiva dos instrumen- tos utilizados durante o voo. Como o horizonte artificial é o instrumento mais importante do voo IFR, ele deve ser o elemento central do scanflow. O scanflow básico é em forma de “T”, e compreende o horizonte artificial, o velocímetro, o altímetro e o giro direcional (ou outro instrumento de navegação que esteja abaixo do horizonte artificial). É realizado da seguinte maneira: -verificação do horizonte artificial quanto a ângulo de ataque e inclinação das asas -verificação do velocímetro quanto a velocidade a ser mantida -verificação do horizonte artificial quanto a ângulo de ataque e inclinação das asas -verificação do giro direcional quanto a proa a ser mantida (ou instrumento de navegação para radial a ser mantida) -verificação do horizonte artificial quanto a ângulo de ataque e inclinação das asas -verificação do altímetro quanto a altitude a ser mantida -verificação do horizonte artificial quanto a ângulo de ataque e inclinação das asas É fácil perceber que a figura central de todo o scanflow é o horizonte artificial. Devemos sempre verificar ele, olhar outra indicação e retornar ao horizonte. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 39 29 out 2010 O scanflow em “T” é o básico, entretanto, não podemos esquecer os outros ins- trumentos da aeronave. Para a verificação destes outros instrumentos, deve- mos seguir a técnica de sempre olharmos para o horizonte, para o instrumento desejado e retornar ao horizonte. Erros mais comuns: - Concentrar-se demasiadamente na indicação de um instrumento, como seleção de frequência em rádio ou ajuste de potência de motor e esque- cer o horizonte artificial, permitindo que a aeronave mude de atitude ou desvie-se da proa - Esquecer de voar pelo horizonte artificial ao realizar o briefing de cartas - Concentrar-se muito no horizonte artificial, descuidando de outros parâ- metros essenciais 18 - VOO EM LINHA RETA HORIZONTAL Voar em linha reta horizontal significa, naturalmente, que o avião está nivelado (mantendo altitude constante), voando em posição horizontal com asas niveladas, isto é, com as suas pontas em distâncias iguais em relação à linha do horizonte. Mais tarde o aluno perceberá a atitude referente ao horizonte, usando o altímetro somente para cheque cruzado. Observar a posição do nariz do avião em relação ao horizonte.Geralmente é possível escolher um ponto de referência no nariz do avião que fique na mesma altura que o horizonte quando estiver voando horizontalmente. Para manter o voo, o aluno deverá escolher um ponto de referência e voar em direção ao mesmo. Ao atingir o primeiro ponto de referência, deverá escolher outro mais adiante e assim sucessivamente. Para voar em linha reta e horizontal em ar calmo, pouca ou nenhuma pressão será necessária sobre os comandos. Usar o compensador para que não seja necessário exercer pressão sobre o manche (atitude/motor/compensador). Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 40 29 out 2010 Erros mais comuns: - Voar variando a proa; - Não manter a altitude constante; Não manter a asas niveladas; - Voar olhando para dentro da aeronave; - Utilizar o compensador para mudar atitudes, e não para eliminar tendências. 19 - IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA DE INSTRUÇÃO É importante que para um voo seguro e agradável, que o piloto conheça a região em que está voando. Para isso, é interessante que o aluno saiba identi- ficar visualmente suas áreas de instrução, de modo a não colocar em risco as demais aeronaves que estejam nas redondezas. 20. USO DOS COMANDOS EM VOO O uso dos comandos deve ser feito da forma mais suave e correspondente à manobra possível. Movimentos bruscos devem ser evitados, a menos que sejam necessários à segurança do voo. Não acionar os comandos bruscamente. Se uma rajada súbita de ar desviar o avião de sua posição normal, ele voltará a sua posição por si mesmo. Contudo, pode-se apressar esta volta à condição normal por uma pressão suave e bem coordenada nos comandos. O aluno não deve tomar atitudes precipitadas já que o avião, de qualquer modo, tende sempre a retomar o voo estabilizado por si mesmo. Deve-se tomar cuidado para não deixar as asas desniveladas, pois poderá desen- volver a tendência de voar com a asa esquerda mais inclinada que a direita. Isto se deve ao fato de estar segurando o manche com a mão esquerda e apoiando o cotovelo no encosto da porta, já que a mão direita deverá estar sobre a manete de potência. Assim fará uma leve pressão sobre os comandos para esquerda. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 41 29 out 2010 21 - USO DOS MOTORES É importante que o aluno saiba identificar as situações em que é necessária a aplicação ou diminuição da potência em solo ou voo. Um exemplo para isso é saber que ao parar uma aeronave, deve-se primeiro diminuir a potência para após aplicar o freio. Da mesma forma, o uso dos mesmos deve ser de forma contínua e equilibrada, fazendo com que os dois trabalhem com a mesma potência na maioria do tempo. Poderemos utilizar potências diferenciais em solo para facilitar a execução de curvas. Erros mais comuns: - Não reduzir a potência antes de aplicar freios - Utilizar pouca potência para manter um voo nivelado 22 - USO DOS COMPENSADORES O compensador é um dispositivo que visa facilitar o voo. É destinado a dimi- nuir a pressão necessária na aplicação de comandos em que atua. É impor- tante saber que para uma utilização eficiente, deve-se primeiro configurar a aeronave do modo desejado (potência e atitude) para só após configurá-lo. No Seneca, temos compensadores tanto para o leme, quanto para o profundor. Erros mais comuns: - Compensar a aeronave antes de configurar potência e atitude de voo; - Compensar em curva. 23 - MUDANÇAS DE ATITUDE O treinamento de mudanças de atitude permite ao aluno conhecer as ca- racterísticas do avião, assim como coordenar potência e atitude. Todas as mudanças de atitude (exceto passagem de voo nivelado para descendente) seguem a sequência: Atitude - Potência - Compensador Já para mudar de voo nivelado para descendente deve-se seguir a sequên- cia: Potência - Atitude - Compensador 23.1 - Passagem de voo reto horizontal para ascendente: Puxa-se levemente o manche para trás, colocando-o na atitude; Acerta-se a potência para 35 polegadas; Estabiliza-se na nova atitude, compensando a aeronave. 23.2 - Passagem de voo ascendente para reto horizontal: Cede-se o manche suavemente para frente até atingir a atitude; Ajusta-se a potência para 28 polegadas, e climb em zero; Estabiliza-se para nova atitude (compensador). 23.3 - Passagem de voo reto horizontal para descendente: Reduz-se o motor para 25 polegadas; Faz-se uma leve pressão para trás no manche para que a aeronave não ul- trapasse a atitude desejada, correspondendo a 500Ft/min; Estabiliza-se na nova atitude, utilizando o compensador. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 42 29 out 2010 23.4 - Passagem de voo descendente para reto horizontal: Climb zero; avance a potência para 28 polegadas,; Coloca-se o avião na atitude e estabiliza-se (compensador). Erros mais comuns: - Desconsiderar a inércia da aeronave; - Utilizar o compensador para mudar a atitude; - Variar a proa; - Não colocar o avião na atitude correta; - Não aplicar a potência necessária para cada atitude; - Não compensar corretamente o avião. 24 - CURVAS O objetivo desta manobra é mudar a proa da aeronave, mantendo altitude cons- tante. Existem três tipos de curvas quanto ao ângulo de inclinação das asas: 24.1 - Curva de pequena inclinação É executada em regime de cruzeiro com inclinação lateral de 15º. Nesta curva não há necessidade de fazer pressão no manche. 24.2 - Curva de média inclinação É executada em regime de cruzeiro com inclinação lateral de 30º. Nesta curva faz-se uma leve pressão no manche para trás (cabrando) para evitar que o nariz abaixe. 24.3 - Curva de grande inclinação É executada inclinando-se as asas aproximadamente 45º. Faz-se uma pres- são moderada no manche para trás (cabrando) a fim de compensar a redu- ção no vetor sustentação. Da mesma forma, poderá ser necessária a aplica- ção de mais potência caso a aeronave perca altitude e velocidade. Ao realizar o cheque de área, o aluno deve observar e enunciar em voz alta ao instrutor: Se for curva à esquerda: “direita livre, frente livre, esquerda livre”; Se for curva à direita: “esquerda livre, frente livre, direita livre”. 24.4 - Curva de 90º Observar uma referência que está na ponta da asa do lado para o qual a curva será realizada. Iniciar a curva a fim de colocar o nariz do avião onde estava a ponta da asa. 24.5 - Curva de 180º Observar uma referência na ponta da asa do lado para o qual a curva será re- alizada. Iniciar a curva a fim de colocar a ponta da asa contrária na referência. 24.6 - Curvas de 360º Observar uma referência à frente e então iniciar a curva a fim de terminá-Ia no mesmo ponto onde começou. Durante a execução da manobra, o aluno deve manter-se atento à posição do nariz da aeronave em relação à linha do hori- zonte. Quanto maior for a inclinação das asas, maior deverá ser a pressão para trás no manche (cabrar), para evitar que o nariz caia e o avião perca altitude. Para desfazer a manobra, antecipar a saída próximo à referência. Manual de Treinamento Prático - Voo Multimotor MLTE 43 29 out 2010 25 - ESTOL O estol é a perda total de sustentação, no qual a aeronave não consegue manter-se em voo. Esta manobra será realizada durante o treinamento so- mente para demonstrar ao aluno a atitude crítica, a performance e o compor- tamento da aeronave. 1) Altura mínima (2500Ft) 2) Referência 3)
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