Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tributos - diretos e indiretos O CONCEITO DE FATO GERADOR Ponto central do direito tributário, pois é o elemento que evidencia a obrigação de pagar os tributos. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA Consiste em apresentar elementos suficientes para que se possa gerar a obrigação tributária por parte do contribuinte. Demonstra ao ente tributante os aspectos legais para determinar uma cobrança de tributos. “REGRA- -MATRIZ”, Instrumento jurídico que auxilia a identificar se a hipótese possui uma consequência atrelada a ela. Isso, de certa forma, o auxiliou nos trabalhos de identificar a incidência ou não de um tributo. REFERÊNCIA DE VALOR SOBRE O QUAL É CALCULADO O TRIBUTO, Refere à base de cálculo, além do percentual aplicado sobre essa base de cálculo para determinar o valor monetário do tributo, ao qual se referem as alíquotas. Situações em que ocorre a não incidência de pagamento de tributos (que são exceções às regras de pagamento), sendo abordadas as situações de imunidade, as isenções (dispensa de pagamento por parte de quem legisla sobre o tributo), que ocorrem pela opção do ente competente em não tributar, mesmo com o amparo da legislação, além da alíquota zero, que são situações em que o ente da federação possui a competência, mas por uma razão de conveniência, deixa de cobrá-lo. Alexandre (2014) argumenta que as classificações dos tributos auxiliam no entendimento sobre o nosso regime jurídico, ao qual estão submetidos os tributos, e, em especial, quando se recorre a essas classificações para restringir o nível de alcance de uma regra específica para a cobrança de um tributo. Atenção As classificações que são observadas no ordenamento jurídico não significam que possa existir alguma hierarquia que seja mais vantajosa que outra. Apenas representam as diversas correntes de pensamento no campo do direito tributário. CLASSIFICAÇÕES DOS TRIBUTOS QUANTO À COMPETÊNCIA IMPOSITIVA Federais: Privativos pela União - IR; IPI; II; IE. Estaduais: Privativos pelo Estado e D.F. - ICMS; IPVA. Municipais: Privativos pelo Município e D.F. - IPTU; ITBI; ISS. QUANTO AO EXERCÍCIO DE COMPETÊNCIA Privativos: A criação é de competência exclusiva de um ente. - Impostos, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. Comuns: A criação é de competência de todos os entes. - Taxas e contribuições de melhoria. Residuais: A criação é de competência da União, quando não estão previstos ordinariamente. - Novos impostos e contribuições para a seguridade social. QUANTO À FINALIDADE Fiscais: Arrecadatória - IR, ICMS, ISS, IPTU, ITBI, IPVA. Extrafiscais: Interventiva - II, IE, IPI, IOF, CIDE, ITR. Parafiscais: Atividades específicas - INSS, PIS, COFINS, Rede “S”, conselhos de classe, sindicatos. A competência impositiva remete ao fato do ente ter o poder de tributar, independente do fruto da arrecadação estar sujeito à repartição entre os demais entes da federação. Na prática, significa dizer que apesar de a metade da arrecadação do IPVA ser obrigatoriamente repartida com os municípios, compete apenas aos Estados e ao Distrito Federal legislarem sobre esse imposto. Na competência de caráter privativo significa que a Constituição Federal atribuiu a competência exclusiva para cada um dos entes federados em instituir tributos, sem que haja a possibilidade de delegação de tal competência. Quanto às situações comuns, a competência em instituir tributos é comum a todos os entes, desde que haja uma atividade que venha a justificar a cobrança. Em situações residuais, fica a cargo da União instituir novos tributos que ainda não foram previstos de forma ordinária. No que se refere à finalidade, as espécies possuem características distintas, pois nelas os tributos possuem fins meramente arrecadatórios, para custeamento da atividade do Estado, e assumem também o caráter extrafiscal, que significa intervir em situações econômicas ou sociais que possam vir a regular o fluxo da atividade e, consequentemente, dos recursos no país. Já as espécies parafiscais se referem à contribuição para fins específicos de custeamento das atividades, como órgãos de classe, sindicatos e a própria previdência social. QUANTO ÀS BASES ECONÔMICAS TRIBUTADAS Sobre o comércio exterior: Incidentes sobre operações de importação e exportação - II e IE, Sobre o patrimônio e renda: Incidentes sobre bens móveis ou imóveis, produto do capital, trabalho ou ambos - ITR, IPTU, IPVA, IR Sobre a produção e circulação: Incidentes sobre a circulação de bens ou valores e produção de bens - ICMS, ISS, IPI, IOF, II, IE, contribuições (PIS e COFINS) QUANTO À REPERCUSSÃO Diretos: Incidem diretamente sobre o sujeito passivo (não permitem repercussão) - IR, ITR, IPTU, IPVA Indiretos: Incidem sobre pessoa diferente daquela que é caracterizada como sujeito passivo - ICMS, ISS, IPI, IOF, contribuições (PIS e COFINS), II, IE , No tocante à classificação sobre as bases econômicas Os tributos ocorrerão quando houver operações referentes a comércio exterior, quando houver patrimônio ou renda auferida, bem como sobre a produção ou circulação de bens ou atividades de serviços. Surge uma situação interessante que envolve as operações com importação de bens. Em tais situações, há a incidência dos impostos sobre Importação; Produtos industrializados; e Circulação de mercadorias e serviços. Segundo Alexandre (2014), nesse caso, a incidência desses três impostos sobre o bem importado em razão do entendimento jurídico segue uma corrente de pensamento que define o patrimônio como um conjunto de bens. Quanto à classificação pela repercussão do encargo econômico, significa dizer que nesse contexto há a possibilidade de ocorrer, dependendo da situação, a translação do encargo econômico-financeiro. Quando os tributos são classificados pela sua repercussão, o tributo pode incidir o ônus do pagamento a um contribuinte sem que haja possibilidade deste transferir a responsabilidade do pagamento para outro contribuinte. Entretanto, na legislação vigente também pode ocorrer a transferência do ônus do pagamento do tributo para outro sujeito passivo (contribuinte): há situações decorrentes da atividade econômica em que a obrigação do recolhimento do tributo fica a cargo da empresa que está vendendo o produto ou serviço, mas o pagamento efetivo desse tributo é do consumidor final. Os tributos diretos se definem como aqueles em que quando uma só pessoa (física ou jurídica) possuir as condições de contribuinte, ou seja, aquele que terá a responsabilidade de cumprir as obrigações quanto ao recolhimento dos tributos que estejam previstos em lei. Na tributação direta, não há a possibilidade de transferência do ônus tributário, ou seja, uma vez definido o sujeito passivo (contribuinte ou responsável), o recolhimento é feito diretamente por estes contribuintes. Algumas situações que podem exemplificar essa condição se referem à obrigatoriedade do pagamento do Imposto de Renda, do IPTU (que incide sobre o patrimônio e o proprietário fica responsável pelo pagamento) e do IPVA (cujo proprietário do veículo é o responsável pelo pagamento). Nesses casos, cabe observar que o procedimento que configura tal classificação se dá pelo cálculo feito pelo contribuinte, preenche-se uma guia de recolhimento, e o pagamento efetivo é feito pelo proprietário, por meio (quase sempre) das instituições bancárias. Os tributos indiretos são assim classificados, de acordo com Alexandre (2014), em razão de haver a permissão da transferência do ônus tributário, ou seja, a empresa é a responsável pelo recolhimento, mas o pagamento efetivo é feito por outra pessoa (física ou jurídica), que não a empresa responsável. O recolhimento indireto pode ser observado quando certa empresa adquire matéria-prima para produção de um produto,ou até mesmo quando adquire um material para consumo que não esteja atrelado à produção. Nesses casos, o preço pago ao fornecedor contém o valor do tributo, podendo ser ICMS, ISS, PIS, COFINS e IPI, sendo este último incidente sobre produtos elaborados. Na tributação indireta, via de regra, paga quem consome o produto ou serviço. Referência: Planejamento Tributário - Edilson Reis do Nascimento
Compartilhar