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CLARETIANO – REDE DE EDUCAÇÃO PRISCILA PENTEADO ANTONIO RA 8167711 DISCIPLINA FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA PORTFÓLIO - CICLO 1 Rio Claro 2022 INTRODUÇÃO Através do estudo sobre a Psicogênese da Língua Escrita é possível verificar, constatar e discutir as hipóteses de escrita no processo de alfabetização. A sondagem de hipóteses de escrita funciona como um diagnóstico para os educadores a fim de verificar quais níveis de aprendizagem a criança se encontra, as hipóteses de escrita estão divididas em: icônica, garatuja, pré-silábica, silábica sem valor sonoro, silábica com valor sonoro, silábico-alfabética e alfabética. Emília Ferreiro, uma psicóloga e pesquisadora, estudou por vários anos a teoria de Piaget. Ela buscava entender como um sujeito aprende. O principal foco de suas pesquisas era descobrir se para aprender a escrever, o indivíduo utiliza dos mesmos recursos ativos e criativos estudados por Jean Piaget. DESENVOLVIMENTO O educador precisa estar sempre observando a evolução no processo do desenvolvimento de cada aluno presente em sala de aula em relação à hipótese da escrita. Cada aluno aprende de forma única e expressa seu aprendizado no seu tempo. Dessa maneira, é fundamental que o professor avalie cada aluno em particular para saber em qual grau de evolução esse indivíduo se encontra para contribuir para o avanço da aprendizagem. Para isso, o educador das séries iniciais do ensino fundamental precisa estar rotineiramente fazendo uso do método de diagnostico para estar analisando e avaliando o nível da escrita das crianças, através das sondagens de hipóteses da escrita. Tendo como finalidade a utilização de um ditado diagnóstico onde o resultado possibilita o educar verificar os níveis de aprendizagem que a criança se encontra. Segundo Emília Ferreiro, “Quando uma criança escreve tal como acredita que poderia ou deveria escrever certo conjunto de palavras, está oferecendo um valiosíssimo documento que necessita ser interpretado para ser avaliado. Aprender a lê-las, interpretá-las é um longo aprendizado que requer uma atitude teórica definida. ” As fases de aquisição da escrita, segundo Emília Ferreiro, são: fase pré-silábica, fase silábica, fase silábica-alfabética e alfabética. Abaixo estão identificados os tipos de amostras de escrita da 2° etapa. Escrita 1 – Antônio – silábica alfabética Nesse caso, ele já tem a relação do que se fala e escreve, porém utilizada a escrita da forma que entende, não sendo corretamente. Escreve as palavras utilizando em algumas sílabas apenas uma letra para representa-la e em outras a sílaba inteira. Escrita 2 – Odirley – icônica, garatuja Pode-se observar que não possui conhecimento das letras do alfabeto e tenta escrever suas ideias com desenhos, sendo assim uma criança icônica. Escrita 3 – Fernando – silábica com valor sonoro Nesse caso, ele já tem a relação do que se fala e escreve, porém utilizada a escrita da forma que entende, não sendo corretamente. Escreve as palavras utilizando em algumas sílabas apenas uma letra para representa-la e em outras a sílaba inteira. Para cada silábica ela coloca a letra que ela identifica no som – mesmo não sendo a certa. Escrita 4 – Pedro – alfabética Neste a criança já compreende que para cada valor sonoro existe uma escrita correspondente, tendo assim uma sistematização acima da silábica. Esta característica, faz com que a criança seja capaz de realizar uma análise sonora dos fonemas, antes mesmo de escrever uma palavra. Mesmo no nível alfabético o sujeito pode apresentar omissões de letras e equívocos ortográfico. Escrita 5 – Daiana – pré silábica No caso das pré silábica o indivíduo não faz relação da escuta com a escrita, ele tem conhecimento de algumas letras/números e escreve várias delas sem algum sentido. Não compreende que a escrita é a representação da fala. Relaciona o tamanho da palavra com o tamanho do objeto. Escrita 6 – Talita – silábica sem valor sonoro Escreve uma letra para cada silaba, independente de qual letra escreve, sem o valor do som da palavra. Embora ainda não escreva as palavras de modo “correto”, a criança faz a representação da escrita, utilizando uma letra para representar uma sílaba, ou seja, ela associa às letras a quantidade de vezes que a mesma abre a boca. Ainda não faz relação do som com a grafia. Escrita 7 – Cleonilda – silábica com valor sonoro Nesse caso, ele já tem a relação do que se fala e escreve, porém utiliza a escrita da forma que entende, não sendo corretamente. Para cada silábica ela coloca a letra que ela identifica no som – mesmo não sendo a certa. Escrita 8 – Taís – silábica sem valor sonoro Escreve uma letra para cada silaba, independente de qual letra escreve, sem o valor do som da palavra. Embora ainda não escreva as palavras de modo “correto”, a criança faz a representação da escrita, utilizando uma letra para representar uma sílaba, ou seja, ela associa às letras a quantidade de vezes que a mesma abre a boca. Ainda não faz relação com o som com a grafia. Escrita 9 – Ricardo – silábica sem valor sonoro Escreve uma letra para cada silaba, independente de qual letra escreve, sem o valor do som da palavra. Embora ainda não escreva as palavras de modo “correto”, a criança faz a representação da escrita, utilizando uma letra para representar uma sílaba, ou seja, ela associa às letras a quantidade de vezes que a mesma abre a boca. Ainda não faz relação com o som com a grafia. Escrita 10 – Fábio – pré silábica Podemos perceber que a criança já conhece algumas letras do alfabeto, e não se comunica mais através de desenhos ou rabisco, sabe que são através delas que são escritas as palavras. Mas utiliza várias letras/números sem nenhum sentido. CONSIDERAÇÕES Faz necessário a todos os professores e profissionais da área, conhecer o processo de aquisição da escrita a fundo, a fim de que evitem alguns equívocos que interfiram no processo de ensino-aprendizagem da alfabetização. A alfabetização exige intervenção do professor, sozinha ela não aprende. Perguntar para a criança refletir sobre o que ela escreveu. A sondagem de hipótese de escrita busca acompanhar os avanços das crianças na aquisição da base alfabética. Quando assume uma turma de alfabetização, o professor deve descobrir o que cada aluno da sala sabe sobre o sistema de escrita antes de começar o planejamento das atividades. Conclui-se que quanto mais um indivíduo possui a oportunidade de vivência com a escrita e com a leitura e que quanto mais este se envolve em atividades onde tenha que pensar sobre a escrita como conhecimento, ele é levado a criar, pensar, ler e escrever textos que realmente circulem no contexto social letrado, maior será o seu desempenho e sucesso com a leitura e a escrita.
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