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Portfolio Primeiros Socorros Finalizado

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1 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS 
FACULDADE DE MEDICINA 
LABORATÓRIO DE ENSINO POR SIMULAÇÃO 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
 
 
 
PORTFÓLIO ACADÊMICO DE PRIMEIROS SOCORROS: 
Um aprendizado interativo 
 
 
 
 
Matheus Giacomelli da Trinidade 
 Milene Domingues Arocha 
 Monique Noscetti Martins 
 Murilo Pertile Campos 
 Natalia Silva Pereira 
 
 
 
PELOTAS 
2020 
2 
 
 
Matheus Giacomelli da Trinidade 
 Milene Domingues Arocha 
 Monique Noscetti Martins 
 Murilo Pertile Campos 
 Natalia Silva Pereira 
 
 
 
PORTFÓLIO ACADÊMICO DE PRIMEIROS SOCORROS: 
Um aprendizado interativo 
 
 
 
 
Portfólio desenvolvido para 
conclusão da disciplina optativa 
de Primeiros Socorros da 
Universidade Federal de Pelotas. 
Monitor orientador: Luize da 
Porciuncula Corrêa. 
 
 
 
 
PELOTAS 
2020 
3 
 
 
 
SUMÁRIO 
1) INTRODUÇÃO 
2) RESUMO DAS AULAS TEÓRICAS 
2.1) SEMANA 2 
2.2) SEMANA 3 
2.3) SEMANA 4 
2.4) SEMANA 5 
2.5) SEMANA 6 
2.6) SEMANA 7 
2.7) SEMANA 8 
2.8) SEMANA 9 
2.9) SEMANA 10 
2.10) SEMANA 11 
3) SEÇÃO DE RESENHAS DE ARTIGOS 
3.1) SEMANA 2 
3.2) SEMANA 3 
3.3) SEMANA 4 
3.4) SEMANA 5 
3.5) SEMANA 6 
3.6) SEMANA 7 
3.7) SEMANA 8 
3.8) SEMANA 9 
3.9) SEMANA 10 
3.10) SEMANA 11 
4) CONCLUSÃO 
5) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
4 
 
 
1) INTRODUÇÃO 
A realização desse portfólio é uma das ferramentas utilizadas para melhorar 
nosso aprendizado, bem como, ampliá-lo em relação aos primeiros socorros, 
sendo desenvolvido como avaliação na cadeira optativa de Primeiros Socorros, 
com as contribuições absorvidas das aulas ministradas pelos monitores e nossa 
curiosidade perante os temas, além da orientação e atenção da nossa monitora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2) RESUMO DAS AULAS TEÓRICAS: 
 2.1) SEMANA 2: 
Nessa semana, sendo a primeira teórica, começamos discutindo o que os 
socorristas devem saber para realizar um bom atendimento, por exemplo, como 
e quando acessar o Serviço Médico de Emergência (SAMU) e número desse 
serviço e como entrar em contato com o Centro de Informação e Assistência 
Toxicológica, sendo que o número desse muda para cada região do país. 
Após essa primeira abordagem através de outra vídeo-aula foi ensinado como 
reconhecer um AVC, fato de grande importância, visto que quanto mais precoce 
for essa identificação e o encaminhamento desse paciente ao hospital, mais 
rapidamente pode ocorrer o tratamento e tem mais chances de recuperação de 
funções que podem ser perdidas por essa lesão cerebral. Nesse sentido, foi 
mostrada a importância do uso de algum sistema de avaliação, como o FAST 
que avalia a face, braços, fala e indica o atendimento rápido e também o 
mnemônico SAMU que significa: sorria, abrace, música e emergência, além da 
indicação de caso tiver como fazer medição dessa glicose, esta deve ser 
realizada, já que alguns sistemas de avaliação mais específicos necessitam 
dessa informação. 
No terceiro tópico desta semana discutimos sobre o reconhecimento do infarto, 
sendo esse causado por uma isquemia, que é a diminuição de aporte sanguíneo 
para uma região causando a hipóxia, essa situação ocorre por oclusão devido a 
placa ateromatosa, trombo, êmbolos e coágulos. As principais características 
dessa patologia são a dor, que pode estar localizada no peito e também em 
outras regiões superiores do corpo, como os braços, pescoço, ombro, costas e 
região epigástrica, descrevida normalmente como contínua, intensa e 
esmagadora, mas por vezes como aperto, compressão e queimadura. Outros 
sintomas que podem estar associados são as náuseas, falta de ar, suor frio e 
tontura. Nessa situação a indicação é ligar para o SAMU e caso a pessoas 
tenha a disposição e o socorrista se sinta confiável administrar aspirina na dose 
de 1 comprimido de 325mg ou 2 a 4 comprimidos de 81mg, se o paciente não 
tiver alergia ao medicamento e não tiver sangramento recente. Essa indicação 
se explica pela ação conhecida do fármaco no bloqueio da síntese de 
prostaglandinas, o que diminui a dor e também diminui a vasoconstrição e 
agregação plaquetária, o que pode aumentar o aporte sanguíneo deficiente e 
evitar o aumento da obstrução do vaso. 
Por fim, na última vídeo-aula entendemos mais sobre crise de broncoespasmo 
que é a diminuição do calibre dos brônquios por constrição muscular desses que 
causa falta de ar e pode causar chiado no peito. Essas crises são mais 
encontradas em pessoas com diagnóstico prévio de asma, portanto 
normalmente já portam o medicamento necessário para cessar a crise, assim 
resta aos socorristas oferecer ajuda na administração do inalador, por isso é 
6 
 
importante sabermos como usar esses, assim foi disponibilizado vídeos e 
também leituras completares que explicaram muito bem a utilização de tipos 
diferentes de inaladores, por exemplo, dos que possuem câmara expansora com 
válcula e máscara, para crianças e o aeroliser que necessita da colocação e 
perfuração da cápsula com o medicamento. 
 
2.2) SEMANA 3: 
 O conteúdo abordado nesta semana foi o de anafilaxia, convulsões, 
síncope e hipoglicemia, a partir das vídeo aulas disponibilizadas pelos monitores 
e dos protocolos de primeiros socorros da American Heart Association, 
recomendados para a disciplina. Visando facilitar a compreensão deste resumo, 
as emergências médicas serão abordadas em tópicos, a seguir: 
a) Anafilaxia 
É uma reação alérgica aguda, mediada por IgE, que pode ser potencialmente 
fatal. Nesta emergência, ocorre uma resposta alérgica exacerbada, o que 
promove a liberação de histamina na circulação sanguínea, por meio de 
basófilos e mastócitos, causando vasodilatação generalizada, assim como maior 
permeabilidade dos capilares sanguíneos. Isso resulta na perda de plasma pela 
circulação, acentuando esta situação que pode levar a morte por choque 
circulatório. 
Algumas substâncias podem desencadear a anafilaxia para algumas pessoas, 
enquanto outras não possuem esta reação. São elas alimentos (leite e 
derivados, amendoim, nozes, ovos e frutos do mar), medicamentos, venenos de 
insetos, e látex. 
Os sintomas observados são: 
- Manifestações cutâneas (urticária e inchaço) 
- Dificuldade Respiratória (chiado no peito) 
- Efeitos cardiovasculares (hipotensão, colapso cardiovascular ou choque) 
- Cólicas gastrointestinais e diarreia 
As medidas de primeiros socorros a serem tomadas, consistem em acionar o 
SAMU, e, se a pessoa acometida, por saber do seu histórico e recomendação 
médica, portar uma caneta de epinefrina auto injetável, viabilizar o uso da 
substância, auxiliando a pessoa na aplicação. Se a dose for insuficiente, e a 
vítima não responder, pode-se considerar a repetição da dose, caso o 
atendimento ainda não tenha chegado. 
7 
 
 
b) Convulsão 
É um distúrbio neurológico onde os neurônios apresentam atividade 
desregulada, em um estado mais energético do que deveriam. Existem 
convulsões de maior e menor impacto, o que pode nortear a conduta de 
primeiros socorros. Nos casos leves, é possível que haja a manifestação de 
tremores leves, palpitações cardíacas, que tendem a passar naturalmente. 
Entretanto, mesmo nesses casos é necessário atentar para a segurança da 
cena, protegendo a vítima, assim como para as demais providências tratadas a 
seguir. Em casos mais severos, deve-se não mover a vítima, que continuará 
deitada, proteger a cabeça e retirar objetos próximos que podem machucar a 
vítima durante os tremores corporais. Atentar para possíveis refluxos, alterando 
a posição da cabeça da vítima, se necessário, além de considerar o tempo que a 
crise durou. Depois da crise, é possível que a pessoa fique desacordada, sendo 
assim, é necessário garantir que as vias aéreas estejam abertas. Se a pessoa 
tem histórico de epilepsia, não é necessário acionar o Samu. Deve-se manter a 
vítima em uma posiçãolateral de segurança. Em condições adversas, como 
notar ausência de pulso, ou por motivos de desconhecimento e insegurança, 
acionar o Samu. 
O que não fazer: a) Não colocar nenhum objeto na boca da vítima. b) Não abrir a 
boca do indivíduo a força. c) Não imobilizar a vítima 
 
c) Pré-síncope e Síncope 
Perda transitória da consciência devido a baixa perfusão sanguínea do cérebro. 
Os sintomas que antecedem a perda de consciência são a pré-síncope. São 
eles: 
- Alterações Visuais 
- Suor 
- Palidez 
- Tontura 
- Fraqueza 
Para prevenir um episódio de síncope são indicadas manobras de 
contrapressão, que consistem em cruzar as pernas, juntar as mãos e tencionar 
os braços em direções opostas, agachar e pressionar o queixo sobre o tórax. Se 
mesmo assim ocorrer a síncope, manter a vítima em posição supina, em 
8 
 
decúbito dorsal. Se necessário, role a vítima, estabilizando a sua cervical. Após 
isso, eleve as pernas da vítima. Assim, ela deve recuperar a consciência. Manter 
o indivíduo deitado até que ele esteja recuperado por completo. Caso note 
alguma condição adversa, como parada cardíaca ou respiratória, acionar o 
Samu e atentar para as outras possíveis medidas de primeiros socorros. 
 
d) Hipoglicemia 
Pode se manifestar com vários sintomas, como confusão, comportamento 
alterado, diaforese e tremores. Esta crise se relaciona com baixo nível de açúcar 
no sangue, e, se não tomadas as medidas de primeiros socorros adequadas, o 
quadro pode levar a inconsciência ou convulsão. Se a vítima não conseguir 
executar comandos simples ou engolir com segurança, o Samu deve ser 
acionado imediatamente. 
Se a própria vítima relatar estes sintomas, deve-se administrar glicose via-oral 
para tentar resolver o problema. Se não houver comprimidos de glicose, pode-se 
usar açúcares na dieta. Para diabéticos, é necessário considerar os sintomas 
como um quadro hiperglicêmico, prestando os primeiros socorros. Nesse caso, 
de uma vítima diabética, os sintomas podem não remitir até 10-15 minutos após 
a ingestão de açúcares. Se passado este tempo, acionar o Samu e tratar 
novamente com açúcares via-oral. 
 2.3) SEMANA 4: 
Nessa semana, foram abordados por meio de vídeos confeccionados 
pelos monitores da disciplina e disponibilizados em ambiente virtual e-aula da 
UFPel os tópicos de entorse, atropelamento, corte e abrasão, hemorragia e 
epistaxe. 
a) Entorse 
Iniciando pela aula de entorse, temos que ele é conceituado por um 
movimento violento que causa estiramento ou ruptura de ligamentos de uma 
articulação, sendo que o entorse de tornozelo é a lesão mais comum, e portanto 
o objeto de estudo dessa aula. Seu mecanismo mais frequente de ocorrência é 
pela inversão forçada associada a lesão dos ligamentos laterais da região, 
nominalmente ligamento talofibular anterior, talofibular posterior e 
calcaneofibular, e tem como causas mais comuns a presença de terrenos 
irregulares, subida em degraus e prática de esportes. 
Existem diferentes tipos de entorse, que dependem da gravidade da 
lesão, podendo haver desde estiramento, até lesão parcial ou total dos 
9 
 
ligamentos. Quanto mais grave a lesão, mais evidentes são os sintomas, que 
incluem dor, edema, hematomas e dificuldade para caminhar. 
O atendimento básico preconizado é a aplicação de frio na área, por meio 
de uma mistura de gelo e água aplicada em saco plástico ou pano úmido por no 
máximo 20 minutos. O gelo, por ser vasoconstritor, auxilia na diminuição do 
edema local, além de melhorar a dor. Não é indicado acionar o serviço de 
emergência - SAMU - mas é de boa prática instruir a vítima a buscar 
atendimento com o ortopedista. 
b) Atropelamento 
De maneira prática, após um atropelamento, deve-se prontamente 
acionar o serviço de emergência - SAMU -, além de avaliar e garantir a 
segurança da cena, abordar a vítima pela frente, verificar os sinais vitais, e 
seguir as orientações que forem passadas pelo operador do SAMU. 
Para avaliação da respiração, orienta-se observar os movimentos do 
tórax, e aproximar-se do nariz ou boca da vítima para escutar a respiração. Já 
para avaliação da circulação, deve-se colocar os dedos indicador e médio sobre 
alguma artéria e fazer leve pressão. Atenção, não se deve mover a vítima, 
principalmente se houver suspeita de lesão espinhal ou pélvica. A movimentação 
da vítima apenas é permitida - e com os devidos cuidados - em casos de área 
insegura para vítima ou socorrista. 
No caso de emergências traumáticas com sangramento, é indicado o 
controle por pressão direta no local de sangramento, sempre se atentando na 
restrição do movimento espinhal. Em casos de trauma musculoesquelético, 
atentar-se para o controle de sangramento, e não mover ou tentar endireitar a 
extremidade ferida, mas se precisar mover a vítima, imobilizar uma articulação 
acima, e uma abaixo do trauma. 
c) Corte e abrasão 
São as feridas superficiais que acontecem frequentemente em casa e 
lesionam tanto adulto, como crianças. Abaixo, um passo a passo de como lidar 
com essas situações. 
- 1. Verificação do corte 
- 2. Higienização da mão ou uso de luvas 
- 3. Irrigação do corte 
- 4. Uso de pomadas (se tiver) 
- 5. Fechamento oclusivo do corte (atenção: não utilizar algodão) 
- 6. Monitoramento da ferida. 
d) Hemorragia 
10 
 
Conceitualmente, é a perda de sangue, por ferimento externo ou interno, 
que pode levar ao estado de choque e à morte. Choque corresponde ao estado 
de má perfusão tecidual, cuja etiologia é diversa, sendo o tipo hemorrágico o 
mais comum em vítimas de trauma. 
Atenção: sempre usar luvas quando for ter contato com sangue. 
Abaixo, temos alguns métodos de controle de hemorragia e suas 
indicações: 
- 1. Pressão direta: é o método padrão, nele deve ser aplicada 
pressão firme e contínua diretamente no local da hemorragia até 
ela cessar. Pode ser pressão manual em gaze ou bandagem 
elástica envolvida sobre a gaze; 
- 2. Torniquetes: devem ser utilizados quando a aplicação de 
pressão direta não é eficaz ou não é possível, porém, podem 
ocorrer complicações relacionadas à pressão do torniquete e 
duração da oclusão. Como a taxa de resolução de sangramento é 
bem maior do que a taxa de complicação, o uso de torniquete 
segue sendo recomendado; 
- 3. Curativos hemostáticos: devem ser utilizados quando o método 
padrão para o controle da hemorragia grave não é eficaz e há risco 
a vida. Os agentes hemostáticos auxiliam na atividade normal das 
plaquetas e proteínas da coagulação sanguínea. São de maior 
utilidade para sangramento externo grave onde o controle padrão 
de hemorragia não é eficaz ou quando um torniquete não pode ser 
aplicado, seja por não estar disponível ou por não ser eficaz; 
- 4. Terapia fria localizada: útil para regiões decorrentes de 
contusões ou hematomas. 
 Por fim, devemos sempre lembrar que o objetivo do socorrista é de 
preservar a vida, aliviar o sofrimento, prevenir outras doenças ou ferimentos e 
promover a recuperação. A hemorragia é a maior causa de morte 
potencialmente prevenível após um trauma, portanto o socorrista deve priorizar a 
interrupção do sangramento 
 e) Epistaxe 
 Iniciando esta aula vimos que a habilidade de controle de sangramento é 
de extrema importância para o socorrista pois garante o bem-estar imediato da 
vítima até a chegada do socorro médico profissional de emergência. 
 Novamente fomos apresentados aos tipos de manejo de sangramentos: 
pressão direta, torniquete, curativos hemostáticos e aplicação de frio, já 
explicados na aula anterior. Além disso, vimos a divisão dos tipos de 
sangramento: 
11 
 
TIPOS DE SANGRAMENTO 
 
Quanto ao local Quanto ao meio 
 
Interna Externa Arterial Venoso Capilar 
 
- Sangramento interno: não visível, grave, pode levar ao choque e à morte; 
- Sangramento externo: visualiza-se a perda de sangue, ferimentosabertos; 
- Sangramento arterial: perda de sangue pela artéria, é de cor viva, 
vermelho claro, rápido e de difícil controle. A perda de dá por jatos 
intermitentes; 
- Sangramento venoso: perda de sangue por uma veia, de cor vermelho 
escura, em fluxo contínuo e baixa pressão. Considerada grave se a veia 
for de grosso calibre; 
- Sangramento capilar: lento e com menos volume, de cor avermelhada 
menos viva que a arterial, geralmente presente em arranhões e cortes 
superficiais e é de fácil controle. 
Por fim, quanto aos sangramentos nasais a procedência correta inclui: 
reconhecer o sangramento nasal, acalmar a vítima, usar luvas, orientar a 
hemostasia. Para a hemostasia, a vítima deve inclinar a cabeça para frente e 
comprimir o nariz por cerca de 10 minutos. 
2.4) SEMANA 5: 
Diante da 5ª semana, os conteúdos propostos foram avulsão dental, 
queimaduras, câimbra, acidentes com animais peçonhentos e fratura – assuntos 
de suma importância no que tange os primeiros socorros e com a compreensão 
facilitada pelas vídeo aulas dos monitores da cadeira, somada a revisão dos 
guidelines da American Heart Association (AHA). 
 
 
1) Avulsão dental 
Diante do termo avulsão dental, é necessário compreender que se trata de uma 
lesão a qual pode danificar tanto o dente como as partes moles adjacentes. A re-
12 
 
implantação precoce do dente mostra-se mais eficiente e aumenta a chance de 
sobrevivência do mesmo. 
Frente à impossibilidade de execução imediata, faz-se necessário realizar o 
armazenamento do dente em uma das soluções – com o intuito de prolongar a 
viabilidade desse. Entre as soluções, as mais comuns no dia a dia são própolis, 
clara de ovo, água de coco e leite integral. O benefício da solução se mostrou no 
máximo até 120 minutos. 
Na ausência de qualquer das soluções, a melhor opção é mergulhar o dente em 
saliva do paciente – mas não na boca. 
2) Queimaduras 
As queimaduras podem ser divididas em térmicas, químicas, elétricas, entre 
outras. O foco da atual aula foram às queimaduras térmicas, as mais comuns. 
Sabe-se que a aplicação imediata de água corrente ou gelada por no mínimo 10 
minutos mostra-se extremamente benéfico no processo de recuperação. 
Na falta de água, pode-se utilizar compressas frias. O uso de gelo diretamente 
no tecido pode causar isquemia tecidual. 
É importante fazer um curativo após resfriamento – esterilizado e seco. Em caso 
de formação de bolhas, cubra-as levemente sem lesa-las, uma vez que melhora 
o processo de recuperação e reduz a dor. 
Quando as queimaduras podem representar risco a vida e devem ser avaliadas 
por um profissional da saúde? Em caso de bolhas ou feridas na pele; se 
dificuldade respiratória; queimaduras em locais delicados, como rosto, pescoço, 
mãos ou genitais; ou em uma área de superfície maior, como tronco ou 
extremidades. 
3) Cãimbras 
Trata-se de espasmos ou contrações involuntárias da musculatura esquelética, 
com duração variável de segundos a minutos. Os principais locais de câimbra 
são: a musculatura da panturrilha, quadríceps, posterior da coxa, pés e mãos. 
As causas exatas ainda são desconhecidas, entretanto existem algumas 
alternativas plausíveis: Calor intenso, desequilíbrio de eletrólitos, desidratação 
ou transpiração excessiva, atividade física extenuante. 
Entre os tratamentos propostos para redução das câimbras estão a parada da 
atividade física, massagem local, alongamento muscular, se refrescar, beber 
mistura de eletrólito-carboidrato. Não retomar o exercício até o desaparecimento 
dos sintomas. 
13 
 
4) Acidente com animais peçonhentos 
A primeira medida frente a uma mordida de animal é utilizar amplamente água 
corrente. 
Se tratando de picada de cobra, deve-se evitar uma ideia que antigamente era 
amplamente utilizada e indicada: a sucção. Ela vem se mostrando clinicamente 
irrelevante e pode agravar a lesão. 
A medida seguinte é aplicar uma bandagem em torno da lesão – com uma 
pressão de 40-70mmHg superiormente e 55-70mmHg na margem inferior. O 
intuito da bandagem com pressão é evitar a disseminação de um possível 
veneno. 
Mas como saber quanto de pressão estou colocando na bandagem? De acordo 
com o AHA, ela deve estar confortavelmente apertada e justa, mas permitindo 
que um dedo seja colocada sob ela. 
No que tange picada de medusa, a alternativa imediata é a lavagem com vinagre 
por pelo menos 30 segundos. Mas por quê? Pois tal solução inativa o veneno e 
evita mais envenenamento no paciente. Na ausência de vinagre, a segunda 
opção será bicarbonato de sódio. 
Frente a dor, após a remoção e inativação dos nematocistos, a imersão em água 
quente mostra-se uma boa alternativa – a maior temperatura tolerada pelo 
paciente, por pelo menos 20 minutos ou enquanto a dor persistir. Na ausência 
de água quente, compressas quentes secas são uma opção, mas com menos 
efetividade. 
Bandagens de imobilização não são indicadas, tendo em vista estudos 
comprovarem que aumenta a liberação de veneno, mesmo após a retirada dos 
nematocistos. 
5)Fratura 
As fraturas são lesões em que ocorre perda de continuidade do osso, que pode 
se dividir em 2 ou mais frações. Fraturas costumam ocorrer frente a acidentes, 
quedas, pancadas. Patologias podem ser responsáveis por ‘’facilitar’’ o processo 
de fratura, como osteoporose ou mieloma: as chamadas fraturas patológicas. 
As fraturas podem ser classificadas em abertas ou fechadas, diferenciada pela 
integridade da pele adjacente à lesão. Se fratura fechada, pode-se alinhar o 
membro em posição natural. Já em aberta, isso não deve ser feito. 
O socorrista deve evitar ao máximo mexer na fratura. Na necessidade de 
movimentação, deve-se imobilizar a fratura, com o objetivo de limitar a dor, 
14 
 
reduzir o risco de agravar a lesão, manter o suprimento vascular, auxiliar a 
hemostasia e facilitar um transporte seguro até um hospital. Para imobilização, 
pode-se utilizar talas rígidas, moldáveis ou de papelão. 
Quando se deparar diante de uma fratura que se encontra azul ou extremamente 
pálida, ative o serviço de emergência urgente! 
2.5) SEMANA 6: 
Os conteúdos apresentados nas aulas dessa semana foram: hipotermia, 
hipertermia, afogamento e uma revisão com o professor Samir sobre a 
atualização das recomendações dos Guidelines de Primeiros Socorros de 2010, 
2015 e 2019 da AHA. 
1) Hipotermia 
A hipotermia é causada pela exposição prolongada ao frio. A urgência do 
tratamento da vítima vai depender da sua temperatura corporal e do tempo de 
exposição. Primeiramente, comece a aquecer a pessoa com hipotermia 
mantendo-a em um ambiente aquecido. É preciso remover as roupas úmidas 
envolvendo todas as superfícies expostas do corpo com cobertores, roupas ou 
jornais. Esse aquecimento ativo do socorrista pode ajudar. Evite aquecedores 
químicos como pomadas. Por fim, ligue para o Samu (192). 
2) Hipertermia 
A hipertermia é a elevação da temperatura corporal a patamares que possam 
comprometer ou colapsar o organismo, geralmente está relacionada à 
incapacidade de perder calor para o ambiente externo ou de regular a taxa 
metabólica do organismo. Diversas reações do nosso corpo desenvolvem 
enzimas, e com aumento da temperatura corporal podem ser desnaturadas. 
Esse fenômeno está relacionado pela incapacidade do corpo de perder calor 
para o meio externo ou pelo aumento da taxa metabólica, ou combinação dos 
dois. Além disso, é necessário diferenciar a febre da hipertermia, a hipertermia 
não ocorre nenhuma alteração nos centros de controle térmico do sistema 
nervoso central. 
A hipertermia pode ser causada por fatores externos, como exposição ao sol, 
exercícios vigorosos, proximidade de locais de alta temperatura ou banheiras 
quentes, fatores internos como em algumas doenças, e toda forma que tenha a 
capacidade de aumentar a temperatura corporal. Os sintomas que podem ser 
observados são: náuseas, tontura, espasmos musculares, dor de cabeça,sudorese excessiva, vertigem, síncope, confusão e convulsões. 
Os primeiros socorros em casos leves são: 
15 
 
- Deitar a vítima em um local fresco 
- Tirar o máximo de roupas possível 
- Borrifar spray com água fria 
- Encorajar a vítima a beber líquidos isotônicos contendo carboidratos e 
eletrólitos 
Em casos de sintomas de envolvimento do SNC (como confusão, desmaio ou 
convulsões): 
- Acione imediatamente o serviço de emergência e, se possível, faça uma 
imersão da vítima em banheira de água fria. 
- Não force a vítima a beber líquidos, pois esta condição requer terapia com 
fluidos intravenosos. 
Afogamento 
No afogamento encontra-se dois tipos de vítima. A vítima consciente e a vítima 
inconsciente. E de acordo com o tipo de vítima que definiremos o resgate e o 
modo do primeiro atendimento. 
A vítima consciente é aquela que está se debatendo na água e a inconsciente é 
a que está desacordada. O resgate da vítima consciente será mais difícil, pois 
poderá trazer risco para quem está resgatando. Por isso, é extremamente 
importante avaliar muito bem a segurança da cena nesses casos. Se não tiver 
segurança, é preciso esperar a equipe de salvamento. 
Como proceder depois que você resgata essa pessoa: 
1. Posição de conforto, acalme-a, converse com a vítima, observar se está 
consciente. 
2. Cubra a vítima 
3. Serviços de emergência, 192 imediatamente. 
Quando a vítima está inconsciente deve-se seguir o protocolo de desmaio: 
1. Estado de consciência 
2. Respiração normal, checar o pulso 
3. Serviços de emergência 
4. Agir conforme o estado da vítima 
- Se tiver com respiração e pulso, coloque a pessoa na condição de repouso 
(parecida com a posição em casos de convulsões); 
- Se tiver sem pulso e sem respiração, iniciar RCP (30-2), fazer até a 
emergência chegar e lembrar-se de contar o tempo que a vítima ficou 
desacordada. 
16 
 
Atualização 2020 - Primeiros Socorros 
Atualização das recomendações dos Guidelines de Primeiros Socorros de 2010, 
2015 e 2019 da AHA. Os tópicos abordados na atualização foram: reconhecer o 
AVC, uso de oxigênio suplementar na suspeita de AVC, dor no peito e momento 
da aspirina em primeiros socorros para adultos com dor no peito não traumática, 
hipoglicemia e rota de administração da glicose, hemorragia ameaçadora à vida 
e torniquetes para hemorragias graves, pressão manual direta e o uso de 
curativos hemostáticos, curativos compressivos e pontos de pressão para 
sangramentos que ameacem a vida, trauma musculoesquelético e faixas 
compressivas para recuperação de lesões articulares de extremidades fechadas, 
avulsão dentária e técnica de resfriamento em primeiros socorros para 
hipertermia de esforço e internação. 
Revisão: 
- Classe de recomendação 1:aceitável, forte indicação, benefícios superam 
os riscos, indicado; 
- Classe de recomendação 2a: benefício superam os riscos, são aceitáveis 
e provavelmente úteis; 
- Classe de recomendação 2b: recomendação fraca, aceitável, benefício é 
maior ou igual ao risco; 
- Classe de recomendação 3: podem não ter benefício o que não é 
recomendado ou prejudicial o risco supera o benefício. 
Quanto ao nível de evidência: 
- A - Ensaios clínicos randomizados de boa qualidade 
- B - Ensaios clínicos randomizados de qualidade questionável 
- C - Dados limitados 
- C - Opinião de especialistas, consensos. 
Reconhecer o AVC em Primeiros Socorros 
- Classe da recomendação 2a, dados limitados, recomendações: FAST; 
- Classe de recomendação 2b, dados limitados, recomendação glicemia 
capilar. 
Uso de oxigênio suplementar na suspeita de AVC em Primeiros Socorros. 
- Classe de recomendação 3, sem benefício, dados limitados e não é 
recomendado. 
Dor no peito: Momento da aspirina em primeiros socorros para adultos 
com dor no peito não traumática 
17 
 
- Classe da recomendação 2b, nível de evidência C – opinião de 
especialistas, recomendações: o socorrista pode encorajar a vítima de dor 
no peito não traumática a mastigar e engolir aspirina a menos que a 
pessoa tenha alergia conhecida à aspirina ou que tenha recebido 
recomendação de não ingerir aspirina por profissional da saúde. 
Hipoglicemia e rota de administração da glicose 
- Classe de recomendação 1, nível de evidência C, recomendações: para 
um indivíduo com suspeita de hipoglicemia, que esteja acordado e em 
condições de engolir, o socorrista deverá encorajar o indivíduo a ingerir 
glicose (ex. comprimidos, líquido ou gel). O serviço de emergência deverá 
ser ativado se os sintomas não se resolverem em 10 min ou se piorarem; 
- Classe de recomendação 2b, nível de evidência C, recomendação: para 
crianças com suspeita de hipoglicemia, que estejam acordadas, mas 
incapazes de engolir glicose, podem ser razoáveis aplicar uma mistura de 
açúcar granulado e água embaixo da língua; 
- Classe de recomendação 3, nível de evidência, recomendação: para um 
indivíduo com suspeita de hipoglicemia que não esteja acordado ou sem 
condições de engolir , não é recomendado administrar glicose via oral, 
para esse pacientes é preciso acionar o serviço de emergência. 
Hemorragia ameaçadora à vida torniquetes para hemorragias graves 
- Classe de recomendação 1, nível de evidência C, recomendações: um 
torniquete manufaturado deverá ser utilizado com terapia de primeira linha 
para os sangramentos nas extremidades ameaçadores à vida e deverá 
ser colocado assim que possível após a lesão. Se um torniquete 
manufaturado não estiver disponível imediatamente ou se o torniquete 
manufaturado aplicado adequadamente falhar em parar o sangramento, 
fazer pressão manual direta, com o uso de curativos hemostáticos se 
disponíveis, deverá ser utilizada para tratar o sangramento extremidade 
ameaçador à vida. 
- Classe recomendação 2b, nível de evidência C - opinião de especialistas, 
recomendações: se um torniquete manufaturado não estiver disponível e 
a pressão manual direta com ou sem o uso de curativos hemostáticos 
falharem em parar o sangramento grave, um socorrista treinado no uso de 
um torniquete improvisado pode considerar usá-lo. 
Pressão manual direta, curativos hemostáticos, curativos compressivos e 
pontos de pressão para sangramentos que ameacem a vida 
- Classe da recomendação 1, nível de evidência C, recomendações: para 
indivíduos com sangramentos externos ameaçador à vida, pressão 
manual direta deverá ser aplicada a fim de obter a parada inicial do 
18 
 
sangramento em ferimentos impróprios para o torniquete manufaturado 
ou quando o torniquete manufaturado não esteja prontamente disponível. 
- Classe de recomendação 2a, nível de evidência C, recomendações: se 
um curativo hemostático estiver disponível, ele poderá ser útil como 
terapia adjunta à pressão manual dir 
- Classe de recomendação 2b, nível de evidência C – limitado, 
recomendação: se sangramento tiver sido controlado, pode ser razoável 
aplicar um curativo compressivo para manter a cessação do 
sangramento. 
- Classe de recomendação 2b, nível de evidência C – opinião de 
especialista, recomendação: pressão mecânica, como ataduras elásticas 
ou dispositivos , podem ser considerados em algumas situações. 
- Classe de recomendação 3, nível de evidência C - opinião de especialista, 
recomendação: uso de pressão manual indireta (ex. pontos de pressão 
recomendado para o tratamento de sangramento externo. 
Trauma musculoesquelético e faixas compressivas para recuperação de 
lesões articulares de extremidades fechadas 
- Classe de recomendação 2b, nível de evidência C – opinião de 
especialistas, recomendação: provedores de primeiros socorros podem 
considerar aplicar uma faixa compressiva durante a recuperação de uma 
torção ou distensão no tornozelo para promover conforto e isso se eles 
forem treinados para aplicar essa faixa compressiva. 
Avulsão dentária 
- Classe de recomendação 2a, nível de evidência C, recomendação: se um 
dente permanente avulsionado não pode serimediatamente reimplantado 
pode ser benéfico colocar o dente em uma solução salina balanceada de 
Hank ou em uma solução salina de reidratação oral ou envolver o dente 
em um filme plástico para evitar a desidratação e aumentar a 
probabilidade de sucesso no reimplante por um profissional dentista, o 
que deve ser feito assim que possível. 
- Classe de recomendação 2b, nível de evidência C, recomendação: se um 
dente permanente avulsionado não puder ser imediatamente 
reimplantado e não houver nenhuma das soluções citadas acima, pode 
ser usado leite de vaca ou saliva. 
- Classe de recomendação 3, nível de evidência C, recomendação: um 
dente permanente avulsionado não deve ser armazenado em água da 
torneira. 
Técnica de resfriamento em primeiros socorros para hipertermia de 
esforço e internação 
19 
 
- Classe de recomendação 1, nível de evidência C - opinião de 
especialistas, recomendação: para adultos e para crianças com 
hipertermia de esforço e com internação, o provedor de primeiros 
socorros deveria remover o indivíduo do ambiente quente, retirar o 
excesso de roupa, limitar o exercício e ativar o serviço de emergência. 
- Classe de recomendação 2a, nível de evidência C – dados limitados, 
recomendação: para adultos com hipertermia de esforço ou com 
internação, é razoável iniciar o resfriamento ativo imediato, utilizando 
técnica de imersão de corpo inteiro (do pescoço para baixo) em água 
resfriada ou fria (1ºC-26ºC), quando seguro fazê-lo, até que uma 
temperatura corporal <39ºC seja atingida ou que os sintomas 
neurológicos se resolvam. 
- Classe de recomendação 2b, nível de evidência C – dados limitados, 
recomendação: para adultos com hipertermia de esforço ou com 
internação, pode ser razoável iniciar outras formas de resfriamento ativo, 
incluindo bolsas de gelo comerciais, banhos frios, toalhas e lençóis 
gelados, coletes e jaquetas de resfriamento, evaporação, ventilação ou 
uma combinação de técnicas, quando a imersão na água não estiver 
disponível. 
- Classe de recomendação 2b, nível de evidência C – opinião de 
especialistas, recomendação: para crianças com hipertermia de esforço 
ou com internação, seguir o mesmo protocolo para adultos citados na 
classe de recomendação 2a. 
- Classe de recomendação 2b, nível de evidência C – opinião de 
especialistas, recomendação: para crianças com hipertermia de esforço 
ou com internação, pode ser considerado formas de resfriamento ativo. 
2.6) SEMANA 7: 
Essa semana não houveram atividades devido a avaliação 1. 
2.7) SEMANA 8: 
Essa semana não houveram atividades devido a VI SIIEPE. 
2.8) SEMANA 9: 
Nessa semana foi ministrada pelo professor Samir a aula sobre 
Obstrução de Vias Aéreas por corpo estranho que introduziu o assunto nos 
mostrando a importância de dominarmos o assunto, com a notícia de uma 
menina que, infelizmente, morreu engasgadaa por não ter ninguém habilitado a 
realizar os primeiros socorros, além da Lei 13.722 - Lei Lucas, que trás a 
obrigatoriedade de professores e funcionários que lidem com a educação básica 
a passar por capacitação básica em primeiros socorros. 
20 
 
a) Respeitando as palavras: Nesse tópico o professor diferenciou engasgo, 
que é um processo incômodo, porém normalmente não é grave e se 
resolve sem o auxílio de um socorrista, da Obstrução de Via Aérea por 
corpo estranho (OVACE) que pode ser parcial, quando a pessoa 
consegue tossir, por vezes falar e manter a ventilação com inspiração e 
expiração diminuída, enquanto a OVACE total é a obstrução total com 
parada da ventilação. 
 
b) OVACE no adulto: O professor começou exemplificando com o caso do 
senhor que se engasgou em uma churrascaria no dia dos pais e foi 
socorrido por um médico que realizou uma traqueostomia com uma 
caneta e uma faca e salvou sua vida, aproveitando para explicar que os 
idosos tendem a ter maior dificuldade para deglutir, com a coordenação 
dos músculos para deglutição além da mastigação em virtude da prótese 
e, por isso, requerem maiores cuidados. 
O que fazer? Perguntar para apessoa se está engasgada, se a pessoa 
conseguir falar, acalmá-lo, porém está controlado e vai se resolver com a 
tosse, no entanto se não conseguir falar, estiver com fisionomia de 
angústia, com as mãos ao redor do pescoço ou com estridor precisa-se 
realizar a manobra de Heimlich. 
 
21 
 
https://images.app.goo.gl/pZCgPDZRL7i51vCz9 
E se for uma grávida? Comprimir o tórax na metade inferior do esterno, 
para evitar o apêndice xifóide e não pressionar o abdômen. 
 
https://images.app.goo.gl/wZArjaoeh5a8UM4Z7 
Deve-se realizar a manobra enquanto a pessoa estiver engasgada, 
e com o tempo a pessoa vai evoluir com síncope e ficar inconsciente, 
nesse momento precisa-se designar alguém e pedir para ligar para o 
SAMU, explicando que é um caso de engasgo para que possam levar os 
equipamentos necessários para retirar o corpo estranho da via aérea, 
como laringoscópio, pinça de Magill ou kit para cricotiroidostomia. Após, 
deitar a vítima no chão e fazer compressões (30 repetições) com 1s de 
duração no terço inferior do esterno, de forma que deixe expandir mais o 
tórax entre as compressões e faça um pouco mais de força, no intuito de 
gerar “tosse artificial”. Depois de realizar 30 compressões deve-se abrir a 
boca do paciente e inspecionar, caso consiga ver o corpo estranho e se 
estiver acessível pode retirar, porém se não estiver visível, não se 
explora, porque corre o risco de introduzir ainda mais. 
c) OVACE em pediatria: Nesse aspecto, o professor introduz nos trazendo a 
informação de que 90% das OVACE fatal são em crianças menores de 5 
anos, pois a via aérea é menor, então é mais fácil de obstruir, e desses, 
65% são em bebês (menores de um ano) e ocorre mais com líquidos, já 
em crianças ocorrem com pequenos objetos, como balões e alimentos 
como amendoim, uva, salsicha e doces arredondados. 
Sinais de OVACE: início súbito de dificuldade respiratória sem febre ou 
outros sintomas respiratórios, gagging (reflexo do vômito), estridor ou 
sibilância. 
22 
 
Nas crianças pode ser leve ou grave também, então se a criança estiver 
tossindo ou emitindo sons observe, se não é grave, se tiver mais de 1 ano 
Heimlich, se não deve-se proceder com 5 tapas nas costas e após 5 
compressões no tórax. Se mesmo assim o paciente ficar inconsciente 
deve-se pedir ajuda e iniciar RCP. 
 
https://images.app.goo.gl/ACXoLXmB1sw6eYSj6 
23 
 
 
https://images.app.goo.gl/wYbt5KPs6awZXdHZ8 
Continuar a manobra até que a criança elimine o corpo estranho ou 
fique inconsciente. No último caso, ligar para o SAMU e começar RCP, 
realizando 30 compressões torácicas e após observar via aérea, se for 
possível retirar, como no adulto, se não realizar 2 ventilações. 
 Dessa forma, o professor finaliza a aula exemplificando com um 
caso clínico com um resumo de tudo que aprendemos. 
2.9) SEMANA 10: 
Nessa semana foi ministrada uma aula pelo professor Samir tratando de 
suporte básico de vida em adultos, enfatizando, principalmente, a questão da 
ressuscitação cardiopulmonar (RCP), entretanto, cabe destacar que as questões 
abordadas pelo BLS (basic life support) não se limitam ao RCP, englobando, 
também, o engasgo (OVACE), reconhecimento de possível infarto (SCA), 
reconhecimento de possível isquemia (AVC) e afogamento (quase-afogamento). 
 Pelo fato de já termos trabalhado em detalhes, nesta disciplina e portfólio, 
todos os assuntos, à exceção do RCP, estes serão tratados de maneira 
revisional, dando maior enfoque ao tema central da aula. 
Parada Cardíaca: Pelo fato de ser relativamente difícil de se presenciar este 
evento fora do hospital, muitas pessoas acreditam, erroneamente, que saber 
https://images.app.goo.gl/wYbt5KPs6awZXdHZ8
24 
 
como manejar essa situação não é algo importante, por ser um fato raro, 
acreditando, inclusive, que esta situação não é reversível, não podendo ser feitonada a respeito. Em função deste desconhecimento, muitas pessoas podem 
acabar sendo vítimas dessa falta de informação, o que exige ações de 
conscientização acerca da importância desta pauta, e como tratá-la, pois é sim 
possível reverter este quadro. Entretanto, este não é um cenário fácil de ser 
resolvido, e em excelentes condições, os índices de sobrevivência giram em 
torno de 50%, sendo na prática, inferiores a este número. 
Ao se observar um possível caso, deve-se ter em mente as seguintes instruções: 
- Caso a vítima não esteja responsiva, peça ajuda para quem estiver perto. 
- Ative o sistema de resposta de emergência por celular, se apropriado. 
- Pegue o DEA e o equipamento de emergência (ou solicite que alguém o 
busque) 
A atuação em primeiros socorros depende das condições disponíveis na cena ou 
próximas dela, dessa forma, balizando a atuação do socorrista. No caso de 
suspeita de parada cardíaca, o socorrista deve confirmar se o sujeito respira 
(normal, agonicamente, ou não respira), e o pulso carotídeo, por 10 segundos. A 
palpação do pulso é preferencial ao profissional ou estudante da área da saúde, 
cabendo ao leigo perceber a ausência de respiração e responsividade e iniciar 
prontamente o RCP. 
Se a vítima term respiração normal e pulso: monitore e aguarde o serviço 
médico 
Se a vítima não respira, mas tem pulso (parada respiratória): forneça respiração 
de resgate, com uma ventilação a cada 5-6 segundos (10-12 por minuto). Ative o 
sistema de resposta de emergência, se já não foi feito, após 2 minutos. Continue 
com a respiração e cheque o pulso, pois na sua ausência é necessário RCP. Se 
constatar outra adversidade característica de primeiros socorros, como 
possibilidade de overdose por opióide, seguir protocolo específico. Nesse caso, 
para a respiração de resgate deve-se garantir a abertura das vias aéreas, pela 
inclinação da cabeça e elevação da mandíbula, e a partir disso, utilizar máscara 
para respiração para fazer a ventilação. 
Se a vítima não apresenta respiração e pulso: este é o quadro principal de 
parada cardiorespiratória, cabendo ao socorrista ativar o sistema de resposta de 
emergência, e conseguir um DEA, solicitando a alguém com urgência. Nesse 
caso, inicia-se o RCP, com 30 compressões e duas ventilações, e utilize o DEA 
tão logo disponível. Para as compressões, é necessário expor o tórax da vítima, 
para garantir a segurança da manobra, na metade inferior do esterno, e na linha 
média. Com o DEA em mãos, ligue o aparelho e conecte os eletrodos na vítima 
com prontidão, sendo um pólo à direita do esterno e abaixo da clavícula, e o 
25 
 
outro à esquerda do mamilo esquerdo. O aparelho conduzirá, de certo modo, as 
ações do socorrista, analisando o ritmo de choque, assim como as contrações, 
dando ordens para a aplicação ou não de choque. Segue a interação máquina, 
socorrista e vítima até a chegada do serviço médico especializado. Caso a 
máquina não indique choque, siga o RCP, até nova análise de ritmo ou chegada 
do serviço especializado. 
Avaliação BLS 
1. Cheque responsividade. 
2. Peça ajuda e desfibrilador 
3. Cheque o pulso e inicie compressões. 
4. Desfibrile. 
RCP de Alta qualidade 
- Frequência de 100-120/min 
- Profundidade de compressão de 5-6 cm, com retorno do tórax adequado 
- Minimize interrupções nas compressões 
- Evite ventilação excessiva 
Caso a vítima esteja com os sinais vitais adequados, verificar nível de 
consciência, podendo estar recuperada. Se não responder mas apresentar os 
sinais, deve-se adotar posição de recuperação, para evitar complicações com 
vômito, sem desligar a vítima do DEA, que consiste em uma posição lateral, com 
pernas e braços dando estabilidade e descansando a cabeça. 
Reconhecimento de infarto: Queixa de dor no peito, com irradiação aos 
membros superiores, principalmente em homens. Em mulheres, geralmente, a 
sintomatologia é mais vaga, geralmente inespecífica, relatando fraquezas, 
náuseas e dores corporais, incluindo as manifestações comuns em homens. 
Deve-se acionar o samu e administrar aspirina adulto, se a vítima não for 
alérgica. Em dúvida aguardar o SAMU 
Reconhecimento de AVC: Principalmente passa por alterações na fala, na força 
dos membros e na expressão facial. Acionar o SAMU com urgência, na 
presença dessas manifestações. 
Engasgo: Em caso constatado de engasgo, no adulto, realizar a manobra de 
Heimlich, descrita em detalhes na semana 9. Em crianças a atuação é 
semelhante, sendo praticada a mesma conduta, a qual muda apenas no caso de 
engasgo em bebês. 
Afogamento: Tendo a vítima em local seguro, monitorar sinais vitais e tomar 
decisão a partir disso. Se a vítima estiver inconsciente, mas com pulso e 
respiração, adotar posição de recuperação. Se estiver inconsciente e sem sinais 
26 
 
vitais, realize RCP por 2 minutos. Se não responder, acione o samu e tente 
providenciar um DEA, para realizar a ressuscitação. 
2.10) SEMANA 11: 
Nessa semana iniciamos com a aula da Prof. Dra. Denise Marques sobre 
atendimento pediátrico. De início, ela nos apresentou uma revisão sobre o 
conceito de primeiros socorros, que consiste nos primeiros cuidados realizados 
após um acidente, antes da chegada do socorro médico, com uma sequência de 
procedimentos simples, rápidos e adequados, com a finalidade de preservar a 
vida, restringir os efeitos da lesão, promover a recuperação da vítima e não 
prejudicar e nem piorar a situação. Nos primeiros socorros pediátricos é 
importante manter a segurança da cena, se identificar, manter o controle sobre si 
mesmo e da situação, falar com a criança e sempre permanecer ao seu lado. 
A Dra. Denise nos expôs que um dos fatores de risco de acidentes com 
crianças é a curiosidade natural delas, que as expõe a situações de risco, além 
do sentimento de super-herói. Após isso, algumas situações comuns nos foram 
apresentadas e suas respectivas condutas, conforme a seguir: 
Desmaio: Pode ter como causas principais o calor, desidratação ou o 
esforço físico, e a conduta do socorrista inicialmente deve priorizar a segurança 
da criança evitando que ela se machuque durante a queda. Se a criança está 
consciente, deve-se sentá-la numa cadeira e orientá-la quanto à respiração. Se 
houver perda de consciência, deve-se deitar a criança no chão e elevar suas 
pernas (visto que a maior parte dos desmaios ocorre com hipotensão), colocar a 
criança de lado para ela não se engasgar, afrouxar roupas apertadas e manter a 
criança aquecida. 
Convulsões: (1) Tem como possíveis manifestações: perda de memória, 
movimentos dos olhos virados para cima, dentes cerrados e tensos, saída de 
líquido espumoso pela boca e contrações musculares com duração em média de 
5 minutos. (2) A conduta inicial inclui deitar a criança, afrouxar roupas apertadas, 
proteger a cabeça e virá-la de lado para que a saliva escorra, evitando assim 
aspiração, observar se a criança consegue respirar. (3) Após a crise convulsiva, 
orientar a criança e o acompanhante de que pode haver incontinência urinária ou 
fecal. 
 Obstrução de via aérea: Geralmente ocorrem durante a alimentação ou 
durante brincadeiras com pequenos objetos. A principal conduta é não tentar 
retirar o objeto da boca da criança, e observar se tem tosse. Se a criança está 
tossindo, não devemos interferir, deve-se observar se a tosse está sendo efetiva. 
A tosse é um processo natural de defesa do organismo neste caso. Deve-se 
observar também se a criança permanece consciente, e caso se considere 
necessária, pode ser feita a manobra de Heimlich, que visa a desobstrução das 
27 
 
vias aéreas, atentando-se sempre à diferença da manobra em lactentes e em 
crianças maiores e já foi explicada anteriormente. 
Choque elétrico: a conduta mais importante é de não tocar na criança 
antes de desligar a chave geral da casa, pois o socorrista também levará um 
choque elétrico. Após o desligamento da chave geralda casa, deve-se afastar a 
criança do fio/aparelho elétrico e avaliar a gravidade do choque. Se o choque foi 
grave e a criança está inconsciente e sem pulso/respiração, deve-se iniciar 
reanimação cardiorrespiratória. 
Queimaduras: (1) Caso ocorram por líquidos quentes, deve-se aliviar a 
dor com compressas ou toalhas embebidas em água (se queimadura em 
membros, pode-se mergulhá-los na água), e não coloque o acidentado sob o 
chuveiro frio. (2) Caso a queimadura tenha ocorrido por roupas queimando, 
deve-se abafar o fogo com uma toalha, cobertor grosso ou mesmo um casaco. 
Deve-se acalmar a criança, pois caso ela corra, as chamas podem aumentar. 
Depois de apagar o fogo, coloque a criança deitada no chão e aguarde o serviço 
médico. (3) Por fim, caso a queimadura ocorra por causa de materiais químicos, 
deve-se lavar a área de pele atingida com água corrente, sem esfregar. Caso 
seja nos olhos, jogar água corrente sobre o globo ocular com um chuveirinho ou 
torneira (evitando jatos, pois podem descolar a retina) por 20 minutos. 
Mordidas de animais: Deve-se inicialmente lavar a área acometida com 
água corrente e sabão, manter compressa com pano limpo, comprimindo a 
ferida e saber se a criança já foi vacinada contra tétano. Quanto ao animal, 
deve-se prendê-lo para observação (não matar o animal), e interrogar sobre 
vacinação do animal. 
Corpos estranhos: Caso haja corpo estranho o ouvido é de extrema 
importância que não se tente retirar o objeto, pois há risco de perfuração no 
tímpano. Se foi algum inseto vivo, pode-se pingar óleo para imobilizá-lo e evitar 
o desconforto do barulho. Se o corpo estranho estiver no nariz, também não 
deve-se tentar retirar, pois pode acabar empurrando para dentro e causando 
obstrução respiratória. Deve-se pedir para a criança assoar o nariz, pois há 
possibilidade do objeto sair. 
Ferimentos: Deve-se lavar a região com água e sabão por 2 minutos e 
depois cobri-la com gaze limpa ou curativo adequado. Ademais, deve-se evitar 
movimentos bruscos. 
Afogamento: Deve-se avaliar se a criança está respirando e iniciar 
reanimação cardio circulatória se necessário (condutas específicas para 
afogamento já foram discutidas anteriormente). 
28 
 
Quedas: (1) Caso haja fraturas, não se deve movimentar a vítima e 
nem tentar colocar talas, devido ao risco de lesões no pescoço e coluna, além 
de imobilizações incorretas que podem ocasionar lesões de vasos e nervos. (2) 
Em caso de fraturas expostas, nunca tente recolocar a parte do osso ou a 
sua ponta que ficou para fora no local certo, cubra a região com compressa 
limpa e úmida, acolchoe os dois lados da região machucada com algodão ou 
pano macio e evite quaisquer movimentos. 
Sangramentos: Em caso de hemorragia venosa, deve-se aplicar 
compressa limpa com pressão no ferimento, adicionando uma segunda 
compressa por cima da primeira se necessário, e deixe a parte machucada em 
repouso. Em caso de hemorragia arterial, deve-se aplicar com força uma 
compressa (ou a própria mão, com luvas, caso uma compressa não esteja 
disponível) e não afrouxar a pressão, pois uma grande quantidade de sangue 
pode ser perdida. 
 Intoxicações: Em caso de ingestão de substâncias, não se deve 
provocar vômito e nem tomar leite. Deve-se pegar a substância e levar ao 
hospital e ligar imediatamente para o CIT. 
Ao final da aula, aprendemos que para intervir em um acidente pediátrico 
devemos sempre chamar ajuda e fazer uma avaliação inicial da criança, 
chamando-a, avaliando respiração e pulsos, estado geral e consciência. A 
avaliação do estado geral leva em consideração principalmente a coloração de 
pele e mucosas (pesquisando por palidez, cianose ou algum sinal indicativo de 
problema), perfusão periférica (de até 4 segundos), e pulsos (filiformes ou 
fracos). A avaliação de consciência considera pupilas (midríase, miose, 
isocóricas ou anisocóricas), e o estado da criança, que pode estar com 
consciência normal, letárgica (sonolenta e com déficit de atenção), obnubilada 
(responde questionamentos de forma confusa e lenta, perde interesse pelo 
ambiente), esturpórica (acorda apenas após estímulos dolorosos), ou em coma. 
Por fim, a Dra Denise nos trouxe pontos importantes para reanimação 
pediátrica, caso seja necessário: 
Em menores de 1 ano: deve-se colocar a criança deitada de costas em 
uma superfície plana e dura, e descobrir seu peito. Fazer pressão sobre o tórax 
da criança por 30 vezes (se sozinho) ou 15 vezes (se acompanhado por alguém 
responsável por ventilar o paciente, com 2 dedos no ponto médio da linha que 
une os mamilos. Ventile 2 vezes utilizando ventilação boca/nariz-boca. Repita o 
processo até o SAMU chegar. 
1 a 12 anos: Deite a criança de costas em uma superfície dura e plana, 
descubra o peito e ajoelhe-se ao lado dela. Escorregue os dedos pelo esterno 
em direção ao estômago até o final do osso e inicie compressões 2 dedos acima 
29 
 
do final dele, utilizando somente o inferior da palma da mão (uma ou duas mãos, 
dependendo do tamanho da criança). Mantendo o braço esticado, faça 30 
compressões se sozinho ou 15 se tiver alguém responsável por ventilar o 
paciente. Chame o SAMU. 
A segunda parte das atividades da semana consistiu em vídeo aula 
ministrada pelo professor Samir, sobre a temática de RCP pediátrico com base 
no Pediatric Basic Life Support da American Heart Association Guideline - 
Circulation. 
a) Neonatal: Num caso de parto em ambiente não controlado, temos 
o GOLDEN MINUTE, primeiro minuto de vida do bebê. Bebês que 
respiram e choram normalmente podem aguardar o clampeamento 
do cordão umbilical. 
 - 3 perguntas principais no primeiro minuto: Gestação a termo? 
Bom tônus? Respiração normal? Se SIM para essas perguntas, a criança 
permanece com a mãe para cuidados de rotina: aquecer e manter temperatura 
normal, posicionar vias aéreas, aspirar secreções se necessário e secar. 
 - Manejo do cordão umbilical: o clampeamento retardado do cordão 
umbilical por mais de 30s está indicado para RNs a termo e prematuros, excesso 
se alto risco ou necessidade de reanimação. 
b) Bebês e crianças: Acidentes de tráfego, afogamento, queimaduras 
e sufocamentos são as principais causas externas de mortalidade 
pediátrica. Além disso, a insuficiência respiratória também contribui 
para a mortalidade infantil, devendo ser manejada. 
 - A prevenção em pediatria é fundamental. 
 - RCP por socorristas profissionais: (1) algoritmo de parada 
cardíaca para socorrista único: verificar a segurança da cena, peça ajuda para 
quem estiver perto e chame o SAMU, confirmar respiração da criança (normal ou 
gasping?) e checar o pulso (em bebês muito pequenos pode-se usar o pulso 
braquial), realizar manobra de tração da mandíbula para ver se retorna a 
respiração com cuidado com a coluna cervical. (2) Se pulso normal, sem 
respiração: fornecer respiração de resgate (1 ventilação a cada 3-5s -> 12-20 
respirações/minuto), ventilar apenas o suficiente para o tórax se expandir de 
maneira visível, iniciar compressões se o pulso permanecer menor ou igual a 
60bpm com sinais de má perfusão, checar pulso a cada 2 minutos. (3) Se sem 
respiração e sem pulso: se o colapso foi súbito e testemunhado, deve-se ativar o 
SAMU e buscar um DEA. Se o colapso não foi súbito e testemunhado, chamar o 
SMAU e iniciar compressões cardíacas conforme explicado anteriormente, 
30 
 
utilizar DEA assim que possível (dar 1 choque e reiniciar RCP por cerca de 2 
minutos até que o DEA solicite para checar o ritmo ou o SAMU chegue). 
 - Uso do DEA em bebês ou crianças menores de 8 anos ou até 25kg: 
utilizar o atenuador de dose. 
 - Algoritmo de parada cardíaca para 2 socorristas: (1) O primeiro 
socorrista permanece com a vítima e o segundo socorrista chama o SAMU e 
coleta o DEA. O segundo socorrista faz a monitorização da criança, e a 
frequência muda para 15 compressões -> 2 ventilações.- Caso tenha máscara e fluxo de O2: usar entre 10-15L/min. 
 - Caso volte o pulso e a respiração, deve-se colocar a criança em 
posição de recuperação. 
Por fim, o professor Samir nos apresentou um resumo do que seria o 
RCP de alta qualidade para crianças, que consiste em: (1) Frequência de 100-
120/min; (2) Profundidade mínima das compressões de ⅓ do diâmetro do tórax 
(4cm em bebês e 5cm em crianças); (3) Permita o retorno completo do tórax 
após cada compressão; (4) Minimize interrupções nas compressões torácicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
3) SEÇÃO DE RESENHAS DE ARTIGOS: 
3.1) SEMANA 2: 
Nessa semana escolhemos o artigo “Tempos de acesso a serviços de 
saúde face ao infarto do miocárdio”, que trás uma pesquisa transversal que 
ocorreu em Salvador, na Bahia, com 100 pacientes de dois hospitais de grande 
porte, públicos e especializados em cardiologia, tendo como objetivo entender o 
tempo que leva para homens e mulheres chegarem ao serviço especializado em 
cardiologia e a correlação entre eles, visto que o tempo de chegada está 
diretamente relacionado com o tratamento de reperfusão miocárdica, que só 
pode ser administrado em um período de tempo específico após o infarto e 
depende da rapidez para sua eficácia. Nesse estudo foram incluídos apenas 
pacientes com diagnóstico médico de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), tempo 
de internação mínimo de 24 horas e máximo 20 dias e sem restrições médicas 
para a entrevista, que foi utilizada para coleta de dados sociodemográficos, 
enquanto que o diagnóstico, data e hora de entrada foram coletados dos 
prontuários. 
Essa pesquisa chegou à conclusão de que a maior parte dos estudados 
eram homens que tiveram infarto precoce (menor ou igual a 69 anos), 
apresentaram condições socioeconômicas deficitárias e permaneceram maior 
tempo no serviço de saúde, porém observou que as mulheres demoram mais 
para procurar atendimento, provavelmente por, em muitos casos, apresentarem 
sintomas não tão característicos, o que aumenta o tempo para chegada ao 
atendimento especializado. Ainda o estudo reafirma a importância da utilização 
do SAMU para diminuir o tempo no transporte e já receber um primeiro 
atendimento pré-hospitalar. Por fim, responsabiliza também a demora no 
encaminhamento dos pacientes do primeiro serviço de saúde, que pode ser a 
unidade básica ou pronto socorro, até o serviço especializado pela demora no 
atendimento geral do paciente com IAM. 
MENDES, Andreia Santos, et al. Tempos de acesso a serviços de saúde face ao 
infarto agudo do miocárdio. Acta Paul Enferm. 2016; 29(4):446-53. Disponível 
em: https://www.scielo.br/pdf/ape/v29n4/1982-0194-ape-29-04-0446.pdf. Acesso 
em: 08 out. 2020. 
3.2) SEMANA 3 
 Vistos os assuntos abordados nessa semana, escolhemos o artigo 
“Anafilaxia: diagnóstico”, o qual trata dos principais traços dessa doença, assim 
como destaca os pontos mais importantes em se tratando de diagnóstico e 
prevenção. Nesse sentido, o artigo expõe a gravidade da doença, a qual pode 
ser imprevisível e fatal, uma vez que basta o desconhecimento do indivíduo em 
relação a sua condição e a inviabilidade de se tomarem providências de 
primeiros socorros de maneira rápida para uma crise grave e de difícil manejo. 
32 
 
Dentre os principais agentes desencadeantes da anafilaxia destacam-se 
medicamentos, alimentos e veneno de insetos. Ainda, ela pode ser causada por 
látex e condições mal estabelecidas, como por atividade física associada ou não 
a ingestão prévia medicamentos ou alimentos. Existem casos em que o evento 
desencadeante não fica claro, e, nessa eventualidade de desconhecimento, 
caracteriza-se uma anafilaxia idiopática. Em relação às especificidades 
biológicas individuais, o artigo relata os principais medicamentos (analgésicos, 
anti-inflamatórios não hormonais e antibióticos), alimentos (leite de vaca, clara 
de ovo, crustáceos e moluscos), e insetos (abelhas e vespídeos) causadores 
das reações, entretanto, isso varia muito de pessoa para pessoa, o que, 
inclusive, está associado a fatores genéticos e dos hábitos individuais 
(alimentares/medicamentosos). 
De maneira geral, constata-se que a maioria dos agentes desencadeantes 
de anafilaxia se relaciona com o mecanismo de hipersensibilidade imediata 
mediada por IgE, que culmina com a ativação de mastócitos e basófilos, 
entretanto, existem outros mecanismos capazes de provocar a ativação dessas 
células e desencadear reações agudas. Dentre eles se destacaram complexos 
antígeno-IgG, ativação do sistema do complemento, ativação do sistema de 
coagulação, ativação direta de mastócitos e basófilos, citotoxicidade, alterações 
no metabolismo do ácido araquidônico, liberação de neuropeptídeos, exercício 
físico, ar frio e água fria. 
O diagnóstico geralmente ocorre de maneira clínica. A investigação é 
necessária para confirmar o diagnóstico, identificar o agente causador 
desconhecido e orientar o paciente para prevenir a ocorrência de outros 
episódios. Exames complementares devem estar baseados na história clínica. 
Existem agravantes para a questão, como idade avançada, presença de 
doenças cardíacas pré-existente e bronquite. A reação aguda pode ser 
potencialmente fatal, por isso o conhecimento da condição de anafilaxia permite 
a prevenção desses episódios, assim como o preparo para eventuais 
casualidades. O artigo não entra na questão do tratamento, mas, como 
evidenciado nos materiais da American Heart Association, em situação de 
emergência, é comum que paciente já diagnosticado possua caneta auto injetora 
de epinefrina, sendo papel do prestador de primeiros socorros ajudar na 
aplicação da substância, a qual pode reverter o quadro e evitar fatalidades, após 
o acionamento do SAMU. Se o atendimento demorar, e o indivíduo não 
responder a medicação, considerar a aplicação de outra dose. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALERGIA E IMUNOPATOLOGIA. Sociedade 
Brasileira de Anestesiologia. Anafilaxia: diagnóstico. Rev. Assoc. Med. Bras. 
[online]. 2013, vol.59, n.1 [cited 2020-10-14], pp.7-17. Available from: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
33 
 
42302013000100004&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0104-4230. 
https://doi.org/10.1590/S0104-42302013000100004. 
 
3.3) SEMANA 4: 
Nessa semana o artigo escolhido foi “Hemostatic dressings for the first 
responder: a quick review” de Marcus C. et al., que revisa alguns dos métodos 
para hemostasia, baseados em artigos científicos e dados de socorristas 
militares em combate, buscando elencar bons métodos e de fácil utilização nos 
primeiros socorros. Não existe ainda um método de controle de hemorragias que 
seja universal, mas neste artigo são elencadas algumas técnicas, apresentadas 
a seguir. 
Uma das abordagens pode ser a partir do aumento de fatores 
coagulantes, como a fibrina, na ferida, de forma a induzir uma hemostasia 
rápida. Pode-se conseguir isso por meio de curativos embebidos em fibrina, que 
aceleram a formação do coágulo em situações de hemorragia. Porém, este 
curativo é extremamente frágil, tornando-se difícil de se inserir em feridas 
profundas e de transportá-lo até o paciente em casos de ferida em combate. Nos 
EUA, existem divergências entre a utilização de plasma humano ou bovino na 
confecção desses curativos, portando eles ainda não foram aprovados pela 
FDA. 
Outra abordagem é adicionar na ferida alguma substância que aumente a 
concentração dos fatores de coagulação locais. Alguns produtos foram 
desenvolvidos e são, no geral, baratos, fáceis de aplicar e usar. O primeiro é o 
TraumaDEX, uma hemosfera de polissacarídeos microporosos, que parece ser 
mais efetivo no tratamento de pequenos e médios ferimentos do que no 
tratamento de hemorragias externas severas. O segundo, QuikClot, um zeólito 
mineral, demonstrou eficácia em laboratório no tratamento de hemorragias 
severas, porém teve sua eficácia diminuída no tratamentoin vivo, novos estudos 
são necessários. Um terceiro agente é o HemCon, composto de poli- N- 
acetilglicosamina, e estudos sobre ele também são necessários ainda. 
Por fim, a combinação entre pressão no local da ferida associado ao uso 
de um agente hemostático (no caso do artigo, BioHemostat), pode prover 
controle da da hemorragia sem induzir a necrose distal do membro ou piorar 
lesão tecidual. Novamente, mais estudos em cima desta combinação são 
necessários. 
É dever do socorrista estar sempre atualizado sobre as formas de 
controle de hemorragia, visto que é um problema grave com consequências 
severas se não controlado. 
 
https://doi.org/10.1590/S0104-42302013000100004
34 
 
NEUFFER, Marcus C. et al. Hemostatic dressings for the first responder: a 
review. Military medicine, v. 169, n. 9, p. 716-720, 2004. 
 
3.4) SEMANA 5: 
Nessa semana foi escolhido o artigo ’’First aid is associated with improved 
outcomes in large body surface area burns’’, de Harish,V. et al e publicado na 
BURNS de 2019 – pela editora Elsevier. O artigo visa – a partir de uma análise 
de regressão multivariada – demonstrar a importância dos primeiros socorros em 
queimaduras de grande superfície corporal (>20%). 
Foram avaliados oito desfechos, como mortalidade, superfície corporal total 
queimada(TBSA), tempo total de internação, proporção de TBSA de espessura 
total(PFTI), TBSA enxertado, número de sessões de re-enxertia, admissão em 
terapia intensiva e tempo de internação em terapia intensiva. Primeiros socorros 
adequados foram considerados quando houve a aplicação de 20 minutos de 
água corrente fria e corrente em até 3 horas após a queimadura. 
Foram identificados 390 pacientes, dos quais 35% (139) tiveram primeiros 
socorros adequados. Isso refletiu em uma redução estatisticamente significativa 
em quase 10% na TBSA, assim como 12% de redução da PFTI. Os primeiros 
socorros também tiveram relação com a redução significativa no número de 
sessões de re-enxertos. Não se observou efeitos relevantes entre os primeiros 
socorros e TBSA enxertado. 
Com isso, o artigo se mostrou extremamente relevante frente à postura de 
primeiros socorros diante de queimaduras. O uso de água corrente por 20 
minutos é uma prioridade nos primeiros socorros e está associada a melhores 
resultados em grandes queimados. O artigo traz mais resultados que reforçam 
tal teoria. 
Harish,V. et al. First aid is associated with improved outcomes in large body 
surface area Burns JBUR 5843 No. of Pages 6 
3.5) SEMANA 6: 
O afogamento é uma das principais causas de morte em crianças e adultos 
jovens no mundo e envolve principalmente a assistência pré-hospitalar prestada 
por leigos, guarda-vidas, socorristas e profissionais de saúde. O artigo escolhido 
mostra uma revisão integrativa que busca suporte teórico para prevenção e 
intervenção no suporte básico para o afogamento. Com isso, é essencial que 
profissionais de saúde tenham conhecimento da cadeia de sobrevivência no 
afogamento que inclui desde a assistência pró-ativa de prevenção praticada em 
consultórios até a identificação de comportamentos e situações de risco iminente 
no ambiente aquático. 
35 
 
Saber como e quando realizar o suporte básico de vida ainda dentro da água e 
acionar o suporte avançado pode fazer a diferença entre a vida e a morte do 
paciente. O tempo gasto para início dos procedimentos é essencial, após cinco 
minutos de parada cardíaca apenas 25% das vítimas podem ser completamente 
recuperadas, não sendo possível transportá-las a emergência, sendo assim isso 
ser resolvido no próprio local. 
O artigo considera a classificação do afogamento definidos de acordo com 
Szpilman (2012). Essa classificação de afogamento leva em consideração o 
grau de insuficiência respiratória que indiretamente está relacionado à 
quantidade de líquido aspirado, determinando a gravidade do caso. A 
intervenção específica é destinada a cada grau de afogamento compreendido 
entre os graus de 1 a 6, que garantem a eficiência no atendimento à vítima 
fornecendo o suporte básico de vida necessário e indicando o melhor destino 
para a mesma. 
Ademais, estima-se que mais de 85% dos casos de afogamento podem ser 
prevenidos pela supervisão, ensino de natação, tecnologia, regulamentação e 
educação pública. 
Contudo, a intervenção em casos de afogamento se dá com agilidade e precisão 
nas ações como: fornecer oxigênio, colocar a vítima na posição lateral de 
segurança sobre o lado direito com a cabeça elevada acima do tronco, e em 
casos mais graves iniciar a RCP imediatamente. 
Santos GG, Amorim TC. Afogamento: intervenções e técnicas de suporte à 
vida: Uma revisão integrativa. Afogamento. 2018;12:1-17. 
3.6) SEMANA 7: 
Essa semana não houveram atividades devido a avaliação 1. 
3.7) SEMANA 8: 
Essa semana não houveram atividades devido a VI SIIEPE. 
3.8) SEMANA 9: 
Para essa semana escolhemos o artigo “Capacitação de Agentes Comunitários 
em manobra de desengasgo: multiplicando ações em saúde em Unidade de 
Saúde da Família.” 
A maior parte das aspirações de corpo estranho (ACE) ocorre com lactentes e 
crianças nos primeiros anos de vida e no âmbito familiar, com grãos de feijão, 
milho e amendoim, dessa forma, se mostra muito relevante o treinamento 
desses profissionais, visto que são o elo entre a comunidade e a unidade de 
36 
 
saúde e estão em contato constante com a população, podendo auxiliar em 
momentos de acidentes, além de conscientizar sobre os perigos de tais 
ocasiões. Portanto esse foi um estudo quantitativo realizado com 13 agentes 
comunitários (ACSs) que trabalhavam na USF “Dr. Victor Pedroso”, em 
Sorocaba, São Paulo, com questionário que abordava dois aspectos, primeiro as 
questões sociodemográficas e depois seus conhecimentos e dificuldade teóricas 
e práticas nos sinais, sintomas, manobras e procedimentos envolvidos no 
engasgo. 
Dessa forma, a pesquisa foi realizada com um público feminino, composto em 
maioria por mulheres entre 31-41 anos, casadas, com ensino médio completo e 
que se dedicam exclusivamente ao trabalho como ACSs e mostrou que sobre o 
tema estudado 9 ACSs tem pouco conhecimento e 4 não tem nenhum 
conhecimento sobre sinais e sintomas do ACE e apenas 8 relatam ter passado 
por algum tipo de treinamento para primeiros socorros de engasgo. Porém, a 
maioria sabe que existem diferenças entre as manobras para crianças e adultos, 
que é uma emergência e pode levar a morte. Ainda, sobre as questões de 
realização de manobras em crianças a maioria considerou que não saberia o 
que fazer ou como fazer. 
Com essas informações, conclui-se que os ACSs que participaram do estudo 
não estavam preparados para lidar com situações de ACE e precisavam de mais 
treinamento, o que é bastante preocupante, visto que aprendemos na aula a 
gravidade desse tipo de acidente e é de extrema importância que profissionais 
que estão envolvidos na manutenção da saúde estejam preparados para 
socorrer as vítimas de engasgo em qualquer situação, o que inclui os ACSs que 
estão sempre envolvidos nas atividades das unidades básicas. 
Ie WBT, Gardenal CLC. Capacitação de agentes comunitários de saúde em 
manobra de desengasgo: multiplicando ações em saúde em uma unidade de 
saúde da família. Rev Fac Ciênc Méd Sorocaba. 2019;21(1):33-8. Disponível 
em: http://dx.doi.org/10.23925/1984-4840.2019v21i1a7. 
 
3.9) SEMANA 10: 
Nesta semana, o grupo escolheu o artigo “O leigo e o suporte básico de 
vida”, o qual expõe o grande desconhecimento existente na sociedade não só a 
respeito de como se prestar os primeiros socorros do suporte básico de vida, 
mas também sobre a importância desses vários procedimentos, os quais são 
fundamentais e podem salvar vidas. 
Inicialmente, o artigo destaca a prevalência das doenças cardiovasculares 
no cenário brasileiro, e, em função da sua grande expressão, reforça a 
necessidade de se ter um atendimento precoce e adequadopara eventos como 
37 
 
a parada cardiorrespiratória. Dessa forma, há destaque para a importância do 
suporte básico de vida, uma vez que este compreende etapas que podem ser 
iniciadas fora do ambiente hospitalar, e realizadas por leigos devidamente 
capacitados e informados, aumentando a sobrevida e diminuindo as sequelas 
das vítimas de PCR. 
Dessa forma, vista a relevância do tema, o estudo objetivou identificar o 
conhecimento sobre o SBV de uma amostra da população leiga, em uma cidade 
do interior de São Paulo. Assim, houve seleção de uma parcela da população 
leiga, excluindo profissionais da área da saúde ou pertencentes a corporação de 
bombeiros. Houve aplicação de questionário teórico validado por especialistas e 
coleta de dados, os quais observaram não só o conhecimento prático sobre 
como realizar determinadas práticas do SBV, mas também qual a sua 
relevância, ou porque realizá-las. 
Como resultado, observou-se desconhecimento, tanto teórico quanto da 
importância da realização das práticas de SBV. A população leiga possui 
conhecimento insuficiente, e, além de conhecimento incompleto, muitas das 
crenças compartilhadas caracterizam conhecimento incorreto, o que além de 
não ajudar na causa, pode, inclusive, agravá-la. 
Por fim, o estudo confirmou uma realidade da qual já esperávamos: 
despreparo e desconhecimento acerca de primeiros socorros. Em função disso, 
torna-se indispensável a conscientização a respeito da importância deste tema 
e, mais do que tudo, a capacitação da população leiga para intervir nesses 
cenários, pelo fato de que a intervenção primária aumenta muito as chances de 
sobrevivência em alguns contextos, podendo, inclusive, ser resolutiva já em um 
momento inicial. Somente assim, com um engajamento dos profissionais de 
saúde, à exemplo da iniciativa do professor Samir, em conjunto de autoridades 
públicas, poderá se intervir no conhecimento populacional sobre o suporte 
básico de vida e os primeiros socorros, o que reverterá em uma melhor condição 
de intervenção geral em primeiros socorros, o que é fundamental, em se 
tratando de saúde pública. 
PERGOLA, Aline Maino and ARAUJO, Izilda Esmenia Muglia. O leigo e o 
suporte básico de vida. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2009, vol.43, n.2 [cited 
2020-12-07], pp.335-342. Available from: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342009000200012&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1980-220X. 
http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342009000200012. 
3.10) SEMANA 11: 
 Nessa semana, o grupo escolheu o artigo “Avaliação de treinamento 
sobre primeiros socorros para equipe técnica de escolas de ensino 
especializado”, que analisa, em caráter longitudinal de antes e depois, o efeito 
38 
 
de atividade educativa sobre primeiros socorros em escolas de ensino 
especializada para população infanto-juvenil com deficiência. 
Nesse estudo observou-se que os principais acidentes que ocorriam eram 
queimaduras, trauma por avulsão dentária, quedas e convulsões. Foi aplicado 
um questionário antes e após o treinamento com a temática de primeiros 
socorros gerais e específico nas situações acima. 
Uma consideração feita nesse estudo foi que muitos dos profissionais de 
diversas áreas como professores e técnicos, não recebem treinamentos 
periódicos adequados no manejo de primeiros socorros, evidenciando a 
necessidade de implementação de projetos que visem a capacitação desses 
profissionais. Após o treinamento oferecido pelo estudo, notou-se grande 
aumento de respostas e condutas corretas no questionário, estatisticamente 
significativo e conclusivo. 
A capacitação dos profissionais em escolas, principalmente infantis, na 
área de primeiros socorros se demonstrou extremamente necessária e 
importante, visto que eles atuam na primeira linha de cuidado após um acidente, 
e com o correto procedimento de socorro, são capazes de melhorarem a 
segurança de seus alunos, e também da comunidade em que estão inseridos, 
visto que podem utilizar os conhecimentos adquiridos também em outros 
contextos fora da sala de aula. 
BRITO, Jackeline Gonçalves et al. Avaliação de treinamento sobre primeiros 
socorros para equipe técnica de escolas de ensino especializado. Cogitare 
Enfermagem, v. 24, 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
4) CONCLUSÃO 
Frente à necessidade de realização de um portfólio, idealizado pela cadeira 
optativa de primeiros socorros, o mesmo mostrou o claro intuito de fortalecer 
temas relevantes ao primeiro atendimento prestado pelo socorrista. 
Tal cadeira – bem como o portfólio – reforça a necessidade de valorização do 
assunto na formação médica geral, tanto na Universidade Federal de Pelotas 
como em outras instituições de ensino, diante de tamanha relevância. 
Portanto, acreditamos na inevitabilidade de torná-la uma cadeira obrigatória nos 
primeiros anos de formação da nossa universidade e, futuramente, incentivar o 
aprendizado em escolas e empresas na cidade de Pelotas – realidade já 
existente em alguns locais -, com o intuito de minimizar riscos em situações 
corriqueiras de potencial óbito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
5) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
1. MENDES, Andreia Santos, et al. Tempos de acesso a serviços de saúde 
face ao infarto agudo do miocárdio. Acta Paul Enferm. 2016; 29(4):446-
53. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ape/v29n4/1982-0194-ape-
29-04-0446.pdf. Acesso em: 08 out. 2020. 
2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALERGIA E IMUNOPATOLOGIA. 
Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Anafilaxia: diagnóstico. Rev. 
Assoc. Med. Bras. [online]. 2013, vol.59, n.1 [cited 2020-10-14], pp.7-17. 
Available from: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
42302013000100004&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0104-4230. 
https://doi.org/10.1590/S0104-42302013000100004. 
3. NEUFFER, Marcus C. et al. Hemostatic dressings for the first responder: a 
review. Military medicine, v. 169, n. 9, p. 716-720, 2004. 
4. Harish,V. et al. First aid is associated with improved outcomes in 
large body surface area Burns JBUR 5843 No. of Pages 6. 
5. Santos GG, Amorim TC. Afogamento: intervenções e técnicas de 
suporte à vida: Uma revisão integrativa. Afogamento. 2018;12:1-17. 
6. Ie WBT, Gardenal CLC. Capacitação de agentes comunitários de saúde 
em manobra de desengasgo: multiplicando ações em saúde em uma 
unidade de saúde da família. Rev Fac Ciênc Méd Sorocaba. 
2019;21(1):33-8. Disponível em: http://dx.doi.org/10.23925/1984-
4840.2019v21i1a7. 
7. PERGOLA, Aline Maino and ARAUJO, Izilda Esmenia Muglia. O leigo e 
o suporte básico de vida. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2009, vol.43, n.2 
[cited 2020-12-07], pp.335-342. Available from: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342009000200012&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1980-220X. 
http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342009000200012. 
8. BRITO, Jackeline Gonçalves et al. Avaliação de treinamento sobre 
primeiros socorros para equipe técnica de escolas de ensino 
especializado. Cogitare Enfermagem, v. 24, 2019. 
https://doi.org/10.1590/S0104-42302013000100004

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