Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE MEDICINA LABORATÓRIO DE ENSINO POR SIMULAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS PORTFÓLIO ACADÊMICO DE PRIMEIROS SOCORROS: Um aprendizado interativo Matheus Giacomelli da Trinidade Milene Domingues Arocha Monique Noscetti Martins Murilo Pertile Campos Natalia Silva Pereira PELOTAS 2020 2 Matheus Giacomelli da Trinidade Milene Domingues Arocha Monique Noscetti Martins Murilo Pertile Campos Natalia Silva Pereira PORTFÓLIO ACADÊMICO DE PRIMEIROS SOCORROS: Um aprendizado interativo Portfólio desenvolvido para conclusão da disciplina optativa de Primeiros Socorros da Universidade Federal de Pelotas. Monitor orientador: Luize da Porciuncula Corrêa. PELOTAS 2020 3 SUMÁRIO 1) INTRODUÇÃO 2) RESUMO DAS AULAS TEÓRICAS 2.1) SEMANA 2 2.2) SEMANA 3 2.3) SEMANA 4 2.4) SEMANA 5 2.5) SEMANA 6 2.6) SEMANA 7 2.7) SEMANA 8 2.8) SEMANA 9 2.9) SEMANA 10 2.10) SEMANA 11 3) SEÇÃO DE RESENHAS DE ARTIGOS 3.1) SEMANA 2 3.2) SEMANA 3 3.3) SEMANA 4 3.4) SEMANA 5 3.5) SEMANA 6 3.6) SEMANA 7 3.7) SEMANA 8 3.8) SEMANA 9 3.9) SEMANA 10 3.10) SEMANA 11 4) CONCLUSÃO 5) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 4 1) INTRODUÇÃO A realização desse portfólio é uma das ferramentas utilizadas para melhorar nosso aprendizado, bem como, ampliá-lo em relação aos primeiros socorros, sendo desenvolvido como avaliação na cadeira optativa de Primeiros Socorros, com as contribuições absorvidas das aulas ministradas pelos monitores e nossa curiosidade perante os temas, além da orientação e atenção da nossa monitora. 5 2) RESUMO DAS AULAS TEÓRICAS: 2.1) SEMANA 2: Nessa semana, sendo a primeira teórica, começamos discutindo o que os socorristas devem saber para realizar um bom atendimento, por exemplo, como e quando acessar o Serviço Médico de Emergência (SAMU) e número desse serviço e como entrar em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica, sendo que o número desse muda para cada região do país. Após essa primeira abordagem através de outra vídeo-aula foi ensinado como reconhecer um AVC, fato de grande importância, visto que quanto mais precoce for essa identificação e o encaminhamento desse paciente ao hospital, mais rapidamente pode ocorrer o tratamento e tem mais chances de recuperação de funções que podem ser perdidas por essa lesão cerebral. Nesse sentido, foi mostrada a importância do uso de algum sistema de avaliação, como o FAST que avalia a face, braços, fala e indica o atendimento rápido e também o mnemônico SAMU que significa: sorria, abrace, música e emergência, além da indicação de caso tiver como fazer medição dessa glicose, esta deve ser realizada, já que alguns sistemas de avaliação mais específicos necessitam dessa informação. No terceiro tópico desta semana discutimos sobre o reconhecimento do infarto, sendo esse causado por uma isquemia, que é a diminuição de aporte sanguíneo para uma região causando a hipóxia, essa situação ocorre por oclusão devido a placa ateromatosa, trombo, êmbolos e coágulos. As principais características dessa patologia são a dor, que pode estar localizada no peito e também em outras regiões superiores do corpo, como os braços, pescoço, ombro, costas e região epigástrica, descrevida normalmente como contínua, intensa e esmagadora, mas por vezes como aperto, compressão e queimadura. Outros sintomas que podem estar associados são as náuseas, falta de ar, suor frio e tontura. Nessa situação a indicação é ligar para o SAMU e caso a pessoas tenha a disposição e o socorrista se sinta confiável administrar aspirina na dose de 1 comprimido de 325mg ou 2 a 4 comprimidos de 81mg, se o paciente não tiver alergia ao medicamento e não tiver sangramento recente. Essa indicação se explica pela ação conhecida do fármaco no bloqueio da síntese de prostaglandinas, o que diminui a dor e também diminui a vasoconstrição e agregação plaquetária, o que pode aumentar o aporte sanguíneo deficiente e evitar o aumento da obstrução do vaso. Por fim, na última vídeo-aula entendemos mais sobre crise de broncoespasmo que é a diminuição do calibre dos brônquios por constrição muscular desses que causa falta de ar e pode causar chiado no peito. Essas crises são mais encontradas em pessoas com diagnóstico prévio de asma, portanto normalmente já portam o medicamento necessário para cessar a crise, assim resta aos socorristas oferecer ajuda na administração do inalador, por isso é 6 importante sabermos como usar esses, assim foi disponibilizado vídeos e também leituras completares que explicaram muito bem a utilização de tipos diferentes de inaladores, por exemplo, dos que possuem câmara expansora com válcula e máscara, para crianças e o aeroliser que necessita da colocação e perfuração da cápsula com o medicamento. 2.2) SEMANA 3: O conteúdo abordado nesta semana foi o de anafilaxia, convulsões, síncope e hipoglicemia, a partir das vídeo aulas disponibilizadas pelos monitores e dos protocolos de primeiros socorros da American Heart Association, recomendados para a disciplina. Visando facilitar a compreensão deste resumo, as emergências médicas serão abordadas em tópicos, a seguir: a) Anafilaxia É uma reação alérgica aguda, mediada por IgE, que pode ser potencialmente fatal. Nesta emergência, ocorre uma resposta alérgica exacerbada, o que promove a liberação de histamina na circulação sanguínea, por meio de basófilos e mastócitos, causando vasodilatação generalizada, assim como maior permeabilidade dos capilares sanguíneos. Isso resulta na perda de plasma pela circulação, acentuando esta situação que pode levar a morte por choque circulatório. Algumas substâncias podem desencadear a anafilaxia para algumas pessoas, enquanto outras não possuem esta reação. São elas alimentos (leite e derivados, amendoim, nozes, ovos e frutos do mar), medicamentos, venenos de insetos, e látex. Os sintomas observados são: - Manifestações cutâneas (urticária e inchaço) - Dificuldade Respiratória (chiado no peito) - Efeitos cardiovasculares (hipotensão, colapso cardiovascular ou choque) - Cólicas gastrointestinais e diarreia As medidas de primeiros socorros a serem tomadas, consistem em acionar o SAMU, e, se a pessoa acometida, por saber do seu histórico e recomendação médica, portar uma caneta de epinefrina auto injetável, viabilizar o uso da substância, auxiliando a pessoa na aplicação. Se a dose for insuficiente, e a vítima não responder, pode-se considerar a repetição da dose, caso o atendimento ainda não tenha chegado. 7 b) Convulsão É um distúrbio neurológico onde os neurônios apresentam atividade desregulada, em um estado mais energético do que deveriam. Existem convulsões de maior e menor impacto, o que pode nortear a conduta de primeiros socorros. Nos casos leves, é possível que haja a manifestação de tremores leves, palpitações cardíacas, que tendem a passar naturalmente. Entretanto, mesmo nesses casos é necessário atentar para a segurança da cena, protegendo a vítima, assim como para as demais providências tratadas a seguir. Em casos mais severos, deve-se não mover a vítima, que continuará deitada, proteger a cabeça e retirar objetos próximos que podem machucar a vítima durante os tremores corporais. Atentar para possíveis refluxos, alterando a posição da cabeça da vítima, se necessário, além de considerar o tempo que a crise durou. Depois da crise, é possível que a pessoa fique desacordada, sendo assim, é necessário garantir que as vias aéreas estejam abertas. Se a pessoa tem histórico de epilepsia, não é necessário acionar o Samu. Deve-se manter a vítima em uma posiçãolateral de segurança. Em condições adversas, como notar ausência de pulso, ou por motivos de desconhecimento e insegurança, acionar o Samu. O que não fazer: a) Não colocar nenhum objeto na boca da vítima. b) Não abrir a boca do indivíduo a força. c) Não imobilizar a vítima c) Pré-síncope e Síncope Perda transitória da consciência devido a baixa perfusão sanguínea do cérebro. Os sintomas que antecedem a perda de consciência são a pré-síncope. São eles: - Alterações Visuais - Suor - Palidez - Tontura - Fraqueza Para prevenir um episódio de síncope são indicadas manobras de contrapressão, que consistem em cruzar as pernas, juntar as mãos e tencionar os braços em direções opostas, agachar e pressionar o queixo sobre o tórax. Se mesmo assim ocorrer a síncope, manter a vítima em posição supina, em 8 decúbito dorsal. Se necessário, role a vítima, estabilizando a sua cervical. Após isso, eleve as pernas da vítima. Assim, ela deve recuperar a consciência. Manter o indivíduo deitado até que ele esteja recuperado por completo. Caso note alguma condição adversa, como parada cardíaca ou respiratória, acionar o Samu e atentar para as outras possíveis medidas de primeiros socorros. d) Hipoglicemia Pode se manifestar com vários sintomas, como confusão, comportamento alterado, diaforese e tremores. Esta crise se relaciona com baixo nível de açúcar no sangue, e, se não tomadas as medidas de primeiros socorros adequadas, o quadro pode levar a inconsciência ou convulsão. Se a vítima não conseguir executar comandos simples ou engolir com segurança, o Samu deve ser acionado imediatamente. Se a própria vítima relatar estes sintomas, deve-se administrar glicose via-oral para tentar resolver o problema. Se não houver comprimidos de glicose, pode-se usar açúcares na dieta. Para diabéticos, é necessário considerar os sintomas como um quadro hiperglicêmico, prestando os primeiros socorros. Nesse caso, de uma vítima diabética, os sintomas podem não remitir até 10-15 minutos após a ingestão de açúcares. Se passado este tempo, acionar o Samu e tratar novamente com açúcares via-oral. 2.3) SEMANA 4: Nessa semana, foram abordados por meio de vídeos confeccionados pelos monitores da disciplina e disponibilizados em ambiente virtual e-aula da UFPel os tópicos de entorse, atropelamento, corte e abrasão, hemorragia e epistaxe. a) Entorse Iniciando pela aula de entorse, temos que ele é conceituado por um movimento violento que causa estiramento ou ruptura de ligamentos de uma articulação, sendo que o entorse de tornozelo é a lesão mais comum, e portanto o objeto de estudo dessa aula. Seu mecanismo mais frequente de ocorrência é pela inversão forçada associada a lesão dos ligamentos laterais da região, nominalmente ligamento talofibular anterior, talofibular posterior e calcaneofibular, e tem como causas mais comuns a presença de terrenos irregulares, subida em degraus e prática de esportes. Existem diferentes tipos de entorse, que dependem da gravidade da lesão, podendo haver desde estiramento, até lesão parcial ou total dos 9 ligamentos. Quanto mais grave a lesão, mais evidentes são os sintomas, que incluem dor, edema, hematomas e dificuldade para caminhar. O atendimento básico preconizado é a aplicação de frio na área, por meio de uma mistura de gelo e água aplicada em saco plástico ou pano úmido por no máximo 20 minutos. O gelo, por ser vasoconstritor, auxilia na diminuição do edema local, além de melhorar a dor. Não é indicado acionar o serviço de emergência - SAMU - mas é de boa prática instruir a vítima a buscar atendimento com o ortopedista. b) Atropelamento De maneira prática, após um atropelamento, deve-se prontamente acionar o serviço de emergência - SAMU -, além de avaliar e garantir a segurança da cena, abordar a vítima pela frente, verificar os sinais vitais, e seguir as orientações que forem passadas pelo operador do SAMU. Para avaliação da respiração, orienta-se observar os movimentos do tórax, e aproximar-se do nariz ou boca da vítima para escutar a respiração. Já para avaliação da circulação, deve-se colocar os dedos indicador e médio sobre alguma artéria e fazer leve pressão. Atenção, não se deve mover a vítima, principalmente se houver suspeita de lesão espinhal ou pélvica. A movimentação da vítima apenas é permitida - e com os devidos cuidados - em casos de área insegura para vítima ou socorrista. No caso de emergências traumáticas com sangramento, é indicado o controle por pressão direta no local de sangramento, sempre se atentando na restrição do movimento espinhal. Em casos de trauma musculoesquelético, atentar-se para o controle de sangramento, e não mover ou tentar endireitar a extremidade ferida, mas se precisar mover a vítima, imobilizar uma articulação acima, e uma abaixo do trauma. c) Corte e abrasão São as feridas superficiais que acontecem frequentemente em casa e lesionam tanto adulto, como crianças. Abaixo, um passo a passo de como lidar com essas situações. - 1. Verificação do corte - 2. Higienização da mão ou uso de luvas - 3. Irrigação do corte - 4. Uso de pomadas (se tiver) - 5. Fechamento oclusivo do corte (atenção: não utilizar algodão) - 6. Monitoramento da ferida. d) Hemorragia 10 Conceitualmente, é a perda de sangue, por ferimento externo ou interno, que pode levar ao estado de choque e à morte. Choque corresponde ao estado de má perfusão tecidual, cuja etiologia é diversa, sendo o tipo hemorrágico o mais comum em vítimas de trauma. Atenção: sempre usar luvas quando for ter contato com sangue. Abaixo, temos alguns métodos de controle de hemorragia e suas indicações: - 1. Pressão direta: é o método padrão, nele deve ser aplicada pressão firme e contínua diretamente no local da hemorragia até ela cessar. Pode ser pressão manual em gaze ou bandagem elástica envolvida sobre a gaze; - 2. Torniquetes: devem ser utilizados quando a aplicação de pressão direta não é eficaz ou não é possível, porém, podem ocorrer complicações relacionadas à pressão do torniquete e duração da oclusão. Como a taxa de resolução de sangramento é bem maior do que a taxa de complicação, o uso de torniquete segue sendo recomendado; - 3. Curativos hemostáticos: devem ser utilizados quando o método padrão para o controle da hemorragia grave não é eficaz e há risco a vida. Os agentes hemostáticos auxiliam na atividade normal das plaquetas e proteínas da coagulação sanguínea. São de maior utilidade para sangramento externo grave onde o controle padrão de hemorragia não é eficaz ou quando um torniquete não pode ser aplicado, seja por não estar disponível ou por não ser eficaz; - 4. Terapia fria localizada: útil para regiões decorrentes de contusões ou hematomas. Por fim, devemos sempre lembrar que o objetivo do socorrista é de preservar a vida, aliviar o sofrimento, prevenir outras doenças ou ferimentos e promover a recuperação. A hemorragia é a maior causa de morte potencialmente prevenível após um trauma, portanto o socorrista deve priorizar a interrupção do sangramento e) Epistaxe Iniciando esta aula vimos que a habilidade de controle de sangramento é de extrema importância para o socorrista pois garante o bem-estar imediato da vítima até a chegada do socorro médico profissional de emergência. Novamente fomos apresentados aos tipos de manejo de sangramentos: pressão direta, torniquete, curativos hemostáticos e aplicação de frio, já explicados na aula anterior. Além disso, vimos a divisão dos tipos de sangramento: 11 TIPOS DE SANGRAMENTO Quanto ao local Quanto ao meio Interna Externa Arterial Venoso Capilar - Sangramento interno: não visível, grave, pode levar ao choque e à morte; - Sangramento externo: visualiza-se a perda de sangue, ferimentosabertos; - Sangramento arterial: perda de sangue pela artéria, é de cor viva, vermelho claro, rápido e de difícil controle. A perda de dá por jatos intermitentes; - Sangramento venoso: perda de sangue por uma veia, de cor vermelho escura, em fluxo contínuo e baixa pressão. Considerada grave se a veia for de grosso calibre; - Sangramento capilar: lento e com menos volume, de cor avermelhada menos viva que a arterial, geralmente presente em arranhões e cortes superficiais e é de fácil controle. Por fim, quanto aos sangramentos nasais a procedência correta inclui: reconhecer o sangramento nasal, acalmar a vítima, usar luvas, orientar a hemostasia. Para a hemostasia, a vítima deve inclinar a cabeça para frente e comprimir o nariz por cerca de 10 minutos. 2.4) SEMANA 5: Diante da 5ª semana, os conteúdos propostos foram avulsão dental, queimaduras, câimbra, acidentes com animais peçonhentos e fratura – assuntos de suma importância no que tange os primeiros socorros e com a compreensão facilitada pelas vídeo aulas dos monitores da cadeira, somada a revisão dos guidelines da American Heart Association (AHA). 1) Avulsão dental Diante do termo avulsão dental, é necessário compreender que se trata de uma lesão a qual pode danificar tanto o dente como as partes moles adjacentes. A re- 12 implantação precoce do dente mostra-se mais eficiente e aumenta a chance de sobrevivência do mesmo. Frente à impossibilidade de execução imediata, faz-se necessário realizar o armazenamento do dente em uma das soluções – com o intuito de prolongar a viabilidade desse. Entre as soluções, as mais comuns no dia a dia são própolis, clara de ovo, água de coco e leite integral. O benefício da solução se mostrou no máximo até 120 minutos. Na ausência de qualquer das soluções, a melhor opção é mergulhar o dente em saliva do paciente – mas não na boca. 2) Queimaduras As queimaduras podem ser divididas em térmicas, químicas, elétricas, entre outras. O foco da atual aula foram às queimaduras térmicas, as mais comuns. Sabe-se que a aplicação imediata de água corrente ou gelada por no mínimo 10 minutos mostra-se extremamente benéfico no processo de recuperação. Na falta de água, pode-se utilizar compressas frias. O uso de gelo diretamente no tecido pode causar isquemia tecidual. É importante fazer um curativo após resfriamento – esterilizado e seco. Em caso de formação de bolhas, cubra-as levemente sem lesa-las, uma vez que melhora o processo de recuperação e reduz a dor. Quando as queimaduras podem representar risco a vida e devem ser avaliadas por um profissional da saúde? Em caso de bolhas ou feridas na pele; se dificuldade respiratória; queimaduras em locais delicados, como rosto, pescoço, mãos ou genitais; ou em uma área de superfície maior, como tronco ou extremidades. 3) Cãimbras Trata-se de espasmos ou contrações involuntárias da musculatura esquelética, com duração variável de segundos a minutos. Os principais locais de câimbra são: a musculatura da panturrilha, quadríceps, posterior da coxa, pés e mãos. As causas exatas ainda são desconhecidas, entretanto existem algumas alternativas plausíveis: Calor intenso, desequilíbrio de eletrólitos, desidratação ou transpiração excessiva, atividade física extenuante. Entre os tratamentos propostos para redução das câimbras estão a parada da atividade física, massagem local, alongamento muscular, se refrescar, beber mistura de eletrólito-carboidrato. Não retomar o exercício até o desaparecimento dos sintomas. 13 4) Acidente com animais peçonhentos A primeira medida frente a uma mordida de animal é utilizar amplamente água corrente. Se tratando de picada de cobra, deve-se evitar uma ideia que antigamente era amplamente utilizada e indicada: a sucção. Ela vem se mostrando clinicamente irrelevante e pode agravar a lesão. A medida seguinte é aplicar uma bandagem em torno da lesão – com uma pressão de 40-70mmHg superiormente e 55-70mmHg na margem inferior. O intuito da bandagem com pressão é evitar a disseminação de um possível veneno. Mas como saber quanto de pressão estou colocando na bandagem? De acordo com o AHA, ela deve estar confortavelmente apertada e justa, mas permitindo que um dedo seja colocada sob ela. No que tange picada de medusa, a alternativa imediata é a lavagem com vinagre por pelo menos 30 segundos. Mas por quê? Pois tal solução inativa o veneno e evita mais envenenamento no paciente. Na ausência de vinagre, a segunda opção será bicarbonato de sódio. Frente a dor, após a remoção e inativação dos nematocistos, a imersão em água quente mostra-se uma boa alternativa – a maior temperatura tolerada pelo paciente, por pelo menos 20 minutos ou enquanto a dor persistir. Na ausência de água quente, compressas quentes secas são uma opção, mas com menos efetividade. Bandagens de imobilização não são indicadas, tendo em vista estudos comprovarem que aumenta a liberação de veneno, mesmo após a retirada dos nematocistos. 5)Fratura As fraturas são lesões em que ocorre perda de continuidade do osso, que pode se dividir em 2 ou mais frações. Fraturas costumam ocorrer frente a acidentes, quedas, pancadas. Patologias podem ser responsáveis por ‘’facilitar’’ o processo de fratura, como osteoporose ou mieloma: as chamadas fraturas patológicas. As fraturas podem ser classificadas em abertas ou fechadas, diferenciada pela integridade da pele adjacente à lesão. Se fratura fechada, pode-se alinhar o membro em posição natural. Já em aberta, isso não deve ser feito. O socorrista deve evitar ao máximo mexer na fratura. Na necessidade de movimentação, deve-se imobilizar a fratura, com o objetivo de limitar a dor, 14 reduzir o risco de agravar a lesão, manter o suprimento vascular, auxiliar a hemostasia e facilitar um transporte seguro até um hospital. Para imobilização, pode-se utilizar talas rígidas, moldáveis ou de papelão. Quando se deparar diante de uma fratura que se encontra azul ou extremamente pálida, ative o serviço de emergência urgente! 2.5) SEMANA 6: Os conteúdos apresentados nas aulas dessa semana foram: hipotermia, hipertermia, afogamento e uma revisão com o professor Samir sobre a atualização das recomendações dos Guidelines de Primeiros Socorros de 2010, 2015 e 2019 da AHA. 1) Hipotermia A hipotermia é causada pela exposição prolongada ao frio. A urgência do tratamento da vítima vai depender da sua temperatura corporal e do tempo de exposição. Primeiramente, comece a aquecer a pessoa com hipotermia mantendo-a em um ambiente aquecido. É preciso remover as roupas úmidas envolvendo todas as superfícies expostas do corpo com cobertores, roupas ou jornais. Esse aquecimento ativo do socorrista pode ajudar. Evite aquecedores químicos como pomadas. Por fim, ligue para o Samu (192). 2) Hipertermia A hipertermia é a elevação da temperatura corporal a patamares que possam comprometer ou colapsar o organismo, geralmente está relacionada à incapacidade de perder calor para o ambiente externo ou de regular a taxa metabólica do organismo. Diversas reações do nosso corpo desenvolvem enzimas, e com aumento da temperatura corporal podem ser desnaturadas. Esse fenômeno está relacionado pela incapacidade do corpo de perder calor para o meio externo ou pelo aumento da taxa metabólica, ou combinação dos dois. Além disso, é necessário diferenciar a febre da hipertermia, a hipertermia não ocorre nenhuma alteração nos centros de controle térmico do sistema nervoso central. A hipertermia pode ser causada por fatores externos, como exposição ao sol, exercícios vigorosos, proximidade de locais de alta temperatura ou banheiras quentes, fatores internos como em algumas doenças, e toda forma que tenha a capacidade de aumentar a temperatura corporal. Os sintomas que podem ser observados são: náuseas, tontura, espasmos musculares, dor de cabeça,sudorese excessiva, vertigem, síncope, confusão e convulsões. Os primeiros socorros em casos leves são: 15 - Deitar a vítima em um local fresco - Tirar o máximo de roupas possível - Borrifar spray com água fria - Encorajar a vítima a beber líquidos isotônicos contendo carboidratos e eletrólitos Em casos de sintomas de envolvimento do SNC (como confusão, desmaio ou convulsões): - Acione imediatamente o serviço de emergência e, se possível, faça uma imersão da vítima em banheira de água fria. - Não force a vítima a beber líquidos, pois esta condição requer terapia com fluidos intravenosos. Afogamento No afogamento encontra-se dois tipos de vítima. A vítima consciente e a vítima inconsciente. E de acordo com o tipo de vítima que definiremos o resgate e o modo do primeiro atendimento. A vítima consciente é aquela que está se debatendo na água e a inconsciente é a que está desacordada. O resgate da vítima consciente será mais difícil, pois poderá trazer risco para quem está resgatando. Por isso, é extremamente importante avaliar muito bem a segurança da cena nesses casos. Se não tiver segurança, é preciso esperar a equipe de salvamento. Como proceder depois que você resgata essa pessoa: 1. Posição de conforto, acalme-a, converse com a vítima, observar se está consciente. 2. Cubra a vítima 3. Serviços de emergência, 192 imediatamente. Quando a vítima está inconsciente deve-se seguir o protocolo de desmaio: 1. Estado de consciência 2. Respiração normal, checar o pulso 3. Serviços de emergência 4. Agir conforme o estado da vítima - Se tiver com respiração e pulso, coloque a pessoa na condição de repouso (parecida com a posição em casos de convulsões); - Se tiver sem pulso e sem respiração, iniciar RCP (30-2), fazer até a emergência chegar e lembrar-se de contar o tempo que a vítima ficou desacordada. 16 Atualização 2020 - Primeiros Socorros Atualização das recomendações dos Guidelines de Primeiros Socorros de 2010, 2015 e 2019 da AHA. Os tópicos abordados na atualização foram: reconhecer o AVC, uso de oxigênio suplementar na suspeita de AVC, dor no peito e momento da aspirina em primeiros socorros para adultos com dor no peito não traumática, hipoglicemia e rota de administração da glicose, hemorragia ameaçadora à vida e torniquetes para hemorragias graves, pressão manual direta e o uso de curativos hemostáticos, curativos compressivos e pontos de pressão para sangramentos que ameacem a vida, trauma musculoesquelético e faixas compressivas para recuperação de lesões articulares de extremidades fechadas, avulsão dentária e técnica de resfriamento em primeiros socorros para hipertermia de esforço e internação. Revisão: - Classe de recomendação 1:aceitável, forte indicação, benefícios superam os riscos, indicado; - Classe de recomendação 2a: benefício superam os riscos, são aceitáveis e provavelmente úteis; - Classe de recomendação 2b: recomendação fraca, aceitável, benefício é maior ou igual ao risco; - Classe de recomendação 3: podem não ter benefício o que não é recomendado ou prejudicial o risco supera o benefício. Quanto ao nível de evidência: - A - Ensaios clínicos randomizados de boa qualidade - B - Ensaios clínicos randomizados de qualidade questionável - C - Dados limitados - C - Opinião de especialistas, consensos. Reconhecer o AVC em Primeiros Socorros - Classe da recomendação 2a, dados limitados, recomendações: FAST; - Classe de recomendação 2b, dados limitados, recomendação glicemia capilar. Uso de oxigênio suplementar na suspeita de AVC em Primeiros Socorros. - Classe de recomendação 3, sem benefício, dados limitados e não é recomendado. Dor no peito: Momento da aspirina em primeiros socorros para adultos com dor no peito não traumática 17 - Classe da recomendação 2b, nível de evidência C – opinião de especialistas, recomendações: o socorrista pode encorajar a vítima de dor no peito não traumática a mastigar e engolir aspirina a menos que a pessoa tenha alergia conhecida à aspirina ou que tenha recebido recomendação de não ingerir aspirina por profissional da saúde. Hipoglicemia e rota de administração da glicose - Classe de recomendação 1, nível de evidência C, recomendações: para um indivíduo com suspeita de hipoglicemia, que esteja acordado e em condições de engolir, o socorrista deverá encorajar o indivíduo a ingerir glicose (ex. comprimidos, líquido ou gel). O serviço de emergência deverá ser ativado se os sintomas não se resolverem em 10 min ou se piorarem; - Classe de recomendação 2b, nível de evidência C, recomendação: para crianças com suspeita de hipoglicemia, que estejam acordadas, mas incapazes de engolir glicose, podem ser razoáveis aplicar uma mistura de açúcar granulado e água embaixo da língua; - Classe de recomendação 3, nível de evidência, recomendação: para um indivíduo com suspeita de hipoglicemia que não esteja acordado ou sem condições de engolir , não é recomendado administrar glicose via oral, para esse pacientes é preciso acionar o serviço de emergência. Hemorragia ameaçadora à vida torniquetes para hemorragias graves - Classe de recomendação 1, nível de evidência C, recomendações: um torniquete manufaturado deverá ser utilizado com terapia de primeira linha para os sangramentos nas extremidades ameaçadores à vida e deverá ser colocado assim que possível após a lesão. Se um torniquete manufaturado não estiver disponível imediatamente ou se o torniquete manufaturado aplicado adequadamente falhar em parar o sangramento, fazer pressão manual direta, com o uso de curativos hemostáticos se disponíveis, deverá ser utilizada para tratar o sangramento extremidade ameaçador à vida. - Classe recomendação 2b, nível de evidência C - opinião de especialistas, recomendações: se um torniquete manufaturado não estiver disponível e a pressão manual direta com ou sem o uso de curativos hemostáticos falharem em parar o sangramento grave, um socorrista treinado no uso de um torniquete improvisado pode considerar usá-lo. Pressão manual direta, curativos hemostáticos, curativos compressivos e pontos de pressão para sangramentos que ameacem a vida - Classe da recomendação 1, nível de evidência C, recomendações: para indivíduos com sangramentos externos ameaçador à vida, pressão manual direta deverá ser aplicada a fim de obter a parada inicial do 18 sangramento em ferimentos impróprios para o torniquete manufaturado ou quando o torniquete manufaturado não esteja prontamente disponível. - Classe de recomendação 2a, nível de evidência C, recomendações: se um curativo hemostático estiver disponível, ele poderá ser útil como terapia adjunta à pressão manual dir - Classe de recomendação 2b, nível de evidência C – limitado, recomendação: se sangramento tiver sido controlado, pode ser razoável aplicar um curativo compressivo para manter a cessação do sangramento. - Classe de recomendação 2b, nível de evidência C – opinião de especialista, recomendação: pressão mecânica, como ataduras elásticas ou dispositivos , podem ser considerados em algumas situações. - Classe de recomendação 3, nível de evidência C - opinião de especialista, recomendação: uso de pressão manual indireta (ex. pontos de pressão recomendado para o tratamento de sangramento externo. Trauma musculoesquelético e faixas compressivas para recuperação de lesões articulares de extremidades fechadas - Classe de recomendação 2b, nível de evidência C – opinião de especialistas, recomendação: provedores de primeiros socorros podem considerar aplicar uma faixa compressiva durante a recuperação de uma torção ou distensão no tornozelo para promover conforto e isso se eles forem treinados para aplicar essa faixa compressiva. Avulsão dentária - Classe de recomendação 2a, nível de evidência C, recomendação: se um dente permanente avulsionado não pode serimediatamente reimplantado pode ser benéfico colocar o dente em uma solução salina balanceada de Hank ou em uma solução salina de reidratação oral ou envolver o dente em um filme plástico para evitar a desidratação e aumentar a probabilidade de sucesso no reimplante por um profissional dentista, o que deve ser feito assim que possível. - Classe de recomendação 2b, nível de evidência C, recomendação: se um dente permanente avulsionado não puder ser imediatamente reimplantado e não houver nenhuma das soluções citadas acima, pode ser usado leite de vaca ou saliva. - Classe de recomendação 3, nível de evidência C, recomendação: um dente permanente avulsionado não deve ser armazenado em água da torneira. Técnica de resfriamento em primeiros socorros para hipertermia de esforço e internação 19 - Classe de recomendação 1, nível de evidência C - opinião de especialistas, recomendação: para adultos e para crianças com hipertermia de esforço e com internação, o provedor de primeiros socorros deveria remover o indivíduo do ambiente quente, retirar o excesso de roupa, limitar o exercício e ativar o serviço de emergência. - Classe de recomendação 2a, nível de evidência C – dados limitados, recomendação: para adultos com hipertermia de esforço ou com internação, é razoável iniciar o resfriamento ativo imediato, utilizando técnica de imersão de corpo inteiro (do pescoço para baixo) em água resfriada ou fria (1ºC-26ºC), quando seguro fazê-lo, até que uma temperatura corporal <39ºC seja atingida ou que os sintomas neurológicos se resolvam. - Classe de recomendação 2b, nível de evidência C – dados limitados, recomendação: para adultos com hipertermia de esforço ou com internação, pode ser razoável iniciar outras formas de resfriamento ativo, incluindo bolsas de gelo comerciais, banhos frios, toalhas e lençóis gelados, coletes e jaquetas de resfriamento, evaporação, ventilação ou uma combinação de técnicas, quando a imersão na água não estiver disponível. - Classe de recomendação 2b, nível de evidência C – opinião de especialistas, recomendação: para crianças com hipertermia de esforço ou com internação, seguir o mesmo protocolo para adultos citados na classe de recomendação 2a. - Classe de recomendação 2b, nível de evidência C – opinião de especialistas, recomendação: para crianças com hipertermia de esforço ou com internação, pode ser considerado formas de resfriamento ativo. 2.6) SEMANA 7: Essa semana não houveram atividades devido a avaliação 1. 2.7) SEMANA 8: Essa semana não houveram atividades devido a VI SIIEPE. 2.8) SEMANA 9: Nessa semana foi ministrada pelo professor Samir a aula sobre Obstrução de Vias Aéreas por corpo estranho que introduziu o assunto nos mostrando a importância de dominarmos o assunto, com a notícia de uma menina que, infelizmente, morreu engasgadaa por não ter ninguém habilitado a realizar os primeiros socorros, além da Lei 13.722 - Lei Lucas, que trás a obrigatoriedade de professores e funcionários que lidem com a educação básica a passar por capacitação básica em primeiros socorros. 20 a) Respeitando as palavras: Nesse tópico o professor diferenciou engasgo, que é um processo incômodo, porém normalmente não é grave e se resolve sem o auxílio de um socorrista, da Obstrução de Via Aérea por corpo estranho (OVACE) que pode ser parcial, quando a pessoa consegue tossir, por vezes falar e manter a ventilação com inspiração e expiração diminuída, enquanto a OVACE total é a obstrução total com parada da ventilação. b) OVACE no adulto: O professor começou exemplificando com o caso do senhor que se engasgou em uma churrascaria no dia dos pais e foi socorrido por um médico que realizou uma traqueostomia com uma caneta e uma faca e salvou sua vida, aproveitando para explicar que os idosos tendem a ter maior dificuldade para deglutir, com a coordenação dos músculos para deglutição além da mastigação em virtude da prótese e, por isso, requerem maiores cuidados. O que fazer? Perguntar para apessoa se está engasgada, se a pessoa conseguir falar, acalmá-lo, porém está controlado e vai se resolver com a tosse, no entanto se não conseguir falar, estiver com fisionomia de angústia, com as mãos ao redor do pescoço ou com estridor precisa-se realizar a manobra de Heimlich. 21 https://images.app.goo.gl/pZCgPDZRL7i51vCz9 E se for uma grávida? Comprimir o tórax na metade inferior do esterno, para evitar o apêndice xifóide e não pressionar o abdômen. https://images.app.goo.gl/wZArjaoeh5a8UM4Z7 Deve-se realizar a manobra enquanto a pessoa estiver engasgada, e com o tempo a pessoa vai evoluir com síncope e ficar inconsciente, nesse momento precisa-se designar alguém e pedir para ligar para o SAMU, explicando que é um caso de engasgo para que possam levar os equipamentos necessários para retirar o corpo estranho da via aérea, como laringoscópio, pinça de Magill ou kit para cricotiroidostomia. Após, deitar a vítima no chão e fazer compressões (30 repetições) com 1s de duração no terço inferior do esterno, de forma que deixe expandir mais o tórax entre as compressões e faça um pouco mais de força, no intuito de gerar “tosse artificial”. Depois de realizar 30 compressões deve-se abrir a boca do paciente e inspecionar, caso consiga ver o corpo estranho e se estiver acessível pode retirar, porém se não estiver visível, não se explora, porque corre o risco de introduzir ainda mais. c) OVACE em pediatria: Nesse aspecto, o professor introduz nos trazendo a informação de que 90% das OVACE fatal são em crianças menores de 5 anos, pois a via aérea é menor, então é mais fácil de obstruir, e desses, 65% são em bebês (menores de um ano) e ocorre mais com líquidos, já em crianças ocorrem com pequenos objetos, como balões e alimentos como amendoim, uva, salsicha e doces arredondados. Sinais de OVACE: início súbito de dificuldade respiratória sem febre ou outros sintomas respiratórios, gagging (reflexo do vômito), estridor ou sibilância. 22 Nas crianças pode ser leve ou grave também, então se a criança estiver tossindo ou emitindo sons observe, se não é grave, se tiver mais de 1 ano Heimlich, se não deve-se proceder com 5 tapas nas costas e após 5 compressões no tórax. Se mesmo assim o paciente ficar inconsciente deve-se pedir ajuda e iniciar RCP. https://images.app.goo.gl/ACXoLXmB1sw6eYSj6 23 https://images.app.goo.gl/wYbt5KPs6awZXdHZ8 Continuar a manobra até que a criança elimine o corpo estranho ou fique inconsciente. No último caso, ligar para o SAMU e começar RCP, realizando 30 compressões torácicas e após observar via aérea, se for possível retirar, como no adulto, se não realizar 2 ventilações. Dessa forma, o professor finaliza a aula exemplificando com um caso clínico com um resumo de tudo que aprendemos. 2.9) SEMANA 10: Nessa semana foi ministrada uma aula pelo professor Samir tratando de suporte básico de vida em adultos, enfatizando, principalmente, a questão da ressuscitação cardiopulmonar (RCP), entretanto, cabe destacar que as questões abordadas pelo BLS (basic life support) não se limitam ao RCP, englobando, também, o engasgo (OVACE), reconhecimento de possível infarto (SCA), reconhecimento de possível isquemia (AVC) e afogamento (quase-afogamento). Pelo fato de já termos trabalhado em detalhes, nesta disciplina e portfólio, todos os assuntos, à exceção do RCP, estes serão tratados de maneira revisional, dando maior enfoque ao tema central da aula. Parada Cardíaca: Pelo fato de ser relativamente difícil de se presenciar este evento fora do hospital, muitas pessoas acreditam, erroneamente, que saber https://images.app.goo.gl/wYbt5KPs6awZXdHZ8 24 como manejar essa situação não é algo importante, por ser um fato raro, acreditando, inclusive, que esta situação não é reversível, não podendo ser feitonada a respeito. Em função deste desconhecimento, muitas pessoas podem acabar sendo vítimas dessa falta de informação, o que exige ações de conscientização acerca da importância desta pauta, e como tratá-la, pois é sim possível reverter este quadro. Entretanto, este não é um cenário fácil de ser resolvido, e em excelentes condições, os índices de sobrevivência giram em torno de 50%, sendo na prática, inferiores a este número. Ao se observar um possível caso, deve-se ter em mente as seguintes instruções: - Caso a vítima não esteja responsiva, peça ajuda para quem estiver perto. - Ative o sistema de resposta de emergência por celular, se apropriado. - Pegue o DEA e o equipamento de emergência (ou solicite que alguém o busque) A atuação em primeiros socorros depende das condições disponíveis na cena ou próximas dela, dessa forma, balizando a atuação do socorrista. No caso de suspeita de parada cardíaca, o socorrista deve confirmar se o sujeito respira (normal, agonicamente, ou não respira), e o pulso carotídeo, por 10 segundos. A palpação do pulso é preferencial ao profissional ou estudante da área da saúde, cabendo ao leigo perceber a ausência de respiração e responsividade e iniciar prontamente o RCP. Se a vítima term respiração normal e pulso: monitore e aguarde o serviço médico Se a vítima não respira, mas tem pulso (parada respiratória): forneça respiração de resgate, com uma ventilação a cada 5-6 segundos (10-12 por minuto). Ative o sistema de resposta de emergência, se já não foi feito, após 2 minutos. Continue com a respiração e cheque o pulso, pois na sua ausência é necessário RCP. Se constatar outra adversidade característica de primeiros socorros, como possibilidade de overdose por opióide, seguir protocolo específico. Nesse caso, para a respiração de resgate deve-se garantir a abertura das vias aéreas, pela inclinação da cabeça e elevação da mandíbula, e a partir disso, utilizar máscara para respiração para fazer a ventilação. Se a vítima não apresenta respiração e pulso: este é o quadro principal de parada cardiorespiratória, cabendo ao socorrista ativar o sistema de resposta de emergência, e conseguir um DEA, solicitando a alguém com urgência. Nesse caso, inicia-se o RCP, com 30 compressões e duas ventilações, e utilize o DEA tão logo disponível. Para as compressões, é necessário expor o tórax da vítima, para garantir a segurança da manobra, na metade inferior do esterno, e na linha média. Com o DEA em mãos, ligue o aparelho e conecte os eletrodos na vítima com prontidão, sendo um pólo à direita do esterno e abaixo da clavícula, e o 25 outro à esquerda do mamilo esquerdo. O aparelho conduzirá, de certo modo, as ações do socorrista, analisando o ritmo de choque, assim como as contrações, dando ordens para a aplicação ou não de choque. Segue a interação máquina, socorrista e vítima até a chegada do serviço médico especializado. Caso a máquina não indique choque, siga o RCP, até nova análise de ritmo ou chegada do serviço especializado. Avaliação BLS 1. Cheque responsividade. 2. Peça ajuda e desfibrilador 3. Cheque o pulso e inicie compressões. 4. Desfibrile. RCP de Alta qualidade - Frequência de 100-120/min - Profundidade de compressão de 5-6 cm, com retorno do tórax adequado - Minimize interrupções nas compressões - Evite ventilação excessiva Caso a vítima esteja com os sinais vitais adequados, verificar nível de consciência, podendo estar recuperada. Se não responder mas apresentar os sinais, deve-se adotar posição de recuperação, para evitar complicações com vômito, sem desligar a vítima do DEA, que consiste em uma posição lateral, com pernas e braços dando estabilidade e descansando a cabeça. Reconhecimento de infarto: Queixa de dor no peito, com irradiação aos membros superiores, principalmente em homens. Em mulheres, geralmente, a sintomatologia é mais vaga, geralmente inespecífica, relatando fraquezas, náuseas e dores corporais, incluindo as manifestações comuns em homens. Deve-se acionar o samu e administrar aspirina adulto, se a vítima não for alérgica. Em dúvida aguardar o SAMU Reconhecimento de AVC: Principalmente passa por alterações na fala, na força dos membros e na expressão facial. Acionar o SAMU com urgência, na presença dessas manifestações. Engasgo: Em caso constatado de engasgo, no adulto, realizar a manobra de Heimlich, descrita em detalhes na semana 9. Em crianças a atuação é semelhante, sendo praticada a mesma conduta, a qual muda apenas no caso de engasgo em bebês. Afogamento: Tendo a vítima em local seguro, monitorar sinais vitais e tomar decisão a partir disso. Se a vítima estiver inconsciente, mas com pulso e respiração, adotar posição de recuperação. Se estiver inconsciente e sem sinais 26 vitais, realize RCP por 2 minutos. Se não responder, acione o samu e tente providenciar um DEA, para realizar a ressuscitação. 2.10) SEMANA 11: Nessa semana iniciamos com a aula da Prof. Dra. Denise Marques sobre atendimento pediátrico. De início, ela nos apresentou uma revisão sobre o conceito de primeiros socorros, que consiste nos primeiros cuidados realizados após um acidente, antes da chegada do socorro médico, com uma sequência de procedimentos simples, rápidos e adequados, com a finalidade de preservar a vida, restringir os efeitos da lesão, promover a recuperação da vítima e não prejudicar e nem piorar a situação. Nos primeiros socorros pediátricos é importante manter a segurança da cena, se identificar, manter o controle sobre si mesmo e da situação, falar com a criança e sempre permanecer ao seu lado. A Dra. Denise nos expôs que um dos fatores de risco de acidentes com crianças é a curiosidade natural delas, que as expõe a situações de risco, além do sentimento de super-herói. Após isso, algumas situações comuns nos foram apresentadas e suas respectivas condutas, conforme a seguir: Desmaio: Pode ter como causas principais o calor, desidratação ou o esforço físico, e a conduta do socorrista inicialmente deve priorizar a segurança da criança evitando que ela se machuque durante a queda. Se a criança está consciente, deve-se sentá-la numa cadeira e orientá-la quanto à respiração. Se houver perda de consciência, deve-se deitar a criança no chão e elevar suas pernas (visto que a maior parte dos desmaios ocorre com hipotensão), colocar a criança de lado para ela não se engasgar, afrouxar roupas apertadas e manter a criança aquecida. Convulsões: (1) Tem como possíveis manifestações: perda de memória, movimentos dos olhos virados para cima, dentes cerrados e tensos, saída de líquido espumoso pela boca e contrações musculares com duração em média de 5 minutos. (2) A conduta inicial inclui deitar a criança, afrouxar roupas apertadas, proteger a cabeça e virá-la de lado para que a saliva escorra, evitando assim aspiração, observar se a criança consegue respirar. (3) Após a crise convulsiva, orientar a criança e o acompanhante de que pode haver incontinência urinária ou fecal. Obstrução de via aérea: Geralmente ocorrem durante a alimentação ou durante brincadeiras com pequenos objetos. A principal conduta é não tentar retirar o objeto da boca da criança, e observar se tem tosse. Se a criança está tossindo, não devemos interferir, deve-se observar se a tosse está sendo efetiva. A tosse é um processo natural de defesa do organismo neste caso. Deve-se observar também se a criança permanece consciente, e caso se considere necessária, pode ser feita a manobra de Heimlich, que visa a desobstrução das 27 vias aéreas, atentando-se sempre à diferença da manobra em lactentes e em crianças maiores e já foi explicada anteriormente. Choque elétrico: a conduta mais importante é de não tocar na criança antes de desligar a chave geral da casa, pois o socorrista também levará um choque elétrico. Após o desligamento da chave geralda casa, deve-se afastar a criança do fio/aparelho elétrico e avaliar a gravidade do choque. Se o choque foi grave e a criança está inconsciente e sem pulso/respiração, deve-se iniciar reanimação cardiorrespiratória. Queimaduras: (1) Caso ocorram por líquidos quentes, deve-se aliviar a dor com compressas ou toalhas embebidas em água (se queimadura em membros, pode-se mergulhá-los na água), e não coloque o acidentado sob o chuveiro frio. (2) Caso a queimadura tenha ocorrido por roupas queimando, deve-se abafar o fogo com uma toalha, cobertor grosso ou mesmo um casaco. Deve-se acalmar a criança, pois caso ela corra, as chamas podem aumentar. Depois de apagar o fogo, coloque a criança deitada no chão e aguarde o serviço médico. (3) Por fim, caso a queimadura ocorra por causa de materiais químicos, deve-se lavar a área de pele atingida com água corrente, sem esfregar. Caso seja nos olhos, jogar água corrente sobre o globo ocular com um chuveirinho ou torneira (evitando jatos, pois podem descolar a retina) por 20 minutos. Mordidas de animais: Deve-se inicialmente lavar a área acometida com água corrente e sabão, manter compressa com pano limpo, comprimindo a ferida e saber se a criança já foi vacinada contra tétano. Quanto ao animal, deve-se prendê-lo para observação (não matar o animal), e interrogar sobre vacinação do animal. Corpos estranhos: Caso haja corpo estranho o ouvido é de extrema importância que não se tente retirar o objeto, pois há risco de perfuração no tímpano. Se foi algum inseto vivo, pode-se pingar óleo para imobilizá-lo e evitar o desconforto do barulho. Se o corpo estranho estiver no nariz, também não deve-se tentar retirar, pois pode acabar empurrando para dentro e causando obstrução respiratória. Deve-se pedir para a criança assoar o nariz, pois há possibilidade do objeto sair. Ferimentos: Deve-se lavar a região com água e sabão por 2 minutos e depois cobri-la com gaze limpa ou curativo adequado. Ademais, deve-se evitar movimentos bruscos. Afogamento: Deve-se avaliar se a criança está respirando e iniciar reanimação cardio circulatória se necessário (condutas específicas para afogamento já foram discutidas anteriormente). 28 Quedas: (1) Caso haja fraturas, não se deve movimentar a vítima e nem tentar colocar talas, devido ao risco de lesões no pescoço e coluna, além de imobilizações incorretas que podem ocasionar lesões de vasos e nervos. (2) Em caso de fraturas expostas, nunca tente recolocar a parte do osso ou a sua ponta que ficou para fora no local certo, cubra a região com compressa limpa e úmida, acolchoe os dois lados da região machucada com algodão ou pano macio e evite quaisquer movimentos. Sangramentos: Em caso de hemorragia venosa, deve-se aplicar compressa limpa com pressão no ferimento, adicionando uma segunda compressa por cima da primeira se necessário, e deixe a parte machucada em repouso. Em caso de hemorragia arterial, deve-se aplicar com força uma compressa (ou a própria mão, com luvas, caso uma compressa não esteja disponível) e não afrouxar a pressão, pois uma grande quantidade de sangue pode ser perdida. Intoxicações: Em caso de ingestão de substâncias, não se deve provocar vômito e nem tomar leite. Deve-se pegar a substância e levar ao hospital e ligar imediatamente para o CIT. Ao final da aula, aprendemos que para intervir em um acidente pediátrico devemos sempre chamar ajuda e fazer uma avaliação inicial da criança, chamando-a, avaliando respiração e pulsos, estado geral e consciência. A avaliação do estado geral leva em consideração principalmente a coloração de pele e mucosas (pesquisando por palidez, cianose ou algum sinal indicativo de problema), perfusão periférica (de até 4 segundos), e pulsos (filiformes ou fracos). A avaliação de consciência considera pupilas (midríase, miose, isocóricas ou anisocóricas), e o estado da criança, que pode estar com consciência normal, letárgica (sonolenta e com déficit de atenção), obnubilada (responde questionamentos de forma confusa e lenta, perde interesse pelo ambiente), esturpórica (acorda apenas após estímulos dolorosos), ou em coma. Por fim, a Dra Denise nos trouxe pontos importantes para reanimação pediátrica, caso seja necessário: Em menores de 1 ano: deve-se colocar a criança deitada de costas em uma superfície plana e dura, e descobrir seu peito. Fazer pressão sobre o tórax da criança por 30 vezes (se sozinho) ou 15 vezes (se acompanhado por alguém responsável por ventilar o paciente, com 2 dedos no ponto médio da linha que une os mamilos. Ventile 2 vezes utilizando ventilação boca/nariz-boca. Repita o processo até o SAMU chegar. 1 a 12 anos: Deite a criança de costas em uma superfície dura e plana, descubra o peito e ajoelhe-se ao lado dela. Escorregue os dedos pelo esterno em direção ao estômago até o final do osso e inicie compressões 2 dedos acima 29 do final dele, utilizando somente o inferior da palma da mão (uma ou duas mãos, dependendo do tamanho da criança). Mantendo o braço esticado, faça 30 compressões se sozinho ou 15 se tiver alguém responsável por ventilar o paciente. Chame o SAMU. A segunda parte das atividades da semana consistiu em vídeo aula ministrada pelo professor Samir, sobre a temática de RCP pediátrico com base no Pediatric Basic Life Support da American Heart Association Guideline - Circulation. a) Neonatal: Num caso de parto em ambiente não controlado, temos o GOLDEN MINUTE, primeiro minuto de vida do bebê. Bebês que respiram e choram normalmente podem aguardar o clampeamento do cordão umbilical. - 3 perguntas principais no primeiro minuto: Gestação a termo? Bom tônus? Respiração normal? Se SIM para essas perguntas, a criança permanece com a mãe para cuidados de rotina: aquecer e manter temperatura normal, posicionar vias aéreas, aspirar secreções se necessário e secar. - Manejo do cordão umbilical: o clampeamento retardado do cordão umbilical por mais de 30s está indicado para RNs a termo e prematuros, excesso se alto risco ou necessidade de reanimação. b) Bebês e crianças: Acidentes de tráfego, afogamento, queimaduras e sufocamentos são as principais causas externas de mortalidade pediátrica. Além disso, a insuficiência respiratória também contribui para a mortalidade infantil, devendo ser manejada. - A prevenção em pediatria é fundamental. - RCP por socorristas profissionais: (1) algoritmo de parada cardíaca para socorrista único: verificar a segurança da cena, peça ajuda para quem estiver perto e chame o SAMU, confirmar respiração da criança (normal ou gasping?) e checar o pulso (em bebês muito pequenos pode-se usar o pulso braquial), realizar manobra de tração da mandíbula para ver se retorna a respiração com cuidado com a coluna cervical. (2) Se pulso normal, sem respiração: fornecer respiração de resgate (1 ventilação a cada 3-5s -> 12-20 respirações/minuto), ventilar apenas o suficiente para o tórax se expandir de maneira visível, iniciar compressões se o pulso permanecer menor ou igual a 60bpm com sinais de má perfusão, checar pulso a cada 2 minutos. (3) Se sem respiração e sem pulso: se o colapso foi súbito e testemunhado, deve-se ativar o SAMU e buscar um DEA. Se o colapso não foi súbito e testemunhado, chamar o SMAU e iniciar compressões cardíacas conforme explicado anteriormente, 30 utilizar DEA assim que possível (dar 1 choque e reiniciar RCP por cerca de 2 minutos até que o DEA solicite para checar o ritmo ou o SAMU chegue). - Uso do DEA em bebês ou crianças menores de 8 anos ou até 25kg: utilizar o atenuador de dose. - Algoritmo de parada cardíaca para 2 socorristas: (1) O primeiro socorrista permanece com a vítima e o segundo socorrista chama o SAMU e coleta o DEA. O segundo socorrista faz a monitorização da criança, e a frequência muda para 15 compressões -> 2 ventilações.- Caso tenha máscara e fluxo de O2: usar entre 10-15L/min. - Caso volte o pulso e a respiração, deve-se colocar a criança em posição de recuperação. Por fim, o professor Samir nos apresentou um resumo do que seria o RCP de alta qualidade para crianças, que consiste em: (1) Frequência de 100- 120/min; (2) Profundidade mínima das compressões de ⅓ do diâmetro do tórax (4cm em bebês e 5cm em crianças); (3) Permita o retorno completo do tórax após cada compressão; (4) Minimize interrupções nas compressões torácicas. 31 3) SEÇÃO DE RESENHAS DE ARTIGOS: 3.1) SEMANA 2: Nessa semana escolhemos o artigo “Tempos de acesso a serviços de saúde face ao infarto do miocárdio”, que trás uma pesquisa transversal que ocorreu em Salvador, na Bahia, com 100 pacientes de dois hospitais de grande porte, públicos e especializados em cardiologia, tendo como objetivo entender o tempo que leva para homens e mulheres chegarem ao serviço especializado em cardiologia e a correlação entre eles, visto que o tempo de chegada está diretamente relacionado com o tratamento de reperfusão miocárdica, que só pode ser administrado em um período de tempo específico após o infarto e depende da rapidez para sua eficácia. Nesse estudo foram incluídos apenas pacientes com diagnóstico médico de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), tempo de internação mínimo de 24 horas e máximo 20 dias e sem restrições médicas para a entrevista, que foi utilizada para coleta de dados sociodemográficos, enquanto que o diagnóstico, data e hora de entrada foram coletados dos prontuários. Essa pesquisa chegou à conclusão de que a maior parte dos estudados eram homens que tiveram infarto precoce (menor ou igual a 69 anos), apresentaram condições socioeconômicas deficitárias e permaneceram maior tempo no serviço de saúde, porém observou que as mulheres demoram mais para procurar atendimento, provavelmente por, em muitos casos, apresentarem sintomas não tão característicos, o que aumenta o tempo para chegada ao atendimento especializado. Ainda o estudo reafirma a importância da utilização do SAMU para diminuir o tempo no transporte e já receber um primeiro atendimento pré-hospitalar. Por fim, responsabiliza também a demora no encaminhamento dos pacientes do primeiro serviço de saúde, que pode ser a unidade básica ou pronto socorro, até o serviço especializado pela demora no atendimento geral do paciente com IAM. MENDES, Andreia Santos, et al. Tempos de acesso a serviços de saúde face ao infarto agudo do miocárdio. Acta Paul Enferm. 2016; 29(4):446-53. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ape/v29n4/1982-0194-ape-29-04-0446.pdf. Acesso em: 08 out. 2020. 3.2) SEMANA 3 Vistos os assuntos abordados nessa semana, escolhemos o artigo “Anafilaxia: diagnóstico”, o qual trata dos principais traços dessa doença, assim como destaca os pontos mais importantes em se tratando de diagnóstico e prevenção. Nesse sentido, o artigo expõe a gravidade da doença, a qual pode ser imprevisível e fatal, uma vez que basta o desconhecimento do indivíduo em relação a sua condição e a inviabilidade de se tomarem providências de primeiros socorros de maneira rápida para uma crise grave e de difícil manejo. 32 Dentre os principais agentes desencadeantes da anafilaxia destacam-se medicamentos, alimentos e veneno de insetos. Ainda, ela pode ser causada por látex e condições mal estabelecidas, como por atividade física associada ou não a ingestão prévia medicamentos ou alimentos. Existem casos em que o evento desencadeante não fica claro, e, nessa eventualidade de desconhecimento, caracteriza-se uma anafilaxia idiopática. Em relação às especificidades biológicas individuais, o artigo relata os principais medicamentos (analgésicos, anti-inflamatórios não hormonais e antibióticos), alimentos (leite de vaca, clara de ovo, crustáceos e moluscos), e insetos (abelhas e vespídeos) causadores das reações, entretanto, isso varia muito de pessoa para pessoa, o que, inclusive, está associado a fatores genéticos e dos hábitos individuais (alimentares/medicamentosos). De maneira geral, constata-se que a maioria dos agentes desencadeantes de anafilaxia se relaciona com o mecanismo de hipersensibilidade imediata mediada por IgE, que culmina com a ativação de mastócitos e basófilos, entretanto, existem outros mecanismos capazes de provocar a ativação dessas células e desencadear reações agudas. Dentre eles se destacaram complexos antígeno-IgG, ativação do sistema do complemento, ativação do sistema de coagulação, ativação direta de mastócitos e basófilos, citotoxicidade, alterações no metabolismo do ácido araquidônico, liberação de neuropeptídeos, exercício físico, ar frio e água fria. O diagnóstico geralmente ocorre de maneira clínica. A investigação é necessária para confirmar o diagnóstico, identificar o agente causador desconhecido e orientar o paciente para prevenir a ocorrência de outros episódios. Exames complementares devem estar baseados na história clínica. Existem agravantes para a questão, como idade avançada, presença de doenças cardíacas pré-existente e bronquite. A reação aguda pode ser potencialmente fatal, por isso o conhecimento da condição de anafilaxia permite a prevenção desses episódios, assim como o preparo para eventuais casualidades. O artigo não entra na questão do tratamento, mas, como evidenciado nos materiais da American Heart Association, em situação de emergência, é comum que paciente já diagnosticado possua caneta auto injetora de epinefrina, sendo papel do prestador de primeiros socorros ajudar na aplicação da substância, a qual pode reverter o quadro e evitar fatalidades, após o acionamento do SAMU. Se o atendimento demorar, e o indivíduo não responder a medicação, considerar a aplicação de outra dose. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALERGIA E IMUNOPATOLOGIA. Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Anafilaxia: diagnóstico. Rev. Assoc. Med. Bras. [online]. 2013, vol.59, n.1 [cited 2020-10-14], pp.7-17. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 33 42302013000100004&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0104-4230. https://doi.org/10.1590/S0104-42302013000100004. 3.3) SEMANA 4: Nessa semana o artigo escolhido foi “Hemostatic dressings for the first responder: a quick review” de Marcus C. et al., que revisa alguns dos métodos para hemostasia, baseados em artigos científicos e dados de socorristas militares em combate, buscando elencar bons métodos e de fácil utilização nos primeiros socorros. Não existe ainda um método de controle de hemorragias que seja universal, mas neste artigo são elencadas algumas técnicas, apresentadas a seguir. Uma das abordagens pode ser a partir do aumento de fatores coagulantes, como a fibrina, na ferida, de forma a induzir uma hemostasia rápida. Pode-se conseguir isso por meio de curativos embebidos em fibrina, que aceleram a formação do coágulo em situações de hemorragia. Porém, este curativo é extremamente frágil, tornando-se difícil de se inserir em feridas profundas e de transportá-lo até o paciente em casos de ferida em combate. Nos EUA, existem divergências entre a utilização de plasma humano ou bovino na confecção desses curativos, portando eles ainda não foram aprovados pela FDA. Outra abordagem é adicionar na ferida alguma substância que aumente a concentração dos fatores de coagulação locais. Alguns produtos foram desenvolvidos e são, no geral, baratos, fáceis de aplicar e usar. O primeiro é o TraumaDEX, uma hemosfera de polissacarídeos microporosos, que parece ser mais efetivo no tratamento de pequenos e médios ferimentos do que no tratamento de hemorragias externas severas. O segundo, QuikClot, um zeólito mineral, demonstrou eficácia em laboratório no tratamento de hemorragias severas, porém teve sua eficácia diminuída no tratamentoin vivo, novos estudos são necessários. Um terceiro agente é o HemCon, composto de poli- N- acetilglicosamina, e estudos sobre ele também são necessários ainda. Por fim, a combinação entre pressão no local da ferida associado ao uso de um agente hemostático (no caso do artigo, BioHemostat), pode prover controle da da hemorragia sem induzir a necrose distal do membro ou piorar lesão tecidual. Novamente, mais estudos em cima desta combinação são necessários. É dever do socorrista estar sempre atualizado sobre as formas de controle de hemorragia, visto que é um problema grave com consequências severas se não controlado. https://doi.org/10.1590/S0104-42302013000100004 34 NEUFFER, Marcus C. et al. Hemostatic dressings for the first responder: a review. Military medicine, v. 169, n. 9, p. 716-720, 2004. 3.4) SEMANA 5: Nessa semana foi escolhido o artigo ’’First aid is associated with improved outcomes in large body surface area burns’’, de Harish,V. et al e publicado na BURNS de 2019 – pela editora Elsevier. O artigo visa – a partir de uma análise de regressão multivariada – demonstrar a importância dos primeiros socorros em queimaduras de grande superfície corporal (>20%). Foram avaliados oito desfechos, como mortalidade, superfície corporal total queimada(TBSA), tempo total de internação, proporção de TBSA de espessura total(PFTI), TBSA enxertado, número de sessões de re-enxertia, admissão em terapia intensiva e tempo de internação em terapia intensiva. Primeiros socorros adequados foram considerados quando houve a aplicação de 20 minutos de água corrente fria e corrente em até 3 horas após a queimadura. Foram identificados 390 pacientes, dos quais 35% (139) tiveram primeiros socorros adequados. Isso refletiu em uma redução estatisticamente significativa em quase 10% na TBSA, assim como 12% de redução da PFTI. Os primeiros socorros também tiveram relação com a redução significativa no número de sessões de re-enxertos. Não se observou efeitos relevantes entre os primeiros socorros e TBSA enxertado. Com isso, o artigo se mostrou extremamente relevante frente à postura de primeiros socorros diante de queimaduras. O uso de água corrente por 20 minutos é uma prioridade nos primeiros socorros e está associada a melhores resultados em grandes queimados. O artigo traz mais resultados que reforçam tal teoria. Harish,V. et al. First aid is associated with improved outcomes in large body surface area Burns JBUR 5843 No. of Pages 6 3.5) SEMANA 6: O afogamento é uma das principais causas de morte em crianças e adultos jovens no mundo e envolve principalmente a assistência pré-hospitalar prestada por leigos, guarda-vidas, socorristas e profissionais de saúde. O artigo escolhido mostra uma revisão integrativa que busca suporte teórico para prevenção e intervenção no suporte básico para o afogamento. Com isso, é essencial que profissionais de saúde tenham conhecimento da cadeia de sobrevivência no afogamento que inclui desde a assistência pró-ativa de prevenção praticada em consultórios até a identificação de comportamentos e situações de risco iminente no ambiente aquático. 35 Saber como e quando realizar o suporte básico de vida ainda dentro da água e acionar o suporte avançado pode fazer a diferença entre a vida e a morte do paciente. O tempo gasto para início dos procedimentos é essencial, após cinco minutos de parada cardíaca apenas 25% das vítimas podem ser completamente recuperadas, não sendo possível transportá-las a emergência, sendo assim isso ser resolvido no próprio local. O artigo considera a classificação do afogamento definidos de acordo com Szpilman (2012). Essa classificação de afogamento leva em consideração o grau de insuficiência respiratória que indiretamente está relacionado à quantidade de líquido aspirado, determinando a gravidade do caso. A intervenção específica é destinada a cada grau de afogamento compreendido entre os graus de 1 a 6, que garantem a eficiência no atendimento à vítima fornecendo o suporte básico de vida necessário e indicando o melhor destino para a mesma. Ademais, estima-se que mais de 85% dos casos de afogamento podem ser prevenidos pela supervisão, ensino de natação, tecnologia, regulamentação e educação pública. Contudo, a intervenção em casos de afogamento se dá com agilidade e precisão nas ações como: fornecer oxigênio, colocar a vítima na posição lateral de segurança sobre o lado direito com a cabeça elevada acima do tronco, e em casos mais graves iniciar a RCP imediatamente. Santos GG, Amorim TC. Afogamento: intervenções e técnicas de suporte à vida: Uma revisão integrativa. Afogamento. 2018;12:1-17. 3.6) SEMANA 7: Essa semana não houveram atividades devido a avaliação 1. 3.7) SEMANA 8: Essa semana não houveram atividades devido a VI SIIEPE. 3.8) SEMANA 9: Para essa semana escolhemos o artigo “Capacitação de Agentes Comunitários em manobra de desengasgo: multiplicando ações em saúde em Unidade de Saúde da Família.” A maior parte das aspirações de corpo estranho (ACE) ocorre com lactentes e crianças nos primeiros anos de vida e no âmbito familiar, com grãos de feijão, milho e amendoim, dessa forma, se mostra muito relevante o treinamento desses profissionais, visto que são o elo entre a comunidade e a unidade de 36 saúde e estão em contato constante com a população, podendo auxiliar em momentos de acidentes, além de conscientizar sobre os perigos de tais ocasiões. Portanto esse foi um estudo quantitativo realizado com 13 agentes comunitários (ACSs) que trabalhavam na USF “Dr. Victor Pedroso”, em Sorocaba, São Paulo, com questionário que abordava dois aspectos, primeiro as questões sociodemográficas e depois seus conhecimentos e dificuldade teóricas e práticas nos sinais, sintomas, manobras e procedimentos envolvidos no engasgo. Dessa forma, a pesquisa foi realizada com um público feminino, composto em maioria por mulheres entre 31-41 anos, casadas, com ensino médio completo e que se dedicam exclusivamente ao trabalho como ACSs e mostrou que sobre o tema estudado 9 ACSs tem pouco conhecimento e 4 não tem nenhum conhecimento sobre sinais e sintomas do ACE e apenas 8 relatam ter passado por algum tipo de treinamento para primeiros socorros de engasgo. Porém, a maioria sabe que existem diferenças entre as manobras para crianças e adultos, que é uma emergência e pode levar a morte. Ainda, sobre as questões de realização de manobras em crianças a maioria considerou que não saberia o que fazer ou como fazer. Com essas informações, conclui-se que os ACSs que participaram do estudo não estavam preparados para lidar com situações de ACE e precisavam de mais treinamento, o que é bastante preocupante, visto que aprendemos na aula a gravidade desse tipo de acidente e é de extrema importância que profissionais que estão envolvidos na manutenção da saúde estejam preparados para socorrer as vítimas de engasgo em qualquer situação, o que inclui os ACSs que estão sempre envolvidos nas atividades das unidades básicas. Ie WBT, Gardenal CLC. Capacitação de agentes comunitários de saúde em manobra de desengasgo: multiplicando ações em saúde em uma unidade de saúde da família. Rev Fac Ciênc Méd Sorocaba. 2019;21(1):33-8. Disponível em: http://dx.doi.org/10.23925/1984-4840.2019v21i1a7. 3.9) SEMANA 10: Nesta semana, o grupo escolheu o artigo “O leigo e o suporte básico de vida”, o qual expõe o grande desconhecimento existente na sociedade não só a respeito de como se prestar os primeiros socorros do suporte básico de vida, mas também sobre a importância desses vários procedimentos, os quais são fundamentais e podem salvar vidas. Inicialmente, o artigo destaca a prevalência das doenças cardiovasculares no cenário brasileiro, e, em função da sua grande expressão, reforça a necessidade de se ter um atendimento precoce e adequadopara eventos como 37 a parada cardiorrespiratória. Dessa forma, há destaque para a importância do suporte básico de vida, uma vez que este compreende etapas que podem ser iniciadas fora do ambiente hospitalar, e realizadas por leigos devidamente capacitados e informados, aumentando a sobrevida e diminuindo as sequelas das vítimas de PCR. Dessa forma, vista a relevância do tema, o estudo objetivou identificar o conhecimento sobre o SBV de uma amostra da população leiga, em uma cidade do interior de São Paulo. Assim, houve seleção de uma parcela da população leiga, excluindo profissionais da área da saúde ou pertencentes a corporação de bombeiros. Houve aplicação de questionário teórico validado por especialistas e coleta de dados, os quais observaram não só o conhecimento prático sobre como realizar determinadas práticas do SBV, mas também qual a sua relevância, ou porque realizá-las. Como resultado, observou-se desconhecimento, tanto teórico quanto da importância da realização das práticas de SBV. A população leiga possui conhecimento insuficiente, e, além de conhecimento incompleto, muitas das crenças compartilhadas caracterizam conhecimento incorreto, o que além de não ajudar na causa, pode, inclusive, agravá-la. Por fim, o estudo confirmou uma realidade da qual já esperávamos: despreparo e desconhecimento acerca de primeiros socorros. Em função disso, torna-se indispensável a conscientização a respeito da importância deste tema e, mais do que tudo, a capacitação da população leiga para intervir nesses cenários, pelo fato de que a intervenção primária aumenta muito as chances de sobrevivência em alguns contextos, podendo, inclusive, ser resolutiva já em um momento inicial. Somente assim, com um engajamento dos profissionais de saúde, à exemplo da iniciativa do professor Samir, em conjunto de autoridades públicas, poderá se intervir no conhecimento populacional sobre o suporte básico de vida e os primeiros socorros, o que reverterá em uma melhor condição de intervenção geral em primeiros socorros, o que é fundamental, em se tratando de saúde pública. PERGOLA, Aline Maino and ARAUJO, Izilda Esmenia Muglia. O leigo e o suporte básico de vida. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2009, vol.43, n.2 [cited 2020-12-07], pp.335-342. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080- 62342009000200012&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1980-220X. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342009000200012. 3.10) SEMANA 11: Nessa semana, o grupo escolheu o artigo “Avaliação de treinamento sobre primeiros socorros para equipe técnica de escolas de ensino especializado”, que analisa, em caráter longitudinal de antes e depois, o efeito 38 de atividade educativa sobre primeiros socorros em escolas de ensino especializada para população infanto-juvenil com deficiência. Nesse estudo observou-se que os principais acidentes que ocorriam eram queimaduras, trauma por avulsão dentária, quedas e convulsões. Foi aplicado um questionário antes e após o treinamento com a temática de primeiros socorros gerais e específico nas situações acima. Uma consideração feita nesse estudo foi que muitos dos profissionais de diversas áreas como professores e técnicos, não recebem treinamentos periódicos adequados no manejo de primeiros socorros, evidenciando a necessidade de implementação de projetos que visem a capacitação desses profissionais. Após o treinamento oferecido pelo estudo, notou-se grande aumento de respostas e condutas corretas no questionário, estatisticamente significativo e conclusivo. A capacitação dos profissionais em escolas, principalmente infantis, na área de primeiros socorros se demonstrou extremamente necessária e importante, visto que eles atuam na primeira linha de cuidado após um acidente, e com o correto procedimento de socorro, são capazes de melhorarem a segurança de seus alunos, e também da comunidade em que estão inseridos, visto que podem utilizar os conhecimentos adquiridos também em outros contextos fora da sala de aula. BRITO, Jackeline Gonçalves et al. Avaliação de treinamento sobre primeiros socorros para equipe técnica de escolas de ensino especializado. Cogitare Enfermagem, v. 24, 2019. 39 4) CONCLUSÃO Frente à necessidade de realização de um portfólio, idealizado pela cadeira optativa de primeiros socorros, o mesmo mostrou o claro intuito de fortalecer temas relevantes ao primeiro atendimento prestado pelo socorrista. Tal cadeira – bem como o portfólio – reforça a necessidade de valorização do assunto na formação médica geral, tanto na Universidade Federal de Pelotas como em outras instituições de ensino, diante de tamanha relevância. Portanto, acreditamos na inevitabilidade de torná-la uma cadeira obrigatória nos primeiros anos de formação da nossa universidade e, futuramente, incentivar o aprendizado em escolas e empresas na cidade de Pelotas – realidade já existente em alguns locais -, com o intuito de minimizar riscos em situações corriqueiras de potencial óbito. 40 5) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. MENDES, Andreia Santos, et al. Tempos de acesso a serviços de saúde face ao infarto agudo do miocárdio. Acta Paul Enferm. 2016; 29(4):446- 53. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ape/v29n4/1982-0194-ape- 29-04-0446.pdf. Acesso em: 08 out. 2020. 2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALERGIA E IMUNOPATOLOGIA. Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Anafilaxia: diagnóstico. Rev. Assoc. Med. Bras. [online]. 2013, vol.59, n.1 [cited 2020-10-14], pp.7-17. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 42302013000100004&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0104-4230. https://doi.org/10.1590/S0104-42302013000100004. 3. NEUFFER, Marcus C. et al. Hemostatic dressings for the first responder: a review. Military medicine, v. 169, n. 9, p. 716-720, 2004. 4. Harish,V. et al. First aid is associated with improved outcomes in large body surface area Burns JBUR 5843 No. of Pages 6. 5. Santos GG, Amorim TC. Afogamento: intervenções e técnicas de suporte à vida: Uma revisão integrativa. Afogamento. 2018;12:1-17. 6. Ie WBT, Gardenal CLC. Capacitação de agentes comunitários de saúde em manobra de desengasgo: multiplicando ações em saúde em uma unidade de saúde da família. Rev Fac Ciênc Méd Sorocaba. 2019;21(1):33-8. Disponível em: http://dx.doi.org/10.23925/1984- 4840.2019v21i1a7. 7. PERGOLA, Aline Maino and ARAUJO, Izilda Esmenia Muglia. O leigo e o suporte básico de vida. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2009, vol.43, n.2 [cited 2020-12-07], pp.335-342. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080- 62342009000200012&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1980-220X. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342009000200012. 8. BRITO, Jackeline Gonçalves et al. Avaliação de treinamento sobre primeiros socorros para equipe técnica de escolas de ensino especializado. Cogitare Enfermagem, v. 24, 2019. https://doi.org/10.1590/S0104-42302013000100004
Compartilhar