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Apresentado no COBEF 2003 – II Congresso Brasileiro de Manufatura, 18 a 21 de maio de 2003, Uberlândia, MG. Brasil. Trabalho aceito em outubro de 2003. Editor Técnico: Alisson Rocha Machado PL Guzzo et al Usinagem de duros e quebradiços Materiais Um estudo comparativo sobre ultra-som Embora o Brasil seja um dos mais importantes fornecedores de matérias- primas para a produção de componentes funcionais e estruturais para sistemas de alto desempenho, pesquisas fundamentais e aplicadas relacionadas à usinagem de materiais frágeis e duros ainda são incipientes. 1997). Cerâmicas funcionais e monocristais são amplamente utilizados na produção de componentes elétricos, eletrônicos, magnéticos e ópticos para sistemas de alto desempenho, como transdutores, ressonadores, atuadores e sensores (Fraden, 1996). As últimas duas décadas viram um tremendo ressurgimento no uso de cerâmicas avançadas em aplicações estruturais, como rolamentos de rolos e deslizantes, motores diesel adiabáticos, ferramentas de corte, etc. ABCM usinagem, usinagem a laser e processos de usinagem abrasiva (Snoyes 1986, Nakazawa 1994). Os processos convencionais de conformação e sinterização de pós cerâmicos não fornecem necessariamente a alta precisão dimensional e a boa qualidade de superfície necessária para componentes funcionais e estruturais. Da mesma forma, os dispositivos funcionais construídos com monocristais frequentemente apresentam estruturas monolíticas com formas complexas que não podem ser alcançadas durante o processo de crescimento do cristal. Sólidos duros são invariavelmente rígidos, resistentes e resistentes ao desgaste. Por outro lado, sólidos duros normalmente exibem fratura frágil estatisticamente variável e alta sensibilidade a danos de usinagem. Quando carregados com tensões de tração, os sólidos duros passam do comportamento elástico para o de fratura e invariavelmente falham pela extensão da trinca. Assim, os sólidos duros são geralmente frágeis, ou seja, têm pequena capacidade de converter energia elástica em deformação plástica à temperatura ambiente (Dieter, 1981). Experimentos de usinagem ultrassônica foram então realizados para usinar alumina, zircônia, quartzo, vidro de soda-cal, ferrita e LiF. As taxas de corte e as topografias das superfícies usinadas foram medidas sob uma condição de operação fixa. Os resultados foram discutidos em relação às propriedades mecânicas da peça e modelos analíticos de remoção de material e rugosidade superficial. µ Os sólidos frágeis e duros podem ser classificados em quatro grupos: minerais, agregados cerâmicos policristalinos (tradicionais e avançados), monocristais e vidros amorfos. Os minerais são frequentemente usados como matéria-prima na produção de uma grande variedade de produtos, como abrasivos, pedras preciosas, metais e ligas, monocristais produzidos sinteticamente em escala comercial, etc. na vida diária. Cerâmicas avançadas têm sido amplamente adotadas como materiais de engenharia funcional e estrutural (Chiang et al. 56 / Vol. XXVI, nº 1, janeiro-março de 2004 Por outro lado, a balança comercial brasileira costuma ser conturbada pela importação em massa de dispositivos ópticos e eletrônicos construídos com cerâmicas avançadas e monocristais. Além disso, espera-se que as indústrias instaladas no Brasil que lidam com máquinas automotivas, aeronáuticas e agrícolas aumentem suas atividades nos próximos anos. Nesse caso, também será esperada uma quantidade crescente de componentes funcionais e estruturais feitos com materiais avançados. Nessas circunstâncias, os esforços para investigar a usinabilidade de sólidos frágeis e duros por processos de fabricação de precisão contribuiriam para o desenvolvimento de uma rede de fornecedores nacionais de materiais e dispositivos avançados. Palavras-chave: Usinagem ultrassônica, fratura, topografia superficial, cerâmica, cristais A usinagem ultrassônica oferece uma solução para a crescente necessidade de usinagem de materiais frágeis, como monocristais, vidros e cerâmicas policristalinas, e para aumentar as operações complexas para fornecer formas e perfis de peças intrincados. Este processo de usinagem é não térmico, não químico, não cria nenhuma alteração na microestrutura, propriedades químicas ou físicas da peça e oferece superfícies usinadas praticamente livres de tensão (Kramer 1995, Thoe et al. 1998). É, portanto, amplamente utilizado na fabricação de materiais duros e quebradiços que são difíceis de cortar por outros métodos convencionais. O corte real é realizado por partículas abrasivas Processos abrasivos de precisão são comumente empregados para usinar vidros, monocristais e materiais cerâmicos para várias aplicações industriais. Até o momento, a usinagem de precisão de sólidos duros e frágeis é pouco investigada no Brasil do ponto de vista fundamental e aplicado. Considerando a grande importância tecnológica deste assunto para a produção de componentes funcionais e estruturais utilizados em sistemas de alto desempenho, o presente estudo investigou a abrasão ultrassônica de diferentes materiais de peças - alumina, zircônia, quartzo, vidro, ferrita e LiF - utilizando uma máquina ultrassônica estacionária. Os experimentos foram conduzidos usando uma ferramenta de corte retangular e partículas de SiC com tamanho médio de grão de 15m. As superfícies usinadas foram caracterizadas por perfilometria de superfície e microscopia eletrônica de varredura. No caso de alumina, zircônia e quartzo, as taxas de remoção de material diminuem com a profundidade de usinagem. A taxa de remoção de material permaneceu constante para os demais materiais. As micrografias mostraram que a microfissuração frágil foi o principal mecanismo envolvido na remoção do material. As taxas de remoção de material e as topografias das superfícies usinadas foram discutidas em função da rigidez intrínseca, dureza e tenacidade à fratura dos materiais da peça. Assim, tecnologias de usinagem de precisão foram desenvolvidas para a fabricação de peças de precisão econômicas e com garantia de qualidade produzidas por sólidos frágeis e duros. Diversas técnicas de usinagem podem ser citadas como torneamento diamantado, ionização e feixe de elétrons. No presente trabalho, são investigados aspectos preliminares da usinagem ultrassônica de sólidos frágeis e duros. Como a usinagem ultrassônica não é amplamente adotada pelas indústrias manufatureiras brasileiras, a primeira parte deste artigo foi dedicada a relembrar o princípio de funcionamento e as principais características desse processo. PL Guzzo e AH Shinohara Departamento de Engenharia Mecânica Universidade Federal de Pernambuco Cidade Universitária 50740-530 Recife, PE. Brasil pguzzo@ufpe.br shinohara@ufpe.br AA Raslan Introdução Uma Pesquisa sobre Usinagem Ultrassônica Estacionária 1 Faculdade de Engenharia Mecânica Universidade Federal de Uberlândia Campus Sta. Mônica 38400-902 Uberlândia, MG. Brasil ltm-raslan@ufu.brMachine Translated by Google ~ Um estudo comparativo sobre usinagem ultrassônica de materiais duros e quebradiços Figura 1. Representação esquemática do aparelho USM. transdutor Procedimento experimental bombear Gerador de energia elétrica tanque de lama ferramenta peça de trabalho sonotrodo amplificador mecânico Resultados e discussão Soundararajan e Radhakrishnan (1986) mostraram que o martelamento direto das partículas abrasivas na peça de trabalho pela ferramenta, resultando em remoção de material e esmagamento de partículas, pode contribuir com até 80% da remoção de material em sólidos frágeis como o vidro. Pequenos blocos de 5 mm de espessura de alumina, zircônia, LiF, quartzo e vidro de soda-cal foram empregados como materiais da peça para os testes de usinagem ultrassônica. Também foram utilizadas hastes de ferrita com 10 mm de espessura e 23 mm de diâmetro. No caso de LiF e quartzo a direção de usinagem foi normal aos planos {111} e {11 2 0}, respectivamente. Efeitos de cavitação da pasta abrasiva e ação química associada ao fluido empregado foram relatados como mecanismos menores de remoção de material. A taxa de remoção de material, acabamento de superfície e precisão de usinagem são influenciados por vários parâmetros operacionais, como amplitude e frequência de oscilações ultrassônicas, carga estática aplicada no sonotrodo, design da ferramenta, dureza e tamanho das partículas abrasivas (Thoe et al, 1998 e artigos aqui) . O efeito das propriedades do material na taxa de remoção de material foi analisado por e Komaraiah e Reddy (1993). suspenso em um fluido, ou por uma ferramenta giratória banhada a diamante. Essas variantes são conhecidas respectivamente como usinagem ultrassônica estacionária e usinagem ultrassônica rotativa (RUM). Os controles incluem força de corte variável, posição do aríete, controle de velocidade do movimento do aríete, tempo de ciclo, distância de retração e tempo de descarga. os valores para SiC padrão variam em torno de 440 GPa, 25 GPa e 4,5 MPa.m1/2, respectivamente. A ferramenta de corte de seção transversal retangular maciça com 8,2x1,4mm2 e 15mm de comprimento foi fabricada em aço inoxidável por processos convencionais de usinagem. A taxa de remoção de material ou taxa de corte (CR) foi determinada medindo-se o tempo gasto para usinar uma determinada profundidade (p) em várias etapas de usinagem. O valor de p foi ajustado entre 20 e 200 µm dependendo da usinabilidade da peça. Os perfis de rugosidade das superfícies obtidos pelo USM foram medidos com um perfilômetro Rank Taylor Robson, tipo Surtronic 3+, utilizando um valor de corte de 0,8 mm. A média da linha central (Ra) e a média das alturas pico-vale (Rz) foram escolhidas para caracterizar as topografias das superfícies usinadas. Utilizando um microscópio Carl Zeiss DSM 94A, a microscopia eletrônica de varredura (MEV) foi empregada para caracterizar os micromecanismos relacionados à remoção de material sob condição de abrasão ultrassônica. Do ponto de vista tribológico, o USM pode ser classificado como um desgaste abrasivo de três corpos. A remoção do material é assegurada pelo martelamento direto e pela ação de impacto das partículas abrasivas contra a superfície da peça (Shawn, 1956; Kainth et al., 1979). A Figura 2 ilustra a variação da taxa de corte (CR) em função da profundidade de corte (p) para todos os materiais da peça aqui investigados. Dois comportamentos diferentes são notados. No caso de alumina, zircônia e quartzo, CR diminui com p na primeira metade O gerador eletrônico alimenta o transdutor, criando impulsos que ocorrem na faixa de 19,5 a 20,5 kHz, e ajusta automaticamente a frequência de saída para combinar a frequência de ressonância da ferramenta, que varia de acordo com a forma e o material do sonotrodo (Thoe et al. 1998 e documentos aqui). O transdutor converte os pulsos elétricos em curso vertical. Este curso vertical é transferido para o booster, que pode amplificar ou suprimir a quantidade de curso. O curso modificado é então retransmitido para o conjunto da ferramenta sonotrodo. A amplitude ao longo da face da ferramenta normalmente cai em uma faixa de 20 a 50 µm. A amplitude de vibração é geralmente igual ao diâmetro do grão abrasivo utilizado. A Tabela 1 mostra as propriedades estruturais e mecânicas dos materiais da peça. Os valores de dureza (H) e tenacidade à fratura (K1c) das amostras de LiF, quartzo e vidro foram determinados pelo método de indentação estática utilizando o indentador Vickers (Guzzo et al., 2001). Os valores de H e K1c para os demais materiais correspondem a valores médios coletados de diferentes referências. Janeiro-Março de 2004, Vol. XXVI, nº 1/57 O overcut produzido com USM é uma função do tamanho das partículas abrasivas, assim como o acabamento da superfície e as taxas de remoção de material (Komaraiah et al. 1988, Thoe et al. 1998). Os controles do operador fornecem entradas para o sequenciamento manual ou automático das operações. O sistema de grão fornece uma pasta de água e grão abrasivo, geralmente silício ou carboneto de boro, para a área de corte. Além de fornecer partículas abrasivas ao corte, a pasta também resfria o sonotrodo e remove partículas e detritos da área de corte. Os experimentos de USM foram realizados em uma máquina estacionária Sonic Mill com potência de 1790 W. Um transdutor PZT eletrostritivo converte as oscilações elétricas em vibrações mecânicas na faixa de frequência de 20 kHz. A amplitude de vibração foi fixada no valor mínimo e ficou próxima a 25 µm na ponta da ferramenta de corte. A carga estática aplicada no sonotrodo foi mantida em 25 N durante todo o experimento. A pasta abrasiva foi feita com carbeto de silício (SiC) com granulometria média de 15 µm (600 mesh) e água na proporção 1:2,5 em volume. E, H e K1c J. do Braz. Soc. de Mec. Sci. & Eng. A usinagem ultrassônica (USM) estacionária (ou convencional) realiza a remoção do material pela ação abrasiva de uma pasta carregada de granalha, circulando entre a peça de trabalho e uma ferramenta que é vibrada em pequena amplitude. A própria ferramenta de forma não desgasta a peça; a ferramenta vibratória excita os grãos abrasivos no fluido de lavagem, fazendo com que eles desgastem suavemente e uniformemente o material, deixando uma forma inversa precisa da forma da ferramenta. A uniformidade da vibração da ferramenta sonotrodo limita o processo a formar pequenas formas tipicamente com menos de 100 mm de diâmetro (Thoe et al. 1998 e artigos aqui). Copyright © 2004 por ABCM O sistema USM inclui o conjunto sonotrodo-pedágio, o gerador, o sistema de grão e os controles do operador. Uma representação esquemática da configuração do USM é mostrada na Fig. 1. O conjunto da ferramenta sonotrodo consiste em um transdutor, um reforço e um sonotrodo. Machine Translatedby Google CR (µm/ s) CR (µm/ s) PL Guzzo et al Tabela 1. Propriedades estruturais e mecânicas dos materiais da peça. E – módulo de Young; H – dureza estática; KIc - tenacidade à fratura FCC- cúbico de face centrada - não determinado Figura 2. Variação da taxa de corte (CR) em função da profundidade de corte (p). Al2O3 KIc p (µm) alumina 0 zircônia 250 2 0 1000750 4 12 10 500 6 8 15 0 0,0 vidro 25 p (mm) 20 ferrite 1,5 5 30 LiF quartzo 2,0 10 0,5 1,0 Trigonal/cristal único 0,48 ± 0,052,5 Os valores médios de CR são mostrados na Tabela 2. Para aqueles materiais em que CR foi independente de p, CR corresponde à média de todos os pontos mostrados na Fig. 2. Para aqueles materiais em que CR diminuiu com p, o valor médio de A RC foi determinada após atingir a condição de estado estacionário. Para alumina e zircônia, o RC foi determinado para o intervalo 450 < p < 900 µm enquanto para o quartzo o intervalo considerado foi 1,0 < p < 2,0 mm. A Tabela 2 também mostra os valores médios de Ra e Rz medidos nas superfícies geradas pelo USM. A partir da Tabela 2, observa-se que as taxas de remoção de material e a rugosidade das superfícies USM são dependentes das características dos materiais. A Figura 3 ilustra micrografias SEM típicas de superfícies usinadas por ultra-som. Químico Alumina comportamento está provavelmente relacionado com as propriedades mecânicas e a forma das partículas abrasivas. 10 - 12 E Vidro de soda-cal SiO2+Na2O+CaO 78,3 Estrutura 1 LiF ABCM parte do processo de usinagem. Depois, manteve-se quase constante. No caso da ferrita, vidro e LiF, o CR pareceu ser independente de p durante todo o processo de usinagem. Com o aumento de p, a diminuição do CR geralmente é explicada pela insuficiência de reciclagem de partículas abrasivas na interface de usinagem. o 0,92 ± 0,03 Amorfo 8 - 105,8 Composição Ferrite - A tenacidade à fratura também deve ser considerada na análise das relações CR vs. p porque tanto a alumina quanto a zircônia são relativamente resistentes em comparação com os materiais estudados. Sabe-se que características microestruturais de agregados policristalinos (contornos de grão, segunda fase, precipitados) ou mecanismos de tenacidade (transformação de fase induzida por tensão, ponte de trincas) podem melhorar a resistência à fratura de materiais frágeis (Sakai e Bradt, 1993). Em condições de USM, o aumento da tenacidade à fratura devido a transformações martensíticas induzidas por estresse mecânico, como normalmente é observado em zircônias parcialmente estabilizadas (Heuer et al. 1986), é uma hipótese que merece maiores investigações. (GPa) 210 - 380 69 Zircônia FCC/policristalino - / policristalino 1,52,43 a capacidade de reciclagem afeta as ações de martelamento e impacto das partículas abrasivas na folga de trabalho. Além disso, o problema com a turbulência da pasta provavelmente aumenta com p causando uma diminuição no CR. (MPam1/2) 15,0 ± 1,0 Tetragonal/policristalino ~180 Quartzo 4,0 - Embora menos eficaz, tem sido relatado que a alumina também pode apresentar alguns mecanismos de contenção da fratura por meio dos contornos de grão (Swanson et al. 1987). No caso do cristal de quartzo, há qualquer evidência de transformações microestruturais induzidas por tensões mecânicas que aumentariam a tenacidade à fratura. H ZrO2 140 - 210 FCC/cristal único 2,65 0,53 ± 0,01 Material 5,8 ± 0,5 Como a diminuição da RC com p não foi observada para todos os materiais investigados, é razoável sugerir que tal comportamento é muito mais influenciado pelas propriedades intrínsecas do material da peça do que por qualquer parâmetro operacional. Considerando as propriedades listadas na Tabela 1, percebe-se que a principal diferença entre os dois grupos de materiais está na sua dureza. Observa-se que a dureza da alumina, zircônia e quartzo são da mesma ordem de grandeza que os grãos de SiC. Acima de um certo valor para a dureza da peça, as partículas abrasivas perdem seu poder de corte antes de terminar um estágio do ciclo da pasta na folga de trabalho. Essa dureza crítica para o material da peça determina o CR vs. p Densidade (g/cm3 ) 54,6 SiO2 Cristalino 3 - 5 LiF No entanto, deve-se ressaltar que a tensão uniaxial aplicada ao longo de direções adequadas pode induzir a geminação em níveis de tensão muito menores do que aqueles necessários para causar fratura (Guzzo e Boy, 2000). 58 / Vol. XXVI, nº 1, janeiro-março de 2004 (GPa) 14 – 20 6,8 Machine Translated by Google (e) ferrite (d) vidro (a) alumina (c) quartzo {11 2 0} (f) LiF {111} (b) zircônia Tabela 2. Valores médios dos parâmetros de taxa de corte (CR) e rugosidade superficial. Um estudo comparativo sobre usinagem ultrassônica de materiais duros e quebradiços Figura 3. Micrografias SEM de superfícies usinadas por ultra-som com grãos de SiC de 15 µm. Figura 3. (Continuação). 10µm 10µm 10µm 10µm 10µm 10µm 10µm 10µm Copyright © 2004 por ABCMJ. do Braz. Soc. de Mec. Sci. & Eng. Copo de refrigerante de limão Alumina Quartzo Material LiF (-) desvio padrão Zircônia O acabamento superficial medíocre e a taxa de remoção de material de alto grau é porque o vidro soda-cal mostra simultaneamente os valores mais baixos de dureza e tenacidade à fratura. Embora LiF, vidro soda-cal e ferrita apresentem RC semelhante, a superfície usinada do primeiro indica que a remoção do material é controlada por microfissuras frágeis e delicadas. A superfície usinada do LiF é bastante plana, contendo trincas finas e cavidades relativamente rasas. As propriedades mecânicas do LiF listadas na Tabela 1 indicam que ele também é um material quebradiço. Janeiro-Março de 2004, Vol. XXVI, nº 1/59 Ra (µm) 1,5 (0,2) 1,7 (0,4) 1,5 (0,2) 2,5 (0,4) 1,9 (0,2) 0,8 (0,2) Rz (µm) 10,9 (1,0) 10,7 (1,9) 9,6 (1,6) 14,0 (1,8) 11,6 (0,6) 4,6 (1,2) Ferrite As micrografias SEM deixaram claro que a microfissuração frágil (Zum Gahr, 1987) é o mecanismo dominante de remoção de material relacionado à abrasão ultrassônica de materiais duros e quebradiços. Observa-se que os tamanhos dos eventos de fratura como microfissuras e microcavidades assim como os parâmetros de rugosidade Ra e Rz são maiores para o vidro soda-cal quando comparados com os demais materiais. CR (µm/s) 3,8 (0,4) 2,3 (0,4) 8,4 (1,2) 26,5 (1,1) 28,2 (0,8) 26,5 (0,9) Machine Translated by Google V f KH P ÿ n ABCM60 / Vol. XXVI, nº 1, janeiro-março de 2004 H R = ÿ E 0 60 15 800 30 20 10 25 40 5 20 2 1 2 1c 2 3 CR (µm/ s) Figura 4. Relação entre a taxa de corte (CR) com as propriedades mecânicas dos materiais da peça. PL Guzzo et al Quando comparada à alumina e à zircônia, a superfície usinada da ferrita parece ser bastante plana e controlada por fraturas intergranulares. Também mostra porosidades relacionadas com o processo de formação. Além de microfissuras e microcavidades,as superfícies de alumina e zircônia apresentam quantidades residuais de material que não se desprenderam completamente da superfície durante o processo de usinagem. Essas observações contribuem para concluir que a tenacidade à fratura é o principal parâmetro que controla a microfissuração frágil em agregados policristalinos, pois a dureza da zircônia é menor que a da alumina e do quartzo. É claro que a taxa de remoção de material não é satisfatoriamente expressa pela relação das propriedades mecânicas representadas pela Eq. 1. Se o progresso deve ser feito, portanto, na formulação de modelos para a remoção de materiais frágeis e duros, deve ser feito em termos de microestrutura do material, como tamanho de grão, resistência de grão, quantidade de segundas fases e sua resistência, e também em termos de das principais condições operacionais como carga e características abrasivas. Parte dessa discrepância pode ser devido a valores não corrigidos de propriedades mecânicas para alumina, zircônia e ferrita. (1) A densidade é outra propriedade que deve ser cuidadosamente considerada em outros modelos analíticos. A análise da fratura por indentação em sólidos frágeis deixou claro que a extensão lateral da trinca pode fornecer uma base para estimar as taxas de remoção de material para várias situações práticas (Evans e Wilshaw, 1976). Estendendo esta análise para condições estacionárias de USM (Komaraiah e Reddy, 1993), o volume de material (V) que pode ser removido por unidade de tempo pode ser expresso como: material. No entanto, sabe-se que LiF facilmente cliva ao longo de planos {100} (Schultz et al. 1994). Assim, a alta taxa de remoção de material em conexão com uma rugosidade de superfície relativamente pequena é explicada pela operação de clivagem juntamente com microfissuras frágeis durante a abrasão ultrassônica do LiF. onde ÿ é uma constante dependendo da forma da partícula abrasiva e Fi é a força por partícula (N). Embora os mecanismos de remoção de material na lapidação ocorram por múltiplas indentações e arranhões (Chauban et al. 1993), a Eq. (2) pode ser adotado para analisar as superfícies obtidas pelo USM porque em ambos os processos a microfissuração frágil deve ser controlada pela interação de aberturas de fenda laterais. A relação entre Rz e o produto E1/2H-1 é representada na Fig. 5. A pequena rugosidade superficial de LiF não pode ser explicada pelo modelo representado pela Eq (2). Este fato confirma que a microfissuração frágil não é o mecanismo dominante de remoção de material que opera durante a usinagem ultrassônica do LiF. Embora os pontos experimentais tendam a seguir o modelo após a rejeição do LiF, o espalhamento ainda é grande. Além da incerteza relacionada às propriedades do material, a microfissuração frágil na lapidação ocorre por múltiplas indentações e arranhões (Chauban et al. 1993) enquanto ocorre por martelamento e ação de impacto de grãos abrasivos durante a abrasão ultrassônica. Assim, embora a remoção de material ocorra pela interação de aberturas de fenda laterais, a rugosidade da superfície resultante dos processos de USM e lapidação não é semelhante. No caso do quartzo, observou-se que a lapidação dá superfícies lisas do que o USM quando são usados grãos abrasivos com o mesmo tamanho médio de grão (Guzzo e De Mello, 2000). Cristal de quartzo e alumina policristalina, zircônia e ferrita apresentam valores semelhantes para Ra e Rz , mas apresentam algumas diferenças nas superfícies usinadas do ponto de vista qualitativo. No caso do quartzo, não há planos de clivagem nem diferença significativa em K1c entre planos de baixo índice (Schultz et al. 1994, Guzzo et al. onde P é a carga estática [N], f é a frequência de usinagem ultrassônica [Hz] e n é o número efetivo de partículas abrasivas no espaço entre a ferramenta e a peça de trabalho. Da Eq. (1) observa-se que a taxa de remoção de material é inversamente proporcional ao produto K1c3/2H1/2. A Figura 4 mostra a relação entre CR e o produto K1c3/2H1/2 para os materiais aqui investigados. 2001). Mesmo assim, algumas direções preferenciais na abertura da fratura são observadas em suas superfícies usinadas. As taxas intermediárias de remoção de material provavelmente estão relacionadas com sua elevada dureza e baixa tenacidade à fratura. A ausência de planos de clivagem não contribui para melhorar a qualidade da superfície usinada em peças de quartzo. Com base na profundidade das fraturas laterais induzidas por uma partícula de recuo, Buijs e Korpel van Houten (1993) sugeriram que a rugosidade das superfícies lapidadas do vidro está associada às propriedades mecânicas da peça de trabalho da seguinte forma: (2) K1c 3/2H1/2 2 1 2 1 z Fi Machine Translated by Google Referências Conclusão Agradecimentos J. do Braz. Soc. de Mec. Sci. & Eng. Copyright © 2004 por ABCM E1/2/H Kainth, GS, Nandy, A. e Singh, K., 1979, “Sobre o mecanismo de remoção de material na usinagem ultrassônica”, Int. J. MTDR, Vol. 19, pp.33-41. Buijs, M. e Korpel-van Houten, K., 1993, “Um modelo para lapidação de vidro”, J. Mat. Sci., Vol. 28, pág. 3014-3020. Nakazawa, H., 1994, “Princípios de Engenharia de Precisão”, Ed. Oxford Sreejith, PS, Ngoi, BKA, 2001, “Mecanismos de remoção de materiais na usinagem de precisão de novos materiais”, Int. J. Mach. 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Os modelos utilizados para explicar a taxa de remoção de material e a rugosidade da superfície em relação às propriedades do material não concordaram satisfatoriamente com os dados experimentais. Janeiro-Março de 2004, Vol. XXVI, nº 1/61 Experimentos preliminares de USM realizados em diferentes materiais frágeis e duros revelaram a influência das propriedades estruturais e mecânicas dos materiais da peça na taxa de remoção de material e na topografia das superfícies usinadas. A taxa de remoção de material diminuiu abruptamente com a profundidade de usinagem para materiais de peças em que a dureza é da mesma ordem de grandeza que a dureza dos grãos abrasivos. Nessas circunstâncias, acredita-se que os grãos abrasivos perderam seu poder de corte mais rapidamente do que o período de reciclagem. Assim, novas tentativas são necessárias para estabelecer modelos alternativos de usinabilidade de materiais frágeis e duros sob condições de abrasão ultrassônica. Os autores agradecem ao Dr. Carlos S. Muranaka da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo por fornecer amostras de ferrita. As medições de dureza em LiF foram realizadas por Rafael L. Carvalho. Este trabalho foi apoiado pelo Instituto Fábrica do Milênio do CNPq. Um dos autores (PLG) é pesquisador do Programa Profix do CNPq. Machine Translated by Google
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