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[ArkFile]Apostila_Prep_TRE_Degrau_Cultural

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Prévia do material em texto

Central de Concursos / Degrau Cultural TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL
RIO DE JANEIRRIO DE JANEIRRIO DE JANEIRRIO DE JANEIRRIO DE JANEIROOOOO
CINELÂNDIACINELÂNDIACINELÂNDIACINELÂNDIACINELÂNDIA: Praça Mahatma Gandhi, 2 / 2º andar * (21) 2279-8256
CENTRCENTRCENTRCENTRCENTROOOOO: Rua da Alfândega, 80 / 2º andar * (21) 3970-1015
COPCOPCOPCOPCOPAAAAACABCABCABCABCABANAANAANAANAANA: Av. N. Sra. Copacabana, 807 / 2º andar * (21) 3816-1142
MADUREIRAMADUREIRAMADUREIRAMADUREIRAMADUREIRA: Shopping Tem-Tudo / Slj 18 * (21) 3390-8887
MÉIMÉIMÉIMÉIMÉIEEEEERRRRR: Rua Manuela Barbosa , 23 / 2º andar * (21) 3296-8857
NITERÓINITERÓINITERÓINITERÓINITERÓI: Rua São Pedro, 151 / Sobreloja * (21) 3604-6234
SÃO PSÃO PSÃO PSÃO PSÃO PAAAAAULOULOULOULOULO
SÃO PSÃO PSÃO PSÃO PSÃO PAAAAAULOULOULOULOULO: Rua Barão de Itapetininga, 163 / 6º andar * (11) 3017-8800
SANTSANTSANTSANTSANTO ANDRÉO ANDRÉO ANDRÉO ANDRÉO ANDRÉ: Av. José Cabalero, 257 * (11) 4438-8777
SANTSANTSANTSANTSANTO AMARO AMARO AMARO AMARO AMAROOOOO: Av. Santo Amaro, 5860* (11) 5181-2221
TRE
Matéria Básica
Português
Informática
Noções de Direito:
• Constitucional
• Administrativo
• Eleitoral
Noções de Administração Pública
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL
Eventuais erratas e complementos referentes a
esta apostila estarão disponíveis em nossas
unidades e no site.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Central de Concursos / Degrau CulturalTRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL
Editora Executiva
Andréa Martins
Supervisão Metodológica e Didática
Márcia Nogueira
Diagramação e Revisão
Sônia Oliveira
Rodrigo Nascimento
Revisão Final
Priscila Oliveira
Capa
Marcelo Fraga
Proibida a reprodução no todo ou em partes, por qualquer meio ou processo, sem
autorização expressa. A violação dos direitos autorais é punida como crime: Código
Penal, art.184 e seus parágrafos e art.186 e seus incisos (ambos atualizados pela
Lei nº 10.695/2003 e Lei nº 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
TRE
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORALTRIBUNAL REGIONAL ELEITORALTRIBUNAL REGIONAL ELEITORALTRIBUNAL REGIONAL ELEITORALTRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL
Matéria Básica
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Central de Concursos / Degrau Cultural TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL
ÍNDICE GERAL
LÍNGUA PORTUGUESA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ................................................ 05
INFORMÁTICA ....................................................................................................................... 86
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................... 128
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ......................................................................... 167
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL .................................................................................. 213
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA......................................................................... 282
Prezado (a) Candidato (a),
Atendendo a pedidos de centenas de pessoas que desejam iniciar com antecedência
seus estudos para o próximo concurso para o cargo de Analista Judiciário do Tribunal Regional
Eleitoral – TRE, a Central de Concursos / Degrau Cultural elaborou esta apostila digital,
contendo noções de Língua Portuguesa, Interpretação de Textos, Informática, Direito
Constitucional, Direito Administrativo, Direito Eleitoral e Noções de Administração Pública.
Os tópicos aqui apresentados foram cuidadosamente selecionados por nossa
experiente equipe pedagógica, de acordo com o edital do último concurso, realizado no ano
de 2001, já que o edital oficial ainda não foi publicado e, conforme vem sendo anunciado, o
programa do concurso anterior serve como uma boa base para aqueles que desejam iniciar
sua preparação desde já, tornando-se fortes candidatos à conquista da tão sonhada vaga.
Além disso, nossa equipe pedagógica também incluiu nesta apostila tópicos específicos de
Legislação Eleitoral que não foram exigidos no último concurso, mas, por terem sofrido
atualização desde então, foram considerados relevantes.
Esperamos, sinceramente, que nosso material possa ser útil na conquista de seus
objetivos e, desde já, desejamos-lhe sucesso na sua empreitada!
Atenciosamente,
Os Editores
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Central de Concursos / Degrau CulturalTRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL
LÍNGUA PORTUGUESA
Interpretação de Textos .......................................................................... 05
Tipologia Textual ..................................................................................... 14
Ortografia ................................................................................................ 22
Morfologia................................................................................................ 28
Sintaxe .................................................................................................... 55
Pontuação ............................................................................................... 84
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Central de Concursos / Degrau Cultural LÍNGUA PORTUGUESA
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Para responder às questões 01 a 03 leia o texto abaixo.
Dinheiro é a maior invenção dos últimos 700 anos.
Com ele, você pode comprar qualquer coisa, ir para
qualquer lugar, consolar o aleijado que bate no vi-
dro do carro no sinal fechado, mostrar quanto você
ama a mulher amada ou comprar uma hora de amor.
É o passaporte da liberdade. Com dinheiro, você
pode xingar o ditador da época e sair correndo para
o exílio, ou financiar todos os candidatos a presi-
dente e comparecer aos jantares de campanhas
de todos.
Nos tempos que estamos vivendo, dinheiro é como
Deus na idade Média – o sentido único e todos os
sentidos das coisas. O que não produz nem é di-
nheiro, não existe, é falso, postiço.
Os sábios da igreja de antigamente são os econo-
mistas de hoje em dia. Dividem-se em dois grupos
– os idólotras, para quem dinheiro é o pedacinho
de papel, a imagem do sagrado, o santinho. Para
eles, o valor do dinheiro depende da quantidade de
papéis em circulação. Para os iconoclastas, dinhei-
ro é a base das relações sociais do mundo capita-
lista, a rede que organiza a sociedade. É um con-
ceito, um crédito, um débito.
Como os sacerdotes de antigamente, economistas
têm a missão de explicar o inexplicável – como o di-
nheiro é tudo e nada ao mesmo tempo, por que falta
dinheiro se dinheiro é papel impresso, ou se a quan-
tidade de santinhos muda o tamanho do milagre.
(João Sayad, Cidade de Deus, Classe Revista de
Bordo da TAM, nº 95, com adaptações).
01. Assinale como verdadeiras (V) ou falsas (F) as se-
guintes inferências para o texto. A seguir, assinale a
opção correta.
( ) Os sábios da Igreja de antigamente são identifica-
dos aos idólatras; os economistas de hoje em dia,
aos iconoclastas.
( ) Hoje em dia, o dinheiro representa um deus, por-
que remete ao sentido de todas as coisas.
( ) Considerar dinheiro como um pedacinho de papel
retira dele o valor sagrado com que é reverenciado
nos dias de hoje.
( ) O valor do dinheiro para os iconoclastas está ligado
ao simbólico, ao conceito, como crédito ou débito.
( ) É “inexplicável” dizer que dinheiro é tudo e nada ao
mesmo tempo porque se trata de uma realidade
paradoxal.
a) V, V, F, V, F d) F, V, V, V, F
b) V, F, V, F, F e) F, F, V, F, V
c) F, V, F, V, V
02. Assinale a relação lógica em desacordo com a ar-
gumentação do segundo parágrafo do texto.
a) O que não é dinheiro é falso.
b) Não existe o que não produz dinheiro.
c) Não existe o que é postiço.
d) O que não é falso produz dinheiro.
e) É postiço o que não produz dinheiro.
03. Algumas conjunções e pronomes do texto, apesar
de iniciarem orações afirmativas, têm também va-
lor interrogativo. Assinale, nas opções abaixo, aque-
la a que, textualmente, é impossível associar esse
valor interrogativo.
a) “quanto você ama a mulher amada” ( l. 4 e 5)
b) “para quemdinheiro é o pedacinho de papel” (l. 17 e 18)
c) “como o dinheiro é tudo” (l. 25 e 26)
d) “por que falta dinheiro” (l. 26 e 27)
e) “ se a quantidade de santinhos muda o tamanho do
milagre” (l. 27 e 28)
04. Foi publicado na seção Painel do Leitor, da Folha de
S. Paulo (15/11/2003), o seguinte trecho de corres-
pondência enviada ao jornal por um leitor:
“Revoltante o editorial ‘Maioridade Penal’. Quer di-
zer que este jornal, que tanto apregoa a democra-
cia, ignora a opinião de 89% da população a favor
da redução da maioridade penal e quer impor-nos
a visão de ‘meia dúzia’ de intelectuais? É essa a
idéia de democracia que o jornal que tanto admiro
apregoa?”
Aponte a única dedução correta extraída do trecho
lido.
a) O editorial a que se refere o missivista deve ter refu-
tado a tese da imputabilidade penal para menores
de 18 anos.
b) O corpo editorial da Folha de S. Paulo é composto por
um grupo reduzido de representantes da elite nacio-
nal que se acha no direito de impor sua opinião.
c) O missivista está revoltado com a Folha de S. Paulo
por ela ter descumprido o compromisso público com
seus leitores de veicular apenas a verdade dos fatos.
d) Discordando da visão exposta no referido editorial,
o missivista se alia aos 89% da população que ma-
nifestou adesão à tese da redução da maioridade
penal.
e) O missivista questiona a democracia da informa-
ção apregoada pela Folha de S. Paulo, pois só um
dos lados da questão – o da manutenção da maio-
ridade penal – foi combatido no editorial.
05. Assinale o título sugerido para o texto que corres-
ponde à sua idéia principal.
Vale lembrar que nos governos Vargas e JK e nos
governos do ciclo militar, apesar da preponderân-
cia do estatismo, as empresas ocuparam posição
central. Vargas governou com os empresários ao
seu lado. Dificilmente dava um passo importante
sem antes ouvir a Confederação Nacional da In-
dústria. Juscelino fez do capital privado um trunfo.
Basta citar o caso emblemático da produção auto-
mobilística que fez a imprensa mundial comparar
São Paulo a uma nova Detroit. Os militares criaram
sistemas híbridos, a exemplo da petroquímica, as-
sociando Estado e iniciativa privada. A iniciativa pri-
vada foi o pulmão do desenvolvimento na época do
estatismo e terá ainda maior relevância na econo-
mia contemporânea. Um modelo de desenvolvimen-
to que não leve esta evidente nuança em conside-
ração é como se fosse um dinossauro, muito bom
para as primeiras eras geológicas e muito distante
da era atual.
(Emerson Kapaz, “Dedos cruzados” in Revista Polí-
tica Democrática, nº6, p. 41)
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Central de Concursos / Degrau CulturalLÍNGUA PORTUGUESA
a) Os governos Vargas e JK & os governos militares.
b) A iniciativa privada no desenvolvimento econômico.
c) O papel da Confederação Nacional da Indústria no
governo JK.
d) Os sistemas híbridos dos governos militares.
e) O estatismo de Vargas a JK.
Leia o texto para responder à questão 06.
Um dos motivos principais pelos quais a temática
das identidades é tão frequentemente focalizada
tanto na mídia assim como na universidade são as
mudanças culturais, sociais, econômicas, políticas
e tecnológicas que estão atravessando o mundo e
que são experenciadas, em maior ou menor esca-
la, em comunidades locais específicas. Como indi-
ca Fridman (2000, p. 11), “se a modernidade alterou
a face do mundo com suas conquistas materiais,
tecnológicas, científicas e culturais, algo de abran-
gência semelhante ocorreu nas últimas décadas,
fazendo surgir novos estilos, costumes de vida e
formas de organização social”. Há nas práticas so-
ciais cotidianas que vivemos um questionamento
constante de modos de viver a vida social que têm
afetado a compreensão da classe social, do gêne-
ro, da sexualidade, da idade, da raça, da nacionali-
dade etc; em resumo, de quem somos na vida soci-
al contemporânea. É inegável que a possibilidade
de vermos a multiplicidade da vida humana em um
mundo globalizado, que as telas do computador e
de outros meios de comunicação possibilitam, tem
colaborado em tal questionamento ao vermos de
perto como vivemos em um mundo multicultural e
que essa multiculturalidade, para qual muitas ve-
zes torcíamos/torcemos os narizes, está em nossa
própria vida local, atravessando os limites nacio-
nais: os grupos gays, feministas, de rastafaris, de
hip-hop, de trabalhadores rurais sem-terra etc.
(Luiz Paulo da Moita Lopes, Discursos de identida-
des, p. 15)
06. Das seguintes relações de causa (primeira coluna)
e conseqüência (segunda coluna), assinale a úni-
ca que NÃO é possível interferir a partir do texto.
07. Assinale o trecho que, ao preencher a lacuna cor-
respondente, provoca erro gramatical, de pontua-
ção ou de coesão textual.
________(1)________ com predominância de fu-
sões e aquisições de empresas, a mudança de na-
tureza das inversões diretas iniciou- se nos Estados
Unidos na década de 80. ________(2)________
acompanhada de uma grande expansão do investi-
mento de portfólio e da formação de megacorpora-
ções, estendeu-se aos demais países nos anos 90.
________(3)________ apoiada na valorização glo-
bal das Bolsas, ocorreu com maior intensidade na
segunda metade dos anos 90._______(4)_______
de movimento de natureza patrimonial que deu lu-
gar a dois processos simultâneos: a fusão de em-
presas, com fechamento de plantas no centro in-
dustrializado, e o concomitante deslocamento para
a periferia dinâmica. ___________ (5) __________
da concorrência mundial ensejou a criação concen-
trada de capacidade produtiva nos setores de nova
tecnologia e nas regiões capazes de promover uma
integração virtuosa ao processo de internacionali-
zação capitalista.
a) 1- É necessário esclarecer que,
b) 2 - Tal transformação na economia,
c) 3 - Essa aceleração da centralização de capital,
d) 4 - Tratavam-se, essencialmente,
e) 5 - Esse último estágio da evolução da estrutura
Leia o texto abaixo para responder às questões 08 e 09
Com a tramitação das reformas constitucionais no
Congresso, estamos prestes a inscrever em nossa
Carta Magna disposições como limite salarial de
integrantes dos poderes e dos serviços públicos
estaduais, assunto que dificilmente se discutirá no
Legislativo de qualquer outra federação, monárquica
ou republicana, presidencialista ou parlamentarista,
e que pouco provavelmente se encontrará em outra
Constituição. A indagação cabível, a meu ver, é como e
por que chegamos a tanto.
O cerne desse desafio, que julgo não respondido,
pode ser resumido num simples raciocínio: o siste-
ma federativo, por oposição à forma unitária do Es-
tado, nada mais é do que distribuir espacialmente
o poder. A origem e o fundamento da divisão espaci-
al do poder, representados pela federação, devem
ser procurados entre aqueles que criaram o primei-
ro regime federativo do mundo. O modelo confede-
rativo, como se sabe, já era conhecido historica-
mente e foi adotado nos artigos de confederação
que precederam e viabilizaram a luta pela indepen-
dência das 13 colônias da América do Norte. O que
marca a singularidade do novo sistema é exatamen-
te a diferença entre as confederações anteriores e a
alternativa criada pelos convencionais da Filadélfia.
Equilibrar poderes, distribuir competências e res-
ponsabilidades rigorosamente simétricas em uma
nação tão profundamente assimétrica, mais do que
um desafio de engenharia política, ainda é uma in-
cógnita indecifrada, que, como a esfinge, ameaça-
nos devorar.
(Marco Maciel, Pacto federativo, Folha de São Pau-
lo, 14/09/2003, com adaptações)
08. Marque F (falso) ou V (verdadeiro) para inferências
a partir do texto.
( ) As reformas constitucionais reforçam a distribuição
espacial do poder.
( ) Um estado que adota uma forma unitária não distri-
bui espacialmente o poder.
( ) Confederações são Estados que adotam, constitu-
cionalmente, o regime federativo a partir da inde-
pendência dos Estados Unidos.
( ) Nossa Carta Magna será a primeira, ou uma das
primeiras, a dispor sobrelimite salarial de integran-
tes dos poderes mas não sobre dos serviços esta-
duais.
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Central de Concursos / Degrau Cultural LÍNGUA PORTUGUESA
A seqüência correta é:
a) V, V, F, V d) V, F, F, F
b) V, V, F, F e) F, F, V, F
c) F, V, V, V
09. Assinale a opção que apresenta uma relação de
coesão no texto.
a) “assunto” (l. 5) refere-se a “tramitação das refor-
mas constitucionais no Congresso” (l. 1 e 2 )
b) “tanto” (l. 10 refere-se a “inscrever em nossa Carta
Magna disposições como limite salarial de integran-
tes dos poderes e dos serviços públicos estaduais”
(l. 2 - 5)
c) “aqueles” (l. 17) refere-se a “artigos da confedera-
ção” (l. 20)
d) “modelo confederativo” (l. 18 e 19) refere-se a “luta
pela independência” (l. 21 e 22)
e) “nação” (l. 28) refere-se a “13 colônias da América
do Norte” (l. 22)
Leia o texto abaixo para responder às questões 10 e 11.
Seja nos mitos de criação seja na cosmologia de
hoje, há uma busca no sentido do mundo, um es-
forço de compreensão da natureza e do universo.
As representações do espírito humano, num caso
e noutro, constituem variações sobre o mesmo
tema: penetrar no âmago da realidade.
Não é segredo algum descobrir que a busca de
sentido para o cosmos se engata com a procura de
sentido para a existência da família humana. Para
além das concepções científicas e das diversida-
des culturais, o porquê da nossa vida, de sua ori-
gem e do seu destino, acompanha passo a passo
nossa evolução histórica. A ocupação do planeta, a
organização da convivialidade, a compatibilização dos
contrários, presentes em toda a parte, e a eterna bus-
ca de valores transcendentes estão no mesmo séqüito
que acompanha a observação do mundo natural, nas
descobertas de nexo entre causa e efeito, nos postu-
lados científicos e nas aplicações técnicas.
(José de Ávila Aguiar Coimbra, Fronteiras da Ética,
São Paulo: Senac, 2002, p. 20)
10. Assinale a substituição ou adaptação sugerida que
prejudicaria os sentidos originais ou a correção gra-
matical do texto.
a) “Seja... seja” (l.1) > Quer... quer
b) “num caso e noutro”(l.4 e 5) > em um caso e em outro
c) “tema:” (l.6) > tema, que é
d) “com a” (l.10) > na
e) “Para além das” (l.9 e 10) > Por meio das
11. Assinale a opção que está de acordo com a idéia
central do texto.
a) A cosmologia é uma ciência exata que dispersa va-
lores humanísticos e procura apenas relações de
causa e efeito.
b) Os mitos, como exclusivas representações do es-
pírito humano, configuram o caminho por excelên-
cia para a busca por valores transcendentes.
c) As concepções científicas e a diversidade cultural
são obstáculos que invalidam uma visão hegemô-
nica do mundo natural.
d) O porquê da vida humana, sua origem e seu desti-
no são indagações subjacentes tanto aos mitos
quanto às investigações de caráter científico.
e) Nos postulados científicos e nas aplicações técni-
cas, as descobertas de nexo entre causa e efeito
negligenciam as leis da cosmologia.
12. Em relação ao texto, assinale a opção INCORRETA.
A ciência moderna desestruturou saberes tradicio-
nais e seu paradigma mecanicista, que encara o
mundo natural como máquina desmontável, levou
a razão humana aos limites da perplexidade; por-
quanto a fragmentação do conhecimento em pe-
quenos redutos fechados se afasta progressiva-
mente da visão do conjunto. A excessiva especiali-
zação das partes subtrai o conhecimento do todo.
Daí resulta a dificuldade teórica e prática para que o
espírito humano se situe no tempo e no espaço da
sua existência concreta.
(José de Ávila Aguiar Coímbra, Fronteiras da Ética,
São Paulo, Senac, 2002, p. 27)
a) O sentido da palavra “paradigma” (l. 2) está associ-
ado à idéia de modelo, ponto de vista teórico.
b) As vírgulas após “mecanicista” (l.2) e após “des-
montável” (l. 3) isolam uma expressão de caráter
explicativo.
c) Pelos sentidos do texto, o sujeito sintático de “le-
vou” (l. 3) é “seu paradigma mecanicista” (l. 2)
d) Ao se substituir a conjunção “porquanto” (l. 4 e 5)
pela conjunção porque, as relações sintáticas e se-
mânticas do período são mantidas.
e) Em “se situe” (l. 10) o pronome “se” indica indeter-
minação do sujeito e contribui para conferir impes-
soalidade ao texto.
13. Assinale a opção em desacordo com as idéias do
texto.
Não mais se conta com um eixo filosófico ou religi-
oso sobre o qual girem as ciências, as técnicas e
até mesmo a organização social. Como adverte
Edgar Morin, a ciência também produz a ignorância,
uma vez que as especializações caminham para
fora dos grandes contextos reais, das realidades
complexas. Paradoxalmente, cada avanço unidire-
cional dos conhecimentos científicos produz mais
desorientação e perplexidade na esfera das ações
a implementar, para as quais se pressupõe acerto
e segurança. Vivemos em uma nebulosa, que não
é via-láctea deslocando-se no espaço cósmico e
explicável pela astronomia, mas em uma nebulosa
provocada pela falta de contornos definidos para o
saber, para a razão e, na prática, para as decisões
fundamentais. Afinal, o que significa tudo isso para
a felicidade das pessoas e o destino último da so-
ciedade?
(José de Ávila Aguiar Coimbra, Fronteiras da Ética,
São Paulo: Senac, 2002, p. 27)
a) O eixo filosófico ou religioso sobre o qual giravam
as ciências, as técnicas e até mesmo a organiza-
ção social não está mais disponível.
b) Como as especializações se desviam dos grandes
contextos reais e das realidades complexas, a ci-
ência também produz ignorância.
c) Se o avanço dos conhecimentos é unidirecional, pro-
duz-se desorientação e perplexidade nas ações para
as quais acerto e segurança são pressupostos.
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Central de Concursos / Degrau CulturalLÍNGUA PORTUGUESA
d) A falta de contornos definidos para o saber é provo-
cada pela razão e pelas decisões fundamentais da
prática.
e) A nuvem de matéria interestelar em que vivemos,
que se desloca no espaço cósmico, é explicável
pela astronomia.
14. Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão
desordenados. Ordene-os nos parênteses e, em
seguida, assinale a seqüência correspondente.
( ) As operações de compra de imóveis pelas off sho-
res também estão sendo monitoradas pela Recei-
ta. Os dados serão comparados com as declara-
ções de Imposto de Renda dos residentes no Bra-
sil e até com o cadastro de imóveis das prefeituras.
( ) Sem identificação dos donos, cujos nomes são
mantidos em sigilo pela legislação dos países onde
estão registradas, muitas dessas empresas fazem
negócios no Brasil, como a participação em empre-
endimentos comerciais ou industriais, compra e
aluguel de imóveis.
( ) Além de não saber quem são os proprietários des-
sas off shores, pois não há mecanismos legais que
permitem acesso aos verdadeiros donos, o gover-
no também não tem conhecimento da origem des-
se dinheiro aplicado no País, sem o recolhimento
dos impostos devidos.
( ) A Receita Federal está fechando o cerco contra as
empresas estrangeiras sediadas em paraísos fiscais
que atuam no Brasil, conhecidas como off shores.
( ) Para reduzir essa evasão fiscal, a Receita está iden-
tificando as pessoas físicas que alugam imóveis
de luxo pertencentes a pessoas jurídicas ou mes-
mo fiscais que atuam em paraísos fiscais. Toda
remessa de aluguel é tributada.
(Adaptado de Ana D’Angelo, Andréa Cordeiro e
Vicente Nunes, Correio Braziliense, 08/09/2003)
a) 1º, 2º, 4º, 3º, 5º d) 1º, 5º, 4º, 3º, 2º
b) 2º, 3º, 5º, 4º, 1º e) 3º, 2º, 1º, 5º, 4º
c) 5º, 2º, 3º, 1º, 4º
15. Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão
desordenados. Ordene-os nos parênteses e, em
seguida, assinale a seqüência correspondente.
( ) Em geral, esta firma é constituída apenas para atuar
como subsidiária da estrangeira, intermediando
seus negócios. Caso a empresa compre imóvel no
Brasil, tem que haver registro, tem que existir um
responsável, com CPF, o que permite o controle.
( ) O investidorestrangeiro entra no Brasil via Bolsa de
Valores, fundos de investimentos ou como sócio de
uma empresa brasileira.
( ) O secretário da Receira admite, no entanto, que não
há mecanismos para controlar a atuação de brasi-
leiros que mandam dinheiro ilícito para os paraísos
fiscais e o repatriam por meio de negócios realiza-
dos em nome das off shores.
( ) E também a contabilidade da empresa, em tais paí-
ses, não precisa ser auditada. Os donos dos recur-
sos podem movimentar dinheiro ou constituir em-
presas por vários meios que omitem seus nomes,
como o sistema de ações ao portador.
( ) Esses países conhecidos como paraísos fiscais
têm como principais atrativos a legislação tributária
branda, com direito até a isenção de impostos, e
garantia de sigilo bancário, comercial e societário.
(Adaptado de Ana D’Angelo, Andréa Cordeiro e
Vicente Nunes, Correio Braziliense, 08/09/2003)
a) 1º, 2º, 4º, 3º, 5º d) 1º, 5º, 4º, 3º, 2º
b) 2º, 1º, 3º, 5º, 4º e) 5º, 2º, 3º, 1º, 4º
c) 3º, 2º, 1º, 5º, 4º
Atenção: As questões de números 16 a 23 referem-se
ao texto que segue:
A sociedade humana, tal como se acha organiza-
da, não é uma, nem uniforme e nem está, em seu con-
junto, no mesmo estágio de desenvolvimento.
Nela coexistem, pois, diferentes comunidades,
estabelecidas e organizadas de conformidade com ob-
jetivos e interesses específicos. Tais comunidades (na-
cionais, regionais, municipais, por exemplo), relacionam-
se necessariamente umas com as outras, direta ou in-
diretamente. Conforme o caso, intercambiam produtos,
idéias, cultura, arte, costumes, tecnologia, conhecimen-
tos e experiências diversas, além do que não existe, com-
põe e constitui a sociedade humana e a natureza.
No plano internacional, esse intercâmbio perma-
nente e incessante ocorre num quadro extremamente
variado, composto de especializações, singularidades
e discrepante e injusto grau de desenvolvimento. Essas
diversidades, aliás ligadas à necessidade de troca e
obtenção de determinados produtos, constituem a cau-
sa da ocorrência e intensificação do relacionamento in-
tercomunitário. Pelas mesmas razões (e também por
outras que ora não vêm a pêlo), implicam a prevalência
ou quando não o domínio puro e simples de umas co-
munidades sobre outras, obterando-lhes, parcial e às
vezes totalmente, os espaços de e para um desenvolvi-
mento autonômico e independente.
(Guido Bilarinho, Revista Dimensão, ano V, n.9. p. 3-4)
16. O texto
a) enfatiza o cultivo das ações propulsoras do desen-
volvimento autonômico e independente.
b) aponta as desvantagens decorrentes de um grau
injusto de desenvolvimento das comunidades.
c) critica o processo organizacional deficitário das co-
munidades em geral.
d) tece considerações sobre a maneira como se or-
ganiza a sociedade humana.
e) condena os meios modernos de supremacia no
relacionamento intercomunitário.
17. O texto:
a) atribui ao intercâmbio permanente a fonte de pro-
gresso das comunidades.
b) acentua a exploração econômico-financeira como
canal de dominação.
c) afirma a inexistência de igualdade nas comunida-
des da sociedade humana.
d) condiciona o relacionamento intercomunitário à
mudança de organização da sociedade.
e) associa o intercâmbio permanente ao injusto grau
de desenvolvimento social.
18. De acordo com o texto, as diferentes comunidades
na sociedade humana
a) ajustam-se às peculiaridades da natureza.
b) permutam benefícios de natureza diversa.
c) repudiam o relacionamento intercomunitário.
d) manifestam-se no mesmo nível de desenvolvimento.
e) caracterizam-se por traços homogêneos.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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19. Entre o primeiro e o segundo parágrafo do texto, há
uma relação de
a) concessão
b) condição
c) adição
d) finalidade
e) causa e conseqüência
20. A substituição da expressão sublinhada em ... im-
plicam a prevalência ou quando não o domínio de
umas comunidades sobre outras... mantém o senti-
do original em:
a) senão d) também
b) aliás e) assim
c) ainda
21. Na relação entre o vocabulário e os efeitos de sen-
tido do texto, os termos (do 3º parágrafo), discre-
pante, prevalência, obliterar estão correta e respec-
tivamente substituídos por
a) diferente - redominância - esquecer
b) atenuante - preferência - encurtar
c) dissonante - predominância - oferecer
d) díspar - supremacia - extinguir
e) intenso - preferência - invalidar
22. A substituição da expressão sublinhada em ... relaci-
onam-se necessariamente umas com as outras ...
mantém o sentido original em:
a) as outras
b) para com as outras
c) pelas outras
d) das outras
e) às outras
23. Em ... os espaços para um desenvolvimento..., a li-
gação da preposição com o termo desenvolvimento
traduz idéia de
a) finalidade d) limitação
b) qualidade e) quantidade
c) proximidade
ATENÇÃO: As questões de números 24 a 29 referem-se
ao texto que segue:
Há íntima relação entre a discussão e o método
científico. As atitudes que levam ao comportamento cons-
trutivo na pesquisa científica aplicam-se também à dis-
cussão.
Essas atitudes podem ora ser consideradas como
uma orientação geral, ora como disposição de adotar
certas perspectivas das várias situações. Realizam-se
na disposição de investigar qualquer problema pelo
método objetivo, impessoal, sempre que necessário. Da
mesma forma, realizam-se numa correspondente dis-
posição de modificar concepções, desde que as infor-
mações recebidas aconselhem essa reconsideração.
A relação entre a discussão e o método científico
efetiva-se ainda na cautela ao tirar conclusões, ou
seja, no limitar as conclusões às informações dispo-
níveis, bem como no reconhecimento da possibilida-
de de fontes de erro, como preconceito e informações
insuficientes.
É preciso também evitar aparências enganosas de
exatidão, tais como muitas frações decimais em núme-
ros, quando outros fatores na situação tornam sem im-
portância essa minúncia.
O bom relatório científico não representa nem mais
nem menos do que a veracidade legítima das conclu-
sões que expõe. O orador na discussão fará bem em
procurar imitar esse tipo de relatório.
(James Mcburbey, Argumentação e Debate. Rio
de Janeiro: Fundo de cultura, 1970. p. 74)
24. De acordo com o texto:
a) O comportamento construtivo na pesquisa científi-
ca subordina-se invariavelmente ao processo de
discussão.
b) Tanto no contexto da pesquisa científica quanto no
da discussão, cabe a ênfase na integridade do tra-
balho como garantia da exatidão.
c) Da relação entre a discussão e o método científico
resulta a possibilidade de resolver qualquer pro-
blema pelo método objetivo.
d) A variedade de situações determina a adoção de
métodos que garantam a eficácia da pesquisa ci-
entífica bem como da discussão.
e) As aparências enganosas apresentam-se como
minúcias a serem valorizadas na aplicação do mé-
todo científico.
25. Ainda de acordo com o texto:
a) Há uma correspondência entre a objetividade na
investigação científica e a disponibilidade para alte-
ração de pontos de vista na discussão.
b) O êxito da atividade da discussão depende do nú-
mero e da exatidão das informações recebidas de
um público interessado no processo.
c) Preconceitos e informações insuficientes represen-
tam-se como empecilho à disposição de modificar
concepções.
d) Sem a adoção de certas perspectivas das várias
situações, torna-se inviável a correspondência en-
tre discussão e método científico.
e) Há necessidade de sintonização entre a matéria
discutida e os resultados esperados pelos partici-
pantes da discussão.
26. Considere as seguintes afirmações:
I. São inevitáveis, seja no processo da discussão,
seja na atividade de pesquisa científica, fontes de
erros, tais como preconceitos e informações insufi-
cientes.
II. A validade das discussões, tanto na discussão quan-
to na pesquisa científica, mede-se pelo equilíbrio
entre as mesmas conclusões e as informações tra-
balhadas para se chegar até elas.
III. A veracidade das conclusões expostaspelo bom re-
latório científico abre margem para outras várias in-
dagações acerca da validade do método científico.
Está de acordo com o texto SOMENTE o que se afir-
ma em:
a) I d) I e II
b) II e) I e III
c) III
27. No texto, a expressão ...aparências enganosas de
exatidão... indica:
a) a negação de atitudes que levam ao comportamen-
to construtivo na pesquisa científica.
b) o funcionamento precário que envolve a relação
entre discussão e método científico.
c) a possível precipitação de conclusões decorrentes
da pesquisa científica.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Central de Concursos / Degrau CulturalLÍNGUA PORTUGUESA
d) a possibilidade de utilização de dados inexatos no
processamento da pesquisa científica.
e) a ocorrência de falhas provindas de pouca objetivi-
dade na discussão e na pesquisa.
28. No texto, o segmento ... podem ora ser considera-
das como orientação geral, ora como disposição...
expressa idéias de ações:
a) opostas d) simultâneas
b) repetidas e) concomitantes
c) alternadas
29. Reestruturando-se o penúltimo período do texto,
NÃO se mantém o sentido original em:
a) O bom relatório científico não apresenta toda a ve-
racidade legítima das conclusões que expõe.
b) O bom relatório científico representa apenas a vera-
cidade legítima das conclusões que expõe.
c) O bom relatório científico limita-se à representação
da veracidade legítima das conclusões que expõe.
d) O bom relatório científico representa nada mais nada
menos do que a veracidade legítima das conclu-
sões que expõe.
e) A veracidade legítima das conclusões que expõe é
representada pelo bom relatório científico.
Instruções: Para responder às questões de números
30 a 34 considere o texto abaixo:
 A expressão “indústria da cultura” foi provavel-
mente utilizada pela primeira vez no livro Dietética
do Iluminismo que Horkheimer e eu publicamos em
Amsterdan, em 1947. Nas versões iniciais, falava-
se de “cultura de massas”. Substituímos esta ex-
pressão por “indústria da cultura”, a fim de excluir,
logo de início, a interpretação que convém aos ad-
vogados daquela, ou seja, que se trataria de qual-
quer coisa como uma cultura que surge esponta-
neamente das próprias massas, a forma contem-
porânea da arte popular. A indústria da cultura en-
contra-se nos antípodas de tal concepção. Ela reor-
ganiza o que há muito se tornou um hábito, dotan-
do-o de uma nova qualidade. Em todos os setores,
os produtos são fabricados mais ou menos segun-
do um plano, talhados para o consumo de massas
e, em larga medida, determinando eles próprios
esse consumo. Os setores individuais asseme-
lham-se quanto à estrutura ou, pelo menos, articu-
lam-se entre si. Integram-se no sistema de forma
ordenada e praticamente sem falhas, processo que
fica a dever tanto aos recursos atuais da tecnologia
como à concentração econômica e administrativa. A
indústria da cultura é a integração propositada de
seus consumidores, a partir de cima. Ela impõe
igualmente a junção do domínio específico da arte
maior e o da arte menor, domínios que estiveram
separados durante séculos. Junção é desvantajo-
sa para ambos. A seriedade da arte maior perece
na especulação sobre os efeitos que produz: a coa-
ção civilizacional destrói, por seu turno, o elemento
de resistência rebelde que era inerente à arte me-
nor quando o controle de sociedade não era ainda
total. Se bem que a especulação da indústria da
cultura acerca do estado de consciência ou incons-
ciência dos milhões de pessoas a quem se dirige
seja um fato incontestável, as massas não repre-
sentam uma realidade primária, mas constituem-
se antes como objeto secundário e calculado, um
apêndice da engrenagem. O cliente não é rei, como
a indústria da cultura gostaria de fazer crer; não é o
seu sujeito, mas sim o objeto.
(Adaptado de ADORNO. Theodor W. Breves
considerações acerca da indústria da cultura. In:
Sobre a indústria da cultura. Coimbra: Ângelus
Novus, 2003, p. 97-8)
30. Nas linhas iniciais do texto,
a) o livro de Horkheimer foi citado como comprovação
da idéia cabalmente estabelecida de que a expres-
são “indústria da cultura” é inovadora.
b) é apresentado de maneira assertiva o fato de que
outros autores que antecederam a Dialética fazi-
am uso da expressão “cultura de massas”, opon-
do-a a “indústria da cultura”.
c) a palavra que (7ª linha), que introduz o segmento se
trataria de qualquer coisa (...) da arte popular, tem
como antecedente o pronome daquela.
d) o cotejo estabelecido pela palavra como (8ª linha)
esclarece a distinção entre “cultura de massas” e
“forma contemporânea da arte popular”, tal como
proposta pelos defensores da primeira expressão
e) está expressa a idéia de que a substituição feita
pelos autores não se deu pela revisão da natureza
do fenômeno designado, mas para não favorecer
certo tipo de leitura do fato.
31. A frase A indústria da cultura encontra-se nos antí-
podas de tal concepção, no contexto, deve ser en-
tendida da seguinte maneira:
a) o modo como a indústria cultural se estrutura na
contemporaneidade opõe-se diametralmente ao
modo espontâneo como as massas se expressa-
vam anteriormente.
b) a concepção de que a cultura de massas é qual-
quer coisa que implique a manifestação de arte re-
verte o sentido que se dava à expressão, sendo-lhe
acrescentada a qualidade de “popular”.
c) o modo como o autor do texto compreende a indús-
tria da cultura é incompatível com o entendimento
de que ela se constitui de manifestações espontâ-
neas das massas.
d) a interpretação que o autor do texto propõe como
correta para a expressão “indústria da cultura” con-
trapõe-se à idéia de que existe uma forma contem-
porânea de arte popular.
e) “cultura de massas” e “forma contemporânea da
arte” são manifestações que, embora em extremi-
dades opostas, não apresentam a contradição que
o autor vê na aproximação dos termos “indústria” e
“da cultura”.
32. Integram-se no sistema de forma ordenada e prati-
camente sem falhas, processo que fica a dever
tanto aos recursos atuais da tecnologia como à
concentração econômica e administrativa. A in-
dústria da cultura é a integração propositada de
seus consumidores, a partir de cima. Ela impõe
igualmente a junção do domínio específico da arte
maior e o da arte menor, domínios que estiveram
separados durante séculos. Junção que é desvan-
tajosa para ambos. A seriedade da arte maior pa-
rece na especulação sobre os efeitos que produz:
a coação civilizacional destrói, por seu turno, o ele-
mento de resistência rebelde que era inerente à
arte menor quando o controle da sociedade não
era ainda total.
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Considerando o fragmento acima, e o contexto, as-
sinale a única afirmação INCORRETA.
a) Uma possível redação para o segmento grifado,
totalmente adequada à norma da gramática pres-
critiva, seria: “processo que fica em débito quer com
a concentração econômica e administrativa”.
b) A expressão a partir de cima, associada a fabricados
mais ou menos segundo um plano, contribui para a
construção do sentido de que a indústria cultural não
contempla a espontaneidade das massas.
c) O segmento na especulação sobre os efeitos que
produz expressa noção de processo.
d) No fragmento está pressuposto que, em tempos de
indústria cultural, o controle da sociedade é com-
pleto.
e) No fragmento, está subtendida a idéia de que, sob
certas condições, a resistência rebelde é elemento
intrínseco à arte menor.
33. Se bem que a especulação da indústria da cultura
acerca do estado de consciência ou inconsciência
dos milhões de pessoas a quem se dirige seja um
fato incontestável, as massas não representam uma
realidade primária, mas constituem-se antes como
objeto secundário e calculado, um apêndice da en-
grenagem.
No período acima transcrito,
a) se bem que equivale a “tanto que”
b) se houvesse uma vírgula depois de se bem que,
não haveria prejuízo da normapadrão.
c) o emprego da palavra antes reforça a idéia de elimi-
nação do que acaba de ser anunciado no primeiro
membro coordenado, realizada pelo emprego da
conjunção mas.
d) a palavra como tem idêntica natureza e função de
como encontrado na frase: “As ciências modernas,
como a medicina, evoluem rapidamente hoje em dia”.
e) se a palavra antes fosse deslocada, a nova seqüên-
cia “mas constituem-se como objeto secundário e
calculado, antes, um apêndice da engrenagem” pre-
servaria o sentido original.
34. O cliente não é rei, como a indústria da cultura gos-
taria de fazer crer; não é seu sujeito, mas sim o ob-
jeto.
Levando em conta o contexto, considere as afirma-
ções que seguem sobre o autor e seus procedi-
mentos na frase acima.
I. Fazendo uso de linguagem conotativa, expressa sua
opinião acerca do lugar que o cliente verdadeira-
mente ocupa no contexto da indústria cultural.
II. Recorrendo a frase hipotética, explicita, pelo deslo-
camento da posição do cliente, o que lhe parece
ser a relação entre “aquilo que é” e “aquilo que se
deseja fazer parecer que é”.
III. Estabelecendo uma comparação – articulada pe-
los elementos grifados na frase acima – evidencia
que o cliente não constitui preocupação da indús-
tria cultural, embora esta indústria tente criar a ilu-
são de que a produção é ditada pela expectativa
das massas.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) II, apenas.
e) I, II e III.
Instruções: Para responder às questões de números
35 a 39 considere o texto abaixo.
De modo geral, o século XVIII assistiu à
passagem do sistema do mecenato, pelo qual o
artista era financiado por um produtor opulento –
secular ou eclesiástico – ao sistema de produção
para o mercado. Sem dúvida, essa passagem foi
gradual, e o mecenato não se extinguiu de todo.
Giambattista Tiepolo passou a vida a serviço de
protetores, como o príncipe-bispo da Francônia e
o rei da Espanha. Hãndel foi protegido pelos reis
de Hanover.
Mas pouco a pouco surgiu um novo perso-
nagem – o artista que vivia do seu trabalho e era
remunerado por sua própria clientela. O livro po-
dia ser vendido, e bem vendido.
Dryden recebeu em 1697 a soma de 1.400 libras
por sua tradução de Virgílio. Pope enriqueceu com
sua próprias obras e com a tradução da llíada e
da Odisséia. Lessage ganhou a vida com seus
romances e seu teatro. Surgiu o autor profissio-
nal. “Ser autor”, diz o Almanach des auteurs, de
1755, “hoje é uma profissão, como ser militar, ecle-
siástico ou financista.”
Essa independência é assegurada pelo fa-
vor do público, às vezes tão caprichoso como os anti-
gos mecenas, mas outorgando aos autores um grau
de liberdade que seria impensável no passado.
A independência não se limitava às letras.
Um pintor como Reynolds enriqueceu com seus
retratos, pelos quais cobrava preços astronômi-
cos. A liberdade proporcionada pelo sucesso co-
mercial não impedia os artistas de trabalharem
para os grandes, mas permitia estabelecer com
eles uma relação de altivez e até de arrogância.
Contratado pela corte da Rússia para execu-
tar uma estátua de Pedro, O Grande, o escultor Fal-
conet recusou os vários projetos que lhe haviam sido
submetidos a título de sugestão e teve o gesto mag-
nífico de não aceitar a remuneração de 400 mil li-
bras que lhe foi proposta: soberbo de desdém, exi-
giu receber exatamente a metade da quantia.
(Adaptado de ROUANET, Sérgio Paulo, Ilustração e
modernidade. In: Mal-estar na modernidade (ensai-
os). São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 138)
35. A alternativa que apresenta o resumo mais adequa-
do do texto é:
a) De modo geral, no século XVIII ocorreu a passagem
lenta e permanente de sistemas de produção artísti-
ca, sem que o mecenato se extinguisse (artistas como
Handel continuaram a ser protegidos); quando surgiu
a profissão de autor – como militar, por exemplo - , o
público, mesmo exigente, deu-lhe liberdade, e o su-
cesso o fez ser arrogante até com os poderosos, de
quem cobravam preços astronômicos.
b) De modo geral, no século XVIII se deu, de maneira
progressiva, o abandono do sistema de mecenato
pelo de produção para o mercado, dando origem à
profissão de autor; o sucesso de vendas permitia
liberdade antes desconhecida, que propiciava ao
artista não só poder trabalhar inclusive com os po-
derosos, mas também assumir, na relação com
eles, até atitudes arrogantes.
1
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25
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c) De uma forma abrangente, pode-se dizer que o sé-
culo XVIII foi o que permitiu que o produtor secular
ou eclesiástico deixasse ao artista a liberdade de
produzir para o mercado; muitos enriqueceram,
como Dryden e Pope, outros continuaram a ser pro-
tegidos; autores e pintores eram livres para cobrar
o que quisessem, e muitos, pelo sucesso, passa-
ram a ser arrogantes até com os poderosos.
d) De certa forma, o século XVIII viu nascer nova profis-
são, a do artista, oriunda do abandono pelos mece-
nas e da produção para o mercado; o autor, por exem-
plo, se tivesse traduzido ou produzido obras impor-
tantes (caso de Dryden ou Pope), podia ser inde-
pendente, chegando até a ser prepotente com os
poderosos quando queriam um trabalho seu.
e) De certa forma, o século XVIII conheceu o processo
de passagem de atividade artística de um pólo a
outro: do mecenato ao mercado; sem dúvida, lenta-
mente, mas viu-se o aparecimento do novo perso-
nagem, o artista que vendia sua produção, e que
podia ser mais livre; mesmo muito rigoroso, o pú-
blico podia pagar bem, até enriquecendo o artista
(caso de Reynolds) e tornando-o mais arrogante
com os poderosos.
36. A frase que, no contexto, constitui um argumento de
confirmação é:
a) Sem dúvida, essa passagem foi gradual e o mece-
nato não se extinguiu de todo.
b) Mas pouco a pouco surgiu um novo personagem – o
artista que vivia do seu trabalho...
c) A independência não se limitava às letras.
d) Essa independência é assegurada pelo favor do
público...
e) “Ser autor”, diz o Almanach des auteurs, de 1755,
“é hoje uma profissão, como ser militar, eclesiástico
ou financista”.
37. Essa independência é assegurada pelo favor do público,
I
 ás vezes tão caprichoso como os antigos mecenas, mas
 II III
outorgando aos autores um grau de liberdade que
IV
seria impensável no passado.
 V
Considerando o contexto, há equivalência entre o
segmento grifado e a expressão proposta, em:
a) I = é obtida por vantagens oferecidas ao público
b) II = ocasionalmente detalhista
c) III = os ricos protetores já anciãos
d) IV = facultando aos produtores de arte
e) V = poderia ter sido vaticinado
38. Contratado pela corte da Rússia para executar uma
estátua de Pedro, o Grande, o escultor Falconet re-
cusou os vários projetos que lhe haviam sido sub-
metidos a título de sugestão e teve o gesto magnífi-
co de não aceitar a remuneração de 400 mil libras
que lhe foi proposta; soberbo de desdém, exigiu
receber exatamente a metade da quantia.
Com relação ao fragmento acima transcrito, é cor-
reto afirmar:
a) os dois pontos anunciam um esclarecimento acer-
ca de algo anteriormente enunciado.
b) Contratado pela corte da Rússia expressa, no con-
texto, noção da causa.
c) haviam sido submetidos indica ação ocorrida simul-
taneamente à ação citada anteriormente, realizada
pelo escultor – recusou.
d) a título de sugestão equivale a “porque ele pedira
sugestão”.
e) de natureza predominantemente narrativa, o excer-
to é objetivo, não apresentando marca alguma de
subjetividade do autor.
39. É correto afirmar que, no texto,
a) bem, em O livro podia ser vendido, e bem vendido,
intensifica o ganho auferido com a venda.
b) pelo qual, em pelo qual o artista era financiado por
um produtor opulento, pode ser substituído por “por-
que”, sem que sejam afetados o sentido original e
a norma padrão.
c) a frase Essa independência é assegurada pelo fa-
vor do público manteria o sentido original se fosse
transpostapara a voz ativa assim: O favor do públi-
co tinha assegurado essa independência
d) o segmento grifado, em Reynolds enriqueceu com
seus retratos, pelos quais cobrava preços astro-
nômicos, pode ser substituído, sem que seja afeta-
da a norma padrão, por: cujos os preços eram as-
tronômicos.
e) até, em permitia estabelecer com eles uma relação
de altivez e até de arrogância, indica que numa es-
calada ascendente, arrogância ocupa o menor grau.
 A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência
(SISBIN) e a consolidação da Agência Brasileira de
Inteligência (ABIN) permitem ao Estado brasileiro
institucionalizar a atividade de Inteligência, mediante
uma ação coordenadora do fluxo de informações
necessárias às decisões de governo, no que diz
respeito ao aproveitamento de oportunidades, aos
antagonismos e às ameaças, reais ou potenciais,
relativos aos mais altos interesses da sociedade e
do país. Todo o trabalho de reformulação da atividade
vem sendo balizado, também, por enfoques doutri-
nários condizentes com o processo atual de globa-
lização, em que as barreiras fronteiriças são fluí-
das, sugerindo cautelas para garantir a preserva-
ção dos interesses da sociedade e do Estado bra-
sileiros, de forma a salvaguardar a soberania, a in-
tegridade e a harmonia social do país.
(Internet: http://www.abin.gov.br/abin/historico.jsp,
com adaptações)
Considerando o texto acima, julgue os itens subse-
qüentes.
40. O primeiro período sintático permaneceria gramati-
calmente correto e as informações originais estari-
am preservadas com a substituição da palavra “me-
diante” (l.4) por qualquer uma das seguintes ex-
pressões: por meio de, por intermédio de, com, de-
sencadeando, realizando, desenvolvendo, empre-
endendo, executando.
41. Depreende-se dos sentidos do texto que, imediata-
mente após a palavra “atividade” (l. 10), há elipse
do explicitado por meio da inserção da palavra di-
plomática.
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Central de Concursos / Degrau Cultural LÍNGUA PORTUGUESA
O Ministério da Defesa vai receber R$ 1 bilhão de
aumento no orçamento de 2005 para investir priori-
tariamente no programa de blindagem da Amazô-
nia e no reequipamento geral.
 As forças Armadas do Brasil estão intensificando
a proteção do território e do espaço aéreo do Norte,
Nordeste e Oeste por meio da instalação de novas
bases, transferência para a região de tropas do Sul-
Sudeste e expansão da flotilha fluvial da Marinha.
 O contingente atual, de 27 mil homens, chegará
a 30 mil militares entre 2005 e 2006. As dotações
de investimentos na área limitar devem superar os
R$ 7,3 bilhões no próximo ano.
 O dinheiro será destinado a atender às necessi-
dades do programa de segurança da Amazônia e
para dar início ao processo de reequipamento das
forças. A estimativa é de que até 2010 sejam aplica-
dos de US$ 7,2 bilhões a US$ 10,2 bilhões na área
de defesa.
 Em 2005, uma brigada completa, atualmente ins-
talada em Niterói – com aproximadamente 4 mil
soldados – será deslocada para a linha de divisa
com a Colômbia.
(Roberto Godoy, Forças Armadas terão mais R$ 1
bi para reequipamento. In: O Estado de S. Paulo, 8/
8/2004, p. A12, com adaptações)
Com referência ao texto acima e considerando os
diversos aspectos do tema por ele abordado, jul-
gue os itens seguintes.
42. A palavra “blindagem” (l. 3) está sendo utilizada em
seu sentido denotativo ou literal, uma vez que o perí-
odo está tratando de equipamentos de segurança.
43. Pelos sentidos do texto, infere-se que, na expressão
“flotilha fluvial” (l. 9), o termo sublinhado indica a
idéia de esquadra constituída de embarcações com
características idênticas ou semelhantes: grande
porte, elevado nível tecnológico e finalidade bélica.
Segurança do Medo
A síndrome de Nova Iorque, 11 de setembro, pro-
jetou-se sobre Atenas, agosto, sexta-feira, 13, data
da abertura dos 28º Jogos Olímpicos. De tal forma
que os gastos de 1,2 bilhão de euros (cerca de
R$ 4,8 bilhões) são a maior quantia já investida em
segurança na história da competição. O dinheiro foi
aplicado em um poderoso esquema para evitar ata-
ques terroristas, como ocorreu nos Jogos de Muni-
que, em 1972, quando palestinos da organização
Setembro Negro invadiram a Vila Olímpica e mata-
ram dois atletas israelenses. Do esquema grego,
montado em colaboração com sete países – Esta-
dos Unidos da América (EUA), Austrália, Alemanha,
Inglaterra, Israel, Espanha e Canadá -, faz parte o
sistema de navegação por satélite da Agência Espa-
cial Européia. Da terra, ar e água, 70 mil policiais,
bombeiros, guarda costeira e mergulhadores da
Marinha vão zelar pela segurança. Até a Organização
do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) emprestará sua
experiência militar no combate ao terrorismo.
(Correio Brasiliense, 7/8/2004, “Guia das Olimpía-
das” p.3, com adaptações)
A respeito do texto acima e considerando as infor-
mações e os múltiplos aspectos do tema que ele
focaliza, julgue os itens que se seguem.
44. No trecho “cerca de R$ 4,8 bilhões” (l. 4 e 5), man-
tém-se a correção gramatical ao se substituir o ter-
mo sublinhado por qualquer uma das seguintes ex-
pressões: aproximadamente, por volta de, em torno
de, acerca de.
45. A inserção de o que imediatamente antes de “ocor-
reu” (l.8) prejudicaria a sintaxe do período e modifi-
caria o sentido da informação original.
GABARITO
01. C 02. D 03. B 04. D 05. B
06. C 07. D 08. B 09. B 10. E
11. D 12. E 13. D 14. C 15. B
16. D 17. C 18. B 19. E 20. A
21. D 22. E 23. A 24. B 25. A
26. B 27. D 28. C 29. A 30. E
31. C 32. E 33. C 34. B 35. B
36. E 37. D 38. A 39. A 40. C
41. E 42. E 43. E 44. E 45. E
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Central de Concursos / Degrau CulturalLÍNGUA PORTUGUESA
Interpretação, leitura ou o ato de escrever: qual das
três etapas é a mais importante?
Podemos afirmar que as três estão intimamente
ligadas: quem não lê, tem dificuldades em redigir – in-
terpretar torna-se uma tarefa quase impossível, em fun-
ção da, principalmente, falta de intimidade com o nosso
vocabulário.
Nossa intenção inicial será a de familiarizar o leitor
com as principais maneiras de se redigir um texto – que
pensamos tratar-se do ponto de partida para qualquer
estudo posterior.
Inicialmente, apresentaremos os principais tipos de
composição: a narração, a descrição e a dissertação.
A NARRAÇÃO
Em uma narração, deve-se objetivar o fato, ressal-
tando a razão do acontecimento, sua causa, o modo, a
ocasião e, principalmente, com quem aconteceu o epi-
sódio.
Texto motivador:
A Cabra e Francisco
Madrugada. O hospital, como o Rio de Janeiro, dor-
me. O porteiro vê diante de si uma cabrinha malhada, e
pensa que está sonhando.
- Bom palpite. Veio mesmo na hora. Ando com tan-
ta prestação atrasada, meu Deus.
A cabra olha-o fixamente.
- Está bem, filhinha. Agora pode ir passear. Depois
você volta, sim?
Ela não se mexe, séria.
- Vai cabrinha, vai. Seja camarada. Preciso sonhar
outras coisas. É a única hora em que sou dono de tudo,
entende?
O animal chega-se mais perto dele, roça-lhe o bra-
ço. Sentindo-lhe o cheiro, o homem percebe que é de
verdade e recua.
Aiaiai! Bonito. Desculpe, mas a senhora tem de sair
com urgência, isto aqui é um estabelecimento público. (
Achando pouco convincente a razão. ) Bem, se é público
devia ser para todos, mas você compreende... ( Empur-
ra-a docemente para fora, e volta à cadeira.)
- O quê? Voltou? Mas isso é hora de me visitar, fi-
lha? Está sem sono? Que é que é que há? Gosto muito
de criação, mas aqui no hospital, antes do dia clarear... (
Acaricia-lhe o pescoço. ) Que é isso! Você está molha-
da? Essa coisa pegajosa... O quê: sangue?! Por que não
me disse logo, cabrinha de Deus? Por que ficou me
olhando assim feito boba? Tem razão: eu é que não
entendi, devia ter morado logo. E como vai ser? Os dou-
tores aqui são um estouro, mas cabra é diferente, não sei
se eles topam. Sabe de uma coisa? Eu mesmo vou te
operar!
Correà sala de cirurgia, toma um bisturi, uma pin-
ça; à farmácia, pega mercúrio-cromo, sulfa e gaze; e
num canto do hospital, assistido por dois serventes, en-
quanto o dia vai nascendo, extrai do pescoço da cabra
uma bala de calibre 22, ali cravada quando o bichinho,
ignorando os costumes cariocas da noite, passara perto
de uns homens que conversavam à porta de um bar.
O animal deixa-se operar com a maior serenidade.
Seus olhos envolvem o porteiro numa carícia agradeci-
da.
- Marcolina. Dou-lhe este nome em lembrança de
uma cabra que tive quando garoto, no Icó. Está satisfei-
ta, Marcolina?
- Muito, Francisco.
Sem reparar que a cabra aceitara o diálogo, e sa-
bia o seu nome, Francisco continuou:
- Como foi que você teve idéia de vir ao Miguel Cou-
to? O Hospital Veterinário é na Lapa.
- Eu sei, Francisco. Mas você não trabalha na Lapa,
trabalha no Miguel Couto.
- E daí?
- Daí, preferi ficar por aqui mesmo e me entregar a
seus cuidados.
- Você me conhecia?
- Não posso explicar mais do que isso, Francisco.
As cabras não sabem muito sobre essas coisas. Sei que
estou bem a seu lado, que você me salvou. Obrigada,
Francisco.
E lambendo-lhe afetuosamente a mão, cerrou os
olhos para dormir; bem que precisava.
Aí Francisco levou um susto, saltou para o lado:
- Que negócio é esse: cabra falando?! Nunca vi coi-
sa igual na minha vida. E logo comigo, meu pai do céu!
A cabra descerrou um olho sonolento, e por cima
das barbas parecia esboçar um sorriso:
- Mas você não se chama Francisco, não tem o nome
do santo que mais gostava de animais neste mundo?
Que tem isso, trocar umas palavrinhas com você? Olhe,
amanhã vou pedir ao Ariano Suassuna que escreva um
auto da cabra, em que você vai para o céu, ouviu?
(Carlos Drummond de Andrade)
Explorando o texto:
Exercício 01:
1. Quais as personagens principais?
2. Quando aconteceu o fato?
3. Onde?
4. O que houve?
5. Como o porteiro resolveu o problema?
6. Por quê?
No que diz respeito à organização e desenvolvimento
textual:
Exercício 02:
1. Quando se dá a apresentação?
2. Qual a complicação?
3. Quando ocorre o clímax, o ponto culminante?
4. Qual o seu desfecho?
A DESCRIÇÃO
No que diz respeito à descrição, esta pode ser classifi-
cada como estática ou dinâmica.
DESCRIÇÃO ESTÁTICA
Nela, o elemento descrito encontra-se imóvel e é objeto
de análise cuidadosa e pormenorizada: a descrição de
uma casa, por exemplo.
DESCRIÇÃO DINÂMICA
Nela, o elemento descrito encontra-se em movimento, e
é merecedor de muita observação, do poder de síntese
do narrador: como exemplo, poderíamos citar a descri-
ção da passagem de uma Escola de Samba na passa-
rela, durante o Carnaval.
A TIPOLOGIA TEXTUAL
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Central de Concursos / Degrau Cultural LÍNGUA PORTUGUESA
Observar, ainda, que, em uma descrição, devem-se evi-
tar as características óbvias e as perífrases viciosas –
rodeios. O destaque deve ser dado ao que torna especi-
al o elemento descrito.
Texto motivador:
De Minha Varanda
De minha varanda, avisto um chalé.
Um chalé de telhas vermelhas,
cercado de árvores copadas:
duas palmeiras –anãs
- guardiãs da entrada principal -
uma amendoeira de sombras amigas
e uma mangueira
de dar manga em pé.
De minha varanda, avisto um monte.
Um monte de verde e cerrada mata
- inacessível, inóspito, inabitável.
Plenos pulmões do lugar.
Um carro passa.
A monotonia, em minha varanda, é quebrada.
O ronco rouco da máquina humana
desvia-me a atenção.
A rotina volta à ,minha varanda.
Apenas alguns insetos inoportunos
ousam impedir-me o avanço da pena.
Sabem como é:
minha varanda é aberta.
Para todos, para tudo.
Intrusos, como evitar?
De minha varanda, avisto um céu
celeste de azul,
com poucas nuvens alvas
a emoldurá-lo.
A brisa é fraca,
o sol é forte,
o calor impera.
Onde estaria aquele ventinho gostoso
de encontro sempre marcado
com minha varanda?
De minha varanda, avisto banhistas:
jovens corpos em indecentes trajes;
velhos fracos em corpos indecentes.
Mas, a tudo, meu olhar registra.
A censura não lhe cabe.
Um carteiro chega.
De minha varanda, observo.
Será portador de boas ou más notícias?
Seria tão bom
se o mundo se restringisse
ao que avisto de minha varanda!
Ouço o barulho de um prato partindo.
Longe... bem muito longe.
O suficiente para macular o silêncio
que reina em minha varanda.
Um beija-flor
beija
e deflora
a flor.
Imóvel,
no ar, parado.
De minha varanda, avisto um mar
de ondas calmas de azulado forte,
a limpa areia da praia,
gaivotas brancas de bailados trajetos.
Avisto pássaros
de vôos livres e cantares brandos.
Barcos que singram espumantes.
De minha varanda,
tenho a mais precisa sensação
de que o mundo é perfeito;
de que cada coisa foi,
meticulosamente,
planejada e arranjada
em seu mais digno lugar.
De minha varanda, avisto tudo,
e tudo me parece estar ao alcance.
Mas, minha varanda exibe
a noção exata de uma solidão:
todos por ela passam
sorridentes, felizes,
de bem com suas próprias vidas.
E eu, em meu canto,
como reagir?
Falta você
em minha varanda.
(Aurélio Ferreira de Araújo)
Explorando o texto:
Exercício 03:
1. Aponte versos que contêm exemplos de descrição
estática.
2. Em que versos ocorrem exemplos de descrição di-
nâmica?
3. Aponte versos em que o autor deixa de caracterizar
uma descrição.
4. Como explicar que características óbvias (telhas
vermelhas, monte de verde e cerrada mata, um céu ce-
leste de azul...) se encaixam no texto?
A DISSERTAÇÃO
Em concursos, é a forma de composição mais utili-
zada.
“É um gênero de organização textual em que se
discute um determinado assunto – de natureza filosófi-
ca, social, moral ou científica.”
A dissertação, normalmente, apresenta três fases
distintas: apresenta cão, desenvolvimento e conclusão:
Na apresentação, destaca-se o assunto que será
discutido – o tema, a matéria. Basta um parágrafo.
O desenvolvimento é o que se poderia dizer tratar-
se do próprio trabalho. Nele, consideramos idéias, fa-
tos, exemplos com que o autor pretende demonstrar
seus argumentos. Favoráveis, contrários. Normalmen-
te, usam-se três parágrafos nesse sentido.
A conclusão será sempre uma síntese, uma volta à
apresentação.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Texto motivador:
A Violência no Rio de Janeiro
O índice de crescimento da violência nas grandes
cidades aumenta a cada dia. O Rio de Janeiro não pode-
ria ser uma exceção à regra.
Basta-nos uma leitura diária em jornais, assistirmos
a um dos noticiários de nossas televisões, recorrermos
às emissoras de rádio, para verificarmos que a situação
se agrava a cada dia. São assaltos a residências, a mei-
os de transportes, nas ruas, onde quer que estejamos.
Casos de estupros, violência contra as mulheres, contra
os menos favorecidos já estão se tornando rotina em
nossa cidade. Há violência na rua, no trânsito, os casos
de seqüestros se repetem e, ao que parece, não existem
soluções a curto prazo.
Não podemos negar que atravessamos um período
de recessão, que há desemprego, que não existe uma
política social eficiente, que os ricos se tornam mais ricos
em detrimento da população menos favorecida, que os
políticos só falam em segurança em época de eleições,
que a polícia é mal paga e não possui estrutura para
combater os malfeitores, e que, muitas vezes, alia-se a
eles, para, através dessa cumplicidade, melhorar o seu
padrão de vida. Tudo isso é assunto diário em nossas
conversas.
O que falta mesmo é vontade política. Nossos re-
presentantes deviam-se preocupar um pouco mais com
o bem-estar da população, em vez de apresentarem pro-
jetos que visam apenas aos seus interesses pessoais.
Nosso código penal também deveria ser atualizado.
Chega de prisão para negros e desvalidos. Cadeia para
todos os que transgridem é o que esperamos.
Mas, a esperança não nos pode faltar. Já existe um
movimento que nos permite imaginar que, em um futuro
não muito próximo, tudo poderá melhorar. Inclusive por-
que, eles, os senhores que nos assistem,já começam a
sentir os efeitos desse problema. Aguardemos, pois.
(Aurélio Ferreira de Araújo)
Explorando o texto:
Exercício 04:
1. Como você dividiria o texto?
2. Em que parágrafo o autor opina?
3. Que sugestões você apresentaria para melhorar o
problema?
4. Em relação à última pergunta, em que parágrafo
você as colocaria?
Observação final:
Cumpre-nos, ainda, informar que os três tipos de
composição – a narração, a descrição e a dissertação –
podem, perfeitamente, encaixar-se em um mesmo tra-
balho.
OS DIVERSOS TIPOS DE DISCURSO
O DISCURSO DIRETO
Ocorre quando são as personagens que falam. Quem
escreve, interrompe a narrativa e torna as palavras vivas
para o ouvinte. Normalmente é marcado pela presença
de verbos do tipo afirmar, dizer, perguntar, indagar, res-
ponder, concluir, prosseguir e sinônimos.
Exemplos: O rapaz perguntou: O que aconteceu?
- Por que você faltou? Indagou o professor.
O DISCURSO INDIRETO
É o processo de relatar enunciados. O narrador torna-se
intérprete das palavras ditas pelas personagens, numa
oração subordinada substantiva.
Exemplos:
O professor é um filósofo, disse o aluno. (discurso dire-
to)
O aluno disse que o professor era um filósofo. (discurso
indireto)
A menina respondeu baixinho:
- Eu sei. (discurso direto)
A menina respondeu baixinho que ela sabia. (discurso
indireto)
TRANSPOSIÇÃO DO DISCURSO DIRETO PARA O
DISCURSO INDIRETO
a) Discurso direto:
Enunciado em 1ª. ou em 2ª. pessoa:
O artista respondeu-lhe baixinho: - Eu atuei.
- Falaste com teu pai? – perguntou Sílvia.
Discurso indireto:
Enunciado em 3ª. pessoa:
O artista respondeu-lhe baixinho que ele atuara.
Sílvia perguntou se ele havia falado com seu pai.
b) Discurso direto:
Verbo enunciado no presente:
- Estou no escritório, ele disse ao telefone.
Discurso indireto:
Verbo enunciado no imperfeito:
Ao telefone, ele disse que estava no escritório.
c) Discurso direto:
Verbo enunciado no pretérito perfeito:
Antônio explicou a todos: - Chamei pelo padrinho.
Discurso indireto:
Verbo enunciado no pretérito mais-que-perfeito:
Antônio explicou a todos que chamara pelo padrinho.
d) Discurso direto:
Verbo enunciado no futuro do presente:
- Regressarei breve – ela disse.
Discurso indireto:
Verbo enunciado no futuro do pretérito:
Ela disse que regressaria breve.
e) Discurso direto:
Verbo enunciado no modo imperativo:
- Pare com a brincadeira, ordenou a mãe.
Discurso indireto:
Verbo no modo subjuntivo:
A mãe ordenou que parasse com a brincadeira.
f) Discurso direto:
Enunciado em forma interrogativa direta:
Ele perguntou: - como vai a família?
Discurso indireto:
Enunciado em forma interrogativa indireta:
Ele perguntou como ia a família.
g) Discurso direto:
Pronome demonstrativo de 1ª. ou de 2ª. pessoa:
Bateu na mesa e disse: - Isto é dinheiro.
Essas artigos são de segunda qualidade, ele afirmou.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Central de Concursos / Degrau Cultural LÍNGUA PORTUGUESA
Discurso indireto:
Pronome demonstrativo de 3ª. pessoa:
Bateu na mesa e disse que aquilo era dinheiro.
Ele afirmou que aqueles artigos eram de segunda qua-
lidade.
h) Discurso direto:
Pronome possessivo ou pessoal de 1ª. pessoa:
Ele quis saber de mim: - Por que minha proposta não
lhe interessa?
Discurso indireto:
Ele quis saber de mim ( Ele me perguntou ) por que sua
proposta não me interessava.
i) Discurso direto:
Advérbio de lugar “aqui”:
- Aqui ficava a loja do seu Manuel, relembrei.
Discurso indireto:
Advérbio de lugar “ali”:
Relembrei que ali ficara a loja do seu Manuel.
Observações:
a) Ele disse: - Irei à praia amanhã.
Ele disse que iria à praia amanhã (ou no dia seguinte).
b) Ele reclamou: - Não recebi o pagamento do mês
passado.
Ele reclamou que não recebera o pagamento do mês
passado (ou do mês anterior).
c) - Onde você mora?
Ele quer saber onde eu moro.
Ele quis saber onde eu morava.
Exercício 05:
Transforme o discurso direto em indireto:
1. Nunca veio a São Paulo? – perguntou-me o repór-
ter.
2. Não ligue para essas notícias – pediu-me.
3. Se eu puder, irei vê-la amanhã – disse-lhe.
4. Fui ao cinema ontem – disse-me Paulo.
5. Estarei indo a seu encontro – disse-me a menina.
6. Saia de sala – ordenou-me o professor.
7. Isso não vai ficar assim – ameaçou o menino.
8. Gosto muito de comidas pesadas – confessei.
9. Apreciarei sua obra – prometi à artista.
10. Não faça isso – ordenei ao menino.
- O DISCURSO INDIRETO LIVRE
 É o processo de relatar enunciados, resultantes da mis-
tura dos discursos direto e indireto. O narrador transmite
o pensamento de alguma personagem, não de uma for-
ma direta, mas aproxima-se dela, expressando o que foi
pensado.
Exemplo:
-Essa roupa não lhe cai bem, filha.
- Mas a senhora sempre censura o que visto.
A mãe não gostava de ver a filha em trajes muito moder-
nos, ousados.
- Tudo bem, filha. Você decide.
SIGNIFICAÇÃO LITERAL E
CONTEXTUAL DE VOCÁBULOS
Os vocábulos podem ser empregados no sentido pró-
prio ( denotativo ) ou no sentido figurado ( conotativo ).
Observe os exemplos seguintes:
A jovem, no leito, gemia de dor. ( sentido próprio )
O diretor gemeu um discurso. ( sentido figurado )
A DENOTAÇÃO E A CONOTAÇÃO
DENOTAÇÃO
É a palavra empregada em seu sentido real, próprio,
dicionarizado.
CONOTAÇÃO
Sentido subentendido, às vezes de teor subjetivo, que
uma palavra ou expressão pode apresentar paralela-
mente ao sentido em que é empregada.
Observar, então, que algumas palavras têm cargas se-
mânticas que sugerem muito mais do que a princípio
apresentam.
Exercício 06:
Coloque nos parênteses D ou C, indicando os sentidos
Denotativo ou Conotativo:
01. ( ) Ninguém suportava os gemidos do enfermo.
02. ( ) O cachorro mordeu a menina.
03. ( ) Assisti ao desfile das escolas de samba.
04. ( ) Suas palavras soavam gemidas.
05. ( ) Ele me mordeu em dez reais.
06. ( ) As estrelas desfilavam no céu.
07. ( ) Ele nadava em dinheiro.
08. ( ) Seu coração parecia de pedra.
09. ( ) Em 1888, libertaram-se os escravos.
10. ( ) O atleta quebrou a perna.
11. ( ) As águas dos rios estavam poluídas.
12. ( ) O burro é um animal de grande utilidade no
interior.
13. ( ) O rapaz era chamado de burro pelos amigos.
14. ( ) O jovem quebrou o silêncio.
15. ( ) Os cometas são astros luminosos.
16. ( ) Não se deve nadar em águas profundas.
17. ( ) Os convidados começavam a pingar para o en-
contro.
18. ( ) Ele se deixou levar pelas águas do amigo.
19. ( ) Sou um escravo do trabalho.
20. ( ) Foi luminosa a sua idéia.
21. ( ) Ela adorava pedras preciosas.
22. ( ) O suor pingava-lhe do rosto.
23. ( ) Deitei- me mais cedo noite passada.
24. ( ) Houve uma chuva de protestos após a decisão.
25. ( ) Havia várias pedras no caminho acidentado.
26. ( ) A chuva atrapalhou o Carnaval.
27. ( ) O rapaz deitou a dizer bobagens.
28. ( ) Esse menino é um foguete.
29. ( ) Havia várias pedras em meu caminho, mas venci.
30. ( ) Os EEUU lançaram mais um foguete ao espaço.
CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS COM DETER-
MINADOS VOCÁBULOS E EXPRESSÕES
No que diz respeito ao aspecto semântico, algumas ob-
servações devem ser levadas em consideração.
1. SUBSTANTIVOS:
a) Nem sempre aumentativos e diminutivos nos dão
idéia de tamanho. Podem exprimir carinho, ternura, afe-
tividade, desprezo, depreciação, intensidade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Central de Concursos / Degrau CulturalLÍNGUA PORTUGUESA
Exemplos: narigão, livreco, filhinho, amarelão, supermer-
cado, minicalculadora.
b) Outras formas aumentativas e diminutivas, com o
tempo, adquiriram significados especiais, dissociados
das palavras de origem.
Exemplos: cartão, portão, folhinha ( calendário ), lingüe-
ta.
2. ARTIGOS:
a) O artigo definido pode ser usado com força distri-
butiva.
Exemplo: A carne já está custando dez reais o quilo. ( =
cada )
b) O artigo definido, anteposto a nome de pessoas,
apresenta um tom de afetividade ou de familiaridade.
Exemplo: Compare:
Antônio faltou à reunião. / O Antônio faltou à reunião.
(no segundo exemplo,o sujeito goza de certa intimidade
junto ao emissor)
c) Há profunda modificação de sentido na frase quan-
do a artigo definido antecede a palavra “todo”.
Exemplo: Compare:
Todo prédio deve ser vistoriado. (todos, em geral)
Todo o prédio deve ser vistoriado. (um prédio específico)
d) Há modificação significativa quando o artigo defini-
do vem anteposto a um pronome substantivo possessi-
vo.
Exemplo: Compare:
Este é meu livro. ( idéia de posse )
Este é o meu livro. ( idéia de distinção de outros de mes-
ma espécie. Dentre outros, este é o meu. )
e) Os artigos indefinidos “uns”, “umas” antepostos a
numerais indicam aproximação numérica.
Exemplo: Ela devia ter uns vinte anos.
f) Os artigos indefinidos antes de nomes próprios in-
dicam semelhança, elemento pertencente a determina-
da família; podem, ainda, designar obras de um artista.
Exemplos:
Provou ser um Judas. ( = traidor )
Ele era um verdadeiro Silva.
Trata-se de um Picasso.
3. ADJETIVOS:
a) Algumas formas aumentativas e diminutivas equi-
valem a superlativos.
Exemplos:
Menina branquinha = muito branca.
Doce gostosão = gostosíssimo.
b) Outras formas de obtenção de superlativos de um
modo não convencional:
. O café é extrafino.
 ( através da prefixação )
. As pernas da menina eram brancas, brancas.
 ( através da repetição do adjetivo )
. Ele é forte como um touro.
 ( através de uma comparação )
. O dono da escola é podre de rico.
 ( através de uma expressão idiomática )
. Ele não é apenas uma cantora, é a cantora.
 ( através da repetição do artigo e do substantivo, dando-
se ênfase ao artigo )
4. PRONOMES:
Os pronomes possessivos podem indicar afetividade,
carinho.
Os pronomes possessivos podem indicar afetividade,
carinho.
Compare:
Esta é a minha casa. ( posse )
Minha filha, disse o professor, você melhora a cada dia.
( afetividade )
Podem, ainda, indicar aproximação numérica.
Exemplo: Ele deve ter seus dezoito anos.
5. NUMERAIS:
Indicam também superlativação:
Exemplo: Já assisti a este filme mais de mil vezes.
6. CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES CONJUNTIVAS:
Deve-se estudar a equivalência que há entre elas.
Exemplos:
Quebrei a cabeça, porque fui imprudente.
Como fui imprudente, quebrei a cabeça. (Causa)
Irei ao cinema se você pagar o ingresso.
Irei ao cinema caso você pague o ingresso. (Condição)
Fui à praia embora chovesse.
Fui à praia apesar de chover. (Concessão)
7. PREPOSIÇÕES:
Deve-se estudar o valor semântico que uma preposição
apresenta.
Exemplos:
Ele foi a São Paulo. ( destino, direção )
Ele veio de São Paulo. ( procedência )
Ele saiu a seu pai. ( semelhança )
Este é um anel de ouro. ( matéria )
Fui ao cinema com ela. ( companhia )
Fiz o trabalho a caneta. ( instrumento )
Voltaremos a qualquer momento. ( tempo )
Ele morria de fome. ( causa )
Compras só em dinheiro. ( condição )
Exercício 07:
O que se pode dizer das palavras em itálico?
01. Colocarei seu prato naquela mesinha.
02. Ela se destaca das outras meninas por sua beiçorra.
03. Ele era um jogadorzinho qualquer.
04. Gostaria muito de ter um jogadorzinho desse em
meu time.
05. Não suje a casa. A mãezinha está prestes a chegar.
06. Ela usava um biquíni amarelão.
07. Carlinhos ( Carlito, Carlão ), veja só o que você fez!
08. Não leio um livreco desses.
09. Comprei um portão novo para a casa de campo.
10. O cavalete não suportou o peso do tabuleiro.
Exercício 08:
Estabeleça a diferença de sentido, existente entre as
frases abaixo:
1.
Todo morro merece atenção governamental.
Todo o morro merece atenção governamental.
2.
João é um bom rapaz .
O João é um bom rapaz.
3.
Esta é minha caneta.
Esta é a minha caneta.
4.
Estes livros são seus.
Ele deve ter seus quinze anos.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.
Meu filho é estudioso.
Meu filho, seus pais não aprovariam o que você fez.
Exercício 09:
O que indicam as frases seguintes?
01. Ele está superalimentado.
02. A pobre mulher era gorda, gorda.
03. Isto é claro como a água.
04. Ela é uma pianista de mão cheia.
05. Pelé não foi apenas um jogador de futebol, foi o joga-
dor.
Exercício 10:
Ligue os segmentos abaixo, transformando-os em duas
orações, estabelecendo entre elas uma relação de cau-
sa, de condição, de concessão ( não repita as conjun-
ções ou locuções conjuntivas ).
1. Ir à festa. / Chover.
2. Ser aprovado. / Estudar.
3. Ganhar o prêmio. / Ser merecedor.
4. Precisar de dinheiro. / Estar falido.
Exercício 11:
Modifique os períodos abaixo, iniciando-os conforme se
sugere, sem alterar a idéia contida no primeiro. Em con-
seqüência, outras partes da frase sofrerão algumas al-
terações.
1.
Abraçou-me com tal ímpeto, que não pude evitá-lo.
Não pude evitá-lo, ______________________ .
2.
Não se preocupe, que breve estarei de volta.
Breve estarei de volta, ___________________ .
3.
Não posso atendê-lo, porque não é lícito o que requereu.
Requereu o que não é lícito, ______________ .
4.
Insiste em sair sozinho, conquanto mal conheça a ci-
dade.
Mal conhece a cidade ___________________ .
5.
Bem cuidado como é, o livro apresenta alguns defeitos.
O livro apresenta alguns defeitos __________ .
6.
A serem considerados os resultados, o trabalho será bom.
O trabalho será bom ____________________ .
7.
Não fiquem tão ansiosos. Toda a matéria será dada.
Toda a matéria será dada, ________________ .
8.
Quando o professor chegou, a turma retornou à sala.
A turma retornou à sala __________________ .
9.
Contratou uma empresa, se bem que não precisasse.
Não precisava, _________________________ .
10.
Embora o professor fosse competente, ele não conse-
guia gostar de Latim.
Ele não conseguia gostar de latim __________ .
Exercício 12:
Desenvolva as idéias abaixo, com períodos argumenta-
tivos:
01. As pessoas comentam muito sobre a sujeira que
há na cidade, mas ___________________ .
02. Comprou-se muito no último Natal, embora
____________ .
03. Os alunos vão melhorando à medida que ______.
04. A Amazônia é o pulmão do mundo, pois ______ .
05. Como não se pode viver sem trabalhar, ________.
06. Apesar da boa vontade dos mestres, __________.
07. Ela era tão feio, que ____________________ .
08. Visto que foi imprudente, ________________ .
09. A não ser que você pague a passagem, ______ .
10. O voto não deve ser anulado, porque _________ .
11. Não comparecerei à reunião, mesmo ________ .
12. Como não tinha dinheiro, ________________ .
Exercício 13:
Nas frases abaixo, aponte o valor semântico ou circuns-
tancial que a preposição apresenta.
01. Sempre comprei a crédito.
02. Ele foi a casa.
03. A ser verdade, você será punido.
04. Ele é de boa família.
05. Ela morria de frio na praia.
06. Algumas pessoas vivem de rendas.
07. Há algo de se comer?
08. Corremos em seu auxílio.
09. Sou feliz em ser seu amigo.
10. Apostas só em dinheiro.
PROCESSOS COESIVOS DE REFERÊNCIA
COESÃO
União íntima das partes de um todo; conexão.
Através da coesão referencial, evitamos que um vocábu-
lo seja repetido, através de uma palavra anafórica.
ANÁFORA
Figura de repetição.
Geralmente, um pronome é o responsável pelo processo.
a) PESSOAL:
Encontraram todos os livros. Ei-los.
Marcaram-se as provas. Elas serão realizadas sexta-
feira.
b) POSSESSIVO:
O professor e seus alunos compareceram ao debate.
c) DEMONSTRATIVO:
Ao comparar o rio Amazonas com os diversos rios do
mundo, destacava a importância daquele em relação a
estes.
d) RELATIVO:
Este é o livro. / Eu comprei o livro.
Este é o livro que eu comprei.
A coesão referencial poderá, também, ser obtida através
de um advérbio, um numeral, ou da colocação de um
simples sinônimo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pratica-se muito futebol no Rio e em São Paulo. Aqui, as
partidas costumam ser disputadas no Maracanã; lá, no
Morumbi.
Os índices de violência aumentam no Rio de Janeiro. É
preciso que o estado previna-se contra ela.
Pedro e João são bons alunos. O segundo, em minha
opinião, destaca-se do primeiro.
Exercício 14:
Substitua

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