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PARASITOSES – PEDIATRIA 8º semestre Alan Paz – ATM 2024/1 AGENTE ETIOLÓGICO TRANSMISSÃO LOCALIZAÇÃO QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO OXIUROSE ou ENTEROBÍASE Enterobius vermiculares ou Oxiurus vermiculares Prurido anal – unhas contaminadas – ingestão oral das larvas Porção final do intestino grosso (reto e ceco) e ânus Maioria assintomática Prurido anal e vulvar, que causam irritabilidade e insônia Dor abdominal, n/v, diarreia mucossanguinolenta e tenesmo Normalmente é clínico, com auxilio do swab anal e o método da fita gomada (de manhã, antes do banho) Pamoato de pirvínio: 10 mg/kg VO DU- repetir em 2 sem Mebendazol: 100 mg/dose 2x/dia por 3 dias- repetir em 2 sem. Albendazol: 400 mg VO DU - repetir em 2 sem Lavar as roupas pessoais e de cama com água fervente e tratar toda a família TRICOCEFALÍASE Trichocephalus trichiura ou Trichuris trichiura Ingestão de ovos que contaminam água, solo e objetos Intestino grosso (cólon e ceco e última porção do íleo) Maioria assintomática Manifestações digestivas: cólica, diarreia e enterorragia, levando a anemia e prolapso retal Diarreia crônica com má-absorção intestinal Clínico, apoiado no EPF Anemia microcítica e hipocrômica Retossigmoidoscopia Mebendazol 100 mg 2x/dia VO por 3 dias Albendazol 400 mg VO DU Pamoato de oxipirantel 6-8 mg/kg VO e DU Não demanda retratamento em 15 dias ASCARIDÍASE* Ascaris lumbricoides Fecal-oral Ingestão de ovos de solo contaminado, alimentos e água infectados Migratória Intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), colédoco, vesícula biliar, ducto de Wirsung e apêndice Maioria assintomática Cólicas, n/v, diarreia, anorexia, irritabilidade, flatulência e desconforto abdominal Pneumonite aguda transitória (Síndrome de Loeffler) Complicações diversas: a principal é oclusão intestinal Clínico, apoiado no EPF (é bom nesses casos), RX de abdome com sinal de novelo de lã (bolo de áscaris) e hemograma com eosinofilia Mebendazol 100 mg 2x/dia VO por 3 dias Albendazol 400 mg VO 1x/dia DU Pamoato de pirantel 10 mg/kg VO DU Levamizol ANCILOSTOMÍASE Ancylostoma duodenale e Necator americanus As larvas penetram na pele Vilosidades do intestino delgado Fase aguda: prurido no local de introdução da larva Fase larval migratória: Síndrome de Loeffler Fase intestinal: N/v, diarreia, enterorragia ou melena, anorexia, bulimia, geofagia, anemia hipocrômica e microcítica, eosinofilia, fadiga, sonolência, edema de MMII e manifestações cardiovasculares (enteropatia perdedora de proteínas) Clínico Laboratorial: EPF, hemograma (anemia microcítica e hipocrômica, eosinofilia) e hipoalbuminemia (desnutridos) Mebendazol: 100 mg 2x/dia VO por 3 dias Albendazol: 400 mg VO dose única Pamoato de pirantel: 20 mg/kg VO dose única ESTRONGILOIDÍASE Strongyloides stercoralis Através de larvas pela pele Imunodeprimidos: migração de larvas através da mucosa intestinal, realizando ciclo pulmonar, e migração de larvas da região perianal para os pulmões Intestino delgado Prurido cutâneo Sintomas broncopulmonares Desconforto abdominal- diarreia grave, disenteria e vômitos Irritabilidade, astenia, anorexia e emagrecimento Disseminação larvária por todo o organismo em imunodeprimidos Clínico Laboratorial: EPF e hemograma (eosinofilia acentuada), sorologia IgG e IgM para Strongyloides Pesquisa de larvas em liquido duodenal e escarro Biopsia jejunal Tiabendazol: 25-50 mg/kg/dia 2x/dia por 2 dias- prolongado nos casos graves Albendazol: 400 mg VO 1x/dia por 3 dias Cambendazol: 5 mg/kg/dia VO dose única Eliminação de vermes é cíclica, o controle parasitológico deve ser feito com 7, 14 e 21 dias após o tratamento (geralmente demanda um re-tratamento) TENÍASE Taenia solium (porco) e Taenia saginata (gado) Ingestão de carnes de porco ou gado mal cozidas ou cruas que contêm cisticerco Intestino delgado Assintomática Anorexia ou bulimia e emagrecimento N/v, dor abdominal irritabilidade, cefaleia, astenia, fadiga Clínico, pela verificação da eliminação de anéis gravídicos expulsos com as fezes EPF Praziquantel (droga de escolha)- 100 mg/kg VO dose única Mebendazol 200 mg 2x/dia VO por 4 dias Albendazol 400 mg/dia VO por 3 dias HIMENOLEPÍASE Hymenolepis nana Ingestão de ovos embrionados por meio de alimentos Porção terminal do íleo Geralmente é assintomático Gastrointestinais: cólicas abdominais, n/v, anorexia, emagrecimento, diarreia, crises epileptiformes e fenômenos alérgicos (urticária, prurido anal e eosinofilia) EPF - comumente aparece no exame parasitológico Mesmo da teníase (acima) GIARDÍASE Giardia lamblia Ingestão de cistos (alimentos ou água contaminados) e direta (pessoa a pessoa) Duodeno e porções altas do jejuno (forma um “tapete” que causa os sintomas) Assintomático Diarreia aguda ou crônica, fezes esteatorreicas, flatulência, cólicas, n/v Má absorção intestinal levando à desnutrição (similar à doença celíaca) EPF- cistos ou trofozoíto Aspirado duodenal Biópsia duodenojejunal Metronidazol 30 mg/kg/dia VO por 7 dias Furazolidona Tinidazol DU Secnidazol 1g VO DU Albendazol 400 mg VO 1x/dia por 5 dias AMEBÍASE Entamoeba histolytica Alimentos e água contaminados e por via fecal/oral (pessoa a pessoa) Intestino grosso Assintomático 90% dos casos Formas sintomáticas: pode ser grave Intestinal: colite amebiana disentérica (dor abdominal, enterorragia e tenesmo) e colite não disentérica Extra- intestinal: abscessos hepático, pulmonar, cerebral, esplênico e genital (imunodeprimidos) Retossigmoidoscopia com biópsia Pesquisa de parasita em tecidos e exsudatos US e TC abdome nas formas hepáticas Metronidazol 30 mg/kg/dia VO por 7-10 dias Tinidazol DU: Dose única EPF: exame parasitológico de fezes n/v: náuseas e vômitos Ascaridíase*: verminose mais comum entre todas
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