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Módulo II – Unidade 2 Jurisprudência vícios de qualidade do produto: “Ação de reparação de danos. Vício de qualidade do produto. Telefone celular. Responsabilidade solidária do comerciante. Danos morais não configurados. Decadência.1. Estando o produto coberto pela garantia contratual, não há que se falar em decadência.2. A empresa que vende o produto enquadra-se no conceito de fornecedora para responder perante o consumidor por eventual vício do bem, junto com a fabricante.3. Tratando-se de vício de qualidade do produto adquirido, um telefone celular, em princípio os danos restringem-se ao valor intrínseco ao produto. Hipótese em que as... (71003006400 RS , Relator: Ricardo Torres Hermann, Data de Julgamento: 30/06/2011, Primeira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 04/07/2011)” “Ação de reparação de danos - compra e venda de trator - defeitos no motor do veiculo - vícios de qualidade do produto comprovados - ressarcimento dos valores pagos com o conserto do bem - possibilidade - responsabilidade da revendedora reconhecida - sentença mantida apelação desprovida. (992080719383 SP , Relator: Andrade Neto, Data de Julgamento: 10/02/2010, 30ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 19/02/2010)” “Consumidor. Aquisição de DVD. Vício do produto. Submissão do bem à assistência técnica. Aplicação do art. 18, § 1º, II, do CDC, que autoriza a restituição imediata da quantia paga no caso de não sanação do vício dentro do prazo legal (30 dias). Danos morais não configurados no caso concreto. Mero descumprimento contratual.18§ 1ºIICDC- Tendo o produto adquirido pela autora apresentado vício de qualidade que não foi consertado pela parte ré no devido prazo, faz jus a consumidora à restituição da quantia paga, monetariamente atualizada, nos termos do art. 18, § 1º, inc. II, do CDC. - O...18§ 1ºIICDC (71003040201 RS , Relator: Heleno Tregnago Saraiva, Data de Julgamento: 14/07/2011, Primeira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 19/07/2011)” “Bem móvel - Compra e venda de fogão - Vícios ocultos - Produto que apresentou vício de qualidade dentro do prazo de garantia contratual Pedido para substituição do produto - Responsabilidade do fornecedor por vícios de qualidade (art. 18 do C.D.C.)18C.D.C.- Danos morais -Inocorrência - Sentença parcialmente reformada - Os elementos dos autos comprovam a má qualidade do produto comercializado, estando pendente de reparos para sua pronta utilização, dentro do prazo de garantia. Tem o consumidor direito de escolha à substituição do produto ou restituição da quantia paga (art. 18, § Io, I, II do C.D.C.) e, por se tratar de produto essencial, garante-se a ele opção imediata do § 3o deste artigo, não sendo obrigado a esperar pelo conserto, podendo exigir troca imediata do bem. Indenização por dano moral afastada, tendo em vista o correto entendimento segundo o qual o descumprimento de contrato não gera dano moral indenizável, a não ser em casos especialíssimos, o que não é o caso dos autos - Recurso parcialmente provido.18§C.D.C. (9242084982008826 SP 9242084- 98.2008.8.26.0000, Relator: Manoel Justino Bezerra Filho, Data de Julgamento: 23/05/2011, 35ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 27/05/2011)”. “Consumidor. Responsabilidade civil. Prestação de serviços de mecânica. Inadequação. Direito de informação. Violação. Causa de pedir. Fato ou vício do serviço. Distinção. Dano material. Dano moral. Não configuração. I - nos artigos 12 a 17, o CDC trata da responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço (vício de qualidade ou defeito por insegurança), que visa proteger a incolumidade físico- psíquica do consumidor. Surge a partir do denominado acidente de consumo, que se verifica quando um produto ou serviço apresenta defeito de segurança, isto é, sua utilização ou fruição é capaz de acarretar riscos à incolumidade do consumidor ou de terceiros. - nos artigos 18 a 25, o CDC cuida da responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço (vício de qualidade por inadequação), que busca garantir a incolumidade econômica do consumidor e ocorre quando o produto ou serviço se revela inadequado, isto é, em desconformidade com o fim a que ele se destina. - em atenção aos primados da segurança jurídica, do contraditório e da ampla defesa, é defeso ao juiz julgar a demanda com fundamento em causa de pedir diversa daquela trazida na inicial. IV - se a prestadora do serviço de mecânica sabe que o consumidor está em trânsito, bem como que o veículo por ele conduzido está em péssimo estado de conservação e com altíssima quilometragem rodada, de acordo com a experiência ordinária e a boa-fé objetiva, é dever dela esclarecer de forma adequada quais os serviços que precisam ser efetivamente realizados para que o carro reúna todas as condições necessárias para o prosseguimento da viagem de forma segura, sob pena de violação ao direito de informação do consumidor e de responsabilização pelos danos daí decorrentes. V - apesar de ser inequívoco o transtorno causado ao consumidor com a falta de informação adequada acerca de quais os serviços de mecânica seriam necessários para consertar o veículo, tais fatos não possuem relevância jurídica a ponto de caracterizar dano moral, máxime quando o problema apresentado pelo carro não se revela como um acontecimento anormal, extraordinário, considerando-se as péssimas condições em que este se encontrava. VI - deu-se parcial provimento à apelação. (174655920058070007 DF 0017465-59.2005.807.0007, Relator: José Divino De Oliveira, Data de Julgamento: 13/01/2010, 6ª Turma Cível, Data de Publicação: 27/01/2010, DJ-e Pág. 90)” “Civil. Direito consumidor. Contrato de transporte aéreo. Inadequação serviços prestados. Extravio bagagem. Vício aparente. Serviço não durável. Prazo decadencial regulado pelo artigo 26, I, CDC. Caducidade do direito sujeito do consumidor e reclamar efeito jurídico. Matéria de ordem pública. Conhecimento de ofício. Extinção do feito com exame do mérito. Sentença reformada. Sobressai a relação jurídica encetada por força do contrato de prestação de serviços de transporte aéreo. Natureza consumerista da relação jurídica estabelecida entre as partes e, nesse prisma, a solução da controvérsia encontra contornos precisos no código de defesa do consumidor, em perfeita simetria com o assento constitucional insculpido no artigo 5º inciso XXXII, ao erigir em direito fundamental a proteção do consumidor, sem exclusão de outros regramentos normativos. Código de Defesa do Consumidor 2. No limiar do exame, desborda questão prejudicial de mérito extremamente relevante, consistente na fluência do prazo decadencial do direito do usuário de reclamar contra eventuais vícios aparentes na prestação de serviços não-duráveis, consistente no extravio da bagagem durante o transporte aéreo contratado.3. Caracterizado o defeito na prestação dos serviços, emerge para o usuário o direito de opor reclamação ao prestador dos serviços, começando daí a fluência do prazo decadencial de 30 (trinta) dias, conforme estatuído no artigo 26, inciso I, do CDC. 4. Impõe-se traçar a linha divisória entre os vícios aparentes ou de fácil constatação dos serviços, regulados pelo prazo decadencial, tal como previsto no artigo 26 do CDC, e o prescricional disciplinado pelo artigo 27. Este guarda simetria com fato do produto e do serviço, na forma da seção II, artigo 12, 13 e 14; já aqueles dizem respeito propriamente aos vícios, tratados na seção III. 5. Os demandantes reclamam reparação pecuniária decorrente da má qualidade dos serviços prestados, devido ao extravio da bagagem. Porquanto, um vício de qualidade por inadequação o qual, por via oblíqua, não se traduz em vício intrínseco apto a potencializar perigo iminente aos usuários dos serviços de transporte contratados.Não guarda subsunção, destarte, a fato do serviço, pois afastado qualquer perigo de dano à saúde ou proteção do consumidor, mas adstrito ao vício do serviço contratado, tal com regulado na seção III, do CDC, artigos 18 e seguintes. A falha dos serviços oferecidos, debitados à empresa contratada, encontra conformação com o prazo decadencial regulado pelo artigo 26, inciso I, do diploma consumerista, pois defeito aparente e serviço não durável. E, em assim sendo, como a prestação sucedeu exatamente no dia 10.5.2007, assistia aos lesados o direito de reclamar eventuais danos no prazo de 30 (trinta) dias. Porém, só o fez mediante ingresso da presente ação, precisamente no dia 31.8.2007, mais de 3 (três) meses posteriormente. Flagrante a fluência do prazo decadencial. 7. Mesmo não agitada pelas partes litigantes, cumpre ao magistrado conhecê-la de ofício, pois, quando do ajuizamento da demanda, o direito material subjetivo já estava fulminado pelo decurso do prazo decadencial, submetendo assim à imperiosa extinção do feito, com exame do mérito. (20070111055034 DF , relator: Donizeti Aparecido, Data de Julgamento: 21/10/2008, Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do D.F., Data de Publicação: DJU 02/12/2008 Pág. : 283)”.
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