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PROBLEMA 4 OBJETIVOS 1. Elucidar a etiologia e diagnósticos diferenciais da FOI. 2. Explanar os diagnósticos diferenciais das suspeitas diagnósticas. 3. Discutir o protocolo de atendimento da FOI. 4. Determinar o procedimento de urgência e emergência para o paciente com FOI e sintomatologias. 5. Descrever o mecanismo de ação das cefalosporinas. Objetivo 1+ 2 +3 + 4 Febre superior a 38,3°C em várias ocasiões. Duração por pelo menos três semanas. Diagnóstico incerto após uma semana de estudo no hospital. Geralmente se referem a uma doença febril sem uma etiologia inicialmente óbvia/sem sinais localizados como febre de origem desconhecida (FOI), a FOI é uma doença febril prolongada sem etiologia estabelecida, apesar de avaliação intensiva e testes diagnósticos. Apesar de ''antiga'' a definição estabelecida por Petersdorf e Beeson, em 1961, ainda é usada atualmente, nessa perspectiva a FOI é definida: 1. 2. 3. OBS: passando o tempo foram realizadas alguma adaptações aos critérios, incluindo a eliminação da avaliação intra-hospitalar e a expansão da definição também foi sugerida para incluir febres associadas aos cuidados de saúde, neutropênicas e associadas ao HIV que podem não ser tão prolongadas. Antes de concluímos que o paciente tem FOI é necessário que a anamnese, exame físico, hemograma completo, hemoculturas, quimícas sanguíneas de rotina, testes Infecções- 16%. Malignidades- 7%. Doenças reumáticas sistêmicas (p.ex vasculite e AR)- 22%. Diversos- 4%. Sem diagnóstico - 51%. hepáticos, radiografia de tórax e urilálise não nos deem alguma resposta reveladora do que poderia está causando a febre daquele paciente. Dentre as diversas causas de etiologia três categorias são reesposáveis pela maioria dos casos clássicos: 1. 2. 3. Outras causas da FOI são dividias em: 1. 2. OBS: Tuberculose extrapulmonar, tumores sólidos e abscessos são hoje causa menos prevalentes devido ao diagnóstico precoce por imagem radiológica. As causas infecciosas de febre prolongada em países com recursos limitados incluem tuberculose, febre tifóide, abscessos hepáticos amebianos e AIDS. É importante lembrar que as causas de FOI variam drasticamente com idade (p.ex em crianças é observada uma prevalência de síndromes virais indefinidas autolimitadas.) OBS: Pacientes com HIV refletem o grau de imunossupressão, melhor medido pela contagem de CD4 e determinação de carga viral. A infecção aguda pelo HIV pode se apresentar como uma FOI quando os sintomas e sinais indicadores (erupção cutânea e adenopatia difusa) estão ausentes. Abordagem diagnóstica História e exame físico: A história e o exame físico, assim como os exames laboratoriais, têm o potencial de gerar pistas diagnósticas valiosas em pacientes com FOI. Deve ser seguido um histórico completo de viagens, exposição animal, imunossupressão, história de drogas e toxinas e localização dos sintomas. Cada achado acabam sendo importantes para o diagnóstico do paciente p.ex um paciente que apresenta sensibilidade dentária ao frio ou sensibilidade gengival podemos pensar em um abscessos dentário ou paciente que apresente claudicação da mandíbula consistente com arterite de células gigantes. Testes diagnósticos: Uma ampla variedade de testes diagnósticos pode ser útil na FOI, recomenda-se que peça pelo menos: VHS, PCR, lactato desidrogenase sérico, teste tuberculínico ou ensaio de liberação de interferon-gama, imunoensaio de HIV e carga viral, três hemoculturas de rotina, fator reumatoide, creatina fosfoquinase, FAN, eletroforese de proteínas séricas e TC de abdome e tórax. Teste de desempenho: É importante ter em mente que apesar de serem testes úteis para o diagnóstico, a maioria desses teste podem dar falsos positivos, que pode levar a investigações desnecessárias, é semelhante à taxa de um resultado útil. 1. 2. 3. Temos reagentes para fase aguda, sendo eles: VHS E PCR, apesar de sua falta de especificidade. A medição da VHS parece ter seu maior uso no estabelecimento de uma causa subjacente grave de FOI, embora possa se apresentar alto na ausência de infecção ou malignidade. O uso dos exames de imagem acabam sendo úteis pelo fato de auxiliar na busca de abscessos ocultos ou hematomas em pacientes com FOI. O achado de linfadenopatia abdominal pode ser uma pista para linfoma ou processo granulomatoso. OBS: Apesar da RM ser mais sensível em algumas situações raramente é usada nas investigações do paciente com FOI. A biópsia é uma modalidade crítica na avaliação direcionada (em oposição à triagem) da FOI, mas podem ser usada nas seguintes situações: biópsia hepática para possível tuberculose miliar, hepatite granulomatosa ou outras doenças granulomatosas como sarcoidose; biópsia de linfonodo para possível malignidade, especialmente linfoma, ou infecções como doença da arranhadura do gato; biópsia pleural ou pericárdica na avaliação de tuberculose extrapulmonar. Quando doenças mórbidas como endocardite, tuberculose ou até mesmo leptospirose se apresentam como FOI, elas raramente progridem com rapidez suficiente para justificar o tratamento emergente. No entanto, quando há suspeita de doenças como essas, aceleramos os testes de diagnóstico e tratamos empiricamente. OBS: um diagnóstico definitivo foi estabelecido em 20% dos pacientes, geralmente dentro de dois meses após a alta. Etiologias da FOI Causas comuns:1 Infecção: entre as infecções a tuberculose e abcessos são as etiologias mais comuns. Tuberculose: As apresentações de TB, que escapam á detecção precoce, são extrapulmonares, miliares ou ocorrem nos pulmões de pacientes com doenças preexistentes significativa ou imunodeficiência. 1. Tuberculose primária: É mais comum em crianças em razão do primeiro contato, a doença tem apresentações clínicas variadas, podem ser insidiosas, OBS: tuberculose miliar = tuberculose disseminada, é facilmente tratável, enquanto a morte pode ocorrer em pacientes que permanecem sem tratamento. Apesar de grande parte da população mundial ser infectada pelo bacilo, somente alguns indivíduos desenvolve a doença. A tuberculose é causada por um agente o Mycobacterium tuberculosis, conhecido como bacilo de Koch (BK) ou ainda BAAR - bacilo ácido-álcool resistente (não cora nas técnicas de gram, sendo utilizada a coloração de Ziehl- Neelsen). A transmissão do agente ocorre de forma aérea por meio de gotículas (tosse, fala, espirro) e aerossóis, para que ocorra essa ''passagem'' de uma pessoa para outro existe alguns fatores que acabam auxiliando: quantidade de bacilos expelidos; frequência e proximidade do contato; resistência do hospedeiro. OBS: Na primoinfecção pulmonar pelo M. tuberculosis, devido á falta de imunidade celular específica, ocorre uma proliferação bacilar descontrolada, Com o passar do tempo, os bacilos se disseminam de forma linfo hematogênica, nesse momento temos apenas a infecção, pois a doença ainda não se manifestou. Após algumas semanas, a maioria dos indivíduos (90%) desenvolve imunidade celular conseguindo eliminar o microrganismo. Dessa forma podemos falar que temos uma doença com alta infectividade e baixa patogenicidade, outro ponto importante é entender que nem todos os pacientes conseguiram controlar a infecção. Apesar do hospedeiro conseguir disseminar o M. tuberculosis, quando pensando em infecção pulmonar isso não acorre dessa forma pois não é eliminado totalmente, apenas controlada. Surge então um granuloma com uma área central de necrose ceseosa, pode ser achado em exames de imagem e recebe o nome de nódulo de Gohn, que junto com os linfonodos satélites formam o complexo de Ranke. Pacientes que não conseguem controlar a infecção acabam desenvolvendo a doença, sendo denominada tuberculose primária. 1. o paciente pode ser apresentar irritado, com febre baixa, sudorese noturna e inapetência. Nem sempre a tosse está presente e o exame físico pode ser inexpressivo.2. Tuberculose pós-primária: é a forma mais comum de apresentação, o sintoma predominante é a tosse por mais de 3 semanas, paciente também apresente febre vespertina, sudorese noturna e a perda de peso completam o cenário clínico. O diagnóstico pode ser feito pelo teste molecular rápido, pois além de identificar as bactérias, avalia também a resistência dessas á rifampicina. Quando esse teste é positivo deve-se pedir cultura para confirmação. Em caso de indisponibilidade desse teste, é feito a baciloscopia do escarro que deve ser colhida duas amostras, uma no dia da consulta e outra na próxima manhã. OBS: na criança, a forma pulmonar difere do adulto, pois costuma ser abacilífera, isto é, negativo ao exame bacteriológico. A prova tuberculínica (PPD) nada mais é que um teste realizado para identificar indivíduos infectados (infecção latente da tuberculose), não necessariamente doentes, é feito com a injeção intradérmica de um derivado proteico do bacilo. O tratamento no esquema básico é feito por 6 meses, as drogas usadas são: rifampicina; isoniazida; pirazinamida; etambutol. Em adultos o esquema deve conter uma fase de ataque com as quatro drogas por 2 meses e uma fase de manutenção por 4 meses (2 RIPE+ 4 RI). Em crianças com <10 anos o esquema não deve conter etambutol, devido a dificuldade de diagnosticar a neurite óptica nesses casos. Abscesso: Abscessos ocultos geralmente estão localizados no abdômen ou na pelve. As condições subjacentes, que predispõem à formação de abscessos, incluem cirrose, medicamentos esteróides ou imunossupressores, cirurgia recente e diabetes. Os abscessos surgem quando há ruptura de uma barreira, como a parede do intestino na apendicite, diverticulite ou doença inflamatória intestinal. A ruptura muitas vezes sela espontaneamente e a peritonite local é convertida em abscesso pelos mecanismos de defesa do hospedeiro. A fonte de infecção nesses abscesso pode variar de acordo com o local de formação: Abscessos hepáticos piogênicos: geralmente ocorrem após doença no trato biliar ou supuração abdominal, como apendicite ou diverticulite. Lembrar que a sorologia amebiana estará positiva em mais de 95% dos casos da doença extra-intentinal. Semeadura hematogênica: responsável pela maioria dos abscessos esplênicos, que muitas vezes são perdidos antes da autópsia. A endocardite, atualmente, é a doença mais comum associada a esses abscessos. Abscessos perinefricos ou renais: geralmente surgem após uma infeção existente no trato urinário, embora a uroculturas possam ser negativas ou apenas intermitentemente positivas. 1. 2. 3. Endocardite bacteriana: As culturas são negativas em 2 a 5% dos pacientes com endocardite infecciosa. A negatividade da cultura é particularmente provável com os seguintes organismos, que são difíceis em isolar em cultura: Coxiella burnetii; Tropheryma whipplei; Brucela; Micoplasma; Histoplasma; Haemophilusspp; Actinobacilo; Cardiobactéria. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. A endocardite é uma infecção microbiana que geralmente acomete as valvas cardíacas, entretanto, também pode acometer defeitos septais, cordoalha tendínea e o endocárdio mural (parte de dentro da parede do coração). Pode ser classificada quanto ao tempo em aguda (menos de 6 semanas) ou subaguda (mais de 6 semanas) , e pode também ser classificada quanto ao quadro clínico em: aguda (febre alta e rebaixamento de consciência) ou subaguda (febre baixa arrastada, perda ponderal e sudorese noturna). A fisiopatologia da endocardite bacteriana é ''consequência'' de um endocardite trombótica não bacteriana, normalmente ocasionada pela lesão do endotélio. Acaba que no local de lesão gera um aderência plaquetária, principalmente em uma situação de hipercoagulabilidade. Na presença de uma bacteremia qualquer, as bactérias conseguem fixar e desenvolver. O quadro clínico da endocardite acaba sendo variada e pode causar uma confusão no momento do diagnóstico. A febre é o sintoma mais comum, estando presente em 90% dos casos. Doença de Still do adulto: é um distúrbio inflamatório caracterizado por febre cotidianas (diárias), artrite e erupção cutânea evanescente. Arterite de células gigantes: Deve ser considerado em pacientes com mais de 50 anos que se queixa de cefaleia, perda Assim, no quadro indolente, a presença de febre baixa, astenia, perda de peso, sudorese noturna (lembra bastante tuberculose sem tosse) e sopro cardíaco à ausculta. Os sinais periféricos de endocardite devem ser pesquisados, assim como os critérios de Duke. Achados laboratoriais, como a VHS aumentada ou fator reumatoide positivo são comemorativos que podem estar presentes. O tratamento acaba divergindo de acordo com alguma literaturas, mas deve-se ter em mente que, na maioria das vezes, é necessário iniciar a cobertura para S. aureus, com altas doses e longa duração, até que saiam os resultados das hemoculturas.Além disso, o uso de terapia sinérgica de um antibiótico que aja na parede celular (penicilina, ampicilina, Vancomicina) com um aminoglicosídeo apresenta maior eficácia. 2. Doença do tecido conjuntivo: A doença de Still do adulto em adultos jovens e de meia-idade e a arterite de células gigantes (ACG) em indivíduos mais velhos são os distúrbios reumatológicos mais comuns que se apresentam como FOI. Linfoma, especialmente não Hodgkin; Leucemia; Carcinoma de células renais; Carcinoma hepatocelular ou outros tumores metastáticos para fígado. abrupta da visão, sintomas de polimialgia reumática, febre ou anemia inexplicável e alta VHS. 3. Malignidade: as malignidade ais comuns que se apresentam como FOI são: 1. 2. 3. 4. As malignidade ocultas mais frequentes para causar febre são de origem reticuloendotelial (linfoma e leucemia), a febre é mais evidentes em linfomas avançados ou naqueles com padrões histológicos agressivos. As leucemias aleucêmicas são geralmente da linha mielóide. O diagnóstico é feito por biópsia de medula óssea. O mieloma múltiplo também foi relatado como causa de FOI. O carcinoma de células renais apresentam febre em aproximadamente 20% dos casos, pacientes podem apresentar hematúria e eritrocitose, mas frequentemente não há anormalidades no sedimento urinário e o hematócrito é normal. Causas menos comuns:2 Drogas: 1/3 dos pacientes s hospitalizados sofre de reações adversas a medicamentos, incluindo "febre medicamentosa". As drogas causam febre estimulando uma reação alérgica ou idiossincrática ou por afetar a termorregulação. Os medicamentos mais comuns que causam febre incluem: anti- histamínicos bloqueadores de H1 e H2; medicamento anticonvulsivantes (fenitoína); AINEs (incluindo salicilatos); drogas antiarrítmicas (quinidina). Reações medicamentosas ocorrem em até 24% dos pacientes com AIDS, sendo as erupções cutâneas e náuseas os efeitos mais comuns. 1. O diagnóstico de febre medicamentosa é feito por teste terapêutico de interrupção do medicamento suspeito, a maioria dos pacientes apresentam melhor em até 72h após a substituição da droga. 2. Febre factícia: A febre factícia é geralmente uma manifestação de uma condição psiquiátrica subjacente que afeta predominantemente mulheres e profissionais de saúde. Pacientes com febre factícia fingem doença para algum ganho secundário, as elevações da febre podem ser fabricadas através da manipulação de termômetros. As elevações de temperatura manipuladas podem ser extremas, às vezes superiores a 41ºC, e os ciclos de febre podem não ser acompanhados pelo comportamento esperado do paciente e sinais físicos como calafrios, cobertura com cobertores, extremidades frias, sudorese, extremidades quentes e taquicardia. O uso generalizado atual de termômetros eletrônicos diminui a oportunidade de manipular ou trocar termômetros. 3. Abscesso dentário: Abscessos dentários apicais são uma causa rara de febre persistente que pode ser ignorada pelo paciente e pelomédico. Entre os 20 relatos de casos na literatura, a maioria dos indivíduos deferveu após a remoção dos dentes cariados, com ou sem terapia antimicrobiana. 4. Hepatite alcoólica: os sinais e sintomas característicos da hepatite alcoólica são febre, hepatomegalia, icterícia e anorexia. A febre é tipicamente modesta (<38,3°C). Existem várias anormalidades laboratoriais características na hepatite alcoólica. A mais típica é a elevação da aminotransferase sérica para menos de 500 unidades internacionais/L com uma elevação desproporcional da aspartato aminotransferase (transaminase glutâmico oxaloacética sérica) em comparação com a alanina aminotransferase (transaminase glutâmico pirúvica sérica); a razão é geralmente maior que 2,0, um valor que raramente é visto em outras formas de doença hepática. Hepatomegalia3 O fígado é um órgão com funções digestivas, p.ex inclui o sangue do trato gastrointestinal, metaboliza drogas e sintetiza proteína (por fatores de coagulação). A vascularização, localização e funções do tamanho tornam mais suscetível a várias condições que aumentam a sua hepatomegalia, definida como o aumento do tamanho além do normal. Pode-se suspeitar de hepatomegalia com base nos achados do exame físico ou de imagem. O fígado é um órgão em forma de cunha localizado no quadrante direito do abdome, a linha geralmente se estende do quinto espaço intercostal até o rebordo costal direito hemiclavavicular, o seu tamanho varia com o sexo e o tamanho do corpo, para homens temos um tamanho me média de 14,5 cm e para mulheres 13,4 cm. Pode-se suspeitar de hepatomegalia com base no exame físico ou na imagem do fígado, a percussão e a palpação do fígado são métodos de exame comuns, enquanto a imagem é usada com frequência para avaliar o tamanho e a textura do fígado e procurar anormalidades como lesões focais ou trombose da veia porta ou hepática. Exame físico: O exame físico do fígado inclui palpação abdominal e percussão. A percussão e a palpação é feito com o paciente em decúbito dorsal, na percussão: o examinador utiliza a percussão movendo-se inferiormente até que a macicez sugira a borda superior do fígado (geralmente localizada no quinto espaço intercostal). Em seguida, a percussão é realizada abaixo do umbigo em uma área de timpanismo, e o examinador move-se superiormente até que a macicez indique a borda inferior do fígado. Hepatomegalias dolorosas: Hepatite aguda: a inflamação hepática é uma reação inespecífica ao dano hepático e pode resultar em uma hepatomegalia. As causas de inflamação hepática que são comumente associadas á hepatomegalia dolorosa incluem infecção, p.ex hepatite A. Fluxo venoso prejudicado: A congestão hepática pode se desenvolver se o fluxo venoso do fígado estiver obstruído, podemos observar essa obstrução nos distúrbios como: Síndrome de Budd- Chiari (pacientes apresentam obstrução da via de saída venosa hepática), normalmente apresentam dor abdominal, 1. Já a palpação é realizada para estimar a extensão do fígado e também verificar se há sensibilidade ou lesões hepáticas, para avaliar a a mão examinadora é colocada abaixo do nível da macicez observada à percussão na linha hemiclavicular, paralela ao músculo reto. O fígado é palpado durante a inspiração profunda à medida que se move inferiormente para encontrar as pontas dos dedos do examinador. As causas para uma hepatomegalia podem ser muitas e podem estar atreladas a diversas doenças e situações, podemos dividir as causas de hepatomegalias em dois grandes grupos: 1. Doença hepática colestática: hepatomegalia não dolorosa é uma manifestação clínica comum em pacientes com doença hepática colestática, como colangite biliar primária (CBP) ou colangite esclerosante primária (CEP). Distúrbios do metabolismo lipídico: Distúrbios do metabolismo lipídico podem resultar no acúmulo de lipídios tóxicos, incluindo triglicerídeos, no fígado (p.ex DM). Doença de Gaucher: A doença de Gaucher é uma doença de armazenamento lisossomal que afeta a reciclagem de glicolipídios celulares, resultando em seu acúmulo nos lisossomos de macrófagos (por exemplo, fígado, baço). A doença de Gaucher tipo 1 tem uma variedade de características de apresentação que podem ocorrer em qualquer idade, enquanto o aumento do fígado é comum e geralmente é duas a três vezes o tamanho normal para a idade. A esplenomegalia também é comum. Doenças infiltravas: ex. doença granulomatosa; amiloidose hepática; Linfoma hepatoesplênico de células T; tumores malignos. ascite e hepatomegalia. Observamos também a insuficiência cardíaca direita, pacientes apresentam dispneia, fadiga, anorexia, desconforto torácico, icterícia, distensão venosa jugular e ascite. Em pacientes com ascite, o diagnóstico de insuficiência cardíaca direita pode ser sugerido por um gradiente de albumina soro-ascite elevado. 2. Hepatomegalia indolor: A avaliação do paciente com hepatomegalia inclui a obtenção de uma história para identificar sintomas sugestivos de doença sistêmica subjacente e fatores de risco para doença hepática, realização de exame físico para procurar pistas sobre a etiologia e sinais ALT E AST; Fosfatase Alcalina; Bilirrubina total; Albumina sérica; Tempo de protombina; Ultrassom Doppler. de doença hepática e obtenção de dados bioquímicos hepáticos e testes de função e ultra-som Doppler. O teste laboratorial inicial é realizado para procurar anormalidades na bioquímica ou função hepática, enquanto a imagem inicial avalia o tamanho, a consistência e o fluxo sanguíneo do fígado: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida. A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas isso não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático. Após algum tempo da ''constante'' batalha imunológica, temos fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do sistema imunológico) que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. HIV4 A epidemiologia mundial do vírus da imunodeficiência humana é bastante diversificados, onde podemos observar uma alta prevalência como p.ex África subsaariana. No Brasil tem um prevalência intermediária de 0,8%, quase 1 milhão de casos, sendo 40 mil casos novos/ano. Um ponto que vale ressaltar quando pensamos em epidemiologia e áreas de ''foco'' é a questão do acesso ao tratamento retroviral, temos países na qual a população consegue esse acesso então evitamos séries de doenças oportunistas e controle da doença e temos países no qual poucas pessoas conseguem ser medicados e controlar a doença. Quando pensamos em transmissão as vias ''clássicas'' são: sexual (maior prevalência), vertical e parenteral. Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV (tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse período varia de três a seis semanas. Leishmaniose visceral5 A leishmaniose consiste em um complexo de doenças transmitidas por vetores causadas por mais de 20 espécies do protozoário do gênero Leishmania. A epidemiologia e ecologia da LV em uma determinada região são determinadas pela Forma oligossintomática: desenvolvimento da doença na sua forma não grave, seriam pacientes com sintomas inespecíficos, como: febre baixa, sintoma gastrointestinal, cefaleia e outros. Nesses casos os sintomaspodem ter uma resolução espontânea em 3-6 meses (60- 70% dos casos). Forma aguda: paciente apresenta síndrome febril, hepatoesplenomegalia (pequena apresentação, aumento de baço 5cm do rebordo costal esquerdo) e pancitopenia. Forma crônica: paciente apresenta febre arrastada e perda ponderal, hepatoesplenomegalia MUITO significativa e pancitopenia. Apresenta também hipergamaglobulinemia policlonal (aumento da produção do anticorpos totais do corpo). características das espécies de parasitas, espécies de flebotomíneos e hospedeiro(s) reservatório(s) mamífero(s). Cerca de 13.000 casos incidentes de LV foram relatados à Organização Mundial da Saúde em 2020, tendo maior prevalência na Índia, Brasil, Bangladesh e Sudão (concentra 90% do casos). Entre as doenças tropicais, a leishmaniose ocupa o segundo lugar em mortalidade e o sétimo em perda de anos de vida ajustados por incapacidade, e ainda sim é uma das doenças mais negligenciadas, dada a sua forte associação com com a pobreza e os recursos limitados investidos em novas ferramentas de diagnóstico, tratamento e controle. No Brasil o protozoário mais comum é a Leishmania Chagasi, tendo como vetor Lutzomyia longipalpis (flebotomíneo), essas espécies tem como alvo reservatórios da doenças os humanos e cachorros. Podemos dividir as manifestações clínicas em: 1. 2. 3. Leptospirose6 Fase oligossintomática: é a maioria dos casos, paciente apresenta características de síndrome gripal e acaba passando despercebida . Fase anictérica: paciente apresenta febre, mialgia e outros sinais que não acabam tendo uma ''urgência'' Síndrome Weil: classificação mais grave da infecção, paciente apresenta vasculite multissistemica tendo acometimento renal e pulmonar. Paciente apresenta uma ictericia febril rubinica. É um zoonose com manifestação clínicas multiformes causadas por espiroquetas patogênicas do gênero Leptospira. É uma doença disseminada e prevalente, ocorre em regiões temperadas e tropicais, acaba sendo infecção subnotificada e não há números confiáveis de incidência global. Uma revisão sistemática e exercício de modelagem estimou que havia 1,03 milhão de casos em todo o mundo anualmente com 58.900 mortes associadas à perda de 2,9 milhões de anos de vida ajustados por incapacidade. A sua transmissão é dada com animais com leptospiúria (no ambiente urbano: ratos), sendo o contato hídrico o mais comum, é importante ter em mente que sua manifestação clínica ela vai da forma mais sútil até a apresentação mais grave: Síndrome Weil que pode se apresentar com um síndrome de icterícia febril. A doença tem um período de incubação de 2 a 21 dias. As manifestações clínicas pode ser dividida em: 1. 2. 3. OBS: paciente apresenta leucocitose, plaquetopenia e discreta alteração de transaminase. Outro achado são a presença de edema, por conta de uma baixa produção de albumina (hipoalbuminemia intensa). Os antibióticos beta lactâmicos estão entre os medicamentos mais comumente prescritos, agrupados com base em uma característica estrutural compartilhada, ou anel beta- lactâmico. São medicamentos que cobrem uma ampla gama de organismos , são geralmente bem toleradas e fáceis de administrar, a maioria das cefalosporinas são apresentações semissintéticos da cefalosporina C. Muitas cefalosporinas parenterais apresentam uma meia-vida sérica curta e devem ser administradas a cada quatro horas no tratamento de infecções sistêmicas graves em pacientes com função renal normal. Existem algumas cefalosporinas de meias- vidas séricas mais longas e podem ser dosadas com menos frequência (p.ex ceftriaxona- terceira geração). Normalmente as cefalosporinas de primeira e segunda geração penetram mal na barreira do líquido cefalorraquidiano (LCR) e não devem ser usados para tratar infecções do sistema nervoso central. As cefalosporinas de terceira geração atingem níveis de LCR muito mais confiáveis em pacientes com irritação meníngea. Seguindo a classificação de acordo com a sua geração: Objetivo 5 Primeira geração:1 OBS: apresenta semelhança ás penicilinas (reações adversar, resposta clínica e mecanismos de resistência). A cefalotina é a mais antiga das cefalosporinas geração, utilizada contra a maioria dos cocos gram-positivos, mas não tem atividade clinica contra enterococos. A cefazolina tem um espectro de atividade semelhante à cefalotina, disponível em todo o mundo e agora é uma única cefalosporina de primeira geração parenteral, cefazolina é menos estável do que a cefalotina in vitro à penicilinase tipo A dos estafilococos. Segunda geração:2 Em pouco com os agentes de primeira geração, as cefalosporinas de segunda geração são um pouco ativas contra estafilococos. Em contraste, maior atividade contra certos bacilos gram-negativos. Podemos dividir as cefalosporina de segunda geração em dois grupos: atividade contra Haemophilus influenzae (cefuroxima e cefazolina) e ativo contra Bacteroides (cefoxitina e cefotetan). Terceira geração:3 marcada pela estabilidade às beta- lactamases comuns de bacilos gram- negativos, e esses compostos são altamente ativos contra Enterobacteriaceae. As cefalosporinas de terceira geração são menos ativas contra a maioria dos organismos gram-positivos do que as cefalosporinas de primeira geração e são inativas contra enterococos,Listeria, estafilococos resistentes à meticilina e Acinetobacter, o tratamento com cefalosporinas de terceira geração pode ser complicado por superinfecção (particularmente por enterococos ou Candida) ou pelo surgimento de resistência à terapia. Quarta geração: 4 Cefepime é a cefalosporina de quarta geração atualmente disponível. Possui um amônio quaternário carregado positivamente ligado ao anel diidrotiazona, o que resulta em melhor penetração através da membrana externa de bactérias gram- negativas e menor afinidade do que as cefalosporinas de terceira geração para certas betalactamases cromossômicas de bacilos gram-negativos. Tratamento com cefepima pode ser complicada por superinfecção (particularmente com enterococos ou Candida). O uso de cefepima também acarreta risco de convulsões (especificamente estado de mal epiléptico não convulsivo), particularmente em pacientes com insuficiência renal para os quais a dose não é ajustada adequadamente para baixo. Quinta geração: 5 Ceftarolina é uma cefalosporina de quinta geração cujo metabólito ativo possui um espectro de atividade in vitro semelhante ao ceftriaxona mas com atividade gram-positiva melhorada. Em particular, a ceftarolina tem maior afinidade para PBP2a em estafilococos resistentes à meticilina e tem atividade contra MRSA, bem como vancomicina-intermediário, além disso , a ceftarolina tem atividade para Streptococcus pneumoniaeque é intermediário ou resistente à penicilina ou ceftriaxona.
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