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Infecções sexualmente transmissíveis - IST


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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 
SÍFILIS 
Sífilis adquirida = Treponema pallidum 
• Infecção bacteriana sistêmica, crônica e exclusiva do ser humano. 
• Sua transmissão ocorre principalmente por contato sexual, mas pode ser transmitida 
verticalmente para o feto, podendo chegar até 80% de infecção intraútero. A transmissibilidade 
da sífilis é maior nos estágios iniciais da doença. 
• Quando não tratada, acomete principalmente os sistemas nervoso e cardiovascular. 
Classificação
Sífilis recente (primária/cancro duro, secundária e latente recente) = Até um ano de evolução
Sífilis tardia (latente tardia e terciária) = Mais de um ano de evolução 
Sífilis primária/ Cancro duro = Incubação de 10 a 90 dias (em média 3 semanas). Úlcera genital 
rica em treponemas, geralmente única e indolor, com borda bem definida e regular, base 
endurecida e fundo limpo, geralmente acompanha de linfadenopatia regional. 
Sífilis secundária = Ocorre entre 6 semanas e 6 meses após a cicatrização do cancro, podendo 
aparecer em um período de até ano. Lesões cutâneo-mucosas. Erupção macular eritematosa 
(roséola) em tronco e na raiz dos membros. Comum placas/lesões acinzentadas em mucosas. 
Frequente acometimento de genitais. Linfadenopatia generalizada e micropoliadenopatia. 
Quadros neurológicos, oculares, hepáticos.
Sífilis latente = Não se observa nenhum sinal ou sintoma - Assintomática. O diagnóstico é 
exclusivo pelos testes treponêmicos e não treponêmicos. 
Sífilis terciária = Pode surgimento 1 e 40 anos depois da infecção. A inflamação causada nesse 
estágio provoca destruição tecidual. Observa-se a formação de gomas sifilíticas ( tumorações 
com tendência a liquefação) na pele, mucosas, ossos e qualquer tecido. Podem causar 
desfiguração, incapacidade e morte. 
Toda erupção cutânea sem causa determinada deve ser investigada com teste para sífilis!
Diagnóstico 
Exames diretos = Exame em campo escuro e pesquisa direta com material corado (Esses 
exames não são recomendado para lesões de cavidade oral) 
Testes imunológicos = São os mais utilizados (sangue, soro ou plasma)
• Treponêmicos detectam anticorpos específicos contra o T. Pallidum. São os primeiros a se 
tornarem reagentes. Na maioria dos casos permanecem reagente por toda a vida, por isso nao 
são indicados para monitoramento. Ex.: Teste rápido, teste de hemaglutinaçao, teste de 
imunofluorescência indireta e ensaios imunoenzimáticos. 
• Não treponêmicos detectam anticorpos anticardiolipina não específicos para o T. Pallidum. 
Permitem análise qualitativa e quantitativa. Utilizados para diagnóstico e para monitoramento. 
Tornam-se reagentes em torno de 1 a 3 semanas após o aparecimento do cancro duro. Ex.: 
VDRL, RPC, TRUST, USR. 
 
Recomenda-se iniciar pelo teste treponêmico (teste rápido), após isso, realizar o teste não 
treponêmico (VDRL) para somente assim ter a confirmação diagnóstica.
Tratamento 
Benzilpenicilina benzatina - Única droga com eficácia na gestação 
Outras opções como a doxiciclina e a ceftriaxona só devem ser usada em conjunto com um 
controle clínico e laboratorial rigoroso. 
Tratamento imediato com somente um teste reagente em casos de = gestante, violência sexual, 
pessoas que não retornarão ao serviço, pessoas com sinais de sífilis primária/secundária e 
pessoas sem diagnóstico prévio de sífilis. Para pacientes sintomáticos com suspeita de sífilis 
primária ou secundária com impossibilidade da realização dos testes diagnósticos, realizar 
terapia empírica no paciente o parceiro. 
Administração da medicação = Via intramuscular na região ventro-glútea (preferencial) ou região 
vasto lateral da coxa e dorso glúteo. 
Em casos de dose não única, deve ser realizado um intervalo de uma semana. Em gestantes, se 
esse intervalo for maior que 7 dias ou em não gestantes se esse intervalo for maior de 14 dias, 
reiniciar o tratamento. 
O monitoramento pós tratamento com teste não treponêmico (o mesmo utilizado no diagnóstico), 
deve ser realizado em todos os pacientes. Em gestantes mensalmente e no restante da 
população a cada 3 meses até completar 1 ano. 
Reação de Jarisch-Herxheimer = Pode ocorrer durante as 24 horas após a primeira dos de 
penicilina, em especial em casos de infecção primaria ou secundária. Caracteriza-se por lesões 
cutâneas, mal-estar geral, febre, cefaleia e artralgia que regridem esporadicamente. Não há 
necessidade de descontinuar o tratamento. 
Em casos de anafilaxia, a droga de escolha é a adrenalina! 
Gestantes comprovadamente alérgicas à penicilina devem ser dessensibilizadas em ambiente 
hospitalar. 
Resposta imunológica ao tratamento quando ocorre a diminuição de duas titulações em um 
período de 3 meses e diminuição de quatro titulações em 6 meses. 
Critérios para retratamento da sífilis 
• Ausência de redução de titulação em 6 meses 
• Aumento da titulação 
• Persistência ou recorrência de sinais e sintomas clínicos 
Neurossífilis
Manifestações clínicas da neurossífilis = Envolvimento ocular, envolvimento auditivo, paresia 
geral, deficiência cognitiva, mudanças de comportamento, demência, mania, dificuldade de 
memória, confusão mental , traves dorsalis, epilepsia, entre outros… 
Diagnóstico = Não tem exame padrão ouro! = Alterações do LCR e resultado de VDRL no LCR
Indicações para punção lombar = sintomas neurológicos ou oftalmológicos presentes, evidencia 
de sífilis terciária ativa, falha de tratamento clínico sem reexportação sexual. 
Indivíduos tratados para neurossífilis devem ser submetidos à punção liquórica de controle após 
6 meses do término do tratamento. 
Todas as PVHIV diagnosticadas com sífilis devem ser submetidas a um exame neurológico 
minucioso!
INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO URETRAL 
Uretrites = Inflamação e corrimento uretral 
• Podem ser transmitidos por relação sexual vaginal, anal e oral 
• Quadro clínico = Corrimento uretral de aspecto mucoide (geralmente), com volume variável, dor 
uretral, disúria, strangúria, prurido uretral e eritema de meato uretral. 
• Fatores de risco = idade jovem, baixo nível socioeconômico, múltiplos parceiros, uso. Irrguaalr 
de preservativos e histórico de ISTs. 
• Etiologia = Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis 
Uretrite gonocócica = Neisseria gonorrhoaea
Risco de transmissão de 50% para o parceiro, por ato sexual. 
Os sinais e sintomas sao determinados pelos locais primários de infecções = Membrana mucosa 
da uretra (uretrite), endocérvice (cervicite), reto (proctite), faringe (faringite) e conjuntiva 
(conjuntivite)
A uretrite no homem é mais comum na sua forma sintomática (10% assintommáticos), havendo 
presença de corrimento e disúria. Nas mulheres é frequentemente assintomática. A incubação 
gira em torno de 2 a 5 dias após a infecção.
Complicações no homem = Orquiepididimite, prostatite e estenose da uretra
Uretrite não gonocócica = Chlamydia trachomatis, Mycoplasma genitalium, Ureaplasma 
urealyticum, Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis. 
Nos homens a infecção por clamídia é responsável por aproximadamente 50% dos casos de 
uretrite não gonocócica. Transmissão por contato sexual. Período de incubação nos homens de 
14 a 21 dias. 
Corrimentos mucoide, discretos, com disúria leve e intermitente. 
As uretrites causadas por Chlamydia trachomatis podem evoluir para prostatite, epididimite, 
balancete, conjuntivite e síndrome uretro-conjuntivo-sinovial ou síndrome de Reiter
Uretrites persistentes = Os paciente devem retornar entre 7 a 10 dias após o término do 
tratamento. 
Em casos de recorrência, avaliar bem a história clínica (reinfecção ou tratamento inadequado), 
após descartadas essas possibilidades, pesquisar agentes não suscetíveis ao tratamento 
anterior. Considerar tambem como diagnóstico diferencial trauma, corpos estranhos, irritação 
química, entre outros. 
M. Genitalium nas mulheres estão associados ao aumento do risco de cervicite, DIP, parto 
prematuro, infertilidade e aborto espontâneo. Esse agente, nãopossui parede celular, logo não 
deve ser tratado com antibióticos beta-lactâmicos. A moxifloxacina é uma boa opção, mas não 
está disponível no SUS para infecções por esse agente. 
Infecção por clamídia e gonococo extragenital = A infecção retal geralmente é assintomática, mas 
pode causar proctite ou desconforto anal/perianal, sendo mais frequente em HSH. A infecção de 
faringe é geralmente assintomática. A conjuntivite gonocócica é mais comum em RNs de mães 
infectadas e em adultos. 
A infecção gonocócica disseminada é rara e resulta da disseminação hematológica partir das 
mucosas afetadas. Podem causar febre, lesões cutânea, artralgia, artrite, tenossinovite séptica. 
Acomete mais mulheres.
Métodos diagnósticos 
Assintomáticos = Detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular 
Sintomáticos = 
Detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular
Bacterioscopia 
Cultura de amostras de corrimento uretral em meio seletivo de Thayer-Martin
Esterase leucocitária na urina de primeiro jato ou exame microscópico de sedimento urinário de 
primeiro jato (+)
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL 
Úlceras = Lesões ulcerativas erosivas, precedidas ou não por pústulas e/ou vesículas, 
acompanhadas ou não de dor, ardor, prurido, drenagem de material muco purulento, 
sangramento e linfadenopatia regional. 
Úlcera genital não é necessariamente causada por ISTs, pode estar associada a fungos, bactérias 
ou vírus (Ex.: dermatoses bolhosas/pênfigo, eritema multiforme e a dermatite de contato; líquen 
plano erosivo; aftas; lesos traumáticas; lesões malignas/carcinoma espinocelular)
ISTs que se manifestam como úlceras 
• Sífilis 
• Herpes perioral e genital (HSV-1 e HSV-2)
• Cancroide (Haemophilus ducreyi)
• Clamídia (L1, L2 e L3 - LGV - Linfogranuloma venéreo)
• Donovanose (Klebsiella granulomatis) 
Esses agentes podem ser encontrados isoladamente ou em associação. A presença de ulcera 
esta associada a um elevado risco de transmissão e aquisição de HIV, portanto o diagnóstico e 
tratamento imediato dessas lesões constitui uma medida de prevenção e controle da epidemia de 
HIV.
Sífilis primária = Cancro duro = Úlcera, geralmente única, indolor, com base endurecida e fundo 
limpo. Pode durar de duas a seis semanas, desaparecendo espontaneamente.
Diagnóstico = Microscopia de campo escuro 
Herpes genital (HSV-2) = Muitos nunca desenvolverão manifestações sintomáticas, mas em PV-
HA, as manifestações tendem as ser dolorosas, atípicas e de maior duração. Lesões eritemato-
papulosas pequenas, que rapidamente evoluem para vesículas sobre base eritematosa, muito 
dolorosas e de localização variável na região genital. Pode cursar com febre, mal estar, mialgia e 
disúria. Episódios de recorrência são mais comuns em pessoas que apresentam a primofeccao 
por HSV-2 do que HSV-1. 
Sintomas que podem preceder = prurido leve ou queimação, mialgia e fisgadas nas pernas, 
quadris e região anogenital. 
Gestantes = Realizar cesariana sempre que houver lesões herpéticas ativas.
Cancroide/Cancro mole/ Cancro venéreo = Lesões dolorosas,geralmente múltiplas devido a 
autoinoculação, bordas irregulares, contornos eritemato-edematosos e fundo heterogêneo, 
recoberto de exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido, sangramento fácil. 
Diagnóstico = microscopia de material
Linfogranuloma venéreo = Linfadenopatia inguinal e/o femoral
Fases 
• Inoculação (pápula, pústula ou exulceração indolor, muitas vezes não percebida pelo paciente)
• Disseminação linfática regional (geralmente unilateral)
• Sequelas (superação e fistulização por orifícios múltiplos)
O diagnóstico de LGV deve ser considerado em todos os casos de adenite inguinal, elefantíase 
genital e estenose uretral ou retal!
Donovanose = Ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, 
de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil. A ulceração evolui lenta e progressivamente, 
pode se tornar vegetante ou úlcero-vegetante. As lesões costumam ser múltiplas, com 
configuração em espelho. Predileção por áreas de dobras e região perianal.

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