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RESUMO FUNGOS

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1- Classificação dos Fungos
Micologia estuda micro organismos conhecidos como fungos e leveduras
 - Características dos fungos
· Maioria são microscópicos (1 micro milímetro ou mais de diâmetro)
· Mais de 1,5 milhões de espécies (os cogumelos são fungos visíveis e tem mais de 100 mil espécie)
· Presentes em solo terrestre e em vegetação em decomposição
· Representa um grupo diversificado de organismos UBIQUOS (presentes em praticamente em todos os lugares, diversos animais, como no homem)
· Objetivo do fungo é degradar a matéria orgânica, causando decomposição e degradação.
· Considerados os lixeiros do mundo pelo serviço de degradação e decomposição, os fungos produzem substratos que favorecem o crescimento de plantas. Já as leveduras são muito utilizadas na indústria de alimentos, fitoterapia, agricultura, biotecnologia, farmácia, etc.
Reino Fungi
Os fungos foram reconhecidos como reino em 1969 na descrição de Whittaker, com base na morfologia, forma de nutrição e metabolismo.
Não são características dos fungos
· Produção de celulose
· Realização de fotossíntese
· Presença de cloroplastos
· Estocagem de energia em forma de amido
· As células dos fungos são compostas por QUITINA
· Os fungos são seres heterotróficos (não produzem seu próprio alimento)
· Alimentam-se das enzimas secretadas da degradação da matéria orgânica que entram através dos poros presentes na membrana.
· Utilizam as MITOCÔNDRIAS para a produção de energia
· O armazenamento de energia se dá na forma de GLICOGÊNIO
· Suas características celulares são mais parecidas com as células dos animais do que das células dos vegetais.
· As leveduras só foram identificadas e catalogadas após o surgimento do microscópio
· Após o advento da microscopia foi possível associá-los e diferenciá-los.
· Em alguns aspectos microscópicos e biológicos, as leveduras podem ser semelhantes às bactérias, porém, várias características básicas das bactérias são diferentes das encontradas nos fungos.
Classificação Taxonômica
Taxonomia – Sistema de comunicação capaz de definir, descrever, identificar e classificar as espécies. Criada por Lineu em 1735.
Os organismos são catalogados na ordem hierárquica decrescente, nessa sequencia:
Reino <Filo<Classe<Ordem<Família<Gênero<Espécie
Muito Geral-------------------------------Muito específico
O REINO FUNGI era dividido em 04 filos
· Zygomycota
· Basidiomycota
· Ascomycota
· Deuteromycota/ANAMÓRFICO (fungos imperfeitos)
Hoje, o Reino Fungi está dividido em 07 filos
1- Microsporidia (parasitas unicelulares endobióticos)
2- Chytridiomycota (quitrídios- microscópicos e únicos a apresentar flagelos)
3- Blastocladiomycota (fungos saprófitas – se alimentam da degradação de matérias organicas)
4- Neocallimastigomycota (vivem no sistema digestório de mamíferos herbívoros)
5- Glomeromycota (micorrizas – estão presentes nas raízes das plantas)
6- Ascomycota ou Ascomiceto (alguns cogumelos, trufas e ferrugens)
7- Basidiomycota ou Basidiomiceto (ferrugens e carvões)
IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS
Na indústria, os fungos são utilizados na produção de queijo, pães e vinhos.
Na farmácia, os fungos são importantes no desenvolvimento de fármacos como a Ciclosporina, do gênero Penicillinium.
FUNGOS DE INTERESSE CLÍNICO
Micologia Médica é recente, do início do século XX
Em 1910 Sabouraud publicou um livro sobre lesões na pele pelos fungos que foi determinado de TINEAS, onde se deu início à MICOLOGIA DERMATOLÓGICA.
De 1930 a 1940 surgiu o conceito de micose doença e micose infecção, relacionadas a agentes etiológicos.
Em 1950 surgiu o interesse por infecções micóticas ocasionais, hoje conhecidas como MICOSES OPORTUNISTAS, que é um quadro de infecções que ocorriam em pacientes que estavam sob o tratamento de outra doença, que muitas vezes causavam um desequilíbrio imunológico, abrindo portas para os fungos.
Pacientes imunocomprometidos ou que estão hospitalizados por complicações de graves doenças crônicas, como: transplantados, com AIDS, com CÂNCER em tratamento quimioterápico, doenças graves e submetidos ao tratamento com corticoides e vários procedimentos invasivos (cirurgias) tem facilidade de serem agredidos pelos fungos que atuam como patógenos oportunistas, causando morbidade e mortalidade por infecções fúngicas.
CLASSIFICAÇÃO DE FUNGOS PATOGÊNICOS
	FILO
	PATÓGENOS
	TIPO DE MICOSE
	Zigomiceto
	Rhizopus sp.
	Sistêmica
	
	Mucor sp.
	Sistêmica
	Ascomiceto
	Aspergillus sp.
	Sistêmica
	
	Hstopllasma sp.
	Sistêmica
	
	Microsporum sp.
	Cutânea
	
	Trichophyton sp.
	Cutânea
	Anamórficos
	Epidermophyton sp.
	Cutânea
	
	Sporothrix schenkii sp.
	Subcutânea
	
	Coccidioides sp.
	Subcutânea
	
	Candida albicans
	Cutânea, mucocutânea e sistêmica
	Basidiomiceto
	Cryptococus neoformans
	Sistêmica
	
	Malassezia sp.
	Cutânea
CARACTERÍSTICAS CELULARES DOS FUNGOS
São seres EUCARIONTES, como as plantas, animais e os protistas.
Possuem seu próprio material genético - cariotecas, assim como as células animais em formato cromossômico, que fica dento do núcleo.
Podem se apresentar como seres unicelulares, ou seja, cada célula isolada é um microrganismo - LEVEDURAS.
Podem ser pluricelulares, compostos por mais de uma célula. – FUNGOS FILAMENTOSOS OU BOLORES
Mesmo com a diferença na quantidade celular que forma o fungo em questão, as características celulares e moleculares são as mesmas.
PAREDE CELULAR DOS FUNGOS
A presença de parede celular dos fungos é o fator que difere das células dos animais, que não possuem parede celular.
A parede celular dos fungos é a camada mais externa da célula e está ligada a membrana plasmática.
A parede celular é rígida, garantindo o formado da célula, protege contra variações osmóticas e ambientais. Essa proteção garante a sobrevivência em ambientes onde as condições não sejam favoráveis.
A parede celular é formada por QUITINA, é composta por POLISSACARÍDIO de N-acetilglicosamina resistente e insolúvel.
Outros polissacarídeos, como as MANANAS/MANOPROTEINAS e β-GLUCANOS associadas a outras proteínas podem complementar a parede celular de alguns fungos.
A MELANINA é uma variação que pode ocorrer de alguns fungos, causando uma coloração castanha na parede celular;
A produção da MELANINA é um fator de patogenicidade do fungo e facilita a penetração do fungo no tecido.
O grau de patogenicidade se dará pela presença de um conjunto desses elementos que são capazes de invadir os tecidos e estimular diferentes respostas no hospedeiro.
Os Fungos que produzem MELANINA tem uma coloração marrom em suas estruturas e são chamados de DEMÁCEOS.
MEMBRANA PLASMÁTICA DOS FUNGOS
A membrana plasmática dos fungos também é BICAMADA LIPÍDICA, mas tem uma diferença em relação as dos animais, pois tem em sua composição ERGOSTEROL, um colesterol modificado.
CÁPSULA
Alguns fungos possuem uma estrutura chamada CÁPSULA de natureza polissacarídea e está na porção externa da célula, envolvendo a parede celular.
Essa cápsula tem como função auxiliar o funga na sua aderência ao tecido, armazena água e nutrientes, serve como proteção ao fungo.
Poucos fungos apresenta essa cápsula, que age no fungo como um fator de virulência, importante no ponto de vista de diagnóstico.
METABOLISMO DOS FUNGOS
Seres HETEROTRÓFICOS – não produzem seu próprio alimento.
Duas formas de se alimentar:
Saprofitismo – degradação de matéria orgânica em decomposição (morta)
Parasitismo – degradação de matéria orgânica viva, nesse modelo, o fungo será chamado de parasita.
Atividade metabólica dos fungos se dá na retirada dos compostos carbonados das proteínas, dos carboidratos, lipídios e dos álcoois.
Retiram o nitrogênio de nitratos, de sais de amônio, de ácidos aminados, de ureia, da peptona e do ácido glutâmico.
Essas atividades são feitas na presença de oxigênio, por isso os fungos são seres aeróbios.
Ponto de vista metabólico, são bioquimicamente versáteis, produzindo:
METABÓLITOS PRIMÁRIOS (ácido cítrico, etanol e glicerol) – utilizados na industria
METABÓLITOS SECUNDÁRIOS (antibióticos e aflatoxinas) – utilizados na produção de fármacos
PRINCIPAIS METABÓLITOS SECUNDÁRIOS PRODUZIDOSPOR FUNGOS
	GRISEOFULVINA
	Penicillium griseofulvi
	PENICILINA
	Penicillium notadum
	TERRAMICINA
	Streptomyces rimosus
	NEOMICINA
	Streptomyces fradii
	AUREOMICINA
	Streptomyces aureofaciens
	ESTREPTOMICINA
	Streptomyces griséus
	ANFOTERICINA B
	Streptomyces nodosus
Discriminar as características dos fungos de outros organismos
Papel que os fungos exercem na indústria de alimentos
Características fúngicos que são importantes no diagnóstico laboratorial
Ciclo biológico dos fungos e a importância desses fatores no desenvolvimento das micoses
BIOLOGIA DOS FUNGOS (TÓPICO 2)
Eles crescem mais lentamente que as bactérias (levam horas para se multiplicar, já as bactérias levam minutos), isto devido os fatores bioquímicos e estruturais.
Ambiente favorável ao crescimento do FUNGO
· FONTE DE ALIMENTO
· RESPIRAÇÃO CELULAR (processo metabólico energético mais importante)
· TEMPERATURA
· UMIDADE
Tem fungos aeróbicos e anaeróbicos facultativos, e somente alguns fungos anaeróbicos são conhecidos, geralmente as leveduras e fungos dismóficos.
As leveduras (unicelular) apresentam respiração anaeróbia facultativa ou anaeróbia (chamada também de respiração FERMENTATIVA) sem a presença de oxigênio.
Fungos filamentosos que são seres multicelulares tem respiração aeróbia, só crescem na presença de oxigênio.
Umidade é um estado propício ao crescimento de fungos. Para crescimento de fungos parasitários em casos clínicos a temperatura aproximada é de 37º C, temperatura do corpo humano.
FUNGOS FILAMENTOSOS
São multicelulares, estruturas tubulares filamentosas chamadas de HIFAS.
HIFAS são estruturas ramificadas e se alongam em suas extremidades através de um processo denominado EXTESSÃO APICAL.
O crescimento do fungo inicia-se pelo centro da colônia e é direcionado para as bordas.
As ligações das hifas formam uma espécie de tapete (chamado de MICÉLIO) por todo o tecido.
HIFAS – Estruturas formadas pelos filamentos dos fungos
MICÉLIO – Conjunto de hifas que da forma ao fungo visível a olho nú.
CLASSIFICAÇÃO DAS HIFAS
· FORMA – Septadas (separadas por septos), Cenocíticas (quando não apresentam septos)
· COLORAÇÃO – Hialinas (transparentes), Demácias (apresenta cor negra ou marrom)
· LOCALIZAÇÃO – Hifas Aéreas (Reprodução), Hifas Vegetativas (Nutrição)
Para que as hifas possam desenvolver-se, os fungos requerem temperatura, umidade, quantidade de luz, pH, concentrações de O2 e nutrientes ideais. 
FUNGOS E LEVEDUREFORMES
As leveduras são seres unicelulares, de forma oval ou esférica, reprodução assexuada, multiplica-se rapidamente.
A reprodução da levedura pode ser definida de acordo com a morfologia de cada célula adota nesse processo.
Forma de reprodução da levedura
· Fissão Binaria – Divisão da mesma célula
· Brotamento – Uma nova célula brota da célula-mãe
· Tubo Germinativo – Cresce da célula-mãe um tubo que se multiplica em outras células (pseudo-hifas – forma de salsichas)
FUNGOS DIMÓRFICOS
Apresentam a capacidade de alterar a sua forma (levedura-oval) e Afilamentosa (hifal – Alongada).
Pseudo-Hifa – Apresenta constrição ao longo do filamento
Hifas verdadeiras – Não apresenta constrição entre célula-mãe e o filamento (sem interrupções)
CARACTERÍSTICAS DA REPRODUÇÃO FÚNGICA
Fungos podem se reproduzir de forma sexuada e assexuada
Assexuada
· Crescimento das hifas
· Produção de esporos
· Brotamento de blastoconídeo
Para a sobrevivência, os fungos podem combinar as duas formas de reprodução. O crescimento das hifas é a forma de reprodução e desenvolvimento dos fungos filamentosos na matriz orgânica.
ESPOROS – São produtos de ambas as combinações de reprodução.
ESPORO TELEMORFO ou PERFEITA – PRODUTO DA REPRODUÇÃO SEXUADA DO FUNGO
ESPORO ANAMORFO ou IMPERFEITA– PRODUTO DA REPRODUÇÃO ASSEXUADA DO FUNGO
Modo mais comum de reprodução de fungos patogênicos são esporos de reprodução assexuada e são obtidos por mitose.
A reprodução assexuada é a mais comum na infecção nos humanos
REPRODUÇÃO ASSEXUADA
A reprodução assexuada é denominada ANAMÓRFICA OU IMPERFEITA e ocorre na produção dos ESPOROS.
É pela produção dos esporos que será a principal forma de identificação fúngica. Portanto, podemos classificar os esporos de acordo com a forma que são gerados.
1. Esporangiósporos/Endosporos – os esporos são formados e ficam dentro de uma bolsa (esporgângio).
Fungo>Hifa esporangióforo>Columela> esporgângio (capsula)> esporangiósporos
2. Conídios/Ectosporos – os esporos são gerados de forma livre, sem bolsa.
Fungo>Hifa conidióforo>Vesícula>Fiálides>Conídios
FORMAS DE PRODUÇÃO DOS CONÍDEOS
Artroconídios – São formados pelo simples desligamento da hifa
Clamidoconidios – São arredondadas e com paredes celulares espessa, resistente ao calor e dessecação.
Blastoconidios – São esporos formados por brotamentos, que também são conhecidos por GEMULAÇÃO, sendo normalmente encontrados nas leveduras.
O micélio gemulante ou pseudomicélio das leveduras é produzido de forma assexuada baseada em blastoconidios.
REPRODUÇÃO SEXUADA
A reprodução sexuada é denominada TELEMÓRFICA ou PERFEITA
Mais importante para o diagnóstico
Os esporos sexuados são haploides. Quando dois esporos sexuais haploides se fundem eles transformam uma estrutura chamada GAMETÂNGIOS, gerando uma célula diploide, que a partir da fusão, vai gerar uma recombinação de genes e formará um novo ser.
Portanto, a classe ZIGOMICETOS produzem os esporos sexuais chamados de ZIGOSPORO.
TÉCNICAS LABORATORIAIS EM MICOLOGIA – TÓPICO 3
Para estabelecer e confirmar o diagnóstico de uma infecção fúngicas depende da correta interpretação e da qualidade da coleta, não apenas de um profissional experiente.
O tipo e qualidade da amostra são fatores importantes para o sucesso do isolamento e identificação do verdadeiro agente etiológico de infecção fúngicas.
Fases para liberação do laudo
A amostra passa inicialmente por etapas até termos o diagnóstico micológico
Fase Pré-Analítica – Quando é identificado a indicação de coleta, armazenamento e transporte.
Fase Analítica – Corresponde a todo o processo de identificação do microrganismo
Este processo engloba primeiramente a visualização do fungo diretamente no material biológico, conhecido também como Teste a fresco, onde há o isolamento do microrganismo em cultivo, chamado de cultura fúngicas.
Materiais necessários para coleta em um exame micológico
· Lâminas de Vidro
· Bisturi
· Pinça
· Swab (cotonete gigante)
· Tesoura
· Solução Salina
Biopsia ou Lavado Bronco Alveolar é feita a coleta pelo médico apenas.
Resultado falso-negativo se dá quando a qualidade da amostra é insuficiente ou não Suficiente para a realização do exame e que o fungo seja identificado.
No momento da coleta, é importante manter as portas e janelas do ambiente fechadas para que o vento não dissipe ou contaminem a amostra.
Posteriormente, na manipulação do material coletado para o exame, deve ser processado junto à chama do bico de Bunsen para evitar a contaminação cruzada com os fungos aéreos.
Se ocorrer contaminação da amostra, podemos estar diante de um crescimento fúngico falso-positivo.
NORMAS CONFORME ANVISA PARA COLETA DE AMOSTRA MICOLÓGICA
· Antes da coleta, fazer limpeza do local com álcool 70%
· Colocar a amostra em recipiente estéril e vedado
· Amostras em volume e tamanho (>2ml ou 0,5cm³)
· O swab utilizado para a coleta devem ser em tubos com salina estéril para manter a viabilidade da amostra
· A coleta deve ser feita antes de tratamento antifúngico
· A amostra deve ser identificada com dados do paciente
· Em pacientes imunodeprimidos, o exame deve ser realizado em 2 ou 3 amostras coletadas em dias consecutivos
· Amostras como fezes, urina, pus, secreções de lesões ou trato respiratório devem ser enviados em recipientes contendo gelo em até 2h
· Liquor e líquidos devem ser enviados logo após a coleta e mantidos em temperatura ambiente
· Sangue e punção de medula óssea são exceções pois devem ser semeados diretamente após a coleta em frascos de meio de cultura líquido ou bifásico (líquido sobre sólido) para coagulação
PROCEDIMENTOS DE COLETA
É necessáriovolume de amostra para uma análise bem assertiva, porém, pode varear com o tipo de amostra.
A coleta e o transporte devem ter sido feitos em condições ideais, conforme as orientações da ANVISA.
LESÕES CULTÊNEAS
Assepsia no local com álcool 70%, principalmente pelas bordas da lesão.
Faça a raspagem das bordas da lesão com uma lâmina ou bisturi estéril.
A raspagem deve ser feita da borda para a pele sadia.
Utilizar placas de Petri ou lâminas para colher o material.
Conservar o material em recipientes estéreis.
Quando a coleta for em locais úmidos, deve-se utilizar o swab para coleta em solução salina estéril, e preparar duas lâminas com fita adesiva transparente para tentar obter pelos na fita.
Em regiões anal e perianal, a coleta da amostra deve ser com solução salina estéril e também preparar duas lâminas com fita transparente.
EXAME DIRETO
Exame mais simples a ser realizado em laboratório, também conhecido como Micológico Direto o u Exame a Fresco, que consiste na identificação e confirmação da existência de fungos no material coletado.
No exame direto para amostras espessas como unhas, pelo e cabelo é utilizado a solução de Hidróxido de potássio KHO a 20%.
Para amostras que não são espessas, como sangue, urina, líquor e escarro não há necessidade de Hidróxido de Potassio KHO 20%. Somente em amostras de escarro espessas se usará o KHo 20%.
Para melhor visualização, a lâmina pode ser aquecida no bico de Bunsen ou esperar entre 5 a 10 minutos antes de visualizar em microscópio.
O ajuste do microscópio deve estar nas objetivas de 10x ou de 40x.
MEIO DE CULTURA
A técnica de cultivo serve para isolamento do agente etiológico e é utilizado ágar para este cultivo.
A cultura só é indicada quando há recomendação médica.
Meios seletivos, permitem crescimento rápido de fungos patogênicos, tanto as leveduras quanto os filamentosos (<7 dias)
O Ágar mais utilizado em laboratório PARA MEIO DE CULTURA é o ágar Sabouraud dextrose (ASD) – PERMITE O CRESCIMENTO DE TODOS OS FUNGOS DE INTERESSE MÉDICO
O Ágar Batata (PDA)
Ágar de Fusão de coração cérebro (BHI)
O ágar Ácido Cafeico Cryptococcus é um meio seletivo e diferencial para o cultivo primário de Cryptococcus spp. A criptococose é uma infecção oportunista e sistêmica que afeta humanos e mamíferos.
Meio Cromogênico para diferenciação da Candida sp - Os Meios de Cultura Cromogênicos permitem uma rápida identificação presuntiva de diversos microrganismos, além de diminuir a necessidade da realização de provas bioquímicas nos processos de identificação dos mesmos.
Para a identificação de alguns fungo, é necessário que eles produzam esporos reprodutivos.
Fungos Dermatófitos – causam infecções na pele – Utilizar para meio de cultura o ágar Batata (PDA)
Fungos Dimórficos – Apresentam crescimento lento < 15 dias usa-se para o meio de cultura o ágar BHI
Hemocultura – Utilizada para identificar bactérias e fungos no sangue. São utilizadas duas ou mais amostras para a realização do exame.

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