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MANUAL DE MONITORIA E AVALIAÇÃO_579adf1079d1e65b291eb17ace1c04ce

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA AVANÇADO 
 EM POLÍTICA, 
PLANIFICAÇÃO E GESTÃO 
DA EDUCAÇÃO 
 
MÓDULO 5: 
 MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA 
POLÍTICA, PLANOS E PROGRAMAS 
EDUCACIONAIS 
 
 2 
Produced by 
The Department of Educational Planning and Administration (EPA), 
Faculty of Education, University of Dar es Salaam 
Tanzânia 
para o projecto EPSI da SADC 
 
 
Autores 
Este módulo foi elaborado e escrito por 
Herme J. Mosha (Professor in Educational Planning and Administration, 
Programme Design and Evaluation) 
Justinian C. Galabawa (Professor in Economics of Education and Financing) 
Ndibalema Alphonce (Lecturer in Educational Policy Studies, Leadership and 
Management.) 
Hillary Dachi (Lecturer in Educational finance and Economics of Education) 
Willy Komba (Senior Lecturer in Educational Social Science Education, Civics, 
and Curriculum Design). 
Este módulo foi corrigido e distribuído pela Education Foundation Trust 
(Sr Mario Pillay) que tinha a responsabilidade de adaptar o módulo para 
entregar à the University of the Witwatersrand. 
 
© 2003. SADC and the University of the Witwatersrand (School of 
Education). Todos os direitos reservados 
 
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por 
qualquer forma, electrónica ou mecânica, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer sistema de recolha ou armazenamento de informação sem permissão 
por escrito da SADC e da Wits School of Education. Contudo só será dada 
permissão para a reprodução de excertos com fins não lucrativos, desde que os 
autores tenham conhecimento e a SADC e a Wits School of Education sejam 
citados como fonte. Poderá também ser permitida a publicação in toto para fins 
não lucrativos, desde que os autores tenham conhecimento, que a SADC e a 
Wits School of Education sejam citados como fonte e este anúncio de direitos 
reservados seja reproduzido na íntegra. 
 
 
Agradecimentos 
Os autores deste módulo gostariam de agradecer o apoio material, moral e 
profissional dos colegas e da gestão da Universidade de Dar es Salam, ao 
pessoal do projecto EPSI da SADC, ao Ministro Tanzaniano da Educação e aos 
colegas da Universidade Aberta da Tanzania (OUT). Também desejamos 
 3 
agradecer a contribuição dos nossos colegas da the University of Witwatersrand 
(SA), da Univesidade Pedagógica (Moçambique), as well as Dr. Sukati and Mr. 
Olumbe pelos seus comentários nos primeiros drafts do módulo 
 
 
 
 4 
Lista de Abreviaturas 
 
CBA Cost Benefit Analysis 
CBR Cost Benefit Ratio 
CE Cost Effectiveness 
CEA Cost Effectiveness Analysis 
CERs Cost Effectiveness Ratios 
CCER Complex Cost Effectiveness Ratio 
COP Cut Off Point 
ESDP Education Sector Development Programme 
ESDS Education Sector Development Strategy 
EPSI Educational Policy Support Initiatives 
GNP Gross national Product 
MTEF Medium Term Expenditure Framework 
NPV Net Present Value 
NECTA National Examination Council of Tanzania 
OECD Organization for Economic Development 
PAC Public Accounts Committee 
PEAP Poverty Eradication Action Plan 
PEO Programme Evaluation Organization 
PER Public Expenditure Review 
PRSP Poverty Reduction Strategy Paper 
PTCA Parent Teacher Community Association 
PVC Present Values of Costs 
SADC Southern African Development Community 
SCER Simple Cost Effectiveness Ratios 
SIP Sector Investment Programmes 
SMART Specific, Measurable, Attainable, Realistic and Time Bound 
SOL Standards of Learning 
SWAP Sector Wide Approaches 
SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats 
T&L Teaching and Learning 
UPC Universal Primary Completion 
 
 
 5 
 Índice 
 
Introdução e Vista Geral ............................................................... 10 
Programa de Política, Planificação e Gestão da Educação da 
SADC .............................................................................................. 10 
Avaliação deste módulo .................................................................................. 14 
Tópico para o Trabalho Equivalente ao Exame Individual Pós Contacto ........ 15 
1.1.1 Objectivos da Unidade ...................................................................... 16 
EXPLICAÇÃO DE CONCEITOS CHAVE ........................................................ 17 
1.0.1 Monitoria ........................................................................................... 17 
1.0.2 Avaliação .......................................................................................... 19 
1.0.3 Indicadores ....................................................................................... 21 
1.0.4 Garantia de Qualidade ...................................................................... 24 
1.1 PROPÓSITO DA AVALIAÇÃO ................................................................. 25 
1.1.1 Mérito ou Importância ....................................................................... 25 
1.1.2 Programa e o Melhoramento Organizacional .................................... 26 
1.1.3 Supervisão e Concordância .............................................................. 26 
1.1.4 Desenvolvimento do Conhecimento ................................................. 27 
1.1.5 Avaliação cumulativa ........................................................................ 27 
1.2 PARADIGMAS PREDOMINANTES NA MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO
 28 
1.2.1 O Paradigma Neo-Clássico ............................................................... 28 
1.2.2 O Paradigma da Dependência .......................................................... 29 
1.2.3 O Paradigma Ecléctico ...................................................................... 29 
1.3 ENFOQUE DA AVALIAÇÃO .................................................................... 30 
1.3.1 Visão, Política e Planos .................................................................... 30 
1.3.2 Processo da Identificação das Necessidades e declaração do 
Problema ..................................................................................................... 31 
1.3.3 Selecção das necessidades .............................................................. 31 
1.3.4 Metas e Objectivos............................................................................ 31 
1.3.5 Seleccionar Alternativas e Escolher Estratégias ............................... 31 
1.3.6 Nível da Concepção .......................................................................... 32 
1.3.7 Mobilização, Procurement, Pagamento, Utilização e Controlo dos 
Recursos...................................................................................................... 32 
1.3.8 Organizar e Coordenar a Implementação ......................................... 32 
1.3.9 Gerir a Implementação ...................................................................... 32 
1.3.10 Gerir a Monitoria e Avaliação ............................................................ 33 
1.3.11 Produto, Output e Resultado ............................................................. 33 
1.3.12 Sustentabilidade ............................................................................... 34 
1.3.13 Papel da Gestão de Sistemas de Informação ................................... 34 
 6 
1.4 TIPOS DE SISTEMAS DE MONITORIA E AVALIAÇÃO ......................... 35 
1.4.1 Sistemas de Monitoria ....................................................................... 35 
1.4.2 Tipos de Sistemas de Avaliação ....................................................... 35 
1.6 REFERÊNCIAS ........................................................................................ 37 
UNIDADE 2: TÉCNICAS SELECCIONADAS: ANÁLISE DA 
EDUCAÇÃO QUANTO AOS CUSTOS-BENEFÍCIOS/EFICÁCIA .. 39 
2.1. Objectivos: ............................................................................................... 39 
2.2. Introdução ................................................................................................ 39 
2.3. A Análise dos Custose Benefícios da Educação (CBA) .......................... 40 
2.3.1. O que é a CBA? ................................................................................ 40 
2.3.2. Objectivo do CBA .............................................................................. 40 
2.3.3. O Objectivo Principal da CBA ........................................................... 41 
2.3.4. As principais questões da CBA concentram-se em ou são as 
seguintes: .................................................................................................... 41 
2.4. Aplicação da Análise dos Benefícios de Custos ...................................... 41 
2.4.1. O Propósito da CBA na Monitoria e Avaliação da Educação ............ 42 
2.4.2. Principais conceitos na Análise dos Custos e Benefícios ................. 42 
2.4.3. Medição dos Custos.......................................................................... 43 
2.4.4. O Problema com a CBA .................................................................... 44 
Cálculo da Taxa de Custo - Benefício (CBR - Cost-Benefit Ratio), Valores 
Presentes Líquidos (NPVs - Net Present Values) e Taxa Interna de Retorno 
d (IRR - Internal Rate of Returns) ................................................................ 45 
Etapa (6): Calcule o CBR como..................................................... 47 
Etapa (7): Calcule o I.R.R. como ..................................................................... 48 
De maneira mais formal assumimos que ..................................................... 48 
Em que r: taxa interna de retorno ................................................................ 49 
Objecções teóricas à CBA ........................................................................... 51 
Pontos fortes da Análise dos Custos e Benefícios ...................................... 51 
Análise da Eficácia dos Custos (CEA - Cost Effectiveness Analysis) .......... 52 
Análise do Custo – Eficácia (CEA) .............................................................. 53 
2.5. REFERÊNCIAS ........................................................................................ 56 
2.6. READINGS .............................................................................................. 56 
Blaug, M. (1961) The Rates of Return on Investment ..................................... 56 
UNIDADE 2: TÉCNICAS SELECCIONADAS: ANÁLISE DA 
EDUCAÇÃO QUANTO AOS CUSTOS-BENEFÍCIOS/EFICÁCIA .. 57 
2.7. Objectivos: ............................................................................................... 57 
2.8. Introdução ................................................................................................ 57 
2.9. A Análise dos Custos e Benefícios da Educação (CBA) .......................... 58 
2.9.1. O que é a CBA? ................................................................................ 58 
 7 
2.9.2. Objectivo do CBA .............................................................................. 58 
2.9.3. O Objectivo Principal da CBA ........................................................... 59 
2.9.4. As principais questões da CBA concentram-se em ou são as 
seguintes: .................................................................................................... 59 
2.10. Aplicação da Análise dos Benefícios de Custos ................................... 59 
2.10.1. O Propósito da CBA na Monitoria e Avaliação da Educação ........ 59 
2.10.2. Principais conceitos na Análise dos Custos e Benefícios .............. 60 
2.10.3. Medição dos Custos ...................................................................... 61 
2.10.4. O Problema com a CBA ................................................................ 62 
Cálculo da Taxa de Custo - Benefício (CBR - Cost-Benefit Ratio), Valores 
Presentes Líquidos (NPVs - Net Present Values) e Taxa Interna de Retorno 
d (IRR - Internal Rate of Returns) ................................................................ 63 
Etapa (6): Calcule o CBR como..................................................... 65 
Etapa (7): Calcule o I.R.R. como ..................................................................... 66 
De maneira mais formal assumimos que ..................................................... 66 
Em que r: taxa interna de retorno ................................................................ 67 
Objecções teóricas à CBA ........................................................................... 69 
Pontos fortes da Análise dos Custos e Benefícios ...................................... 69 
Análise da Eficácia dos Custos (CEA - Cost Effectiveness Analysis) .......... 70 
Análise do Custo – Eficácia (CEA) .............................................................. 71 
2.11. REFERÊNCIAS .................................................................................... 74 
2.12. READINGS ........................................................................................... 74 
Blaug, M. (1961) The Rates of Return on Investment ..................................... 74 
UNIDADE 3: . SISTEMAS DE MONITORIA E AVALIAÇÃO PARA A 
ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO DO SECTOR DE 
EDUCAÇÃO ................................................................................... 75 
3.1. Objectivos: ............................................................................................... 75 
3.2. Introdução ................................................................................................ 75 
3.3. Sistema de Monitoria e Avaliação para a EDSE ...................................... 76 
3.3.1. Fontes de informação ....................................................................... 76 
3.3.2. Dados sobre as Capacidades Humanas ........................................... 77 
3.3.3. Estabilidade e Tendências Macro Económicas ................................. 77 
3.3.4. Boa governação ................................................................................ 77 
3.4. Quadro Institucional para Monitoria e Avaliação ...................................... 78 
3.4.1. Arranjos Institucionais ....................................................................... 78 
3.4.2. Ambiente institucional ....................................................................... 78 
3.4.3. Armazenamento dos dados .............................................................. 79 
3.4.4. Análises da Despesa Pública ............................................................ 79 
Especificamente ............................................................................ 80 
3.5. Avaliação do Progresso das Necessidades do Sector ............................. 81 
 8 
3.6. Estratégias para Melhorar o Desempenho da Orçamentação e Despesas 
do Sector ......................................................................................................... 82 
3.7. Abordagem Sectorial Integrada à Monitoria e Avaliação ......................... 82 
3.8. Quadro de Despesas a Médio Prazo ....................................................... 83 
UNIDADE 4: ....... UTILIDADE DA INFORMAÇÃO DA MONITORIA E 
AVALIAÇÃO ................................................................................... 84 
4.1 Introdução ................................................................................................. 84 
4.2 Objectivos.................................................................................................. 84 
4.3 Estratégias da Pré-avaliação..................................................................... 84 
4.4 Factores intra – Organizacionais que afectam a utilidade da informação da 
avaliação ......................................................................................................... 85 
4.4.1 Avaliação e estabelecimento de objectivos ........................................ 85 
4.4.2 Questões para discussão ................................................................... 86 
4.4.3 Eficácia Educacional ...........................................................................86 
4.4.4 Ensino e Aprendizagem Eficazes ....................................................... 88 
4.4.5 Ethos Organizacional/Escolar ............................................................. 89 
4.4.5 Liderança Educacional........................................................................ 89 
4.4.6 Tipos de Resistência à mudança ........................................................ 91 
4.5 Principais tipos de informação produzidos ................................................ 92 
4.6 Principais Parceiros e Necessidades de Informaçãos ............................... 93 
4.6.1 Organizações Internacionais .............................................................. 93 
4.6.2 Instituições Nacionais ......................................................................... 94 
4.6.3 Pesquisa Comunitária ......................................................................... 94 
4.6.4 Implementação Local e Agências de Coordenação ............................ 95 
4.6.5 Beneficiários da Política...................................................................... 95 
4.7 Questões chave a considerar ao conceber um sistema de Monitoria e 
Avaliação do Ministério ................................................................................... 96 
4.8 Resumo e Conclusões .............................................................................. 96 
4.9 Referências ............................................................................................... 97 
UNIDADE 5: O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES DE GARANTIA DA 
QUALIDADE NA MONITORIA E AVALIAÇÃO DA 
IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA ................................................. 98 
5.1 Objectivos.................................................................................................. 98 
5.2 Introdução ................................................................................................. 98 
5.3 Instituições de Garantia da Qualidade ...................................................... 99 
5.3.1 Melhoria através da inspecção ........................................................... 99 
Funções da Inspecção ................................................................ 100 
 9 
Estrutura da Inspecção ............................................................... 100 
5.3.2 Instituições de Certificação e Exames .............................................. 101 
5.3.3 Instituições de Certificação ............................................................... 103 
5.3.4 Instituições de governação ............................................................... 104 
5.3.5 Instituições de desenvolvimento Curricular ....................................... 105 
5.3.6 O papel das comunidades ................................................................ 106 
5.4 Notas Conclusivas ................................................................................... 107 
5.5 Referências ............................................................................................. 107 
 
 
 
 
 10 
Introdução e Vista Gral 
 
A intervenção da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) na Gestão 
e Planificação da Politíca de Educação (EPSI - Educational Policy, Planning and 
Management) compreende um programa executivo desenhado para melhorar as 
habilidades de planificação, garantia de qualidade, gestão da informação, finanças e 
política do pessoal sénior do Departamento de Educação da SADC. Pretende expandir e 
aprofundar a política profissional e a competência de gestão dos agentes governamentais 
e não governamentais bem como desenvolver o conhecimento e qualificação em 
educação, formação e pesquisa em desenvolvimento, inquérito, política e prática. 
Conseguirá isso, transmitindo aos participantes habilidades conceptuais e teóricas de 
gestão e de política necessárias para planificar, gerir e implementar mandatos e requisitos 
políticos educacionais. 
 
 
Programa de Política, Planificação e Gestão da Educação da 
SADC 
 
Ao completar o curso, os participantes serão capazes de: 
• Identificar as principais questões e debates a partir da literatura sobre a 
matéria e desenvolver uma rica compreensão do aonhecimento, teoria e 
aplacação prátiCa na área. 
• Demonstrar uma compreensão sobre os conc%ipos e questões de política e 
planificação da eduaação compreendidos como um conjunto de sistemas 
reLacionados, não de forma iqolada, mas em relAção uns com os outros no 
seu contexto mais vasto. 
• Aplicar criti#a e criativame.te o conhecimelt/, a teoria e os princípios da 
literatura às áreas de prática relacionaDa. 
• Identificar e resodver pr/blemas bem #omo tmmar decisões com base no 
`en3amento critico e criativo. 
• Colectar, analisar, orcanizar e avaliar Criticamente a informação destinada a 
apoiar a `olética e a gestão eficazes da educação. 
• Demonstrar a capacidade de comenicar com efiaáci! utilizando habilidades 
de linguagem, meios visuaIs e de matemática baseada em computador nas 
apresentações orais e/ou escritas. 
 
 
 11 
 
Sector Analysis, Policy Review afd Developmen4 
Ks objectivoS deste módulo são: 
• decenvolver nos participantes uma nova abordagem crítica às análises, 
revisão e avaliaçãk das suas políticas e `o processo de desenvolvimento da 
política 
• desenvolver novas habilidades críticas e criativas para tornar os actores e 
analistas da estratégia política mais eficazes. 
• Proporcionar aos participantes a oportunidade de aplicar esse conhecimento 
e habilidades ao seu contexto político. 
O módulo abrangerá informação relativa: ao processo político da Educação, 
educação e economia . Opções políticas e compromissos (trade offs). Análise e 
pesquisa política para a planificação e desenvolvimento da política/programa. 
Estudo de casos de concepção e desenvolvimento de programa sobre HIV/SIDA 
e alívio à pobreza. 
 
Utilização e Gestão da Informação na Implementação e no Processo 
Político 
 
Os objectivos do módulo são: 
• introduzir os participantes na utilidade da informação para a implementação e 
processo político 
• proporcionar um conhecimento e habilidades profundos sobre a elaboração e 
aplicação de indicadores para a política, planificação, implementação e 
monitorização de sistemas de educação 
• transmitir habilidades e conhecimento sobre a utilização e apresentação de 
dados para diferentes níveis de tomada de decisão. 
 
O módulo compreende informação relativa: a Sistemas de Informação de Gestão 
da Educação. Identificação das necessidades de informação para a planificação 
e tomada de decisão. Transformar as necessidades de informação em 
indicadores. Indicadores básicos do desempenho do sistema de educação. 
Mapeamento escolar. 
 
Financiamento, orçamentação e Planificação da Implementação da Política 
 
Os objectivos deste módulo são: 
• Compreender conceitos básicos de finanças e de orçamento na medida em 
que eles estão relacionados com o desenvolvimento da educação. 
• Identificar e avaliar abordagens alternativas para a mobilização, 
orçamentação e administração dos recursos financeiros da educação. 
 12 
• Pesquisar como fazer as melhores alocações dos escassos recursos da 
educação aos fins em competição. 
• Traçar estratégias educacionais compatíveis com as necessidades e 
recursos de países pertinentes. 
 
O módulo abrangerá informação relacionada com o financiamento, público e 
privado, da educação. A orçamentação corrente e de investimento. A análise do 
custo-benefício. O contexto macro-económico. Questões de equidade. 
Programas de ajustamento estrutural. Descentralização e gestão comunitária 
dos recursos da educação. Criação de um pool de recursos do governo e 
doadores. A confiança e responsabilidade. As contas, o relatório financeiro e a 
auditoria. As eficácias operacionais. O género e o HIV/SIDA. 
 
Administração da oferta, implementação da política e mudança 
 
Os objectivos deste módulo são: 
• apresentar aos participantes a chave dos debates, conceitos e sistemas 
envolvidosna estratégia de planificação, implementação e administração dos 
mandatos políticos e a prestação de serviço 
• aumentar as habilidades de administração da educação dos participantes de 
modo a promover uma administração mais eficaz, eficiente e estratégica dos 
recursos humanos, financeiros e materiais. 
Este módulo dará uma ampla visão geral do contexto da administração ao 
examinar as diferentes abordagens para a administração pública e a oferta de 
serviços e a sua alocação para uma mais larga compreensão africana e global, 
acerca da política de implementação e administração do sector público. A 
estratégia, a planificação e a liderança pesquisarão o papel da administração e 
da planificação estratégicas, na oferta de serviços e da implementação da 
política. A gestão da mudança examinará as opções institucionais para melhorar 
a oferta de serviços, através do desenho organizacional e do desenvolvimento. 
A administração dos recursos focará largamente a administração dos recursos 
humanos, como a informação e as finanças serão abrangidas noutras secções. 
Finalmente, a administração da qualidade examinará as diferentes opções para 
o desenho e para a administração de operações e cadeias de oferta com um 
foco específico na qualidade da planificação, da administração e da segurança. 
 
 
Monitorização e avaliação da implementação da política e da oferta de 
serviços 
 
Os objectivos deste módulo são: 
• rever a avaliação da política existente e dos mecanismos de 
responsabilidade e de monitorização. 
 13 
• desenhar sistemas de indicadores de desempenho político. 
• Analisar as metas e estabelecimento das metas em relação à implementação 
da política, à avaliação e à monitorização 
O módulo examinará a avaliação da política e os mecanismos de 
responsabilidade e de monitorização. Desenhar os indicadores de desempenho 
político, as estruturas e os papéis da garantia da qualidade das. Os mecanismos 
de monitorização baseados no local. Os mecanismos reguladores e legislativos 
de monitorização da política de educação. As metas e o estabelecimento das 
metas para monitorar e avaliar. Os cenários de simulação e de implementação 
da política. 
 14 
Avaliação deste módulo 
A estratégia de avaliação deste módulo está concebida para apoiar os 
participantes a adquirirem conhecimentos e habilidades especificados nos 
resultados deste módulo. Várias avaliações e actividades foram concebidas para 
ANTES, DURANTE e DEPOIS da sessão de contacto, com o objectivo de apoiar 
os participantes a estudar as várias partes do módulo e preparar o trabalho final. 
 
1. PRÉ-CONTACTO: as actividades que se encontram no texto do 
módulo, estão concebidas para apoiar os participantes na leitura 
interactiva do módulo e as leituras recomendadas, bem como a 
aplicação do que aprenderão a uma análise do seu contexto. Para 
além destas actividades de auto aprendizagem / auto avaliação, 
existem TRÊS trabalhos pré-contacto cada uma com o valor de 25 
pontos (veja no texto), mas o total destes três trabalhos será dividido 
por 3 uma vez que o trabalho pré-contacto contribui com 25% da 
classificação geral do módulo. Estes trabalhos estão concebidos para 
garantir que os participantes preparem eles próprios para beneficiar 
tanto quanto possível dos debates e actividades da sessão de 
contacto. 
 
2. CONTACTO : As actividades e trabalhos serão dados aos 
participantes durante a semana de contacto. As actividades de 
contacto vão desde discussões em grupo a exercícios com 
computador exercícios/actividades. O trabalho de contacto, que 
também contribui com 25% da classificação geral, será uma 
consolidação das actividades e consiste num exercício escrito. 
 
3. PÓS CONTACTO: Este exame individual equivalente é dado mais à 
frente e contribui com 50% da classificação geral. A data para a 
entrega será indicada durante a sessão de contacto . 
 
O trabalho será avaliado de acordo com o modo como ele reflecte a sua 
compreensão dos diferentes aspectos deste módulo, incluindo, conceitos 
básicos, foco de avaliação e monitorização, processos, técnicas, sistemas, bem 
como a utilização dos dados e o papel das instituições de garantia da qualidade. 
Mais especificamente assegurar o seguinte: 
 
• 25% para clareza e expressão lógica dos seus argumentos 
• 25% para adequada justificação das respostas às questões de 
monitorização, utilizando leituras e notas de leitura 
• 25% para a consistência na sua escolha do propósito da monitoria, 
foco, indicadores, técnicas e mecanismos QA 
• 25% para a originalidade e complexidade de pensamento e 
importância das recomendações 
 
 15 
Ser-lhe-á pedido para dar uma proposta em uma/duas páginas do seu tópico de 
monitoria e os dois níveis, ao tutor do seu módulo dentro de três dias do módulo, 
que identifique o seu tópico de política de monitoria bem como os dois níveis 
envolvidos na cadeia de implementação. O trabalho é para fazer de forma 
esboçada no fim da prestação do módulo. Ser-lhe-à dado o formulário de 
feedback para completar o trabalho em casa em meados de Junho. 
 
Tópico para o Trabalho Equivalente ao Exame Individual Pós Contacto 
Escolha uma política educacional corrente claramente definida no seu país e 
imagine essa política em cascata para baixo ao longo da cadeia de 
implementação para atingir as escolas. Você precisa de monitorar o processo de 
implementação política a dois níveis: 
 
• a nível meso do departamento governamental encarregue de 
implementar a política na escola e 
• a nível micro institucional da escola e outras instituições 
 
(Assim, por exemplo, se escolher a política curricular, terá de monitorar a sua 
implementação 1) a nível da unidade a nível do distrito/circuito encarregue do 
desenvolvimento e implementação curricular e 2) a nível da escola que é alvo da 
política de mudança curricular.) 
 
Ao monitorar a política nesses dois diferentes níveis, deve cobrir os seguintes 
desafios/questões de monitorização: 
 
• Qual o propósito (o porquê) desta monitoria (em que é que ela mexe 
com o desenvolvimento versus controlo/responsabilidade) e porquê 
• Qual o focus da sua monitorização (input, processo, resultado) e 
porquê 
• Como é que vai ser monitorada. 
• Explique 
a) os indicadores necessários, quem os define e porquê 
b) as técnicas apropriadas e porquê 
• Que tipo de responsabilidade é promovida através desta monitoria e 
porquê 
• Quem ficará encarregue de monitorar (e porquê) assim como que 
necessidades devem ser satisfeitas para garantir a qualidade da 
monitorização 
• É provável que as recomendações venham ao de cima a partir deste 
exercício de monitorização 
 
 
 
 
 16 
UNIDADE 1: MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA POLÍTICA, PLANOS E 
PROGRAMAS EDUCACIONAIS 
 
INTRODUÇÃO 
 
Esta unidade concentra-se na monitorização e avaliação das políticas, planos e 
programas educacionais que são preparados para melhorar o desempenho em 
todos os níveis de um sistema educacional. Começamos por definir os conceitos 
de monitorização e avaliação, depois por esboçar o propósito e significância da 
monitorização e avaliação na educação. A seguir exploramos o foco da 
avaliação. Por último, debatemos sobre os diversos sistemas de monitorização, 
inclusive serão iniciadas estratégias para melhorá-las. Por último, será dado um 
resumo. 
 
1.1.1 Objectivos da Unidade 
No fim desta unidade, os participantes deverão ser capazes de: 
• Explicar e ilustrar os vários conceitos respeitantes à monitoria e avaliação. 
• Destrinçar os quatro propósitos chave da avaliação e ilustrar as funções para 
que eles satisfazem 
• Demonstrar um conhecimento e habilidades abrangentes para a 
monitorização e avaliação quando o enfoque está quer na visão, quer nas 
políticas/planos/programas que procuram atingir a excelência embora 
mantendo o enfoque pró activo e olhar para a frente. 
• Descrever e ilustrar o processo de identificação de indicadores chave e 
padrões, na área do foco, para guiar qualquer função de monitorização e 
avaliação.• Identificar os principais paradigmas normalmente utilizados na função de 
monitorização e avaliação da política, planos e programas educacionais e 
demonstrar uma capacidade para avaliar os seus méritos e deméritos, 
incluindo formas para de os melhorar. 
• Explicar os tipos de sistemas monitorização e avaliação, incluindo vias para 
os consolidar 
 17 
 
Actividade 1.1: A Abordagem de formação e a Estratégia de Avaliação 
Anteriores à Monitoria e Avaliação 
 
Ser-lhe-á pedido para compilar uma sinopse abrangente do que é avaliado, porquê, quando, 
como e por quem e por qual sistema. A sinopse constituirá a base para compreender o processo 
de monitoria e avaliação do ponto de vista prático e ganhar compreensão sobre como melhorá-
las. 
Análise do Processo de Monitoria e Avaliação 
Uma combinação de curtas apresentações utilizando principalmente o Método Socrático, bem 
como discussões intercaladas em grupos será o principal modo de apresentação 
Pós Monitoria e Avaliação 
Ser-lhe-á dado um trabalho no fim do módulo que constituirá a base para avaliar a sua 
compreensão do conteúdo e capacidade para o aplicar no mundo real da prática. O trabalho 
levá-lo-á a conceber, defender ou descrever como faria para melhorar a monitoria e avaliação de 
uma dada política educacional, plano ou programa sob a sua jurisdição. 
 
EXPLICAÇÃO DE CONCEITOS CHAVE 
Os conceitos frequentemente utilizados na unidade são definidos e ilustrados nesta secção 
de forma a criar uma compreensão comum. Entre eles estão incluídos os seguintes 
conceitos chave: 
 
1.1.1 Monitoria 
Comecemos por exemplos hipotéticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os casos acima descritos requerem uma monitoria imediata. Monitoria é. 
Portanto, uma análise contínua ou periódica dos vários estágios da política, 
plano ou ou concepção do programa e implementação educacionais, a nível do 
sistema ou da escola, para determinar se as políticas, planos e programas estão 
a ser implementados como pretendido. A verificação poderia cobrir o contexto 
em que as políticas são concebidas e implementadas. Podia também envolver o 
 
Actividade 1.2: 
A escola X tem alunos que estão muitas vezes ausentes da escola. O que deveria fazer o 
Director para os apoiar? O estado provê dois terços dos fundos para construir uma escola 
mas muito pouco tem sido feito na base. O desempenho da escola X foi extremamente fraco 
nos exames nacionais. Existem relatórios que apontam que muitos professores possuem 
segundo emprego. O que o Director deveria fazer para rectificar a situação? 
 
 18 
despiste de inputs – aquisição, alocação e utilização de recursos; bem como 
assegurar que os calendários de trabalho e outros processos estejam à altura 
para que os produtos e resultados sejam realizados (Valdez and Bamberger, 
2000). Monitoria, portanto, serve como um primeiro sistema de alerta [para o 
empowerment e inspecção] para encorajar a avaliação abrangente das causas 
das deficiências (Wjnen et al, 1990). Isto incita a necessidade de avaliação 
 
 
Monitoring therefore serves as an early warning system {for empowerment 
and inspection] to trigger comprehensive assessment of the causes of 
deficiencies that are discovered (Wjnen et al, 1990). This prompts the need for 
evaluation. 
 
TRABALHO PRÉ-CONTACTO 1 
O seguinte website contém um relatório de monitoria de alunos da 4ª e 8ª 
classes na Nova Zelândia. Faça o download e leia o relatório 
contains a monitoring report of students in Grade 4 and 8 in New Zealand. 
Download and read the report. Depois disso aceda ao website 
 
abaixo indicado e leia o relatório de monitoria sobre educação especial no 
Estado Americano do Texas. Uma cópia impressa existe no fim deste módulo no 
anexo A. 
http://www.tea.state.tx.us/special.ed/monitor 
Escreva uma história curta sobre os seguintes sub-títulos: 
 
1.1 De que formas os professores dessas classes beneficiam com um 
relatório de monitorização desta natureza? (5) 
1.2 Você aconselharia o sistema de educação do seu país a realizar este tipo 
de exercício e torná-lo público? Se sim, porquê? Se não, porque não? (5) 
Este site é destinado a dar informação aos 
professores sobre os alunos da Nova Zelândia 
da 4ª e 8ª classes numa série de áreas do 
conhecimento 
http://www.tea.state.tx.us/special.ed/monitor
 19 
1.3 Leia cuidadosamente o relatório de monitoria sobre Educação Esoecial no 
Texas. Comente sobre a utilidade de um tal relatório para: 
• Os Departamentos de Educação acompanharem a 
implementação (5) 
• Os pais dos alunos que frequentam a escola (5) 
1.4 Escreva uma proposta para encomendar um exercício de monitoria para 
acompanhar alunos em idade apropriada da 1ª à 9ª classe que não estão 
na escola. Preste especial atenção ao detalhe e faça uma lista dos 
indicadores que devem ser utilizados. (5) 
1.5 Read through the monitoring report on Special Education in Texas. 
Comment on the usefulness of such a report to: 
• The Departments of Education to track implementation(5) 
• The parents of learners that attend schools (5) 
 
Total de Pontos (25) 
 
 
 
1.1.2 Avaliação 
 
Isto é um processo sistemático e objectivo de avaliação, medição e análise do 
desempenho de uma política/plano/programa educacional. Avaliação e medição 
de um política/plano/programa corrente ou completo podem ser feitas durante a 
sua concepção, implementação ou na fase dos dados/resultados com o 
objectivo de determinar a sua relevância, eficiência, eficácia, impacto e 
sustentabilidade dos seus objectivos (OECD, 1986, Mosha 2002). A avaliação é 
muitas vezes referida como um processo porque compreende actividades 
correntes destinadas a recolher informação atempada através de medições e 
avaliações de forma a que as decisões sobre o valor e desempenho possam ser 
tomadas. 
 
 
 
 
\ 
 
 
 
 
 
 
Actividade 1.3: (Grupo de trabalho) 
O acesso, qualidade, relevância, eficiência, eficácia, capacity building, 
descentralização eficaz, parceria/envolvimento da comunidade são as 
políticas chave educacionais a serem prosseguidas pelos sectores da 
educação na maior parte dos países da SADC hoje. Devem ser alocados 
grupos a um deles para meditar sobre um programa de monitoria a ser 
utilizado para monitorar a qualidade. 
 20 
 
 
 
1.2.2.1 Medição 
 
Este é um processo de utilização de instrumentos apropriados para colectar 
informação e dados sobre um atributo. Os instrumentos de medição podem 
apoiar uma colecta quantitativa sobre, digamos, altura, peso, um resultado, 
progresso feito na implementação de um projecto, etc. Pode também conduzir a 
uma colecta de informação qualitativa sobre opiniões ou razões para um 
resultado – porquê bons ou maus resultados ou dados. 
 
 
 
1.2.2.2 Avaliação 
 
A avaliação, por outro lado, é um processo sistemático de análise e tradução 
dos dados numa forma interpretável de modo a que as decisões possam ser 
feitas. Muitas vezes concentra-se nos indicadores de desempenho – nível de 
desempenho nos determinantes quer sejam aprendizagem, eficiência e eficácia. 
Compreende um processo de abstracção mental que interpreta a informação e 
os dados recolhidos pela Medição. Também compreende um processo de 
colocação da informação avaliadora ou dados em alguma escala númérica ou 
nominal de forma a que possa ser classificada qualitativamente ou 
quantitativamente de acordo com medidas pré determinadas (Mosha and 
Bukhala, 1985). 
 
 
 
 
 21 
 Actividade 1.4: 
 
Você tem o seguinte conjunto de dados: 
 1. Censo populacional: Número de crianças por idade, área e género 
 2. Número do Emis, matrículas por idade, género e infra-estruturas. Utilize números 
fictícios para ilustrar a sua resposta 
 
 
Murphy et al (1996) defende que a avaliação educacional difere em muitas 
maneiras do diagnóstico individual, selecção ou exames de certificação. Primeiro 
ela dá informação do sistema como um todo, não sobre alunos singulares. 
Segundo, não inclui só medidas da aprendizagemdo aluno, mas também mas 
também dos antecedentes do aluno e inputs e processos da escola que 
permitem a avaliação dos dados a serem utilizados na análise política. Terceiro, 
é concebida para monitorar o desempenho do sistema educacional ao longo do 
tempo, determinar seo sistema está ou não a fazer progressos em direcção aos 
seus objectivos [custos-eficácia], através do uso de medidas estandardizadas do 
desmpenho dos alunos, Inputs e processos da escola. 
 
 
 
1.2.2.3 Tomada de Decisão 
 
É muitas vezes dirigida ao mérito, importância e relevância, programa e melhoria 
organizacional, supervisão e conformidade, bem como geração de 
conhecimentos. Estes atributos são elaborados mais tarde numa secção 
subsequente. A tomada de decisão é muitas vezes facilitada pela presença de 
indicadores e conjuntos de padrões. 
 
 
1.1.3 Indicadores 
 
Existem critérios de mérito ou dimensões mediante importantes para a política, 
plano ou programa atingirem bem os objectivos desejados. Os indicadores são 
acordados mediante medidas qualitativas e quantitativas que serão utilizadas na 
avaliação do progresso da política, plano e programa. Os indicadores são 
cruciais para o sucesso de qualquer estratégia política, plano ou programa. 
Devem ser cuidadosamente escolhidos de forma a que “indiquem” 
verdadeiramente de uma forma fidedigna e precisa, se as metas e objectivos do 
plano estão ou não a ser realizados. Os indicadores também devem ser 
verificáveis. Isso significa que devem ser medidas com as quais as evidências e 
dados possam ser recolhidos de uma forma verdadeiramente objectiva. É 
preciso depois observado que os indicadores bons são incorruptíveis por 
qualquer pressão. Contudo, os indicadores melhoram perceptivelmente se a 
unidade melhora o seu desempenho ao longo do tempo. A seguir apresentam-se 
 22 
algumas ilustrações de indicadores. Os seguintes critérios foram sugeridos por 
Carol Taylor Fitz-Gibbon (1996) para o estabelecimento de bons indicadores da 
Educação: 
 
 
 
1 Relevantes 
• São identificados objectivos válidos para as unidades [criar consensos 
sobre os objectivos] 
• Mencionar produtos, outputs, resultados e 
2. Informativos 
• Estão contextualizados [ter em conta o contexto] 
• Feedback para as unidades [necessidade de saber espírito de 
informação aberta] 
3. Aceitáveis 
• Sentidos como justos [acordo alargado, manter a verificação da 
validade e eficiência] 
• Acessíveis [compreendidos] 
• Explicados [oferece estatística com face humana] 
• Icorruptíveis – tem que se ver que houve justiça 
• Verificáveis 
• Transformáveis se a unidade mudar o desempenho ao longo do tempo 
4.. Vantajosos 
• O uso produz impacto 
5. Custo-eficácia 
• Custos razoáveis 
 
Actividade 1.5: 
Eis alguns exemplos de indicadores. Estude-os e comente se vão ou não ao encontro 
Dos critérios de um bom indicador 
 
Qualidade 
➢ Aumento do número de alunos que passam o padrão V dos exames nacionais com uma 
classificação média de 50% e acima de 20 a 45%. 
➢ Decréscimo da percentagem de alunos repetentes de acordo com o padrão IV dos 
exames regionais de 30% a 20% 
➢ Aumentodo número de alunos que passam a matemática num padrã estabelecido a 
nível nacional em cada classe em 70% ou mais.. 
 
Motivação 
• Retenção do pessoal 
• Percentagem de instrução do pessoal avaliada como sucesso 
• Percentagem de substituições (turnover) do pessoal com sucesso instrucional 
• Substituição do pessoal por motivo 
 23 
• Aumento da satisfação medido através de pesquisas pai/profressor 
Resultados 
• Pesquisas com os pais, alunos, membros da comunidade que indicam altos 
níveis de satisfação com as escolas públicas. 
 
 
 
 
1.2.3 Padrões 
 
Os padrões não devem ser confundidos com qualidade. Qualidade são os 
produtos finais ou resultados desejáveis (Schomoker, 1999). Podem ter a haver 
com – visão nacional, isto é, claros, dinâmicos, partilhados por todos os 
membros da sociedade, ressonantes, racionais, tecnologicamente avançados, 
etc.; ou objectivos que são Especificos,Mensuráveis, Alcançáveis, Realistas e 
ligados ao Tempo [em Inglês, as iniciais das cinco palavras constituem a palavra 
SMART, que significa inteligente]; ou alunos que conseguem escrever e contar 
após 4 anos de ensino básico; ou graduados que têm conhecimentos, 
habilidades e são capazes de resolver vários problemas que a sociedade 
enfrenta (doenças, ignorância, pobreza, etc.) 
 
Mosha et al (2001) defende que os padrões implicam níveis de excelência, 
estabelecidos por consensos. Os padrões são um ponto de referência através 
do qual se pode fazer um julgamento sobre a eficiência e a eficácia/desempenho 
de um indivíduo, instituição e sistema [pass mark, or cut off point, COP] baseado 
na informação e colecta de dados sobre cada indicador ou vários indicadores, 
interactiva e colectivamente. Os melhores indicadores podem ser estabelecidos 
investindo no conhecimento de especialistas [em política, planificação, finanças, 
ensino, gestão, exames, etc.] e inputs de parceiros [o que eles consideram ser 
desempenho aceitável?] e pesquisa do que é geralmente aceite globalmente 
como sendo um marco de excelência [uma pessoa habilitada, uma política 
ressonante, um financiamento eficaz de um sistema]. Os padrões de excelência 
ou mérito também podem ser estabelecidos por uma autoridade [senado 
universitário ou conselho de exames], a prática [procurar o máximo e não 
permitindo a ninguém reprovar na escola] ou consenso geral [que um resultado 
de 60 em 150 pontos seja aceite como nota de passagem, que garanta que 
alguém seja seleccionado para continuar os estudos]. Os padrões podem ser 
absolutos (fixos – 50 porcento é muitas vezes considerado como média) ou 
relativos (flexíveis – particularmente para os COPs). Por conseguinte, deve ser 
conseguido um acordo antes de os usar. Quando os padrões são muito baixos 
[ninguém reprova na escola, é difícil medir a excelência] os praticantes podem 
estar satisfeitos com o desempenho medíocre; de modo semelhante, se os 
padrões são muito elevados, [todas as crianças devem corresponder a um 
padrão fixo – 50 porcento ou mais para passar ou reprovar e o sucesso pode ser 
 24 
difícil ou impossível de realizar, particularmente nas instituições frequentadas 
por todo o tipo de escassez]. Isto pode conduzir à desmoralização e algumas 
vezes ao desespero. Os padrões podem-se basear em falsas noções tais como 
o enfoque na proficiência linguística apenas, habilidades vocacionais ou 
escolásticas esquecendo outras componentes de qualidade – aquisição de 
valores desejáveis, hábitos de trabalho, internacionalização de práticas 
democráticas atc.] Esta obsessão pode levar a uma percepção de qualidade de 
educação errada e equivocada (Osaki, 2000). 
Dado o facto que a manifestação de qualidade é o nível de desempenho a 
realizar a missão dada de um empreendimento de educação, os objectivos do 
sistema e de suas instituições desde o ensino pré-primário, primário, secundário, 
profissional, terciário e superior precisam ser compreendidos e partilhados por 
todos, uma vez que eles constituem o enfoque principal de qualquer 
julgamento/avaliação da qualidade. Supõe-se que os objectivos reflictam as 
expectativas gerais dos principais parceiros – alunos empregados e comunidade 
que apoiam o sistema de educação. Os objectivos mudam ao longo do tempo, 
por isso a avaliação frequente dos próprios objectivos é importante. 
É preciso também imaginar que a qualidade de um empreendimento/sistema 
educacional é influenciada por muitos factores. Estes incluem o ambiente 
contextual de um dado sistema, os inputs básicos, os arranjos/processamento 
dos inputs em produtos individuais, outputs institucionais e os resultados da 
educação ma sociedade. Portanto, a educação de qualidade é um conceito 
multidimensional, por isso, a sua avaliação pode envolver medição e análise dos 
factores contextuais, inputs, processos de ensino e aprendizagem, [pesquisa e 
consultoria nas instituiçõesde nível terciário e superior], os produtos, outputs, e 
resultados ou interacções entre eles, de forma a realizar os seus preciosos 
resultados. Estes factores, consequentemente combinam-se para produzir um 
dado nível de qualidade. 
Um baixo padrão ou alto padrão de educação é, por conseguinte, uma 
declaração tautológica. Tecnicamente só se pode comentar sobre a qualidade 
de educação em termos do seu estado em algum sítio no escopo de alta 
qualidade a baixa qualidade e não alto ou baixo padrão. Isto porque um padrão 
constitui um nível estabelecido de excelência, embora os indicadores sejam 
parâmetros à volta dos quais a informação qualitativa e os dados quantitativos 
são colectados e a qualidade é julgada. 
 
1.1.4 Garantia de Qualidade 
 
Isto é um sistema de verificações e equilíbrios no processo da implementação 
da política , plano e programa para assegurar que o sistema esteja 
constantemente consciente das expectativas e exista um esforço concertado 
para a sua realização. As avaliações não produzem desempenho. Elas podem, 
 25 
contudo, servir o propósito de mobilizar incentivos, engajamento, poder e 
capacidade em recursos humanos e financeiros que produz desempenho. A 
questão crucial é, o conhecimento, competência e recursos existem realmente 
para dar o nível de apoio ao sistema ou escola necessário para ir ao encontro 
das demandas requeridas por digamos, um político num país x, escola distrital 
ou uma dada escola 
 
 
 
Actividade.1.6: 
Podem ser citados vários casos reais – O ministro a quem foi dada uma 
directiva segundo a qual, o número de alunos que conseguem a Divisão I-III 
precisa de ser aumentado dos actuais 27 % em 2002 para 50 %em 2005. O 
distrito Y poderia também ter estabelecido padrões de excelência académica – 
melhorando o desempenho do Padrão de Aprendizagem (SOL - Standard of 
Learning) no fim dos exames do ensino primário de 35 porcento em Dezembro 
de 2002 para 60 porcento em 2002. A escola X também pode ter adoptado um 
slogan de eliminar a passagem na Divisão 4 e 0 no Ordinary Level School 
Examination nacional. Estes objectivos são realistas e atingíveis? Discuta. 
 
 
 
 
 
1.2 PROPÓSITO DA AVALIAÇÃO 
 
A avaliação, como muitos tendem a aludir não foi concebida apenas para um 
julgamento de passagem Mark et al (2000) Mosha (2002), Patton (1997) 
defendem que a avaliação pode servir para outros propósitos; nomeadamente 
avaliar: 
 
• mérito ou importância; 
• melhoramento do programa e organizacional ; 
• supervisão e concordância; e 
• desenvolvimento do conhecimento. 
 
1.2.1 Mérito ou Importância 
 
Avaliar o mérito ou importância diz respeito ao desenvolvimento de julgamentos 
justificados sobre os efeitos e resultados, da intervenção planeada quer seja 
propositada ou não, positiva ou negativa (Mosha, 2002). 
 
 26 
 
 
1.3.1.1 Mérito 
 
O mérito diz respeito à qualidade da política/plano/programas em termos do seu 
desempenho. Muitas vezes classificamos os alunos de acordo com o mérito na 
sala de aulas ou o exame nacional do desempenho. Algumas vezes oferecemos 
também prémios ‘meritocráticos’ aos alunos, escolas, direcções distritais etc. 
que foram julgados como tendo atingido melhorias notáveis no seu 
desempenho. De modo semelhante classificamos os países de acordo com o 
mérito em termos de desenvolvimento económico e social. Da mesma maneira 
podemos também classificar as escolas em termos de mérito na implementação 
de projectos educacionais – construção, distritos em termos de sucesso 
registado nas matrículas ou eliminação das deficiências. 
 
1.3.1.2 Importância 
 
A importância, por outro lado diz respeito ao valor que o desempenho traz para o 
bem estar social. As avaliações têm muitas vezes estabelecido demasiada 
ênfase nos processos de inputs do ensino e aprendizagem e prestado menos 
atenção aos resultados (habilidades para a vida e trabalho numa sociedade 
dinâmica). 
 
 
1.2.2 Programa e o Melhoramento Organizacional 
 
Quando o propósito da avaliação é o programa e o melhoramento 
organizacional (avaliação formativa), fazem-se esforços para dar feedback 
atempado para corrigir operações irregulares, melhorando assim as operações 
do plano. Scriven (1991:169) comparou a avaliação formativa ao acto de “o 
cozinheiro provar a comida antes dos convidados chegarem e fazer ajustes a 
tempo”. Os processos de alerta primários tendem a ter um efeito positivo no 
desempenho de um plano (Mosha, 2002). 
 
 
1.2.3 Supervisão e Concordância 
 
A supervisão e concordância implicam avaliar em que medida a implementação 
da política/plano está alinhada com as expectativas especificadas dos parceiros 
(alunos, empregadores, pais, instituições, governo e instituições financiadoras). 
A avaliação deste tipo gera, portanto, informação pública segura em benefício 
dos parceiros e encoraja a transparência sobre cada transacção. Também é 
concebida para ver em que medida estão a ser seguidas as directivas ou 
estatutos relativos a questões como matriculas compulsivas e equilíbrio do 
 27 
género e regulamentos sobre participação, ensino eficaz ou outros mandatos 
sobre o desempenho. Se não, o pessoal e os administradores podem ser 
chamados à responsabilidade antes de serem dispendidos recursos 
substanciais. Mark et al. (2000) alertam para o facto da avaliação da supervisão 
e concordância normalmente não poderem dizer se o plano/política é 
responsável pelos resultados. Da mesma maneira um plano/política pode operar 
inteiramente de acordo com a legislação e regulamentos e mesmo assim serem 
ineficazes, especialmente quando os participantes estão simplesmente a jogar 
de acordo com as regras. 
 
 
1.2.4 Desenvolvimento do Conhecimento 
 
Muitas vezes as políticas/planos são primeiro testadas a nível micro, o que serve 
o propósito do desenvolvimento do conhecimento. A avaliação do 
desenvolvimento do conhecimento envolve esforços para preparar e testar 
teorias gerais e propostas sobre processos e mecanismos sociais e dentro das 
escolas tal como ocorrem no contexto dos planos educacionais. Muitas vezes as 
análises SWOTs [Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats] (Pontos 
fortes, Pontos fracos, Oportunidades e Barreiras) são conduzidas para o 
desenvolvimento do conhecimento e podem concentrar-se em várias questões 
de pesquisa envolvendo mega ou micro planos (Lipsey, 1993). Estes estudos 
também podem analizar todos os processos desde a concepção às fases de 
implementação de planos educacionais (Scheiver, 1987). Além disso, podem ser 
aplicados a diferentes contextos (urbano/rural, comunidades marginalizadas ou 
grupos desfavorecidos) e clientes (Lipsey, 1997). 
 
1.2.5 Avaliação cumulativa 
 
Ao contrário da avaliação formativa, a avaliação cumulativa vem indicar no fim 
da intervenção se a política, a intervenção planeada ou o programa foi ou não 
eficaz. A sua maior principal preocupação está nos produtos, outputs e 
resultados no que respeita à satisfação dos objectivos desejados, ou a 
realização de objectivos não esperados mas desejados, ou o impacto que a 
política teve na sociedade. 
 
Os exames realizados no fim de um ciclo de estudos – p.e., primário, 
secundário, ou universitário são instâncias típicas de uma avaliação cumulativa; 
os programas piloto ou a implementação da principal fase de um plano 
estratégico, também são de natureza cumulativa uma vez que podem conduzir a 
decisões de, ou abandonar o programa, a política ou o plano ou consolidar o 
sucesso atingido. O feedback é importante quer para o nível formativo quer 
cumulativo porque tem um papel importante na melhoria do desempenho ou na 
 28 
tomada de decisões mais abalizadas, particularmente as ligadas à concepção de 
outras intervenções no sistema educacional. 
 
Actividade pré-contacto 2 
 
O anexo B apresenta uma avaliação do impacto das reformas de educação em 
El Salvador. 
2.1 Leia o relatório e faça comentários sobre o formato e recomendações 
feitos no fim do relatório. (5) 
2.2 Assumindoque foi incumbido de avaliar um Programa de Formação e 
Educação em Exercício que está a ser oferecido pelo seu Departamento 
de Educação, (p.e.) Um honours programme for Maths and Science 
Educators; elabore questionários para as entrevistas 
• Professores participantes no programa (5) 
• Um grupo foco de professores (Director, Director Adjunto, Chefes 
de Departamento e quaisquer dois outros professores) (5) 
• Membros do pessoal docente e administrativo da instituição que 
proporciona a formação (5) 
• Funcionários do Departamento de Educação responsáveis pelo 
financiamento e monitorização do programa (5) 
Total de Pontos (25) 
 
1.3 PARADIGMAS PREDOMINANTES NA MONITORIZAÇÃO E 
AVALIAÇÃO 
Diversas teorias e escolas de pensamento contraditórias influenciaram a 
direcção e natureza da avaliação da política de educação nos países africanos. 
Estas teorias contêm não só diferenças na metodologia mas também nas 
perspectivas básicas sobre como é vista a realidade da política da educação. O 
nosso propósito é introduzir três ou mais paradigmas respeitantes à avaliação da 
política da educação e à sua teoria de desenvolvimento 
 
1.3.1 O Paradigma Neo-Clássico 
 
Uma das escolas de pensamento é o paradigma neo-clássico (ou PNB – 
Crescimento e redistribuição com crescimento) expresso em termos puramente 
económicos. Também é conhecido como o “paradigma ocidental” ou o modelo 
ocidental de desenvolvimento. O paradigma neo-clássico é normalmente 
descritivo e expresso puramente em termos económicos, e os seus 
procedimentos de avaliação, imagens e formatos concentram-se 
maioritariamente em indicadores técnico-económicos a nível micro. 
 
 29 
1.3.2 O Paradigma da Dependência 
 
O outro é o “paradigma da dependência”, que essencialmente constitui uma 
reorientação de uma abordagem descritiva para uma histórico estrutural, que 
liga o desenvolvimento ao subdesenvolvimento como dois processos 
interdependentes. O paradigma da dependência é colocado como uma 
alternativa, com base numa tradição populista e neo-populista (vide SAREC-
Report, RI – 1981, pg. 18 by Aant Elzinga). O “paradigma da dependência” 
requer que a avaliação da política da educação se concentre nos fenómenos a 
nível macro e avalie os projectos e programas de educação como instrumentos 
de domínio dos países receptores pelo país “doador”, ou mesmo dentro do 
processo de globalização como instrumentos de apoio ao domínio na política, 
negócio e tecnologia. 
 
 
1.3.3 O Paradigma Ecléctico 
 
Um paradigma menos negativista alinhado com o pensamento e crença neo-
populista reflectindo principalmente a filosofia de desenvolvimento dos antigos 
líderes nos países como a Tanzania (Nyerere), Gana (Nkrumah), Egipto 
(Nasser) e Guiné (Sekou Touré) é o paradigma eclético. Ele obrigaria o avaliador 
da política de educação a olhar para os fenómenos a nível micro dentro do 
contexto de uma análise nacional histórico-estrutural do desenvolvimento do 
país em geral e no que respeita a sectores específicos como a educação. 
A tarefa da avaliação e monitorização da política da educação não é analisar os 
diferentes paradigmas, nem aceitar ou fazer questão nas terminologias mas 
apreciar o facto de que há escolas de pensamento contraditórias na teoria de 
avaliação da educação. 
A Tabela 5.1 ilustra três paradigmas, que, pensamos nós, ainda dominam as 
avaliações da política de educação e os seus correspondentes “modelos” da 
literatura sobre avaliação. Os factores característicos que formam a área de 
enfoque durante a avaliação sugerem que a avaliação da política de educação é 
na verdade um processo social e a perspectiva geral do avaliador reflecte os 
compromissos e valores partidários de um tipo social 
 
 
Tabela 1:Três Paradigmas da Avaliação e Modelos 
 
Paradigma Neo-
Clássico 
Paradigma da 
Dependência 
Paradigma Ecléctico Auto-
Suficiente 
PNB Neo-Classico 
teorias de crescimento 
Teoria Centro - 
periferia do 
Teoria do desenvolvimento 
nacional – económico e sócio 
 30 
PNB (equilíbrio macro-
económico) i.e. 
crescimento, 
exportação, estabilidade 
de preços 
subdesenvolvimento cultural abrangente 
envolvendo potencialidades / 
capacidades indígenas 
Critérios económicos 
CBA e CE a nível micro 
(educação como 
instrumento de 
eficiência) 
Critérios económicos 
globais a nível 
macro; (política, 
negócio, tecnologia) 
Combinação de critérios 
culturais, sociais e económicos 
a nível macro e micro. 
Fonte: Modificado a partir de uma versão dada no relatório-SAREC por Aant Elzinga 
(1981). 
 
 
1.4 ENFOQUE DA AVALIAÇÃO 
 
O enfoque da avaliação pode ser em qualquer dos seguintes atributos. 
 
1.4.1 Visão, Política e Planos 
 
Quando o enfoque é na visão, políticas e planos, os esforços devem ser 
direccionados para descobrir em que medida as políticas e planos de educação 
concebidos que procuram atingir a excelência são pró-activos e olham para o 
futuro. Para além disso, em que medida procuram criar um futuro melhor 
encorajando os políticos da educação e planificadores a juntarem esforços com 
os parceiros e especialistas de outros sectores para alcançarem objectivos 
importantes para o futuro. Tal avaliação deveria, portanto examinar o ambiente 
económico, social, político, ecológico, legal, demográfico e cultural de forma a 
gerar informação que permita aos planificadores identificar problemas genuínos 
e questões que afectam o desempenho. Isto deveria ser precedido por um 
processo em que os critérios são estabelecidos para avaliar as melhorias de 
qualidade que deveriam ser recomendadas (Dror, 1968). 
 
 31 
1.4.2 Processo da Identificação das Necessidades e declaração do 
Problema 
 
Quando enfoque está no processo de identificação das necessidades e 
declaração do problema é preciso considerar os elementos técnicos tais como a 
compleição da cobertura, grau de envolvimento, qualidade dos parceiros 
envolvidos, qualidade da informação e dos dados que são recolhidos, etc. 
 
1.4.3 Selecção das necessidades 
 
 
Quando o enfoque é na selecção das necessidades deve-se compreender que 
as necessidades são naturalmente múltiplas e competem por escassos recursos 
(financeiros, tempo, humanos e físicos). A avaliação neste estágio pode envolver 
a análise da informação colectada durante a avaliação das necessidades e 
utilizar estes dados como base para tomar decisões sobre que necessidades e 
problemas devem ser atendidos. 
 
1.4.4 Metas e Objectivos 
 
Quando o enfoque está nas metas e objectivos é preciso saber metas e etapas 
importantes ao longo do caminho para atingir os resultados desejados. Vimos 
que os objectivos bem estabelecidos, por exemplo, devem ser SMART – 
específicos, mensuráveis, atingíveis, realistas e ligados ao tempo. A avaliação 
podia centrar-se na avaliação de cada objectivo de forma a avaliar a medida em 
que eles obedecem a esses critérios. Também se pode desejar avaliar os 
objectivos para avaliar a sua relevância, importância e utilidade, bem como em 
que medida eles servem como padrões úteis, que se forem realizados 
conduzirão à resolução de problemas identificados. Onde houver disparidades 
entre metas/objectivos e os problemas identificados, pode ser desejável haver 
modificações. Algumas vezes os objectivos podem ser abandonados ou 
reafirmados. 
 
Alguns objectivos podem concentrar-se na transformação cultural. El-Khwas 
(1998: 8) defende que “Os resultados a longo prazo para a melhoria da 
qualidade são melhor conseguidos pela mudança da cultura dentro…das 
instituições”. Ele afirma ainda que o governo pode “estimular um compasso mais 
acelerado de mudança através de financiamentos que premeiem as instituições 
com propostas bem planeadas de melhoramento” 
 
1.4.5 Seleccionar Alternativas e Escolher Estratégias 
 
Quando o enfoque está na selecção de alternativas e na escolha de estratégias 
a avaliação é útil para indicar possíveis alternativas à luz da informação 
disponível. 
 32 
 
1.4.6 Nível da ConcepçãoA monitorização e avaliação a nível da concepção concentra-se essencialmente 
na adequação dos inputs e seus ajustamentos para produzir os resultados 
desejados. 
 
 
1.4.7 Mobilização, Procurement, Pagamento, Utilização e Controlo dos 
Recursos 
 
Quando o enfoque está na mobilização, procurement, pagamento, utilização e 
controlo dos recursos é preciso observar o facto de que os planos educacionais 
dependem de recursos humanos, financeiros, físicos e de tempo para a sua 
implementação eficaz. Por isso, a correcta mobilização dos recursos, aquisição, 
pagamento, utilização e controlo deveriam ser as áreas principais do enfoque 
neste estágio para assegurar a eficiência bem como a total responsabilidade 
sobre o seu uso eficaz. 
 
 
1.4.8 Organizar e Coordenar a Implementação 
 
Quando o enfoque está na organização e coordenação da implementação é 
preciso ser-se astuto para verificar se foram estabelecidos os sistemas e 
estruturas apropriados e se são eficientes e eficazes para apoiar a 
implementação da política, o plano ou o programa. A Coordenação é crucial 
para assegurar que haja interacção apropriada entre inputs, processos e 
sistemas de apoio de forma a produzir os produtos, outputs, e resultados. Se 
este processo de interacção não tiver lugar é provável que a implementação 
sofra. A monitorização e avaliação neste estágio, por conseguinte, preocupa-se 
em entender porque é que a implementação não está a ser levada a cabo como 
planificado e fazer os necessários ajustamentos. 
 
1.4.9 Gerir a Implementação 
Diz-se que a gestão eficaz é um dos factores chave que contribuem para o 
sucesso da implementação das políticas, planos ou programas educacionais. A 
gestão eficaz preocupa-se com a criação da equipa e a mobilização de grupos e 
comunidades para se envolverem activamente no apoio à implementação das 
políticas educacionais, planos e programas. Os gestores eficazes estão 
orientados para o desempenho, são responsáveis, transparentes e sensíveis ao 
bom ou mau desempenho. A monitorização e avaliação neste estágio envolve, 
portanto, entender se os gestores estão a conseguir esses objectivos e se não 
são responsáveis por um desempenho abaixo do padrão. 
 
 
 33 
1.4.10 Gerir a Monitoria e Avaliação 
 
Quando o enfoque é na monitoria e avaliação deve-se descobrir em que medida 
os sistemas, estruturas e procedimentos para conduzir a avaliação são justos, 
fiáveis, válidos e económicos. Isto são questões que garantem o enfoque da 
gestão. Gerir as funções de monitorização e avaliação das políticas, planos e 
programas educacionais também têm a haver com os necessários recursos 
humanos existentes para conduzir as análises 
Ter os recursos financeiros necessários também é uma preocupação importante, 
especialmente porque muitas vezes há sub-orçamentação nesta área. De modo 
semelhante a capacidade tecnológica para processar, analisar e armazenar 
dados é um importante factor, tal como a calendarização das acções para 
corrigir os problemas antes que seja muito tarde. É neste estágio que os 
padrões desejáveis de resultados de aprendizagem bem como os padrões de 
de desempenho para atributo de políticas, planos ou programas e indicadores de 
excelência são estabelecidos e periodicamente revistos de forma a assegurar 
que continuem a ser aplicáveis em ambientes diversos. 
 
1.4.11 Produto, Output e Resultado 
 
Quando o enfoque está no produto, output e resultado, é preciso compreender 
que o propósito de todas as políticas, planos e programas de educação é a 
realização dos objectivos desejáveis de organização individual e da sociedade. 
A avaliação do produto, output e do impacto [avaliação cumulativa] é feita muitas 
vezes depois das políticas, planos e programas terem sido implementados 
durante algum tempo. Neste momento, o avaliador determina se os objectivos 
das políticas, planos e programas foram atingidos e se não, porquê. 
 
Muitas vezes os planificadores, implementadores e avaliadores tendem a 
trabalhar sobre se os recursos foram usados como planificado. Ao fazer isso 
tendem a perder de vista os resultados – em que medida o conhecimento, 
habilidades e aptidões tiveram qualquer impacto na realização dos objectivos 
nacionais de desenvolvimento. Muitas vezes deve ser feita a distinção entre os 
resultados desejados e ideais. Um ideal só pode ser atingido quando os 
constrangimentos são eliminados ou minimizados. Dados os constrangimentos 
existentes na implementação da política nos países em desenvolvimento, podem 
ser acordados critérios realistas, dependendo do contexto e do enfoque da 
avaliação. Em resumo, um bom sistema de monitoria e avaliação deveria 
concentrar-se sempre nos resultados e depois trabalhar para trás e procurar os 
factores que causaram monitorando e avaliando os outputs produtos, meios e o 
contexto. 
 
 
 
 34 
1.4.12 Sustentabilidade 
 
Quando o enfoque da avaliação é discernir sobre a sustentabilidade parte-se da 
premissa que é provável que as políticas educacionais, planos e programas 
oferecerem apenas uma pequena fracção dos benefícios e serviços pretendidos 
durante os os anos iniciais ou de tentativa de apoio. Bamberger and Cheena 
(1990) defendem que a sustentabilidade é afectada por muitos factores – 
técnicos, financeiros, organizacionais e políticos. A monitoria e a avaliação 
conduzirão então à rápida detecção dos factores que impedem a 
sustentabilidade, permitindo assim que os políticos, planificadores e gestores 
corrijam atempadamente esses problemas no processo. 
 
1.4.13 Papel da Gestão de Sistemas de Informação 
 
A informação e os dados são produtos da monitoria e avaliação. Poderiam 
também constituir inputs, como critério de gestão de dados colectados e 
actualizados através da monitoria e avaliação. A informação e os dados também 
servem para processos de planificação (Mosha, 2002). Dada a importância de 
obter informação e dados de qualidade em todos os estágios da política, do 
processo de planificação, da concepção e implementação do programa é difícil 
simplesmente inclui-la como uma componente em qualquer das áreas de 
enfoque descritas nas secções precedentes. Ela serve a todas. Mark et al. 
(2000) defendem que um dos potenciais benefícios do EMIS é proporcionar 
bases de dados para o pensamento estruturado. Eles acrescentaram que o 
pensamento estruturado é uma maneira estruturada de aprender da experiência 
das políticas planos e programas correntes e do passado e utilizar esse 
conhecimento para melhorar a maneira como são formuladas, implementadas e 
avaliadas as políticas, planos e programas do futuro. 
 
Mosha (2002), observa ainda que muitos países em desenvolvimento, 
especialmente em África, também não desenvolveram uma política de colecta, 
análise e utilização de dados autênticos com base nos quais são tomadas as 
decisões. Diferentemente de muitos países desenvolvidos na Europa e América 
do Norte, a cultura de responsabilidade e sensibilidade pelo desempenho do 
sistema de educação como revelado pelos dados de desempenho publicados 
não receberam a atenção adequada. Houve pouca ligação entre a alocação de 
fundos e pedidos de retorno em termos de altos níveis de desempenho, 
especialmente onde os dados mostraram resultados negativos. Houve também 
demasiada confidencialidade imposta a dados úteis – o desempenho dos alunos 
nos exames nacionais não são imediatamente disponibilizados para análises e 
verificação cruzada posteriores ou utilização das escolas para melhorar o 
rendimento. Também não estiveram facilmente disponíveis informação útil e 
dados sobre eficiência e eficácia na mobilização, alocação, despesas e uso 
efectivo de recursos financeiros devido à transparência inadequada que levou 
muitas vezes à corrupção generalizada. Os vários tipos de sistemas de monitoria 
e avaliação são explorados na próxima secção. 
 35 
 
 
1.5 TIPOS DE SISTEMAS DE MONITORIA E AVALIAÇÃO 
 
1.5.1 Sistemas de Monitoria 
 
Existem pelo menos três sistemas de monitoria, nomeadamente osque 
enfatizam: 
 
1.4.1.1 O diagnóstico instruccional 
 
Tendem a concentrar-se no output com pouca atenção nos inputs e muito pouca 
atenção às características dos alunos. Estão virados para o curriculum, utilizam 
testes dirigidos aos critérios e concentram-se na importância do curriculum e 
materiais de apoio. 
 
1.4.1.2 Melhoramento da escola. 
Dão ênfase à medição de outputs ao mesmo tempo que reconhecem a 
importância potencial de um conjunto maior de variáveis – qualificação dos 
professores. Também incluem comparações entre escolas. Tendem a medir um 
escopo mais vasto de habilidades e testes e utilizam testes dirigidos às normas. 
 
1.4.1.3 Obediência aos regulamentos. 
Preocupam-se em monitorar os inputs no sistema e monitorar a eficácia dos 
sistemas de oferta de inputs. Baseiam-se na contagem dos alunos, professores, 
manuais, etc., sendo o objectivo assegurar que os recursos estipulados estejam 
onde precisam de estar 
 
1.5.2 Tipos de Sistemas de Avaliação 
Os sistemas de avaliação por outro lado são, entre outros: 
 
1.4.2.1 Sistemas na escola 
São sensíveis aos testes e ao exame do desempenho dos alunos e conduzem a 
uma variedade de decisões dentro da escola. 
1.4.2.2 Corpos de exames 
São formalmente estabelecidos por estatuto governamental. Esta capacidade de 
avaliação pode ser constituída por uma unidade especializada dentro do órgão 
central do Ministério da Educação. Contudo, é preferível que o Ministério 
contrate uma instituição independente para avaliar o serviço, de forma a evitar 
conflitos de interesse por o governo estar a prestar o serviço e ser o seu próprio 
auditor. 
 36 
 
1.4.2.3 Sistemas de auditoria. 
São: 
• Internos – visitas de inspecção/supervisão concebidas para 
verificar a concordância com os padrões, bem como: 
• Externos – muitas vezes realizados com propósitos de 
padronização bem como de avaliação imparcial do desempenho. 
Isto pode ser feito em programas [PER], projectos de uma 
instituição, bem como um inteiro sistema quer de procurement 
quer de desembolso de fundos para verificar a sua eficiência e 
eficácia 
 
Comissões e Grupos de Trabalho 
 
Estes são muitas vezes estabelecidos quando existem sinais óbvios de que um 
sistema educacional não está a usar a sua total capacidade para prestar 
serviços. Diagnósticos de avaliação que são muitas vezes muito envolventes e 
consomem tempo são muitas vezes encomendados por sistemas que aspiram a 
reformas importantes no sector da educação. É, portanto, prudente que os 
países da SADC partilhem experiências sobre como é que este sistema de 
avaliação funcionou nos seus respectivos países, e então discutam os pontos 
fortes e fracos bem como a forma de os ultrapassar. 
 
1.5 CONCLUSÃO 
 
A principal mensagem que se repete quando se estuda o conteúdo desta 
unidade é que a monitorização e avaliação na educação nunca deve ser 
confinada a uma discussão restrita a uma área do enfoque. A compreensão 
holística dos vários propósitos, áreas de enfoque, dos níveis em que é provável 
que a monitorização e avaliação seja conduzida e pelos quais o sistema é 
importante de forma a que alguém se concentre num fenómeno particular, 
também compreende as limitações da abordagem escolhida se outra 
pessoa/equipa também se concentra em atributos diferentes. É só a 
abrangência de conhecimento e habilidades fornecidos nesta unidade que 
fornece uma âncora ´para as unidades subsequentes deste módulo. 
 
Actividade Pré Contacto 3 
 
1. “Planos de Acção” são utilizados como estratégia chave de 
melhoramento da escola pela OFSTED (vide anexo C) na sua 
monitorização das escolas. Esta estratégia pode realmente melhorar 
as escolas? Comente (100 – 150 palavras) (5) 
 37 
2. O modelo OFSTED oferece responsabilidade sem desenvolvimento. O 
seu real propósito é o controlo da qualidade. Este processo também 
deveria incluir qualidade? (5) 
3. Os alunos de baixo rendimento têm peso na criação de escolas de 
baixo rendimento. A causa/s da existência de alunos de baixo 
rendimento podem não residir dentro da identidade da escola. 
Descreva uma estratégia que utilizaria para determinar as causas e 
sugira possíveis intervenções (5) 
4. Os resultados dos relatórios/exames das inspecções Públicas 
produzem pressão para as escolas melhorarem o desempenho. Esta 
pressão, por si só não assegura o desenvolvimento ou melhoramento. 
O que faria se fosse um director de uma escola de baixo rendimento? 
Faça uma lista de 5 acções quaisquer que tomaria. (5) 
 
5. O que haveria de monitorar? 
(a) “What a school puts in” ou 
(b) What a learner gets out” 
Justifique a sua escolha e indique resumidamente os dados que iria 
recolher para fazer a avaliação (5) 
 
 Total de Pontuação: 25% 
 
1.6 REFERÊNCIAS 
Aant Elizinga (pp. 14, 15) 
Valdaze and Bamberger (3) 
Bamberger and Cheena( pp, 20)? 
Schomoker (PP 6? 
Carol Taylor Fitz-Gibon (pp.7)? 
El-Khaws (pp 17) 
Dror, Y. 
(1968) Public Policymaking Re-examined. San Francisco: Chandler. 
Mark, M.M., G.T Henry and G. Julnes 
(2000) Evaluation: An Integrated Framework for Understanding, Guiding, and 
Improving Policies and Programs. San Francisco: Jossey Bass. 
Mosha, H.J. 
(2002) Planning Education systems for Excellence in Developing Countries (in 
Press) 
Mosha, H.J. and J.A. Bukhala (1985), Improving Teaching and Learning in 
African Universities: Monograph Series No. 5 – Evaluation. Bonn: DES (80 pgs). 
 38 
Mosha H.J.; K. Osaki and N. Katunzi 
(2001) The Indicators of Quality Education. Dar es Salaam: UNICEF. 
Lipsey, M.W. 
(1993) “Theory as Method: Small Theories of Treatments. In L.B. Sechrest and A.G. Scott 
(Eds.), Understanding Causes and Generalizing About Them (New Directions for Program 
Evaluation, No. 57, 5-38. 
Lipsey, M.W. 
(1997) “What Can You Build With Thousands of Bricks? Musings on the Accumulation of 
Knowledge in Program Evaluation.” In D. Fournier and D.J. 
Murphy, P. V. Greaney, M. E. Lockheed, and C. Rojas 
(1996) National Assessment, Testing the System. Washington, D.C.: The World Bank. 
Rug (Eds.), Progress and Future Directions in Evaluation: Perspectives on Theory, 
Practice, and Methods (New Directions for Evaluation, No. 76, 231-259). San Francisco: 
Jossey-Bass. 
Patton, M.Q. 
(1997) “Utilization – Focused Evaluation: The New Century Text.” Thousand Oaks, CA: 
Sage. 
Perrin, B (1998) 
“Effective Use and Misuse of Performance Measurement.” American Journal of Education, 
19, 367-379. 
Scriven, M.S. 
(1991) “The Evaluation Thesaurus (4th ed.).” Thousand Oaks, CA: Sage 
Smith, M.L. 
(1997) “Mixing and Matching: Methods and Models. In J.C. Greene and V.J. Caracelli 
(Eds.), Advances in Mixed-method Evaluation: The Challenges and Benefits of Integrating 
Diverse Paradigms (New Direction for Evaluation, No. 74, pp. 73-85). San Francisco: 
Jossey Bass. 
 39 
UNIDADE 2: TÉCNICAS SELECCIONADAS: ANÁLISE DA 
EDUCAÇÃO QUANTO AOS CUSTOS-BENEFÍCIOS/EFICÁCIA 
 
2.1. Objectivos: 
 
No fim desta unidade, os participantes deverão ser capazes de: 
(a) definir e fazer uma tipologia de custos relacionados com a provisão e consumo da 
educação; 
(b) definir e fazer uma tipologia de custos relativa à prestação e consumo de 
educação; 
(c) definir uma tipologia dos benefícios relativos à educação; 
(d) comparar os custos e benefícios de investir na educação; 
(e) calcular e utilizar critérios de ratios de custo benefício, taxa interna de retorno e 
de net present values (NPV) tal como aplicados às decisões sobre investimento na 
educação; 
(f) compreender a ligação entre educação, mercado de trabalho e produtividade; 
(g) comparar e contrastar as consequências económicas das políticas alternativas de 
investimento na educação; 
(h) calcular e utilizar os ratios de custos-eficácia na avaliação e monitoria do 
investimento na educação. 
 
 
2.2. Introdução 
 
A monitoria e avaliação também se preocupa com o problema de como fazer o melhor 
uso dos escassos recursos aplicados na educação.

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