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Aula 07 - Regência Nominal e Verbal Ocorrência de Crase

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Aula 07
Português p/ TRF 2ª Região (com videoaulas)
Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror
Português para TRF 2ªR 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 7 
 
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Aula 7: Regência (nominal e verbal); crase. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Regência nominal 1 
2. Regência de verbos importantes 2 
3. Regência com pronomes relativos 10 
4. Crase 21 
5. O que devo tomar nota como mais importante? 44 
6. Lista de questões para revisão 45 
9. Gabarito 55 
 
 Olá! 
 Espero que seu estudo esteja rendendo bastante e que vocês continuem 
muito motivados!!!! 
 Vimos na aula de sintaxe da oração que regência é o mesmo que 
transitividade, lembra?!!! 
 Nesta aula, trabalharemos a regência (transitividade) e a crase. 
 Comecemos pela Regência Nominal. 
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir 
complementação precedida de preposição. Esse termo preposicionado ocupa a 
função sintática de complemento nominal. 
Veja alguns: 
acostumado a, com curioso de, por 
afável com, para desgostoso com, de 
afeiçoado a, por desprezo a, de, por 
aflito com, por devoção a, por, para, com 
alheio a, de devoto a, de 
ambicioso de dúvida em, sobre, acerca de 
amizade a, por, com empenho de, em, por 
amor a, por falta a, com, para 
ansioso de, para, por imbuído de, em 
apaixonado de, por imune a, de 
apto a, para inclinação a, para, por 
atencioso com, para incompatível com 
aversão a, por junto a, de 
ávido de, por preferível a 
conforme a propenso a, para 
constante de, em próximo a, de 
constituído com, de, por respeito a, com, de, por, para 
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Teoria e exercícios comentados 
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contemporâneo a, de situado a, em, entre 
contente com, de, em, por último a, de, em 
cruel com, para único a, em, entre, sobre 
Agora os verbos... 
Regência de verbos importantes 
Agradar 
Transitivo direto, com o sentido de “fazer agrado”, “fazer carinho”. 
Ela agradou o filho. 
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ser agradável”. 
O assunto não agradou ao homem. 
Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: transitivos diretos ou indiretos, com 
a preposição a. 
Satisfiz as exigências. ou Satisfiz às exigências. 
 
Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adorar, 
visitar: transitivos diretos. 
Estimo o colega. Adoro meu filho. 
 
Aspirar 
Transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos pulmões”. 
Aspiramos o ar frio da manhã. 
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”. 
Ele aspira ao cargo. 
Assistir 
É Transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”. 
O médico assistiu o paciente. 
Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste 
mesmo sentido: 
O médico assistiu ao paciente. 
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”. 
Meu filho assistiu ao jogo. 
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”. 
Esse direito assiste ao réu. 
Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”. 
Seu tio assistia em um sítio. 
Neste sentido, admite o advérbio “onde”: Este é o local onde assisto (onde 
moro). 
 
Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar 
São normalmente transitivos diretos e indiretos, admitindo duas construções. 
Avisei o gerente do problema. 
Avisei-o do problema. 
Avisei ao gerente o problema. 
Avisei-lhe o problema. 
Avisei o gerente de que havia um problema. 
Avisei ao gerente que havia um problema. 
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Cuidado! Veja que tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser expressos 
também por pronomes oblíquos átonos ou orações subordinadas substantivas. 
 
 
Atender: 
Transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido de dar 
atenção a, receber alguém, seguir, acatar: 
Não costuma atender os meus conselhos. 
O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam. 
Não atendeu a observação que lhe fizeram. 
Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a: 
Os bombeiros atenderam a muitos chamados. 
O médico atendeu aos afogados na praia. 
Chegar: 
Intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a preposição “a”. 
Com ideia de movimento de um lugar origem, usa-se a preposição “de”. Deve-
se evitar a preposição “em”, muito usada na linguagem coloquial, mas não é 
admitida na norma culta. 
Cheguei a Fortaleza. Cheguei de Fortaleza. 
Esse verbo admite o advérbio “aonde” ou a locução “para onde”, não 
admitindo apenas “onde”. 
Transitivo indireto, quando transmite valor de limite: 
Seu estudo chegou ao extremo do entendimento. 
 
Chamar 
Transitivo direto com o sentido de “convocar”. 
Chamei-o aqui. 
Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”, 
“apelidar”; nesse caso, terá um predicativo do objeto (direto ou indireto), 
introduzido ou não pela preposição de. 
Chamei-o louco. 
Chamei-o de louco. 
Chamei-lhe louco. 
Chamei-lhe de louco. 
A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto; 
nos dois últimos, predicativo do objeto indireto. 
 
Custar 
Intransitivo, quando indica preço, valor. 
Os óculos custaram oitocentos reais. 
Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais. 
Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”; 
com esse sentido, normalmente estará seguido de um infinitivo, sendo a 
oração deste o sujeito do verbo custar. 
Custou ao aluno entender a explicação do professor. 
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A expressão “entender a explicação do professor” é sujeito oracional e “ao 
aluno” é o objeto indireto. 
 
Esquecer, lembrar, recordar: 
Transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos) 
Ele esqueceu o livro. 
Lembrou a situação. 
Recordou o fato. 
Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de. 
Ele se esqueceu do livro. 
Lembrou-se da situação. 
Recordou-se do fato. 
No sentido figurado, há ainda a possibilidade de o sujeito do verbo 
"esquecer" não ser uma pessoa, mas uma coisa: 
Esqueceram-me as palavras de elogio. 
Esqueceu-se verificar o número da placa. 
 
Essa mesma regência vale para "lembrar", isto é, há na língua o registro 
de frases como "Não me lembrou esperá-la", em que "lembrar" significa "vir à 
lembrança". O sujeito de "lembrou" é "esperá-la", ou seja, esse fato (o ato de 
esperá-la) não me veio à lembrança. 
Os verbos Lembrar e recordar também podem ser transitivos diretos e 
indiretos. 
Lembrei ao aluno o dia do teste. 
 
Implicar 
Transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”. 
Seu estudo implicará aprovação. 
Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”. 
Implicaram o servidor no processo. 
Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar 
antipatia”, “perturbar”. 
Sempre implicava com o vizinho. 
 
Morar, residir, situar-se, estabelecer-se 
Pedem adjuntos adverbiais com a preposição em, e não a. 
Morava na Rua Onofre da Silva. 
Cabe aqui observar que o vocábulo “onde” não pode receber preposição com 
este verbo. A estrutura “aonde moro” está errada gramaticalmente, o correto 
é: onde moro. 
 
Namorar: transitivo direto. 
Ela namorou aquele artista. 
 
Obedecer e desobedecer: transitivos indiretos, com a preposição a. 
Obedeço ao comando. Não desobedeçamos à lei. 
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Pedir, implorar, suplicar: transitivos diretos e indiretos, com a preposição a 
(mais raramente, para) 
Pediu ao dirigente uma solução. 
Só admitem a preposição para quando existe a palavra licença (ou 
sinônimos), clara ou oculta. 
Ele pediu para sair. (ou seja: pediu licença para) 
 
Perdoar e pagar 
Transitivos diretos, se o complemento é coisa. 
Perdoei o equívoco. Paguei o apartamento 
Transitivos indiretos, com a preposição a, se o complemento é pessoa. 
Perdoei ao amigo. Paguei ao empregado. 
Pode aparecer os dois complementos, sendo o verbo transitivo direto e 
indireto. 
O Brasil pagou a dívida ao FMI. 
O FMI perdoará a dívida aos países pobres. 
 
Note que, se no último exemplo retirássemos a preposição “a” e 
inseríssemos a preposição de, o verbo passa a ser apenas transitivo direto e o 
termo preposicionado passa a ser o adjunto adnominal que caracteriza o 
núcleo deste termo. Veja: 
O FMI perdoará a dívida dos países pobres. 
 VTD + OD 
Preferir 
Transitivo direto: Prefiro biscoitos. 
Transitivo direto e indireto, com a preposição a. 
Prefiro vinho a leite. 
Cuidado, pois o verbo “preferir” não aceita palavras ou expressões de 
intensidade, nem do que ou que. Assim, está errada a construção como 
“Prefiro mais vinho do que leite”. 
 
Presidir: transitivo direto ou indireto: 
O chefe presidiu a cerimônia. O chefe presidiu à cerimônia. 
 
Proceder 
Intransitivo, com o sentido de “agir”: 
Ele procedeu bem. 
Intransitivo, com o sentido de “justificar-se”: 
Isso não procede. 
Intransitivo, com o sentido de “vir”, “originar-se”; pede a preposição de. 
A balsa procedia de Belém. 
Neste sentido admite o advérbio “donde” ou a locução “de onde”: 
Venho de onde ficou minha infância. (=donde) 
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “realizar”, “dar 
andamento”. 
Ele procedeu ao inquérito. 
 
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Querer 
Transitivo direto, significando “desejar, ter intenção de, ordenar, fazer o favor 
de". 
Ele quer a verdade. 
Transitivo indireto, significando “gostar, ter afeição a alguém ou a alguma 
coisa". É normal o advérbio “bem” ficar subentendido ou explícito. Assim, é 
exigida a preposição a. 
A mãe quer muito ao filho. (...quer bem ao filho) 
Referir-se: 
Transitivo indireto, com a preposição a: 
O palestrante referiu-se ao problema. 
Transitivo direto, no sentido narrar, contar: 
Ele referiu o ocorrido. 
 
Responder 
Transitivo direto, em relação à própria resposta dada. 
Responderam que estavam bem. 
Transitivo indireto, em relação à coisa ou pessoa que recebe a resposta. 
Respondi ao telegrama. 
Às vezes, aparece como transitivo direto e indireto: 
Respondemos aos parentes que iríamos. 
 
Simpatizar e antipatizar: transitivo indireto, regendo preposição com sem 
pronome oblíquo. 
Simpatizo com Madalena. 
A construção “Simpatizo-me com Madalena” está errada”, pois não pode haver 
pronome oblíquo átono. 
 
Visar 
Transitivo direto quando significa “pôr o visto”, “rubricar”. 
Ela visou as folhas. 
Transitivo direto quando significa “mirar”. 
Visavam um ponto na parede. 
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “pretender”, 
“almejar”. 
Visava à felicidade de todos. 
Aqui não é aceito o pronome "lhe" como complemento, empregando-se, 
assim, as formas "a ele" e "a ela". 
Algumas gramáticas aceitam a regência deste verbo na acepção de 
“pretender, almejar” como verbo transitivo direto, quando logo após houver 
um verbo no infinitivo. “O programa visa facilitar o acesso ao ensino gratuito.” 
 
Observações importantes: 
a) Alguns verbos transitivos indiretos, mesmo pedindo a preposição a, não 
admitem o pronome lhe como objeto. Veja alguns importantes. 
 
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Assistiu ao filme. Assistiu-lhe. (errado) Assistiu a ele. (certo) 
Aspiro à promoção. Aspiro-lhe. (errado) Aspiro a ela. (certo) 
Visava ao concurso. Visava-lhe. (errado) Visava a ele. (certo) 
Aludi ao preconceito. Aludi-lhe. (errado) Aludi a ele. (certo) 
Anuiu ao pedido. Anuiu-lhe. (errado) Anuiu a ele. (certo) 
Procedeu ao inquérito. Procedeu-lhe. (errado) Procedeu a ele. (certo) 
Presidimos à reunião. Presidimos-lhe. (errado) Presidimos a ela. (certo) 
 
b) Quando o complemento verbal é o mesmo para dois ou mais verbos, estes 
devem possuir a mesma regência verbal. Assim, construções como “Fui e 
voltei de Salvador” transmite erro gramatical. A regência do verbo “Fui” exige 
a preposição “a”, e a do verbo “voltei” exige preposição “de”. Portanto, 
deveremos corrigir para: 
“Fui a Salvador e voltei de lá” 
 Veja outros casos: 
 
Gostei e comprei o carro. Gostei do carro e o comprei. 
Conheci e não simpatizei com Carlos. Conheci Carlos e não simpatizei com ele. 
 
 Construção viciosa Construção gramaticalmente correta 
 
 
Questão 1: TJ MG 2016 – Estagiário Direito (banca Consulplan) 
Acerca dos mecanismos de regência, responsáveis pela estruturação lógico-
sintática dos enunciados linguísticos, identifique o trecho em que o “a” em 
destaque NÃO estabelece uma relação de regência entre dois termos. 
A) “[...] Também por isso, há de se sair a campo [...]” 
B) “[...] um camelô de sua área: conversa sobre a obra, [...]” 
C) “[...] não deve fugir à realidade de que é um vendedor [...]” 
D) “[...] se atende apenas à onda geral da feira de vaidades [...]” 
Comentário: Primeiramente, devemos notar que o vocábulo “a” fará parte de 
uma regência (verbal ou nominal) quando for preposição. 
 A alternativa (A) apresenta regência verbal, pois “sair” rege a 
preposição “a”, a qual se encontra sublinhada. 
 A alternativa (B) não apresenta regência com preposição “a”. Ocorre 
apenas o artigo “a”, diante do substantivo “obra”. Assim, esta é a alternativa 
a ser marcada. 
 A alternativa (C) apresenta regência verbal, pois “fugir” rege a 
preposição “a”, e o substantivo “realidade” é precedido do artigo “a”. Essa 
fusão se encontra sublinhada. 
 A alternativa (D) apresenta regência verbal, pois “atende” rege a 
preposição “a”, e o substantivo “onda” é precedido do artigo “a”. Essa fusão 
se encontra sublinhada. 
Gabarito: B 
 
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Questão 2: Prefeitura Apuiarés 2014 Cirurgião Dentista (banca Consulplan) 
Como na moral dessa narrativa, “Nos momentos graves é preciso verificar 
muito bem para quem se apela”, o verbo “apelar” permite outros empregos. 
Identifique a opção em que a regência desse verbo está equivocada. 
a) Apelou, aflitivamente, a quem passava, mas ninguém quis saber. 
b) Logo no dia seguinte, apelou da decisão do tribunal. 
c) O procurador ligou, apelando pelo caso do pai. 
d) O padre apelou os crentes para se manterem fiéis à doutrina. 
Comentário: Verifiquemos algumas transitividades do verbo “apelar”: pode-
se apelar para alguém ou a alguém, como ocorreu no pedido da questão e na 
alternativa (A), respectivamente: 
“Nos momentos graves é preciso verificar muito bem para quem se apela” 
“Apelou, aflitivamente, a quem passava”. 
 Pode-se apelar de alguma coisa, como se observa em “apelou da 
decisão do tribunal”. 
 Pode-se apelar por algo, como se observa em “apelando pelo caso do 
pai”. 
 Mas não cabe apelar alguém, mas a alguém. Assim, a frase da 
alternativa (D) deve ser corrigida para: 
“O padre apelou aos crentes para se manterem fiéis à doutrina”. 
Gabarito: D 
 
Questão 3: Pref PortoVelho-RO 2012 Administrador (banca Consulplan) 
“Quando a democracia surgiu na Grécia...” Assinale a alternativa na qual o 
verbo apresenta, na oração proposta, transitividade análoga idêntica ao da 
frase anterior. 
A) Esse argumento não procede. 
B) O professor informou ao diretor sobre sua decisão. 
C) Chamei por você. 
D) Não abdicarei de meus direitos. 
E) Ansiava pelo dia de amanhã. 
Comentário: O verbo “surgiu” é intransitivo, pois “na Grécia” é o adjunto 
adverbial de lugar. Note que “a democracia” é o sujeito. 
 A alternativa (A) é a correta, pois “procede” também é verbo 
intransitivo. 
 Na alternativa (B), o verbo “informou”, neste contexto, é transitivo 
indireto, o termo “ao diretor” é o objeto indireto e “sobre sua decisão” é o 
adjunto adverbial de assunto. 
 Na alternativa (C), o verbo “Chamei”, neste contexto, é transitivo 
indireto, e o termo “por você” é o objeto indireto. 
 Na alternativa (D), o verbo “abdicarei” é transitivo indireto, e o termo 
“de meus direitos” é o objeto indireto. 
 Na alternativa (E), o verbo “Ansiava” é transitivo indireto, e o termo 
“pelo dia de amanhã” é o objeto indireto. 
Gabarito: A 
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Questão 4: Prefeitura C.V. 2010 Contador (banca Consulplan) 
NÃO há erro de regência verbal em: 
A) Altos salários são dados os jogadores, sem terem ficado nos bancos 
escolares. 
B) Falta de punição implica violência. 
C) Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais do que 
pessoas honestas. 
D) Todos assistem os programas de televisão que só apresentam tragédias. 
E) O povo esquece, rapidamente, dos crimes que abalam a sociedade. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “dar” é transitivo 
direto e indireto. Assim, alguém dá altos salários aos jogadores. Porém, nesta 
alternativa, a oração está na voz passiva e o agente não está explícito. 
 Por isso, o que era objeto direto na voz ativa (“Altos salários”) passa a 
ser o sujeito paciente, e o objeto indireto “aos jogadores” deve permanecer 
com a preposição “a” (Altos salários são dados aos jogadores). 
 A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “implicar” está empregado no 
sentido de trazer como consequência. Assim, é transitivo direto e “violência” é 
o objeto direto. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “preferem” é transitivo direto 
e indireto e não admite intensificadores ou expressões comparativas. Assim, o 
correto é: 
“Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais a pessoas 
honestas.” 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “assistem” está empregado 
no sentido de “ver”, “observar”. Assim, é transitivo indireto e exige a 
preposição “a”: Todos assistem aos programas de televisão”. 
 A alternativa (E) está errada, pois o verbo “esquece” não possui o 
pronome oblíquo átono “se”. Assim, é transitivo direto e não admite a 
preposição “de”: 
O povo esquece, rapidamente, os crimes que abalam a sociedade. 
Gabarito: B 
 
Questão 5: Prefeitura S.L. 2010 Agente Adm (banca Consulplan) 
Assinale a afirmativa que apresenta INCORREÇÃO quanto à regência: 
A) Pedro está alheio a tudo. B) Não abdicarei dos meus direitos. 
C) O convite não lhe agradou. D) Ele tem aversão à altura. 
E) Agradeci os diretores. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o adjetivo “alheio” exige 
preposição “a”. Assim, “a tudo” é o complemento nominal. 
 A alternativa (B) está correta, pois o verbo “abdicarei” é transitivo 
indireto e exige a preposição “de”. Assim, “dos meus direitos” é o objeto 
indireto. 
 A alternativa (C) está correta, pois o verbo “agradou”, no sentido de ser 
agradável, satisfazer, é transitivo indireto e exige o objeto indireto “lhe” (não 
agradou a alguém). 
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 A alternativa (D) está correta, pois o substantivo “aversão” exige a 
preposição “a”. Assim, “à altura” é o complemento nominal. 
 A alternativa (E) é a errada, pois o verbo “Agradeci” é transitivo indireto 
e exige a preposição “a”: “Agradeci aos diretores”. 
Gabarito: E 
 
Questão 6: Prefeitura C.V. 2010 Fiscal (banca Consulplan) 
Assinale a alternativa INCORRETA quanto à regência: 
A) Ela estava descontente com a reciclagem do lixo. 
B) O político não se simpatizou com as inovações tecnológicas. 
C) Estamos habituados a resolver os problemas. 
D) É um direito que lhe assiste. 
E) Chamei a Paulo de tolo. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o adjetivo “descontente” 
exige a preposição “com”. Assim, “com a reciclagem” é o complemento 
nominal. 
 A alternativa (B) é a errada, pois o verbo “simpatizou” é transitivo 
indireto, exige a preposição “com”, mas não admite a presença do pronome 
pessoal oblíquo “se”. Corrigindo... 
O político não simpatizou com as inovações tecnológicas. 
 A alternativa (C) está correta, pois “habituados” exige a preposição “a” e 
“resolver” não exige. 
 A alternativa (D) está correta, pois o verbo “assiste”, no sentido de 
caber, competir, é transitivo indireto, em que a coisa é o sujeito, e a pessoa e 
o objeto indireto. Assim, o sujeito é o pronome relativo “que”, o qual retoma o 
substantivo “direito” e o objeto indireto é “lhe”. 
 A alternativa (E) está correta, pois o verbo “chamar”, no sentido de 
denominar, pode ser transitivo direto ou indireto, seguido de predicativo do 
objeto. Veja as possibilidades: Chamei a Paulo de tolo. 
 Chamei a Paulo tolo. 
 Chamei Paulo de tolo. 
 Chamei Paulo tolo. 
Gabarito: B 
 
Regência com pronomes relativos 
Como visto na aula de sintaxe do período composto por subordinação 
adjetiva, o pronome relativo é uma palavra que inicia as orações subordinadas 
adjetivas e pode ser antecedido de preposição. Isso depende do verbo da 
oração adjetiva e da função sintática do pronome relativo. Por isso é 
importante visualizarmos quais são os pronomes relativos mais empregados. 
 
que: retoma coisa ou pessoa 
o/a qual: retoma coisa ou pessoa 
quem: retoma pessoa 
cujo: relação de posse 
onde: retoma lugar 
quando: retoma tempo 
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Pronomes relativos e suas funções sintáticas: 
Sujeito: 
O homem, que é um ser racional, aprende com seus erros. 
 oração subordinada adjetiva 
 oração principal 
Sempre se deve partir do verbo para entender a função sintática dos 
termos. Assim, há o verbo de ligação “é”, o predicativo “um ser racional”; logo, 
falta o sujeito, que é o pronome relativo “que”. Onde se lê “que”, entende-se 
“homem”, então se pode ter a seguinte estrutura: 
O homem é um ser social. 
Como se pode substituir “que” por “o qual” e suas variações, 
dependendo da palavra que foi retomada, teremos: 
O homem, o qual é um ser racional, aprende com seus erros. 
Abaixo serão listadas outras funções do pronome relativo e suas 
possibilidades de substituição: 
Objeto direto: 
Esta é a casa que amamos. 
 a qual amamos. 
 OD VTD 
Objeto indireto: 
Esta é a casa de que gostamos. 
(de + a qual) 
 da qual gostamos. 
 OI VTI 
Objeto indireto: 
Esta é a casa a que nos referimos. 
(a + a qual) 
 à qual nos referimos. 
 OI VTI 
 
Complemento nominal: 
Esta é a casa a que fizemos referência. 
(a + a qual) 
 à qual fizemos referência. 
 CN VTD + OD 
 
Na função de adjunto adverbial, o pronome relativo “que” deve ser 
preposicionado tendo em vista transmitir os seusvalores circunstanciais, 
normalmente os de tempo e lugar. Quando transmite valor de lugar, pode 
também ser substituído pelo pronome relativo “onde”. 
A preposição “em” é de rigor quando o verbo intransitivo transmite 
processo estático (Estar em algum lugar, nascer em algum lugar). Porém, se 
transmitir lugar de destino, regerá preposição “a” (vai a algum lugar, vai para 
algum lugar); se transmitir lugar de origem, regerá a preposição “de” (vir de 
algum lugar). Pode ainda, na ideia de desenvolvimento do deslocamento, ser 
regido pela preposição “por” (passar por algum lugar). 
 
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Veja: 
Adjunto adverbial de lugar (estático: com preposição “em”): 
Esta é a casa onde moramos. 
em que moramos. 
 (em + a qual) 
na qual moramos. 
 Adj Adv. lugar VI 
 
 
Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “a”): 
Esta é a casa aonde chegamos. 
 a que chegamos. 
 (a + a qual) 
 à qual chegamos. 
 Adj Adv. lugar VI 
 
 
 
Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “para”): 
Esta é a casa para onde vamos. 
 --------------- 
 (para + a qual) 
 para a qual vamos. 
 Adj Adv. lugar VI 
 
Observação: Não se usa pronome relativo “que” antecedido de preposição com 
duas ou mais sílabas. Deve-se transformá-lo em “o qual” e suas variações. 
Assim, temos “mediante o qual”, “perante o qual”, “segundo o qual”, 
“conforme o qual”, “sobre o qual”, “para o qual” etc. 
 
 
Adjunto adverbial de lugar (origem: com preposição “de”): 
Esta é a casa de onde viemos. (ou donde) 
 de que viemos 
 (de + a qual) 
 da qual viemos. 
 Adj Adv. lugar VI 
Observação: Soa mais agradável a construção “da qual”, mas “de que” 
também está correta. 
Adjunto adverbial de lugar (desenvolvimento do trajeto: com preposição 
“por”): 
Esta é a casa por onde passamos. 
 por que passamos 
 (por + a qual) 
 pela qual passamos. 
 Adj Adv. lugar VI 
 
 
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Perceba que o pronome relativo “onde” deve ser usado unicamente como 
adjunto adverbial de lugar. Evite construções viciosas como: 
Vivemos uma época onde o consumismo fala mais alto. (errado) 
 
Neste caso, o pronome relativo está retomando o substantivo “época”, 
com valor de tempo. Assim, é conveniente ser substituído por “quando”, “em 
que” ou “na qual”. 
Vivemos uma época quando o consumismo fala mais alto. 
Vivemos uma época em que o consumismo fala mais alto. 
Vivemos uma época na qual o consumismo fala mais alto. 
 
 O pronome relativo cujo transmite valor de posse e tem característica 
bem peculiar. Entendamos o seu uso culto da seguinte forma: 
 
 
 
substantivo ___ cujo substantivo 
 
 
 
substantivo ___ cujo substantivo 
 
 
substantivo ___ cujo substantivo 
 
 
 
substantivo ___ cujo substantivo 
 
 
 
 
Veja a aplicação disso: 
 
 
O filme cujo artista foi premiado não fez sucesso. 
 
O artista do filme foi premiado. 
 sujeito 
de 
1. Posiciona-se entre substantivos, 
fazendo subentender a preposição “de” 
(valor de posse). 
 
de 
2. Ao se ler “cujo”, entende-se “de” + 
substantivo anterior. 
sujeito, OD, OI, CN, adj adv 
de 
3. O pronome “cujo” + o substantivo 
posterior formam um termo da oração. Se 
forem objeto indireto, complemento 
nominal ou adjunto adverbial, serão 
preposicionados. 
 
de 
núcleo 
4. O substantivo posterior é o núcleo do 
termo, e o pronome relativo “cujo” é o 
adjunto adnominal, por isso se flexiona de 
acordo com o núcleo. 
sujeito, OD, OI, CN, adj adv 
sujeito 
de 
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O filme cuja sinopse li não fez sucesso. 
 
Li a sinopse do filme. 
 objeto direto 
 
 
 
O filme de cuja sinopse não gostei não fez sucesso. 
 
Não gostei da sinopse do filme. 
 objeto indireto 
 
 
 
O filme a cuja sinopse fiz alusão não fez sucesso. 
 
Fiz alusão à sinopse do filme. 
 complemento nominal 
 
 
Estive ontem na praça em cujo centro foi montado um grande circo. 
 
Um grande circo foi montado no centro da praça. 
 adjunto adverbial de lugar 
 
Importante: não se pode inserir artigo ou pronome após o pronome 
relativo “cujo” e suas variações. É vício de linguagem construções do tipo: 
“A casa cujo o teto caiu foi reformada.” (errado) 
“A casa cujo teto caiu foi reformada.” (certo) 
 
“A empresa cujos aqueles funcionários reuniram-se ontem deflagrará a 
greve.” (errado) 
adjunto adverbial de lugar 
de 
objeto direto 
de 
objeto indireto 
de 
complemento nominal 
de 
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“A empresa cujos funcionários reuniram-se ontem deflagrará a greve.” 
(certo) 
Antes de passarmos para as questões de prova, é importante observarmos a 
diferença entre a regência da oração subordinada substantiva e da oração 
subordinada adjetiva. Assim, vamos à regência nas orações adjetivas. 
Verifique se as frases estão corretas. 
a) As pessoas a quais sempre obedeci são extremamente falsas. 
b) A mala cujo a chave perdi está no guarda-volumes. 
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo. 
d) A empresa cujos os funcionários conversei ontem deflagrarão a greve. 
e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve. 
f) Os funcionários da empresa com o qual conversei ontem deflagrarão a greve. 
g) Vivemos uma época muito difícil, onde a violência impera. 
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba. 
i) A casa em que cheguei era magnífica. 
j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo. 
k) A vendedora que discuti foi muito mal-educada. 
l) Os relatórios do caso que aspiro desapareceu da pasta. 
m) Renato encontrou as irmãs de quem confiamos. 
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foram vencedores. 
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu. 
p) A causa pela qual luto é nobilíssima. 
q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina. 
r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos. 
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança. 
t) O bairro aonde moro não proporciona segurança. 
Observou? Agora veja as frases já corrigidas. 
a) As pessoas às quais sempre obedeci são extremamente falsas. 
b) A mala cuja chave perdi está no guarda-volumes. 
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo. 
d) A empresa com cujos funcionários conversei ontem deflagrará a greve. 
e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve. 
f) Os funcionários da empresa com os quais conversei ontem deflagrarão a 
greve. 
g) Vivemos uma época muito difícil, em que a violência impera. 
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba. 
i) A casa a que cheguei era magnífica. 
j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo. 
k) A vendedora com quem discuti foi muito mal-educada. 
l) Os relatórios do caso a que aspiro desapareceram da pasta. 
m) Renato encontrou as irmãs em quem confiamos. 
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foi vencedora. 
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu. 
p) A causa pela qual luto é nobilíssima. 
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q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina. 
r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos. 
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança. 
t) O bairro onde moro não proporciona segurança. 
Bom, agora vamos comparar as orações substantivas com as adjetivas. 
Verifique que, quando há preposição antecedendo oração adjetiva, é um verbo 
ou um nome posterior que a exige. Quando há preposição antes da oração 
substantiva, é o verbo ou nome anterior que a exige. 
Sublinhe a oração subordinada e diga se é substantiva ou adjetiva. 
a) Importante é aquilo de que não se pode fugir. 
b) É importante que você busque seus objetivos. 
c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda. 
d) Convém que ele venha. 
e) A mim convém aquilo de que gostas. 
f) Consideraram que o trabalho foi ruim. 
g) Consideraram o trabalho que teve maior nota. 
h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos. 
i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos. 
j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem. 
k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos. 
l) A verdade é que precisamos muito de estudo. 
m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política. 
 
Agora veja as respostas. 
a) Importante é aquilo de que não se pode fugir. 
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto) 
b) É importante que você busque seus objetivos. 
(oração subordinada substantiva subjetiva) 
c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda. 
(oração subordinada substantiva subjetiva) 
d) Convém que ele venha. 
(oração subordinada substantiva subjetiva) 
e) A mim convém aquilo de que gostas. 
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto) 
f) Consideraram que o trabalho foi ruim. 
(oração subordinada substantiva objetiva direta) 
g) Consideraram o trabalho que teve maior nota. 
(oração subordinada adjetiva – “que” é sujeito) 
h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos. 
(oração subordinada substantiva objetiva indireta) 
i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos. 
(oração subordinada adjetiva – “à qual” é objeto indireto) 
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j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem. 
(oração subordinada substantiva completiva nominal) 
k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos. 
(oração subordinada adjetiva – “as quais” é objeto direto) 
l) A verdade é que precisamos muito de estudo. 
(oração subordinada substantiva predicativa) 
m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política. 
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto) 
Partamos, agora, para as questões! 
 
Questão 7: TJ MG 2016 – Estagiário Direito (banca Consulplan) 
Mantendo-se a correção semântica e de acordo com a norma padrão da 
língua, o trecho grifado em “Ódio direcionado ao inimigo, aquele com o qual o 
‘acusador-julgador’ não se identifica [...]” poderia ser substituído por 
A) aqueles com que. C) aquele com quem. 
B) aquele sob o qual. D) aqueles com os quais. 
Comentário: Primeiramente, devemos notar que o pronome relativo “o qual” 
retoma o pronome demonstrativo “aquele” e este retoma o substantivo 
singular “inimigo”. Como a questão pede a permanência do sentido e a 
correção gramatical, o pronome demonstrativo não tem como referente uma 
palavra plural, por isso não deve se flexionar no plural. Assim, eliminamos as 
alternativas (A) e (D). 
 Também notamos que o verbo pronominal “se identifica” rege a 
preposição “com”, e não “sob”. Dessa forma, eliminamos a alternativa (B) e a 
correta é a alternativa (C), pois o pronome relativo “quem” pode substituir 
corretamente “o qual”. 
Gabarito: C 
 
Questão 8: TJ MG 2016 – Estagiário Direito (banca Consulplan) 
Mantendo-se o sentido original e considerando-se as relações de regência 
estabelecidas entre os termos da oração, assinale a alternativa em que a 
substituição proposta está de acordo com as regras prescritas pela gramática 
normativa. 
A) “A caça por sucesso” (4º§) por “A caça com sucesso”. 
B) “aquilo que deveria” (3º§) por “aquilo ao qual deveria”. 
C) “Ódio ao semelhante” (3º§) por “Ódio para com o semelhante”. 
D) “tratar da importância do conflito” (2º§) por “tratar para a importância do 
conflito”. 
Comentário: Note que devemos manter o sentido original e a correção 
gramatical. 
 A alternativa (A) está errada, pois a preposição “por” inicia um 
complemento nominal, isto é, o sucesso é caçado. Já a preposição “com” 
transmite a noção de característica. Assim, “com sucesso” é apenas o adjunto 
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adnominal. 
 A alternativa (B) está errada, pois o pronome relativo “que” é o sujeito 
de “deveria” e não pode receber a preposição “a”, em “ao qual”. 
 A alternativa (C) é a correta, pois o substantivo “ódio” rege a preposição 
“a”. Note que a junção das preposições “para” e “com” transmite ênfase, não 
deixando de transmitir também o direcionamento, visto com a preposição “a”. 
Assim, está correta a substituição. Veja: 
“Ódio ao semelhante” por “Ódio para com o semelhante” 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “tratar” é transitivo indireto e 
rege a preposição “de”. Já, com a substituição pela preposição “para”, o verbo 
passa a intransitivo e a expressão “para a importância do conflito” passa a 
transmitir o valor de finalidade. Por isso não cabe a substituição. 
Gabarito: C 
 
 
Questão 9: CBTU 2014 Administrador (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se 
escreve coisas inúteis, se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente) 
para obter um efeito ou um escândalo; se se conforma sem convicção a 
opiniões nas quais não acredita. 
Com base no trecho “[...] se conforma sem convicção a opiniões nas quais 
não acredita.”, é correto afirmar que 
A) o elemento “a” pode ser substituído por “com”. 
B) a expressão “nas quais” pode ser substituída por “às quais”. 
C) ao eliminar a expressão “sem convicção”, a regência verbal sofre 
alteração. 
D) é obrigatória a substituição de “a” por “às”; já que, neste caso, ocorre 
obrigatoriedade da crase. 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois quem se conforma 
normalmente se conforma com algo. Vale notar que o autor utilizou a 
preposição “a” (conforma-se a algo). Esta alternativa apenas pediu que 
utilizássemos a preposição “com”, a qual é a mais utilizada. Isso está correto. 
Compare: 
...se se conforma sem convicção a opiniões nas quais não acredita. 
...se se conforma sem convicção com opiniões nas quais não acredita. 
 A alternativa (B) está errada, pois a expressão pronominal relativa “nas 
quais” pode ser substituída por “em que”. Não podemos substituir a 
preposição “em”, regida pelo verbo “acredita” (acredita em alguma coisa), 
pela preposição “a”. Assim, não cabe a regência acredita a alguma coisa, 
concorda?! 
 A alternativa (C) está errada, porque a expressão “sem convicção” é 
apenas um adjunto adverbial, o qual não é exigido pelo verbo e não faz 
diferença na regência do verbo. 
 A alternativa (D) está errada, pois o substantivo “opiniões” está sendo 
tomado de valor geral, por isso está sem artigo “as”. Pode haver a 
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substituição da preposição “a” pela forma “às”, neste caso o artigo “as” 
determina e especifica o substantivo “opiniões”.O erro na alternativa é 
afirmar que a palavra “às” é obrigatória. 
Gabarito: A 
 
 
Questão 10: Prefeitura Cascavel 2014 Agente de Apoio (banca Consulplan) 
Indique a alternativa que apresenta uma paráfrase adequada quanto à 
correção, de acordo com a norma padrão, e a preservação do sentido para o 
trecho “Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação a que 
têm acesso [...]”. 
A) Os jovens são fascinados às pequenas doses de informação a que têm 
acesso [...]. 
B) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação que têm 
acesso [...]. 
C) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às que têm 
acesso [...]. 
D) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às quais 
têm acesso [...]. 
E) Os jovens são fascinados diante de pequenas doses de informação a qual 
têm acesso [...]. 
Comentário: Alguém é fascinado por algo, e não a algo ou diante de algo. 
Assim, as alternativas (A) e (E) estão erradas. 
 Alguém tem acesso a alguma coisa, por isso o pronome relativo “que” 
deve ser precedido da preposição “a” e a alternativa (B) está errada. 
 Alguém tem acesso a alguma coisa, por isso o pronome relativo “que” 
deve ser precedido da preposição “a”, e não do vocábulo “às”. Assim, 
alternativa (C) está errada. 
 A alternativa (D) é a correta, pois houve apenas a substituição do 
pronome relativo “que” por “as quais”. Como há a preposição “a”, cabe a 
crase em “às quais”. Note que as demais palavras se mantiveram as 
mesmas. 
Gabarito: D 
 
 
Questão 11: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Adm (banca Consulplan) 
Assinale a afirmativa correta quanto à regência: 
A) Ele não obedece os mais velhos. 
B) Aspiramos o perfume das flores. 
C) A firma toda não se simpatizou com a nova diretoria. 
D) Esta é a cidade que mais gosto. 
E) Ele custará muito para me entender. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “obedece” é 
transitivo indireto e exige a preposição “a”: Ele não obedece aos mais velhos. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “aspiramos”, no sentido de 
inalar, cheirar, é transitivo direto e o termo “o perfume das flores” é o objeto 
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direto. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “simpatizou” é transitivo 
indireto, exige a preposição “com” e não admite a presença do pronome 
pessoal oblíquo átono “se”: 
A firma toda não simpatizou com a nova diretoria. 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “gosto” é transitivo indireto e 
exige a preposição “de”, a qual deve anteceder o pronome relativo “que”. 
Assim, a expressão “de que” é o objeto indireto da oração subordinada 
adjetiva restritiva “de que mais gosto”. 
 A alternativa (E) está errada, pois o verbo “custará”, no sentido de ser 
difícil, é transitivo indireto, em que o sujeito é oracional e o objeto indireto é a 
pessoa (isso custará a ele): 
 Custará muito a ele entender-me. Custar-lhe-á muito entender-me. 
 VTI + advérbio+ OI + sujeito oracional VTI + OI + advérbio+sujeito oracional 
Gabarito: B 
 
 
Questão 12: COFEN 2010 Analista de Pessoal (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Para isso, existiam os oráculos – locais sagrados onde 
os seres imortais se manifestavam, devidamente encarnados em suas 
sacerdotisas. 
Em “onde os seres imortais se manifestavam”, a palavra destacada pode ser 
substituída, sem que haja alteração do sentido do período, por nos quais. 
Comentário: O pronome relativo “onde” é o adjunto adverbial de lugar, o 
qual transmite o valor de lugar estático e retoma a expressão “os oráculos” 
(os seres imortais se manifestavam nos oráculos). 
 O pronome relativo “onde” pode ser substituído por “em que”. O 
vocábulo “que” pode ser substituído por “os quais”. Assim, a junção entre a 
preposição “em” e “os quais” resulta “nos quais”: 
locais sagrados onde os seres imortais se manifestavam 
locais sagrados em que os seres imortais se manifestavam 
locais sagrados nos quais os seres imortais se manifestavam 
Gabarito: C 
 
Vimos a regência e como é explorada na prova. Agora, vamos a um 
assunto que é a continuação do anterior: crase. Assim, os verbos e nomes já 
explorados que regem a preposição “a” fatalmente serão revistos nesta parte 
da aula. 
 
 Costumo dizer a meus alunos que não se deve decorar a regra, 
principalmente a da crase, basta entendermos o processo, sua estrutura. Para 
facilitar, vamos denominar o esquema a seguir de “estrutura-padrão da crase”. 
 
 
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A estrutura-padrão da crase 
 preposição 
 
verbo a a substantivo feminino 
 ou + aquele, aquela, aquilo 
 nome a a (=aquela) 
 a qual (pronome relativo) 
Assim, quando um verbo ou um nome exigir a preposição “a” e o 
substantivo posterior admitir artigo “a”, haverá crase. Além disso, se houver a 
preposição “a” seguida dos pronomes “aquele”, “aquela”, “aquilo”, “a” 
(=aquela) e “a qual”; ocorrerá crase. 
 
Veja as frases abaixo e procure entendê-las com base no nosso 
esquema. 
 
1. Obedeço à lei. 
2. Obedeço ao código. 
3. Tenho aversão à atividade manual. 
4. Tenho aversão ao trabalho manual. 
5. Refiro-me àquela casa. 
6. Refiro-me àquele livro. 
7. Refiro-me àquilo. 
8. Não me refiro àquela casa da esquerda, mas à da direita. 
9. Esta é a casa à qual me referi. 
Na frase 1, o verbo “Obedeço” é transitivo indireto e exige preposição 
“a”, e o substantivo “lei” é feminino e admite artigo “a”, por isso há crase. 
Na frase 2, o mesmo verbo exige a preposição, porém o substantivo 
posterior é masculino, por isso não há crase. 
Na frase 3, a crase ocorre porque o substantivo “aversão” exigiu a 
preposição “a” e o substantivo “atividade” admitiu o artigo feminino “a”. 
Na frase 4, “aversão” exige preposição “a”, mas “trabalho” é substantivo 
masculino, por isso não há crase. 
Nas frases 5, 6 e 7, “Refiro-me” exige preposição “a”, e os pronomes 
demonstrativos “aquela”, “aquele” e “aquilo” possuem vogal “a” inicial (não é 
artigo), por isso há crase. 
Na frase 8, “me refiro” exige preposição “a”, “aquela” possui vogal “a” 
inicial (não é artigo) e “a” tem valor de “aquela”, por isso há duas ocorrências 
de crase. 
Na frase 9, “me referi” exige preposição “a”, e o pronome relativo “a 
qual” é iniciado por artigo “a”, por isso há crase. 
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 Muitas vezes o substantivo feminino está sendo tomado de valor geral, 
estando no singular ou plural, e por isso não admite artigo “a”. Outras vezes 
esse substantivo recebe palavra que não admite artigo antecipando-a, por isso 
não haverá crase. Veja os exemplos abaixo em que o verbo transitivo indireto 
exige o objeto indireto: 
 
 
Obedeço a leis. 
Obedeço a lei e a regulamento. 
 
 
 Obedeço a uma lei. 
 Obedeço a qualquer lei. 
 Obedeço a toda lei. 
 Obedeço a cada lei. 
 Obedeço a tal lei. 
 Obedeço a esta lei. 
 
O mesmo ocorre com os nomes que exigem o complemento nominal. 
Veja: 
Tenho obediência a leis. 
Tenho obediência a lei e a regulamento. 
Tenho obediência a uma lei. 
 Tenho obediência a qualquer lei. 
 Tenho obediência a toda lei. 
 Tenho obediência a cada lei. 
 Tenho obediência a tal lei. 
 Tenho obediência a esta lei. 
 
 
 Vimos o verbo transitivo indireto e nome que exigem preposição “a”, mas 
os verbos intransitivos também podem exigir preposição “a”. Muitas vezes o 
problema é saber se o nome posterior admite ou não o artigo “a” e se o 
vocábulo “a” é apenas uma preposição, ou uma preposição mais o artigo “a”. 
Por isso inserimosabaixo algumas regras que ajudam a confirmar a estrutura-
padrão da crase. 
a. Quando os pronomes de tratamento estão na função de objeto indireto ou 
complemento nominal, antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois 
não admitem artigo. 
Refiro-me a Vossa Senhoria. Fiz referência a Vossa Excelência. 
Observação: Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora 
admite artigo “a”, por isso, se esse pronome for precedido de preposição “a”, 
haverá crase: 
Refiro-me à senhora Gioconda. 
Os substantivos “leis”, “lei” estão em sentido 
geral, por isso não recebem artigo “as”, “a” e 
não há crase. Na segunda frase, o que ratificou 
o sentido geral foi o substantivo masculino 
“regulamento” não ser antecedido do artigo 
“o”. 
O artigo “uma” é indefinido, os pronomes 
“qualquer, toda, cada” são indefinidos. Como 
eles indefinem, não admitem artigo definido 
“a”. Os pronomes “tal” e “esta” são 
demonstrativos. Por eles já especificarem o 
substantivo “lei”, não admitem o artigo “a”. 
Por isso não há crase. 
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b. Diante de topônimos (nomes de lugar) que pedem o artigo feminino, 
admite-se a crase: 
 Faremos uma excursão à Bahia, a Sergipe, a Alagoas e à Paraíba. 
 Um túnel ferroviário liga a França à Inglaterra. 
Perceba que o substantivo “excursão” exige a preposição “a” e os 
topônimos “Bahia” e “Paraíba” admitem artigo “a”. Por isso há crase. Já os 
topônimos “Sergipe” e “Alagoas” não admitem artigo; por isso não há crase. 
Mas será que devemos decorar quais os topônimos admitem ou não o artigo 
“a”? Lógico que não, para isso, temos alguns macetes. 
Para você saber se o topônimo pede ou não o artigo, basta trocar o 
verbo (que exige a preposição “a”) por outro que exija preposição diferente; 
para evitar a confusão da preposição com o artigo. 
Veja: 
Fui à Bahia. Fui a Sergipe. Fui a Roma. 
Para termos certeza de que há artigo ou não, basta trocarmos por “vim”. Veja: 
Vim da Bahia. Vim de Sergipe. Vim de Roma. 
Como o verbo “Vim” exige preposição “de”, se a oração permanecer 
somente com essa preposição, é sinal de que, com o verbo “Fui”, também 
permanecerá só a preposição “a” (Vim de SergipeĺFui a Sergipe). 
Mas, se o verbo “Vim” estiver seguido de preposição mais artigo “da”, é 
sinal de que, com o verbo “Fui”, também ocorrerá preposição mais artigo “à” 
(Vim da BahiaĺFui à Bahia). 
Entretanto, você vai notar que, às vezes, queremos enfatizar, 
determinar, especificar esses topônimos que não admitem o artigo. Quando 
colocamos uma locução adjetiva ou algum outro determinante que o 
caracterize, naturalmente receberá artigo. Havendo verbo que exija a 
preposição “a”, ocorrerá a crase. 
Veja: 
 Viajamos a Brasília, depois fomos a São Paulo. 
(Viemos de Brasília ... de São Paulo) 
Viajamos à Brasília de Juscelino, depois fomos à São Paulo da garoa. 
(Viemos da Brasília de Juscelino ... da São Paulo da garoa) 
Portanto, sem decoreba, ok? Temos que entender o uso. Vamos a outros 
casos. 
c. A palavra casa normalmente admite artigo (a casa é linda; comprei a casa 
de meus sonhos; pintei a casa de azul etc). Porém, quando há um sentido de 
deslocamento para ou do “próprio lar”, ela não admite artigo. Mas isso não 
será problema para nós, pois usamos isso intuitivamente. Vamos lá: 
Você diz: “vim de casa” ou “vim da casa”? 
Você diz: “vou para casa” ou “vou para a casa”? 
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 Se é seu próprio lar, é natural dizer, “vim de casa”, “vou para casa”. 
Porém, quando essa casa não é a sua, naturalmente e intuitivamente, coloca-
se um determinante nesse substantivo e obrigatoriamente inserimos artigo. 
Tudo isso para mostrar que a casa não é a nossa. Está em dúvida? Então veja: 
Você diz “vim de casa da Luzia” ou “vim da casa da Luzia”? 
Você diz “vou para casa da Luzia” ou “vou para a casa da Luzia”? 
 Naturalmente usamos as segundas opções, correto? 
Sabemos que isso não proporciona a crase. Mas, se enxergamos que a 
preposição “para” tem o mesmo valor da preposição “a”; na sua substituição, 
podemos ter crase. 
Veja: 
 Vou para casa. Vou para a casa da Amélia. 
 a + a 
 Vou a casa. Vou à casa da Amélia. 
O bom filho volta a casa todos os dias. 
O bom filho volta à casa dos pais todos os dias. 
Note que se pode determinar a palavra “casa” colocando letra inicial 
maiúscula (Casa). Assim, essa palavra passa a ter outra denotação: sinônimo 
de Câmara dos Deputados ou representação de uma instituição. Dessa forma, 
poderá ocorrer a crase: 
Prestar à Casa as devidas homenagens. 
d. Seguindo a mesma ideia do item anterior, a palavra “terra” admite artigo 
normalmente. 
A terra é boa! Ele vive da terra! 
Assim, haverá crase: 
 O agricultor dedica-se à terra. 
Não há crase quando a palavra terra está em contraposição a “a bordo”. 
Isso porque não dizemos “ao bordo”. Não pode haver artigo nesta expressão: 
Os marinheiros voltaram a terra depois de um mês no mar. (estavam a bordo) 
Mas, se determinamos essa palavra, passamos a ter artigo e, 
consequentemente, crase. 
Veja: 
 Viajou em visita à terra dos antepassados. 
Quando os astronautas voltarão à Terra? (a letra maiúscula determina) 
 
 
 
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e. Na locução à uma, significando “unanimemente, conjuntamente”, haverá 
crase. Veja: 
 Os sindicalistas responderam à uma: greve já! 
Vimos a estrutura de um verbo ou nome que exige preposição “a”. 
Agora, veremos a locução adverbial que não é exigida pelo verbo, mas possui 
a estrutura interna com a preposição. 
Exemplo: Estive aqui de manhã. 
Note que a locução adverbial “de manhã” ocorreu sem exigência do 
verbo, pois poderíamos dizer “Estive aqui.” Esta locução tem uma composição 
própria: de + manhã. Se essa estrutura fosse composta por preposição “a” 
seguida de nome feminino que admitisse artigo “a”, haveria crase. 
Exemplo: Estive aqui à noite. 
 
Assim, vamos à estrutura da locução adverbial: 
preposição + artigo + nome 
 à noite 
à tarde à noite à direita às claras 
às escondidas à toa à beça à esquerda 
às vezes às ocultas à chave à escuta 
à deriva às avessas às moscas à revelia 
à luz à larga às ordens às turras 
Deve-se dar especial destaque às locuções adverbiais de tempo, que 
especificam o momento de um evento, com o núcleo expresso com o 
substantivo hora(s), o qual recebe o artigo definido “a”, “as”. 
 à meia-noite, à uma hora às duas horas às três e quarenta. 
 Não se pode confundir com a indicação de tempo generalizado ou tempo 
futuro: 
 Isso acontece a qualquer hora. Estarei lá daqui a duas horas. 
Veja a diferença nas frases a seguir: 
A aula acabará a uma hora. (uma hora após o momento da fala) 
A aula acabará à uma hora. (terminará às 13 horas ou à uma hora da madrugada) 
A aula acabara há uma hora. (a aula acabou uma hora antes) 
No último caso, não há locução adverbial, o verbo “há” marca tempo 
decorrido. Vimos isso na concordância, lembra? 
 Nas expressões que demarcam início e fim de evento, o paralelismo deve 
ser conservado. Se o primeiro dos termos não possui artigo a, o segundo 
também não terá. Se o primeiro tiver, o segundo receberá a crase: 
A reunião será de 9 a 10 horas. A reunião será das 9 às 10 horas. 
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Note: se o início do evento não recebeu artigo, o término também nãoreceberá. (de 9 a 10 horas). 
Se o início do evento recebeu artigo, o término também receberá. (das 9 
às 10 horas). 
Merece destaque a locução adverbial de modo à moda de. Ela pode 
estar expressa ou subentendida; por isso, deve-se tomar muito cuidado: 
 Pedimos uma pizza à moda da casa. 
 Atrevia-se a escrever à Drummond. (à moda de) 
 Pedimos arroz à grega. (à moda) 
Não confunda com as expressões frango a passarinho, bife a cavalo, 
as quais não possuem crase por não transmitirem modo. 
 
Haverá crase também nas locuções prepositivas, que são sempre 
nocionais e iniciam locução adverbial: 
à beira de à sombra de à exceção de à força de 
à frente de à imitação de à procura de à semelhança de 
à custa de às custas de 
 O uso do acento grave é opcional nas locuções adverbiais que indicam 
meio ou instrumento, desde que o substantivo seja feminino: barco a (à) vela; 
escrever a (à) máquina; escrever a (à) mão; fechar a porta a (à) chave; 
repelir o invasor a (à) bala. Normalmente, os bons autores têm preferido sem 
a crase. Tudo isso depende da intenção comunicativa. O instrumento ou o 
meio podem ser especificados ou não com o artigo “a”. 
Nas locuções adverbiais com palavras repetidas não haverá crase, pois 
os substantivos estão sendo tomados de maneira geral, sem artigo definido: 
cara a cara; frente a frente, etc. 
A crase é obrigatória nas locuções conjuntivas adverbiais proporcionais à 
medida que, à proporção que: 
 À medida que estudamos, vamos entendendo a matéria. 
 À proporção que as aulas ocorrem, os assuntos vão se acumulando. 
 Perceba uma diferença muito importante: “às vezes” e “as vezes”. 
Às vezes você me olha diferente. 
Note que, neste caso, não há precisão de momento, entende-se “de vez 
em quando, por vezes, algumas vezes. Assim, há uma locução adverbial de 
tempo e há crase. 
Porém, podemos utilizar esta estrutura sem crase, quando há uma 
especificação do momento: 
As vezes que te vi, fiquei extasiado. 
Neste caso, este termo será especificado por um termo adjetivo ou 
oração adjetiva. Portanto, tome cuidado! 
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CRASE FACULTATIVA 
Emprega-se facultativamente o acento indicativo de crase quando é 
opcional o uso da preposição a, ou do artigo definido feminino. 
Casos em que a crase é facultativa: 
a. A preposição “a” é facultativa depois da preposição “até”: 
O visitante foi até a sala do Diretor. 
O visitante foi até à sala do Diretor. 
A sessão prolongou-se até à meia-noite. 
A sessão prolongou-se até a meia-noite. 
b. O artigo definido é facultativo diante de pronome possessivo. Mas, para a 
crase ser facultativa, esse pronome possessivo deve ser feminino singular. 
 Refiro-me à minha amiga. 
Refiro-me a minha amiga. 
 Refiro-me às minhas amigas. 
 Refiro-me a minhas amigas. 
c. O artigo definido é facultativo diante de nome próprio de pessoa. Se o nome 
for feminino e o verbo exigir preposição, a crase será facultativa: 
Refiro-me à Madalena. 
Refiro-me a Madalena. 
Observação: Tratando-se de pessoa célebre com a qual não se tenha 
intimidade, geralmente não se usa o artigo nem o acento indicativo de crase, 
salvo nos casos em que o nome esteja acompanhado de especificativo. 
 O orador fez uma bela homenagem a Rachel de Queiroz. 
 O orador fez uma bela homenagem à Rachel de Queiroz de O quinze. 
Nas gramáticas, são elencados os casos em que a crase será proibida. 
Para isso, basta apenas relembrarmos a estrutura-padrão da crase. 
Agora, vamos praticar! 
Questão 13: CFBPM 2016 – Combatente (banca Consulplan) 
Sem considerar possível alteração de sentido, o sinal indicador de crase que 
aparece no título do texto (“O direito à literatura”) seria corretamente 
eliminado se 
A) o artigo definido “o” fosse omitido. 
B) a palavra “direito” fosse substituída por “acesso”. 
C) no lugar de “literatura” fosse empregada a palavra “vida”. 
D) em lugar do artigo “o”, fosse utilizada a forma verbal “temos”. 
E) depois da palavra “direito” fosse acrescentada a conjunção “e”. 
Comentário: O substantivo “direito” rege a preposição “a” e o substantivo 
“literatura” é precedido do artigo “a”. Assim, houve crase. 
 A alternativa (A) está errada, pois o artigo “O” não interfere na crase. 
 A alternativa (B) está errada, pois o substantivo “acesso”, assim como o 
Crase facultativa 
Crase obrigatória 
Crase proibida 
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substantivo “direito”, rege a preposição “a”. Dessa forma, a substituição de 
um pelo outro mantém a crase. 
 A alternativa (C) está errada, pois o substantivo “vida”, assim como o 
substantivo “literatura”, é precedido do artigo “a”. Dessa forma, a substituição 
de um pelo outro mantém a crase. 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “temos” é transitivo direto, o 
substantivo “direito” é o objeto direto. Tal substantivo rege a preposição “a” e 
o substantivo “literatura” é precedido do artigo “a”. Assim, mantém-se a 
crase. 
 A alternativa (E) é a correta, pois, ao acrescentarmos a conjunção “e”, 
os substantivos “acesso” e “literatura” deixam de ser subordinados um do 
outro e passam a ser coordenados entre si. Assim, não cabe a preposição “a” 
e consequentemente não pode haver crase. Veja: 
“O direito e a literatura”. 
Gabarito: E 
 
 
Questão 14: CFBPM 2016 – Oficial (banca Consulplan) 
O uso do acento grave, indicador de crase, está exemplificado no texto 
através da expressão “simultaneamente às desigualdades”. O contrário, ou 
seja, o uso INCORRETO do acento grave, indicando crase, pode ser visto em: 
A) “Caminhamos até à praia.” 
B) “Não retornarei àquele lugar.” 
C) “Foi a carta à que fiz referência.” 
D) “Àquela época tudo era diferente.” 
E) “Não conseguimos ler a placa à distância de dez metros.” 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a preposição “até” permite a 
preposição “a” em seguida. Como o substantivo “praia” admite o artigo “a”, 
ocorre a crase. 
 A alternativa (B) está correta, pois o verbo “retornarei” rege a 
preposição “a” e o pronome demonstrativo “aquele” é iniciado pela vogal “a”, 
por isso há crase. 
 A alternativa (C) é a errada, pois o pronome relativo “que” não admite 
ser precedido do artigo “a”. Assim, mesmo o nome “referência” regendo a 
preposição “a”, não pode haver crase. Veja a correção: 
“Foi a carta a que fiz referência.” 
 A alternativa (D) está correta, pois “Àquela época” é uma locução 
adverbial, a qual é precedida da preposição “a” e o pronome demonstrativo 
“aquela” é iniciado pela vogal “a”. Assim, há crase. 
 A alternativa (E) está correta, pois a expressão “à distância de dez 
metros” é uma locução adverbial, a qual é precedida da preposição “a” e o 
substantivo “distância” só é precedido do artigo “a”, porque é seguido do 
caracterizador “de dez metros”. Assim, está correto o emprego da crase. 
Gabarito: C 
 
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Questão 15: TJ MG 2016 – Estagiário Direito (banca Consulplan) 
Em “[...] próprias à diferença que busca um lugar no contexto social.” é 
possível identificar o uso do sinal grave decorrente da união de dois 
segmentos sintáticos do texto. O uso correto do sinal grave, indicador de 
crase, pode ser observado em: 
A) Caminhamos até à praia todas as manhãs. 
B) Durante o discurso não houve referência à vocês. 
C) A alergia à algum medicamento pode trazer efeitos desastrosos. 
D) Tornarei à frequentar o local quando estiver emocionalmente estruturado. 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a preposição “até” permite a 
preposição “a” em seguida. Como o substantivo“praia” admite o artigo “a”, 
ocorre a crase. 
 As demais alternativas estão erradas, pois o pronome de tratamento 
“vocês”, o pronome indefinido “algum” e o verbo “frequentar” não admitem 
serem precedidos do artigo “a”. Assim, não há crase. 
Gabarito: A 
 
Questão 16: CODERN 2014 Administrador (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Chico afirmava que a boa governança e a proteção à 
floresta não eram obstáculos, mas precondições ao desenvolvimento da 
Amazônia. 
O uso do acento grave em “proteção à floresta” justifica-se, pois 
A) a palavra “proteção” está determinada pelo artigo “a”. 
B) “proteção” e “floresta” são duas palavras de gênero feminino. 
C) o termo “a” trata-se de um monossílabo tônico nesta expressão. 
D) o termo regente admite o artigo “a” diante do termo regido “floresta”. 
E) “proteção” exige a preposição “a”, e, ainda, “floresta” admite o artigo 
feminino “a”. 
Comentário: É fácil perceber que o substantivo “proteção” regeu a 
preposição “a” e o substantivo “floresta” admitiu o artigo “a”. Assim, houve a 
crase e a alternativa (E) é a correta. 
 A alternativa (A) está errada, porque o fato de o substantivo regente 
“proteção” ser precedido do artigo “a” nada tem a ver com a crase. 
 A alternativa (B) está errada, porque o fato de o substantivo regente 
“proteção” e o termo regido “floresta” serem femininos não é parâmetro para 
a ocorrência de crase. Se a palavra regente “proteção” fosse masculina, ainda 
assim poderia haver crase. 
 A alternativa (C) está errada, pois a palavra “à” não é um monossílabo 
tônico, mas é o ajuntamento da preposição “a” com o artigo definido “a”. 
Ambas as palavras são átonas. 
 A alternativa (D) está errada, porque o termo regente (“proteção”) é 
antecipado do artigo “a”, por isso tal palavra não se encontra diante do termo 
regido “floresta”. Na realidade, ocorre crase, porque “proteção” rege a 
preposição “a”, a qual se junta ao artigo “a” diante do substantivo “floresta”. 
Gabarito: E 
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Questão 17: CODERN 2014 Técnico (banca Consulplan) 
Indique a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo. 
A) O padre se referiu àquele fato. 
B) Eles foram até à casa do caboclo. 
C) O estudante foi à cidade comprar mantimentos. 
D) “... os três sentaram-se à mesa para tomar café...” 
E) “À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.” 
Comentário: Na alternativa (A), a crase é obrigatória, haja vista que “se 
referiu” rege a preposição “a”, a qual se junta à vogal “a” do pronome 
demonstrativo “aquele”. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “foram” rege a preposição “a”, 
a qual transmite o valor de destino (ir a algum lugar). Tal preposição pode ser 
omitida quando da presença da preposição “até”, a qual transmite um limite 
(ir até um lugar). Assim, por motivo de ênfase, pode-se empregar as duas 
preposições numa mesma oração (ir até a um lugar). Porém, o autor pode 
omitir a preposição “a”, pois a ideia de limite expressa pela preposição “até” 
automaticamente faz subentender a ideia de lugar de destino. Dessa forma, a 
crase é facultativa. 
 Na alternativa (C), a crase é obrigatória, haja vista que “foi” rege a 
preposição “a”, a qual se junta ao artigo “a” que precede o substantivo 
feminino “cidade”. 
 Na alternativa (D), a crase é obrigatória, haja vista que “sentaram-se” 
rege a preposição “a”, a qual se junta ao artigo “a” que precede o substantivo 
feminino “mesa”. 
 Na alternativa (E), a crase é obrigatória, haja vista que a locução 
adverbial “À noite” é constituída da preposição “a”, a qual se junta ao artigo 
“a” que precede o substantivo feminino “noite”. 
Gabarito: B 
 
Questão 18: MAPA 2014 Administrador (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, mas 
algo que inventamos ao nos comunicar e nos confrontar com os semelhantes: 
toda razão é fundamentalmente conversação. “Conversar” não é o mesmo que 
ouvir sermões ou atender a vozes de comando. Só se conversa – sobretudo só 
se discute – entre iguais. Por isso o hábito filosófico de raciocinar nasce na 
Grécia, junto com as instituições políticas da democracia. Ninguém pode 
discutir com Assurbanipal ou com Nero, e ninguém pode conversar 
abertamente em uma sociedade em que existem castas sociais inamovíveis. 
[...] Afinal de contas, a disposição a filosofar consiste em decidir-se a tratar os 
outros como se também fossem filósofos: oferecendo-lhes razões, ouvindo as 
deles e construindo a verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro entre 
umas e outras. 
 [...] Oferecemos nossa opinião aos outros para que a debatam e por sua 
vez a aceitem ou refutem, não simplesmente para que saibam “onde estamos 
e quem somos”. E é claro que nem todas as opiniões são igualmente válidas: 
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valem mais as que têm melhores argumentos a seu favor e as que melhor 
resistem à prova de fogo do debate com as objeções que lhe sejam colocadas. 
Em uma oração, os termos se relacionam entre si em uma relação de 
dependência. A partir de tal aspecto, analise as assertivas a seguir e 
identifique a correta. 
A) Em “atender a vozes” (1º§), “a” pode ser substituído por “às” sem que 
haja alteração de sentido. 
B) Em “algo que inventamos ao nos comunicar” (1º§), “ao” pode ser 
substituído por “à” se “nos” for eliminado. 
C) Em “Oferecemos nossa opinião aos outros” (2º§), a preposição é 
obrigatória, de acordo com o termo regente. 
D) Em “consiste em decidir-se” (1º§), “em” estabelece a mesma relação vista 
no uso da locução “por intermédio de”. 
Comentário: Na alternativa (A), originalmente não há crase, haja vista que 
“atender” rege a preposição “a”, mas o substantivo plural “vozes” não é 
precedido do artigo “as”. Assim, o autor utilizou o substantivo “vozes” com 
valor generalizante. Ao inserirmos o artigo “as” diante de tal substantivo, 
naturalmente passamos a dar a ele um valor semântico mais específico. 
Assim, a substituição de “a” por “às” é gramaticalmente possível, porém isso 
faz mudar sensivelmente o sentido. 
 Na alternativa (B), não caberá crase, pois a omissão de “nos” faz com 
que a crase ficaria diante do verbo “comunicar”, e sabemos que não pode 
haver crase antes de verbo. 
 A alternativa (C) é a correta, pois “Oferecemos” é transitivo direto e 
indireto, “nossa opinião” é o objeto direto e “aos outros” é o objeto indireto. 
Como sabemos que o objeto indireto é exigido pelo verbo, é correto afirmar 
que a preposição “a” é obrigatória, de acordo com o termo regente 
“Oferecemos”. 
 Na alternativa (D), o verbo “consiste” rege a preposição “em”, a qual 
não possui valor semântico, muito menos apresenta o mesmo sentido de “por 
intermédio de”. 
Gabarito: C 
 
Questão 19: MAPA 2014 Agente de Inspeção Sanitária (banca Consulplan) 
As frases das seguintes alternativas foram extraídas do texto e alteradas. 
Assinale aquela que apresenta problema no que tange à regência e/ou uso do 
acento indicador de crase. 
A) D. Luiz passou a coroa a Luis Maria. 
B) Durante as manifestações de junho, D. Luiz (neto de Luis Maria) 
recomendou a seguidores que não fossem às ruas. 
C) Em 1823, o patriarca da independência, José Bonifácio de Andrada e 
Silva, apresentou o projeto de levar a capital à Fortaleza, distante de 
ataques de corsários no litoral. 
D) Essa não seria a única ameaça, já que houve um racha na linhagem real 
em 1908, quando D. Pedro de Alcântara renunciou ao direito dinástico por 
se casar com uma reles condessa. 
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Comentário:A questão cobra onde houve erro no uso do acento indicativo de 
crase. 
 A alternativa (A) está correta, pois não cabe crase diante do substantivo 
masculino “Luis”. 
 A alternativa (B) está correta, pois não cabe crase diante do substantivo 
masculino “seguidores”. Além disso, o verbo “fossem” rege a preposição “a” e 
o substantivo feminino plural “ruas” é precedido do artigo “as”. 
 A alternativa (C) é a errada, pois o nome da cidade “Fortaleza” não é 
precedido de artigo “a”, motivo pelo qual não cabe crase. 
 A alternativa (D) está correta, pois “renunciou” rege a preposição “a” e o 
substantivo “direito” é precedido do artigo “o”, por isso há a combinação “ao”. 
Gabarito: C 
 
Questão 20: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan) 
No texto "A proibição da cobrança já constava em regulamento de TV por 
assinatura que entrou em vigor em junho. O texto confuso do documento, 
porém, dava margem à diferentes interpretações - a ABTA, por exemplo, 
entendeu que poderia continuar cobrando a mesma coisa.", o uso do acento 
grave está: 
a) Incorreto, pois está regido pela palavra “interpretações”, que se encontra 
no feminino. 
b) Incorreto, pois não ocorre artigo na construção "dava margem a diferentes 
interpretações". 
c) Correto, pois ocorre artigo na construção "dava margem a diferentes 
interpretações". 
d) Correto, pois o "a" que antecede um termo no plural é sempre craseado. 
Comentário: No texto, não cabe crase, haja vista que “interpretações” é um 
substantivo plural e não está precedido do artigo “as”. Houve apenas a 
preposição “a”, exigida pelo verbo “dava”. Assim, a única alternativa possível 
como resposta é a (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 21: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan) 
No trecho “(...) poderíamos considerá-lo abusivo e afeto, então, às sanções 
previstas na lei”, o acento grave ocorre pelo mesmo condicionamento sintático 
de: 
a) Vamos sempre às praias mais tranquilas. 
b) Todos os doces daquela confeitaria são feitos à mão. 
c) Existe nas aves uma hierarquia de acesso à comida. 
d) O voo parte de Brasília às 22h. 
Comentário: No trecho do pedido da questão, o adjetivo “afeto” rege a 
preposição “a” e o substantivo “sanções” é precedido do artigo “as”. Assim, há 
crase por haver uma regência nominal. 
 Agora, temos que verificar qual, dentre as alternativas, apresenta o 
mesmo motivo de crase. 
 A alternativa (A) apresenta crase, tendo em vista que o verbo “Vamos” 
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rege a preposição “a” e o substantivo “praias” está sendo precedido do artigo 
“as”. Assim, houve crase por regência verbal. 
 A alternativa (B) apresenta crase, tendo em vista que a locução 
adverbial “à mão” é constituída da preposição “a”, seguida do substantivo 
feminino “mão”, o qual é precedido do artigo “a”. Assim, não houve crase por 
regência, mas simplesmente por estrutura adverbial. 
 A alternativa (C) é a correta, pois o adjetivo “acesso” rege a preposição 
“a” e o substantivo “comida” é precedido do artigo “a”. Assim, há crase por 
haver novamente uma regência nominal. 
 A alternativa (D) apresenta crase, tendo em vista que a locução 
adverbial “às 22h” é constituída da preposição “a”, seguida da denominação 
de horas “22h”, a qual é precedida do artigo “as”. Assim, não houve crase por 
regência, mas simplesmente por estrutura adverbial. 
Gabarito: C 
 
Questão 22: Pref Natal 2013 Professor (banca Consulplan) 
Buraco negro gigante confunde cientistas 
 Uma nova descoberta astronômica está confundindo cientistas que se 
dedicam _______ vasculhar diferentes galáxias e sistemas solares. 
 Um grupo de astrônomos identificou um buraco negro gigante – o 
segundo mais pesado já observado da Terra – em uma galáxia menor até do 
que _______ que costumam abrigar formações desse tipo, bastante 
modestas. 
 [...] 
 Os buracos negros são formações extremamente densas e com uma 
força gravitacional fortíssima que atrai e “engole” até a luz que está a seu 
redor. 
 Um “buraco negro médio” poderia ter uma massa equivalente _______ 
1.000 sóis, mas ser menor que a Terra. 
 Acredita-se que haja uma dessas formações no centro de todas as 
grandes galáxias. 
 A galáxia NGC 1277 está a 220 milhões de anos-luz de distância da 
Terra, mas aparece nas imagens de alta resolução feitas pelo telescópio 
Hubble. 
 “Em geral fazemos um modelo da galáxia (que estamos estudando) e 
calculamos todas as órbitas possíveis das estrelas (que pertencem a ela)”, 
explicou Van den Bosch _______ BBC. “É como montar um quebra-cabeça, 
analisamos essas órbitas (possíveis) para tentar reproduzir uma galáxia que 
tem as mesmas velocidades estelares que medimos (com ajuda do 
telescópio).” 
[...] 
(Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1193115-buraco-negro-gigante-
confunde-cientistas.shtml>. Adaptado.) 
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente o texto 
anterior. 
A) à / a / a / à 
B) à / às / à / a 
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C) a / as / a / à 
D) a / as / à / a 
Comentário: Para resolver esta questão, basta trabalharmos por lacunas e 
depois vamos eliminando as alternativas erradas até chegarmos à certa. 
 A primeira lacuna não pode ser preenchida por “à”, tendo em vista que 
antes de verbo não cabe artigo “a”. Assim, já eliminamos as alternativas (A) e 
(B). 
 Segundo as alternativas restantes, (C) e (D), a segunda lacuna deve ser 
preenchida pelo artigo “as”, o qual faz subentender o substantivo plural 
“galáxias”. 
 A terceira lacuna não admite crase, tendo em vista que “sóis” é um 
substantivo masculino. Assim, já eliminamos a alternativa (D), restando a (C) 
como correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 23: ESF 2012 Médico (banca Consulplan) 
O acento grave foi devidamente utilizado em 
A) Para que o Brasil se desenvolva, uma educação de qualidade deve ser 
oferecida à todos os jovens. 
B) Os números se referem à estudantes das escolas particulares e públicas de 
todas as regiões do Brasil. 
C) Richard Feynman, prêmio Nobel de Física, começou à observar o 
desempenho dos estudantes brasileiros a partir de 1950. 
D) As escolas brasileiras devem se preparar à partir de agora para oferecerem 
aos jovens uma educação de qualidade. 
E) Eles chegaram à escola no momento em que os alunos estavam na sala de 
aula sem nenhuma atividade. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não pode haver crase diante 
de palavra masculina (“todos”). 
 A alternativa (B) está errada, pois não pode haver crase, quando o 
vocábulo “a” está no singular e o substantivo posterior está no plural. Isso 
indica que há apenas preposição. 
 A alternativa (C) está errada, pois não pode haver crase diante de verbo 
(“observar”). 
 A alternativa (D) está errada, pois não pode haver crase diante de verbo 
(“partir”). 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “chegaram” rege a preposição 
“a” e o substantivo “escola” admite o artigo “a”. Por isso, há crase. 
Gabarito: E 
 
Questão 24: Campos-RJ 2012 Analista Legislativo-Procurador (banca Consulplan) 
Na frase “É o caminho que levará à formação de cidadãos conscientes.”, 
observa-se a utilização do sinal indicativo de crase. A utilização desse sinal é 
obrigatória em 
A) O homem visitou a fábrica de automóveis. 
B) A educação é fundamental para a formação do indivíduo. 
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C) O ser humano precisa aprender a fazer as suas escolhas de forma 
consciente. 
D) As pessoas se referem a relação entre o pensamento e a ação. 
E) O professor fez uma advertência a

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