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Aula 06 Regência nominal e verbal (colocação pronominal) Ocorrência de crase

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Aula 06 
 
 
 
Português p/ TRT 20ª Região (Todos os Cargos) - Com videoaulas 
 
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AULA 6: Regência verbal e nominal + colocação 
pronominal + o fenômeno da crase. 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Regência Nominal 1 
2. Regência de verbos importantes 2 
3. Reconhecimento dos tipos de complemento 9 
4. Regência com pronomes oblíquos 15 
5. Colocação dos pronomes oblíquos átonos 17 
6. Regência com pronomes relativos 29 
7. A estrutura-padrão da crase 55 
8. Crase Facultativa 61 
9. O que devo tomar nota como mais importante? 70 
10. Lista das questões apresentadas 70 
11. Gabarito 87 
 
 
Olá! 
 
Ao analisar várias provas da FCC, vemos que a quantidade de questões 
de regência normalmente é maior que a de concordância; por isso esse 
assunto deve ser visto com muita cautela. 
 
Bom, a regência é cobrada normalmente da seguinte forma: 
 
a) reconhecimento dos tipos de complemento; 
b) uso dos pronomes oblíquos átonos; 
c) transitividade com pronome relativo e com conjunção integrante. 
 
Além disso, ela é um elemento muito importante para entendermos a 
crase, a qual será vista adiante. 
 
É importante uma consideração. A banca Fundação Carlos Chagas não 
costuma cobrar questões de regência pura, isto é, sem se considerar um 
pronome relativo, ou uma oração substantiva, ou o uso de um pronome. 
Mesmo assim, cabe listar alguns nomes e verbos que podem transmitir dúvidas 
quanto à inserção ou não de preposição. 
 
 
 
Comecemos pela Regência Nominal. 
 
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir 
complementação para seu sentido precedida de preposição. 
 
 
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acostumado a, com curioso de 
afável com, para desgostoso com, de 
afeiçoado a, por desprezo a, de, por 
aflito com, por devoção a, por, para, com 
alheio a, de devoto a, de 
ambicioso de dúvida em, sobre, acerca de 
amizade a, por, com empenho de, em, por 
amor a, por falta a, com, para 
ansioso de, para, por imbuído de, em 
apaixonado de, por imune a, de 
apto a, para inclinação a, para, por 
atencioso com, para incompatível com 
aversão a, por junto a, de 
ávido de, por preferível a 
conforme a propenso a, para 
constante de, em próximo a, de 
constituído com, de, por respeito a, com, de, por, para 
contemporâneo a, de situado a, em, entre 
contente com, de, em, por último a, de, em 
cruel com, para único a, em, entre, sobre 
Agora os verbos... 
 
Regência de verbos importantes 
 
Agradar: transitivo direto, com o sentido de “fazer agrado”, “fazer carinho”. 
Ela agradou o filho. 
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ser agradável”. 
O assunto não agradou ao homem. 
 
Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: transitivos diretos ou indiretos, com 
a preposição a. 
Satisfiz as exigências. ou Satisfiz às exigências. 
 
Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adorar, 
visitar: transitivos diretos. 
Estimo o colega. Adoro meu filho. 
 
Aspirar: transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos 
pulmões”: Aspiramos o ar frio da manhã. 
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”: 
Ele aspira ao cargo. 
 
Assistir: transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”. 
O médico assistiu o paciente. 
Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste 
mesmo sentido: O médico assistiu ao paciente. 
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”. 
Meu filho assistiu ao jogo. 
 
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Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”. 
Esse direito assiste ao réu. 
Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”. 
Seu tio assistia em um sítio. (o termo grifado é o adjunto adverbial de lugar) 
Neste sentido, admite o advérbio “onde”: Este é o local onde assisto (onde 
moro). 
 
Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar: são normalmente 
transitivos diretos e indiretos, admitindo duas construções. 
Avisei o gerente do problema. 
Avisei-o do problema. 
Avisei ao gerente o problema. 
Avisei-lhe o problema. 
Avisei o gerente de que havia um problema. 
Avisei ao gerente que havia um problema. 
 
Cuidado! Veja que tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser expressos 
também por pronomes oblíquos átonos ou orações subordinadas substantivas. 
 
Atender: transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido 
de dar atenção a, receber alguém, seguir, acatar: 
Não costuma atender os meus conselhos. 
O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam. 
Não atendeu a observação que lhe fizeram. 
 
Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a: 
Os bombeiros atenderam a muitos chamados. 
O médico atendeu aos afogados na praia. 
 
Atribuir: transitivo direto e indireto: 
O professor atribuiu nota máxima aos alunos. 
 
Caber: transitivo indireto, no sentido de ser compatível, pertencer: 
Cabe a você esperar pelo melhor. 
 
Note que o sujeito é oracional e o objeto indireto é a pessoa: “a você”. 
Normalmente é encontrado nas provas na ordem invertida. Ordenando de 
maneira mais clara a oração, teremos: 
Esperar pelo melhor cabe a você. (Isso cabe a você) 
 
Pode ser também intransitivo, no sentido de ficar dentro ou ter cabimento: 
O ônibus coube naquela garagem. Neste 
momento, não cabem palavras duras. 
 
Os termos sublinhados são adjuntos adverbiais de lugar e tempo, 
respectivamente. 
 
Chegar: intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a 
preposição “a”. Com ideia de movimento de um lugar origem, usa-se a 
preposição “de”. Deve-se evitar a preposição “em”, muito usada na linguagem 
coloquial, mas não é admitida na norma culta. 
 
Cheguei a Fortaleza. Cheguei de Fortaleza. 
 
 
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Esse verbo admite o advérbio “aonde” ou a locução “para onde”, não 
admitindo apenas “onde”. 
Obs.: Os termos sublinhados são adjuntos adverbiais de lugar. 
Transitivo indireto, quando transmite valor de limite: 
Seu estudo chegou ao extremo do entendimento. 
 
Convir: transitivo indireto, no sentido de ser útil, proveitoso: 
Convém a todos lutar pela igualdade. 
 
Note que o sujeito é oracional e o objeto indireto é a pessoa: “a todos”. 
Normalmente é encontrado nas provas na ordem invertida. Ordenando de 
maneira mais clara a oração, teremos: 
Lutar pela igualdade convém a todos. (Isso convém a todos) 
Pode ser também intransitivo, no sentido de ser conveniente: 
Não convém essa atitude. (“essa atitude” é o sujeito) 
 
Chamar: transitivo direto com o sentido de “convocar”. 
Chamei-o aqui. 
Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”, 
“apelidar”; nesse caso, terá um predicativo do objeto (direto ou indireto), 
introduzido ou não pela preposição de. 
Chamei-o louco. Chamei-o de louco. 
Chamei-lhe louco. Chamei-lhe de louco. 
 
A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto; 
nos dois últimos, predicativo do objeto indireto. 
 
Custar: intransitivo,quando indica preço, valor. 
 
Os óculos custaram oitocentos reais. 
 
Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais. 
 
Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”; 
com esse sentido, normalmente estará seguido de um infinitivo: 
 
Custou ao aluno entender a explicação do professor. 
 
Obs: “entender a explicação do professor” é sujeito oracional e “ao aluno” é o 
objeto indireto. (Isso custou ao aluno) 
 
Esquecer, lembrar, recordar: transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos 
átonos (me, te, se, nos, vos): 
 
Ele esqueceu o livro. Lembrou a situação. Recordou o fato. 
Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de. 
Ele se esqueceu do livro. Lembrou-se da situação. Recordou-se do fato. 
No sentido figurado, há ainda a possibilidade de o sujeito do verbo 
"esquecer" não ser uma pessoa, mas uma coisa: 
 
Esqueceram-me as palavras de elogio. 
 
 
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Essa mesma regência vale para "lembrar", isto é, há na língua o registro 
de frases como "Não me lembrou esperá-la", em que "lembrar" significa "vir à 
lembrança". O sujeito de "lembrou" é "esperá-la", ou seja, esse fato (o ato de 
esperá-la) não me veio à lembrança. 
Os verbos Lembrar e recordar também podem ser transitivos diretos e 
indiretos: Lembrei ao aluno o dia do teste. 
 
Implicar: transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”. 
Seu estudo implicará aprovação. 
Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”. 
Implicaram o servidor no processo. 
Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar 
antipatia”, “perturbar”. 
Sempre implicava com o vizinho. 
 
Morar, residir, situar-se, estabelecer-se: pedem adjuntos adverbiais com a 
preposição em, e não a: Morava na Rua Onofre da Silva. 
 
Cabe aqui observar que o vocábulo “onde” não pode receber preposição com 
este verbo. A estrutura “aonde moro” está errada gramaticalmente, o correto 
é: onde moro. 
 
Namorar: transitivo direto: Ela namorou aquele artista. 
 
Obedecer e desobedecer: transitivos indiretos, com a preposição a. 
Obedeço ao comando. Não desobedeçamos à lei. 
 
Pedir, implorar, suplicar: transitivos diretos e indiretos, com a preposição a 
(mais raramente, para): Pediu ao dirigente uma solução. 
Só admitem a preposição para quando existe a palavra licença (ou 
sinônimos), clara ou oculta. 
Ele pediu para sair. (ou seja: pediu licença para) 
 
Perdoar e pagar: transitivos diretos, se o complemento é coisa. 
Perdoei o equívoco. Paguei o apartamento 
 
Transitivos indiretos, com a preposição a, se o complemento é pessoa. 
Perdoei ao amigo. Paguei ao empregado. 
 
Pode aparecer os dois complementos, sendo o verbo transitivo direto e 
indireto: O Brasil pagou a dívida ao FMI. 
O FMI perdoará a dívida aos países pobres. 
 
Note que, se no último exemplo retirássemos a preposição “a” e 
inseríssemos a preposição de, o verbo passa a ser apenas transitivo direto e o 
termo preposicionado passa a ser o adjunto adnominal que caracteriza o 
núcleo deste termo. Veja: 
O FMI perdoará a dívida dos países pobres. 
VTD + OD 
Preferir: transitivo direto: Prefiro biscoitos. 
Transitivo direto e indireto, com a preposição a: Prefiro vinho a leite. 
 
 
 
 
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Cuidado, pois o verbo “preferir” não aceita palavras ou expressões de 
intensidade, nem do que ou que. Assim, está errada a construção como “Prefiro 
mais vinho do que leite”. 
 
Presidir: transitivo direto ou indireto: 
O chefe presidiu a cerimônia. O chefe presidiu à cerimônia. 
 
Proceder: intransitivo, com o sentido de “agir”: Ele procedeu bem. 
Intransitivo, com o sentido de “justificar-se”: Isso não procede. 
Intransitivo, com o sentido de “vir”, “originar-se”; pede a preposição de. 
A balsa procedia de Belém. 
 
Neste sentido, admite o advérbio “donde” ou a locução “de onde”: 
Venho de onde ficou minha infância. (=donde) 
 
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “realizar”, “dar 
andamento”: Ele procedeu ao inquérito. 
 
Querer: transitivo direto, significando “desejar, ter intenção de, ordenar, fazer 
o favor de": Ele quer a verdade. 
Transitivo indireto, significando “gostar, ter afeição a alguém ou a alguma 
coisa". É normal o advérbio “bem” ficar subentendido ou explícito. Assim, é 
exigida a preposição a: A mãe quer muito ao filho. (...quer bem ao filho) 
 
Referir-se: transitivo indireto, com a preposição a: 
O palestrante referiu-se ao problema. 
Transitivo direto, no sentido narrar, contar: Ele referiu o ocorrido. 
 
 
Responder: transitivo direto, em relação à própria resposta dada. 
Responderam que estavam bem. 
Transitivo indireto, em relação à coisa ou pessoa que recebe a resposta. 
Respondi ao telegrama. 
 
Às vezes, aparece como transitivo direto e indireto: 
Respondemos aos parentes que iríamos. 
 
Simpatizar e antipatizar: transitivo indireto, regendo preposição com sem 
pronome oblíquo: Simpatizo com Madalena. 
A construção “Simpatizo-me com Madalena” está errada”, pois não pode haver 
pronome oblíquo átono. 
 
Visar: transitivo direto quando significa “pôr o visto”, “rubricar”: 
Ela visou as folhas. 
 
Transitivo direto quando significa “mirar”: Visavam um ponto na parede. 
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “pretender”, 
“almejar”: Visava à felicidade de todos. 
Aqui não é aceito o pronome "lhe" como complemento, empregando-se, 
assim, as formas "a ele" e "a ela". 
Algumas gramáticas aceitam a regência deste verbo na acepção de 
“pretender, almejar” como verbo transitivo direto, quando logo após houver 
um verbo no infinitivo. “O programa visa facilitar o acesso ao ensino gratuito.” 
 
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Observações importantes: 
 
a) Alguns verbos transitivos indiretos, mesmo pedindo a preposição a, não 
admitem o pronome lhe como objeto. 
Veja alguns importantes. 
 
Assistiu ao filme. Assistiu-lhe. (errado) Assistiu a ele. (certo) 
Aspiro à promoção. Aspiro-lhe. (errado) Aspiro a ela. (certo) 
Visava ao concurso. Visava-lhe. (errado) Visava a ele. (certo) 
Aludi ao preconceito. Aludi-lhe. (errado) Aludi a ele. (certo) 
Anuiu ao pedido. Anuiu-lhe. (errado) Anuiu a ele. (certo) 
Procedeu ao inquérito. Procedeu-lhe. (errado) Procedeu a ele. (certo) 
Presidimos à reunião. Presidimos-lhe. (errado) Presidimos a ela. (certo) 
b) Quando o complemento verbal é o mesmo para dois ou mais verbos, estes 
devem possuir a mesma regência verbal. Assim, construções como “Fui e 
voltei de Salvador” transmite erro gramatical. A regência do verbo “Fui” exige 
a preposição “a”, e a do verbo “voltei” exige preposição “de”. Portanto, 
deveremos corrigir para: “Fui a Salvador e voltei de lá” 
Veja outros casos: 
 
Gostei e comprei o carro. Gostei do carro e o comprei. 
Conheci e não simpatizei com Carlos. Conheci Carlos e não simpatizei com ele. 
 
Construção viciosa Construção gramaticalmente correta 
 
Questão 1: DPE RS 2011 – Superior (banca FCC) 
Qual das alternativas expressa linguagem culta e a linguagem informal, 
respectivamente? 
 
(A) "Assistir à televisão" e "visar a um objetivo".(B) "Atender o telefone" e "responder a pergunta". 
(C) "Responder à pergunta" e "assistir à televisão". 
(D) "Responder a pergunta" e "visar um objetivo". 
(E) "Visar a um objetivo" e "atender o telefone". 
Comentário: A linguagem informal é aquela que não segue os rigores das 
normas gramaticais, isto é, algo comumente falado, mas não deve ser escrito 
por fugir à norma culta. Assim, elencamos abaixo as expressões da norma 
culta e da linguagem informal. Veja: 
culta informal 
 
“Assistir à televisão” “Atender o telefone” 
“Visar a um objetivo” “Responder a pergunta” 
“Responder à pergunta” “Visar um objetivo” 
 
Portanto, a alternativa correta é a (E). 
Gabarito: E 
 
Questão 2: TST 2012 Analista Judiciário – Área Judiciária (banca FCC) 
“O que definia o século XIX era a mudança: mudança em termos de e em função 
dos objetivos das regiões dinâmicas do Atlântico norte, que eram, à época, o 
núcleo do capitalismo mundial.” 
 
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Estrutura que considera, como a destacada acima, corretamente as regências, 
encontra-se em frases que seguem, com EXCEÇÃO desta única: 
 
(A) Comprovou que e alegou de que os documentos eram originais. 
(B) Segurou o menino com e pela mão esquerda. 
(C) Por conta de e para saldar as dívidas, penhorou seu único imóvel. 
 
(D) Necessitava de e exigia os documentos que haviam ficado retidos 
indevidamente. 
 
(E) Os estados se unificaram em e por uma sólida confederação. 
Comentário: Na frase original, percebemos que o substantivo “mudança” 
rege dois termos: “em termos de” e “em função dos”, cada um com um 
sentido diferente. 
A alternativa (A) é a errada, pois tanto o verbo “Comprovou” quanto o 
verbo “alegou” são transitivos diretos. Dessa forma, não cabe a preposição “de”. 
Além disso, por possuírem a mesma regência, não há necessidade da repetição 
da conjunção integrante “que”. Veja a forma correta: 
 
Comprovou e alegou que os documentos eram originais. 
 
A alternativa (B) está correta, pois há dois adjuntos adverbiais de modo, 
iniciados por duas preposições de valores diferentes. Veja: 
 
Segurou o menino com e pela mão esquerda. 
 
A alternativa (C) está correta, pois há uma locução prepositiva que inicia 
oração subordinada adverbial de causa (“Por conta de saldar as dívidas”) e há 
uma preposição que inicia oração subordinada adverbial de finalidade (“para 
saldar as dívidas”). Veja: 
 
Por conta de e para saldar as dívidas, penhorou seu único imóvel. 
 
A alternativa (D) está correta, pois o verbo “Necessitava” é transitivo 
indireto e exige a preposição “de” (Necessitava dos documentos), e o verbo 
“exigia” é transitivo direto, por isso não é seguido de preposição. Veja: 
 
Necessitava de e exigia os documentos que haviam ficado retidos 
indevidamente. 
 
A alternativa (E) está correta, pois o verbo “unificaram” admite tanto a 
preposição “em” (se unificaram em uma sólida confederação), iniciando o objeto 
indireto, quanto a preposição “por” iniciando um adjunto adverbial de causa (se 
unificaram por uma sólida confederação). Veja: 
 
Os estados se unificaram em e por uma sólida confederação. 
Gabarito: A 
 
 
Questão 3: TRT18ªR 2008 Analista (banca FCC) 
Está correta a construção da seguinte frase: 
 
(A) Seu vizinho de poltrona acha preferível ouvir música do que se concentrar 
num filme. 
 
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(B) A mulher ao lado prefere mais um filme em vez de ouvir música. 
(C) Tenho mais preferência a desfrutar do silêncio que de ouvir intimidades 
alheias. 
(D) O jovem prefere concentrar-se na música a ficar com os olhos num 
monitor de TV. 
(E) É mais preferível entreter-se com idéias próprias a que se distrair com as 
tolices de um filme. 
Comentário: A banca quis que o candidato observasse que o verbo preferir 
ou o adjetivo preferível não admitem termo comparativo, nem intensificador. 
Por isso, será transcrito abaixo já com a correção: 
(A) Seu vizinho de poltrona acha preferível ouvir música a se concentrar 
num filme. 
(B) A mulher ao lado prefere um filme a ouvir música. 
(C) Tenho preferência de (por) desfrutar do silêncio a ouvir intimidades 
alheias. 
A alternativa (D) é a correta. 
(E) É preferível entreter-se com ideias próprias a se distrair com as 
tolices de um filme. 
Gabarito: D 
 
Reconhecimento dos tipos de complemento 
 
Esse é um tema já visto na aula de sintaxe da oração. Para este tipo de 
questão, basta analisarmos a estrutura da oração e entendermos as formas como 
aparecem os complementos verbais e nominal. 
 
Como percebi que neste ponto alguns alunos estão com dúvida, inseri mais 
algumas questões, mesmo já tendo feito um pouco delas naquela aula. 
 
Antes de entrar nestes exercícios, leia atentamente a estrutura básica da 
sintaxe. Note, ainda, que praticamente o que cai em prova é o reconhecimento 
do verbo transitivo direto e seu objeto direto. Este é o termo sem preposição. 
Então, basta você achar o verbo, procurar o sujeito e perceber o termo sem 
preposição. É ele o objeto direto. 
 
Nas escolas, aprendemos que, para achar o objeto direto, basta fazer a 
pergunta “o quê?”; e, para achar o sujeito, basta fazer a pergunta “quem?”. 
 
Isso funciona muito bem quando temos como sujeito uma pessoa e como 
objeto direto uma coisa. Veja: 
 
O delegado iniciou o inquérito. O juiz declarou que o réu é culpado. 
 
É fácil perceber “quem” iniciou e “quem” declarou: os termos “O 
delegado” e “O juiz” são claramente os sujeitos. 
 
Sabemos também o que o delegado iniciou e o que o juiz declarou. 
Assim, “o inquérito” é o objeto direto do verbo “iniciou”, e a oração “que o réu 
é culpado” tem valor de objeto direto (oração subordinada substantiva objetiva 
direta). 
 
Mas você deve tomar cuidado com verbos, como “caber”, “convir”, 
“assistir”, “importar”, “bastar”, “urgir”, “custar” etc; pois admitem o sujeito 
 
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como uma coisa e a pessoa como o objeto indireto. Isso atrapalha muita gente 
que decora aquelas perguntas. Veja estes exemplos: 
Aos adolescentes basta uma palavra de motivação. 
Aos amigos basta a cooperação. 
Aqui nestes dois exemplos, não cabe a pergunta “quem?” para acharmos 
o sujeito; também não cabe a pergunta “o quê?” para acharmos o objeto 
direto. Isso ocorre porque a regência deste e dos outros verbos elencados 
acima faz com que o sujeito seja uma coisa, e o complemento verbal, uma 
pessoa. Tanto assim que os termos “Aos adolescentes” e “Aos amigos” são 
iniciados por preposição. 
sujeito OI 
Dessa forma, sabemos que algo basta a alguém. 
 
Aos adolescentes basta uma palavra de motivação. 
objeto indireto + VTI + sujeito 
 
Aos amigos basta a cooperação. 
objeto indireto+VTI + sujeito 
Anote esses verbos, você os verá algumas vezes nas questões tanto de 
regência, quanto de crase, além de ter passado por eles na aula de concordância. 
Bom! Então, vamos praticar, para espantar as dúvidas!!!!!! 
 
Questão 4: ManausPrev 2015 Técnico Previdenciário (banca FCC) 
Encontra-se o mesmo tipo de complemento que o sublinhado no segmento 
Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da 
Amazônia... em: 
 
(A) Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em 
preto e vermelho.(B) ... que dispunha de diversas peças... 
(C) ... ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia... 
(D) João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. 
(E) ...a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente”... 
Comentário: O verbo “vasculharam” é transitivo direto e “áreas 
arqueológicas da Amazônia” é o objeto direto. Assim, devemos encontrar, 
dentre as alternativas, a que possui o mesmo tipo de complemento. 
A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “apresentava” é transitivo 
direto e “curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho” é o objeto 
direto. 
Na alternativa (B), o verbo “dispunha” é transitivo indireto e “de 
diversas peças” é o objeto indireto. 
Na alternativa (C), o verbo “existem” é intransitivo e a expressão 
“regiões ocultas” é o sujeito. 
Na alternativa (D), o verbo “faleceu” é intransitivo e “em 1909” é o 
adjunto adverbial de tempo. 
Na alternativa (E), o verbo “continua” é de ligação e “inexistente” é o 
predicativo. 
Gabarito: A 
 
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Questão 5: TRE RR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC) 
O jogador busca o sucesso pessoal ... 
 
A mesma relação sintática entre verbo e complemento, sublinhados acima, 
está em: 
 
(A) É indiscutível que no mundo contemporâneo... 
(B) ... o futebol tem implicações e significações psicológicas coletivas ... 
(C) ... e funciona como escape para as pressões do cotidiano. 
(D) A solução para muitos é a reconversão em técnico ... 
(E) ... que depende das qualidades pessoais de seus membros. 
Comentário: O verbo “busca” é transitivo direto e “o sucesso pessoal” é o 
objeto direto. Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, a que possui 
o mesmo tipo de complemento. 
Na alternativa (A), o verbo “é” é de ligação e “indiscutível” é o 
predicativo. 
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “tem” é transitivo direto e 
“implicações e significações psicológicas coletivas” é o objeto direto. 
Na alternativa (C), o verbo “funciona” é intransitivo e “como escape” é o 
adjunto adverbial de modo. 
Na alternativa (D), o verbo “é” é de ligação e “a reconversão em 
técnico” é o predicativo. 
Na alternativa (D), o verbo “depende” é transitivo indireto e “das 
qualidades pessoais de seus membros” é o objeto indireto. 
Gabarito: B 
 
Questão 6: TRT 19ª R 2014 Técnico Judiciário (banca FCC) 
A Amazônia tem também a maior bacia fluvial do mundo... 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento do grifado acima está em: 
(A) ... a perda de ambientes naturais é maior numa região... 
(B) ... a maior parte está no Brasil... 
(C) ... as florestas de várzea sofrem mais com a ocupação humana. 
(D) ... que levam direta ou indiretamente à perda de hábitats... 
(E) ... que detém 69% da área coberta pela floresta. 
Comentário: O verbo “tem” é transitivo direto e “a maior bacia fluvial do 
mundo” é o objeto direto. Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, a 
que possui o mesmo tipo de complemento. 
Na alternativa (A), o verbo “é” é de ligação e “maior” é o predicativo. 
Na alternativa (B), o verbo “está” é intransitivo e “no Brasil” é o adjunto 
adverbial de lugar. 
Na alternativa (C), o verbo “sofrem” é transitivo indireto e “com a 
ocupação humana” é o objeto indireto. 
Na alternativa (D), o verbo “levam” é transitivo indireto e “à perda de 
hábitats” é o objeto indireto. 
 
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “detém” é transitivo direto e 
“69% da área coberta” é o objeto direto. 
Gabarito: E 
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Questão 7: TRT 19ª R 2014 Analista Judiciário (banca FCC) 
... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas... 
 
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da frase 
acima está em: 
 
(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... 
(B) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. 
(C) ... viajavam por cordilheiras... 
(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás. 
(E) O maquinista empurra a manopla do acelerador. 
Comentário: O verbo “acompanham” é transitivo direto e “as fronteiras 
ocidentais chinesas” é o objeto direto. Assim, devemos encontrar, dentre as 
alternativas, a que possui o mesmo tipo de complemento. 
Na alternativa (A), o verbo “foi” é de ligação e “uma rota única” é o 
predicativo. 
Na alternativa (B), o verbo “floresceram” é intransitivo e “durante os 
primórdios da Idade Média” é o adjunto adverbial de tempo. 
Na alternativa (C), o verbo “viajavam” é intransitivo e “por cordilheiras” 
é o adjunto adverbial de lugar. 
Na alternativa (D), o verbo “cair” é intransitivo e “em desuso” é o 
adjunto adverbial de modo. 
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “empurra” é transitivo direto e 
“a manopla do acelerador” é o objeto direto. 
Gabarito: E 
 
 
Questão 8: ALEPA 2013 Consultor Legislativo (banca FCC) 
Havia por esse tempo a revolução de São Paulo ... 
 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima 
está empregado em: 
 
(A) Raízes do sangue e da terra, que vinham de João do Rego Cavalcanti e 
Amélia do Rego Cavalcanti, seus pais ... 
(B) Seu primeiro livro − Menino de engenho − é chave de uma obra ... 
(C) Uma edição de 2000 exemplares foi quase toda vendida no Rio. 
(D) Confluíram em seus livros caminhos de diversas origens ... 
(E) Daí por diante sua obra não conheceu interrupções maiores. 
Comentário: O verbo “Havia” encontra-se no sentido de existir. Por isso, é 
transitivo direto e o termo “a revolução de São Paulo” é o objeto direto. O 
mesmo ocorre na alternativa (E), pois o verbo “conheceu” é transitivo direto, 
o termo “sua obra” é o sujeito e “interrupções maiores” é o objeto direto. 
A alternativa (A) está errada, pois “vinham” é transitivo indireto e “de 
João do Rego Cavalcanti e Amélia do Rego Cavalcanti” é o objeto indireto. 
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “é” é de ligação e o termo 
“chave de uma obra” é o predicativo. 
A alternativa (C) está errada, pois a locução verbal “foi vendida” 
encontra-se na voz passiva e o termo “Uma edição de 2000 exemplares” é o 
 
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sujeito paciente. 
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “confluíram” é intransitivo, 
seu sujeito é o termo “caminhos de diversas origens” e o termo “em seus 
livros” é o adjunto adverbial de lugar. 
Gabarito: E 
 
 
Questão 9: DPE RS 2013 Técnico-Administrativo (banca FCC) 
... o romance de estreia, Clarissa, que marca muito bem o início da sua 
popularidade. 
 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está 
empregado em: 
 
(A) Seu traço de união é determinado pela presença contínua e entrelaçada 
de certos personagens ... 
(B) Seus primeiros trabalhos apareceram em livro, em 1932 ... 
(C) ... o romancista preocupa-se com a investigação das origens e formação 
do seu Estado natal. 
(D) Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905 ... 
(E) A obra do ficcionista [...] abrange duas etapas ... 
Comentário: O verbo “marca” é transitivo direto e o termo “o início” é o 
objeto direto. Ressalta-se que o termo “da sua popularidade” não completa o 
sentido do verbo, mas do substantivo “início”. Portanto, é um complemento 
nominal. Além disso, os termos “muito” e “bem” não são regidos pelo verbo, 
por serem adjuntos adverbiais de intensidadee modo, respectivamente. 
Assim, devemos perceber que devemos nos ater na transitividade direta deste 
verbo e seu complemento. 
A alternativa (A) está errada, pois “é determinado” é uma locução verbal 
da voz passiva e em seguida há o agente da passiva “pela presença contínua e 
entrelaçada de certos personagens”. 
A alternativa (B) está errada, pois “apareceram” é verbo intransitivo e 
os termos “em livro” e “em 1932” são adjuntos adverbiais de lugar e tempo, 
respectivamente. 
A alternativa (C) está errada, pois o verbo pronominal “preocupa-se” é 
seguido do objeto indireto “com a investigação”. 
A alternativa (D) está errada, pois “nasceram” é verbo intransitivo e os 
termos “no Rio Grande do Sul (Cruz Alta)” e “em 1905” são adjuntos 
adverbiais de lugar e tempo, respectivamente. 
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “abrange” é transitivo direto e 
“duas etapas” é o objeto direto. 
Gabarito: E 
 
Questão 10: TRT 1ªR 2013 Técnico Judiciário (banca FCC) 
E como dizer que a cidade, ao fim, deixara de corresponder à modernidade 
empenhada? 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima 
está empregado em: 
 
 
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(A) Houve um sonho monumental... 
(B) Nada superará a beleza... 
(C) Filho de fazendeiros, fora o único ateu e comunista da família... 
(D) No Planalto Central, construíra a identidade escultural do Brasil. 
(E) Brasília [...] resultara em alguma decepção. 
Comentário: O verbo “corresponder” é transitivo indireto e termo “à 
modernidade empenhada” é o objeto indireto. O mesmo ocorreu na 
alternativa (E), pois o verbo “resultara” é transitivo indireto e “em alguma 
decepção” é o objeto indireto. 
A alternativa (A) está errada, pois o verbo “Houve” é transitivo direto e 
“um sonho monumental” é o objeto direto. 
A alternativa (B) está errada, pois “superará” é transitivo direto e “a 
beleza” é o objeto direto. 
A alternativa (C) está errada, pois “fora” é um verbo de ligação. 
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “construíra” é transitivo 
direto e “a identidade escultural do Brasil” é o objeto direto. 
Gabarito: E 
 
 
Questão 11: SERGIPE GÁS S.A. 2013 Administrador (banca FCC) 
... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ... 
 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está 
empregado em: 
 
(A) ... astros que ficam tão distantes ... 
(B) ... que a astronomia é uma das ciências ... 
(C) ... que nos proporcionou um espírito ... 
(D) ... cuja importância ninguém ignora ... 
(E) ... onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ... 
Comentário: O verbo “facilitou” é transitivo direto e o termo “a obra das outras 
ciências” é o objeto direto. O mesmo tipo de complemento encontra-se na 
alternativa (D), porque o pronome “ninguém” é o sujeito, o verbo “ignora” 
é transitivo direto e o termo “cuja importância” é o objeto direto. 
A alternativa (A) está errada, porque “ficam” é um verbo de ligação e 
“distantes” é o predicativo do sujeito. 
A alternativa (B) está errada, porque “é” é um verbo de ligação e “uma 
das ciências” é o predicativo do sujeito. 
A alternativa (C) está errada, porque o pronome relativo “que” é o 
sujeito, o verbo “proporcionou” é transitivo direto e indireto, o termo “um 
espírito” é o objeto direto e “nos” é o objeto indireto. 
A alternativa (E) está errada, porque “seu corpo” é o sujeito, o verbo 
“passa” é transitivo indireto e o termo “de um ponto obscuro” é o objeto 
indireto. 
Gabarito: D 
 
 
Questão 12: DPE SP 2013 Administrador de Redes (banca FCC) 
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais... 
 
 
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O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está 
empregado em: 
 
(A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extremos de sutileza. 
(B) ... eram comumente assinalados a golpes de machado nos troncos mais 
robustos. 
(C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, não raro, 
quem... 
(D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na serra de Tunuí... 
(E) ... em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mestre e 
colaborador... 
Comentário: O verbo “constava” é transitivo indireto e o termo “de uma vareta” 
é o objeto indireto. Tal termo foi estendido pela oração subordinada adjetiva 
restritiva reduzida de particípio “quebrada em partes desiguais”. Tal oração e o 
advérbio “simplesmente” não são complementos verbais, por isso devem ser 
ignorados para resolver esta questão. 
A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “chegavam” é transitivo indireto 
e o termo “a extremos de sutileza” é o objeto indireto. Algumas pessoas podem 
ter ficado na dúvida quanto à possibilidade de este verbo ser intransitivo, pois 
muitas vezes o vemos sendo empregado com ideia de destino a algum 
lugar (chegar ao trabalho, chegar ao destino). Nesse caso, devemos 
subentender a pergunta “aonde?”, algo que não ocorre nesta alternativa, pois 
podemos subentender a pergunta “a quê?” (chegavam a quê?). Note ainda que 
a expressão “em alguns casos” é um adjunto adverbial e não é um complemento 
do verbo e deve ser excluído na resolução da questão. 
Na alternativa (B), o verbo “eram” é de ligação. 
Na alternativa (C), o verbo “desorientam” é transitivo direto e o termo 
“quem” é o objeto direto. 
Na alternativa (D), o verbo “viu” é transitivo direto e o termo “uma dessas 
marcas de caminho” é o objeto direto. 
Na alternativa (E), o verbo “revelam” é transitivo direto, o pronome “se” 
é apassivador e o termo “suas afinidades” é o sujeito paciente. Para termos 
certeza de que realmente há o pronome apassivador, devemos transformar a 
voz passiva sintética em analítica. Veja: 
 
tão bem se revelam suas afinidades 
tão bem são reveladas suas afinidades 
Gabarito: A 
 
Acredito que, com esses exercícios, tenhamos percebido melhor este tipo 
de questão. Agora, veremos alguns pronomes importantes na regência. 
 
Regência com pronomes oblíquos 
 
Pronomes são palavras que servem para fazer referências a outras 
palavras, com coesão entre ideias. Esses pronomes podem acompanhar um 
nome ou substituí-lo. Veja: 
 
Rodolfo adquiriu sua casa própria. Ele a comprou à vista. 
 
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O pronome “sua” está acompanhando a palavra “casa”, caracterizando-a, 
por isso se flexiona de acordo com ela. Dizemos neste caso que esse é um 
pronome adjetivo. 
Os pronomes “Ele” e “a” retomam nomes já referenciados anteriormente 
no texto (Ele=Rodolfo; a=casa). Dizemos, então, que são pronomes 
substantivos, pois substituem os nomes anteriores. 
Esse recurso é chamado de coesão referencial, o pronome não tem valor 
sozinho, ele depende de uma palavra expressa anteriormente. São vários os 
pronomes com essa característica, mas vamos restringir aos pronomes 
oblíquos átonos. 
 
Os pronomes pessoais oblíquos átonos são “me, te, se, o, a, lhe, nos, 
vos, os, os lhes”. Porém, cabe aqui trabalharmos apenas os pronomes pessoais 
oblíquos átonos “o, a, os, as, lhe, lhes”, por serem exigidos pela regência no tipo 
de questão que veremos a seguir. 
 
Os pronomes “o, a, os, as” serão os objetos diretos. Veja no exemplo 
anterior que “comprou” é verbo transitivo direto e “a” é o objeto direto, o qual 
retomou o substantivo “casa”. Mudando oreferente para o masculino, temos: 
 
Ana comprou um livro (comprou-o). Ana comprou uns livros (comprou-os). 
 
Quando esse verbo transitivo direto terminar com “r”, “s” ou “z”, o 
pronome átono “o” e suas variações receberão “l”. Veja:
 
Vou cantar uma música. 
VTD + OD 
 
Vou cantá-la. 
VTD+ OD 
 
Vou vender o carro. 
VTD + OD 
 
Vou vendê-lo. 
VTD+ OD 
 
Vou compor uma música. 
VTD + OD 
 
Vou compô-la. 
VTD + OD
 
Note que os verbos “cantar”, “vender” e “compor” são palavras oxítonas. 
Ao perderem o “r”, passam a receber acento gráfico, por serem oxítonas 
terminadas em “a”, “e”, “o”. 
 
 
Mas, com verbo terminado em “ir”, a retirada do “r” não faz com que 
haja acento, pois não se acentua oxítona terminada em “i”: 
 
Vou partir o bolo. Vou parti-lo. 
VTD + OD VTD + OD 
 
Porém, acentua-se a palavra que possua hiato em que a segunda vogal 
seja “i”. Veja: 
 
A prefeitura vai construir uma ponte. A prefeitura vai construí-la. 
VTD + OD VTD + OD 
 
Vamos agora a exemplos com “s” e “z”: 
 
Solicitamos o documento. Solicitamo-lo. 
VTD + OD VTD + OD 
 
Refiz o documento. Refi-lo. 
VTD + OD VTD + OD 
 
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Quando o verbo transitivo direto terminar com “m” ou sinal de 
nasalização (~), recebe “n”: 
 
Cantam a música. Cantam-na. Põe a música! Põe-na! 
VTD + OD VTD + OD VTD + OD VTD + OD 
 
Os pronomes “lhe, “lhes” ocupam as funções sintáticas de objeto 
indireto, complemento nominal, além de poderem possuir valor de posse.
 
Objeto indireto: 
 
Paguei ao músico. Paguei-lhe. 
VTI + OI VTI + OI 
 
 
Valor de posse: 
 
Complemento nominal: 
 
Sou fiel a você. Sou-lhe fiel. 
VL + predicativo + CN VL+CN+ 
predicativo
Há gramáticos que entendem este pronome como objeto indireto, outros 
como adjunto adnominal; mas isso, para a Fundação Carlos Chagas, não 
importa. O que interessa é o valor de posse. 
 
As pernas dela doem. 
Sujeito + VI 
 
Doem-lhe as pernas. 
VI + sujeito 
Roubaram a sua bolsa. 
VTD + OD 
 
Roubaram-lhe a bolsa. 
VTD + OD
 
 
Colocação dos pronomes oblíquos átonos 
 
 
Numa relação frasal, muitas vezes há dúvida quanto ao posicionamento 
desses pronomes, que podem ficar antes do verbo (próclise), no meio dele 
(mesóclise) e depois dele (ênclise). 
A Fundação Carlos Chagas trabalha pouco a colocação desses pronomes. 
Entender as regras acima sobre a utilização dos pronomes átonos já faz com que 
resolvamos a maioria absoluta das questões seguintes. Porém, algumas ainda 
podem vir com a cobrança sobre o posicionamento desses pronomes oblíquos 
átonos. 
 
a. Em relação a um só verbo: 
 
A estrutura básica da oração é o sujeito (S), verbo (V) e complemento (O). 
Essa é a sequência natural, pois é mais prático ao falante concordar o verbo com 
o sujeito que já foi dito. Os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam a função 
de complemento (representado adiante por “O”). Então, façamos a seguinte 
depreensão: 
 
S V O 
oblíquo 
átono 
 
 
ênclise 
 
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Ênclise: o pronome surge após o verbo. Pode ser considerada a colocação básica 
do pronome, pois obedece à sequência verbo-complemento. Na língua culta, é 
observada quando os verbos iniciam as frases ou quando não houver palavra que 
atraia esse pronome: 
Apresento-lhe meus cumprimentos. Contaram-te tudo? 
Joana cansou-se de tanto andar. 
Observação: deve-se ter em mente que não se inicia oração com pronome 
oblíquo átono: estão erradas as construções “Me disseram assim.”, o ideal é 
“Disseram-me assim.” 
 
 
Próclise: o pronome surge antes do verbo, porque há uma palavra que o 
atrai, chamada palavra atrativa, ou se houver conveniência eufônica: 
 
S O V 
oblíquo 
átono 
 
 
próclise 
Não nos mostraram nada. Nada me disseram. 
 
 
a) São palavras atrativas: advérbios¹, pronomes relativos², interrogativos³, 
conjunções subordinativas4 e, normalmente, as negações5: 
Sempre¹ se encontram. 
É a pessoa que² nos orientou. 
Quem³ te disse isso? 
Nada foi feito, embora4 se conhecessem as consequências da omissão. 
Não5 me falaram nada a respeito disso. 
 
b) Se, após a palavra atrativa houver pausa (vírgula, ponto-e-vírgula, dois- 
pontos etc), a atração perde força e o pronome deve posicionar-se após o verbo: 
Não nos falaram a verdade. Não, falaram-nos a verdade. 
Agora nos fale a verdade. Agora, fale-nos a verdade. 
 
 
c) O pronome átono, não inicial, pode vir antes da palavra negativa: 
“...descia eu para Nápoles a busca de sol que o não havia nas terras do norte.” 
 
 
d) A colocação pronominal enclítica ocorre por força gramatical, porém os 
autores modernos têm optado pela próclise, mesmo não havendo palavra 
atrativa, haja vista o processo eufônico (soar melhor). Veja: 
O marceneiro feriu-se com a lâmina. 
O marceneiro se feriu com a lâmina. 
 
 
 
 
 
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Mesóclise: o pronome é intercalado ao verbo, que deve estar no futuro do 
presente do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo. Mas, se houver 
palavra atrativa, mesmo com os verbos nestes tempos, a colocação é a 
próclise: 
Mostrar-lhe-ei meus escritos. Falar-vos-iam a verdade? 
Nunca lhe mostrarei meus escritos. Jamais vos falarei a verdade. 
 
Agora, veja essas regras com uma locução verbal: 
O pronome oblíquo átono pode posicionar-se em qualquer das três 
formas a seguir: 
 
 
infinitivo gerúndio particípio 
1 Vou-lhe falar. Estou-lhe falando. Tenho-lhe falado. 
2 Vou lhe falar. Estou lhe falando. Tenho lhe falado. 
3 Vou falar-lhe. Estou falando-lhe. — 
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal
Quando há hífen, sabe-se que ocorre ênclise. Assim, na estrutura 1, há 
ênclise ao verbo auxiliar; na 2 há próclise ao verbo principal e na 3 há ênclise ao 
verbo principal. Note que não pode haver ênclise com verbo no particípio. 
Observe também que não se muda o sentido com a mudança de posição 
do pronome oblíquo átono. Outra importante observação: via de regra, com 
palavra atrativa, o pronome oblíquo átono ficará proclítico ao auxiliar ou ao 
principal, e enclítico ao principal: 
infinitivo gerúndio particípio 
1 Não lhe vou falar. Não lhe estou falando. Não lhe tenho falado. 
2 Não vou lhe falar. Não estou lhe falando. Não tenho lhe falado. 
3 Não vou falar-lhe. Não estou falando-lhe. —
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal
 
Portanto, há de se concluir que as normas de colocação pronominal não 
devem ser vistas como preceitos intocáveis, ficando, em muitos casos, 
subordinados às exigências da ênfase, da harmonia e espontaneidade da 
expressão. 
 
Questão 13: ManausPrev 2015 Analista (banca FCC) 
Considere: 
 
recuperar esse valor intrínseco 
mostram numerosas oportunidades 
compreender seus mecanismosFazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinhados acima foram 
corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em: 
 
(A) recuperar-lhe − mostram-nas − compreender-lhes 
(B) recuperá-lo − mostram-nas − compreendê-los 
(C) recuperá-lo − lhes mostram − lhes compreender 
(D) o recuperar − mostram-lhes − os compreender 
(E) lhe recuperar − as mostram − compreendê-los 
Comentário: Note que os verbos “recuperar”, “mostram” e “compreender” 
são transitivos diretos. Assim, não cabe em nenhuma alternativa o pronome Prof. 
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“lhe”. Por isso, eliminamos as alternativas (A), (C), (D) e (E). 
Na alternativa (B), que é a correta, o verbo “recuperar” perde o “r” e o 
pronome oblíquo átono “o” recebe “l”. O verbo “mostram” termina em “m”, 
por isso o pronome “as” recebe “n”. O verbo “compreender” perde o “r” e o 
pronome oblíquo átono “os” recebe “l”. 
Gabarito: B 
 
 
Questão 14: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC) 
Formam-se grupos de alunos nas escolas. O que determina esses grupos não 
é uma orientação formal; o que constitui esses grupos, o que traça os 
contornos desses grupos, são as afinidades individuais. 
 
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos 
sublinhados, na ordem dada, por 
 
(A) lhes determina − lhes constitui − traça-lhes os contornos 
(B) os determina − constitui-lhes − os traça seus contornos 
(C) os determina − os constitui − lhes traça os contornos 
(D) determina-lhes − os constitui − traça a seus contornos 
(E) determina-os − constitui-os − os traça contornos 
Comentário: O verbo “determina” é transitivo direto e o termo “esses 
grupos” é o objeto direto. Assim, não admite o pronome “lhes” e com isso 
eliminamos as alternativas (A) e (D). 
O verbo “constitui” é transitivo direto e o termo “esses grupos” é o 
objeto direto. Assim, não admite o pronome “lhes” e com isso eliminamos 
também a alternativa (B). 
O verbo “traça” é transitivo direto e o termo “os contornos desses 
grupos”, cujo núcleo é “contornos” e o adjunto adnominal “desses grupos” 
transmite valor de posse. Assim, cabe o pronome em sua substituição. Assim, 
eliminamos a alternativa (E), sobrando a (C) como a correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 15: TCE CE 2015 Analista de Controle Externo (banca FCC) 
As leis? Ora, como são os homens que elaboram as leis, eles usam essas leis a 
seu favor, dão a essas leis um caráter coercitivo, tornam essas leis um 
instrumento de penalização das mulheres adúlteras. 
 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos 
sublinhados, na ordem dada, por: 
 
(A) elaboram-nas − usam-lhes − dão-lhes − tornam-lhes 
(B) as elaboram − usam-nas − dão-nas − as tornam 
(C) elaboram-lhes − as usam − lhes dão − lhes tornam 
(D) elaboram-nas − lhes usam − dão a elas − tornam-lhes 
(E) as elaboram − usam-nas − dão-lhes − tornam-nas 
Comentário: O verbo “elaboram” é transitivo direto e o termo “as leis” é o 
objeto direto. Assim, não admite o pronome “lhes” e com isso eliminamos a 
alternativa (C). 
O verbo “usam” também é transitivo direto e o termo “essas leis” é o 
 
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objeto direto. Assim, não admite o pronome “lhes” e com isso eliminamos 
também as alternativas (A) e (D). 
 
O verbo “dão” é transitivo direto e indireto, e o termo “a essas leis” é o 
objeto indireto, o qual deve ser substituído pelo pronome “lhes”. Assim, 
eliminamos a alternativa (B), sobrando a (E) como a correta. 
Gabarito: E 
 
 
Questão 16: TCE RS 2014 Auditor Público Externo (banca FCC) 
A educação para a cidadania é um objetivo essencial, mas comprometem essa 
educação para a cidadania os que pretendem praticar a educação para a 
cidadania sem dotar a educação para a cidadania da visibilidade das atitudes 
públicas. 
 
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os segmentos 
sublinhados, respectivamente, por: 
 
(A) comprometem-lhe − praticá-la − dotar-lhe 
(B) comprometem ela − praticar-lhe − dotá-la 
(C) comprometem-na − praticá-la − dotá-la 
(D) comprometem a mesma − a praticar − lhe dotar 
(E) comprometem a ela − lhe praticar − a dotar 
Comentário: A primeira coisa a observar é que todas as expressões 
sublinhadas “essa educação para a cidadania” e “a educação para a cidadania” 
são objetos diretos dos verbos “comprometem”, “praticar” e “dotar”. Assim, 
eliminamos as alternativas que apresentem o pronome “lhe”, sobrando a 
alternativa (C) como a correta. 
Note que o verbo “comprometem” termina em “m”. Como é seguido do 
pronome “a”, deve receber a letra “n” (comprometem-na). Os verbos 
“praticar” e “dotar” terminam em “r”. Como são seguidos do pronome “a”, 
devemos excluir a letra “r” e inserir junto ao pronome a letra “l” (praticá-la e 
dotá-la). Aqui devemos notar que a palavra “sem” tem valor negativo, por 
isso naturalmente atrairia tal pronome diante do último verbo. Mas note que a 
FCC não se preocupa, neste tipo de questão, com a colocação pronominal, 
mas tão somente com o emprego dos pronomes “o”, “a”, “os”, “as”, “lhe”, 
“lhes”. 
Gabarito: C 
 
Questão 17: TRT 19ªR 2014 Analista Judiciário Área Judiciária (banca FCC) 
cruzando os desertos do oeste da China − que contornam a Índia − adotam 
complexas providências 
 
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram 
corretamente substituídos por um pronome, respectivamente, em: 
 
(A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as 
(B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam 
(C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes 
(D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas 
(E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam 
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Comentário: O verbo “cruzando” é transitivo direto e “os desertos do oeste 
da China” é o objeto direto, por isso pode ser substituído por “os”, e não 
“lhes”. Assim, podemos eliminar as alternativas (B) e (E). 
O verbo “contornam” é transitivo direto e “a Índia” é o objeto direto, por 
isso pode ser substituído por “a”, e não “lhe”. Assim, podemos eliminar as 
alternativas (A) e (C), restando a alternativa (D) como correta. 
Note que o verbo “adotam” é transitivo direto e “complexas 
providências” é o objeto direto, por isso pode ser substituído por “as”. Como 
tal verbo termina em “m”, devemos inserir “n”: adotam-nas. 
Gabarito: D 
 
 
Questão 18: TRF 3ª R – 2014 Técnico Judiciário (banca FCC) 
As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes. 
 
... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça... 
 
... e fez de tudo para convencer os tripulantes... 
 
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram 
corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em: 
 
(A) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes 
(B) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes 
(C) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los 
(D) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los 
(E) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los 
Comentário: O verbo “devoravam” é transitivo direto e “os tripulantes” é o 
objeto direto, por isso pode ser substituído por “os”, e não “lhe” ou “lhes”. 
Assim, podemos eliminar as alternativas (A) e (D). 
Como esse objeto direto é plural, também não cabe a substituição por 
“o” (-no). Assim, eliminamos a alternativa (B). 
O verbo “impedir”é transitivo direto e “a tripulação” é o objeto direto, 
por isso pode ser substituído por “a”, e não “lhe”. Assim, podemos eliminar a 
alternativa (C). 
Como o objeto direto é singular, também não cabe a substituição por 
“as” (-las). Assim, também eliminamos a alternativa (A), restando a 
alternativa (E) como correta. 
Note que o verbo “convencer” é transitivo direto e “os tripulantes” é o 
objeto direto, por isso pode ser substituído por “os”, e não “lhes”. Como o 
verbo termina em “r”, exclui-se esta letra e insere-se “l”: “los”. 
Gabarito: E 
 
Questão 19: TRT 2ª R – 2014 Técnico Judiciário (banca FCC) 
Nunca precisaram de adjetivos para distingui-los dos astrolábios... (3º 
parágrafo) 
 
A forma pronominal acima, em negrito, será também encontrada em uma das 
frases abaixo, quando o termo nela sublinhado for substituído pelo pronome que 
lhe corresponde. Essa frase é: 
 
 
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(A) Convocou todos os funcionários para agradecer a eles a especial 
colaboração. 
(B) O sagaz lutador tem enfrentado seu adversário com coragem. 
(C) Viu o filho da vizinha e não cumprimentou o menino pelo seu aniversário. 
(D) Sabia que os nadadores estariam lá e realmente chegou a encontrar os 
rapazes. 
(E) Reconheceram o valor do auxiliar e indicaram o jovem para promoção. 
Comentário: O verbo “distinguir” é transitivo direto, por isso admite o 
pronome “o”. Como tal verbo termina com “r”, exclui-se esta letra e insere-se 
“l”. Agora, devemos encontrar, dentre as alternativas, a que possui termo 
sublinhado na função de objeto direto e permite a substituição por “los”. 
Na alternativa (A), o verbo “agradecer” é transitivo indireto e “a eles” é 
o objeto indireto. Assim, cabe a substituição por “lhes”. Veja: 
 
Convocou todos os funcionários para agradecer-lhes a especial colaboração. 
 
Na alternativa (B), a locução verbal “tem enfrentado” é transitiva direta 
e “seu adversário” é o objeto direto. Como o pronome pessoal oblíquo átono não 
pode se posicionar após o particípio, deve-se encontrar após o verbo auxiliar 
“tem”. Se este verbo termina em “m”, naturalmente o pronome recebe 
“n”. Veja: 
 
O sagaz lutador tem-no enfrentado com coragem. 
 
Na alternativa (C), o verbo “cumprimentou” é transitivo direto e “o 
menino” é o objeto direto. Assim, pode-se substituir tal termo por “o”. Veja: 
 
Viu o filho da vizinha e não cumprimentou-o pelo seu aniversário. 
 
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “encontrar” é transitivo direto 
e “os rapazes” é o objeto direto. Assim, admite o pronome “os”. Como tal 
verbo termina com “r”, exclui-se esta letra e insere-se “l”. Veja: 
 
Sabia que os nadadores estariam lá e realmente chegou a encontrá-los. 
 
Na alternativa (E), o verbo “indicaram” é transitivo direto e “o jovem” é 
o objeto direto. Se este verbo termina em “m”, naturalmente o pronome 
recebe “n”. Veja: 
Reconheceram o valor do auxiliar e indicaram-no para promoção. 
Gabarito: D 
 
Questão 20: TRT 2ªR – 2014 Analista Judiciário (banca FCC) 
Muita gente não enfrenta uma argumentação, prefere substituir uma 
argumentação pela alegação do gosto, atribuindo ao gosto o valor de um 
princípio inteiramente defensável, em vez de tomar o gosto como uma 
instância caprichosa. 
 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos 
sublinhados por, respectivamente, 
 
(A) substituir-lhe - atribuindo-o - tomá-lo 
(B) substituí-la - atribuindo-lhe - tomá-lo 
(C) substituí-la - lhe atribuindo - tomar-lhe 
 
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(D) substituir a ela - atribuindo a ele - lhe tomar 
(E) substituir-lhe - atribuindo-lhe - tomar-lhe 
Comentário: O verbo “substituir” é transitivo direto e “uma argumentação” é 
o objeto direto, por isso pode ser substituído por “a”, e não “lhe” ou “a ela”. 
Assim, podemos eliminar as alternativas (A), (D) e (E). 
O verbo “atribuindo” é transitivo direto e indireto, o termo “o valor de um 
princípio inteiramente defensável” é o objeto direto, e o termo sublinhado “ao 
gosto” é o objeto indireto, por isso pode ser substituído por “lhe”, e não “o”. 
Assim, podemos eliminar a alternativa (A), restando a alternativa (B) como 
correta. 
Note que o verbo “tomar” é transitivo direto e o termo “o gosto” é o 
objeto direto, por isso pode ser substituído por “o”, e não “lhes”. Como o 
verbo termina em “r”, exclui-se esta letra e insere-se “l”: “lo”. 
Gabarito: B 
 
 
Questão 21: TRT 16ªR – 2014 Analista Judiciário (banca FCC) 
As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e 
destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria 
reger as leis humanas. 
 
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os 
elementos sublinhados, na ordem dada, por: 
 
(A) desrespeitam a elas − destituem-nas − deveria reger-lhes 
(B) desrespeitam-lhes − as destituem − deveria regê-las 
(C) desrespeitam-nas − lhes destituem − lhes deveria reger 
(D) lhes desrespeitam − destituem-lhes − deveria regê-las 
(E) desrespeitam-nas − destituem-nas − as deveria reger 
Comentário: O verbo “desrespeitam” é transitivo direto e “as leis humanas” é 
o objeto direto, por isso pode ser substituído por “as”, e não “lhes” ou “a 
elas”. Assim, podemos eliminar as alternativas (A), (B) e (D). 
O verbo “destituem” é transitivo direto e “as leis humanas” é o objeto 
direto, por isso pode ser substituído por “as”, e não “lhes”. Assim, podemos 
eliminar a alternativa (C), restando a alternativa (E) como correta. Note que o 
verbo “destituem” termina com “m”, por isso devemos inserir “n” diante do 
pronome: destituem-nas. 
Note que o verbo “reger” é transitivo direto e o termo “as leis humanas” 
é o objeto direto, por isso pode ser substituído por “as”, e não “lhes”. 
Gabarito: E 
 
 
Questão 22: ALEPA 2013 Consultor Legislativo (banca FCC) 
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os 
necessários ajustes, foi realizada corretamente em: 
(A) uma editora desconhecida [...] publicaria a novela = uma editora 
desconhecida lhe publicaria 
(B) o que consolidou sem dúvida a posição do estreante = o que sem dúvida 
lhe consolidou 
 
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(C) seus livros trazem [...] uma nova e definitiva chancela editorial = seus 
livros trazem-la 
(D) que iria acrescentar a essas heranças = que lhes iria acrescentar 
(E) o livro mereceu [...] o prêmio = o livro mereceu-no 
Comentário: Lembre-se de que o objeto direto pode ser substituído pelos 
pronomes oblíquos átonos “o”, “a”, “os”, “as”; e o objeto indireto pelos 
pronomes oblíquos átonos “lhe”, “lhes”. 
A alternativa (A) está errada, pois o verbo “publicaria” é transitivo direto 
e “a novela” é o objeto direto. Assim, não cabe “lhe”, mas sim “a”. Como o 
verbo se encontra no futuro do pretérito do indicativo, cabe mesóclise, ou, 
mesmo não havendo palavra atrativa, por eufonia, cabe próclise. Veja: 
... uma editora desconhecida publicá-la-ia... 
... uma editora desconhecida a publicaria... 
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “consolidou” é transitivo 
direto e “a posição do estreante” é o objeto direto. Assim, não cabe “lhe”, mas 
sim “a”. Veja: 
... o que sem dúvida a consolidou... 
... o que sem dúvida consolidou-a... 
 
A alternativa (C) estáerrada. O verbo “trazem” é transitivo direto e 
“uma nova e definitiva chancela editorial” é o objeto direto. Já que o núcleo 
deste termo é o substantivo “chancela”, está correto o pronome “a”, porém o 
verbo termina em “m” e assim devemos inserir a letra “n”, junto ao pronome. 
Veja: 
 
... seus livros trazem-na... 
 
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “acrescentar” é transitivo direto 
e indireto, o termo sublinhado “a essas heranças” é o objeto indireto, por isso 
está correta sua substituição por “lhes”. Note que a questão omitiu o objeto 
direto. 
 
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “mereceu” é transitivo direto 
e o pronome “o” é o objeto direto. O problema na alternativa é que não deve 
haver a letra “n”, tendo em vista que o verbo não termina com “m” ou com o 
sinal til. O correto é somente o uso do pronome. Veja: 
... o livro mereceu-o... 
Gabarito: D 
 
 
Questão 23: DPE RS 2013 Técnico-Administrativo (banca FCC) 
A substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente, com os 
necessários ajustes, foi realizada corretamente em: 
 
(A) contingência de ocupar empregos medíocres = contingência de lhes 
ocupar 
(B) que recebeu a denominação geral de O tempo e o vento = que recebeu- 
na 
(C) passou a exercer uma intensa atividade literária = passou a exercê-la 
(D) demonstram a solução ideal = demonstram-la 
 
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(E) outra que compreende o romance cíclico O tempo e o vento = outra que 
lhe compreende 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “ocupar” é transitivo 
direto e “empregos medíocres” é o objeto direto. Assim, tal termo deve ser 
substituído por “os”. Como o verbo termina em “r”, tal letra deve ser excluída 
e deve se inserir a letra “l”, junto ao pronome oblíquo átono: contingência de 
ocupá-los. Vale ressaltar que, mesmo não havendo palavra atrativa, a 
próclise também pode ocorrer: contingência de os ocupar. 
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “recebeu” é transitivo direto, 
o termo “a denominação geral de O tempo e o vento” é o objeto direto, o qual 
pode ser substituído por “a”. Como o pronome relativo “que” é palavra 
atrativa, deve haver próclise: que a recebeu. 
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “exercer” é transitivo direto, o 
termo “uma intensa atividade literária” é o objeto direto e pode ser 
substituído, sim, por “a”. Como o verbo termina em “r”, tal letra deve ser 
excluída e deve ser inserida a letra “l”, junto ao pronome, como ocorreu nesta 
alternativa. Note que, com a retirada da letra “r”, passamos a ter uma palavra 
oxítona terminada em “e”, a qual deve ser acentuada: exercê-la. 
A alternativa (D) está errada, pois o verbo transitivo direto 
“demonstram” termina com “m”, por isso o objeto direto “a” deve receber “n”: 
demonstram-na. 
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “compreende” é transitivo direto 
e “o romance cíclico O tempo e o vento” é o objeto direto. Assim, tal 
termo deve ser substituído por “o”. Como há a palavra atrativa “que”, o 
pronome pessoal oblíquo átono “o” deve se posicionar imediatamente antes 
do verbo. 
Veja:
 
 
Gabarito: C 
 
outra que o compreende
 
 
Questão 24: TRT 1ªR 2013 Técnico Judiciário (banca FCC) 
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os 
necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO em: 
 
(A) acreditava incutir o ardor = acreditava incuti-lo 
(B) Nada superará a beleza = Nada lhe superará 
(C) não correspondera a seu sonho = não lhe correspondera 
(D) resolve o problema da vida = resolve-o 
(E) para ilustrar essa perplexidade = para ilustrá-la 
Comentário: A alternativa (A) está correta, porque o verbo “incutir” é transitivo 
direto e o objeto direto “o ardor” foi substituído pelo pronome “o”. Como o verbo 
terminar em “r”, tal letra foi excluída e foi inserida a letra “l”: “incuti-lo”. 
A alternativa (B) é a errada, pois não cabe o pronome “lhe”. Como o 
verbo “superará” é transitivo direto e o termo “a beleza” é o objeto direto, 
cabe o pronome “a”: “Nada a superará”. 
A alternativa (C) está correta, porque o verbo “correspondera” é 
 
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transitivo indireto e o objeto indireto “a seu sonho” foi substituído pelo 
pronome “lhe”. 
A alternativa (D) está correta, porque o verbo “resolve” é transitivo 
direto e o objeto direto “o problema da vida” foi substituído pelo pronome “o”. 
A alternativa (E) está correta, porque o verbo “ilustrar” é transitivo 
direto e o objeto direto “essa perplexidade” foi substituído pelo pronome “a”. 
Como o verbo terminar em “r”, tal letra foi excluída e foi inserida a letra “l”: 
“ilustrá-la”. 
Gabarito: B 
 
 
Questão 25: DPE SP 2013 Oficial de Defensoria Pública (banca FCC) 
A substituição do termo grifado por um pronome, com as necessárias 
alterações, foi efetuada de modo INCORRETO em: 
 
(A) facilitaram a ida das pessoas ao campo = facilitaram-na 
(B) fazer o novo = fazê-lo 
(C) revela uma nova beleza = revela-a 
(D) usar objetos do cotidiano = usá-los 
(E) os que tomaram esse rumo = os que tomaram-lhe 
Comentário: Sabendo-se que o objeto direto pode ser substituído pelos 
pronomes “o”, “a”, “os”, “as”; e o objeto indireto pode ser substituído por 
“lhe”, “lhes”, percebemos que a alternativa errada é a (E), pois o verbo 
“tomaram” é transitivo direto e o termo “esse rumo” é o objeto direto. Assim, 
o pronome correto é “o”. Como há palavra atrativa “que”, tal pronome deve ficar 
antes do verbo. 
 
Veja: 
 
...os que o tomaram... 
 
Os verbos “facilitaram”, “fazer”, “revela” e “usar” também são 
transitivos diretos. Assim, os termos sublinhados são os seus respectivos 
objetos diretos. Por isso, devemos apenas observar a terminação verbal. 
Quando o verbo terminar em “r”, devemos excluir esta letra e inserir “l”, como 
corretamente foi feito nas alternativas (B) e (D). 
Quando verbo termina em “m”, o pronome oblíquo átono “a” deve 
receber “n”, como foi corretamente empregado na alternativa (A). 
Quando o verbo termina em vogal, basta inserir o pronome átono, como 
ocorreu na alternativa (C). 
Gabarito: E 
 
 
Questão 26: DPE SP 2013 Administrador de Redes (banca FCC) 
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os 
necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO em: 
 
(A) mostrando o rio = mostrando-o. 
(B) como escolher sítio = como escolhê-lo. 
(C) transpor [...] as matas espessas = transpor-lhes. 
 
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(D) Às estreitas veredas [...] nada acrescentariam = nada lhes 
acrescentariam. 
(E) viu uma dessas marcas = viu uma delas. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o verbo “mostrando” é 
transitivo direto, o termo “o rio” é o objeto direto e pode ser substituído por “o”. 
A alternativa (B) está correta, pois o verbo “escolher” é transitivo direto 
e o termo “sítio” é o objeto direto e pode ser substituído por “o”. Como o 
verbo termina em “r”, devemos excluir tal consoante e incluir “l”. 
A alternativa (C) é a errada, pois o verbo “transpor” é transitivo direto e 
o termo “as matas espessas” é o objeto direto, por isso não pode ser substituído 
por “lhes”, mas por “as”. Como o verbo termina em “r”, devemos excluir tal 
consoante e incluir “l”: “transpô-las”.A alternativa (D) está correta, pois o verbo “acrescentariam” é transitivo 
direto e indireto, o termo “nada” é o objeto direto e o termo “Às estreitas 
veredas” é o objeto indireto, o qual pode ser substituído por “-lhes”. Note que 
o sujeito é o pronome “aqueles”, o qual não ficou explícito na questão, mas se 
encontra no segundo parágrafo do texto. 
A alternativa (E) está correta, pois o adjunto adnominal “dessas marcas” 
pode ser substituído pelo pronome pessoal oblíquo tônico “elas”, porque está 
precedido da preposição “de” (delas). 
Gabarito: C 
 
 
Questão 27: SERGIPE GÁS 2013 S.A. Administrador (banca FCC) 
Considerados os necessários ajustes, a substituição do elemento grifado pelo 
pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em: 
 
(A) Atingimos [...] a consciência de nossa força = Atingimo-la. 
(B) cada eclipse acarreta [...] despesas suplementares = cada eclipse as 
acarreta. 
(C) que são [...] estranhos às nossas lutas = que lhes são estranhos. 
(D) jamais desempenharão qualquer papel = jamais o desempenharão. 
(E) Mas isso seria abordar a questão = Mas isso seria abordar-lhe. 
Comentário: Neste tipo de questão, a primeira preocupação é observar que o 
pronome oblíquo átono “o” (e suas variações) deve substituir o objeto direto, 
e o pronome oblíquo átono “lhe” deve substituir o objeto indireto ou o 
complemento nominal. 
A alternativa (A) está correta, porque o termo “a consciência de nossa 
força” é o objeto direto, por isso pode ser substituído pelo pronome oblíquo 
átono “a”. Como o verbo termina em “s”, devemos excluir tal letra e inserir 
“l”, junto ao pronome: Atingimo-la. 
A alternativa (B) está correta, porque o termo “despesas suplementares” 
é o objeto direto, por isso pode ser substituído pelo pronome oblíquo átono 
“as”. 
A alternativa (C) está correta, porque “às nossas lutas” é o 
complemento nominal, pois é o adjetivo “estranhos” que exigiu tal 
complemento. Por isso, pode ser substituído pelo pronome oblíquo átono 
“lhes”. 
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A alternativa (D) está correta, porque o termo “qualquer papel” é o 
objeto direto, por isso pode ser substituído pelo pronome oblíquo átono “o”. 
A alternativa (E) é a incorreta, porque o termo “a questão” é o objeto 
direto, por isso deve ser substituído pelo pronome oblíquo átono “a”, e não “lhe”. 
Como o verbo termina em “r”, devemos excluir tal letra e inserir “l”, junto ao 
pronome: abordá-la. 
Gabarito: E 
Regência com pronomes relativos 
O pronome relativo é uma palavra que inicia as orações subordinadas 
adjetivas e pode estar antecedido de preposição. Isso depende do verbo da 
oração adjetiva e da função sintática do pronome relativo. Por isso é 
importante visualizarmos quais são os pronomes relativos mais empregados. 
que: retoma coisa ou pessoa 
o/a qual: retoma coisa ou pessoa 
quem: retoma pessoa 
cujo: relação de posse 
onde: retoma lugar 
quando: retoma tempo 
 
Os pronomes relativos e suas funções sintáticas. 
Sujeito: 
O homem, que é um ser racional, aprende com seus erros. 
oração subordinada adjetiva 
oração principal 
 
Sempre se deve partir do verbo para entender a função sintática dos 
termos. Assim, há o verbo de ligação “é”, o predicativo “um ser racional”; logo, 
falta o sujeito, que é o pronome relativo “que”. Onde se lê “que”, entende-se 
“homem”, então se pode ter a seguinte estrutura: 
 
O homem é um ser social. 
 
Como se pode substituir “que” por “o qual” e suas variações, 
dependendo da palavra que foi retomada, teremos: 
 
O homem, o qual é um ser racional, aprende com seus erros. 
 
Abaixo serão listadas outras funções do pronome relativo e suas 
possibilidades de substituição:
 
Objeto direto: 
Esta é a casa que amamos. 
a qual amamos. 
OD VTD 
 
Objeto indireto: 
Esta é a casa de que gostamos. 
(de + a qual) 
da qual gostamos. 
OI VTI
Objeto indireto: 
Esta é a casa a que nos referimos. 
(a + a qual) 
à qual nos referimos. 
OI VTI 
Complemento nominal: 
Esta é a casa a que fizemos referência. 
(a + a qual) 
à qual fizemos referência. 
CN VTD + OD
 
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Português para TRT 20ªR 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 6 
 
 
 
Na função de adjunto adverbial, o pronome relativo “que” deve ser 
preposicionado tendo em vista transmitir os seus valores circunstanciais, 
normalmente os de tempo e lugar. Quando transmite valor de lugar, pode 
também ser substituído pelo pronome relativo “onde”. 
 
A preposição “em” é de rigor quando o verbo intransitivo transmite 
processo estático (Estar em algum lugar, nascer em algum lugar). Porém, se 
transmitir lugar de destino, regerá preposição “a” (vai a algum lugar, vai para 
algum lugar); se transmitir lugar de origem, regerá a preposição “de” (vir de 
algum lugar). Pode ainda, na ideia de desenvolvimento do deslocamento, ser 
regido pela preposição “por” (passar por algum lugar). Veja: 
 
Adjunto adverbial de lugar (estático: com preposição “em”): 
Esta é a casa onde moramos. 
em que moramos. 
(em + a qual) 
na qual moramos. 
Adj Adv. lugar VI 
 
Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “a”): 
Esta é a casa aonde chegamos. 
a que chegamos. 
(a + a qual) 
à qual chegamos. 
Adj Adv. lugar VI 
 
 
Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “para”): 
Esta é a casa para onde vamos. 
--------------- 
(para + a qual) 
para a qual vamos. 
Adj Adv. lugar VI 
 
 
Observação: Não se usa pronome relativo “que” antecedido de preposição com 
duas ou mais sílabas. Deve-se transformá-lo em “o qual” e suas variações. 
 
Assim, temos “mediante o qual”, “perante o qual”, “segundo o qual”, 
“conforme o qual”, “sobre o qual”, “para o qual” etc. 
Adjunto adverbial de lugar (origem: com preposição “de”): 
Esta é a casa de onde viemos. (ou donde) 
de que viemos 
(de + a qual) 
da qual viemos. 
Adj Adv. lugar VI 
 
 
Observação: Soa mais agradável a construção “da qual”, mas “de que” 
também está correta. 
 
 
 
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Adjunto adverbial de lugar (desenvolvimento do trajeto: com preposição “por”): 
 
 
Esta é a casa por onde passamos. 
por que passamos 
(por + a qual) 
pela qual passamos. 
Adj Adv. lugar VI 
 
Perceba que o pronome relativo “onde” deve ser usado unicamente como 
adjunto adverbial de lugar. Evite construções viciosas como: 
 
 
Vivemos uma época onde o consumismo fala mais alto. (errado) 
 
Neste caso, o pronome relativo está retomando o substantivo “época”, com 
valor de tempo. Assim, é conveniente ser substituído por “quando”, “em que” ou 
“na qual”. 
 
 
 
Vivemos uma época quando o consumismo fala mais alto. 
Vivemos uma época em que o consumismo fala mais alto. 
Vivemos uma época na qual o consumismo fala mais alto. 
 
 
O pronome relativo cujo transmite valor de posse e tem característica bem 
peculiar. Entendamos o seu uso culto da seguinte forma: 
1. Posiciona-se entre substantivos, 
fazendo subentender a preposição “de” 
(valor de posse). 
substantivo cujo substantivo 
 
 
de
 
2. Ao se ler “cujo”, entende-se “de” + 
substantivo anterior. 
substantivo cujo substantivo 
 
de
 
3. O pronome “cujo” + o substantivo 
posterior formam um termo da oração. Se 
forem objeto indireto, complemento 
nominal ou adjunto adverbial, serão 
preposicionados. 
 
 
4. O substantivo posterior

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