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Portugues 6 4 classes de palavras , emprego e sentido q imprimem as relaçoes de pronome, colocaçao pronominal

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Aula 6.4
Português p/ TJ-SP (Escrevente Técnico Judiciário) - Com videoaulas
Professor: Décio Terror
29779605894 - daniel kamio
Português para TJ SP 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 6.4 
 
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Aula 6.4: Classes de palavras: emprego e sentido que imprimem 
às relações que estabelecem: pronome, colocação pronominal. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Pronomes pessoais 1 
2. Colocação dos pronomes oblíquos átonos 12 
3. Valores do vocábulo “se” 27 
4. Demais pronomes 35 
5. Lista de questões para revisão 57 
6. Gabarito 77 
 
 
Olá, pessoal! 
 
Agora, veremos o emprego dos pronomes! 
 
Pronomes 
 
O estudo dos pronomes é importante, porque ele fundamentalmente é 
um vocábulo de coesão, isto é, liga estruturas do texto. Muitas questões das 
provas fundamentam-se simplesmente em reconhecer o referente do pronome. 
Por isso, esse assunto será muito importante também para trabalharmos as 
questões de interpretação de texto. 
A primeira divisão dos pronomes é quanto a sua finalidade: eles podem 
substituir palavras ou acompanhá-las. 
No primeiro caso, chamamos o pronome de substantivo, pois ele passa a 
ocupar o lugar de um substantivo. Assim, tem a finalidade de retomar uma 
palavra anterior, constituindo o recurso anafórico. Veja: 
“O documento prevê cinco estratégias de vendas. Além disso, ele abre 
possibilidades para que elas sejam ampliadas.” 
Chamamos os pronomes “ele” e “elas” de pronomes substantivos, porque 
ocuparam o lugar dos substantivos “documento” e “estratégias”. Esse é o 
recurso chamado de coesão referencial (anafórica), pois esses pronomes 
retomam palavras anteriores. 
O pronome também pode ser adjetivo, quando simplesmente acompanha 
o substantivo, flexionando-se de acordo com ele: 
“Sua família está feliz hoje, pois outra conquista ocorreu.” 
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Teoria e exercícios comentados 
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Os pronomes “Sua” e “outra” são chamados de pronomes adjetivos, 
porque acompanham os substantivos “família” e “conquista” e se flexionam de 
acordo com eles. 
 Os pronomes substantivos se subdividem em pessoais, indefinidos, 
demonstrativos, mas também os pronomes adjetivos podem se subdividir em 
demonstrativos, possessivos etc. 
Assim, não se quer que você decore os nomes desses pronomes, mas 
entenda seu emprego. É isso que cai na prova. 
Os pronomes pessoais têm valor substantivo e são aqueles que indicam 
uma das três pessoas do discurso: quem fala (locutor), com quem se fala 
(interlocutor) e de quem se fala (referente). 
Pronomes pessoais do caso reto: são os que desempenham a função 
sintática de sujeito da oração, vocativo e predicativo. São os pronomes eu, tu, 
ele (ela), nós, vós, eles (elas). 
Eu sou professor. O professor sou eu. 
Tu és professor. O professor és tu. Tu, não deixes de estudar! 
Ele é professor. O professor é ele. 
Nós somos professores. Os professores somos nós. 
Vós sois professores. Os professores sois vós. Vós, aceitai a reprimenda. 
Eles são professores. Os professores são eles. 
sujeito predicativo vocativo 
Pronomes pessoais do caso oblíquo: são os que desempenham a função 
sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento 
nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal. 
Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os 
átonos, que não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por 
preposição. 
a) Pronomes pessoais oblíquos átonos: são os seguintes: “me, te, 
se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes”. Eles podem exercer diversos valores 
morfossintáticos nas orações: 
 Objeto direto: “me, te, se, o, a, nos, vos, os, as”. 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
informou-me 
informou-te 
informou-se 
informou-o (a) 
informou-nos 
informou-vos 
informou-os (as) 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
sujeito VTDI + OD + OI 
Se o verbo termina com as nasalizações “m”, ou “õe”; os pronomes o, a, 
os, as transformam-se em no, na, nos, nas. 
Quando encontrarem o material, tragam-no até mim. 
 Os sapatos, põe-nos fora, para aliviar a dor. 
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Se o verbo termina em “r”, “s” ou “z”; excluem-se essas terminações, e 
os pronomes o, a, os, as mudam para lo, la, los, las. 
Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim. 
 
 As apostilas, perde-las toda semana. (sujeito oculto “tu”) 
 
 As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade. 
 
Independentemente da predicação verbal, se o verbo termina em 
“-mos”, seguido de “nos” ou de “vos”, retira-se a terminação “-s”. 
Encontramo-nos ontem à noite. 
 Solicitamo-vos a acolhida nesta noite. 
Questão 1: Conder 2013 – Técnico (banca FGV) 
“Agradecer à laranjeira pela laranja é não entendêǦla”. 
As alternativas a seguir apresentam formas corretas de unir a forma verbal de 
presente do indicativo ao pronome “o” enclítico, à exceção de uma. 
AssinaleͲa. 
(A) EntendesͲlo (tu). 
(B) EntendeͲo (ele). 
(C) EntendemoͲlo (nós). 
(D) EntendeiͲlo (vós). 
(E) EntendemͲno (eles). 
Comentário: A alternativa (A) é a errada, pois, quando o verbo termina em 
“s” (“entendes”) e é seguido do pronome pessoal oblíquo átono “o”, deve 
perder o “s” e o pronome deve receber “l”. Veja a correção: Entende-lo. 
 Grifei acima a sílaba tônica “ten”, para você não confundir com o 
infinitivo “entendê-lo”, o qual possui acento gráfico. 
 A alternativa (B) está correta, pois devemos apenas acrescentar o 
pronome “o” quando o verbo terminar em vogal (“entende-o”). 
 A alternativa (C) está correta, pois, quando o verbo termina em “s” 
(“entendemos”) e é seguido do pronome pessoal oblíquo átono “o”, deve 
perder o “s” e o pronome deve receber “l”. Veja a correção: Entendemo-lo. 
 A alternativa (D) está correta, pois, quando o verbo termina em “s” 
(“entendeis”) e é seguido do pronome pessoal oblíquo átono “o”, deve perder 
o “s” e o pronome deve receber “l”. Veja a correção: Entendei-lo. 
 A alternativa (E) está correta, pois, quando o verbo termina em “m” 
(“entendem”) e é seguido do pronome pessoal oblíquo átono “o”, o pronome 
deve receber “n”. Veja a correção: Entendem-no. 
Gabarito: A 
 
deverão trazer + as deverão trazê-las 
perdes + as perde-las 
seduz + as sedu-las 
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Questão 2: CODERN 2014 Técnico Ambiental (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Pela manhã os três sentaram à mesa para tomar café 
e cada qual teve de contar o seu sonho. O padre disse ter sonhado com a 
escada de Jacob e descreveu-a brilhantemente. Por ela, ele subia 
triunfalmente para o céu. O estudante, então, narrou que sonhara já dentro 
do céu à espera do padre que subia. 
Na frase “Por ela, ele subia triunfalmente para o céu.”, a palavra sublinhada 
se refere o(a) 
A) Jacob. B) padre. C) amigo. D) caboclo. E) estudante. 
Comentário: Esta questão trabalha simplesmente o recurso anafórico, isto é, 
quem o pronome retomou. Podemos entender do texto que é o padre que 
sonhou que estava subindo triunfalmente para o céu pela escada. Assim, 
realmente é a alternativa (B) que está correta. 
Gabarito: B 
 
Questão 3: MAPA 2014 Agente Administrativo (banca Consulplan) 
Os elementos destacados em “É sina de minha amiga penar pela sorte do 
próximo, se bem que seja um penarjubiloso. Explico-me. Todo sofrimento 
alheio a preocupa e acende nela o facho da ação, que a torna feliz.” são 
responsáveis por importantes funções de coesão textual, estabelecendo 
vínculos com elementos já anunciados. 
Com base no trecho anterior, marque V para as afirmativas verdadeiras e F 
para as falsas. 
( ) Os pronomes destacados possuem o mesmo referente, indicado 
anteriormente no texto. 
( ) Os dois registros do pronome “a” podem ser substituídos pelo pronome 
“lhe”. 
( ) O uso do pronome pessoal reto “ela” (nela), nesse caso, só é permitido 
porque está antecedido de preposição. 
A sequência está correta em 
A) F, V, F. B) V, V, F. C) V, F, V. D) V, V, V. 
Comentário: A primeira frase está correta, pois o pronome pessoal oblíquo 
átono “a”, o pronome pessoal oblíquo tônico “nela” e o segundo pronome 
pessoal oblíquo átono “a” realmente possuem o mesmo referente: a 
expressão “minha amiga”. 
 A segunda frase está errada, pois os pronomes pessoais oblíquos átonos 
“a” são objetos diretos, os quais não podem ser substituídos pelo pronome 
“lhe”. 
 A terceira frase está certa no gabarito, mas na realidade houve um erro 
conceitual da banca, pois “nela” é uma contração da preposição “em” com o 
pronome pessoal do caso oblíquo tônico “ela”, e não um pronome pessoal do 
caso reto, como afirma a frase. A banca manteve o gabarito como alternativa 
(C), mas tal questão deveria ter sido anulada, por não haver resposta correta, 
haja vista que esta última frase deveria ter sido marcada como errada. 
Gabarito: C 
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Objeto Indireto: “me, te, se, lhe, nos, vos, lhes”. (valor sintático) 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
informou-me 
informou-te 
informou-lhe 
informou-nos 
informou-vos 
informou-lhes 
 revoga-se 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o direito 
 
 
 
 
 
 
de ficar calada. 
sujeito VTDI + OI + OD + oração subordinada substantiva 
completiva nominal 
Se o verbo for transitivo indireto terminado em “s”, seguido de lhe, 
lhes, não se retira a terminação “-s”. 
 Obedecemos-lhe cegamente. 
Questão 4: CODEG 2013 Auxiliar Administrativo (banca Consulplan) 
Em “... a nova lei pode estimular o delito, em vez de coibi-lo.”, assinale a 
alternativa em que o complemento em destaque tem a mesma função 
sintática da partícula “lo”. 
A) Lê-se pouco no país. 
B) O réu será condenado pelo júri. 
C) A lei irá requerer uma apuração veloz. 
D) Deveriam entregar-lhe todas as provas. 
E) Há necessidade de apuração rápida dos fatos. 
Comentário: Na oração “coibi-lo”, o pronome pessoal oblíquo átono “o” (-lo) 
encontra-se na função de objeto direto, pois o verbo “coibir” é transitivo 
direto. Agora, temos que achar, dentre as alternativas, aquela que possua um 
objeto direto sublinhado. 
 Na alternativa (A), o vocábulo “se” é o índice de indeterminação do 
sujeito, haja vista que o verbo “Lê”, neste contexto, é intransitivo e o sujeito 
não está determinado. 
 Na alternativa (B), a expressão “pelo júri” é apenas o agente da passiva. 
 A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “requerer” é transitivo direto 
e o termo sublinhado “uma apuração veloz” é o objeto direto. 
 Na alternativa (D), o verbo “entregar” é transitivo direto e indireto, o 
termo “todas as provas” é o objeto direto e “lhe” é o objeto indireto. 
 Na alternativa (E), o termo “de apuração” é apenas o complemento 
nominal, pois o substantivo “necessidade” rege a preposição “de”. 
Gabarito: C 
 
Questão 5: Prefeitura Divinésia Administrador 2006 (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Não se confunda moralidade com moralismo, que é 
filho da hipocrisia. Moralidade faz parte da decência humana fundamental. 
Dispensa teorias, mas é a base de qualquer convívio e ordem social. Embora 
não necessariamente escrita, está contida também nas leis tão mal cumpridas 
do país. Todos a conhecem em seus traços mais largos, alguns a praticam. 
Para que um texto tenha coerência é preciso que as palavras estejam bem 
colocadas e interligadas. Analisando cada elemento do período a seguir e sua 
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referência; a opção que mostra uma possibilidade correta para o mesmo 
registro, sem que haja alteração do significado e consequente interpretação 
do mesmo é a seguinte: 
“Todos a conhecem em seus traços mais largos, alguns a praticam.” 
A) Todos lhe conhecem em seus traços mais largos, alguns lhe praticam. 
B) Todos os conhecem em seus traços mais largos, alguns a praticam. 
C) Todos os conhecem em seus traços mais largos, alguns os praticam. 
D) Todos as conhecem em seus traços mais largos, alguns as praticam. 
E) N.R.A. 
Comentário: Primeiro, vamos perceber que o pronome oblíquo átono “a” 
retoma o substantivo “moralidade”. Se esse vocábulo é feminino e singular, 
não pode ser substituído por “os” ou “as”. Assim, as alternativas (B), (C) e (D) 
estão erradas. 
 Os pronomes “o”, “a”, “os”, “as” são complementos diretos do verbo, 
chamados de objetos diretos. Veja que o verbo “conhecem” não admite 
preposição (conhecem alguma coisa). Assim, não podemos substituir o 
pronome pessoal oblíquo átono “a” (objeto direto) pelo pronome “lhe”, que 
somente pode substituir complementos preposicionados. 
 Assim, nenhuma resposta das alternativas responde ao pedido da 
questão, devendo ser marcada a alternativa (E). 
Gabarito: E 
 
Questão 6: CITEPE / 2012 / Técnico (banca Cesgranrio) 
O termo em destaque foi substituído pela forma de pronome oblíquo, de 
acordo com a norma-padrão, em: 
(A) Deram a notícia em primeira página. 
 Deram-la em primeira página. 
(B) Joguei as melhores fotos no computador. 
 Joguei-las no computador. 
(C) Merece o prêmio pelo seu trabalho. 
 Merece-lo pelo seu trabalho. 
(D) Vender o livro pela internet foi fácil. 
 Vendê-lo pela internet foi fácil. 
(E) Escolheram as crônicas mais interessantes. 
 Escolheram-las. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo transitivo direto 
“deram” termina em “m”, por isso devemos inserir “n” ao pronome “a”: 
“Deram-na em primeira página”. 
 A alternativa (B) está errada, pois o verbo transitivo direto “joguei” não 
termina em “r”, “s” ou “z”, por isso não se admite a consoante “l”: 
“Joguei-as no computador”. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo transitivo direto “merece” não 
termina em “r”, “s” ou “z”, por isso não se admite a consoante “l”: 
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“Merece-o pelo seu trabalho”. 
 A alternativa (D) é a correta, pois o verbo transitivo direto “vender” 
termina em “r”, por isso devemos inserir “l” ao pronome “o”. 
 A alternativa (E) está errada, pois o verbo transitivo direto “Escolheram” 
termina em “m”, por isso devemos inserir “n” ao pronome “a”: 
“Escolheram-nas”. 
Gabarito: D 
 
Complemento nominal: “me, te, lhe, nos, vos, lhes”. 
 Vimos na aula de sintaxe da oração que o complemento nominal é o 
termo que é exigido pelo nome. Assim, note que o substantivo “respeito” 
exigiu os complementos nominais que estão em negrito abaixo: 
 
(você) Tenha-me respeito. Tenha respeito a mim. 
(eu) Tenho-te respeito. Tenho respeito a ti. 
(eu) Tenho-lhe respeito. Tenho respeito a ele. 
(você) Tenha-nos respeito. Tenha respeito a nós. 
(eu) Tenho-vos respeito. Tenho respeito a vós. 
(eu) Tenho-lhes respeito. Tenho respeito a eles. 
sujeito VTD + CN + OD VTD + OD + CN 
Valor de posse (algo de alguém): “me, te, lhe,nos, vos, lhes”. 
Algumas gramáticas determinam a esses pronomes a função de adjunto 
adnominal, outras, objeto indireto. Para concurso, basta entender o valor de 
posse. 
Doem-me as pernas. (As minhas pernas doem.) 
Doem-te as pernas. (As tuas pernas doem.) 
Doem-lhe as pernas. [As suas pernas doem. As pernas dele(dela) doem.] 
Doem-nos as pernas. (As nossas pernas doem.) 
Doem-vos as pernas. (As vossas pernas doem.) 
Doem-lhes as pernas. [As suas pernas doem. As pernas deles(delas) doem.] 
 
Questão 7: IBGE / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) 
O pronome destacado NÃO indica posse na seguinte frase: 
(A) A brisa da madrugada tocava-lhe o corpo. 
(B) A expectativa mantinha-lhe o coração acordado. 
(C) Faltava-lhe vontade de voltar para casa. 
(D) O sal impregnava-lhe as roupas. 
Comentário: Basta que troquemos pelo pronome possessivo. Veja: 
(A) A brisa da madrugada tocava seu corpo. 
(B) A expectativa mantinha seu coração acordado. 
(D) O sal impregnava suas roupas. 
 Perceba que, na alternativa (C), o verbo “Faltava” é transitivo direto e 
indireto, em que o pronome “lhe” é objeto indireto e “vontade” é o objeto 
direto. Assim, esse pronome não possui valor de posse. 
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Gabarito: C 
 
Questão 8: Câmara Mun Petrópolis–2010–Contador (banca F. Dom Cintra) 
O pronome em caixa alta no período “Abriu-LHE o paletó, o colarinho, a 
gravata e a cinta” tem emprego semântico e sintático semelhante ao do 
pronome em caixa alta na frase: 
A) Um menino pobre trouxe uma vela para acender-LHE junto ao corpo. 
B) Ninguém LHE deu oportunidade de morrer com dignidade. 
C) Como ninguém LHE queria pagar a corrida, o taxista negou-se a 
transportá-lo. 
D) Afinal, o morto só queria que LHE proporcionassem um mínimo de 
consideração. 
E) O policial disse que não LHE assistia recolher defuntos. 
Comentário: Na frase “Abriu-LHE o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta”, 
o verbo “abriu” é transitivo direto e o pronome “lhe” está sendo empregado 
com valor de posse. Veja: 
“Abriu o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta dele” 
“Abriu o seu paletó, o colarinho, a gravata e a cinta” 
 Assim, esse pronome “lhe” é o adjunto adnominal, que se encontra 
dentro do objeto direto “(-lhe) o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta”. 
 A questão pede a alternativa que possua o mesmo emprego semântico 
(valor de posse) e sintático (adjunto adnominal) do pronome “lhe”. 
 A alternativa (A) é a correta. É claro que podemos entender o verbo 
“acender” como transitivo direto, cabendo o pronome “a” como objeto direto. 
Veja: 
Um menino pobre trouxe uma vela para acendê-la junto ao corpo. 
 Se você pensou assim, está correto; mas deve perceber que também se 
admite a construção com o pronome “lhe” avivando o valor de posse. Veja: 
Um menino pobre trouxe uma vela para acender-lhe junto ao corpo. 
Um menino pobre trouxe uma vela para acender junto ao seu corpo. 
Um menino pobre trouxe uma vela para acender junto ao corpo dele. 
 Assim, o pronome “lhe” é o adjunto adnominal que se encontra agora 
dentro do adjunto adverbial de lugar “junto ao corpo”. Note que podemos 
fazer a seguinte pergunta: Para acender a vela onde? 
 O verbo continua sendo transitivo direto, mas o objeto direto passa a 
ficar subentendido: para acender (a vela) junto ao seu corpo. 
Assim, cabe entendermos a expressão “junto ao corpo” como adjunto 
adverbial de lugar e o “lhe” como adjunto adnominal que determina o núcleo 
“corpo”. 
 A alternativa (B) está errada, porque o pronome “lhe” é objeto indireto e 
não tem valor de posse. 
 O verbo “deu” é transitivo direto e indireto, o termo “oportunidade” é o 
objeto direto e “lhe” é o objeto indireto (deu oportunidade a alguém). 
 A alternativa (C) está errada, pois o pronome “lhe” é objeto indireto e 
não tem valor de posse. 
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 O verbo “pagar” é transitivo direto e indireto, o termo “a corrida” é o 
objeto direto e “lhe” é o objeto indireto (pagar a corrida a alguém). 
 A alternativa (D) está errada, porque o pronome “lhe” é objeto indireto 
e não tem valor de posse. 
 O verbo “proporcionassem” é transitivo direto e indireto, o termo “um 
mínimo de consideração” é o objeto direto e “lhe” é o objeto indireto 
(proporcionassem um mínimo de consideração a alguém). 
 A alternativa (E) está errada, porque o pronome “lhe” é objeto indireto e 
não tem valor de posse. 
 O verbo “assistia” é transitivo indireto, no sentido de “caber, competir”. 
A expressão “recolher defuntos” é o sujeito oracional e “lhe” é o objeto 
indireto (recolher defuntos não assistia a alguém = isso não assistia a 
alguém). 
Gabarito: A 
 
Questão 9: Furp 2009 Técnico (banca Funrio) 
Observe o conjunto de frase a seguir: 
1. Saiba que lhe amo por demais. 
2. Venha cá para eu lhe entregar o documento. 
3. Cresceram-lhe unhas e cabelos de modo surpreendente. 
Nos enunciados acima, o pronome lhe foi empregado, normativamente, 
A) na 1ª. e na 3ª. frases. 
B) na 1ª. e 2ª. frases. 
C) apenas na 2ª. frase. 
D) apenas na 3ª. frase. 
E) na 2ª. e 3ª. frases. 
Comentário: A frase 1 está errada, pois o verbo “amo” é transitivo direto, 
por isso não cabe o pronome “lhe”. Neste caso, o pronome correto deve ser 
“o” ou “a”: 
Saiba que a amo por demais. ou Saiba que o amo por demais. 
 A frase 2 está correta, pois o verbo “entregar” e transitivo direto e 
indireto, o termo “o documento” é o objeto direto e o pronome “lhe” está 
corretamente empregado como objeto indireto. 
Venha cá para eu lhe entregar o documento. 
 A frase 3 está correta, pois o pronome “lhe” está sendo empregado com 
valor de posse. Para entendermos isso, veja a reescrita: 
Cresceram-lhe unhas e cabelos de modo surpreendente. 
Suas unhas e cabelos cresceram de modo surpreendente. 
As unhas e cabelos dele/dela cresceram de modo surpreendente. 
 Assim, a alternativa correta é a (E). 
Gabarito: E 
 
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 Sujeito acusativo: Os pronomes que funcionam como sujeito acusativo 
são “me, te, se, o, a, nos, vos, os, as”, quando estiverem em um período 
composto formado pelos verbos “fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir”, e 
um verbo no infinitivo ou no gerúndio. Esses são os verbos causativos e 
sensitivos, os quais foram mencionados quando estudamos as peculiaridades 
das orações subordinadas substantivas objetivas diretas. 
Ex. Deixei-a entrar atrasada. 
 Mandaram-me conversar com o diretor. 
 
 Parte Integrante do Verbo: Os pronomes me, te, se, nos, vos são parte 
integrante do verbo pronominal. Verbo pronominal é aquele que não se 
conjuga sem o pronome. São exemplos de verbo pronominal “suicidar-se, 
queixar-se, arrepender-se, esquecer-se, recordar-se, lembrar-se, referir-se...” 
Ex. Queixei-me de Pedro por ter atrapalhado o nosso trabalho. 
 Arrependam-se, pecadores! 
 
 Partícula Expletiva ou de Realce: Os pronomes que são partículas 
expletivas, ou partículas de realce são me, te, se, nos, vos. 
 Ocorre a partícula de realce com verbo intransitivo, com sujeito 
claramente determinado. Esse pronome pode ser retirado da frase, sem 
prejuízo de significado. 
Ex. João foi-se embora. 
 Maria morria-se de ciúmes da cunhada. 
Questão 10: Pref Apuiarés 2014 Cirurgião Dentista (banca Consulplan) 
Na tirinha, o “se” é utilizado com duas funções. Identifique o exemplo em que 
as duas ocorrências de “se” são iguais às da tirinha, respectivamente. 
 
a) Se acertamos, ninguém se lembra. Se erramos, ninguémse esquece. 
b) Desconcertado, a sós parte e nunca se lembra se foi o botão ou o tango. 
c) Há um vazio que sufoca, principalmente quando a gente se lembra de que 
se esqueceu. 
d) A felicidade também pode estar nas coisas simples e imperceptíveis a que 
não se dá valor, nem mesmo se lembra que se trata de um verdadeiro 
milagre. 
Comentário: Em “Se lembra”, o pronome “se” é parte integrante do verbo. 
Em “se eu casasse”, o “se” é uma conjunção condicional. 
 A alternativa (A) está errada, pois apresenta quatro vocábulos “se”. O 
primeiro e terceiro são conjunções condicionais, e o segundo e quarto são 
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partes integrantes dos verbos. Como os quatro vocábulos deveriam seguir a 
ordenação parte integrante do verbo e conjunção, esta alternativa está 
errada. 
 A alternativa (B) é a correta, pois, em “se lembra”, o pronome “se” é 
parte integrante do verbo. Em “se eu casasse”, o “se” é uma conjunção 
integrante, pois inicia a oração subordinada substantiva “se foi o botão ou o 
tango”. 
 A alternativa (C) está errada, pois as duas ocorrências do vocábulo “se” 
são partes integrantes dos verbos “lembra” e “esqueceu”. 
 A alternativa (D) está errada, pois a primeira ocorrência do vocábulo 
“se” é o pronome apassivador, pois o verbo “dá” é transitivo direto e indireto, 
o objeto indireto é a expressão “a que” e o sujeito paciente é “valor”. Sempre 
que tivermos um pronome apassivador, devemos confirmar transformando a 
voz passiva sintética em voz passiva analítica: valor não é dado a coisas 
simples e imperceptíveis. 
 A segunda ocorrência do “se” é a parte integrante do verbo “lembra”. Já 
a terceira ocorrência é o índice de indeterminação do sujeito, haja vista que o 
verbo é transitivo indireto e o sujeito está indeterminado. 
Gabarito: B 
 
Questão 11: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) 
Em “...de que você possa arrepender-se” (título), o pronome destacado é 
parte integrante do verbo. Em qual das frases a seguir o “se” também é parte 
integrante do verbo? 
(A) Ninguém se queixou de problemas maiores. 
(B) Encontrou-se um caminho para um futuro ameno. 
(C) Não sei se um dia seria censurado. 
(D) Vive-se melhor com a ajuda de um especialista. 
(E) Viu-se diante de um problema insolúvel. 
Comentário: A alternativa correta é a (A), pois o verbo “queixou-se” é 
chamado de pronominal por possuir o pronome “se”, que é a parte integrante 
do verbo. 
 Na alternativa (B), o verbo “Encontrou” é transitivo direto, “se” é 
pronome apassivador e “um caminho” é sujeito paciente. 
 Na alternativa (C), o verbo “sei” é transitivo direto e toda a oração 
posterior é subordinada substantiva objetiva direta, por isso o “se” é 
conjunção integrante. 
 Na alternativa (D), o verbo “vive” é intransitivo, e o pronome “se” é o 
índice de indeterminação do sujeito. 
 Na alternativa (E), faltou o contexto nesta frase para uma melhor 
avaliação, pois se entende que alguém viu a si mesmo diante de um 
problema insolúvel. O verbo “viu” é transitivo direto e seu sujeito encontra-se 
em alguma parte do texto e não foi mencionado. O pronome “se” é reflexivo 
na função de objeto direto e “diante de um problema insolúvel” é um adjunto 
adverbial. Você poderia estar na dúvida de que esse “se” poderia ser um 
índice de indeterminação do sujeito. Isso não cabe porque o verbo é transitivo 
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direto e entendemos que há alguém como sujeito implícito. Também não 
podemos pensar esse termo como parte integrante do verbo, porque esse 
verbo não aceita este pronome. 
Gabarito: A 
 
Entendemos no geral o que é um pronome pessoal oblíquo átono. Agora, 
veremos especificamente a colocação pronominal. 
Colocação dos pronomes oblíquos átonos 
A colocação significa a posição do pronome oblíquo átono antes do verbo 
(próclise), depois do verbo (ênclise) ou no meio do verbo (mesóclise). 
Ênclise: o pronome surge após o verbo. Pode ser considerada a colocação 
básica do pronome, pois obedece à sequência verbo-complemento. Na língua 
culta, é observada no início das frases ou quando não houver palavra que 
atraia esse pronome: 
Apresento-lhe meus cumprimentos. Contaram-te tudo? 
Joana cansou-se de tanto andar. 
Observação: deve-se ter em mente que não se inicia oração com pronome 
oblíquo átono: estão erradas as construções “Me disseram assim.”, o ideal é 
“Disseram-me assim.” 
Próclise: o pronome surge antes do verbo, porque há uma palavra que o 
atrai, chamada palavra atrativa. 
Não nos mostraram nada. Nada me disseram. 
a) São palavras atrativas: advérbios¹, pronomes relativos², interrogativos³, 
conjunções subordinativas4 e, normalmente, as negações5: 
Sempre¹ se encontram. 
É a pessoa que² nos orientou. 
Quem³ te disse isso? 
Nada foi feito, embora4 se conhecessem as consequências da omissão. 
Não5 me falaram nada a respeito disso. 
b) Se, após a palavra atrativa houver pausa (vírgula, ponto-e-vírgula, dois-
pontos etc), a atração perde força e o pronome deve posicionar-se após o 
verbo: 
 Não nos falaram a verdade. Não, falaram-nos a verdade. 
 Agora nos fale a verdade. Agora, fale-nos a verdade. 
c) O pronome átono, não inicial, pode vir antes da palavra negativa: 
“...descia eu para Nápoles a busca de sol que o não havia nas terras do norte.” 
d) A colocação pronominal enclítica ocorre por força gramatical, porém os 
autores modernos têm optado pela próclise, mesmo não havendo palavra 
atrativa, haja vista o processo eufônico (soar melhor). Veja: 
O marceneiro feriu-se com a lâmina. 
O marceneiro se feriu com a lâmina. 
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 Esse recurso ganhou gosto nos tempos modernos tendo em vista fugir de 
um suposto artificialismo da linguagem. 
 Assim, chegamos à conclusão de que, com palavra atrativa, ocorrerá 
próclise obrigatoriamente. Além disso, mesmo sem palavra atrativa, pode 
ocorrer próclise, por eufonia. 
Observação: a tradição fixou a próclise ainda nos seguintes casos: 
1) com o gerúndio precedido da preposição em: 
Em lhe chegando o turno, volte ao trabalho com eficiência. 
2) nas orações exclamativas e optativas, com o verbo no subjuntivo e sujeito 
anteposto ao verbo: 
Bons ventos o levem! Deus te ajude! 
Note a diferença com: “Benza-o Deus!”. Nesta frase, o sujeito ficou 
posposto ao verbo, porque o pronome teve de ser deslocado para não iniciar a 
frase. 
3) Com a preposição “para” seguida de infinitivo, a colocação pronominal é 
facultativa (próclise ou ênclise), inclusive com palavra negativa: 
Para se equilibrar, ele segurou um graveto. 
Para equilibrar-se, ele segurou um graveto. 
Para não se esquecer, escreveu o recado na mão. 
Para não esquecer-se, escreveu o recado na mão. 
Mesóclise: o pronome é intercalado ao verbo, que deve estar no futuro do 
presente do indicativo ou futuro do pretérito do indicativo. Mas, se houver 
palavra atrativa, mesmo com os verbos nestes tempos, a colocação é a 
próclise: 
Mostrar-lhe-ei meus escritos. Falar-vos-iam a verdade? 
Nunca lhe mostrarei meus escritos. Jamais vos falarei a verdade. 
 
Agora, veja essas regras com uma locução verbal: 
O pronome oblíquo átono pode posicionar-se em qualquer das três 
formas a seguir: 
infinitivo gerúndio particípio 
1 Vou-lhe falar. Estou-lhe falando. Tenho-lhe falado. 
2 Vou lhe falar. Estou lhe falando. Tenho lhe falado. 
3 Vou falar-lhe. Estou falando-lhe. — 
 
Quando há hífen, sabe-se que ocorre ênclise. Assim, naestrutura 1, há 
ênclise ao verbo auxiliar; na 2 há próclise ao verbo principal e na 3 há ênclise 
ao verbo principal. Note que não pode haver ênclise com verbo no particípio. 
“Dica para memorizar: o particípio não participa da colocação pronominal.” 
 
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal 
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Observe também que não se muda o sentido com a mudança de posição 
do pronome oblíquo átono. 
Outra importante observação: via de regra, com palavra atrativa, o 
pronome oblíquo átono ficará proclítico ao auxiliar¹ ou ao principal², e enclítico 
ao principal³: 
infinitivo gerúndio particípio 
1 Não lhe vou falar. Não lhe estou falando. Não lhe tenho falado. 
2 Não vou lhe falar. Não estou lhe falando. Não tenho lhe falado. 
3 Não vou falar-lhe. Não estou falando-lhe. — 
 
Portanto, há de se concluir que as normas de colocação pronominal não 
devem ser vistas como preceitos intocáveis, ficando, em muitos casos, 
subordinados às exigências da ênfase, da harmonia e espontaneidade da 
expressão. 
Questão 12: Prefeitura São Paulo-SP 2016 – Analista Fiscal (banca VUNESP) 
Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, conforme a 
norma-padrão. 
a) Quando dão-se conta da situação dos refugiados, as pessoas já põem-se a 
acolhê-los sem discriminação. 
b) No Brasil, vê-se que o número de refugiados não é tão grande. Aceita-os, 
sem restrição, boa parte da população. 
c) Se veem imagens dramáticas dos refugiados na TV. Não trata-se de ficção: 
é a pura realidade. 
d) Têm visto-se turbilhões de refugiados. O mundo os vê se deslocarem em 
busca de uma vida melhor. 
e) Os refugiados buscam uma vida melhor. Discriminaria-os aqueles que 
desconhecem a solidariedade. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a conjunção subordinativa 
“Quando” e o advérbio “já” forçam a próclise. Veja a correção: 
Quando se dão conta da situação dos refugiados, as pessoas já se põem a 
acolhê-los sem discriminação. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o pronome oblíquo átono não deve se 
posicionar imediatamente após a vírgula. Também não pode iniciar frase. 
Dessa forma, ocorre ênclise. 
 A alternativa (C) está errada, pois não se pode iniciar frase com 
pronome pessoal oblíquo átono. Além disso, a palavra atrativa “Não” atrai o 
pronome átono. Veja a correção: 
Veem-se imagens dramáticas dos refugiados na TV. Não se trata de ficção: é 
a pura realidade. 
 A alternativa (D) está errada, pois o pronome átono não pode se 
posicionar após particípio. Veja a correção: 
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal 
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Têm-se visto turbilhões de refugiados. O mundo os vê se deslocarem em 
busca de uma vida melhor. 
ou 
Têm se visto turbilhões de refugiados. O mundo os vê se deslocarem em 
busca de uma vida melhor. 
 A alternativa (E) está errada, pois o futuro do pretérito do indicativo não 
admite a ênclise. Veja a correção: 
Discriminá-los-ia aqueles que desconhecem a solidariedade. 
Gabarito: B 
 
Questão 13: UNIFESP 2016 Técnico (banca VUNESP) 
________ uma aluna da Sorbonne que a recebesse para uma conversa que 
pudesse explicar o Brasil com apenas um título que _____ de roteiro para o 
trabalho que deveria apresentar. Já me pediram coisas extravagantes, 
recusei algumas, aceitei outras. Mas não _________. 
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser 
preenchidas, respectivamente, com: 
a) Pediu-me … serviria-lhe … lhe quis decepcionar 
b) Me pediu … servir-lhe-ia … quis decepcioná-la 
c) Pediu-me … lhe serviria … a quis decepcionar 
d) Me pediu … o serviria … quis decepcionar-lhe 
e) Pediu-me … serviria-o … quis decepcioná-la 
Comentário: Na primeira lacuna, como o pronome pessoal oblíquo átono não 
pode iniciar frase, devemos eliminar as alternativas (B) e (D). 
 Na segunda lacuna, o pronome relativo “que” é palavra atrativa e força 
a próclise. Assim, devemos eliminar também as alternativas (A) e (E). Dessa 
forma, sabemos que a alternativa (C) é a correta. 
 Veja que na terceira lacuna ocorre a locução verbal “quis decepcionar”. 
Com a palavra atrativa “não”, houve a próclise. Veja a correção: 
Pediu-me uma aluna da Sorbonne que a recebesse para uma conversa que 
pudesse explicar o Brasil com apenas um título que lhe serviria de roteiro 
para o trabalho que deveria apresentar. Já me pediram coisas 
extravagantes, recusei algumas, aceitei outras. Mas não a quis decepcionar. 
Gabarito: C 
 
Questão 14: IPSMI 2016 Procurador (banca VUNESP) 
Assinale a alternativa em que a colocação pronominal e a conjugação dos 
verbos estão de acordo com a norma-padrão. 
a) Eles se disporão a colaborar comigo, se verem que não prejudicarei-os nos 
negócios. 
b) Propusemo-nos ajudá-lo, desde que se mantivesse calado. 
c) Tendo avisado-as do perigo que corriam, esperava que elas se contessem 
ao dirigir na estrada. 
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d) Todos ali se predisporam a ajudar-nos, para que nos sentíssemos à 
vontade. 
e) Os que nunca enganaram-se são poucos, mas gostam de que se alardeiem 
seus méritos. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o advérbio “não” é palavra 
atrativa e deve haver próclise. A flexão correta é “virem”. Veja a correção: 
Eles se disporão a colaborar comigo, se virem que não os prejudicarei nos 
negócios. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o pronome átono não deve iniciar 
frase. Além disso, a locução conjuntiva “desde que” é atrativa, por isso há 
próclise. 
Propusemo-nos ajudá-lo, desde que se mantivesse calado. 
 A alternativa (C) está errada, pois não cabe pronome átono após 
particípio, e a flexão verbal correta é contivessem. Veja a correção: 
Tendo-as avisado do perigo que corriam, esperava que elas se contivessem 
ao dirigir na estrada. 
 A alternativa (D) está errada, pois a flexão verbal correta é 
“predispuseram”. Veja a correção: 
Todos ali se predispuseram a ajudar-nos, para que nos sentíssemos à 
vontade. 
 A alternativa (E) está errada, pois a palavra negativa “nunca” é atrativa 
e força a próclise. Veja a correção: 
Os que nunca se enganaram são poucos, mas gostam de que se alardeiem 
seus méritos. 
Gabarito: B 
 
Questão 15: MPE SP 2016 Oficial de Promotoria (banca VUNESP) 
Leia os quadrinhos. 
 
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Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas na fala da personagem 
devem ser preenchidas, respectivamente, com: 
a) Me morda ... mim 
b) Morda-me ... eu 
c) Me morde ... mim 
d) Morde eu ... eu 
e) Morda-me ... mim 
Comentário: Como sabemos que não podemos iniciar frase com pronomes 
oblíquos átonos, eliminamos as alternativas (A), (C). 
 Além disso, o verbo “morder” é transitivo direto e a lacuna em branco 
ocupa a função de objeto direto. Assim, não cabe o pronome pessoal do caso 
reto “eu”, mas o oblíquo átono “me”. Assim, eliminamos também a alternativa 
(D). 
 O verbo “deixar” tem como sujeito o pronome pessoal do caso reto “eu”. 
 Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
 
Questão 16: MPE-SP 2016 Analista (banca VUNESP) 
O contexto em que, segundo a norma-padrão, o pronome “se” pode ser 
colocado antesou depois do verbo, é: 
a) ... como todas as repúblicas que se prezam... 
b) Chamava-se o deputado Felixhimino ben Karpatoso. 
c) ... de cinquenta em cinquenta anos descobria-se nele um produto... 
d) ... não se sabia bem... 
e) ... embora nada se conhecesse dele. 
Comentário: Na alternativa (A), a palavra atrativa “que” força a próclise. 
 Na alternativa (B), cabe apenas a ênclise, haja vista que o pronome 
oblíquo átono não pode iniciar frase. 
 Na alternativa (C), não há palavra atrativa. Assim, o pronome átono 
pode se posicionar tanto antes quanto depois do verbo. Veja: 
 ... de cinquenta em cinquenta anos descobria-se nele um produto... 
... de cinquenta em cinquenta anos se descobria nele um produto... 
 Na alternativa (D), a palavra atrativa “não” força a próclise. 
 Na alternativa (E), a palavra atrativa “embora” força a próclise. 
Gabarito: C 
 
Questão 17: Prefeitura de Alumínio-SP 2016 Procurador (banca VUNESP) 
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto a 
seguir. 
No caminho de Swann é o primeiro da série de sete romances que compõem a 
obra Em busca do tempo pedido, de Marcel Proust. Teve em Mario Quintana 
um leitor arguto, que ___________ para o português e preservou o alto teor 
lírico do texto original, certamente ____________ sua sensibilidade criativa. 
a) o traduziu ... lhe emprestando 
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b) traduziu-o ... emprestando-lhe 
c) lhe traduziu ... o emprestando 
d) o traduziu ... emprestando-o 
e) traduziu-lhe ... emprestando-lhe 
Comentário: O verbo “traduziu” é transitivo direto e indireto, o termo “para o 
português” é o objeto indireto e o pronome é o objeto direto. Assim, não cabe 
o pronome “lhe”, concorda? Por isso eliminamos as alternativas (C) e (E). 
 Além disso, quanto à colocação pronominal, notamos que a palavra 
“que” é atrativa força a próclise e devemos eliminar também a alternativa (B). 
 O verbo “emprestando” é transitivo direto e indireto, o termo “sua 
sensibilidade criativa” é o objeto direto, restando ao pronome o papel de 
objeto indireto. Assim, não cabe o pronome “o”, mas “lhe”. 
 Portanto, podemos eliminar também a alternativa (D), restando a (A) 
como a correta. Confirme: 
Teve em Mario Quintana um leitor arguto, que o traduziu para o português e 
preservou o alto teor lírico do texto original, certamente lhe emprestando sua 
sensibilidade criativa. 
Gabarito: A 
 
Questão 18: Prefeitura de Sertãozinho-SP 2016 Procurador (banca VUNESP) 
Leia as frases. 
• No início do jantar, os casais geralmente discutem temas como o nome 
para os bebês. 
• As mulheres consideradas naturebas preferem uma parteira experiente 
para realizar o parto. 
• O cronista imagina como é confortável estar na barriga da mãe e não ter a 
obrigação de cortar as unhas. 
Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma-padrão da língua 
portuguesa, os pronomes substituem corretamente as expressões destacadas 
e estão colocados adequadamente nas frases. 
a) os discutem – realizar-lhe – tê-la 
b) os discutem – realizá-lo – a ter 
c) lhes discutem – realizá-lo – a ter 
d) discutem-nos – realizar-lhe – tê-la 
e) discutem-nos – realizá-lo – a ter 
Comentário: A questão nos cobra o emprego dos pronomes, bem como sua 
colocação. 
 Na primeira frase, o verbo “discutem” é transitivo direto e o termo em 
negrito é o objeto direto. Assim, podemos trocá-lo por “os”. Por isso devemos 
eliminar a alternativa (C). 
 Além disso, o advérbio “geralmente” é palavra atrativa e força que o 
pronome “os” se posicione antes do verbo. Por isso devemos eliminar também 
as alternativas (D) e (E). 
 Na segunda frase, o verbo “realizar” é transitivo direto e o termo “o 
parto” é o objeto direto, não cabendo o pronome “lhe”. Assim, eliminamos 
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também a alternativa (A), por isso a (B) é a correta. 
 Para confirmar, na última frase, o verbo “ter” é transitivo direto e o 
termo em negrito é o objeto direto. Como o advérbio “não” é palavra atrativa, 
o pronome “a” deve se posicionar antes do verbo. 
Gabarito: B 
 
Questão 19: Câmara Municipal de Poá-SP 2016 Procurador (banca VUNESP) 
Assinale a alternativa correta quanto ao emprego e à colocação do pronome 
pessoal. 
a) Não se definem o ambiente do trabalho e o da casa; o profissional fica à 
mercê da empresa, que pode convocá-lo a qualquer momento e atribuir-
lhe atividades. Essa é a tragédia que nos acomete. 
b) Não definem-se o ambiente do trabalho e o da casa; o profissional fica à 
mercê da empresa, que pode convocar-lhe a qualquer momento e atribuir-
lhe atividades. Essa é a tragédia que nos acomete. 
c) Não se definem o ambiente do trabalho e o da casa; o profissional fica à 
mercê da empresa, que pode convocá-lo a qualquer momento e a ele 
atribuir atividades. Essa é a tragédia que acomete-nos. 
d) Não se definem o ambiente do trabalho e o da casa; o profissional fica à 
mercê da empresa, que o pode convocar a qualquer momento e atribuir-lo 
atividades. Essa é a tragédia que acomete-nos. 
e) Não definem-se o ambiente do trabalho e o da casa; o profissional fica à 
mercê da empresa, que pode convocar-lhe a qualquer momento e o 
atribuir atividades. Essa é a tragédia que nos acomete. 
Comentário: A alternativa (A) é a correta. 
 Ao comentarmos o emprego e a colocação dos pronomes dessa 
alternativa, conseguimos perceber os erros das demais. 
 O advérbio “não” é palavra atrativa e força a próclise. Numa locução 
verbal, mesmo com a palavra atrativa, admite-se a ênclise no verbo principal 
“convocar”. O verbo “atribuir” é transitivo direto e indireto, o termo 
“atividades” é o objeto direto e “lhes” é o objeto indireto. Além disso, o 
pronome relativo “que” é palavra atrativa e força a próclise. Confirme: 
Não se definem o ambiente do trabalho e o da casa; o profissional fica à 
mercê da empresa, que pode convocá-lo a qualquer momento e atribuir-lhe 
atividades. Essa é a tragédia que nos acomete . 
Gabarito: A 
 
Questão 20: Prefeitura de Rosana - SP 2016 Procurador (banca VUNESP) 
Considere os trechos destacados na frase a seguir. 
Na delegacia, vagarosamente percorreu as dependências, cumprimentou 
todos da equipe, decidiu conferir as armas e as viaturas e sentou-se à 
mesa, onde aguardou o seu primeiro caso. 
Assinale a alternativa em que os pronomes estão adequadamente colocados 
na frase e substituem, correta, respectivamente e de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa, as expressões destacadas. 
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a) Na delegacia, vagarosamente as percorreu, cumprimentou-os, decidiu 
conferi-las e sentou-se à mesa, onde o aguardou. 
b) Na delegacia, vagarosamente as percorreu, cumprimentou-os, decidiu 
conferir-lhes e sentou-se à mesa, onde aguardou-o. 
c) Na delegacia, vagarosamente as percorreu, cumprimentou-lhes, decidiu 
conferi-las e sentou-se à mesa, onde aguardou-o. 
d) Na delegacia, vagarosamente percorreu-as, cumprimentou-lhes, decidiu 
conferi-las e sentou-se à mesa, onde o aguardou. 
e) Na delegacia, vagarosamente percorreu-as, cumprimentou-os, decidiu 
conferir-lhes e sentou-se à mesa, onde aguardou-o. 
Comentário: A questão cobra, além da colocação, o correto emprego dos 
pronomes. O verbo “percorreu” é transitivo direto e “as dependências” é o 
objeto direto, o qual pode ser substituído por “as”. Como o advérbio 
“vagarosamente” é palavra atrativa, deve haver próclise. Assim, eliminamos 
as alternativas (D) e (E).O verbo “cumprimentou” é transitivo direto e o termo “todos da equipe” 
é o objeto direto, o qual pode ser substituído por “os”. Assim, devemos 
eliminar também a alternativa (C). 
 O verbo “conferir” é transitivo direto e o termo “as armas e as viaturas” 
é o objeto direto composto, o qual pode ser substituído por “as”. Assim, 
devemos eliminar também a alternativa (B), e a alternativa (A) é a correta. 
 Para finalizar, devemos perceber que o pronome relativo “onde” atrai o 
pronome “o”. 
Gabarito: A 
 
Questão 21: Prefeitura de Rosana - SP 2016 Procurador (banca VUNESP) 
eia o trecho: 
Em um novo experimento, os cientistas demonstraram que o simples fato de 
um indivíduo observar a desigualdade existente no grupo induz a 
comportamentos que aumentam a desigualdade. 
Assinale a alternativa que reescreve, corretamente, a expressão destacada de 
acordo com a norma-padrão de emprego e de colocação pronominal. 
a) Em um novo experimento, os cientistas demonstraram que o simples fato 
de um indivíduo observar a desigualdade existente no grupo induz 
comportamentos que aumentam-na. 
b) Em um novo experimento, os cientistas demonstraram que o simples fato 
de um indivíduo observar a desigualdade existente no grupo induz 
comportamentos que aumentam-lhe. 
c) Em um novo experimento, os cientistas demonstraram que o simples fato 
de um indivíduo observar a desigualdade existente no grupo induz 
comportamentos que lhe aumentam. 
d) Em um novo experimento, os cientistas demonstraram que o simples fato 
de um indivíduo observar a desigualdade existente no grupo induz 
comportamentos que a aumentam. 
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e) Em um novo experimento, os cientistas demonstraram que o simples fato 
de um indivíduo observar a desigualdade existente no grupo induz 
comportamentos que aumentam-la. 
Comentário: O verbo “aumentam” é transitivo direto e o termo “a 
desigualdade” é o objeto direto, o qual pode ser substituído por “a”. Dessa 
forma, eliminamos as alternativas (B) e (C). 
 Como a palavra “que” é atrativa, deve haver próclise. Assim, eliminamos 
as alternativas (A) e (E), restando a (D) como a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 22: ALERJ – 2011 – Digitador (banca CEPERJ) 
A colocação pronominal está incorreta no segmento: 
A) “Em se tratando da língua padrão, a construção é inadequada.” 
(Folha de S.Paulo, 30/06/2011) 
B) “Cid Sampaio foi um político da extinta União Democrática Nacional (UDN). 
Se elegeu deputado federal e, mais tarde, como suplente, assumiu uma 
vaga no Senado” (O Globo, 18/07/2011) 
C) “Por isso é que se trata de um atentado à memória nacional essa história 
de ‘sigilo eterno’” (O Globo, 20/06/2011) 
D) “Chega a beirar a decadência a forma e a intensidade com que se pergunta 
de tudo a ele...” (Folha de S.Paulo, 07/09/2011) 
E) “O teste foi repetido com o mesmo sucesso quando se colocaram 
obstáculos de madeira...” (O Globo, 29/03/2011) 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a expressão “Em + 
gerúndio” (Em se tratando) força a próclise. 
 A alternativa (B) apresenta erro de colocação pronominal, pois não se 
pode iniciar enunciado com pronome oblíquo átono. O correto seria: “Elegeu–
se deputado federal...” 
 A alternativa (C) está correta, pois a palavra atrativa “que” força a 
próclise (“que se tratava”). 
 A alternativa (D) está correta, pois a palavra atrativa “que” força a 
próclise (“que se pergunta”). 
 A alternativa (E) está correta, pois a palavra atrativa é a conjunção 
subordinativa adverbial “quando”, a qual força a próclise (“que se pergunta”). 
Gabarito: B 
 
Questão 23: ALERJ – 2011 – Taquígrafo (banca CEPERJ) 
“...e ele era logo massacrado por um aparte.” - o pronome átono está 
corretamente empregado na frase: 
A) E um aparte logo massacraria-o. B) E um aparte logo lhe massacrava. 
C) E um aparte logo o massacraria. D) E um aparte logo massacrava-lhe. 
E) E um aparte logo massacrá-lo-á. 
Comentário: Primeiro, devemos observar que a oração “ele era logo 
massacrado por um aparte” encontra-se na voz passiva analítica. O termo 
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“ele” é o sujeito paciente, “era massacrado” é a locução verbal e “por um 
aparte” é o agente da passiva. 
 As alternativas transpuseram esta oração para a voz ativa. Assim, 
ficaria: E um aparte logo massacrava (ele). 
 O problema desta construção é que o pronome pessoal “ele” é oblíquo 
tônico, isto é, necessita de preposição. Mas este vocábulo desempenha o 
papel de objeto direto. Assim, não se admite o uso do pronome “ele”, nem do 
pronome “lhe”. Esse último só pode ser usado para objeto indireto, 
complemento nominal ou valor de posse. Assim, eliminamos as alternativas 
(B) e (D). 
 Além disso, perceba que o advérbio “logo” é palavra atrativa, forçando a 
próclise. Por isso, a alternativa correta é a (C). 
 É natural você ter ficado na dúvida quanto à mudança da flexão do 
verbo, pois ele se encontrava na forma original “era massacrado” no tempo 
pretérito imperfeito do indicativo; mas, na alternativa (C), o verbo 
“massacraria” encontra-se no futuro do pretérito do indicativo. 
 Como a questão pediu apenas o emprego do pronome átono, a única 
reposta correta é a alternativa (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 24: ALERJ – 2011 – Taquígrafo (banca CEPERJ) 
A colocação do pronome está correta no segmento: 
A) “Abandonada pelo noivo, a linda Li, estudante universitária de 22 anos, 
não resistiu à notícia de que ele se casara (com outra mulher, enfatize-se) 
em tempos tão liberais dias antes...” (Veja, 25/05/2011) 
B) “Confusões amorosas à vista: ela refaz seu cabelo e sua maquiagem, a 
deixando irreconhecível.” (O Globo, 06/05/2011) 
C) “Aldo confessa ter ajudado a acobertar o investigado: no Twitter, Marina 
tinha, sim, queixado-se da existência de inúmeras...” (O Globo, 13/05/2011) 
D) “A AIDS já circularia há mais de 100 anos: uma síndrome que, se estima, 
já teria matado 25 milhões de pessoas.” (O Globo, 09/06/2011) 
E) “Apareceu uma placa onde lia-se a inscrição ‘Presidente da República.’” 
(O Globo, 11/08/2011) 
Comentário: A alternativa (A) é a correta. O pronome “se” está corretamente 
posicionado antes do verbo “casara”. Além disso, a vírgula antes do verbo 
“enfatize” obriga o pronome a posicionar-se após esse verbo. 
 A alternativa (B) está errada, pois a vírgula após o substantivo 
“maquiagem” impede que haja próclise em relação ao verbo “deixando”. 
Assim, o pronome deve se posicionar após o verbo: “deixando-a 
irreconhecível”. 
 A alternativa (C) está errada, pois não pode haver ênclise com verbo no 
particípio. O correto é “Marina tinha se queixado, sim, da existência de 
inúmeras...” 
 A alternativa (D) está errada. Como a expressão “se estima” encontra-
se separada por vírgula, não se admite o pronome átono iniciando-a. O 
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correto é “estima-se”. 
 A alternativa (E) está errada, pois o pronome relativo “onde” é uma 
palavra atrativa e força a próclise: “onde se lia a inscrição...” 
Gabarito: A 
 
Questão 25: Pref São Gonçalo – 2011 – Professor (banca CEPERJ) 
O SANDUÍCHE ESPECIAL 
 O dono do bar, para atrair mais freguesia, anunciou que fazia sanduíches 
de qualquer tipo de carne. O chato foi lá e pediu: 
 – Me dá um sanduíche de elefante... 
 O copeiro coçou a cabeça, rodou pra lá, rodou pra cá, disfarçou, acabou 
indo falar com o patrão, que foi explicarao freguês: 
 – Sinto muito, cavalheiro, mas acabou o pãozinho... 
(Siqueira & Bertolin - A construção da linguagem, Vol. I) 
Contraria a norma culta o trecho: 
A) “Me dá um sanduíche de elefante...” (l. 3) 
B) “...anunciou que fazia sanduíches...” (l. 1) 
C) “O dono do bar, para atrair mais freguesia...” (l. 1) 
D) “O copeiro coçou a cabeça...” (l. 4) 
E) “...que foi explicar ao freguês:” (l. 5) 
Comentário: Você percebeu que não podemos iniciar frase com pronome 
oblíquo átono? Assim, a alternativa (A) é a errada. 
 Devemos corrigir para “Dá-me um sanduíche de elefante...” 
 As demais alternativas não apresentam nenhum vício de linguagem. 
Gabarito: A 
 
Questão 26: Pref N. Sra. Socorro – 2011 – Contador (banca AOCP) 
Leia os fragmentos abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta 
apenas a(s) colocação(ões) pronominal(is) correta(s). 
I. “...qual o sentido de as recompensar...?” 
II. “...mas não obriga-nos a tomá-las...” 
III. “...isso deve-se ao nosso conhecimento limitado dos fatos’”. 
Está(ão) correta(s) 
(A) apenas I. (B) apenas II. (C) apenas III. 
(D) apenas I e II. (E) apenas II e III. 
Comentário: A colocação pronominal da frase I está correta, pois o verbo no 
infinitivo admite a próclise por eufonia. Assim, eliminamos as alternativas (B), 
(C) e (E). 
 A colocação pronominal da frase II está errada, pois o advérbio “não” é 
palavra atrativa e força a próclise: “mas não nos obriga a tomá-las”. Assim, 
eliminamos a alternativa (D) e já sabemos que alternativa correta é a (A). 
 A colocação pronominal da frase III está errada, pois o pronome 
demonstrativo “isso” é palavra atrativa e força a próclise: “...isso se deve ao 
nosso conhecimento limitado dos fatos’”. 
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Gabarito: A 
 
Questão 27: Pref N. Sra. Socorro – 2011 – Assistente Adm (banca AOCP) 
Os fragmentos abaixo foram extraídos do texto e alterados. Assinale a única 
alternativa em que a expressão entre parênteses substitui corretamente a 
expressão destacada no fragmento. 
(A) “...novas armas da ciência para nos manter com aparência jovem para 
sempre...” (para mantermos-nos) 
(B) “...capaz de proporcionar a jovialidade eterna para quem em suas águas 
se banhasse.” (banhasse-se) 
(C) “E parecem estar mais próximos de, no mínimo, postergá-la.” (a 
postergar) 
(D) “Assim, mesmo que evitemos o ataque cardíaco, outros problemas vão 
nos pegar’” (vão pegar-nos) 
(E) “...seria a melhor e talvez única forma de nos afastarmos dos males...” 
(de afastarmos-nos) 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois, com a inserção enclítica do 
pronome “nos”, automaticamente o verbo em primeira pessoa do plural 
“mantermos” deve perder o “s” (para mantermo-nos). 
 Vale lembrar que o infinitivo antecedido da preposição “para” admite 
tanto a próclise quanto a ênclise. 
 Na alternativa (B), por motivos de eufonia, o pronome “se” deve ficar 
posicionado antes do verbo. Note que soa estranho esse pronome após “sse”. 
Isso é chamado de cacofonia (encontro ou repetição de sons que desagradam 
ao ouvido). 
 Na alternativa (C), note que a antecipação do pronome “a” faria com que 
este pronome ficasse imediatamente após uma pausa, o que leva a uma 
incorreção gramatical. 
 Na alternativa (D), a colocação pronominal está correta, pois pode ele 
ficar posicionado antes do verbo auxiliar, após o verbo auxiliar (com ou sem 
hífen) e após o verbo principal. Veja: 
outros problemas nos vão pegar 
outros problemas vão-nos pegar 
outros problemas vão nos pegar 
outros problemas vão pegar-nos 
 A alternativa (E) está errada, pois, com a inserção enclítica do pronome 
“nos”, automaticamente o verbo em primeira pessoa do plural “afastarmos” 
deve perder o “s” (para afastarmo-nos). 
 Vale lembrar que o infinitivo antecedido da preposição “para” admite 
tanto a próclise quanto a ênclise. 
Gabarito: D 
 
Questão 28: Petrobras / 2010 / Técnico (banca Cesgranrio) 
A frase que NÃO admite o uso do pronome destacado em posição proclítica é: 
(A) Ninguém me ofereceu ajuda quando mais precisei. 
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(B) Quero que lhe entregue o resultado em breve. 
(C) Talvez a convide para passar o feriado em Búzios. 
(D) Eu não te darei uma resposta enquanto não tiver certeza. 
(E) Depois, se encarregue de avisar aos participantes que não haverá sorteio. 
Comentário: A construção proclítica é o posicionamento do pronome oblíquo 
átono antes do verbo. Ela não vai ocorrer quando se inicia enunciado, isto é, 
em início de frase ou após uma vírgula. 
 Veja que a incorreta é a (E). O pronome “se” deve ser posicionado após 
o verbo: “Depois, encarregue-se”. As demais alternativas possuem palavras 
atrativas e terão próclise obrigatória. 
Gabarito: E 
 
Questão 29: SUAPE / 2011 / Superior (banca Cesgranrio) 
“Mas não me deixe sentar” 
Considerando a passagem transcrita acima, analise as afirmações a seguir. 
A colocação do pronome destacado no verso transcrito está adequada à norma 
padrão da Língua Portuguesa. 
PORQUE 
A palavra “não”, advérbio de negação, exige que o pronome oblíquo esteja em 
posição proclítica. 
A esse respeito, conclui-se que 
(A) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. 
(B) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. 
(C) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa. 
(D) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira. 
(E) as duas afirmações são falsas. 
Comentário: Realmente a colocação está adequada e o motivo também está 
correto, pois o advérbio “não” é palavra atrativa que obriga a próclise. 
Gabarito: A 
 
Questão 30: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) 
A colocação do pronome átono destacado está INCORRETA em: 
(A) Quando se tem dúvida, é necessário refletir mais a respeito. 
(B) Tudo se disse e nada ficou acordado. 
(C) Disse que, por vezes, temos equivocado-nos nesse assunto. 
(D) Alguém nos informará o valor do prêmio. 
(E) Não devemos preocupar-nos tanto com ela. 
Comentário: Quando há palavra atrativa (“Quando”, “Tudo”, “Alguém”), 
deverá haver próclise, por isso as alternativas (A), (B) e (D) estão corretas. 
 O particípio nunca admite ênclise (pronome átono após o verbo), por 
isso é a alternativa (C) a incorreta. 
 Numa locução verbal, mesmo com palavra atrativa (“Não”), pode haver 
ênclise do verbo principal. Assim, a alternativa (E) está correta. 
Gabarito: C 
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Questão 31: Petrobras / 2010 / Técnico (banca Cesgranrio) 
Leia as frases abaixo. 
I – Convém que entregue o relatório o mais rápido possível. (me) 
II – Amanhã, anunciarei as novas rotinas do setor. (lhes) 
III – Sentindo ofendido, retirou-se do plenário. (se) 
IV – Quem informará as suas novas designações? (lhe) 
A exigência da próclise ocorre APENAS nas frases 
(A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV. (D) II e III. (E) III e IV. 
Comentário: Para que haja próclise, deve haver palavra atrativa. Há palavra 
atrativa na frase I (“que”: que me entregue), na frase IV (“Quem”: Quem me 
informará). 
 Na frase II também ocorreu a palavra atrativa, porém houve uma 
vírgula entre ela e o verbo, por isso não pode haver próclise. Portanto, a 
alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 32: LIQUIGAS / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) 
Por se tratar de um relato pessoal, “Que saudade da minha professorinha” 
admite um uso linguístico menos preso à norma-padrão quanto à colocação 
dos pronomesoblíquos átonos. 
O trecho do texto que comprova essa afirmação é: 
(A) “A primeira presença em meu aprendizado escolar que me causou 
impacto,” 
(B) “Minha alfabetização não me foi nada enfadonha,” 
(C) “A minha alegria de viver, que me marca até hoje,” 
(D) “Eunice me pedia que colocasse numa folha de papel tantas palavras 
quantas eu conhecesse.” 
(E) “Me faz até lembrar daquela música antiga,” 
Comentário: A questão nos mostra que no texto há um desvio da colocação e 
sabemos que não podemos iniciar frase com pronome oblíquo átono, por isso, 
na alternativa (E), o ideal seria “Faz-me...” 
 Na alternativa (A), o pronome relativo “que” é palavra atrativa e exigiu 
a próclise. 
 Na alternativa (B), o advérbio “não” é palavra atrativa e exigiu a 
próclise. 
 Na alternativa (C), o pronome relativo “que” é palavra atrativa e exigiu 
a próclise. 
 Na alternativa (D), não há palavra atrativa, mas, por eufonia, admite-se 
a próclise. 
Gabarito: E 
 
 
 
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Você viu como é importante a colocação pronominal? Assunto tão 
importante quanto esse são os valores do pronome “se”: índice de 
indeterminação do sujeito e pronome apassivador. Além disso, veremos outros 
valores desse pronome os quais caem muito em prova. 
Valor do pronome oblíquo átono “se” 
Índice de indeterminação do sujeito (voz ativa): 
Vimos na aula de concordância que o pronome “se” pode ser índice de 
indeterminação do sujeito (IIS), o qual se junta a verbo transitivo indireto, 
intransitivo e de ligação, na intenção de indeterminar o agente (sujeito). 
Perceba que todas as orações em que ele aparece obrigatoriamente estão na 
voz ativa e o verbo obrigatoriamente fica na 3ª pessoa do singular. 
Trata-se de assuntos sigilosos. 
(verbo transitivo indireto + IIS + objeto indireto) 
Morre-se de fome em várias partes do mundo. 
(verbo intransitivo + IIS + adjunto adverbial de causa + adjunto adverbial de lugar) 
É-se feliz aqui. 
(verbo de ligação + IIS + predicativo + adjunto adverbial de lugar) 
 
Pronome apassivador (voz passiva sintética): 
Também vimos na mesma aula que o pronome “se” pode ser pronome 
apassivador (PAp), o qual se junta a verbo transitivo direto ou a verbo 
transitivo direto e indireto, na intenção de indeterminar o agente (agente da 
passiva). Perceba que todas as orações em que ele aparece obrigatoriamente 
estão na voz passiva sintética e o verbo concorda com o sujeito paciente: 
 
Consertam-se carrocerias. Carrocerias são consertadas. 
 VTD + PAp + sujeito paciente sujeito paciente locução verbal 
voz passiva sintética voz passiva analítica 
 
 
Pronome reflexivo (voz reflexiva): 
Diz-se que um pronome é reflexivo quando este “reflete” a ação ao 
mesmo elemento. Isto é, o sujeito age e o objeto direto sofre a ação, porém a 
mesma pessoa (ou coisa) será também o objeto direto. Veja: 
 Ana olhou-se no espelho. (Ana olhou alguém e esse alguém é ela mesma) 
 Porém, podemos ter dúvida se esse pronome é reflexivo ou apassivador. 
Por isso, vamos a suas diferenças: 
Feriu-se o atleta durante a partida. 
Há ambiguidade gerada a partir do se, pois não se sabe se o atleta agiu 
ou sofreu a ação. Por isso há necessidade de um contexto, e é isso que tem 
caído em prova. 
 
Supondo-se que o atleta agiu contra ele mesmo (caiu sozinho, por 
exemplo), o pronome se será entendido como pronome reflexivo: 
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==c265==
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Feriu-se o atleta durante a partida. 
VTD + P Refl 
 (OD) 
sujeito 
agente 
adjunto adverbial de tempo 
A ambiguidade é desfeita, substituindo o pronome átono “se” pela 
expressão tônica “a si mesmo”, da seguinte maneira: 
O atleta feriu a si mesmo durante a partida. 
sujeito agente VTD + P Refl (OD prep) adjunto adverbial de tempo 
Supondo-se que o atleta sofreu a ação de alguém (agente da passiva) 
que não foi identificado, o pronome se será entendido como pronome 
apassivador: 
Feriu-se o atleta durante a partida. (* O agente da passiva 
está indeterminado) 
VTD + P Ap sujeito 
paciente 
adjunto adverbial de tempo 
A ambiguidade é desfeita da seguinte maneira: 
O atleta foi ferido durante a partida. (* O agente da passiva 
continua indeterminado) sujeito 
paciente 
locução verbal adjunto adverbial de tempo 
 
Pronome reflexivo recíproco (voz reflexiva recíproca): 
Esse pronome transmite uma reação dos objetos direto ou indireto à 
ação do sujeito, por isso é chamado de pronome reflexivo recíproco (P Rec) e 
compõe a voz recíproca, que é apenas uma variação da reflexiva, com o 
detalhe de que se necessita de no mínimo dois indivíduos para se efetivar a 
reciprocidade. Uma forma prática de visualizar o pronome reflexivo recíproco é 
subentender os advérbios de modo “reciprocamente”, “mutuamente”: 
 
 
Os deputados cumprimentaram-se após a sessão plenária. 
sujeito VTD + P Rec (OD) adjunto adverbial de tempo 
voz reflexiva recíproca 
Com base no que foi visto anteriormente sobre o pronome apassivador, 
reflexivo recíproco e o puramente reflexivo, entendamos a diferença entre 
eles, dependendo do contexto. Usamos para isso o sujeito iniciado com a 
expressão “mais de um”: 
Feriu-se mais de um atleta durante a partida. 
VTD + P Refl sujeito agente adjunto adverbial de 
tempo 
 
Mais de um atleta feriu a si mesmo durante a partida. 
sujeito agente VTD + P Refl adjunto adverbial de tempo 
 
 
Feriu-se mais de um atleta durante a partida. 
VTD + P Ap sujeito paciente adjunto adverbial de 
tempo 
 
Mais de um atleta foi ferido durante a partida. 
sujeito paciente locução 
verbal 
adjunto adverbial de 
tempo 
 
 
Pronome reflexivo: cada atleta 
a seu tempo se machucou 
durante a partida; portanto, 
verbo no singular. 
Pronome apassivador: cada 
atleta a seu tempo foi machucado 
por um agente (agente da passiva) 
que não foi identificado, isto é, 
está indeterminado. Verbo 
concorda no singular. 
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Feriram-se mais de um atleta durante a partida. 
VTD + P Rec sujeito agente adjunto adverbial de 
tempo 
 
Mais de um atleta feriram-se mutuamente durante a partida. 
sujeito agente VTD + P Rec + adj adv 
 modo 
adjunto adverbial de 
tempo 
 
Questão 33: MAPA 2014 Agente Inspeção Sanitária (banca Consulplan) 
Com base no período “Não se encontram nos dicionários todas as palavras 
usadas numa língua.”, analise as afirmativas. 
I. A forma “se” tem a mesma função que possui no título do texto “E se o 
Brasil ainda fosse uma monarquia?”. 
II. O trecho “todas as palavras usadas numa língua” atua sintaticamente 
como sujeito do verbo “encontrar”. 
III. A expressão “nos dicionários” atua como adjunto adverbial. 
IV. “numa língua” também funciona como adjunto adverbial. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
A) I e II. B) I e IV. C) II e III. D) III e IV. 
Comentário: A frase I está errada, pois, na oração “Não se encontram nos 
dicionários todas as palavras usadas numa língua.”, o verbo “encontram” é 
transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e o termo “todas as palavras 
usadas numa língua” é o sujeito paciente. Lembre-se de que, sempre que 
achamos um possível pronome apassivador, devemos transformar a voz 
passiva sintética em voz passiva analítica: Todas as palavras usadas numa 
língua não são encontradas nos dicionários. Já o vocábulo “se”, na frase “E se 
o Brasil ainda fosse uma monarquia?”, é umaconjunção condicional. Assim, 
há dois valores distintos nas duas ocorrências do vocábulo “se”. 
 A frase II está correta, pois, como afirmado acima, a expressão “todas 
as palavras usadas numa língua” exerce a função de sujeito paciente. 
 A frase III está correta, pois “no dicionário” é expressão que transmite o 
lugar onde não se encontram todas as palavras usadas numa língua.”. Assim, 
“no dicionário” é o adjunto adverbial de lugar. 
 A frase IV está errada, pois “numa língua” não é expressão que 
transmitiria o lugar onde todas as palavras seriam usadas. Também não cabe 
nenhuma outra circunstância adverbial. Assim, “numa língua” é apenas o 
complemento nominal do adjetivo “usadas”. 
 Assim, a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 34: CBTU 2014 Administrador (banca Consulplan) 
“Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se escreve coisas 
inúteis, se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente) para obter um 
efeito ou um escândalo; se se conforma sem convicção a opiniões nas quais 
não acredita.” A respeito das várias ocorrências do termo destacado “se”, é 
correto afirmar que 
Pronome recíproco: os 
atletas se chocaram. Um 
contra o outro. Esta é a 
exceção à regra da 
concordância com o 
sujeito “mais de um”. 
Verbo no plural. 
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A) em todas as ocorrências a função do termo “se” é a mesma. 
B) entre as quatro ocorrências podem ser identificadas apenas duas funções 
distintas do “se”. 
C) a primeira ocorrência pode ser substituída por “já que”, sem que haja 
alteração quanto ao sentido. 
D) as duas últimas ocorrências representam ênfase quanto à condição para 
que haja nocividade no trabalho do escritor. 
Comentário: As três primeiras ocorrências do vocábulo “se” são conjunções 
condicionais. Para confirmar, podemos, fazendo alguns ajustes nos verbos, 
trocar a conjunção “se” pela conjunção “caso”, também condicional: 
“É nocivo caso escreva coisas inúteis, caso deforme ou falsifique (mesmo 
inconscientemente) para obter um efeito ou um escândalo; caso se conforme 
sem convicção a opiniões nas quais não acredita.” 
 Podemos notar que os verbos referem-se ao substantivo “escritor”. 
Assim, o último pronome “se” é reflexivo, pois se subentende a expressão 
“ele mesmo”: se ele conforma ele mesmo como sem convicção a opiniões nas 
quais não acredita. 
 Assim, fica fácil perceber que a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
 
Questão 35: BANESTES 2013 Assistente Securitário (banca Consulplan) 
Nas frases abaixo, as palavras sublinhadas possuem o mesmo valor 
semântico, EXCETO: 
(A) “Quando eu estiver louco, subitamente se afaste …” 
(B) “Muitos desses pacientes recorrem à ajuda psicanalítica e se medicam a 
fim de minimizar os efeitos desastrosos...” 
(C) “…são os que simplesmente se autointitulam ‘difíceis’…” 
(D) “...Se a pessoa é difícil, é porque está se levando a sério demais..” 
(E) “Hoje em dia, se alguém chegar perto de mim avisando ‘sou uma pessoa 
difícil’,...” 
Comentário: Nas alternativas (A), (B), (C) e (D), o vocábulo “se” é pronome 
reflexivo, pois entendemos a expressão “a si mesmo”, “de si mesmo”, “você 
mesmo”, “ele mesmo” etc. Veja: 
“Quando eu estiver louco, subitamente afaste você mesma de mim …” 
“Muitos desses pacientes recorrem à ajuda psicanalítica e medicam a si 
mesmos a fim de minimizar os efeitos desastrosos...” 
“…são os que simplesmente intitulam a si mesmos ‘difíceis’…” 
“...Se a pessoa é difícil, é porque está levando ela mesma a sério demais..” 
Observação: apesar de ser amplamente usada na linguagem culta, a 
expressão “se autointitulam”, da alternativa (C), é um pleonasmo, uma 
redundância, haja vista que o próprio radical “auto” já transmite a ideia 
reflexiva. 
 Assim, a alternativa (E) é a exceção, haja vista que o vocábulo “se” é 
uma conjunção condicional. 
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Gabarito: E 
 
Questão 36: Liquigás 2013 Engenheiro (banca Cesgranrio) 
A palavra se, empregada em “Que me aconteceria se eu dissesse a uma bela 
dama...”, tem a mesma classe gramatical do que se destaca em: 
(A) Não se sabe quão fundamental é dominar a norma-padrão da língua. 
(B) Se não dominamos o idioma, não conseguimos nos expressar bem. 
(C) Cria-se muita polêmica em relação ao uso da língua portuguesa. 
(D) Não se precisa de todas as regras gramaticais para usar bem o idioma. 
(E) É normal não se dominarem todas as regras da norma-padrão. 
Comentário: Na frase “Que me aconteceria se eu dissesse a uma bela 
dama...”, a palavra “se” é uma conjunção. Ela é subordinativa adverbial 
condicional. Note que podemos substituí-la por “caso”: “Que me aconteceria 
caso eu dissesse a uma bela dama...”. 
 Na alternativa (A), o vocábulo “se” é o pronome apassivador, pois o 
verbo “sabe” é transitivo direto e toda a informação posterior é o sujeito 
oracional. Para termos certeza de que o pronome “se” realmente é 
apassivador, devemos transformar a voz passiva sintética em analítica: 
Não se sabe isso. Isso não é sabido. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o vocábulo “se” também é uma 
conjunção. Aí podemos entender uma conjunção causal ou condicional. Como 
há verbo no modo indicativo, textualmente há valor causal, mas há 
gramáticos que ainda veem nesse caso o valor condicional. Assim, o valor 
exato de tal conjunção dependerá muito da intenção comunicativa do autor do 
texto. Se usamos a conjunção causal, a informação é uma constatação; se 
usamos a conjunção condicional, a informação é uma suposição. Veja: 
Como não dominamos o idioma, não conseguimos nos expressar bem. 
Caso não dominemos o idioma, não conseguiremos nos expressar bem. 
 Com a simples troca da conjunção, podemos notar, pela manutenção 
dos verbos no modo indicativo, o valor causal. 
 Na alternativa (C), o vocábulo “se” é o pronome apassivador, pois o 
verbo “Cria” é transitivo direto e o termo “muita polêmica” é o sujeito 
paciente. Para termos certeza de que o pronome “se” realmente é 
apassivador, devemos transformar a voz passiva sintética em analítica: 
Cria-se muita polêmica Muita polêmica é criada 
 Na alternativa (D), o vocábulo “se” é o índice de indeterminação do 
sujeito, pois o verbo “precisa” é transitivo indireto e o termo “de todas as 
regras gramaticais” é o objeto indireto. 
Não se precisa de todas as regras gramaticais para usar bem o idioma. 
 Na alternativa (E), o vocábulo “se” é o pronome apassivador, pois o 
verbo “dominarem” é transitivo direto e o termo “todas as regras da norma-
padrão” é o sujeito paciente. Para termos certeza de que o pronome “se” 
realmente é apassivador, devemos transformar a voz passiva sintética em 
analítica: 
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não se dominarem todas as regras não serem dominadas todas as regras 
Gabarito: B 
 
b) Pronomes pessoais oblíquos tônicos: 
Os pronomes oblíquos tônicos são precedidos de preposição e são os 
seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, 
vós, convosco, eles, elas. 
Abaixo segue a diferença entre os tipos de pronomes pessoais: 
 Eu, tu / Mim, ti 
Eu e tu exercem a função sintática de sujeito (então são pronomes 
pessoais do caso reto). Mim e ti exercem a função sintática de complemento 
verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre são 
precedidos de preposição (então são pronomes pessoais do caso oblíquo 
tônico). Confira no exemplo a seguir: 
 
 
Comprei um livro para eu ler. 
 VTD + OD

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