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Unidade 1 primeiros socorros

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Enf. Mayara R. Hann | Primeiros Socorros
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
Esta disciplina tem como principal objetivo apresentar os conceitos básicos de primeiros socorros.
1. Objetivo da disciplina
Unidade 1 – EVENTOS AGUDOS. 
TÓPICO 1 – Choque anafilático e hipertermia.
TÓPICO 2 – Irregularidade respiratória e/ou insuficiência respiratória aguda.
TÓPICO 3 – Lesões por choque elétrico.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
Unidade 2 – EVENTOS AGUDOS II
TÓPICO 1 – Atendimento pré-hospitalar e síncope.
TÓPICO 2 – Crise epilétpica. 
TÓPICO 3 – Precordialgia e infarto agudo do miocárdio . 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
Unidade 3 – PRIMEIROS ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
TÓPICO 1 – Atendimento à vítimas de parada cardiopulmonar (PCP). 
TÓPICO 2 – Ovace e primeiro atendimento a vítimas de traumas. 
TÓPICO 3 – Primeiros socorros para vítimas de queimaduras. 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
UNIDADE 1
EVENTOS AGUDOS I
TÓPICO 1 
CHOQUE ANAFILÁTICO 
Anafilaxia se refere a manifestações clínicas sistêmicas potencialmente graves, desencadeadas por reações mediadas pela imunoglobulina-E (IgE), após exposição a um determinado antígeno quando um indivíduo é previamente sensibilizado (alérgico).
As causas mais frequentes que desencadeiam alergia em humanos em suas percentagem são: alimentos (33% a 34%); veneno de insetos da ordem Hymenoptera (abelha de vespas, 14%); medicamentos (13 a 20%); exercício (associado a um aumento ou isoladamente, 7%); imunoterapia (aplicação terapêutica de alérgenos, 3%); látex e transfusão de plasma: foram responsáveis por menos de 1% dos casos; nenhuma causa identificada ou causa indefinida (19% a 37%).
TÓPICO 1 
CHOQUE ANAFILÁTICO 
A anafilaxia é um processo alérgico e, portanto, mediado por imunoglobulinas de classe E (IgE), caracterizando mecanismos de hipersensibilidade do Tipo I. Tais imunoglobulinas estariam ligadas a receptores específicos de alta afinidade, em células circulantes (basófilos) e células tipicamente teciduais (mastócitos), sendo produzidas em indivíduos a partir de um contato prévio e um antígeno (alérgeno – desencadeador da alergia).
A imunoglobulina E (IgE) são anticorpos produzidos pelo sistema imunológico.
Se você tem uma alergia, seu sistema imunológico reage exageradamente a um alérgeno, produzindo anticorpos chamados Imunoglobulina E. Esses anticorpos viajam para as células que liberam produtos químicos, causando uma reação alérgica. Essa reação geralmente causa sintomas no nariz, pulmões, garganta ou na pele.
Cada tipo de IgE possui “radar” específico para cada tipo de alérgeno. É por isso que algumas pessoas são alérgicas apenas a pelos de gato (elas só têm anticorpos IgE específicos para pelos de gato); enquanto outros têm reações alérgicas a vários alérgenos porque têm muitos mais tipos de anticorpos IgE diferentes.
Exame IgE
Mede a quantidade desse anticorpo no nosso sangue. Normalmente a IgE está presente em uma quantidade muito pequena no nosso sangue. 
Um exame com IgE total alto pode significar que a pessoa tem alguma alergia. Outras doenças também pode causar aumento desse anticorpos
O que o exame de IgE total detecta?
O médico solicita esse exame principalmente quando quer avaliar se o paciente pode ter uma doença alérgica. Embora a IgE total não diga ao que você tem alergia, ela indica que o paciente provavelmente tem alguma alergia. Em alguns casos o médico pode estar querendo avaliar outras doenças como aspergilose broncopulmonar alérgica, síndrome de hiper IgE ou alterações imunológicas
O médico alergista durante sua investigação diagnóstica costuma solicitar vários tipos de exames de alergia. IgE total e IgE específica são alguns deles. No sangue também é comum solicitar hemograma para avaliar aumento de eosinófilos (eosinofilia).
No consultório é comum realizar o prick test e teste de contato alérgico.
A aspergilose broncopulmonar alérgica é uma doença pulmonar que ocorre em pacientes com asma ou fibrose cística, desencadeada pela reação de hipersensibilidade à presença do fungo Aspergilus fumigatus nas vias aéreas.
A síndrome de Hiper-IgE é uma imunodeficiência hereditária caracterizada por furúnculos recorrentes, infecção dos pulmões e seios nasais e uma erupção cutânea grave com surgimento na infância.
Qual o tratamento para IgE alto?
Deve-se tratar a doença subjacente que levou ao seu aumento. A principal causa de aumento da imunoglobulina E costuma ser alergia. Deve-se então diagnosticar a doença alérgica, seja ela rinite, asma, conjuntivite ou dermatite atópica e tratá-la.
No entanto, mesmo com sua alergia bem controlada, geralmente a IgE não diminui, continua alta. Isso não quer dizer que o tratamento não está funcionando e você não deve se preocupar.
Provavelmente sua imunoglobulina E continuará alta por toda vida mesmo com sua alergia controlada. Não tem problema algum nisso. Nem o tratamento com imunoterapia (vacina para alergia) costuma diminuir muito a IgE, embora seja excelente para o controle das alergias.
 
IgE total X IgE específica
A IgE total indica que deve ter alguma alergia mas não diz ao que. Ela é inespecífica.
A IgE específica mostra ao que (a qual antígeno) a pessoa tem alergia. Por exemplo, uma IgE específica para gatos aumentada indica que você provavelmente é alérgico a gatos.
O médico solicita o exame de IgE específica quando quer saber exatamente ao que, a que antígeno, o paciente tem alergia. Isso é importante para orientar o paciente a evitar o contato como aquela substância e para indicar a vacina de alergia (imunoterapia)
O exame de IgE específica também é conhecido como rast. É comum o médico solicita Rast para substância X ou Y.
Rast para ácaros da poeira doméstica , rast para cão ou gato, rast para pólen, rast para leite de vaca (ou qualquer outro alimento), rast para abelha, formiga ou marimbondo, rast para penicilina ou algum outro medicamento, rast para barata.
Diferença de IgE específica e prick test (ou teste cutâneo alérgico)
Ambos os exames vão dizer ao que o paciente tem alergia.
O exame de IgE específica é feito pelo sangue e demora alguns dias para o resultado sair. Não precisa de jejum. O laudo do exame vem com um número que pode ser classificado como sem alergia até alergia alta.
A região da pele a ser testada será limpa, suavemente, com algodão embebido em álcool. Coloca-se uma gota da substância a ser testada no braço. A pele será superficialmente perfurada com uma lanceta descartável sobre as gotas que estão no braço. Você terá o resultado desse teste 15 a 20 minutos após o início e você pode sentir coceira no braço onde foi aplicado o teste. Esta coceira desaparece em 1 hora aproximadamente.
É indicado para diagnosticar alergias imediatas, também chamadas IgE mediadas. Por exemplo, você apresentou alergia imediatamente após comer uma salada de frutas e quer saber a qual fruta você é alérgico. Neste caso, podemos fazer o prick test com as frutas e ver a qual você está sensibilizado.
Primeiros socorros na anafilaxia
A abordagem é diferente conforme se trate de uma anafilaxia que ocorre em ambiente hospitalar, ou na via pública. Iremos separar as duas situações:
Anafilaxia na via pública
Perante uma situação de anafilaxia, e de modo a prestar os primeiros socorros deve fazer o seguinte:
Se o doente é portador de auto-injetor de adrenalina (canetas de adrenalina), deve imediatamente aplicar na porção lateral a meio da coxa;
Ligar para assistência médica móvel (SAMU, BOMBEIROS, etc...)
Ainda que a eficácia não esteja comprovada podem administrar-se anti-histamínicos e corticóides se estiverem disponíveis (muitas vezes, os doentes têm consigo esta medicação);
Enquanto aguardam pela assistência médica os doentes devem ser colocados em posição cómoda, deitados e com as pernas mais elevadas do que o tronco, exceto se houver vómitos ou dificuldade respiratória. Se estiver inconsciente mas com boa respiração deve ser colocado deitado de lado. As mulheres grávidasdevem ser deitadas viradas para o lado esquerdo;
Não abandone o doente que acabou de sofrer a anafilaxia até que cheguem os meios de socorro especializados, mesmo que tenha feito medicação;
Se for possível contacte um familiar.
Anafilaxia em meio hospitalar
A situação clínica deve ser rapidamente reconhecida e a atuação deve ser pronta e rápida. Enquanto se mede a tensão arterial e as saturações de oxigênio iniciar a preparação da adrenalina, que deve ser administrada por via intramuscular na porção lateral a meio da coxa o mais rápido possível. Esta pode ser repetida se não houver melhoria substancial. É importante manter monitorização das tensões arteriais, e se baixarem iniciar administração endovenosa de soro.
Se houver diminuição da saturação deve administrar-se oxigênio, e se a auscultação revelar pieira deve fazer-se um broncodilatador, como o que se utiliza nas crises de asma.
Ainda que a eficácia não esteja comprovada podem administrar-se anti-histamínicos e corticóides. Os anti-histamínicos melhoram os sintomas cutâneos e os corticóides diminuem a possibilidade de sintomas mais tardios (anafilaxia bifásica).
O doente deve ser mantido em vigilância hospitalar algumas horas para se assegurar uma resposta adequada ao tratamento e que não há recidiva dos sintomas. No momento da alta hospitalar devem fornecer-se um relatório completo ao doente (onde constem as causas possíveis, o diagnóstico, os exames realizados, os tratamentos administrados e a evolução), prescrição de auto-injetor de adrenalina e encaminhar para a Consulta de Imunoalergologia.
HIPERTERMIA MALIGNA
HIPERTERMIA MALIGNA
HIPERTERMIA MALIGNA
HIPERTERMIA MALIGNA
Hipertermia ou Hipertermia maligna, este se refere a elevação expressiva da temperatura corporal de forma desordenada, trazendo importante prejuízo ao corpo humano do ponto de vista funcional, resultando resposta hipermetabólica (alterações funcionais a nível celular)
Quanto ao tratamento da hipertermia, o resfriamento por medidas físicas e exposição do corpo (retirada de excesso de roupas) é o mais adequado. Em todos os casos, orienta-se retirar roupas de cama e cobertores e utilizar ventiladores e compressas frias nas regiões onde há grandes vasos e artérias de forma alternada, como pescoço (A. carótidas), axilar (A. axilar), inguinal
 (A. Femoral). 
Para reduzir a temperatura mais rapidamente, pode-se utilizar colchões para indução da hipotermia ou recipiente com gelo. O uso de compressas com álcool é de eficácia constatada.
TÓPICO 2
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
Introdução
A manutenção de níveis adequados de oxigênio (O2) no sangue arterial é fundamental para o bom funcionamento celular, visto que o O2 é essencial para fosforilação oxidativa e geração de energia sob a forma de ATP. Para que isto ocorra, há a necessidade do funcionamento adequado e integrado de diferentes sistemas: o neurológico, o pulmonar, o cardiovascular, o músculo-esquelético e o hematológico. 
A quebra no funcionamento desta cadeia implicará em comprometimento da oferta de O2 aos tecidos, com prejuízo no funcionamento dos mesmos, e caracteriza a insuficiência respiratória.
Este mesmo sistema envolvido na manutenção da oxigenação, participa na manutenção de níveis adequados de gás carbônico (CO2) e, consequentemente, na regulação do pH sanguíneo, importante na homeostase do organismo. 
TÓPICO 2
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
Definição
A insuficiência respiratória aguda (IRpA) é definida como a incapacidade do sistema respiratório, desenvolvida agudamente, em promover adequadamente as trocas gasosas, ou seja, promover oxigenação e eliminação de gás carbônico. 
Fisiopatologia da IRpA
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
 AGUDA
A IRpA pode ocorrer por diferentes mecanismos fisiopatológicos, basicamente: hipoventilação, distúrbios de difusão, distúrbios na relação ventilação/perfusão, inalação de gás com baixa concentração de oxigênio. 
A hipoventilação é caracterizada pela renovação ineficaz do ar alveolar, por movimentação de quantidades inadequadas do ar atmosférico até os alvéolos. Como o sangue venoso continua chegando aos pulmões com baixas concentrações de O2 e elevadas concentrações de CO2 , resultado do metabolismo celular, os níveis alveolares destes gases tornam-se progressivamente mais baixos (para o O2 ) e mais altos (para o CO2 ). 
Em algum momento na evolução desta condição, que será mais rápido ou tardio em função de sua intensidade, o indivíduo apresentará hipoxemia e hipercapnia
A hipercapnia é definida como o aumento da pressão parcial de CO2 (PCO2) no sangue. Normalmente, ao realizar-se uma gasometria (o exame do sangue arterial que objetiva a mensuração dos gases sanguíneos)
Geralmente a hipercapnia ocorre em doenças pulmonares que aumentem o espaço morto ou, quando associada à hipóxia (a redução dos valores de PO2 no sangue), relacionada à hipoventilação ou deficiência circulatória. 
TÓPICO 3
LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
A passagem ou percurso da corrente pelo corpo é determinada pelas estruturas que foram lesionadas e danificadas, pelo tipo da corrente alternada (CA), pois ela não percorre em um sentido único, por isso usa-se o termo alternada.
As lesões mais graves, oriundas do choque elétrico, são aquelas que geralmente, são indolores, porque há perda da sensibilidade; podem apresentar coloração amarelo acinzentada; estão associadas à presença de necrose central.
Descargas elétricas que atingem alguma via superior (cabeça, braço por exemplo) e possui sua via de saída, os membros inferiores (pés), as vítimas podem desencadear grandes chances de estimular a presença de uma arritmia cardíaca de grande magnitude, tal como Fibrilação Ventricular (FV), considerada como um ritmo de modalidade de Parada Cardiopulmonar (PCP).
Uma lesão provocada por corrente elétrica ocorre quando uma corrente atravessa o corpo e afeta o funcionamento de um órgão interno ou queima o tecido.
Muitas vezes, o principal sintoma é uma queimadura na pele, mas nem todas as lesões sérias são visíveis.
Os médicos examinam a pessoa em busca de ritmos cardíacos anormais, fraturas, deslocamentos e lesões da medula espinhal ou outras.
Os ritmos cardíacos anormais são monitorados, as queimaduras tratadas e, se a queimadura tiver causado um dano interno extenso, são administrados líquidos por via intravenosa e outros tratamentos.
Uma lesão provocada pela eletricidade pode ser consequência do contato com maquinaria ou dispositivos elétricos com defeitos ou, ainda, por um contato inadvertido com cabos domésticos ou linhas elétricas. 
LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
Como a eletricidade afeta o corpo
A corrente elétrica que atravessa o corpo gera calor, que queima e destrói os tecidos. As queimaduras podem afetar tanto os tecidos internos como a pele. Uma descarga elétrica pode provocar um curto-circuito nos sistemas elétricos próprios do organismo e interromper a transmissão de impulsos por parte dos nervos ou fazer com que estes os transmitam de forma errada. 
A transmissão anômala de impulsos pode afetar o(s)
Músculos, causando sua contração violenta
Coração, causando uma parada cardíaca
 Cérebro, causando convulsão, perda de consciência;
A gravidade da lesão varia de pouco grave a fatal e é determinada pelos seguintes fatores:
Intensidade da corrente
Tipo de corrente
Percurso da corrente no corpo
Duração da exposição à corrente
Resistência elétrica à corrente
Percurso da corrente
O percurso da eletricidade através do corpo tende a determinar que tecidos são afetados. Como a corrente alternada inverte continuamente a direção, os termos mais comumente usados "entrada" e "saída" são inapropriados. 
A mão é o ponto de origem mais frequente de eletricidade; o segundo é a cabeça.
O ponto de aterramento mais frequente é o pé. Uma corrente que passe de um braço para o outro ou de um braço para uma perna pode atravessar o coração e é muito mais perigosa do que a corrente que passa de uma perna para a terra. Uma corrente que percorraa cabeça pode afetar o cérebro.
Resistência à corrente
A resistência é a capacidade de impedir o fluxo de eletricidade. Quase toda a resistência do corpo está concentrada na pele. Quanto mais espessa for a pele, maior será sua resistência. 
Por exemplo, a pele espessa e calejada de uma palma da mão ou de uma planta do pé é muito mais resistente à corrente elétrica do que uma zona de pele fina, como a parte interna do braço. 
A resistência da pele diminui quando está lesionada (por exemplo, puncionada ou raspada) ou quando está úmida. Se a resistência da pele for alta, a maior parte do dano será local e, muitas vezes, causará apenas queimaduras cutâneas. Se a resistência da pele for baixa, grande parte do dano afetará os órgãos internos. 
Do mesmo modo, o dano acometerá principalmente os órgãos internos se pessoas que estiverem molhadas entrarem em contato com uma corrente elétrica, por exemplo, quando um secador de cabelo cai dentro da banheira ou quando uma pessoa pisa em uma poça de água que está em contato com uma linha elétrica caída.
Sintomas de lesões provocadas pela eletricidade
Frequentemente, o sintoma principal de uma lesão provocada por eletricidade é uma queimadura na pele, apesar de nem todas as lesões provocadas por eletricidade causarem danos externos. As lesões devido à alta voltagem podem causar queimaduras extensas internas. 
Se o dano muscular for extenso, um membro pode inchar tanto que suas artérias ficam comprimidas, interrompendo o suprimento de sangue ao membro. Se uma corrente se aproximar dos olhos, pode originar catarata, que pode surgir dias após a lesão ou anos mais tarde. 
Se grande parte do músculo estiver danificada (um distúrbio chamado rabdomiólise), uma substância química, mioglobina, é liberada no sangue. A mioglobina pode danificar os rins.
Crianças pequenas que mordem ou chupam cabos elétricos podem queimar a boca e os lábios. Essas queimaduras podem provocar deformações na face e problemas de crescimento dos dentes, do queixo e da face. Um perigo adicional é que pode haver sangramento intenso de uma artéria do lábio quando a crosta se solta, geralmente cinco a dez dias depois da lesão.
Uma descarga menor pode causar dor muscular e desencadear contrações musculares leves ou sobressaltar a pessoa e provocar uma queda. 
Os choques graves podem causar ritmos cardíacos anormais, que podem não ter consequências ou serem imediatamente fatais. Da mesma forma, uma descarga grave pode desencadear contrações musculares com potência suficiente para atirar pessoas para o chão ou para provocar deslocamento de articulações, fraturas ósseas e outras lesões por impacto.
Os nervos e o cérebro podem ser lesionados por vários mecanismos, provocando ataques epilépticos, sangramento (hemorragia) no cérebro, falta de memória a curto prazo, alterações da personalidade, irritabilidade ou dificuldade em adormecer. Os danos aos nervos no organismo ou uma lesão de medula espinhal podem causar fraqueza, paralisia, adormecimento, formigamento, dor crônica e impotência.
Diagnóstico de lesões provocadas pela eletricidade
Avaliação de um médico
Os médicos examinam as pessoas em busca de queimaduras, fraturas, deslocamentos e lesões da medula espinhal ou outras.
A maioria das pessoas que não tem sintomas não precisa de exames ou monitoramento. Um eletrocardiograma (ECG) é feito para monitorar a frequência cardíaca em algumas pessoas. Para algumas pessoas, podem ser necessários exames de urina e sangue. Se as pessoas estiverem inconscientes, podem ser necessários exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do cérebro.
Tratamento de lesões provocadas pela eletricidade
Reanimação cardiopulmonar
Tratamento da queimadura
Em primeiro lugar, deve-se separar a pessoa da fonte de eletricidade. A forma mais segura consiste em cortar a eletricidade de imediato (por exemplo, acionando o interruptor diferencial ou desligando o dispositivo da tomada de corrente). Ninguém deve tocar na pessoa até que a corrente tenha sido cortada, sobretudo se as linhas forem de alta voltagem.
Assim que se possa tocar na pessoa sem perigo, quem a socorrer deve confirmar que respira e que tem pulso. Se a pessoa não estiver respirando e não tiver pulso, deve-se iniciar a reanimação cardiopulmonar (RCP) imediatamente. A assistência médica de emergência deve ser chamada para qualquer pessoa que tenha mais do que uma lesão leve. 
Uma vez que a extensão de uma queimadura elétrica pode ser enganosa, deve-se procurar assistência médica, se existir qualquer dúvida relativamente à gravidade.
As pessoas com rabdomiólise geralmente recebem grandes quantidades de líquidos administrados por via intravenosa.
Se necessário, é aplicada uma vacina antitetânica
Se a lesão causar dor, as pessoas recebem analgésicos.
As queimaduras  da pele são tratadas com creme para queimaduras (como sulfadiazina de prata ou bacitracina) e compressas estéreis. 
Geralmente, uma pessoa com queimaduras de pouca importância na pele pode ser tratada em casa. 
Rabdomiólise é uma doença caracterizada pela destruição das fibras musculares. Conforme os tecidos musculares são acometidos, diferentes substâncias são liberadas na corrente sanguínea, afetando rins e sistema urinário, causando mais sintomas para o indivíduo.
Se a lesão for mais grave, a pessoa deve ficar internada no hospital, idealmente numa unidade para queimados. A pessoa é mantida no hospital por seis a doze horas se alguma das seguintes condições se verificar:
Os batimentos cardíacos ou os resultados de um eletrocardiograma (ECG) estiverem anormais
A pessoa tiver sintomas de um problema cardíaco (por exemplo, dor no peito ou, às vezes, falta de ar)
A pessoa tiver outras lesões graves
A pessoa estiver grávida (em muitos, mas não necessariamente todos os casos)
A pessoa tiver um problema cardíaco conhecido (em muitos, mas não necessariamente todos os casos)
As crianças pequenas que morderem ou chuparem cabos elétricas devem ser encaminhadas a um ortodontista infantil, um cirurgião maxilofacial ou um cirurgião especializado no cuidado dessas lesões.
Abraço virtual
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