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Representação do Mundo Embora sejam recortes da realidade, as fotografias eternizam os fatos ocorridos. No século XIX a fotografia era usada para documentar a destruição do espaço pela modernização. Foi uma forma de protestar contra esse processo. Os filósofos podem tentar compreender o mundo, ao passo que o fotógrafo aponta para a inutilidade dessa tentativa e, em troca, sugere que o colecionemos. Roger Fenton Em fevereiro de 1855 Roger Fenton embarcou para fotografar a Guerra da Criméia. Ele levou consigo 4 assistentes e uma carroça puxada por dois cavalos. Ao mesmo tempo que servia de laboratório, a carroça também era o dormitório. A quantidade de material que ele levou era enorme, 36 grandes caixas, mais os arreios dos cavalos e a comida para todos. No interior da carroça fazia muito calor, o que tornava o trabalho desgastante. Imagens de Fenton Apesar das dificuldades Fenton utilizou 360 placas e com estas imagens, mostrou ao mundo uma idéia muito falsa do que foi a guerra da Crimeia, porque apenas se representam soldados posando e bem instalados atrás das linhas de fogo. Obviamente a expedição de Fenton havia sido encomendada e uma das condições impostas fora a de que ele não deveria fotografar horrores, para não assustar as famílias dos soldados. Félix Nadar Nadar era o pseudônimo utilizado por Gaspard Felix Tournachon. Nasceu em 1820 em Lyón e faleceu em Paris em 1910, estudou medicina em sua cidade natal. Em 1842 devido à quebra da empresa de impressão de seu pai, mudou-se para Paris, ganhando a vida como jornalista e caricaturista. Em 1854 Nadar abriu um estúdio de fotografia na Rua Saint-Lazare 113. Mas em 1860 o local ficou pequeno, então decidiu mudar para um bairro mais à moda convertendo-se numa elite de intelectuais. Estudio de Nadar Boulevard des Capucines, 35 Fotografia Aérea Em 1858 Nadar realizou sua primeira fotografia de um balão estático que mandou construir : "O Gigante" da cidade de Petit- Bicetre . 10 anos mais tarde começou a série de "vistas" aéreas do bairro da Etoile, com imagens em grande formato. Publicou a história de suas viagens no livro "As memórias do Gigante“ em 1864. Um ano depois publicou "O direito a voar". Em 1860 Fotografou catacumbas com luz artificial bem como as cloacas (esgotos e fossas) de Paris. O Gigante Litografia de Honoré DaumierInterpretação da proeza de ser o primeiro a fotografar de um balão feito pelo assistente de Nadar. Em 1874, sabendo que um grupo de artistas (mais tarde chamados de Impressionistas) estavam a procura de uma galeria para sua primeira exposição, Nadar ofereceu seu estúdio recém montado. Em 1895 cedeu seu estúdio a seu filho. Em 1900 publicou seu livro "Quando eu era fotógrafo" uma obra muito interessante e rica em ensino, dotada com muitas anotações sobre a fotografia, mais tarde é homenageado na Exposição Universal de Paris. Nadar entrevistando o químico Michel –Eugène Chevreul, em seu centenário. Agosto de 1886 Foto de Paul Nadar.
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