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A2 - ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E PODERES - UVA - Universidade Veiga de Almeida

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Place: Sala 1 - TJ - Prova On-line / Andar / Polo Tijuca / TIJUCA 
Academic: VIROEP-001
Candidate: MARIANA GUIMARÃES DE LUCA 
Assessment: A2-
Registration: 20201106801 
Date: Nov. 10, 2020 - 8 a.m. Finished
Correto Incorreto Anulada  Discursive  Objective Total: 9.50/10.00
1  Código: 36892 - Enunciado: “No quadro de divisão de funções entre os Poderes da República,
tocam ao Legislativo as tarefas precípuas de legislar e de fiscalizar. O Poder Legislativo, porém, de
modo não típico, também exerce funções de administrar (ao prover cargos da sua estrutura ou
atuar o poder de polícia, p. ex.) e de julgar (o Senado processa e julga, por crimes de
responsabilidade, o Presidente da República e o Vice-Presidente da República, bem como os
Ministros de Estado e os Comandantes das três Forças Armadas, nos crimes de mesma natureza
conexos com os praticados pelo Chefe do Executivo; também processa e julga, por crimes de
responsabilidade, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros dos Conselhos
Nacionais da Justiça e do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-
Geral da União)."(Fonte: , G. F.; BRANCO, P. G. G. 13. ed. rev. e atual. Curso de Direito
Constitucional. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. p. 1.444.) A respeito do Poder Legislativo,
analise as afirmativas apresentadas a seguir e assinale a correta.
 a) O mandato legislativo dos senadores da República é de quatro anos, período que
coincide com os mandatos do presidente da República, dos governadores dos estados, bem
como com o dos deputados estaduais e prefeitos.
 b) Os deputados e senadores foram protegidos pela Constituição Federal, na medida em
que são considerados invioláveis, civil e administrativamente, por quaisquer de suas opiniões,
suas palavras e seus votos.
 c) Compete privativamente à Câmara dos Deputados processar e julgar o presidente da
República, o vice-presidente da República e os ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes
de responsabilidade.
 d) A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo presidente do Senado, e os demais
cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos
Deputados e no Senado.
 e) O Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal,
reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 1º de fevereiro a 27 de julho e de 11 de agosto a
23 de dezembro.
Alternativa marcada:
d) A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo presidente do Senado, e os demais cargos
serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos
Deputados e no Senado.
Justification: Resposta correta:A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo presidente do
Senado, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos
equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado.A Mesa do Congresso Nacional será
presidida pelo presidente do Senado, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos
ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado. Isso decorre de
previsão expressa do artigo 57, § 5º, da Constituição Federal. 
Distratores:O mandato legislativo dos senadores da República é de quatro anos, período que
coincide com os mandatos do presidente da República, dos governadores dos estados, bem
como com o dos deputados estaduais e prefeitos. Errada. O mandato do senador da República é
de oito anos e não há coincidência com nenhum outro período de mandato de qualquer cargo
eletivo. Assim sendo, o mandato de senador é o único mandato de oito anos existente no Brasil.O
Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, reunir-se-á,
anualmente, na Capital Federal, de 1º de fevereiro a 27 de julho e de 11 de agosto a 23 de
dezembro. Errada. Apesar de o Congresso Nacional ser composto pela Câmara dos Deputados e
1.00/ 1.00
null
pelo Senado Federal, suas reuniões ocorrerão anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a
17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Os deputados e senadores foram protegidos pela
Constituição Federal, na medida em que são considerados invioláveis, civil e
administrativamente, por quaisquer de suas opiniões, suas palavras e seus votos. Errada. A
Constituição Federal, de fato, protege os deputados e senadores, por meio de regras conhecidas
como Estatuto dos Congressistas. Porém, a Constituição garante que os parlamentares são
invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, suas palavras e seus votos. A
Constituição não prevê a inviolabilidade administrativa para expressar opiniões, palavras e
votos.Compete privativamente à Câmara dos Deputados processar e julgar o presidente da
República, o vice-presidente da República e os ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes
de responsabilidade. Errada. A Constituição Federal reserva a competência privativa ao Senado
Federal, e não à Câmara do Deputados, para processar e julgar o presidente da República, o vice-
presidente da República e os ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes de
responsabilidade.
2  Código: 36889 - Enunciado: Alexandre de Moraes ensina que “o termo processo legislativo pode
ser compreendido num duplo sentido, jurídico e sociológico. Juridicamente, consiste no
conjunto coordenado de disposições que disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos
órgãos competentes na produção de leis e atos normativos que derivam diretamente da própria
constituição, enquanto sociologicamente podemos defini-lo como o conjunto de fatores reais
que impulsionam e direcionam os legisladores a exercitarem suas tarefas”.(Fonte: MORAES, A. de.
Direito Constitucional. São Paulo: Atlas. 2018, p. 894.) 
Em relação a esse tema, analise as proposições das alternativas e marque a correta.
 a) Ao presidente da República, como chefe do Poder Executivo federal, compete
privativamente legislar sobre nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e
direito eleitoral.
 b) Ao presidente da República competem os projetos de lei que disponham sobre criação de
cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração.
 c) A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação de projeto de lei subscrito por,
no mínimo, dez por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por três estados da
Federação.
 d) O presidente da República, em caso de relevância e urgência, poderá adotar medida
provisória, com força de lei, sobre matéria relativa à organização do Poder Judiciário e do
Ministério Público.
 e) As propostas de emendas à Constituição aprovadas pela maioria absoluta do Congresso
Nacional serão submetidas aos governadores dos estados, que, aquiescendo, as sancionarão.
Alternativa marcada:
b) Ao presidente da República competem os projetos de lei que disponham sobre criação de
cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração.
Justification: Resposta correta: Ao presidente da República competem os projetos de lei que
disponham sobre criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e
autárquica ou aumento de sua remuneração.De fato, essa alternativa está correta porque,
segundo o artigo 61, § 1º, da Constituição Federal, são de iniciativa privativa do presidente da
República as leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; II - disponham
sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica
ou aumento de sua remuneração. 
Distratores:Ao presidente da República, como chefe do Poder Executivo federal, compete
privativamente legislar sobre nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e
direito eleitoral. Errada. Apesar de o presidente da República ser o chefe do Poder Executivo
federal, compete privativamente à União legislar sobre nacionalidade, cidadania, direitos
0.50/ 0.50
políticos, partidos políticos e direito eleitoral. Isso significa que a iniciativa das leis
complementarese ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados,
do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal
Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e
nos casos previstos nesta Constituição.As propostas de emendas à Constituição aprovadas pela
maioria absoluta do Congresso Nacional serão submetidas aos governadores dos estados, que,
aquiescendo, as sancionarão. Errada. As propostas de emendas à Constituição são discutidas e
votadas em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovadas se
obtiverem, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Assim, o quórum para a
sua aprovação no Congresso Nacional é qualificado, não havendo participação dos governadores
dos estados no seu processo de elaboração.A iniciativa popular pode ser exercida pela
apresentação de projeto de lei subscrito por, no mínimo, dez por cento do eleitorado nacional,
distribuído pelo menos por três estados da Federação. Errada. A iniciativa popular pode ser
exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo,
um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco estados, com não menos
de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. O presidente da República, em caso de
relevância e urgência, poderá adotar medida provisória, com força de lei, sobre matéria relativa à
organização do Poder Judiciário e do Ministério Público. Errada. A Constituição Federal, apesar
de permitir ao presidente da República a adoção de medida provisória em caso de relevância e
urgência, com força de lei, devendo submetê-la de imediato ao Congresso Nacional, veda sua
utilização para dispor sobre a organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira
e a garantia de seus membros.
3  Código: 36869 - Enunciado: O Poder Legislativo do estado Alfa editou lei que concedeu
gratuidade em todos os estacionamentos privados, como de mercados, shopping centers,
hospitais e farmácias, estabelecendo punições administrativas, como multa e encerramento de
atividades, em caso de descumprimento. De acordo com o sistema de repartição de competência
constitucional, a referida lei estadual é constitucional? Fundamente a sua resposta.
Resposta:
A matéria trata de legislação do direito civil, o que, de acordo com a repartição de competência
constitucional, é de competência privativa da União. Dessa forma, os estados não podem legislar
sobre a matéria e, por isso, a referida lei estadual não é constitucional.
Justification: Expectativa de resposta:Não. A referida lei estadual é inconstitucional, pois fere o
sistema de repartição de competências constitucional, uma vez que o estado Alfa, ou qualquer
outro estado da Federação Brasileira, não tem competência para legislar sobre a gratuidade de
estacionamentos privados, o que inclui mercados, shopping centers, hospitais e farmácias. O
tema relativo à propriedade dos estacionamentos está inserido no campo do direito civil e,
segundo já decidiu o Supremo Tribunal Federal, compete à União legislar sobre direito civil
(propriedade), de acordo com o artigo 22, I, da CRFB, e não aos Estados. Extrai-se da ementa do
julgamento do Recurso Extraordinário o seguinte: "RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ESTADUAL Nº 13.819/2009.
GRATUIDADE DE ESTACIONAMENTO PRIVATIVO. DECLARAÇÃO DA INCONSTITUCIONALIDADE DA
LEI PELO ÓRGÃO ESPECIAL DO TRIBUNAL DE ORIGEM. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO. ART.
22, I, DA CRFB/88. RECURSO DESPROVIDO". (RECURSO EXTRAORDINÁRIO 823.675 SÃO PAULO,
MIN. LUIZ FUX, 27 de março de 2017).
1.50/ 1.50
4  Código: 37035 - Enunciado: “Na alvorada da República — em 1896 —, um juiz da comarca de Rio
Grande incomodou-se com uma lei sobre o Tribunal do Júri promulgada pelo então poderoso
presidente do estado, Júlio de Castilhos. A norma reduzia o número dos membros do conselho
de sentença, abolia o segredo do voto e proibia a recusa peremptória. Sob a ótica do o
magistrado, isso feria a Constituição Federal, de forma que a declarou inconstitucional. Por tal
ousadia, foi condenado por prevaricação e posteriormente por excesso e abuso de autoridade,
1.00/ 1.00
afinal, tinha excedido as funções próprias de seu cargo.”(Fonte: BOTTINI, P. C. Juízes não podem
ser punidos pelo conteúdo de suas decisões. Conjur, 2019. Disponível em:
https://www.conjur.com.br/2019-mai-06/direito-defesa-juizes-nao-podem-punidos-conteudo-
decisoes. Acesso em: 26 fev. de 2020.) 
Nem sempre as garantias e os deveres dos membros da magistratura e do Poder Judiciário
estiveram presentes de forma clara no ordenamento jurídico brasileiro. Dessa forma, muitos
magistrados julgavam de acordo com seus interesses pessoais ou sob pressão de poderosos
políticos do momento. Considerando-se o excerto apresentado e as garantias do Poder
Judiciário, previstas atualmente no ordenamento jurídico brasileiro, examine as seguintes
proposições e indique a alternativa correta:I. A fim de conferir independência e autonomia ao
Poder Judiciário, a Constituição Federal prevê garantias institucionais e funcionais.II. As
garantias administrativas possibilitam a gestão, a administração e o funcionamento dos tribunais
sem qualquer ingerência dos demais poderes. III. A autonomia financeira garante ao Poder
Judiciário a elaboração de suas propostas orçamentárias.IV. Em relação às garantias funcionais
ou de órgãos do Poder Judiciário destinadas aos magistrados, a Constituição Federal prevê a
vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de subsídio.
 a) São corretas apenas as proposições I, III e IV.
 b) São corretas apenas as proposições I e II.
 c) São corretas apenas as proposições II e III.
 d) São corretas as proposições I, II, III e IV.
 e) São corretas apenas as proposições II, III e IV.
Alternativa marcada:
d) São corretas as proposições I, II, III e IV.
Justification: Resposta correta: São corretas as proposições I, II, III e IV.Todas as definições
refletem as garantias dos membros da magistratura e do Poder Judiciário, bem como o texto da
Constituição Federal.
5  Código: 37031 - Enunciado: "O senador Alessandro Vieira (Cidadania - SE) apresentou dois
requerimentos nesta terça-feira (18/02/2020) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI)
das Fake News para que sejam quebrados os sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de
Hans River e da empresa dele. Ex-funcionário da Yacows, uma das companhias que teriam sido
contratadas para fazer disparos em massa via WhatsApp nas eleições de 2018, ele mentiu, na
semana passada, em depoimento ao colegiado.Na ocasião, Hans acusou a repórter da Folha de
S. Paulo Patricia Campos Mello, responsável pela denúncia do esquema, de se insinuar
sexualmente para ele em troca de informações. Segundo o jornal, que publicou matéria com
reproduções dos diálogos entre a repórter e o funcionário, questionando as declarações, ele foi
ouvido por diversas vezes e confirmou as informações que constam na reportagem."(Fonte:
AIDAR, B. Senador pede quebra de sigilo bancário e telefônico de Hans River. Metrópoles, Distrito
Federal, 18 fev. 2020. Disponível em: https://www.metropoles.com/brasil/politica-br/senador-
pede-quebra-de-sigilo-bancario-e-telefonico-de-hans-river. Acesso em: 24 fev. 2020.) 
Com relação à quebra do sigilo bancário determinada pelas comissões parlamentares de
inquérito, assinale a opção correta.
 a) Somente o Ministério da Defesa pode determinar a quebra do sigilo bancário, a pedido do
presidente da comissão parlamentar de inquérito.
 b) A quebra do sigilo bancário deve ser submetida à reserva de jurisdição, conforme previsto
na Constituição, pois apenas o Poder Judiciário pode determinar essa restrição de direito
fundamental.
 c) As Comissões Parlamentares de Inquérito podem livremente determinar a quebra do
sigilo bancário, desde que a decisão seja tomada pela maioria dos membros presentes na
reunião.
 d) A quebra do sigilo bancáriosomente pode ser determinada pelo Tribunal de Contas da
União a pedido dos presidentes do Congresso Nacional e da Comissão Parlamentar de Inquérito
0.00/ 0.50
 e) As comissões parlamentares de inquérito poderão determinar a quebra de sigilo bancário
sem a participação do Poder Judiciário, desde que a decisão seja fundamentada.
Alternativa marcada:
b) A quebra do sigilo bancário deve ser submetida à reserva de jurisdição, conforme previsto na
Constituição, pois apenas o Poder Judiciário pode determinar essa restrição de direito
fundamental.
Justification: Resposta correta: As comissões parlamentares de inquérito poderão determinar a
quebra de sigilo bancário sem a participação do Poder Judiciário, desde que a decisão seja
fundamentada.As comissões parlamentares de inquérito devem observar direitos e garantias
fundamentais, sob pena de invalidade das diligências realizadas. As comissões detêm alguns
poderes para a quebra do sigilo bancário, mas as decisões tomadas devem ser fundamentadas.
Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal já decidiu que: “A quebra do sigilo, por ato de CPI,
deve ser necessariamente fundamentada, sob pena de invalidade. A CPI — que dispõe de
competência constitucional para ordenar a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico das
pessoas sob investigação do Poder Legislativo — somente poderá praticar tal ato, que se reveste
de gravíssimas consequências, se justificar, de modo adequado, e sempre mediante indicação
concreta de fatos específicos, a necessidade de adoção dessa medida excepcional.” [MS 23.868,
rel. min. Celso de Mello, j. 30-8-2001, P, DJ de 21-6-2002.] 
Distratores:Somente o Ministério da Defesa pode determinar a quebra do sigilo bancário, a
pedido do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito. Está errada, porque o pedido de
quebra de sigilo bancário pode ser feito por diversos órgãos, como o Ministério Público e a Polícia
Federal, ao Poder Judiciário ou por meio da comissão parlamentar de inquérito. Não é atribuição
do Ministério da Defesa realizar a quebra de sigilo bancário.A quebra do sigilo bancário somente
pode ser determinada pelo Tribunal de Contas da União a pedido dos presidentes do Congresso
Nacional e da Comissão Parlamentar de Inquérito. Está errada porque o Tribunal de Contas não
possui atribuição para determinar a quebra de sigilo bancário. De acordo com o Supremo
Tribunal Federal, por ocasião do julgamento do Mandado de Segurança 22.801, de relatoria do
Ministro Menezes Direito, julgado em 17 de dezembro de 2007, “A LC 105, de 10-1-2001, não
conferiu ao TCU poderes para determinar a quebra do sigilo bancário de dados constantes do
Banco Central do Brasil”.As Comissões Parlamentares de Inquérito podem livremente determinar
a quebra do sigilo bancário, desde que a decisão seja tomada pela maioria dos membros
presentes na reunião. Está errada porque, conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
a quebra do sigilo bancário deve ser obrigatoriamente fundamentada, sob pena de ser declarada
sua invalidade. Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal considera que “A fundamentação da
quebra de sigilo há de ser contemporânea à própria deliberação legislativa que a decreta. A
exigência de motivação — que há de ser contemporânea ao ato da CPI que ordena a quebra de
sigilo — qualifica-se como pressuposto de validade jurídica da própria deliberação emanada
desse órgão de investigação legislativa, não podendo ser por este suprida, em momento ulterior,
quando da prestação de informações em sede mandamental”. [MS 23.868, rel. min. Celso de
Mello, j. 30-8-2001, P, DJ de 21-6-2002.]A quebra do sigilo bancário deve ser submetida à reserva
de jurisdição, conforme previsto na Constituição, pois apenas o Poder Judiciário pode
determinar essa restrição de direito fundamental. Está errada porque, segundo o Supremo
Tribunal Federal, a reserva de jurisdição não incide sobre a quebra do sigilo bancário. Nesse
sentido, assim se manifestou a Corte: “O princípio constitucional da reserva de jurisdição — que
incide sobre as hipóteses de busca domiciliar (CF, art. 5º, XI), de interceptação telefônica (CF, art.
5º, XII) e de decretação da prisão, ressalvada a situação de flagrância penal (CF, art. 5º, LXI) — não
se estende ao tema da quebra de sigilo; pois, em tal matéria, e por efeito de expressa autorização
dada pela própria Constituição da República (CF, art. 58, § 3º), assiste competência à CPI, para
decretar, sempre em ato necessariamente motivado, a excepcional ruptura dessa esfera de
privacidade das pessoas”. [MS 23.652, rel. min. Celso de Mello, j. 22-11-2000, P, DJ de 16-2-2001.]
6  2.50/ 2.50
Código: 36936 - Enunciado: O governador de determinado estado-membro da Federação, em
uma entrevista ao vivo a programa de TV, foi questionado sobre graves denúncias de
irregularidades em licitações de obras públicas em seu governo. O jornalista afirmou não só o
envolvimento do governador como apresentou várias provas de sua relação com políticos e
empresários envolvidos em corrupção. Da mesma forma, o repórter apontou fortes indícios de
que vários assessores de deputados estaduais também tinham recebido quantia irregular de
empreiteiras prestadoras de serviço ao estado. Diante disso, um deputado estadual de oposição
ao governo, com base na Constituição do Estado, pretende instalar Comissão Parlamentar de
Inquérito para apuração das referidas denúncias. Considerando esse contexto e empregando
fundamentos jurídicos pertinentes, julgue se a Constituição Estadual pode prever a instauração
de Comissão Parlamentar de Inquérito no plano estadual. Justifique seu posicionamento.
Resposta:
A CPI é uma ferramenta prevista na Constituição Federal, o artigo que versa sobre o tema faz
referência apenas à Câmara dos Deputados, ao Congresso Nacional e ao Senado, mas não
restringe o alcance da CPI apenas a essas entidades federais, portanto uma Comissão
Parlamentar de Inquérito pode ser instaurada desde que o deputado realize um requerimento
formal e obtenha aprovação de pelo menos um terço da Casa Legislativa em questão, desde que
exista um fato determinado e, também, um prazo certo para a apuração do fato.
Justification: Expectativa de resposta:Em decorrência da adoção da Federação como forma de
Estado, a autonomia dos estados é conferida por meio do autogoverno, da autoadministração e
da auto-organização. Sendo assim, nada impede que a Constituição Estadual preveja a criação
da Comissão Parlamentar de Inquérito. Entretanto, é importante observar que a Constituição
Estadual, em nome do princípio da simetria, deve atentar para os aspectos fundamentais que
decorrem do princípio da separação dos poderes. Devem ser levados em consideração os artigos
1º, 18 e 58, § 3º da Constituição Federal.
7  Código: 37033 - Enunciado: Leia o trecho de notícia a seguir, publicado no site de Senado
Federal:“Judiciário tem interferido nas atribuições do Legislativo, diz Marcos RogérioO senador
Marcos Rogério (DEM-RO) criticou nesta segunda-feira (24), em Plenário, decisões judiciais que
alteram as leis. Para o parlamentar, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem reescrito a
Constituição sem ter poder para tal.O parlamentar citou como exemplo a decisão do STF que
criminalizou a homofobia, determinando que tal conduta passe a ser punida pela Lei de Racismo.
O senador pediu atenção do Congresso nessa interferência nas atribuições do Poder Legislativo."
(Fonte: Agência Senado. Judiciário tem interferido nas atribuições do Legislativo, diz Marcos
Rogério. Agência Senado, Distrito Federal, 14 de jul. de 2019. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/06/24/judiciario-tem-interferido-nas-
atribuicoes-do-legislativo-diz-marcos-rogerio. Acesso em: 25 fev. 2020.) 
No Estado Democrático de Direto, a separação dos poderes é definida pela Constituição que, a
fim de harmonizar e equilibrar as funções desempenhadas por cada órgão, estabelece funções
típicas e atípicas, sem que haja interferência de um poder sobre o outro.A par disso, veja as
proposições a seguir e escolha apenasaquela que contém função típica desempenhada pelo
Poder Judiciário.
 a) Ato de magistrado que concede licença, férias e outros afastamentos a membros e aos
juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados.
 b) Ato de tribunal que organiza suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes
forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional.
 c) Ato de tribunal que elabore seus regimentos internos, com observância das normas de
processo e das garantias processuais das partes.
 d) Ato de provimento de cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição pelo tribunal
respectivo, na forma prevista na Constituição Federal.
 e) Ato de juiz que determina a quebra de sigilo telefônico solicitada por congressista no
âmbito de Comissão Parlamentar de Inquérito.
1.50/ 1.50
Alternativa marcada:
e) Ato de juiz que determina a quebra de sigilo telefônico solicitada por congressista no âmbito
de Comissão Parlamentar de Inquérito.
Justification: Resposta correta: Ato de juiz que determina a quebra de sigilo telefônico solicitada
por congressista no âmbito de Comissão Parlamentar de Inquérito.A quebra de sigilo telefônico
está sob reserva de jurisdição, significando que apenas magistrado, no exercício de função
jurisdicional, pode determinar essa medida extrema. 
Distratores:Ato de magistrado que concede licença, férias e outros afastamentos a membros e
aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados. Está errada porque, ao
conceder licença, férias e outros afastamentos a membros e aos juízes e servidores que lhes
forem imediatamente vinculados, o juiz desempenha função atípica, isto é, função não
jurisdicional.Ato de tribunal que organiza suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos
que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional. Está errada porque a
organização da secretaria e de serviços auxiliares encontra-se no âmbito de atividade
administrativa desempenhada pelos membros da magistratura.Ato de tribunal que elabore seus
regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das
partes. Está errada, pois a atividade de elaborar regimento interno de tribunal é verdadeira
atividade legiferante. Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal já decidiu que: os regimentos
internos dos tribunais, editados com base no art. 96, I, "a", da Constituição Federal,
consubstanciam normas primárias de idêntica categoria às leis, solucionando-se eventual
antinomia não por critérios hierárquicos, mas, sim, pela substância regulada, sendo que, no que
tange ao funcionamento e à organização dos afazeres do Estado-Juiz, prepondera o dispositivo
regimental. [HC 143.333, rel. min. Edson Fachin, j. 12-4-2018, P, DJE de 21-3-2019.]Ato de
provimento de cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição pelo tribunal respectivo, na
forma prevista na Constituição Federal. Está errada porque o provimento de cargo de juiz de
carreira é ato administrativo privativo do tribunal respectivo. Nesse sentido, o Supremo Tribunal
Federal decidiu que: “O provimento do cargo de desembargador, mediante promoção de juiz de
carreira, é ato privativo do tribunal de justiça (CF, art. 96, I, c). Inconstitucionalidade de
disposição constante da Constituição de Pernambuco, art. 58, § 2º, que diz caber ao governador o
ato de provimento desse cargo”. [ADI 314, rel. min. Carlos Velloso, j. 4-9-1991, P, DJ de 20-4-2001.]
8  Código: 37036 - Enunciado: Imagine a seguinte situação hipotética: o presidente da República
escolheu para ministro do Supremo Tribunal Federal João Romão, brasileiro naturalizado, 37
anos de idade, católico, de reputação ilibada e notável saber jurídico. Entretanto, antes da
nomeação, João Romão foi aprovado pela maioria relativa dos membros do Senado Federal, por
meio de voto secreto e de arguição pública, inclusive exibida ao vivo através do site do Poder
Legislativo da União. Diante desse cenário, examine as seguintes proposições e indique a
alternativa correta, de acordo com as regras constitucionais a respeito da organização da
magistratura nacional:I. João Romão preenche os requisitos constitucionais subjetivos para a
escolha de ministro do Supremo Tribunal Federal.II. A votação para a aprovação de João Romão
como ministro do Supremo Tribunal Federal, foi irregular, pois deveria ocorrer por meio de voto
aberto.III. A arguição para escolha de ministro do Supremo Tribunal Federal deve ser pública e,
por isso, a sabatina de João Romão está de acordo com o texto constitucional.IV. O quórum para
aprovação de João Romão não atende aos ditames constitucionais, pois se exige a aprovação
pela maioria absoluta dos membros do Senado.
 a) São corretas as proposições I, II, III e IV.
 b) São corretas apenas as proposições II e III.
 c) São corretas apenas as proposições I e II.
 d) São corretas apenas as proposições III e IV.
 e) São corretas apenas as proposições I, III e IV.
Alternativa marcada:
d) São corretas apenas as proposições III e IV.
1.50/ 1.50
Justification: Resposta correta: São corretas apenas as proposições III e IV.Os ministros do
Supremo Tribunal Federal são escolhidos e nomeados pelo presidente da República, após a
aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. Além disso, a Constituição Federal
determina que compete privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto
secreto, após arguição pública, a escolha de ministro do Supremo Tribunal Federal.Apesar de
João apresentar reputação ilibada e notável saber jurídico, além de estar com mais de 35 e
menos de 65 anos de idade, não é brasileiro nato, razão pela qual, não poderia ser ministro do
Supremo Tribunal Federal. O art. 12, § 3º, da Constituição Federal exige a nacionalidade
originária para os ministros do Supremo Tribunal Federal. O fato de ser católico, evangélico,
budista, judeu ou ateu não faria qualquer diferença para a sua nomeação como ministro do STF,
já que o Estado brasileiro é laico desde a Constituição de 1891.A aprovação para ministro do
Supremo Tribunal Federal, além de ser feita pela maioria absoluta do Senado Federal, deve ser
realizada por meio de voto secreto e de arguição pública. Portanto, não está correta a votação
aberta do nome escolhido pelo presidente de República.

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