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UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP CURSO DE FISIOTERAPIA CAMPUS ALPHAVILLE Dianara Alves Pereira RA: N51571-6 Maria Fernanda Moura RA: F0969F-9 Maria Vitoria Mata da Costa RA: N5201G-4 SEMINÁRIO DE ESTÁGIO TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS EM CRIANÇAS COM ESPECTRO AUTISTA SÃO PAULO 2022 UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP CURSO DE FISIOTERAPIA CAMPUS ALPHAVILLE Dianara Alves Pereira RA: N51571-6 Maria Fernanda Moura RA: F0969F-9 Maria Vitoria Mata da Costa RA: N5201G-4 Trabalho apresentado para avaliação da disciplina de Estágio do Ensino Superior de Fisioterapia, turno Noite da Universidade Paulista – Alphaville, ministrada pela Professora Jessica Molina. SEMINÁRIO DE ESTÁGIO TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS EM CRIANÇAS COM ESPECTRO AUTISTA SÃO PAULO 2022 SUMÁRIO 1. Introdução...........................................................................................4 2. O que é Transtorno do Espectro Autista.............................................5 3. Graus do Autismo...............................................................................5 4. Epidemiologia.....................................................................................6 5. O que é Terapia Assistida por Animais..............................................6 6. Tipos de Terapia Assistida.................................................................6 7. Quais são os objetivos dessa terapia?..............................................8 8. Quais os benefícios e o papel do fisioterapeuta na TEA?.................8 9. Como uma criança faz para ter acesso a essa terapia?....................9 10. Conclusão..........................................................................................10 11. Referências........................................................................................11 1. Introdução A Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é classificado enquanto um Transtorno do Neurodesenvolvimento, apresentando déficits pessoais, sociais e profissionais. E a Terapia Assistida por Animais (TAA), trata-se de uma técnica de intervenção desenvolvida com a ajuda de um animal no processo terapêutico, podendo ser utilizada na promoção de saúde do indivíduo, sendo considerada uma estratégia terapêutica não medicamentosa. Pode ser compreendida como sendo uma técnica com critérios específicos, e realizada por profissionais da área da saúde, com objetivos claros e definidos que visam o desenvolvimento e/ou aprimoramento de aspectos sociais, físicos, emocionais e cognitivos das pessoas envolvidas. 2. O que é Transtorno do Espectro Autista O autismo é caracterizado por uma doença neurológica que afeta o sistema nervoso comprometendo a comunicação verbal e não verbal e comportamento social, especialmente em crianças. Na maioria das vezes a criança nasce sem nenhuma disfunção, mas ao passar do tempo, percebem-se os sinais do transtorno como: desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades. Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino. 3. Graus do Autismo Ao passar dos anos, documentos como o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), da Associação Americana de Psiquiatria, e o CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) tiveram diversas alterações, nas palavras e termos usados para diagnosticar uma pessoa autista. Antes chamados de Autismo infantil, transtorno desintegrativo da infância, transtorno invasivo de desenvolvimento sem definição especifica e síndrome de Asperger; Passou por modificações e foram substituídos hoje, de acordo com o nível de necessidade, sendo: Nivel 1, necessidade de pouco apoio, onde o indivíduo não consegue iniciar interações com outras pessoas. Nivel 2, as crianças podem apresentar um nível um pouco mais grave de deficiência nas relações, comunicação verbal e não verbal, mesmo com a presença de apoio. Nivel 3, defict bem mais acentuado em relação a comunicação ver e não verbal, tem comportamentos repetitivos e dificuldade em lidar com mudanças. 4. Epidemiologia O estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, nos EUA, já indicou em maio de 2020, que uma em cada 54 crianças é diagnosticada com o TEA. Portanto, hoje, estima-se que 3,9 milhões de brasileiros sejam TEA. As estimativas apontam para uma maior prevalência de casos em pessoas do sexo masculino do que feminino, sendo um amenina para cada 4 meninos. Entre as razões que podem explicar o porquê de o TEA ser mais complexo de se identificar nas meninas, está o fato de as técnicas diagnósticas desenvolvidas serem voltadas para as especificidades do TEA no sexo masculino, exatamente por ser o gênero mais prevalente em estudos sobre o TEA. 5. O que é Terapia Assistida por Animais A TAA pode ser realizada com qualquer pessoa, mas tem sido utilizada para incentivar o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com dificuldades físicas, emocionais, cognitivas e sociais (Capote & Costa, 2011). A Terapia Assistida por Animais aborda cinco mecanismos de ação conforme a categorização de Rose, Cannas e Cantielo (2011) que são: a) afetivo-relacional, enfatiza a força do vínculo humano-animal; b) estímulo psicológico, o vínculo estabelecido age na psique humana, proporcionando melhoras de comportamento sócio-relacional, caráter e cognitivo; c) recreacional, cujas brincadeiras estimulam a autoestima, diminuem o isolamento social, e geram mudanças positivas no humor; d) psicossomático, e; e) físico. Estes últimos representam a ação principal sobre o corpo do indivíduo com relação aos três primeiros. 6. Tipos de Terapia Assistida por Animais Na terapia assistida por são utilizados diversos animais como porcos da índia, peixes, coelhos, mas em relação à terapia assistida por animais com transtorno espectro autista, os animais mais utilizados durante as sessões são o cão, cavalos, aves e botos. 0 Com o cachorro teve uma maior frequência pois é um animal doméstico e mais fácil de manejar. Todas as raças e tamanhos de cães podem participar de uma sessão de TAA, desde que tenham comportamentos amáveis e dóceis. Durante a sessão as crianças realizam exercícios em tocar no cão, como por exemplo: acariciar orelhas, dar petiscos e pentear o cachorro, o que promove resultados na coordenação motora e interação social dessa criança. O tratamento com o cavalo proporciona o estímulo do próprio animal como o cheiro, montar, textura da pele, estímulos vinculados ao ambiente como contato com a natureza e a vivência lúdica, quando o animal realiza os movimentos tridimensional a criança produz um mecanismo de resposta sensorial, o tratamento com o cavalo melhora no equilíbrio, correção da postura, fortalecimento, aumento de amplitude de movimento, autoconfiança e interação social. As aves durante a terapia com crianças autistas podem proporcionar um foco de atenção, que possibilita a diminuição da ansiedade e a interação entre paciente e terapeuta, ajuda também na comunicação, irritabilidade, hiperatividade, promovendo relaxamento, afetividade, melhora à fala e a interação social. Aves são os mais utilizados são calopsitas por serem mais fáceis de domesticar. O tratamento com botos acontecena região amazônica, o boto vermelho, também conhecido como o boto cor de rosa é utilizado para ajudar no tratamento de crianças especiais e visa melhorar a irritabilidade, criar vínculo com a criança e qualidade de vida. Os exercícios ajudam no sistema respiratório e cardiovascular das crianças, a bototerapia trabalha com os princípios físicos da água como: empuxo, pressão hidrostática e flutuação. A terapia com botos é realizada no habitat natural do animal e em plena liberdade. 7 Quais são os objetivos dessa terapia? A terapia funciona como um elo entre o terapeuta e o paciente. Estudos apontam inúmeros benefícios dessa modalidade, tais como: melhora da capacidade motora, sensorial, cognitiva, comunicação, melhora do sistema imunológico, da interação social, da aprendizagem, das relações interpessoais, entre outros. 8 Quais os benefícios e o papel do fisioterapeuta na TEA O papel da fisioterapia é ajudar no desenvolvimento social, físico, emocional da criança. O fisioterapeuta entra com a cinesioterapia como instrumento de reabilitação. Social: Problemas na fala, o fisioterapeuta chamando o nome do animal e produzindo expressões vocais, faz com o que o paciente exerça sua capacidade de se comunicar e de socializar. Com isso incentiva a fala e melhora as relações interpessoais e facilita a comunicação entre o paciente e a sociedade. Contudo ajuda no convívio social. Fisico\Motora: Acariciar o animal, pentear os pelos, imitar o cão por exemplo (ficar na posição de gato), contribui para a coordenação motora, o controle da cabeça e do tronco. Auxilia também no equilibrio onde passear com o animal em terrenos estáveis e instáveis, com obstáculos ou sem, estimula o equilíbrio e ajuda na marcha do paciente. Emocional: O estimulo do animal faz com o que os níveis de endorfina no corpo do paciente aumente, diminuindo os efeitos de estresse, ansiedade e depressão. Ainda estimula a auto confiança e a auto estima do paciente. 9 Como uma criança faz para ter acesso a essa terapia? Lei 13.830/19 que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a fornecer o tratamento aos usuários, como recurso terapêutico quando houver prescrição médica. a equoterapia já é obrigada a ser oferecida pelos planos de saúde aos clientes com deficiência. Existem clínicas particulares que oferecem o serviço de equoterapia para autistas custa em média R$ 400 a R$ 500 reias. CONCLUSÃO A partir do presente trabalho, concluímos que o autismo esta presente na nossa sociedade e que é cada vez mais comum o seu diagnostico. Entendemos que o Transtorno do espectro autista (TEA) esta ligada as funções físicas, emocionais e sociais do paciente, que impede o desenvolvimento da criança em se comunicar, socializar com a sociedade. Dessa forma, vimos alguns estudos que são realizados sobre a terapia assistida com animais (TAA), que é uma modalidade de tratamento alternativo que gera o contato do paciente com os animais, onde contribui positivamente para o desenvolvimento da fala da criança, movimentos, convívio e seu comportamento. Contudo vimos a importância do fisioterapeuta onde ele esta presente na terapia desenvolvendo a fala, postura, a autoconfiança, equilíbrio e a coordenação motora do paciente. REFERÊNCIAS 1. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e Terapia Assistida por Animais (TAA). https://www.inataa.org.br/o-transtorno-do-espectro-do-autismo-tea-e- terapia-assistida-por-animais- taa/#:~:text=Pesquisas%20recentes%20apontam%20que%20o,comportamental%20 e%20menor%20distanciamento%20social; 2. INTERVENÇÃO PRECOCE EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO ALIADA A TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS. https://institucional.ufpel.edu.br/projetos/id/p6144; 3. Terapia assistida por animais e transtornos do neurodesenvolvimento. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808- 42812017000300015; 4. Fernandes, Fernanda Dreux Miranda, & Amato, Cibelle Albuquerque de la Higuera. (2013). Análise de Comportamento Aplicada e Distúrbios do Espectro do Autismo: revisão de literatura. CoDAS, 25(3), 289-296.
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