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Matemática Financeira

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FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA
ARLETE GOMES
APLICAÇÕES DA MATEMÁTICA FINANCEIRA NO AMBIENTE ESCOLAR
CANARANA MT
2020
FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA
ARLETE GOMES
APLICAÇÕES DA MATEMÁTICA FINANCEIRA NO AMBIENTE ESCOLAR
Artigo científico apresentado à Faculdade Única de Ipatinga - FUNIP, como requisito parcial para a obtenção do título de especialista Matemática Financeira. 
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CANARANA MT
2020
APLICAÇÕES DA MATEMÁTICA FINANCEIRA NO AMBIENTE ESCOLAR
Arlete Gomes
RESUMO
A Educação Financeira é um assunto muito presente em nossa sociedade em decorrência de sua importância, por este aspecto a escola adquire o papel de garantir a formação financeira dos alunos. O presente artigo busca apresentar metodologias e práticas pedagógicas que visem ensinar a matemática financeira de forma mais prática e realista apresentando a relação entre a teoria e prática, metodologia que visa contribuir com a melhoria do ensino da matemática financeira em sala de aula e preparar os alunos para a própria vida. A matemática financeira não pode continuar fora do contexto e da realidade dos alunos, como tem ocorrido nas escolas atualmente, quais utilizam números longe da realidade dos alunos e acabam por desestimular o aprendizado sobre essa disciplina. Diante dessa situação, este artigo tem como objetivo principal reconhecer a importância da matemática financeira bem como sua aplicação em situações do cotidiano dos brasileiros demonstrando a importância que o professor possui neste processo. 
 Palavras-chave: Educação Financeira. Matemática Financeira. Metodologia e Prática.
INTRODUÇÃO 
Não há dúvida quanto á importância de organizar a vida financeira familiar, mas, infelizmente esse assunto ainda é um tema pouco discutido principalmente em âmbito escolar, o que tem ocasionado à falta de conhecimento da população quanto a finanças ficando evidente a razão pela qual se encontra a situação atual da economia em nosso país.
A Matemática Financeira está presente na vida do brasileiro em todas as fases de sua existência, pois, diariamente as pessoas são bombardeadas por diversas informações como taxas de juros, inflação, taxas de câmbio entre outras informações que forçam os indivíduos a tomarem decisões financeiras que sem o conhecimento necessário podem causar grandes consequências á curto e longo prazo.
No cenário atual do Brasil é possível perceber que as pessoas possuem dificuldades em decidir de forma racional sobre comprar a prazo ou a vista, assim, grandes empresas que já perceberam esta dificuldade inundam a sociedade com promoções e diversas formas de crédito principalmente as compras no cartão de crédito e no carnê com até 24 meses para pagar com as tais pequenas taxas de juros. Todo esse esforço midiático acaba por abalar emocionalmente as pessoas que ficam entusiasmadas com as parcelas de valores baixos e com o crédito fácil e acabam entrando em uma espiral de endividamento familiar em longo prazo.
A orientação e o planejamento financeiro voltado para o consumo consciente estão entre as principais necessidades da sociedade atual. À introdução da matemática financeira na escola se apresenta como uma ferramenta de conscientização indispensável uma vez que o conhecimento transmitido dentro das salas de aulas podem atingir diferentes níveis da sociedade. Diante desta necessidade à escola surge como o elo entre o educando e a matemática financeira, dando aos alunos o conhecimento para a formação de indivíduos capazes de exercer sua cidadania.
Sendo assim, o presente trabalho busca através de revisões bibliográficas, apresentar os aspectos que envolvem á inclusão da matemática financeira na grade curricular das escolas publicas, bem como qual impacto pode ser gerado com essa adoção a custo e longo prazo na vida dos educandos.
DESENVOLVIMENTO 
No cenário brasileiro atual á introdução á Educação financeira pode vir a apresentar grandes resultados na vida do aluno tanto no que se refere à formação financeira como também na sua formação matemática, uma vez que a matemática financeira esta diretamente ligada a cálculos e números.
O ensino da matemática financeira não pode ser tratado de qualquer modo ou apenas deixado de lado por parte da escola, pois o aluno que possui conhecimentos financeiros poderá no futuro vir a ser tornar consumidores mais conscientes. Segundo Noé (2018) a matemática financeira não fica restrita apenas aos grandes bancos, mas está presente dia a dia das pessoas. Nas palavras do autor:
A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual sistema econômico. Algumas situações estão presentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos de casa e carros, realizações de empréstimos, compras a crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras, investimentos em bolsas de valores, entre outras situações. Todas as movimentações financeiras são baseadas na estipulação prévia de taxas de juros. (NOÉ 2018, p. 12).
Segundo Biaggi (2000, p. 04), "não é possível preparar alunos capazes de solucionar problemas ensinando conceitos matemáticos desvinculados da realidade, ou que se mostrem sem significado para eles, esperando que saibam como utilizá-los no futuro". Sendo assim, o professor ao abordar este conteúdo em sala de aula deve ao máximo buscar aplicações reais e do cotidiano dos alunos, desta forma o conteúdo será além de bem recebido por parte dos educandos será também absorvido como conhecimento de vida e não apenas como mais um disciplina da sua grade curricular. 
Skovsmose (2004) afirma que os estudantes além de terem as técnicas e o conhecimento pertinente a Matemática Financeira, os alunos devem ser induzidos a refletirem sobre essas tais ferramentas e como eles podem pô-las em ação: 
A Educação Matemática não deve apenas ajudar os estudantes a aprenderem certas formas de conhecimento e de técnicas, mas também convidá-los a refletirem sobre como essas formas de conhecimento e de técnicas devem ser trazidas à ação (Skovsmose 2004, p. 30).
É inegável que a matemática financeira possui uma grande importância na vida do aluno, principalmente quando eles ingressam no mercado de trabalho oque geralmente ocorre durante o Ensino Médio ou logo após finaliza-lo. Segundo Lima e Sá (2010) a relação entre estudo e trabalho reforça a necessidade desse conteúdo estar presente na vida acadêmica desde os anos inicias, vindo a se tornar um diferencial na vida profissional do aluno. Segundo eles:
Os conteúdos dessas disciplinas devem ser iniciados desde as primeiras series do Ensino Fundamental. É claro que tais informações devem ser iniciadas adequadamente, explorando o lúdico, simulação de compras e vendas, preenchimento de cheques, historias em quadrinhos, teatralizações, etc (LIMA e SÁ 2010, p. 34). 
A relação entre mercado de trabalho e matemática financeira no ambiente escolar é amplamente defendido por Lima e Sá (2010) quais afirmam que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente onde os empresários estão em busca de profissionais capacitados para ajudar a desenvolver o seu negocio. Neste cenário, segundo os autores, o fato de não conhecer os aspectos que envolvem o dinheiro pode vir a ser um empecilho na hora de concorrer a uma vaga no mercado de trabalho. Nas palavras dos autores: 
Conhecer as operações com o dinheiro tem sido um obstáculo enfrentado pelos jovens ao ingressar do mercado de trabalho. Essas dificuldades educacionais criam barreiras para a plena inserção da juventude no mundo do trabalho, diante das exigências de empresas (LIMA e SÁ 2010, p.1).
Diante do desafio o professor deve buscar trazer para a sala de aula metodologias que estão ligadas ao cotidiano dos alunos e aliando-as com os cálculos mais conhecidos como porcentagens, acréscimos e descontos e por fim cálculos mais complexos como regime de capitalização, taxa de juros, juros composto entre outros, sempre demostrados sobre situações reais onde os alunos podem fazem o uso destes conhecimentos matemáticos. 
Utilizando a metodologia correta, a escola irá formar indivíduos capazesde buscar novas informações e se adaptarem a novas situações de acordo com o cenário econômico em que se encontram. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica Brasil (2006, p. 135):
[...] o trabalho com esse bloco de conteúdos deve tornar o aluno, ao final do ensino médio, capaz de decidir sobre as vantagens/desvantagens de uma compra à vista ou a prazo; avaliar o custo de um produto em função da quantidade; conferir se estão corretas informações em embalagens de produtos quanto ao volume; calcular impostos e contribuições previdenciárias; avaliar modalidades de juros bancários.
 A capacidade se moldar segundo o cenário econômico possui laços estreitos com a matemática financeira uma vez que habilita o individuo a perceber e lidar com as distorções e prejuízos que suas aplicações podem sofre ao longo do tempo seguindo um ponto de vista financeiro. 
É possível enxergamos á Educação Matemática Financeira como um “leque” de opções que se iniciam com os conceitos da matemática tais como regras de três, porcentagem, funções, estatística, frações, análises de gráficos entre outros até o conhecimento e controle financeiro, que fica evidente nas palavras de Dias, Tassote, e Viana (2011). De acordo com os autores:
Essas considerações levam a entender que a matemática financeira está relacionada com a formação dos cidadãos, sendo útil e de fundamental importância para que as pessoas tenham uma visão analítica e uma vida financeira controlada (DIAS; TASSOTE; VIANA, 2011).
Todo este “leque” de opções e conhecimentos é de extrema importância, visto que o brasileiro tende a comprar parcelado apenas preocupado com o valor da parcela ao mês, ou apenas baseado no valor que ele pode pagar por mês sem ao menos compreender as taxas de juros que serão aplicadas na transação financeira, o que em muitos casos se torna a fonte de endividamentos e descontrole da economia familiar. 
Segundo Oliveira (2013) esse processo de endividamento se por conta da falta de conhecimento. Nas palavras do autor:
A falta de habilidade em lidar com os números dificulta o enfrentamento de situações cotidianas, tais como: comprar a vista ou a prazo, calcular os juros de um financiamento, o valor da multa em uma fatura com pagamento em atraso, etc. Essas situações não são vivenciadas como necessidades imediatas por crianças e adolescentes, mas fazem parte da realidade da vida adulta, quando estes lidam com situações envolvendo negociações comerciais e bancárias, bem como a gestão das finanças pessoais (OLIVEIRA 2013, p. 04).
 A conduta destrutiva em relação às fianças foi também apresentada por Junior (2010, p. 02) “a população brasileira tem lidado com o dinheiro de maneira desastrosa, onde a falta de informação matemática, inclusive sem foco na tomada de decisões, tem sido um dos principais motivos dessa realidade”.
Desta forma, trazer a Educação Financeira para o sistema de ensino não constitui simplesmente oferecer aos alunos informações financeiras ou conselhos de como lidas com as finanças, mas sim contribuir com a formação destes indivíduos, ou seja, todo trabalho desenvolvido pelos educandos dever se constituídos de conhecimentos validos que venha a ser á base para uma construção solida e construtiva de aprendizado e aplicações por meio de experiências de vida.
Essa experiência de vida é um recurso valioso uma vez que desperta o interesse do aluno para uma matemática mais próxima de sua própria realidade. Esta ligação se encontra embasada nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM), qual afirma que:
O tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola tem para retirar o aluno da condição de espectador passivo. A contextualização evoca por isto áreas, âmbitos ou dimensões presentes na vida pessoal, social e cultural, e mobiliza competências cognitivas já adquiridas (BRASIL, 2000, p.79).
Diante de tudo que foi apresentado devemos tomar consciência da matemática que nos cerca no dia a dia na maioria das nossas atividades, bem como desenvolver nos alunos o pensamento matemático com conceitos e praticas que venha a despertar o interesse dos mesmos, desta forma o professor pode auxiliar de forma significativa o aluno para que ele possa se desenvolver ao mesmo tempo em que descobre o seu lugar no mundo através do seu convívio social, compreendendo todas as mudanças sociais e econômicas que o cerca.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente trabalho teve por objetivo apresentar a importância da matemática financeira na vida dos alunos, bem como enfatizar o papel dos professores que lecionam tau disciplina, os quais não podem se contentar apenas com os conteúdos presentes nos livros didáticos apresentando assim um conteúdo engessado e sem significado para o aluno, é preciso que o professor apresente ao aluno uma matemática inovadora e desafiadora capaz de romper as barreiras do conhecido e ir além das salas de aula em direção a vida do educando.
Diante de tudo que foi apresentado ficou evidente que a Matemática Financeira não pode continuar sendo apresentada aos alunos apenas como uma sequencia de formulas e números sem uma aplicação real na vida dos alunos, mas sim formar cidadãos capazes de analisar criticamente as operações financeiras presentes no seu dia a dia tendo assim o poder de decisão de qual alternativa melhor lhe convém e atende as suas necessidades. 
Por fim, com base nas observações realizadas por meio de revisões bibliográficas ficou evidente que a matemática financeira deve ser trabalhada de forma contextualizada, ou seja, o professor deve procura trazer a vivência do aluno para a sala de aula, desta forma fazendo a diferença na vida do mesmo, o qual ira deixar de ver a matemática apenas como uma resolução de fórmulas sem sentido, e sim como um conhecimento enriquecedor capaz de transformar a sua vida.
REFERENCIAS
BIAGGI, G. V. Uma nova forma de ensinar matemática para futuros administradores: uma experiência que vem dando certo. Ciências da Educação. 2000.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral Lorena-SP, v. 2, n. 2, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio). Brasília: MEC, 2000.
DIAS, M. V; TASSOTE, E.M; VIANA. A matemática financeira: um alicerce para o exercício da cidadania. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática): Universidade do Vale do Sapucaí. Pouso Alegre, 2011.
MUNIZ JUNIOR, I. Educação financeira: Conceitos e contextos para o ensino médio. X Encontro Nacional de Educação Matemática, Salvador, 2010.
SKOVSMOSE, O. Matemática em ação. In: BICUDO, M. e BORBA, M.C. (Orgs.). Educação matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004. p. 30-57.
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