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Ácaros dos dos Animais Domésticos

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Ácaros dos dos Animais 
 Domésticos 
 -Classificação Taxônomica 
 ● Filo Arthropoda 
 ● Classe Arachnida 
 ● Subclasse Acari 
 ● Ordem Acariformes – Subordem Astigmata (Sarcoptiformes ) 
 – Família Sarcoptidae >> Ácaros Escavadores 
 » Gênero Sarcoptes 
 » Gênero Notoedres 
 » Gênero Cnemidocoptes 
 – Família Psoroptidae – Ácaros Não-escavadores 
 » Gênero Psoroptes 
 » Gênero Chorioptes 
 » Gênero Otodectes 
 ● – Subordem Prostigmata (Trombidiformes) 
 – Família Demodicidae > Ácaros Escavadores 
 » Gênero Demodex 
 ● Família Sarcoptidae - Ácaros Escavadores » Gênero Sarcoptes 
 -Espécie Sarcoptes scabiei 
 -S. scabiei var. hominis 
 -S. scabiei var. canis 
 S. scabiei var. bovis 
 -S. scabiei var. ovis 
 -S. scabiei var. caprae 
 -S. scabiei var. suis 
 -S. scabiei var. equi 
 -S. scabiei var. cuniculi - coelhos 
 -Corpo globoso, contorno arredondado (0,2 - 0,5mm) 
 - Gnatossoma curto e largo; 
 - Estrias transversais, espinhos curtos triangulares no dorso 
 - 4 pares de patas curtas e cônicas , III e IV não ultrapassam o contorno do corpo 
 -Fêmeas: ventosas nas 2 patas anteriores; extremidade caudal arredondada; 
 -Machos: ventosas nas patas I, II e IV; extremidade caudal com saliência; 
 - Pedicelo longo e não segmentado 
 - distanciamento maior entre o segundo e terceiro pares; 
 -cutícula marcada por estrias finas com cerdas finas e flexíveis e espinhos curtos e 
 robustos; 
 -não apresentam estigmas; 
 - respiração é tegumentar, ou seja, ocorre através da cutícula. 
 -ácaros pequenos com o tegumento muito fino, geralmente não apresentando escudos. 
 -A primeira e segunda coxas são separadas da terceira e da quarta; 
 -Alguns apresentam pré-tarso e ventosas formando carúnculas suportadas por finos 
 pedúnculos terminais, os pedicelos. 
 -As coxas se encontram inseridas na superfície ventral do corpo formando espessamento 
 do exoesqueleto, sendo denominadas de epímeros ou apódemas . Tais apódemas formam 
 um “Y” no propodossoma junto ao primeiro par de patas. 
 -Os palpos apresentam dois segmentos e as quelíceras geralmente são em forma de pinça. 
 -Podem apresentar sistema traqueal que se exterioriza através de áreas porosas em várias 
 regiões do corpo. 
 -Machos geralmente com ventosas copulatórias. 
 -O ciclo biológico compreende as fases de ovo, larva, proto-ninfa, deuto-ninfa, trito-ninfa 
 e adulto. No entanto a fase de deutoninfa ocorre nas espécies de vida livre, como forma de 
 dispersão. 
 -Patas curtas, sendo as posteriores menores que as anteriores. 
 - 
 ➔ Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública 
 - Presença de pus, crostas e escamas, alopecia, prurido e engrossamento da pele 
 -Uma das características principais dessa parasitose é o prurido que aparece à noite, 
 quando o hospedeiro vai dormir . 
 -Nas lesões cutâneas iniciais, observam-se áreas eritematosas, pápulas foliculares e 
 vesículas. 
 -A maioria dos sintomas cutâneos decorre de infecções secundárias. 
 -Há indicações de que a primeira infestação pelo ácaro não determina coceira imediata. 
 Depois de cerca de 1 mês, aparece o prurido (coceira); o paciente tornou-se então sensível 
 ao ácaro. 
 -Após ter sido infestado uma vez, ao se reinfestar, a inflamação ocorre em poucas horas 
 -Os animais acometidos apresentam coceira intensa, e as lesões costumam aparecer 
 inicialmente na cabeça, podendo atingir todo o corpo . 
 -Com o avançar da parasitose, há espessamento da pele (já que os ácaros estão 
 fazendo túneis na epiderme) e perda de pelo 
 - No cão, a sarna sarcóptica costuma se iniciar na cabeça, ao redor do focinho, dos olhos e 
 da concha das orelhas . Quando se desconfia que um cão está atacado por sarna, sempre 
 se deve examinar a parte inferior da margem posterior das orelhas. Nessa região, a sarna 
 provoca grande número de pequenas saliências, do tamanho de grãos de areia, de modo 
 que, ao apertar e passar essa região entre os dedos, tem-se uma sensação de aspereza . 
 -O animal costuma ter muita coceira e perda de pelo 
 -Em bovinos é rara; 
 -geralmente, aparece na parte interna das coxas, na face inferior do pescoço e na base da 
 cauda. 
 -Nos humanos, a sarna sarcóptica é muito contagiosa. 
 -A transmissão das fêmeas do ácaro ocorre principalmente por contato direto dos 
 hospedeiros ou fômites (roupas de cama, vestuário) e quase sempre é noturna. 
 - O ácaro localiza-se na epiderme, sob a camada córnea, frequentemente entre os dedos, 
 nos cotovelos, axilas, mamas, escroto e coxas, podendo estender-se para todo o corpo . 
 -Raramente aparece no rosto. 
 -O papel patogênico não reside somente na lesão produzida pelo ácaro, mas também na 
 contaminação secundária e nas escoriações provocadas pelo indivíduo ao se coçar 
 - há relatos, na literatura, de infestações de Sarcoptes scabiei em gatos, mas a sarna 
 comumente encontrada nessa espécie animal é a do gênero Notoedres 
 -Ácaros das sarnas sarcópticas dos animais podem infestar o ser humano , porém os 
 ácaros não escavam a pele e não se multiplicam. Ocorre apenas uma erupção papular 
 avermelhada, com prurido que desaparece em poucas semanas 
 -Os ácaros que causam a sarna sarcóptica dos animais domésticos são estruturalmente 
 semelhantes à espécie que causa a escabiose humana, mas representam subespécies de 
 S. scabiei. 
 -padrão de distribuição tipicamente envolve as porções ventrais do abdômen, tórax e patas, 
 a doença dissemina-se rapidamente e pode envolver todo o corpo, mas o dorso geralmente 
 é poupado; 
 -Com o tempo, auto-escoriações resultam em alopecia irregular localizada a disseminada e 
 evoluem para dermatite papulocrostosa generalizada. 
 - Hiperpigmentação e liquenificação são as lesões predominantes nos casos crônicos, 
 em razão da automutilação constante nas áreas infectadas do corpo 
 -anorexia, perda de peso e piodermite bacteriana secundária 
 ➔ Habitat 
 -Camadas superficiais da pele, a exceção da fêmea fecundada que penetra na pele 
 -Hospedeiros: Mamíferos domésticos e o homem 
 -Transmissão: Contato direto 
 -Ciclo: 10 a 21 dias 
 - Longevidade 
 *Machos: 2 meses 
 *Fêmeas: 3 meses 
 ➔ Ciclo Biológico 
 -Os ácaros são atraídos pelo odor e por estímulos térmicos do hospedeiro . 
 -Quando uma fêmea fertilizada encontra uma área satisfatória na pele, ela cava uma galeria 
 no extrato córneo, no qual se alimenta e deposita seus ovos. Os ovos eclodem e as larvas 
 se movem para a superfície, onde ocorre a muda para ninfa e adulto. 
 -A cópula ocorre na superfície ou nos túneis da pele. 
 -Os ovos se desenvolvem até adultos em 10 a 21 dias 
 -Durante a escavação, as fêmeas ficam aderidas no hospedeiro através de suas ventosas, 
 sabendo-se que as fêmeas percorrem de 0,5 a 5 mm diariamente onde permanecem e não 
 saem.-Coloca seus ovos (100 x 150 μm); elípticos ou ovóides 
 Eclosão em 2 a 5 dias; 
 -Cada fêmea põe dois ovos por dia, onde em temperaturas elevadas suas atividades 
 aumentam. O período de incubação dura três dias e de cada ovo eclode uma larva 
 hexápode (seis pernas), que permanece fazendo galerias na pele do animal. 
 -Essa larva passa por duas etapas antes de se transformar em ninfa (protoninfa e tritoninfa), 
 e nove dias após a eclosão surge a ninfa octópode (oito patas), e seguido dois dias, as 
 ninfas transformam-se em adultos 
 -Os machos saem de sua galeria e vão até a superfície atrás das fêmeas púberes, sendo 
 que, logo após o acasalamento estes morrem. 
 -O ciclo evolutivo do ovo da fêmea envolve de dez a quatorze dias e esses parasitos 
 alimentam-se de queratina e líquido do tecido do cão, denominado linfa; 
 -Como os machos morrem após o acasalamento, a sarna sarcóptica é dispersada 
 principalmente pelas fêmeas fecundadas; 
 -Após a fertilização pelo macho, as fêmeas produzem novos túneis 
 -As fêmeas maduras são sempre encontradas no extremo da galeria; 
 -Embora os ácaros da escabiose vivam em camadas superficiais da pele, o antígeno 
 desses ácaros pode alcançar a epiderme e a derme e induzir uma resposta imune celular e 
 humoral 
 - Muitos cães, desenvolvem uma reação de hipersensibilidade aos antígenos de S. scabiei, 
 sendo que a presença de 10 a 15 ácaros é suficiente para originar sinais clínicos severos 
 num indivíduo hipersensível. 
 -Os ácaros, seus resíduos e excrementos são os responsáveis pelas reações de 
 hipersensibilidade que levam ao prurido; 
 - escabiose é altamente contagiosa e transmitida principalmente por contato direto com um 
 animal infectado . 
 -Pode haver transmissão por fômites e pele infectada de animais por meio de contato com 
 material de higienização ou em canis 
 -geralmente atinge animais mais debilitados e seu período de incubação é de uma a duas 
 semanas no cão. 
 -Tal patogenia ocorre principalmente em cães com menos de um ano de idade, mas não se 
 pode descartar o envolvimento de fatores imunológicos e não há predisposição sexual ou 
 racial. 
 - incidência maior embora discreta, nos meses de inverno. 
 ➔ Controle 
 -Higienização dos animais, das instalações e fômites 
 - Tratamento de todos os animais do mesmo ambiente, incluindo àqueles sem 
 sintomatologia de sarna sarcóptica 
 - Cães > Isolamento e tratamento dos animais infestados; Banhos, aplicação de produtos 
 pour-on, administração oral ou injetável de fármacos (vide carrapatos); 
 -Bovinos > Banhos, produtos tópicos e administração oral ou injetável (vide carrapatos). 
 -Ruminantes, Suínos e Equinos > Isolamento/Quarentena de animais adquiridos; Aplicação 
 de solução acaricida nos animais e instalações; Tratar as fêmeas antes do parto e os 
 filhotes; Avaliar os animais periodicamente. 
 ➔ DIAGNÓSTICO 
 -baseia-se na história clínica de prurido intenso em áreas normalmente acometidas, no 
 contato com animal infectado e ao tratamento pouco responsivo com glicocorticóides; 
 -método laboratorial de eleição para se estabelecer o diagnóstico definitivo > observação 
 microscópica dos ácaros adultos ou dos seus ovos em amostras resultantes da 
 raspagem cutânea superficial das lesões . 
 -As raspagens são realizadas na direção de crescimento do pêlo, até se observar um ligeiro 
 sangramento capilar, deve-se usar uma substância oleosa (ex. óleo mineral) na lâmina do 
 bisturi e na pele. 
 ➔ TRATAMENTO 
 -banhar os cães com um xampu anti-seborréico para remover as crostas, seguido pela 
 aplicação de um escabicida tópico, por todo o corpo, em intervalos de sete dias, durante 
 cinco semanas; 
 -Diversos grupos farmacológicos por via tópica são indicados para o seu tratamento e 
 controle, como derivados de enxofre, piretróides e imidinas, e outros por via oral ou 
 injetável, como a ivermectina e as milbemicinas. 
 ● Família Sarcoptidae - Ácaros Escavadores » » Gênero Notoedres 
 - Notoedres cati: gatos 
 -N. cuniculi: coelhos 
 -N. muris: roedores 
 -Sarna da cabeça do gato. 
 -sarna notoédrica (sarna felina) é uma dermatose pruriginosa e formadora de crostas nos 
 gatos. 
 -O ácaro pode infestar cães e causar lesões transitórias nos seres humanos em contato 
 com os animais infestados. 
 -muito contagiosa e geralmente é transmitida por contato direto. 
 -O ácaro pode sobreviver fora do hospedeiro por alguns dias; 
 - lesões são notadas na face e pavilhão das orelhas e em regiões de pele mais fina e pêlos 
 escassos, mas podem se espalhar para outras partes do corpo. 
 -As lesões são crostosas com alto gau de prurido (coceira), podendo levar a lesões 
 traumáticas devido ao ato deles se coçarem com as unhas. 
 -morfologicamente similar ao Sarcoptes scabiei (sarna canina) ; 
 -Corpo globoso, contorno arredondado (0,1 a 0,4mm) 
 -Gnatossoma curto e largo 
 -Patas curtas e cônicas 
 - Estrias concêntricas “de impressões digitais do polegar” 
 -Sem espinhos no dorso 
 - Ânus dorsal cercado por pequenos espinhos delicados; 
 -Fêmeas > Estrias concêntricas interrompidas na região central por escamas 
 arredondadas, patas I e II com pedicelo longo e ventosa terminal e patas III e IV terminando 
 em uma cerda longa; 
 - Machos > Patas I, II e IV com pedicelo longo e ventosa terminal e patas III terminando em 
 uma cerda longa; 
 ➔ Habitat 
 -Camadas superficiais da pele (orelhas) 
 - Hospedeiros: Gatos, outros felídeos, raramente cães 
 -Transmissão: Contato direto 
 -Ciclo evolutivo similar a Sarcoptes scabiei > Em seu ciclo evolutivo, passam pelas fases 
 de ovo, larva, duas fases de ninfa, macho, fêmea imatura e fêmea adulta ou ovígera. A 
 transformação da fêmea imatura em adulta ocorre após a fertilização. A fêmea fertilizada 
 escava galerias na epiderme, onde se nutre de linfa; À medida que escava seu túnel, faz a 
 postura dos ovos, que vão surgindo com 2 a 3 dias de intervalo e se sucedem durante 2 
 meses, ficando para trás os mais velhos; A fêmea demora cerca de 30 min para atravessar 
 a camada córnea da pele. O trajeto das galerias pode ser reconhecido pelo aspecto irritativo 
 e pelas excreções enegrecidas que a fêmea vai deixando . Em 5 dias, os ovos geram larvas 
 hexápodes, que passam para a superfície da pele, onde procuram alimento e abrigo e 
 passam por uma ecdise, surgindo as ninfas octópodes. Após nova muda de pele, surgem 
 os machos e as fêmeas imaturas; os primeiros procuram estas últimas para a fertilização. 
 Passados alguns dias, a fêmea imatura, já fertilizada, passa por nova ecdise, o que resulta 
 na mudança para fêmea adulta, que procura penetrar na pele, recomeçando o ciclo. Assim, 
 o ciclo se completa em 10 a 20 dias 
 -Sarna notoédrica (sarna felina) é uma dermatose pruriginosa e formadora de crostas; 
 -Nos casos típicos as lesõesaparecem primeiramente na borda medial do pavilhão 
 auricular e em seguida se disseminam nas orelhas, face, pálpebras e pescoço. Pode 
 difundir-se pela cauda por contato quando o gato se limpa e dorme; 
 -coceira e formação de crostas, que se espessam, endurecem e se desenvolvem à 
 custa de exsudações de soro e extravasamento de sangue. 
 Eventualmente, pode se transferir para humanos 
 -Em coelhos, ocorre prurido nos lábios e na região nasal. 
 - Essa sarna é cefálica; inicia-se nas orelhas e depois desce pela parte ventral do pescoço, 
 podendo estender-se às patas e à região dos órgãos genitais. 
 -As lesões iniciais constituem-se de pequenas pápulas, que vão formando cadeias, 
 principalmente na borda das orelhas, deformando o contorno destas; em seguida, aparecem 
 crostas cinzento-amareladas, que provocam queda dos pelos. 
 ➔ Controle 
 -Higienização dos animais, das instalações e fômites 
 - Tratamento de todos os animais do mesmo ambiente, incluindo àqueles sem 
 sintomatologia de sarna notoédrica 
 - Ter cautela no uso de alguns acaricidas → alguns podem ser tóxicos para felinos. 
 ➔ diagnóstico 
 -baseia-se no hospedeiro envolvido, no intenso prurido na localização das lesões e na 
 rápida disseminação atingindo todos os filhotes da mesma ninhada. 
 - A confirmação é pelo achado de ácaros em raspados de pele , o que é semelhante à 
 sarna sarcóptica, pois um único ninho num raspado revela muitos ácaros 
 -N. cati é geralmente muito numeroso e facilmente encontrado nas raspagens de pele 
 ● Família Sarcoptidae - Gênero Cnemidocoptes (pronúncia: Quinemidocóptes) 
 -C. gallinae e C. mutans: galináceos 
 -C. jamaicensis: canários 
 -C. pilae: periquitos 
 -Contorno arredondado (0,2-0,4mm). 
 -Patas curtas com formato triangular e distanciamento maior entre o 2º e 3º pares; 
 -Não apresentam espinhos na face dorsal 
 -Corpo estriado; 
 -face dorsal com linhas que parecem impressões digitais 
 - Na base dos palpos, há duas barras longitudinais, que chegam até o nível das patas 
 - Gnatossoma mais largo do que longo 
 - Fêmeas sem ventosas nas patas. 
 -Epímeros do primeiro par de patas unidos, formando um U 
 - Machos com cerdas longas e ventosas em todas as patas. 
 -Epímeros do 1 o par de patas unidos, formando um Y 
 - Pedicelos não segmentados 
 - Ânus terminal com uma cerda de cada lado . 
 Macho com ventosas; Fêmea sem ventosas; 
 ➔ Biologia 
 -Habitat > Camadas superficiais da pele ; 
 - Hospedeiros: Aves domésticas; 
 -Transmissão: Contato direto; 
 -Ciclo evolutivo similar a Sarcoptes scabiei 
 -Sinais > As aves têm alopecia e prurido ao redor dos olhos e bico, as patas apresentam 
 aspecto engrossado com descamação da pele, podem apresentar hiperqueratose com 
 deformação do bico e das patas e com isso as aves têm dificuldade de se alimentar e 
 locomover . 
 ➔ Controle 
 -Higienização dos animais, das instalações e fômites 
 -Tratamento de todos os animais do mesmo ambiente 
 - Acaricidas em pó, spray, pour on 
 ● Família Psoroptidae - Ácaros não-escavadores - Gênero Psoroptes 
 - Espécie *Psoroptes ovis 
 » P. bovis 
 » P. caprae 
 » P. equi 
 » P. cuniculi 
 -ácaros superficiais e produzem formação de crostas espessas; 
 -Corpo ovóide 
 -Face dorsal sem espinhos 
 - Rostro longo e cônico 
 -Machos com ventosas (copuladoras) adanais; 
 - Patas longas e espessas . 
 -O quarto par de patas nos machos é menor que o terceiro . 
 -Tamanho 0,5 a 0,8mm 
 - Formato oval e com linhas ondeadas na superfície corporal 
 - Gnatossoma mais longo que largo 
 - Fêmeas: ventosas nas patas I, II e IV 
 -Machos: ventosas nas patas I, II e III 
 - Machos apresentam duas ventosas copulatórias ao lado do ânus e o 4º par de patas é 
 reduzido ; 
 - Patas projetadas para fora do corpo 
 - Patas: pedicelos trissegmentados e ventosas afuniladas 
 ➔ Biologia 
 -Habitat > Superfície da pele; 
 -Hospedeiros: Bovinos, ovinos, caprinos, equinos e coelhos 
 -Transmissão: Contato direto 
 -Ciclo evolutivo > Fêmeas ovipõem 90 ovos/ciclo; 4 estádios: Ovo → larva → ninfa → 
 adulto; Ciclo: 8 a 21 dias (média de 12); Superfície da pele sem penetração na mesma; 
 Podem alimentar-se de descamação de pele, sangue e produzem uma reação inflamatória; 
 ➔ Controle 
 -Higienização dos animais, das instalações e fômites 
 - Tratamento de todos os animais do mesmo ambiente, incluindo àqueles sem 
 sintomatologia de sarna psoróptica 
 - Acaricidas: banhos de aspersão ou imersão, oral ou injetável. 
 ● Família Psoroptidae - Gênero Chorioptes - Espécie Chorioptes bovis 
 -Semelhante ao Psoroptes sp. 
 -Tamanho 0,3 a 0,6mm 
 - Gnatossoma arredondado tão longo quanto largo 
 - Fêmeas: ventosas nas patas I, II e IV 
 -Machos: ventosas em todas as patas 
 - Patas projetadas para fora do corpo 
 - Patas: pedicelos curtos, simples, sem segmentação e ventosas em forma de taça ; 
 ➔ Biologia 
 -Habitat > Superfície da pele ; 
 - Hospedeiros: Bovinos, ovinos, caprinos, equinos e coelhos 
 - Transmissão: Contato direto 
 -Ciclo evolutivo > Semelhante a Psoroptes spp. 
 -Alimentam-se de escamas soltas e outros fragmentos cutâneos 
 - Controle > Acaricidas: banhos de aspersão ou imersão, oral ou injetável; 
 ● Família Psoroptidae - Gênero Otodectes 
 » Espécie Otodectes cynotis 
 -Hospedeiros: Cães, gatos, raposas, furões e outros carnívoros silvestres; 
 -Tamanho de 0,3 a 0,5 mm; 
 -Semelhante a Psoroptes spp.; 
 - Ventosas com pedicelos curtos e simples , sem segmentação ; 
 -Corpo ovóide; 
 -o 4° par de patas das fêmeas é muito pequeno ; 
 -Gnatossoma em forma de cone 
 -Fêmeas com ventosas nas patas I e II 
 -Epímeros convergentes 
 - Machos com ventosas em todas as patas 
 - Machos com ventosas copulatórias e sem tubérculos abdominais. 
 -principais causadores de otites externas nos animais (cão e gato) > são ácaros não 
 cavadores da pele, causando sarna não penetrante; 
 -podem causar otite pruriginosa que pode ser complicada por infecção bacteriana e/ou 
 fúngica. 
 -As deutoninfas não possuem o quarto par de patas e possuem na região dorso-posterior, 
 um par de ventosas utilizadas para se fixarem no macho adulto; 
 -No macho adulto, aparece na região ventral um par de ventosas copuladoras perto do 
 ânus; 
 - As fêmeas não são diferentes dos estágios imaturos, mas o quarto par de patas 
 reaparece; 
 há uma vulva ventralmente e as ventosas das deutoninfas não aparecem neste estágio; Ao 
 atingir a maturidade sexual, os pré-tarsos possuem pedicelos curtos, segmentados, no 
 primeiro e segundo pares de patas da fêmea e em todas as patas do macho. Alémdisso, o 
 corpo do macho é levemente bilobado posteriormente. 
 -ácaros da orelha são altamente contagiosos e não apresentam preferência por sexo, idade 
 e espécie do hospedeiro, de forma que todos os animais em contato devem, 
 presumivelmente, estarem infestados. 
 ➢ Biologia 
 -Habitat > Ouvido externo; 
 -Transmissão: Contato direto. 
 -alimentam-se de células epiteliais, linfa e sangue; 
 ➢ Controle 
 -Afastar os animais que estão parasitados; 
 - Tratamento de todos os animais do mesmo ambiente, incluindo àqueles sem 
 sintomatologia de sarna otodécica 
 - Aplicação de fármacos com ação otológica e/ou sistêmica 
 - Tratar possíveis otites e otohematomas como consequências da sarna otodécica . 
 ➢ Ciclo 
 -se divide em ovo, larva, protoninfa, deutoninfa e adulto. 
 -A fêmea do parasita coloca os ovos no canal auditivo do hospedeiro e após uma incubação 
 de quatro dias eclodem, dando origem a larvas que possuem três pares de patas. 
 -As larvas alimentam-se ativamente por três a dez dias e mudam para a forma de 
 protoninfas, que possuem quatro pares de patas. 
 -Após um período de 4 a 5 dias, as protoninfas mudam para deutoninfas. As deutoninfas 
 possuem um par de ventosas na posição dorso-posterior. Logo após o macho emergir, ele 
 se une por meio de sua ventosa adanal copuladora na ventosa posterior da deutoninfa e 
 ficam unidos. 
 Essa união é mais ou menos permanente; o macho arrasta a fêmea para onde ele for; e a 
 união persiste por alguns dias, dependendo do estágio de desenvolvimento da deutoninfa. 
 Algumas vezes, o adulto que emerge é uma fêmea, mas Outras vezes é outro macho 
 adulto. O macho adulto é incapaz de determinar o sexo da ninfa. 
 -Se um macho adulto é produzido a partir de uma deutoninfa, a união não possui significado 
 fisiológico, mas se uma fêmea é produzida, a cópula ocorre e a fêmea torna-se portadora de 
 ovos. A secreção que sai da vulva no momento da colocação dos ovos, se solidifica em 
 contato com o ar, e une firmemente os ovos no substrato. 
 -ciclo completo de ovo a ovo, dura em média três semanas. 
 - ácaros de ouvido são prolíficos; em um curto espaço de tempo a infestação pelo ácaro 
 pode se tornar grave; 
 ➢ Otite externa 
 - há uma inflamação do ambiente normal do canal auricular externo resultando em 
 hiperplasia das glândulas ceruminosas aumento de volume e produção de cerúmen; 
 -a epiderme e a derme espessam-se e tornam-se fibróticas; o espessamento das dobras 
 do canal reduz a sua largura, podendo resultar em calcificação da cartilagem auricular. 
 -Durante as fases iniciais de otite externa, o processo causador de inflamação do canal 
 auditivo resulta em graus variados de eritema na aurícula, meato externo e no revestimento 
 do canal. 
 -sintomas clínicos mais comuns: eritema, edema, otohematomas e exsudação, resultando 
 em um odor característico na lesão, passando por sinais de dor e irritação local, como 
 inclinação e maneios de cabeça, indicação essa de prurido intenso; 
 - aparecem pela ação de fatores primários que são capazes de iniciarem a inflamação do 
 ouvido normal; 
 -Dentre esses fatores podemos destacar: hipersensibilidades, atopias, corpos estranhos no 
 interior do ouvido, distúrbio da glândula sebácea (queratinização), doenças auto-imunes e a 
 presença do ácaro O. cynotis; 
 -Não faz galerias no tegumento, mas se alimenta de fluidos tissulares na profundidade do 
 canal auditivo, próximo do tímpano. 
 -Da porção média do conduto auditivo para o tímpano, aparecem crostas; o tímpano pode 
 mostrar-se hemorrágico. 
 -Em virtude da intensa irritação provocada pelo ácaro, o conduto inflama e produz cerume 
 escuro. Frequentemente, ambos os ouvidos são afetados 
 - Em casos de parasitoses intensas, os animais mostram sinais de distúrbios nervosos, 
 frequentemente se movendo em círculos ou sacudindo a cabeça . 
 - O ato de coçar, muitas vezes, produz hematomas na orelha. Infecções bacterianas 
 secundárias podem resultar em inflamações do ouvido médio e mesmo das meninges 
 ➢ Otite Parasitária por Sarna Otodécica 
 -O. cynotis o maior causador de otite parasitária, infectando o canal auricular externo e a 
 pele adjacente de cães, gatos, raposas e furões, provocando intensa irritação. 
 -sinais comuns das otoacaríases incluem irritação, prurido intenso, formação de crosta 
 espessa marrom-avermelhada e, devido ao auto-traumatismo, infecções secundárias por 
 bactérias ou fungos. 
 -Cães e, principalmente, gatos, em sua maioria, abrigam este ácaro, que nos animais 
 adultos têm uma associação quase que comensal com o hospedeiro e os sinais de irritação 
 aparecem apenas esporadicamente com a atividade transitória dos ácaros. 
 -a quantidade de cerúmen presente no ouvido influencia no grau de infestação pelo ácaro, 
 quanto maior a quantidade de cerúmen, menor a quantidade de ácaro nos ouvidos. 
 -Animais com condição corpórea ruim, quando infestados, possuem uma maior quantidade 
 de O. cynotis, isto pode ser atribuído ao sistema imune superior dos animais com condição 
 corpórea boa e maior resistência da pele desses animais contra a sarna. 
 ➢ Terapêutica 
 -objetivos gerais da terapia da otite externa por sarna otodécica são controlar ou remover os 
 fatores primários, reduzir a inflamação, resolver infecções bacterianas ou leveduras 
 secundárias, limpar e secar as orelhas. 
 -geralmente obtidos mediante o uso apropriado de terapias tópicas e, às vezes, sistêmicas 
 -Nos casos de otites por sarna otodécica, o tratamento não se restringe ao animal infectado 
 e, sim, a todos os cães e gatos que tenham contato com o animal portador, devido à 
 ubiquidade e alta infectividade do ácaro; 
 -o ouvido deve ser tratado concomitantemente com o corpo inteiro, inclusive se a opção 
 terapêutica for exclusivamente tópica. 
 -A limpeza dos condutos auditivos e do ouvido médio pode ser necessária para a 
 eliminação eficaz ou para o controle das causas primárias e dos fatores perpetuantes; 
 -manter a orelha limpa e seca é importante no controle da otite externa. 
 -O acúmulo de secreção oleosa, de cera e debris pode irritar diretamente a orelha ou conter 
 material estranho microscópico que seja irritante. 
 -Debris também produzem um microambiente favorável à proliferação de bactérias e 
 leveduras e pode impedir que a medicação entre em contato com o revestimento da orelha, 
 além de inativar os constituintes destas (p. ex.: polimixina B). Os debris também podem 
 prejudicar significativamente a audição. 
 -A limpeza rigorosa da orelha não deve ser tentada nas orelhas gravemente tumefatas ou 
 proliferativas. Estas orelhas são mais bem tratadas usando-se primeiro glicocorticóides 
 sistêmicos e/ou tópicos (em dosagens anti-inflamatórias) e antibióticos. Uma vez que os 
 canaisestejam “abertos”, pode-se conseguir uma limpeza mais eficaz dos condutos. 
 -limpeza da orelha em geral é realizada com o uso de ceruminolíticos tópicos e/ou um 
 sistema de irrigação . 
 -Os ceruminolíticos geralmente são surfactantes e detergentes, que emulsificam, 
 amolecem e degradam os debris de cera e exsudato. 
 Os exemplos, em ordem decrescente de potência, incluem dioctila sódica ou 
 sulfossuccinato de cálcio, peróxido de carbamina (age como umectante pela liberação de 
 uréia e também libera oxigênio para criar uma ação espumante), esqualeno, trietanolamina 
 e hexametiltetracosano, propilenoglicol, glicerina e óleo mineral. 
 -Outros ingredientes frequentemente incluídos em ceruminolíticos incluem ácidos 
 alfa-hidróxi (p. ex.: ácidos lático, salicílico, benzóico e málico), que têm efeitos significativos 
 na redução do pH, efeitos queratolíticos e discretos efeitos antibacterianos e antifúngicos, 
 álcool, clorbutanol e mirisato isopropil. 
 -Os ceruminolíticos em geral são colocados nas orelhas de cinco a 15 minutos antes do 
 método de irrigação para facilitar a degradação dos debris. 
 -Os ceruminolíticos podem ser irrigados com água, salina ou uma solução germicida, como 
 clorexidina, iodo-povidona, iodo-polidrioxidina (Xenodyne) ou ácido acético. 
 -Produtos ceruminolíticos mais moderados (frequentemente comercializados na forma de 
 combinações limpantes/secantes; p. ex.: Epi-Otic, Oti-Cleans) podem ser utilizados por 
 proprietários para irrigações em casa. 
 - Ceruminolíticos e soluções para irrigação têm o potencial de ser ototóxicos e não 
 devem ser usados em presença do tímpano perfurado. 
 -Enche-se o ouvido com a solução e faz-se a massagem. 
 - O cão ou gato, então, sacode e cabeça e a solução sai. Este procedimento deve ser 
 repetido diariamente ou a cada dois dias. 
 ● Família Demodicidae - Ácaros Escavadores » Gênero Demodex 
 » Demodex canis (cães) 
 » D. bovis (bovinos) 
 » D. caprae (caprinos) 
 » D. equi (equinos) 
 » D. phylloides (suínos) 
 » D. cuniculi (coelhos) 
 -Corpo vermiforme, afilado e alongado (0,1 a 0,4mm), 
 -parte posterior estriada transversalmente 
 -Gnatossoma curto e largo 
 -Cabeça fundida ao tórax (cefalotórax) 
 - Larvas: 3 pares de patas curtas 
 -Ninfas e Adultos: 4 pares de patas curtas localizadas no terço anterior do corpo 
 anteriormente; 
 ➢ Biologia 
 -Habitat > Folículos pilosos 
 Ocasionalmente nas glândulas sebáceas e sudoríparas; 
 - Hospedeiros: Mamíferos domésticos e o homem 
 - Transmissão: Não é contagiosa; 
 -Contato tem que ser íntimo e prolongado (ex: aleitamento). 
 -agente causador da demodicose canina e felina ; 
 ➢ Demodicose felina 
 -doença cutânea parasitária inflamatória causada por proliferação anormal de ácaros do 
 gênero Demodex, que quando presentes em baixo número são considerados parte da fauna 
 normal da pele, sendo a doença clínica mais reconhecida no cão do que no gato 
 -considerada uma doença cutânea rara de gato 
 -patologia de pele menos comum associada a ácaros em felinos, podendo algumas vezes 
 ser contagiosa. 
 -ácaros demodex são comensais da pele felina normal 
 - identificadas duas espécies diferentes desses ácaros: Demodex gatoi e Demodex cati , 
 estando este último geralmente associado a doenças subjacentes tais como infecções 
 virais e doenças endócrinas como diabetes melito e hiperadrenocorticalismo, 
 assemelhando-se bastante a infecção por Demodex canis em cães 
 -infecções por Demodex cati também são atribuídas a animais imunossuprimidos ou em 
 consequência da administração de tratamentos imunossupressores. 
 -demodex cati vive nas unidades pilosebáceas, ou seja, nos folículos pilosos, glândulas e 
 ductos sebáceos ocasionando a demodicose folicular ou localizada 
 - o Demodex gatoi se localiza na epiderme superficial e é contagioso, causando 
 dermatopatia pruriginosa, sendo responsável pela demodicose superficial ou 
 generalizada 
 -As infecções por Demodex cati são mais sérias do que as infecções causadas pelas 
 outras espécies de Demodex 
 -ácaros vivem e completam seu ciclo vital nos folículos capilares e glândulas sebáceas do 
 hospedeiro e as infecções por Demodex não produzem sinais clínicos na maioria dos 
 animais infectados. 
 -não existe predisposição de idade, sexo nem raça aparente para que o animal venha a 
 apresentar sintomas da doença; 
 -siameses e birmaneses têm maior predisposição 
 - maioria dos casos ocorre em animais idosos . 
 -Na doença localizada: alopecia dispersa com eritema e caspa acometendo a face e a 
 cabeça do animal especialmente as pálpebras e pele periocular, podendo ainda ocorrer 
 como otite externa ceruminosa pruriginosa; prurido pode estar presente ou não e em alguns 
 animais pode-se observar traumatismo auto induzido por mordeduras; Na doença 
 generalizada estão presentes lesões como máculas multifocais variavelmente pruriginosas, 
 com prurido variando de ausente a extremo, áreas de alopecia simétricas, assimétricas, 
 regionais ou multifocais, hiperpigmentação, eritema e descamação, acometendo a 
 cabeça, o pescoço, o tronco, os membros e o ventre . 
 ➢ Ciclo evolutivo 
 - As espécies de Demodex vivem como comensais na pele da maioria dos mamíferos, 
 considerados excepcionais por sua seletividade em relação a determinadas áreas 
 cutâneas, como folículos pilosos e glândulas sebáceas . 
 -As espécies, em sua maioria, passam todo o ciclo evolutivo nos folículos ou nas glândulas, 
 nos quais encontram-se em grandes quantidades quando instala-se o quadro 
 dermatológico. 
 -Os ácaros movem-se nos habitats aumentados, penetrando mais profundamente na 
 derme que os sarcoptídeos e sendo, portanto, menos acessíveis pelos acaricidas de ação 
 superficial 
 -O ciclo acontece inteiramente no hospedeiro e é constituído por quatro estágios: ovo, 
 larva, ninfa (dois estágios) e adulto. 
 -leva entre 20 e 35 dias para se completar 
 -ovos são fusiformes e deles eclodem pequenas larvas com três pares de patas , que 
 mudam para forma de ninfas com quatro pares de patas e em seguida para a forma 
 adulta. 
 -As fêmeas adultas são comumente maiores que os machos adultos; 
 ➢ Controle 
 -A literatura recomenda não utilizar animais parasitados para reprodução, estudar caso a 
 caso 
 -Acredita-se em condições de genética, imunossupressão, alterações hormonais, raça 
 como fatores de predisposição 
 -Tratamento de todos os animais com sarna demodécica ou demodicose , principalmente 
 do tipo generalizada. 
 -Demodicose localizada > Normalmente tem recuperação sem tratamento 
 -Demodicose generalizada > Tosar o animal ; Aplicação tópica, oral ou injetável de fármacos 
 (vide carrapatos); 
 ● Diagnóstico de sarnas: Raspado Cutâneo 
 -obtida fazendo-se um raspado do material cutâneo para a obtenção de exemplares do 
 ácaro e por meio da observação microscópica . 
 -Sarcoptes e Notoedres : é feito por meioda coleta de material suspeito; para ácaros que 
 penetram profundamente, como Sarcoptes e Notoedres, deve-se fazer uma dobra na pele, 
 colocar um pouco de óleo mineral no local ou mergulhar a lâmina de bisturi (sem fio, usada, 
 gasta) no óleo mineral e raspar sobre a prega de pele, mantendo um ângulo reto da lâmina 
 com a pele até produzir um leve sangramento ( escarificação ). 
 -Colocar o material entre lâmina e lamínula e olhar no microscópio óptico em aumento de 
 100 vezes 
 - Cnemidocopte s: amolecer as crostas das patas ou do bico com água morna e óleo 
 mineral. Remover as crostas soltas, macerar e olhar no microscópio entre lâmina e 
 lamínula em 100 aumentos. Não puxar as crostas que não estiverem frouxas ou soltas, 
 pois causam lesões 
 - Psoroptes, Chorioptes, Otodectes, Myocoptes, Leporacarus e Chirodiscoides : deve-se 
 coletar alguns pelos e raspar as crostas soltas. Guardar em pote bem fechado. Macerar 
 algumas crostas com óleo mineral e colocar em uma lâmina. Pode-se clarificar com uma 
 gota de lactofenol . Observar no microscópio entre lâmina e lamínula em aumento de 100 
 vezes. 
 -Identificação das principais sarnas dos animais domésticos: 
 1. Primeiro passo: Identificar se a sarna é superficial ou penetrante: Todas as sarnas 
 penetrantes têm o 1° par de patas pequeno, o qual não ultrapassa ou levemente 
 ultrapassa o aparelho bucal; As sarnas superficiais têm patas bem longas, que 
 ultrapassam o aparelho bucal 
 2. Segundo passo: identificar qual o gênero da sarna. 
 ● Penetrantes 
 ➔ Sarcoptidae 
 1. Sarcoptes: tem espinhos na face dorsal e no ânus terminal 
 2. Notoedres: não tem espinhos, e sim impressões digitais, e o ânus é dorsal 
 ➔ Cnemidocoptidae 
 1. Cnemidocoptes: a forma mais fácil de identificá-la é pelo gnatossoma, que é 
 mais largo do que alto; Na família Sarcoptidae, a largura e a altura do 
 gnatossoma são proporcionais . 
 ➔ Demodecidae 
 1. Demodex: além de ter patas curtas, o formato do corpo é alongado, 
 parecendo um charutinho. 
 ● Superficiais 
 ➔ Psoroptidae 
 1. Psoroptes: no final de algumas patas de todas as sarnas, há um pedicelo e, 
 na ponta dele, uma ventosa. Nesse gênero, o pedicelo é longo e triarticulado, 
 característico dessa sarna 
 2. Otodectes: o pedicelo é curto e, no final dele, há uma grande ventosa 
 transparente; os epímeros são convergentes 
 3. Chorioptes: o pedicelo é muito curto e difícil de ver; no final dele, há uma 
 grande ventosa transparente, e os epímeros são divergentes

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