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Lombalgia Região lombar baixa à se estende da 12ª costela até as cristas ilíacas, bilateralmente Região glútea à vai das cristas ilíacas até as pregas glúteas. Definida pela localização da dor, tipicamente entre as margens das costelas inferiores (12) e as pregas das nádegas Caracterizada por uma série de dimensões biofísicas, psicológicas e sociais que prejudicam a função, a participação social e a prosperidade financeira pessoal Comumente acompanhada de dor em uma ou ambas as pernas e algumas pessoas com lombalgia apresentam sintomas neurológicos associados nos membros inferiores. Sintoma extremamente comum experimentado por pessoas de todas as idades Principal causa de incapacidade em todo o mundo Para quase todas as pessoas que apresentam lombalgia, a fonte nociceptiva específica não pode ser identificada à lombalgia inespecífica Existem algumas causas graves de lombalgia persistente (malignidade, fratura, infecção ou distúrbios inflamatórios, como espondiloartrite axial) à identificação e tratamento específico Anatomia da região lombar Estruturas que constituem a coluna lombar: • Músculos • Fáscias • Ligamentos • Tendões • Articulações facetarias • Elementos neurovasculares • Vértebras • Discos intervertebrais à absorvem o choque, preservam os movimentos da coluna e distribuem as forças axiais e de torção Todas essas estruturas são suscetíveis a estressores bioquímicos, degenerativos e traumáticos Fatores de risco (associados à progressão da doe lombar aguda para crônica) Fatores genéticos Sexo feminino Estilo de vida (por exemplo, estilo de vida sedentário, obesidade e tabagismo) Fatores psicossociais (pouco apoio social, ansiedade, depressão e catastrofização) Mecanismos de enfrentamento deficientes (por exemplo, comportamento de evitar o medo) Lesões traumáticas Riscos ocupacionais (por exemplo, trabalhos de construção e outros tipos de trabalho manual, baixa satisfação no trabalho e hostilidadeambiente de trabalho) Ganho secundário Maior carga de doença (por exemplo, maior dor basal, maior deficiência e uso de opióides Classificação Mecânica • Alteração nas dinâmicas de pressão na coluna lombar e pelve Radicular • Predominância de mecanismos neuropáticos, pela compressão de estruturas nervosas • Geralmente por hérnias discais ou estenose de canal Nociplástica • Primariamente relacionada às síndromes de amplificação dolorosa, geradas pela sensibilização de vias do SNC Mistas • Mais de um mecanismo envolvido Etiologias Dor inespecífica (>85%) Dor nas costas na ausência de condição subjacente específica que possa ser identificada de forma confiável Geralmente há melhora em semanas Dor mecânica Fraturas traumáticas ou osteoporóticas Doenças degenerativa • Espondilose • Osteoartrite Estenose espinal Doenças congênitas Distensão lombar Doença visceral Aneurisma da aorta Doença gastrointestinal • Pancreatite • Colecistite • Úlcera penetrante Órgãos pélvicos • Prostatite • Endometriose • Doença inflamatória pélvica crônica Doença renal • Nefrolitíase • Pielonefrite • Abscesso perinefrético Hérnia de gordura do espaço lombar Etiologias graves (< 1%) Compressão do cordão espinhal ou cauda equina Câncer metastático Infecção da coluna vertebral Sintomas neurológicos associados Fisiopatologia A maioria das estruturas da região lombar pode contribuir para a dor lombar se forem alteradas bioquimicamente (por exemplo, por inflamação) ou danificadas por degeneração ou trauma Degeneração discal Durante a cicatrização, ocorre neovascularização e nervos sensoriais minúsculos podem penetrar no anel rompido e no núcleo pulposo, levando à sensibilização mecânica e química. dor nas costas e limitações de atividade. Semelhante a outras fontes de dor mecânica, a dor discogênica pode se estender para a parte superior e ocasionalmente para a parte inferior das pernas em um padrão não dermatomal. Dor radicular A dor lombar que se estende até a perna, geralmente abaixo do joelho (dor radicular), pode resultar de compressão mecânica da raiz nervosa e irritação química de vários mediadores inflamatórios que vazam para fora do nervo degenerado. Difere da dor referida das articulações, músculos e discos por irradiar em um dermátomo Causa mais comum à núcleo pulposo herniado • Após 60 anos à estenose espinhal o Frequentemente coexiste com outras condições o mais comum no nível L4-L5 o pode resultar de § hipertrofia da articulação facetária e do ligamento amarelo § pedículos congenitamente curtos § espondilolistese. o Pode causar compressão mecânica crônica resultando em lesão axonal ou isquemia da raiz nervosa OBS.: núcleo pulposo herniado e estenose espinhal são diagnósticos radiológicos • nem todas as pessoas com estenose e hérnias têm dor A maioria, mas não todos, os casos de dor radicular lombar ocorrem concomitantemente com dor nas costas Artropatia facetária Articulações facetárias à conectam as vértebras adjacentes • desempenham um papel na limitação dos movimentos da coluna à seu papel no suporte de carga torna-se proeminente à medida que os discos envelhecem e degeneram Essas articulações também são propensas a alterações degenerativas, mais comumente osteoartrite Dor articular da faceta lombar à apresentação variável • Os níveis lombares superiores estão associados à dor não dermatomal que se projeta no quadril, flanco e aspectos laterais da parte superior da coxa, o que contrasta com a dor sentida nos aspectos laterais ou posteriores da coxa observada nos níveis inferiores. Articulações mais comumente afetadas à de L4-L5 e L5-S1 à podem, às vezes, produzir sintomas neurorradiculares que se estendem para a parte inferior da perna Dor miofascial Músculos, fáscia e ligamentos também podem ser geradores de dor Músculos que podem contribuir potencialmente para a dor lombar: • músculos intrínsecos profundos (por exemplo, multífidos ou rotatores) • músculos mais superficiais longuíssimo, espinhal e iliocostal, coletivamente referidos como músculos eretores da espinha. Os músculos das costas são essenciais para a rigidez e função normais da coluna à dor lombar crônica pode estar paradoxalmente associada à atrofia e ao aumento da atividade mioelétrica A patologia muscular representa uma fonte subestimada de dor lombar, muitas vezes diagnosticada erroneamente como inespecífica, e frequentemente surge como consequência de outra patologia primária. A dor miofascial pode resultar de uso excessivo, lesões agudas por estiramento ou lacerações e espasmo muscular difuso ou localizado (por exemplo, pontos-gatilho). Dor nas articulações sacroilíacas Articulação sacroilíaca à extensa rede de ligamentos tanto dorsal quanto ventralmente, e uma cápsula articular no terço anterior e inferior da junção sacroilíaca. Dor na articulação sacroilíaca se apresenta mais frequentemente nas nádegas • pode se manifestar como dor lombar, irradiando ou não para a perna Os ligamentos e a cápsula fibrosa são cheios de nociceptores à podem ser uma fonte de dor Patologia intra-articular à mais comum em pessoas idosas Patologia extra-articular à indivíduos mais jovens com sensibilidade proeminente e causa traumática Espondiloartropatias Família de doenças reumáticas inflamatórias, como espondilite anquilosante e artrite psoriática. Geralmente incluem múltiplas articulações • Espondilite anquilosante e espondiloartrite axial afetam preferencialmente a região lombar. Outras manifestações espinhais incluem entesite e autofusão Dor nociplásica Anormalidades podem ou não estar presentes, mas o principal mecanismo é a sensibilização do sistema nervoso. Pode estar presente em casos de lombalgia nociceptiva ou neuropática. Diagnóstico Classificação da dor lombar Importante classificar durante a triagemdiagnóstica em: • Distúrbio visceral • Doença espinal específica • Síndromes radiculares • Lombalgia inespecífica História clínica Duração dos sintomas • Aguda • Subaguda • Crônica Localização da dor e da irradiação Desenvolver mais a sensação da dor • sensações de queimação • lancinação • dormência • choque elétrico Circunstância que a dor iniciou, se houver Fatores atenuantes e provocadores Histórico anterior de dor Mudanças temporais na apresentação Funcionalidade do paciente com dor durante o trabalho e atividades diárias Investigar bandeiras vermelhas à possível causa progressiva ou instável para dor Histórico de infecções recentes Sintomatologia associada Avaliação do sofrimento social ou psicológico Exame físico Geral • Sinais vitais • Estado de deambulação (dispositivos auxiliares, mobilidade e marcha) • Sinais de angústia Exame neurológico Inspeção da coluna toracolombar Palpação sobre o processo Amplitude dos movimentos Forca motora nas costas e extremidades inferiores Sensibilidade Reflexos tendíneos profundos Reflexos do neurônio motor superior Testes para distúrbios específicos Exames complementares Tratamento
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