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Tutoria 2 - Módulo 1 - P5 - Dor crônica

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Anna Déborah Martins - FITS - Medicina - 5º Período
Tutoria 2 - Módulo 1 - P5
1. Termos desconhecidos:
● Lombociatalgia;
● RPG
Reeducação postural global
Visa harmonizar o trabalho muscular modulando o tônus muscular e os estímulos
nociceptivos.
Ajuda na liberação de toxinas, fortalecimento do sistema imune, estimula o sistema
circulatório, melhora osono, auxilia nos distúrbios do sistema nervoso.
É diferenciado por não tratar de modo segmentar, mas sim a cadeia muscular
acometida, as causas e as consequências do problema.
Dura cerca de 1h cada sessão.
Trabalha de modo que os músculos estáticos sejam alongados e os dinâmicos
contraídos. Em casa sessão são trabalhadas no máximo 3 posturas
● Membro inferior direito (grau) - como mensurar a diminuição da força dos MMII
● Dermátomos:
Dermátomo é uma área da pele em que todos os nervos sensoriais vêm de uma
única raiz nervosa.
● Lordose fisiológica:
Lordose é uma das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral, presente na coluna
lombar e cervical. No entanto, é também o nome popular do desvio que acentua
essa angulação. A condição é marcada por uma maior projeção “para dentro” da
coluna, o que podemos chamar ainda de hiperlordose.
● Manobra de mingazzini:
Teste para evidenciar uma paresia ligeira de um membro inferior. O teste é positivo
quando, ao mandar o doente elevar em paralelo os dois membros inferiores, o
membro afetado cai.
Em decúbito dorsal, o paciente deve executar movimentos de flexão e extensão dos
pés, pernas e coxas. Em seguida, o examinador opõe resistência aos movimentos e
compara a força entre segmentos simétricos do paciente. A manobra de
Mingazzini é a manobra deficitária mais utilizada nos membros inferiores.
Nervo abducente: Reto lateral.
● Reflexo de aquileu:
Aquileu. Nesse caso a percussão se dá no tendão de Aquiles, objetivando avaliar a
integridade do nervo tibial posterior e as raízes L5-S1, esperando-se uma resposta
normal de flexão do pé.
https://www.youtube.com/watch?v=bikFFrx8BOE
https://www.youtube.com/watch?v=b8B-a3KNG1w
● Hipoestesia tátil:
A hipoestesia é um problema de percepção, onde ocorre uma distorção sensorial.
Logo, aparece uma redução parcial ou total da sensibilidade da pele. Um paciente
com hipoestesia pode ter menos sensibilidade à dor, mudanças na temperatura ou
ainda capturar estímulos táteis de maneira atenuada
● Dor neuropática
● Dor nociceptiva
2. Entender a fisiopatologia, tratamento medicamentoso e não medicamentoso da dor crônica
A dor crônica deve ser classificada em dois grupos principais: nociceptiva (estímulos
de receptores periféricos da dor existentes na pele, nas articulações e nos músculos) e
neuropática (também conhecida como neurogênica, significando que a lesão do
https://www.youtube.com/watch?v=bikFFrx8BOE
https://www.youtube.com/watch?v=b8B-a3KNG1w
Anna Déborah Martins - FITS - Medicina - 5º Período
sistema nervoso é responsável pela dor). Em geral, a dor é multifatorial e os fatores
desencadeantes podem ser primários e secundários.
Dor neuropática é a dor causada por um grupo heterogêneo de distúrbios clínicos
muito variáveis quanto à etiologia e à manifestação clínica. Isso inclui os sinais e os
sintomas provocados por uma lesão primária do sistema nervoso periférico, ou pela
disfunção do sistema nervoso central sem qualquer estimulação dos receptores
nociceptivos (p. ex., neuralgia pós-hepática). Por outro lado, a dor nociceptiva é uma
resposta desencadeada por um estímulo periférico desagradável, lesivoo ou
potencialmente deletério
A dor crônica resulta de fatores biológicos, psicológicos e sociais combinados e, na
maioria das vezes, requer uma abordagem multifatorial para o manejo. Além das
terapias não farmacológicas, muitos pacientes necessitam de medicamentos para
controlar a dor.
A escolha ideal da terapia farmacológica depende do tipo de síndrome da dor crônica.
Em particular, a dor neuropática deve ser diferenciada da dor nociceptiva, uma vez
que os tratamentos diferem. Para pacientes com suspeita de dor predominantemente
nociceptiva, se o tratamento farmacológico usual (como parte de um plano de
tratamento multidisciplinar) for ineficaz, reconsidere se o paciente pode ter dor
neuropática ou centralizada, ou uma combinação de ambas, e modifique o tratamento
de acordo.
● Dor lombar crônica: abordagem ao gerenciamento
Todos os pacientes com dor lombar crônica (dor que persiste além de 12 semanas)
devem receber aconselhamento de autocuidado e participar de exercícios ou terapia
baseada em movimento.
3. Conhecer os efeitos adversos do AINE e glicocorticóides
● AINES:
○ Sistema nervoso central: cefaleias, zumbido, tontura, e, raramente, meningite
asséptica.
○ Cardiovasculares: retenção hídrica, hipertensão, edema e, raramente, infarto
do miocárdio e insuficiência cardíaca congestiva (ICC).
○ Gastrintestinais: dor abdominal, displasia, náuseas, vômitos e, raramente,
úlceras ou sangramentos.
○ Hematológicos: raramente, trombocitopenia, neutropenia ou até mesmo
anemia aplásica.
○ Pulmonares: asma.
○ Cutâneos: exantemas de todos os tipos, prurido.
○ Renal: insuficiência renal, falência renal, hiperpotassemia e proteinúria.
● GLICOCORTICÓIDES:
○ Desenvolvimento de diabetes:
Os glicocorticóides aumentam os níveis séricos de glicose e, portanto,
estimulam a liberação de insulina e inibem a captação de glicose pelas células
musculares, ao mesmo tempo em que estimulam a lipase sensível ao hormônio,
portanto, a lipólise. A secreção aumentada de insulina estimula a lipogênese e,
em menor grau, inibe a lipólise, com consequente aumento efetivo na
deposição de gordura, em conjunto com aumento na liberação de ácidos
graxos e de glicerol na circulação.
Os resultados finais dessas ações são mais evidentes em jejum, quando o
suprimento de glicose a partir da gliconeogênese, a liberação de aminoácidos
pelo metabolismo muscular, a inibição da captação periférica de glicose e a
estimulação da lipólise contribuem, todos eles, para a manutenção de um
suprimento adequado de glicose para o cérebro.
Anna Déborah Martins - FITS - Medicina - 5º Período
○ Redistribuição do tecido adiposo (face e abdômen);
○ Redução de massa muscular;
Apesar de estimularem a síntese de RNA e de proteínas no fígado, eles exerce
efeitos catabólicos e anti anabólicos nos tecidos linfóides e conectivo, no
músculo, na gordura periférica e na pele. Os glicocorticóides, em grande
quantidade suprafisiológicas, provocam redução da massa muscular, fraqueza
e adelgaçamento da pele.
Os efeitos catabólicos e anti anabólicos no osso constituem a causa da
osteoporose na síndrome de cushing e representam uma importante limitação
no uso terapêutico em longo prazo desses hormônios.
○ Osteoporose;
○ Hipertensão arterial;
○ Depressão;
○ Síndrome de cushing;
4. Compreender a lombociatalgia (fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico, etiologia, fatores de risco,
tratamento)
A lombalgia é definida como dor e desconforto localizados entre a margem costal e a
prega glútea inferior, com ou sem dor na perna. Em 60% dos casos pode haver dor
irradiada para o membro inferior, e esse quadro é chamado de lombociatalgia, que
pode ser de origem radicular ou referida.
Ciatalgia - qualquer dor (incluindo a dor referida) sentida na distribuição do nervo
ciático na perna.
Lombociatalgia - além da dor no trajeto do nervo ciático, apresenta também
lombalgia.
- Aguda: após atividade física / início súbito / duração de 6 semanas;
- Crônica: após 12 semanas;
- Pode ser também persistente, episódica ou recorrente.
Pseudo ciatalgia: síndrome do piriforme - da passagem do nervo ciático abaixo do
músculo piriforme, o aumento de seu tônus comprime e inama o nervo, acarretando
dor
- Dor no quadril, sem a irradiação para parte posterior da coxa
Crualgia: dor no nervo crural (dor em queimação, por vezes em pontada ou
formigamento, na parte anteriorda coxa).
● Fisiopatologia:
○ nnn
➔ Dor local - causada por lesões a estruturas sensíveis à dor que comprimem ou
irritam as terminações nervosas sensitivas.
➔ Dor de origem vertebral - localizadanas costas e referida às nádegas ou
pernas. Nas doenças que acometem a coluna lombar superior, a dor é na
região lombar, face anterior das coxas ou virilha, já na coluna lombar inferior, a
dor é referida nas nádegas, face posterior da coxa, panturrilha ou pés.
➔ Dor radicular - bem definida e irradia-se da região das costas para uma perna
no território da raiz nervosa. A tosse, espirro ou contração involuntária da
parede abdominal podem provocar ou piorar a dor irradiada. A dor pode
aumentar com posturas que causam o estiramento do nervo ou da raiz
nervosa. Sentar com a perna estendida faz tração sobre o nervo ciático e sobre
as raízes L5/S1, visto que o nervo ciático passa posteriormente ao quadril.
○ O anel broso e o núcleo pulposo são desprovidos de inervação;
○ A inamação e a produção de citocinas pró-inamatórias no interior do núcleo
pulposo rompido podedesencadear ou perpetuar uma dor lombar;
Anna Déborah Martins - FITS - Medicina - 5º Período
- Liberação de mediadores inamatórios como fosfolipase A, prostaglandina
E2, interleucina 1 eTNF-alfa, com lesão axonal e das células de Schwann e
isquemia da raiz nervosa.
○ A invaginação de bras nervosas nociceptivas para dentro do núcleo pulposo
do disco acometido pode serresponsável por algumas dores “discogênicas”
crônicas.
○ A lesão de raiz nervosa por hérnia de disco costuma ser causada por
inamação, mas a herniação lateral podeproduzir compressão no recesso
lateral ou no forame intervertebral.
○ Os discos mais acometidos são os entre L4 e l5 ou L5 e S1.
○ A raiz mais acometida é a de S1 por ser a maior do plexo lombossacral
passando pelo forame mais estreito.
○ A hérnia pode ser protrusa (núcleo do disco intacto, mas com perda do
formato) ou extrusa (núcleodeformado, formando uma gota)
● Quadro clínico:
A DN é espontânea e pode ter algumas características clínicas específicas, como:
○ Hiperalgesia: dor exagerada (desproporcional) a um estímulo habitualmente
doloroso;
○ Hiperpatia: reação exagerada aos estímulos álgicos intensos ou repetitivos
aplicados em regiões hipoestésicas;
○ Alodínea: dor devido a um estímulo que normalmente não provoca dor.
Lombalgia com irradiação para os membros inferiores - dor radicular ou “dor
ciática”.
Geralmente me choque, para a porção posterolateral do MI (unilateral na maioria
dos casos).
A lombalgia piora com a exão do tronco para frente, já a dor radicular no MI piora
com a exão do quadril
● Causas:
1. Protusão discal: é uma distensão ou saliência do anel fibroso que envolve os
discos intervertebrais devido ao seu achatamento ou abaulamento quando
enfraquecido.
2. Hérnia de disco: Condição em que além do processo inflamatório sobre a raiz
nervosa há uma compressão mecânica dessa raiz pelo disco intervertebral. Tal
condição tem maior incidência entre a terceira e quarta décadas de vida. Isso,
pois nessa fase da vida o processo degenerativo do disco intervertebral
encontra-se em um momento em que ainda há pressão no interior do núcleo
pulposo, porém o ânulo fibroso já apresenta redução de sua capacidade de
resistir a essa pressão interna. Com isso ocorrem rupturas no ânulo fibroso e
consequente compressão de uma raiz nervosa no interior do canal vertebral ou
no forâmen intervertebral.
3. Estenose de canal vertebral: Condição que pode ser congênita, na minoria dos
casos e degenerativa, na maioria, em que o diâmetro do canal vertebral está
entre 10 e 12mm secundário ao espessamento ósseo das lâminas e facetas
articulares, hipertrofia do ligamento amarelo, ossificação do ligamento
longitudinal posterior e hiperlordose. Tal condição está relacionada à
compressão nervosa mecânica e também a insuficiência vascular e isquemia
relativa.
4. Síndrome pós-laminectomia: Cerca de 10 a 40% dos pacientes que são
submetidos a cirurgia de coluna lombar para alívio de dor, independente da
técnica cirúrgica utilizada, evoluem com dor crônica neuropática no membro
Anna Déborah Martins - FITS - Medicina - 5º Período
inferior que é responsável por perda da QV. Tal condição tem etiologia
multifatorial e está relacionada a eventos pré, intra e pós-operatórios.
5. Síndrome do piriforme: Tal condição está relacionada à compressão do nervo
ciático pelo músculo piriforme ou mesmo pelo tendão desse músculo no
assoalho pélvico. Isso ocorre quando há hipertrofia, inflamação ou variação
anatômica do músculo.
● Diagnóstico:
O diagnóstico preciso do padrão de dor é essencial para se obter bom resultado
terapêutico, visto que o fármaco deve ser específico para cada tipo de dor:
nociceptiva, neuropática ou mista. A identificação do componente neuropático
depende de anamnese e exame físico minuciosos, além dos exames
complementares.
O exame físico deve incluir inspeção estática e dinâmica, marcha, manobras
especiais provocativas, palpação (partes ósseas e partes moles), além da avaliação
de pontos-gatilho (PG) miofasciais. Os PG estão presentes em 85% dos pacientes
avaliados em centros de dor e é uma das principais causas de dores crônicas.
O exame neurológico deve avaliar motricidade, sensibilidade (tátil, dolorosa,
térmica e vibratória) e reflexos tendíneos profundos no tendão patelar (L4) e
Aquileu (S1). A manobra provocativa mais utilizada é o teste da elevação da perna
estendida, que é considerada positiva para comprometimento do nervo ciático
quando reproduz os sintomas radiculares em uma elevação entre 35º e 70º.
Os exames complementares devem ser indicados de acordo com a
anamnese/exame físico e valorizados se forem compatíveis com o quadro clínico:
1. Protusão discal: A tomografia computadorizada (TC) pode demonstrar a
protrusão do disco intervertebral ao interior do canal vertebral, porém o
padrão-ouro é a ressonância nuclear magnética (RNM) que demonstra o
processo degenerativo do disco intervertebral, além de rupturas do ânulo
fibroso e fragmentos do núcleo pulposo migrados.
2. Estenose do canal vertebral: A radiografia de coluna vertebral e a TC
demonstram a hipertrofia óssea. Ela também demonstra o estreitamento do
canal vertebral. Já a RNM adiciona informações relativas as partes moles como
hipertrofia ligamentar.
3. Síndrome pós-laminectomia: A radiografia, TC e RNM pós-operatórias podem
não demonstrar anormalidades. Anormalidades possíveis: são descompressão
insuficiente, hematomas, infecção, instabilidade vertebral, posicionamento
inadequado de órteses e fraturas vertebrais.
4. Síndrome do piriforme: RNM da pelve demonstra o músculo piriforme e sua
relação com o nervo ciático.
○ Clínico:
■ Pontos importantes ➛tempo, evolução, fatores precipitantes, localização,
característica, severidade,irradiação e fatores de melhora e piora.
■ Perguntar sobre sinais de alerta como febre, emagrecimento, calafrios,
anemia, disúria e outros achados.
■ Perguntar sobre trabalho e lazer, esportes praticados.
■ Alívio ao deitar, não piora pela noite (associada a infecção ou
neoplasia).Irradiação para os MMII;
■ Associação com parestesias, perda sensitiva, fraqueza motora e diminuição
dos reexos.
■ Piora da dor com tosse, espirro ou manobra de valsalva - a favor da hérnia
discal.
Anna Déborah Martins - FITS - Medicina - 5º Período
■ Piora ao deambular e na posição ortostática, melhora ao sentar ou exionar
a coluna para frente - a favor deneuroclaudicação e estenose espinhal
central.
■ Melhora ao deitar-se, piora na flexão da coluna lombar - a favor da hérnia
discal.
■ Dor piora com a extensão da coluna - a favor de estenose de canal
raquidiano.
■ Presença de disfunção intestinal ou urinária - a favor de compressão severa
da cauda equina, precisando de avaliação cirúrgica imediata.
O primeiro consenso brasileiro sobre lombalgias e lombociatalgias estabeleceu que:
- Deve-se avaliar se a dor aparece de manhã ou no decorrer do dia, lembrando que nas
hérnias discais elombalgias de causa inamatória ela ocorre pela manhã.
- No canal estreito artrósico ela aparece de manhã e piora no decorrer do dia.
- No osteoma osteóide a dor aparece de madrugada.
- Na lombalgia mecânica degenerativa a dor aparece com movimentos,no m da tarde após
o trabalho, associadaa estresse físico e emocional.
- Dor raquidiana associada com os movimentos da coluna.
- Nas compressões radiculares, a dor obedece um trajeto dermatomérico.
- Nas hérnias de disco centrais pode não haver dor irradiada.
○ Imagiológico:
■ Reservado para pacientes que apresentam sinais e sintomas de déficit
neurológico severo ou doença de base(suspeita de neoplasia, por exemplo),
pacientes que não melhoraram após 4-6 semanas ou que desenvolveram
sinais de alerta.
■ Radiografia da coluna lombossacra, em AP e perl (exame inicial para
suspeitas de fraturas);
■ RNM é preferível, por visualizar melhor as partes moles.
■ Eletroneuromiografia é um método complementar a RNM.- Indica a
cronicidade do processo e ajuda nos diagnósticos diferenciais (ex
compressão medular).
■ Tomografia computadorizada em comprometimentos: discais, das faces
intervertebrais, das articulações zigoapofisárias, de canal vertebral e
formas intervertebrais;
■ Ressonância nuclear magnética em suspeitas de: infecções, câncer e
comprometimento neurológico persistente;
■ Mielografia e mielotomografia: Métodos invasivos com indicação voltada
para casos de dúvidas de compressão radicular após TC e RNM ou
associadas a radiografias dinâmicas em casos de estenose de canal
vertebral e foraminal;
■ Discografia: método invasivo e de indicação restrita nos casos de hérnia de
disco com reprodução da dor referida;
■ Eletroneuromiografia: indicado no diagnóstico diferencial entre
envolvimento radicular e outras doenças do SNP;
■ Densitometria óssea: nos casos de osteoporose primária ou de osteoporose
secundária, deve-se ter em mente que somente a presença de perda de
massa óssea não justifica a lombalgia ou lombociatalgia;
○
● Fatores de risco:
○ Altura;
○ Idade acima de 50 anos;
Anna Déborah Martins - FITS - Medicina - 5º Período
○ Sobrepeso;
○ Hereditariedade e fatores genéticos na predisposição;
○ Atividade recreacionais (caminhadas e corridas);
○ Se curvar mais de 20 vezes ao dia com um peso superior a 10 kg - hérnia de
disco;
○ Posições laborais inadequadas ou incômodas;
○ Tabagismo - influência na nutrição do disco intervertebral, aumentando a
chance de sua degeneração.
○ Prática de dirigir.
○
● Tratamento:
○ Conservador:
O objetivo do tratamento em dor crônica é reabilitar o paciente, melhorar a QV e
promover a reintegração social, já que a completa eliminação da dor nem sempre é
viável. O resultado satisfatório depende do diagnóstico preciso e do tratamento
individualizado, além da adesão do paciente às terapias propostas.
No intuito de atuar em diferentes mecanismos da dor, assim como nas
comorbidades presente no portador de lombociatalgia crônica tais como
alterações do sono e do humor. A associações de fármacos com farmacocinética e
farmacodinâmica de potência sinérgica podem beneficiar a QV do paciente.A
associação da gabapentina e de tricíclicos ou opioides se mostrou mais eficaz que
o uso do tratamento isolado e permite a redução da posologia de cada molécula.
ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES
1. Paracetamol (acetaminofen) 500mg de 4 a 6 vezes ao dia, nas dores leves e
moderadas. Cautela empacientes hepatopatas e quando associado a
anti-inamatório não hormonal.
2. Dipirona 500mg, até 4x ao dia.
3. Os com sintomas mais intensos necessitam de AINE ou corticoide, já que a
compressão radicular pode seracompanhada de inamação, lesão axonal e das
células de Schwann.
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
4. Fosfato de codeína 30mg, 3 a 4x ao dia.
5. Cloridrato de tramadol 100 a 400mg por dia.
6. Oxicodona 5 a 10mg, 3 a 4x ao dia.
7. Sulfato de morna - restrita a casos graves
INFILTRAÇÃO
●Epidural com glicocorticoide, anestésicos e opióides, quando o tratamento
medicamentoso e físico falha.
○ Não conservador (cirúrgico):
O tratamento cirúrgico da radiculopatia lombar deve ser indicado quando existir
limitação ou baixa eficácia no tratamento conservador multimodal. Nesse sentido,
pode-se dividir o tratamento cirúrgico a ser indicado na fase aguda, até 12
semanas dos sintomas e na radiculopatia lombar crônica.
O tratamento cirúrgico pode ainda ser dividido em tratamento antálgico, nas
situações em que há preservação neurológica motora e reflexos profundos e
tratamento cirúrgico que visa a manutenção da integridade do nervo espinhal.
5. Descrever tratamento medicamentos e não medicamentoso da hérnia de disco
Três são os objetivos desse tratamento, quer sejam, o alívio da dor, o aumento da
capacidade funcional e o retardamento da progressão da doença.
Anna Déborah Martins - FITS - Medicina - 5º Período
● Tratamento não cirúrgico:
A finalidade do tratamento da hérnia de disco é o alívio da dor, a recuperação
neurológica e o aumento da capacidade funcional. A primeira escolha para os
quadros sintomáticos de hérnia discal são as opções não cirúrgicas, tendo em vista a
história natural geralmente benigna desta patologia, já que em 60-90% dos casos
ocorre a resolução espontânea dos sintomas nas primeiras 6-12 semanas. O
tratamento conservador se dá em etapas, iniciando-se com medicamentos
anti-inflamatórios não esteroides (AINE’s). Os relaxantes musculares podem ser úteis
no manejo dos espasmos e da dor. Um curso limitado de corticosteroides por via oral
também produz alívio dos sintomas. Os opioides são utilizados com maior parcimônia
e por tempo reduzido, devido ao alto índice de efeitos adversos com seu uso. A
fisioterapia pode ser tentada nos pacientes que consigam realizar exercícios físicos.
Programa de exercício físico associado ao tratamento clínico resulta em melhora da
dor ciática aguda e da incapacidade funcional. O bloqueio da raiz afetada com
injeções de anestésico local e corticosteroide é uma alternativa eficaz no alívio da dor.
● Tratamento cirúrgico:
O objetivo principal do tratamento cirúrgico da hérnia de disco é o alívio rápido
dos sintomas resultantes da inflamação ou da compressão das raízes nervosas
afetadas, a partir da remoção de parte ou da totalidade do disco herniado. São
indicações absolutas do tratamento cirúrgico: síndrome da cauda equina ou paresia
importante. Como indicações relativas temos: ciatalgia não responsiva ao tratamento
conservador por pelo menos seis semanas, déficit motor superior a grau 3, ou dor
radicular associada à estenose óssea foraminal.
Várias técnicas estão disponíveis para o tratamento da hérnia de disco lombar:
discectomia aberta tradicional, microdiscectomia, técnicas minimamente invasivas.
Atualmente, a microdiscectomia é o procedimento de escolha para a correção da
hérnia de disco lombar devido tanto aos seus resultados favoráveis em curto prazo -
tempo de cirurgia, sangramento, alívio da dor, complicações pós-operatórias -, quanto
no longo prazo. Ela envolve uma pequena incisão dorsal, seguida por uma
hemilaminectomia para melhor visualização do disco, e a remoção do fragmento de
disco que está comprimindo o nervo afetado. Técnicas minimamente invasivas incluem
a nucleotomia manual percutânea, a discectomia a laser, a discectomia endoscópica, a
discectomia microendoscópica, entre outras. Essas técnicas envolvem incisões
menores com visualização indireta da lesão, e tem como vantagem o menor tempo de
recuperação cirúrgica. Até que surjam evidências consistentes que definam qual o
melhor tratamento para pacientes com hérnia de disco lombar candidatos à cirurgia,
mantém-se a preferência pelas técnicas de discectomia aberta ou microdiscectomia.
O benefício do procedimento cirúrgico no tratamento da radiculopatia cervical
em decorrência da hérnia de disco não está claramente estabelecido. A cirurgia é
indicada somente para os pacientes que preencham todos os critérios a seguir: sinais
e sintomas de radiculopatia cervical; evidência de compressão de raiz nervosa cervical
em exame de imagem que explique os sinais e sintomas clínicos; persistência da dor
radicular apesar de tratamento conservador por 6-12 semanas, ou déficit motor
progressivo com prejuízo funcional.
Existem duas abordagens cirúrgicas principais na hérnia de disco cervical:
○ DiscectomiaCervical Anterior com Fusão (DCAF) - procedimento
descompressivo mais utilizado na coluna cervical, requer manipulação mínima
da medula espinhal e das raízes cervicais, e permite a remoção tanto da
herniação discal lateral quanto da linha média.
○ Foraminotomia Cervical Posterior (FCP) - pode ser utilizada quando uma única
herniação discal lateral está presente.
A Artroplastia Cervical Discal (ACD) é uma técnica cirúrgica nova que está em
desenvolvimento, e tem sido utilizada em situações nas quais o uso da DCAF seria
Anna Déborah Martins - FITS - Medicina - 5º Período
apropriado. Evidências recentes sugerem que, em termos de resultados clínicos, a ACD
mostrou-se igual ou superior à DCAF.
6. Conhecer os exames complementares na região lombossacral
Imagiológico:
Reservado para pacientes que apresentam sinais e sintomas de déficit neurológico
severo ou doença de base(suspeita de neoplasia, por exemplo), pacientes que não
melhoraram após 4-6 semanas ou que desenvolveram sinais de alerta.
Radiografia da coluna lombossacra, em AP e perl (exame inicial para suspeitas de
fraturas);
RNM é preferível, por visualizar melhor as partes moles.
Eletroneuromiografia é um método complementar a RNM.- Indica a cronicidade do
processo e ajuda nos diagnósticos diferenciais (ex compressão medular).
Tomografia computadorizada em comprometimentos: discais, das faces
intervertebrais, das articulações zigoapofisárias, de canal vertebral e formas
intervertebrais;
Ressonância nuclear magnética em suspeitas de: infecções, câncer e
comprometimento neurológico persistente;
Anna Déborah Martins - FITS - Medicina - 5º Período
Mielografia e mielotomografia: Métodos invasivos com indicação voltada para casos
de dúvidas de compressão radicular após TC e RNM ou associadas a radiografias
dinâmicas em casos de estenose de canal vertebral e foraminal;
Discografia: método invasivo e de indicação restrita nos casos de hérnia de disco com
reprodução da dor referida;
Eletroneuromiografia: indicado no diagnóstico diferencial entre envolvimento radicular
e outras doenças do SNP;
Densitometria óssea: nos casos de osteoporose primária ou de osteoporose
secundária, deve-se ter em mente que somente a presença de perda de massa óssea
não justifica a lombalgia ou lombociatalgia;

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