Buscar

aparelho locomotor 1

Prévia do material em texto

11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29O… 1/36
APARELHO	LOCOMOTOR	TB
UNIDADE 1 – COMO O APARELHO
LOCOMOTOR E� FORMADO?
Ricardo Cavalcante Oliveira Santos; Vivian Alessandra Silva
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29O… 2/36
Introdução
O movimento do nosso corpo é possı́vel graças ao aparelho locomotor, do qual fazem parte os sistemas
esquelético, articular e muscular. A sintonia entre esses três sistemas é fundamental para que o aparelho
locomotor funcione de forma equilibrada e saudável. Você já percebeu que, na maioria das vezes, não
percebemos o quão importante é esse equilı́brio? Você sabe em que momento o aparelho locomotor inicia sua
formação durante a vida embriológica ou quando essa formação é concluı́da? Essas são algumas perguntas
que responderemos ao longo desta unidade.
Você entenderá o processo de formação embriológica do aparelho locomotor, seu amadurecimento e
regeneração, além de compreender os processos �isiológicos que controlam a contração muscular.
Preparado? Então, acompanhe e bons estudos!
1.1 Embriogênese do aparelho locomotor
Estudaremos o processo inicial, ou seja, a formação embrionária desse sistema, a �im de compreender de que
forma e em que momento cada estrutura do aparelho locomotor começa a se desenvolver e crescer dentro da
normalidade. Vamos lá? Clique nas setas e con�ira!
O perı́odo embriológico inicia no momento que ocorre a fusão entre o ovócito e o
espermatozoide: na fertilização. No momento que isso ocorre, forma-se um embrião de uma
única célula, o zigoto. Esse processo ocorre dentro da tuba uterina em uma região chamada de
ampola.
Após a formação do zigoto, iniciam-se sucessivas mitoses, processo conhecido como clivagem.
O embrião passa, então, pela clivagem, passando de uma para duas células e assim
sucessivamente até atingir o estágio de 16 células, no qual receberá o nome de mórula. Na
mórula, surgirá uma cavidade repleta de lı́quido, chamada de blastocisto.
Todo esse processo ocorrerá dentro da tuba uterina durante a primeira semana de gestação. O
blastocisto é o embrião pronto para se implantar no endométrio, a camada interna do útero, que
será responsável por nutrir esse embrião enquanto a placenta e o cordão umbilical estão em
formação.
Durante a segunda semana de gestação, o embrião continua a crescer e as suas células se
distribuirão em duas camadas, formando um embrião bilaminar. Ao �inal da segunda semana de
gestação, o embrião já estará maior e terá formado uma terceira camada de células. Nesse estágio,
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29O… 3/36
O sistema esquelético se desenvolve a partir dos folhetos mesoderma e ectoderma da gástrula. Na maior parte
dos ossos, o mesoderma origina um tecido chamado de mesênquima. O mesênquima forma um esqueleto
membranoso, que pouco a pouco vai se transformando em cartilagem, formando um esqueleto cartilaginoso.
As articulações sinoviais (móveis) começam a se formar com o esqueleto cartilaginoso. No esqueleto
cartilaginoso, surgirão centros de ossi�icação, fazendo com que seja substituı́do por um esqueleto ósseo.
Durante o processo de formação do sistema esquelético, várias anomalias podem surgir e incluem defeitos
vertebrais (espinha bı́�ida), craniais (craniosquise e craniossinostose) e faciais (fenda palatina).
chamaremos o embrião de gástrula, e ao processo de formação do embrião trilaminar
denominamos gastrulação. Cada uma das camadas da gástrula também pode ser chamada de
folheto embrionário.
As camadas da gástrula recebem o nome de ectoderma, mesoderma e endoderma: a ectoderma é a
camada mais super�icial e será responsável por formar a epiderme e o sistema nervoso; a
mesoderma é a camada média e formará o tecido conjuntivo propriamente dito, o tecido ósseo, o
tecido cartilaginoso e o tecido muscular; a endoderma é a camada mais profunda de células e
formará o epitélio de revestimento das vias aéreas, do sistema digestório e do aparelho
urogenital. A gástrula é a �igura embrionária com capacidade para formar todos os órgãos do
corpo humano, processo denominado como organogênese.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29O… 4/36
A maioria dos nossos músculos tem origem na camada média do embrião, chamada de mesoderma. Os
músculos estriados esqueléticos são derivados de uma parte do mesoderma denominada mesoderma
paraxial,
O mesoderma paraxial se segmenta em somitos, que originam os músculos do esqueleto axial, da parede
corporal e dos membros e os somitômeros, que dão origem aos músculos da cabeça.
No �im da quarta semana do desenvolvimento, já é possı́vel ver os brotos dos membros superiores e
inferiores. Os membros superiores aparecem primeiro, seguidos pelos membros inferiores um ou dois dias
depois. O desenvolvimento de cada membro se dá a partir do tronco para as extremidades, de tal maneira que
mãos e pés serão os últimos a serem formados.
Veja o broto dos membros superiores e inferiores no embrião a seguir.
CASO
Lúcio e Juliana estão aguardando o nascimento do primeiro �ilho, Lucas. Durante
o pré-natal, o médico diagnosticou pé torto congênito. Ao nascimento, o pediatra
examinou Lucas minuciosamente e disse aos pais que o pé torto de Lucas decorre
de artrogripose, que é uma má-formação nas articulações
O pediatra, Dr. Luıś, explicou aos pais que o caso de Lucas se tratava de uma
artrogripose distal, na qual apenas os pés ou as mãos estão envolvidos. O médico
então explicou que a artrogripose pode ser generalizada e envolver os quatro
membros da criança, além de causar limitação de mobilidade na coluna vertebral.
Felizmente, esse não foi o caso de Lucas. Para a criança, Dr. Luıś indicou inıćio
imediato de �isioterapia e o encaminhou para um cirurgião pediátrico e um
geneticista para que a necessidade de cirurgia fosse avaliada e o aconselhamento
genético realizado.
Dr. Luıś também tranquilizou os pais e contou a eles a história de Cláudio Vieira
que, ao nascer com artrogripose, teve um prognóstico de 24 horas de vida. Aos 40
anos de idade, Cláudio escreveu um livro relatando sua experiência em conviver
com a doença (OLIVEIRA, 2016).
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29O… 5/36
Nos embriões de seis semanas, a parte distal dos brotos dos membros se achata para formar as placas das
mãos e dos pés. Para que os dedos das mãos e dos pés se formem, é necessário que as membranas que unem
cada dedo desapareçam.
Figura 1 - Embrião humano de cinco semanas.
Fonte: stihii, Shutterstock, 2019. ID: 180856154.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29O… 6/36
Várias deformidades congênitas envolvem os dedos, como o encurtamento (braquidactilia), a existência de
dedos extras nas mãos ou nos pés (polidactilia) e a ausência de um dedo (ectrodactilia) e a própria sindactilia.
VOCÊ SABIA?
Quando as membranas que unem cada dedo nas placas das mãos e dos pés não
desaparecem, os dedos do feto estarão unidos ao nascimento. Essa situação é
chamada de sindactlia, da qual existem dois tipos mais comuns: a sindactilia
cutânea, na qual os dedos �icam unidos apenas pela pele; a sinostose, no qual os
dedos estão unidos pelos ossos. Em ambos os casos é necessário separar os dedos
cirurgicamente apóso nascimento. 
Figura 2 - Criança portadora de sindactilia.
Fonte: JorgeMRodrigues, Shutterstock, 2019. ID: 1377030308.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29O… 7/36
Como podemos ver na �igura anterior, temos um caso de sindactilia. Vamos acompanhar mais conteúdo?
Continue conosco!
1.2 Crescimento ósseo e reparação tecidual no aparelho
locomotor
Agora que já conhecemos como o embrião desenvolve os esqueletos, articulações e músculos, aprenderemos
como os ossos e músculos crescem ou se mantém durante a vida. Embora às vezes não pareça, os ossos são
tecidos muito vascularizados e inervados, o que lhes permitem grande potencial de adaptação às
necessidades da rotina de cada pessoa.
Já os músculos estriados esqueléticos crescem bastante, mas apresentam grande limitação na regeneração. De
tal maneira que quando �ibras musculares são rompidas é muito difı́cil que o organismo consiga fazer a
reposição. Vamos aos estudos?
1.2.1 Crescimento ósseo
Os dois tipos principais de tecido que formam o osso são os tecidos ósseo e o cartilaginoso. Ambos são
modalidades de tecido conjuntivo e apresentam rigidez, porém o tecido cartilaginoso apresenta maior
maleabilidade e elasticidade.
Con�ira no quadro a seguir as células que compõem esses tecidos.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29O… 8/36
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29O… 9/36
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 10/36
O metabolismo das células dos tecidos ósseo e cartilaginoso apresentam grande interação com os hormônios
tireoidianos e hipo�isários, fazendo com que haja uma sinergia entre suas ações.
Figura 3 - Células dos tecidos ósseo e cartilaginoso.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2019. A – Tinydevil, Shutterstock, 2019. ID: 645657913. B – Tinydevil,
Shutterstock, 2019. ID: 643151362. C – Tinydevil, Shutterstock, 2019. ID: 646969255. D – Tinydevil,
Shutterstock, 2019. ID: 641817952. E – Jose Luis Calvo, Shutterstock, 2019. ID: 267094190.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 11/36
A formação do tecido ósseo novo, a osteogênese, pode ocorrer por dois processos: a ossi�icação endocondral
e a ossi�icação intramembranosa. Na ossi�icação endocondral, há formação primeiro de um molde
cartilaginoso do osso e depois substituição desse molde por tecido ósseo, enquanto na ossi�icação
intramembranosa não há necessidade de se formar inicialmente o molde cartilaginoso.
VAMOS PRATICAR?
Frequentemente, muitas academias funcionam irregularmente sem a pres
um pro�issional responsável. Os alunos são orientados por leigos e c
muitos excessos, levando a situações de lesão grave de músculos e articula
caso de pacientes idosos, essa questão torna-se ainda mais grave, já
capacidade de regeneração tecidual está naturalmente comprometida po
da idade e doenças, como a osteoporose e diabetes.
Nesta atividade, trabalharemos com sua capacidade de pensar em uma 
hipotética e aplicar os conhecimentos adquiridos neste módulo para re
Para tal, consulte os materiais de apoio a seguir:
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇA�O FI�SICA (Confef ). Instrução	 norm
02,	 de	 27	 de	 novembro	 de	 2014. Brasıĺia: Confef, 2014. Disponı́
http://www.confef.org.br/confef/legislacao/157
(http://www.confef.org.br/confef/legislacao/157).
TORTORA, G. J. Corpo	 humano: fundamentos de anatomia e �isiologia.
Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 124.
 
Situação	problema: 
Senhora S. S., 63 anos, viúva, menopausada desde os 48 anos, procura a a
mais próxima de casa, pois se sente muito sozinha. O atendente da ac
chama o “professor”, um garoto de 19 anos, morador da vizinhança.
Dona S. explica ao “professor” que tem osteoporose no quadril e que de
sente dor que piora durante o dia, por isso preferirá fazer os exercıćios de
Ele, então, faz a lista de exercıćios e pesos para a Dona S.
Explique como a osteoporose atua na matriz óssea, quais células ósseas ter
função alterada e quais os riscos de se fazer exercıćio com pesos pa
paciente. Além disso, re�lita se é ético e está dentro da legislação que um in
não graduado atue como pro�issional.
http://www.confef.org.br/confef/legislacao/157
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 12/36
Durante a vida embriológica, os ossos dos membros e as vértebras desenvolvem-se por ossi�icação
endocondral. Os ossos planos do crânio e da face, a mandı́bula e a clavı́cula desenvolvem-se por ossi�icação
intramembranosa.
Durante a vida extrauterina, os ossos podem crescer tanto por ossi�icação intramembranosa (crescimento em
espessura, promovido pelo periósteo) quanto por ossi�icação endocondral (crescimento em comprimento,
promovido pela cartilagem epi�isial). Vamos compreender melhor como estes dois processos ocorrem?
Na ossi�icação intramembranosa, células mesenquimais situadas na camada osteogênica do periósteo se
diferenciam em osteoblastos. Os osteoblastos acumulam-se na periferia do centro de ossi�icação e sintetizam
matriz óssea, formando osso novo. Após a matriz estar mineralizada, os osteoblastos diferenciam-se em
osteócitos. Esse tipo de crescimento ósseo é chamado de crescimento aposicional.
Veja, na �igura a seguir, o osso formado pelo processo de ossi�icação intramembranosa.
VOCÊ O CONHECE?
A Lei de Wolff preconiza que a estrutura óssea se remodela constantemente durante a
vida em função das tensões à que os ossos são submetidos. Julio Wolf foi um cientista
alemão, que, em 1892, estudou profundamente a relação entre a estrutura e a função
óssea. Tal lei a�irma que as caracterıśticas ósseas e as divisões das estruturas
microscópicas estão relacionadas às tensões a que são submetidas, de forma que em
locais com altas tensões mecânicas serão depositados materiais ósseos. Em
contrapartida, em locais com baixas tensões existirá uma absorção da matéria óssea.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 13/36
A ossi�icação endocondral se inicia com a diferenciação das células mesenquimais em condroblastos, que
passam a produzir matriz cartilaginosa. Os condroblastos que �icam na periferia da cartilagem formam uma
região chamada de zona de repouso.
A partir daı́ forma-se um molde, com o formato do futuro osso, de cartilagem halina. Após sintetizar matriz
cartilaginosa su�iciente, os condroblastos presentes no molde reduzem seu metabolismo e se transformam
em condrócitos. Essa região da cartilagem, onde encontraremos os condrócitos, é chamada de zona de
proliferação.
Os condrócitos na região média do modelo de cartilagem tornam-se hipertró�icos (muito grandes) e formam a
zona hipertró�ica da cartilagem. A� medida que os condrócitos aumentam de tamanho, ocorre reabsorção de
sua matriz cartilaginosa circundante, formando placas cartilaginosas irregulares e �inas entre as células
hipertró�icas.
Os condrócitos hipertró�icos começam a calci�icar a matriz cartilaginosa circundante, o que reduz a difusão
de nutrientes e leva os condrócitos à morte. Com a morte dos condrócitos, responsáveis pela manutenção da
matriz cartilaginosa, grande parte da matriz se decompõe, e as lacunas vizinhas se juntam, formando
cavidades cada vez maiores. Nessa região, a matriz extracelularé calci�icada, fazendo com que seja,
obviamente, chamada de zona de cartilagem calci�icada.
Veja, na imagem a seguir, as diferentes zonas de ossi�icação endocondral. 
Figura 4 - Ossi�icação intramembranosa.
Fonte: ANDRADE; FERRARI, 2014, p. 48.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 14/36
As células-tronco mesenquimais migram para o interior das cavidades deixadas pelos condrócitos que
morreram e diferenciam-se em osteoblastos e começam a sintetizar a matriz óssea, formando a zona de
ossi�icação.
Figura 5 - Ossi�icação endocondral.
Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008, p. 145.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 15/36
Dessa maneira, ocorre a ossi�icação endocondral, na qual um molde cartilaginonoso com o formato do osso é
formado e depois a cartilagem degenera e é substituı́da por osso.
Muito bem! Agora temos todas as informações sobre o crescimento ósseo em mente e poderemos partir para
o estudo da regeneração e reparação dos elementos que compõem o aparelho locomotor. Acompanhe! 
1.2.2 Reparação tecidual no aparelho locomotor
Após qualquer tipo de lesão, um processo de reparação tecidual será necessário. Há dois tipos de processos
de reparação tecidual: a regeneração e a cicatrização.
No processo de regeneração tecidual, haverá reposição das células perdidas por células exatamente do mesmo
tipo. Porém, para que a regeneração ocorra, a lesão deve ser limitada e deve haver tipos celulares capazes de
realizar mitose no tecido.
Quando a lesão é mais extensa ou as células do tecido não podem realizar a reparação tecidual, ocorrerá um
processo de substituição, no qual o tecido original é substituı́do por tecido �ibroso, e chamaremos o processo
de cicatrização tecidual.
O processo de reparação tecidual passa por três fases. Conheça-as, clicando nas abas abaixo.
VOCÊ QUER LER?
Os conceitos dos tipos de células do tecido ósseo e cartilaginoso precisam estar bem
claros em sua mente para que você compreenda esta unidade. Portanto, sugerimos a
leitura de um livro sobre o tema. Acesse os capıt́ulos 7 (Tecido cartilaginoso) e 8
(Tecido ósseo) da obra Histologia	básica.	Texto	e	atlas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
Estágio	in�lamatório	 (Formação	do	coágulo) 
Inı́cio imediato após o surgimento da ferida.
Indução de um processo in�lamatório agudo pela lesão.
Fagocitose de restos celulares e micro-organismos.
Há formação de coágulo.
Regeneração celular local
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 16/36
Vamos estudar como a reparação tecidual ocorre no tecido ósseo?
Durante uma brincadeira ou naquele jogo de futebol com os amigos uma vez por semana, acidentes, quedas,
impactos podem acontecer, ocasionando uma fratura óssea.
Ao longo deste tópico, compreenderemos quais são os tipos de fraturas e de que forma elas são regeneradas,
bem como as fases especı́�icas e importantes dentro desse processo. Terá o osso recuperado o mesmo aspecto
que possuı́a antes da fratura? Descubra a partir de agora.
Fratura é de�inida como uma descontinuidade óssea, cujos sinais e sintomas caracterı́sticos são: dor intensa,
edema, deformidade, hematomas, formigamento local, alteração de temperatura, incapacidade de
movimentação do membro fraturado.
E� absolutamente contraindicado tentar colocar o osso no lugar após uma fratura sem o auxı́lio médico, pois
isso pode causar danos irreparáveis às estruturas adjacentes ao osso, como ligamentos e nervos.
Há muitos tipos de fraturas. Veja os principais abaixo:
transversa: a linha da fratura é horizontal;
longitudinal: a linha da fratura é vertical;
oblíqua: a linha da fratura atravessa o osso em um ângulo de 45º
a 60º, causada por alguma compressão no local;
espiral: a linha da fratura está ao redor do osso e o atravessa em
alguns pontos, como em uma torção;
galho verde: fratura incompleta em que não há separação entre
as partes dos ossos, frequente em crianças;
Estágio	de	proliferação 
Estágio	de	reparo	e	remodelação 
Regeneraçao celular local.
Responsável pelo "fechamento" da lesão propriamente dita.
Forma-se uma matriz extracelular com tecido conjuntivo de
granulação que preencherá o espaço da ferida.
No tecido de granulação, os �ibroblastos não conseguem sintetizar
colágeno em formato de �ibras, mas em pequenos grânulos
arredondados, fazendo com que a cicatriz tenha menor resistência à
tração.
Ocorre a contração da ferida.
Remodelação: dura meses e permite que o tamanho da cicatriz e a
vermelhidão diminuam. responsável pelo aumento da força de
tensão e pela diminuição do tamanho da cicatriz e do eritema.
Mais tarde a cicatriz é considerada avascular.
•
•
•
•
•
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 17/36
cominutiva: fratura com mais de dois segmentos ósseos;
fechada: a pele sobre a fratura não é rasgada e não se podem ver
os fragmentos ósseos externamente;
aberta ou exposta: a pele sobre a fratura é rasgada e podem-se
ver os fragmentos ósseos;
por estresse: fratura em que há uma série de fissuras
microscópicas no osso que se formam sem qualquer evidência de
lesão em outros tecidos. Podem ocorrer em adultos saudáveis
após atividades cansativas e repetitivas.
Alguns ossos estão mais suscetı́veis a fraturas do que outros, sendo que os mais frequentemente fraturados
são aqueles localizados no membro superior (como o osso esfacoide no punho e da clavı́cula), pois, durante
uma queda, nos protegemos amparando o corpo com os braços.
•
•
•
•
Figura 6 - Tipos de fraturas ósseas.
Fonte: Artemida-psy, Shuttertock, 2019. ID: 751354867.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 18/36
Ao redor do osso, temos o periósteo, uma membrana de dupla camada. A camada mais super�icial do
periósteo é a camada �ibrosa, formada por tecido conjuntivo, conferindo proteção e nutrição ao osso, já que é
vascularizada. A camada mais profunda é chamada de camada osteogênica e contém osteoblastos e células
mesenquimais que, com os vasos sanguı́neos, possibilitarão a reparação do tecido ósseo.
Para que a fratura seja consolidada para formar novamente o osso normal, os três estágios de reparação
tecidual que estudamos anteriormente ocorrerão.
VOCÊ QUER LER?
Você tem curiosidade para entender as diferenças entre fraturas, luxações,
subluxações, contusões e entorses? Sugerimos a leitura do livro Traumatologia	 do
desporto (OLIVEIRA, 2016), que explica bem essas diferenças. Acesse em:
https://ipdj.gov.pt/documents/20123/123444/GrauII_09_Traumatologia.pdf/d6d3e1
75-7930-ad06-e344-d25384d49f1a?t=1574941673238
(https://ipdj.gov.pt/documents/20123/123444/GrauII_09_Traumatologia.pdf/d6d3e
175-7930-ad06-e344-d25384d49f1a?t=1574941673238). 
https://ipdj.gov.pt/documents/20123/123444/GrauII_09_Traumatologia.pdf/d6d3e175-7930-ad06-e344-d25384d49f1a?t=1574941673238
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 19/36
Agora que você já sabe como o osso se recupera de uma fratura, vamos estudar como a reparação tecidual
ocorre no tecido cartilaginoso?
As superfı́cies articulares dos ossos são revestidas por cartilagem do tipo hialina que, nesse caso, não
apresentam nem pericôndrio e nem são vascularizadas. Esse fator di�iculta muito a regeneração e a reparação
das lesões de cartilagem.
Assim, a nutrição é realizada pelo lı́quido sinovial existentedentro das cápsulas articulares. Porém a ausência
de vasos sanguı́neos impede que o processo de reparação tecidual ocorra de maneira adequada.
Em relação à regeneração do músculo estriado esquelético, sabemos que as �ibras musculares esqueléticas
não se dividem. Entretanto, são associadas às �ibras musculares esqueléticas, pequenas células, chamadas de
células satélites. Após uma lesão ou um exercı́cio fı́sico intenso, as células satélites proliferam, se fundem e
formam novas �ibras musculares.
VAMOS PRATICAR?
Na vida adulta, o crescimento ósseo ocorre principalmente p
intramembranosa. No caso de fraturas, o crescimento ósseo serve para re
lesão por crescimento intramembranoso e por crescimento endocondral, 
dos condroblastos que estão na borda da lesão. O novo tecido ósseo forma
substituir o tecido original perdido é desorganizado, podendo até 
estruturas ósseas anômalas, como o calo ósseo. Fatores hormonais, nutric
genéticos são fundamentais para que a reparação da fratura ocorra bem.
Nesta atividade, treinaremos sua capacidade de observação e 
Observaremos as fases do crescimento ósseo em uma situação de norma
como esse crescimento se desorganiza em casos de fratura.
Consulte o material de apoio a seguir:
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia	 básica. Texto e atlas. 13. ed
Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
	
Situação problema:
Dois rapazes, um de 23 e outro de 28 anos, sofreram um acidente automo
e tiveram que passar por alguns procedimentos cirúrgicos. Visite o 
Departamento de Anatomia Patológica da Unicamp, clicando no link a s
veja como o crescimento ósseo está oco
http://anatpat.unicamp.br/lamosso3.html#encondral.
Imagine agora que você é responsável por criar um programa de atividad
para esses rapazes, após a recuperação. Você prescreverá exercıćios nos 
músculos possam tracionar o calo ósseo? Você acha que o osso recém-f
terá a mesma resistência a força de tração que o osso original? Por quê?
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 20/36
Bem, já que estamos falando de �ibras musculares, vamos estudar como elas se contraem? Acompanhe!
1.3 Unidade motora e características da contração muscular
O que é uma unidade motora e qual sua participação na contração muscular? Essa é a pergunta primária a ser
respondida neste tópico.
Muitos não se dão conta da importância do sistema nervoso na contração muscular. Mas lembre-se de que em
todos os movimentos que nosso corpo executa estão envolvidos neurônios e impulsos nervosos para que
cada comando possa ser realizado perfeitamente. Tais comandos chegam rapidamente aos músculos para a
realização da contração muscular, o que resulta no movimento desejado. Vamos entender melhor esses
conceitos a seguir!
1.3.1 Músculo estriado esquelético
O tecido	muscular	esquelético	é assim chamado por ter como caracterı́stica funcional a movimentação do
esqueleto. Ele possui estrias transversais visı́veis ao microscópio. Por esse motivo, é considerado um tecido
estriado, composto de faixas de proteı́nas claras e escuras alternadas. Funciona de maneira voluntária e é
constituı́do de �ibras musculares individuais envoltas por fascı́culos e três camadas de tecido conjuntivo,
sendo bem supridos por nervos e vasos sanguı́neos.
Observe essas caracterı́sticas na �igura a seguir.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 21/36
Você sabe o que são as estrias encontradas no músculo estriado esquelético? Elas são grupos de proteı́nas
organizadas, as mio�ibrilas, formando o que chamamos de sarcômeros, os quais são formados por três
mio�ibrilas principais: actina, miosina e troponina.
Figura 7 - Fibras do músculo estriado esquelético.
Fonte: Jose Luis Calvo, Shutterstock, 2019. ID: 1033566535.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 22/36
A actina é um �ilamento �ino, enquanto a miosina é um �ilamento grosso. No local do sarcômero, onde há
presença dos �ilamentos �inos, actina, a iluminação do microscópio pode passar mais facilmente, fazendo
com que ela �ique mais clara e receba o nome de banda (faixa) isotrópica, ou banda I.
Já na região do sarcômero que possui sobreposição de �ilamentos grossos, miosina, e �inos, actina, a
iluminação do microscópio tem mais di�iculdade de passar. Essa região recebe o nome de banda (faixa)
anisotrópica ou banda A.
A sequência de bandas A e I na �ibra muscular conferem a ela o aspecto de estriada.
A actina apresenta-se em hélice dupla, torcidas uma sobre a outra. Entre as hélices forma-se um sulco, onde
outra mio�ibrila se encaixa: a tropomiosina. Cada tropomiosina está conectada a uma troponina.
A miosina forma um grande bastão com uma saliência globular em uma de suas extremidades: a cabeça da
miosina. Na cabeça da miosina, há locais para combinação com ATP, porém a hidrólise desse ATP só ocorre se
houver interação entre a miosina e a actina.
Veja essas estruturas na imagem a seguir.
VOCÊ SABIA?
Os músculos são a parte mais densa do corpo, compondo cerca de 40% do peso
corporal e pesando mais do que a gordura. Quando fazemos atividade fıśica, de
inıćio perdemos peso devido à queima de gordura, mas, com o passar do tempo,
se mantivermos a frequência dos exercıćios, começamos a ganhar peso, porém
esse peso se deve à massa magra, ou seja, ao músculo que está sendo
hipertro�iado.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 23/36
O deslizamento entre os �ilamento grossos, miosina, e �inos, actina faz com que cada sarcômero da �ibra
muscular �ique mais curto. Chamamos este encurtamento de contração muscular. Quando o músculo está em
repouso, o sistema troponina-tropomiosina impede a interação actina-miosina. Isso porque a tropomiosina
está bloqueando a região que impede a ligação entre miosina e actina.
Vamos ver como ocorre a liberação da actina para que ela possa interagir com a miosina e causar a contração
muscular?
1.3.2 Junção neuromuscular e contração
Você sabia que a contração muscular começa somente com a ordem que chega do sistema nervoso? E há ainda
um importante ı́on que precisa estar presente para que a contração ocorra: o Ca2+.
Acompanhe para saber como tudo acontece.
A placa motora é formada por um conjunto de terminações nervosas semelhantes a sinapses, chamadas
junções mioneurais, as quais, como o nome diz, comunicam o neurônio à �ibra muscular. O impulso nervoso
faz com que o neurotransmissor acetilcolina seja liberado na junção mioneural. A acetilcolina se liga a um
receptor nicotı́nico na membrana celular do músculo, o sarcolema, e, a partir daı́, se iniciam os eventos da
contração muscular. Observe esse processo ocorrendo na imagem a seguir.
Figura 8 - Sarcômero.
Fonte: Emre Terim, Shutterstock, 2019. ID: 1358589659.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 24/36
No sarcolema, encontramos estruturas chamadas de túbulos T (transversais). Os túbulos T formam uma rede
de invaginações da membrana plasmática para o interior da �ibra. Esses túbulos �icam ao redor das bandas A e
I de cada sarcômero da �ibra muscular e permitem que o impulso elétrico chegue a cada sarcômero de
maneira rápida e efetiva, fazendo com que todas as actinas e miosinas contraiam simultaneamente.
Os túbulos T apresentam ao seu redor projeções do retı́culo sacoplasmático, chamadas de cisternas terminais.
A junção de duas cisternas terminais e um túbulo T recebe o nome detrı́ade. As cisternas e o retı́culo
sarcoplasmático armazenam grandes quantidades de Ca2+. Veja a trı́ade na �igura A seguir.
Figura 9 - Estrutura neuromuscular que possibilita a contração.
Fonte: TORTORA; DERRICKSON, 2015, p. 311.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 25/36
Quando o sinal de despolarização chega pelos túbulos T, ocorre saı́da de ı́ons Ca2+ das cisternas do retı́culo
sarcoplasmático para o citoplasma das células musculares, conhecido como sarcoplasma.
A contração muscular é um processo bastante complexo, como você já deve ter notado, e muito fatores devem
estar presentes para que ela ocorra adequadamente.
Você já teve a sensação de que seu músculo estava dando um “nó”? Foi à noite ou durante a realização de
exercı́cio fı́sico intenso? Doeu muito? Você deve ter tido uma cãibra. As cãibras acometem os músculos
submetidos a trabalho intenso e passam rapidamente. Os cientistas ainda não explicaram completamente o
mecanismo �isopatológico dela, mas acredita-se que esteja relacionado com desequilı́brio hı́drico-eletrolı́tico,
podendo haver falta de água e de alguns ı́ons como o potássio e o cálcio. Baixas temperaturas e vascularização
de�iciente também podem levar a ela.
Figura 10 - Túbulos T e retı́culo sarcoplasmático em uma �ibra muscular.
Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018, p. 195.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 26/36
A troponina cobre a zona da actina na qual estão os sı́tios de ligação entre a actina e a cabeça da miosina. A
troponina possui grande a�inidade ao cálcio e, quando ele é liberado no interior celular pelas cisternas
terminais, liga-se à troponina.
Com a ligação com o cálcio, a troponina muda a sua conformação, deslocando-se e permitindo que a miosina
se conecte à actina. A cabeça de miosina se liga à actina e o deslizamento ocorre. Essa sequência de eventos,
que vão desde a excitação da membrana até o desencadeamento da contração da �ibra muscular, é denominada
acoplamento	excitação-contração.
A contração muscular ocorre por meio de um processo chamado de modelo dos �ilamentos deslizantes. Com
o deslocamento do complexo troponona-tropomiosina pelo Ca2+, o sı́tio ativo da actina �ica livre e as cabeças
da miosina se prendem nesse local.
O acoplamento da actina com a miosina leva à hidrólise do ATP, liberando ADP, fosfato inorgânico e energia. A
energia liberada permite que a cabeça da miosina se dobre, exercendo trabalho, e deslize. Mesmo que os
comprimentos de cada �ilamento de actina e miosina mantenham-se inalterados, o encurtamento atinge o
sarcômero, levando ao encurtamento de toda a �ibra muscular.
Após o mecanismo de contração, é preciso que o músculo volte a relaxar. O relaxamento ocorrerá quando o
estı́mulo nervoso cessar e quando não houver mais cálcio disponı́vel no sarcoplasma. Com isso, a troponina
se desliga do cálcio e retorna a tropomiosina ao seu sı́tio na actina, impedindo a relação actina-miosina e
ocasionando um relaxamento da �ibra muscular (HEBERT et	al., 2016).
Vamos estudar os tipos de contração muscular? Acompanhe com atenção!
1.3.3 Tipos e características da contração muscular
O músculo esquelético apresenta dois tipos básicos de contração muscular, a isotônica e a isométrica.
A contração	isotônica	ocorre quando a tensão no músculo permanece constante enquanto seu comprimento
se modi�ica. Ao se contrair, o músculo encurta para poder realizar o trabalho externo. Por ter essa
caracterı́stica, são mais utilizados para mover objetos ou realizar movimentos corporais. Mas esse tipo de
contração possui duas subdivisões. Clique e con�ira!
Já a contração	 isométrica ocorre quando as duas extremidades estão �ixas e o músculo não muda seu
comprimento. Utilizadas na manutenção da postura e para segurar objetos em uma posição �ixa, há gasto de
energia, pois o peso do objeto necessita que os músculos se contraiam para suportá-lo. E� importante também
na estabilização de articulações enquanto outras são movimentadas.
Se a tensão gerada é su�iciente para mover o objeto, o músculo encurtará e recruta outra estrutura,
como um tendão, por exemplo, para que seja capaz de movimentar e diminuir o ângulo articular.
Quando o comprimento muscular é aumentado na contração, de forma que a tensão que é realizada
pelas pontes transversas de miosina é oposta ao movimento do peso, há um retardo no processo de
alongamento. Por esse motivo, elas são mais danosas ao músculo e causam dor muscular mais
tardia do que as concêntricas.
•
•
Contração	isotônica	concêntrica 	
Contração	isotônica	excêntrica 	
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 27/36
A maioria das atividades diárias envolve uma mistura de contração isotônica e isométrica. Algumas
caracterı́sticas da contração muscular merecem atenção em nosso estudo.
O abalo muscular como uma resposta básica da contração do músculo equivale a uma única e rápida
contração muscular após a chegada de um potencial de ação. Pelo potencial de ação terminar bem antes da
contração muscular, é possı́vel que a membrana muscular seja despolarizada; mesmo antes que a
descontração ocorra totalmente, o potencial encontrará novamente a �ibra muscular não relaxada totalmente e
um segundo abalo muscular será acrescentado ao efeito mecânico do primeiro abalo, ocasionando uma
contração bem maior. Essa sequência de eventos é conhecida como somação temporal.
Se esse processo for repetido várias vezes, com frequências maiores, aumentando o grau de contração e
diminuindo o grau de relaxamento, atingirá o chamado tétano completo, que é um perı́odo em que não há
relaxamento das �ibras musculares, com manutenção e estabilidade da contração e magnitude. Isso ocorre
quando o músculo é estimulado por uma série de potenciais de ação.
Se tivermos estı́mulos adequados que levem aos abalos musculares, em seguida sendo aplicados novamente
e, imediatamente depois do relaxamento, teremos uma segunda contração de magnitude aumentada. Esse é o
princı́pio do fenômeno da escada, também conhecido como fenômeno Treppe (escada, em alemão):
basicamente signi�ica que, quando realizamos uma atividade muscular de forma repetida, teremos mais
sucesso na terceira repetição do que na primeira, isso porque o músculo estará mais bem preparado para o
exercı́cio.
O músculo, entretanto, tem um limite máximo de contrações. Não adianta, por exemplo, realizar exercı́cios em
dez séries de 20 repetições, porque ele não vai suportar essa carga. Quando ele não responde mais aos
estı́mulos, ocorre uma fadiga muscular, sendo que, quanto mais alto for o estı́mulo, mais precoce será a
fadiga. Esse mecanismo pode ocorrer de duas formas: a mais comum é quando a ATPase da miosina impede
que ocorra uma hidrólise do ATP, não ocorrendo uma interação actina-miosina, mesmo com o estı́mulo
presente; outra situação, menos comum, é a fadiga da placa motora. Por causa da alta frequência de estı́mulos,
o neurônio perde a capacidade de sintetizar neurotransmissores su�icientes para gerar uma resposta muscular.
Se a estimulação é interrompida por um perı́odo, o músculo é capaz de se recuperar e contrair novamente, por
isso que é importante o descanso entre as atividades fı́sicas.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 28/36
Em situações que o indivı́duo permanece insistindo na alta frequência de estı́mulos, ocorrerá um gasto de ATP
acima do seu fornecimento, e esse dé�icit de ATP fará com que o músculo permaneça contraı́domesmo na
ausência do estı́mulo, causando uma contratura muscular.
Vimos, então, que existem diferentes tipos de contração muscular. Agora vamos estudar as �ibras musculares
esqueléticas no que tange às suas caracterı́sticas �isiológicas. Siga abaixo!
Velocidade de contração: refere-se à velocidade com a qual a fibra
é capaz de se contrair e de relaxar.
Velocidade da reação da miosina: taxa com que é capaz de
degradar as moléculas de ATP durante o ciclo de contração.
Perfil metabólico: capacidade de produção de ATP por
fosforilação oxidativa ou glicólise.
VAMOS PRATICAR?
O funcionamento muscular depende de diversos fatores, e a realização re
de um determinado movimento pode ser positiva em um primeiro momen
melhora sua execução, mas, após algumas repetições, o efeito pode ser co
levando o músculo à fadiga.
Nesta atividade, treinaremos sua capacidade de aplicar seus conhecime
situações da vida diária. Observaremos como a repetição dos moviment
gerar a fadiga muscular.
Consulte o material de apoio a seguir:
FONG, A. S. S. Estruturas	 e	 funções	 do	 corpo. 13. ed. São Paulo: C
Learning, 2017.
 
Situação	problema:
Contaremos quanto movimentos repetidos com a mão você consegue faze
segundos. Prepare o cronômetro do seu celular. Você pode contar o maior 
de sinais de joia que pode fazer nesse tempo. Apoie a palma da mão e o pu
uma mesa. Faça o sinal de joia sucessivas vezes, sem tirar o punho da 
sempre retornando a palma da mão na posição inicial. Anote o número 
Repita o procedimento três vezes. O número de joias aumentou ou di
Ficou mais ou menos coordenado? Você sentiu dores? Re�lita sobre seus ac
explique-os com base na �isiologia muscular.
•
•
•
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 29/36
 Fibras com metabolismo oxidativo apresentam grandes quantidades de mioglobina e mitocôndrias. A
mioglobina é uma proteı́na que contém ferro e atua como ligante de oxigênio. Assemelha-se à hemoglobina
presente nos eritrócitos e é encontrada em várias quantidades nas �ibras musculares. Dessa maneira, a
mioglobina atua no armazenamento de oxigênio nas �ibras musculares e proporciona uma fonte rápida de
oxigênio para o metabolismo muscular.
Há três tipos diferentes de �ibras musculares. Clique nas abas, para conhecê-las.
Os três tipos de �ibras musculares são encontrados em quase todos os músculos do corpo e, de maneira geral
, metade das �ibras musculares de uma pessoa é do tipo oxidativa lenta (tipo I). No entanto, lembre-se de que
isso varia de acordo com o treinamento que ela realiza e a função muscular que é exigida em sua rotina diária.
Fibras	do	tipo	I	 
Fibras	do	tipo	IIa 
Fibras	do	tipo	IIb	 
(Oxidativas lentas)
São curtas, vermelhas quando observadas ao microscópio devido à
presença de grande quantidade de mioglobina e com grande
quantidade de mitocôndrias no citoplasma. Essas caracterı́sticas
estruturais permitem que as �ibras do tipo I façam contração lenta e
sejam resistentes à fadiga, já que a hidrólise do ATP ocorrerá mais
lentamente. A grande quantidade de mitocôndrias no citoplasma
destas �ibras garantirá a sua resistência à fadiga. Os músculos
eretores da espinha, situados no dorso, apresentam grande
proporção dessas �ibras, já que garantem nossa postura ereta
durante todo o dia.
(Glicolı́ticas oxidativas rápidas)
Diferem das �ibras tipo I devido ao comprimento da �ibra, um pouco
maior que as �ibras do tipo I. As �ibras tipo II apresentam grande
estoque de glicogênio, mitocôndrias e mioglobina. Esses elementos
são essenciais para a contração rápida e resistência à fadiga, já que
elas realizam glicólise anaeróbica. Utilizamos as �ibras do tipo II em
corridas de velocidade, como as de 100 metros, e em caminhadas.
(Glicolı́ticas rápidas)
São �ibras grandes, rosadas e com menor quantidade de mioglobina
e mitocôndrias, apresentam alta atividade anaeróbica e armazenam
quantidade considerável de glicogênio. Fazem contração rápida e
são mais propensas à fadiga, apresentam máxima velocidade de
reação da miosina atpase. Produzem ácido láctico.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 30/36
Dentro de uma unidade motora, todas as �ibras musculares são do mesmo tipo. As diferentes unidades
motoras do músculo são recrutadas para a realização de um movimento de acordo com a necessidade que
será exigida.
Todo músculo tem um tônus muscular, que é o estado de tensão muscular que ele apresenta, mesmo em
repouso. Isso mesmo: em repouso, o músculo está passando por contrações involuntárias de suas unidades
motoras, mesmo que sejam fracas. Para que essas contrações ocorram, é necessário que haja uma ativação de
acetilcolina para liberar impulsos nervosos por neurônios localizados no encéfalo e na medula espinal. Se
esse neurônio estiver com alguma di�iculdade de comunicação, estando dani�icado ou seccionado, chamamos
de hipotonia, ou seja, o músculo é �lácido, com um estado de fraqueza muscular e uma hipermobilidade
articular.
Para sustentar o tônus muscular, unidades motoras são acionadas para realizarem constantes e alternadas
ativações e desativações. Dessa forma, o tônus é mantido, mas sem força su�iciente para realização de um
movimento.
Por outro lado, se o tônus muscular estiver aumentado, temos uma hipertonia, que é expressa de duas formas:
espasticidade e rigidez. Na hipertonia espástica, há um intenso tônus muscular, o que ocasiona um
endurecimento muscular com re�lexos aumentados. Na hipertonia rı́gida, também ocorre uma alteração
excessiva do tônus muscular, mas sem modi�icar os re�lexos.
A hipertro�ia é o aumento da massa muscular como uma resposta a um estresse decorrente do aumento da
tensão gerada no tecido muscular. Um treinamento de força muscular intenso ocasiona uma elevação na
sı́ntese proteica, o que resulta em um aumento de proteı́nas de contração, levando à hipertro�ia muscular.
1.4 Planos e eixos de movimento
Antes de iniciarmos a apresentação dos planos de eixos nos quais o movimento ocorre, queremos que sua
re�lexão: como você de�ine o movimento?
O movimento é caracterizado por mudanças de posição no espaço em relação a um ponto de referência. Desse
modo, sempre que não houver mudanças de posição, podemos dizer que o corpo se encontra em repouso,
certo?
1.4.1 Posição anatômica e planos do corpo humano
Para o estudo da anatomia, uma terminologia especializada é utilizada para identi�icar posições e direções
corporais no espaço. A posição anatômica caracteriza-se pelo indivı́duo em posição ereta, com a cabeça
voltada para a frente, o olhar dirigido ao horizonte, os membros superiores estendidos ao longo do corpo,
palma das mãos voltadas para a frente, membros inferiores unidos e pontas dos pés voltadas para a frente.
A partir da posição anatômica, foi possı́vel delimitar-se o corpo humano por planos imaginários, chamados
de planos de delimitação: são os planos anterior e posterior, superior e inferior e lateral direito e lateral
esquerdo.
Entretanto, para estudar o corpo humano, precisamos também cortá-lo. Veja, na �igura a seguir, os planos que
cortam o corpo humano, chamados de planos de secção e depois acompanhe a descrição de cada um deles.
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 31/36
Plano sagital mediano: secciona o corpo humano em duas
metades, direita e esquerda.
Plano sagital paramediano: secciona o corpo humano
paralelamente aos planos laterais.
Plano frontal: secciona o corpo humano paralelamente aos
planos anterior e posterior.
Plano horizontal: secciona o corpo humano paralelamente aos
planos superior e inferior.
Figura 11- Os três planos de referência.
Fonte: HALL, 2016, p. 51.
•
•
•
•
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 32/36
No contexto apresentado, alguns termos direcionais especı́�icos são utilizados para descrever as partes
corporais em relação a determinado ponto de referência. Abaixo, são apresentados os termos direcionais mais
frequentemente utilizados. Con�ira! 
Superior: para cima, mais próximo da cabeça. Os termos
proximal e cranial são utilizados como sinônimos, porém o termo
proximal só pode ser utilizado para estruturas situadas nos
membros, e o termo cranial para estruturas relacionadas ao
neuroeixo. Por exemplo: a coxa é proximal em relação à perna.
Inferior: para baixo, mais afastado da cabeça. Os termos distal e
caudal são considerados sinônimos, porém o termo distal só pode
ser utilizado para estruturas situadas nos membros, e o termo
caudal para estruturas relacionadas ao neuroeixo. Por exemplo: a
mão é distal em relação ao antebraço.
Anterior: para frente. O termo ventral é considerado sinônimo.
Por exemplo: a região abdominal é ventral em relação ao dorso.
Posterior: para trás. O termo dorsal é sinônimo. Por exemplo: a
região da coluna vertebral é dorsal.
Médio: localizado entre duas estruturas. Por exemplo: o coração é
médio em relação ao esterno e à coluna vertebral.
VOCÊ QUER VER?
O documentário Eu,	 humano, produzido pela National Geographic (2015), aborda o
funcionamento de todos os tecidos e órgãos corporais. Nele, �ica clara a
interdependência dos segmentos corporais e a necessidade de manter a harmonia
entre todas as partes do corpo. O conteúdo apresentado contribui para uma visão
holıśtica do pro�issional de saúde, ou seja, inclui a ideia de que é essencial tratar o
indivıd́uo em sua totalidade, e não apenas o segmento lesionado.
•
•
•
•
•
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 33/36
Medial: localizado próximo ao plano mediano. Por exemplo: o
pulmão é medial em relação ao coração.
Intermédio: localizado entre uma estrutura medial e outra
lateral. Por exemplo, O III dedo é intermédio entre o polegar e o V
dedo.
Lateral: localizado na direção lateral do corpo. Por exemplo: a
orelha é lateral em relação ao olho.
Superficial: utiliza-se esse termo para órgãos que apresentam
camadas, considera-se superficial a região mais próxima da
superfície do corpo.
Profundo: utiliza-se esse termo para órgãos que apresentam
camadas, considera-se profundo a região mais afastada da
superfície do corpo.
Agora que já conhecemos os planos de delimitação e de secção e entendemos o conceito relacionado ao
movimento, iniciaremos o estudo sobre os planos	 e eixos	 do	movimento. Clique nas abas abaixo e veja
quais são eles.
•
•
•
•
•
Eixo imaginário que une os planos lateral direito ao lateral esquerdo, permite os movimentos de
�lexão e extensão. Ao realizar esse movimento, o segmento corpóreo desloca-se
perpendicularmente ao eixo do movimento, no plano sagital.
Eixo imaginário que une o plano anterior ao posterior, permite os movimentos de abdução-adução.
Ao realizar esse movimento, o segmento corpóreo desloca-se perpendicularmente ao eixo do
movimento, no plano frontal.
Eixo imaginário que une o plano superior ao inferior, permite os movimentos de rotação. Ao
realizar esse movimento, o segmento corpóreo desloca-se perpendicularmente ao eixo do
movimento, no plano horizontal.
•
•
•
Eixo	horizontal	ou	latero-lateral 	
Eixo	sagital	ou	ântero-posterior 	
Eixo	longitudinal	ou	supero-inferior 	
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 34/36
Logo, na posição anatômica, todos os segmentos corporais encontram-se em movimento neutro, sendo esse o
ponto considerado com posição de zero grau articular. Sempre que um segmento corporal sair da posição
anatômica, teremos um movimento articular, que poderá ser identi�icado em relação à direção do movimento
realizado.
Os planos e eixos imaginários são utilizados para avaliação fı́sica do corpo humano, sob diversos aspectos.
Tal avaliação é realizada atualmente por diferentes métodos, sendo que os mais descritos na literatura são:
inspeção; palpação; goniometria; fotogrametria; softwares; �io de prumo; simetrógrafo; videogrametria.
Muito bem! Agora você já está preparado para estudar os movimentos realizados por cada parte do nosso
corpo!
Síntese
Finalizamos esta unidade. Nela, iniciamos nosso estudo do aparelho locomotor com princı́pios básicos sobre
esse importante aparelho que permite a nossa locomoção e a realização de nossas atividades da rotina diária.
O aparelho locomotor contribui com a homeostase do organismo e é responsável por funções muito diversas.
Por isso, há tantos pro�issionais que atuam na promoção da saúde dos órgãos que o formam e na prevenção e
tratamento das doenças que o afetam. São eles: médico, educador fı́sico, �isioterapeuta, enfermeiro,
quiropraxista, podólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, entre outros.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
compreender a embriogênese do aparelho locomotor, desde a
fecundação e as etapas que formam os ossos, os músculos e as
articulações de nosso corpo;
aplicar os conhecimentos de embriologia na compreensão das
más-formações mais frequentes do aparelho locomotor;
analisar a composição do tecido ósseo, sua formação,
desenvolvimento e crescimento e comparar as ossificações
endocondral e intramembranosa; 
sintetizar como é o processo de reparação e regeneração das
estruturas do aparelho locomotor e conhecer as três fases da
reparação tecidual (inflamatória, proliferativa, remodelação e
maturação);
classificar as fraturas ósseas;
analisar todos os elementos necessários para que a contração
muscular ocorra, além de classificar os tipos de contração e fibras
musculares que atuam nesse processo;
relacionar os planos e eixos do movimento.
•
•
•
•
•
•
•
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 35/36
Bibliografia
ANDIA, D. C.; CERRI, P. S.; SPOLIDORIO, L. C. Tecido ósseo: aspectos morfológicos e histo�isiológicos. Revista
de	Odontologia	da	Unesp, Araraquara, Unesp, v. 35, n. 2, p. 191-98, 2006.
ANDRADE, F. G.; FERRARI, O. Atlas	digital	de	histologia	básica. Londrina: UEL, 2014.
BEU, C. C. L.; GUEDES, N. L. K. O.; QUADROS, A� . A. G. Tecido	 conjuntivo	 propriamente	 dito. Cascavel,
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 2017.
BUCCI, M. et	al. Efeitos do treinamento concomitante hipertro�ia e endurance no músculo esquelético. Revista
Brasileira	de	Ciência	e	Movimento, Brası́lia, UCB, v. 13, n. 1, p. 17-28, 2005.
CAEL, C. Anatomia	palpatória	e	funcional. Barueri: Manole, 2013.
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇA� O FI�SICA (Confef). Instrução	normativa	nº	02,	de	27	de	novembro	de
2014. Brası́lia: Confef, 2014. Disponı́vel em: http://www.confef.org.br/confef/legislacao/157
(http://www.confef.org.br/confef/legislacao/157). Acesso em: 5 ago. 2019.
CRUZ, I. B. M. et	 al. Potencial regenerativo do tecido cartilaginoso por células-tronco mesenquimais:
atualização, limitações e desa�ios. Revista	Brasileira	de	Ortopedia, São Paulo, v. 52, n. 1, p. 2-10, jan.-fev.
2017.
DE CARLI, M. C. L. et al. Cicatrização do tendão patelar após retirada do enxerto para reconstrução ligamentar
do joelho: participação dos fatores de crescimento. Revista	de	Ciências	Médicas, Campinas, PUC-Campinas,
v. 13, n. 2, p. 153-160, abr.-jun. 2004.
DOUGLAS, C. R. Tratado	 de	 �isiologia	 aplicada	 as	 ciências	 médicas. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2006.
DUGANI, S. et	 al. Anatomia	 clínica	 - integrada com examefı́sico e técnicas de imagem. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2017.
FERREIRA, A. T. Fisiologia da contração muscular. Revista	Neurociências, São Paulo, v. 13 n. 3, p. 60-63, jul.-
set. 2005.
FONG, A. S. S. Estruturas	e	funções	do	corpo. 13. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2017.
HANKIN, M. H. Anatomia	clínica: uma abordagem por estudos de casos. Porto Alegre: Artmed, 2015. 
HEBERT, S. K. et	al. Ortopedia	e	traumatologia: princı́pios e prática.	5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia	básica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia	básica. Texto e atlas. 13 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2018.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K.	Anatomia	e	�isiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
MOORE, K. L. Anatomia	orientada	para	a	clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
MOORE, K. L.; PERSAUD, P. V. N.; TORCHIA, M. G. Embriologia	clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
NATIONAL GEOGRAPHIC. Eu,	humano. 2015. 120 min. [Documentário].
OLIVEIRA, C. V. O	mundo	está	ao	contrário. São Paulo: Bella, 2016.
OLIVEIRA, R. Traumatologia	do	desporto. Instituto Português do Desporto e Juventude - Programa Nacional
de Formação de Treinadores, v. 1, 2016. Disponı́vel em:
http://www.idesporto.pt/�icheiros/�ile/Manuais/GrauII/GrauII_09_Traumatologia.pdf
(http://www.idesporto.pt/�icheiros/�ile/Manuais/GrauII/GrauII_09_Traumatologia.pdf). Acesso em: 21 jan.
2019. 
http://www.confef.org.br/confef/legislacao/157
http://www.idesporto.pt/ficheiros/file/Manuais/GrauII/GrauII_09_Traumatologia.pdf
11/05/2022 14:23 Aparelho Locomotor TB
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=M29… 36/36
PORTH, C. M.; GROSSMAN, S. Porth: �isiopatologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
SADLER, T. W. L. Embriologia	médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
SIMON, R. R.; SHERMAN, S. C. Emergências	ortopédicas. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios	 de	 anatomia	 e	 �isiologia. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2015.
TORTORA, G. J. Corpo	humano: fundamentos de anatomia e �isiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p.
124.

Continue navegando