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ASSISTÊNCIA, 
TRANSPORTE E 
CLASSIFICAÇÃO 
DE RISCOS 
HOSPITALARES 
 
 
 
 
 4 
RESUMO DA UNIDADE 
 
Esta unidade trata-se da abordagem do atendimento pré-hospitalar, transporte e 
classificação de risco, a partir da revisão de literatura e descrição dos protocolos 
atualizados. O atendimento pré-hospitalar envolve um grande processo realizado por 
profissionais da saúde durante o resgate de vítimas, e tem como objetivo estabilizar a 
vítima e realizar o transporte com segurança para o serviço de referência indicado. O 
acolhimento e classificação de risco nos serviços de saúde são processos dinâmicos para 
identificar o potencial de risco e agravo de cada paciente, sendo assim, capaz de 
determinar a necessidade de um atendimento imediato. Contudo, é relevante a atuação da 
Enfermagem junto a equipe multiprofissional no atendimento à urgência e à emergência, 
onde o Enfermeiro deve atuar como líder, fundamentando-se no referencial científico. 
 
Palavras-chave: Suporte Básico de Vida; Suporte Avançado de Vida; Classificação de 
Risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
Sumário 
RESUMO DA UNIDADE ......................................................................................................................................... 4 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................................................................. 6 
CAPÍTULO 1 - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: SUPORTE BÁSICO DE VIDA ................................................. 7 
1.1 Atendimento pré-hospitalar ............................................................................................................ 7 
1.2 Suporte básico de vida para profissionais da saúde ........................................................................ 8 
1.3 Cadeia de sobrevivência ................................................................................................................ 10 
1.4 Compressões torácicas .................................................................................................................. 11 
1.5 Ventilação ...................................................................................................................................... 13 
1.6 Choque ........................................................................................................................................... 16 
1.7 PCR durante a gravidez .................................................................................................................. 19 
1.8 Suporte básico de vida em pediatria ............................................................................................. 20 
CAPÍTULO 2 - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: SUPORTE AVANÇADO DE VIDA ........................................ 22 
2.1 Suporte Avançado de Vida em adulto ........................................................................................... 22 
2.2 Vias para administração de medicamentos .................................................................................. 24 
2.3 Intervenções medicamentosas na RCP ......................................................................................... 26 
2.4 Tratamento da PCR conforme o ritmo .......................................................................................... 27 
2.5 Cuidados pós PCR .......................................................................................................................... 30 
2.6 Suporte avançado de vida em pediatria ........................................................................................ 32 
2.7 Ressuscitação neonatal ................................................................................................................. 33 
CAPÍTULO 3 - TRANSPORTE DE PACIENTES E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS..................................................... 36 
3.1 Transporte de pacientes ................................................................................................................ 36 
3.2 Veículos de atendimento pré-hospitalar móvel ........................................................................ 37 
3.3 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ................................................................... 39 
3.4 Classificação de risco ..................................................................................................................... 42 
3.5 Modelos de triagem para classificação de risco ............................................................................ 43 
3.6 Prioridades da classificação de risco ............................................................................................. 44 
REFERENCIAS ..................................................................................................................................................... 49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
Os profissionais que atuam em urgência e emergência devem aprimorar 
constantemente suas habilidades teóricas e práticas, tendo em vista que precisam estar 
preparados para avaliar situações de gravidade e atuar conforme os protocolos 
atualizados, a fim de garantir segurança e efetividade no atendimento oferecido. 
O suporte básico de vida (SBV) tem como objetivo reconhecer situações de gravidade 
e promover uma intervenção precoce para manutenção da circulação e respiração através 
das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Além dessas manobras, as ações 
também envolvem a identificação e prevenção de riscos no local, bem como, o transporte 
seguro do paciente. 
O suporte avançado de vida (SAV), utiliza as manobras do SBV, acrescentando 
dispositivos e procedimentos diferenciados como estabelecimento de acesso venoso, 
administração de drogas e fluidos, entre outros. 
O acolhimento e classificação de risco é uma ferramenta importante para garantir um 
atendimento resolutivo e humanizado. Para isso, um profissional capacitado no âmbito 
técnico e científico, deve fazer uma avaliação completa do paciente para identificar suas 
necessidades e priorização. 
O transporte é importante no sistema organizado de atendimento às urgências e 
emergências, pois para promover a transferência do paciente, possui classificação 
específica de acordo com os recursos humanos e materiais, a fim de atender as situações 
conforme o nível de complexidade. 
Este módulo pretende propiciar o ensino teórico do atendimento pré-hospitalar (APH), 
com ênfase no SBV e SAV cardiovascular; classificação de risco e transporte nos serviços 
de urgência e emergência. 
Para que o estudo seja proveitoso você deverá fazer a leitura do material, da 
bibliografia recomendada, acessar os links indicados e praticar as questões e atividades 
referentes a este módulo. 
O objetivo principal deste módulo, é propiciar o desenvolvimento do raciocínio e a 
aquisição de habilidades referentes à assistência de enfermagem em urgência e 
emergência, visando melhorar a sua competência diante do atendimento a pacientes 
graves ou na iminência de um evento agudo. 
 
 
 7 
CAPÍTULO 1 - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: SUPORTE BÁSICO DE VIDA 
 
1.1 Atendimento pré-hospitalar 
 
A urgência e emergência é um relevante componente na área da saúde, que conta 
com uma rede estruturada de assistência, a fim de atender as demandas de inúmeros 
casos de acidentes, violências, entre outros agravos que necessitam de um APH 
adequado, seja este móvel ou fixo. 
A emergência envolve condições de agravo à saúde com sofrimento intenso ou risco 
iminente de morte, por isso, necessita de tratamento imediato, enquanto na urgência, 
ocorre um imprevisto agravo à saúde, o qual pode ou não gerar risco à vida (BRASIL, 
2014). 
O Ministério da Saúde considera o APH móvel: 
Atendimento que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido umagravo a sua saúde, (de natureza traumática ou não traumática ou, ainda, 
psiquiátrica), que possa levar ao sofrimento ou mesmo à morte, sendo necessário, 
portanto, prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde 
devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde (BRASIL, 
2002). 
 
O APH móvel tem duas modalidades de atendimento, sendo o SBV, o qual não 
realiza manobras invasivas e o SAV, que tem como característica a possibilidade de 
realizar procedimentos invasivos de suporte circulatório e ventilatório (BRASIL, 2002). 
O Atendimento Pré-Hospitalar Fixo é aquela assistência prestada, num primeiro 
nível de atenção, aos pacientes portadores de quadros agudos, de natureza clínica, 
traumática ou ainda psiquiátrica, que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo 
à morte, provendo um atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de 
saúde hierarquizado, regulado e integrante do Sistema Estadual de Urgência e 
Emergência(BRASIL, 2002). 
 
A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma situação frequente em que se aciona o 
serviço de atendimento pré-hospitalar, pode ser considerada uma situação inesperada, 
caracterizada pela parada dos batimentos cardíacos de forma efetiva, acompanhado de 
inconsciência, ausência de respostas a estímulos, ausência de pulso palpável e 
respiração, situação que altera a atividade mecânica e elétrica do coração, diminuindo o 
débito cardíaco (DC) (SILVA; ALMEIDA, 2013, p.1). 
Assim, a PCR é uma grave ameaça à vida, principalmente quando ocorre fora do 
ambiente hospitalar, tendo em vista a necessidade de atendimento precoce. Quando o 
paciente não é submetido à ressuscitação adequada, após cerca de 3 a 10 minutos de 
 
 
 8 
PCR, começa o ocorrer lesão cerebral e as chances de ressuscitação são mínimas 
(SILVA, 2018, p.8). 
Por isso, as manobras que devem ser realizadas no SBV exigem qualificação do 
profissional, para que sejam imediatas e efetivas. Muitas pessoas morrem por não receber 
atendimento durante uma PCR, em contrapartida, inúmeras vezes ocorre atendimento 
inadequado, sem conhecimento acerca dos procedimentos, transportam a vítima de forma 
imprópria, podendo acarretar sequelas ou até mesmo levar à morte (LAFETA et. al. 2015). 
Em 2015, o International Liaison Committeeon Resuscitation (ILCOR) iniciou um 
processo contínuo para avaliar anualmente as evidências científicas referentes à RCP e 
atendimento cardiovascular de emergência, a fim de abordar recomendação, intervenção e 
tratamento, sendo classificados por classe de recomendação e nível de evidência, de 
acordo com a American Heart Association (AHA, 2015). 
É necessário que as equipes de saúde sejam treinadas periodicamente, a fim de 
aprimorar as manobras, obter atualizações e domínio do conteúdo. Além disso, é relevante 
o conhecimento dos leigos para uma atuação efetiva e imediata fora do ambiente 
hospitalar, o que contribui para a sobrevida. 
 
1.2 Suporte básico de vida para profissionais da saúde 
 
Em todas as situações de atendimento à vítima, é necessário avaliar e garantir a 
segurança do local, a fim de evitar novos acidentes. 
Durante uma PCR, um método mnemônico pode ser aplicado para simplificar os 
passos do atendimento em SBV, sendo o “C-A-B-D”, conforme apresentado no quadro 1. 
 
 
 
 
 
Quadro 1 - Sequência do atendimento em PCR 
C Checar responsividade e respiração da 
vítima 
Chamar por ajuda 
Checar o pulso 
Compressões (30 compressões) 
A Abertura das vias aéreas 
B Boa ventilação (2 ventilações) 
 
 
 9 
D Desfibrilação 
Fonte: AHA (2015, p. 5). 
 
O atendimento à PCR com um único socorrista, deve seguir a sequência C-A-B-D, 
sendo que deve iniciar a RCP com 30 compressões torácicas seguidas por 02 ventilações 
(AHA, 2015). 
O atendimento à vítima em casos de RCP no SBV deve ocorrer conforme a 
sequência apresentada no quadro 2. 
 
Quadro 2 - Resumo da RCP para profissionais do SBV. 
Componente 
Adulto e 
adolescente 
Crianças 1 ano 
Até a 
puberdade 
Bebês 
Segurança do local Verifique se o local é seguro 
 
Reconhecimento da 
PCR 
Verifique se a vítima responde 
Ausência de respiração ou apenas gasping 
Nenhum pulso em 10 segundos 
Acionamento do 
serviço médico 
Se estiver sozinho e sem 
celular, deixe a vítima e 
acione o serviço médico de 
emergência 
Obtenha um DEA antes de 
iniciar a RCP 
Do contrário, peça que 
alguém acione o serviço 
médico de emergência 
Inicie RCP imediatamente 
Use o DEA 
Compressão-
ventilação sem via 
aérea avançada 
01 ou 02 socorristas 
30:2 
02 ou mais socorristas 
15:02 
Compressão-
ventilação com via 
aérea avançada 
Compressões contínuas de 100 a 120/min 
Administre 01 ventilação a cada 06 segundos (10 
respirações/min) 
Frequência de 
compressão 
100 a 120/min 
Profundidade de 
compressão 
No mínimo 2 
polegadas 
(5 cm) 
2 polegadas 
(5 cm) 
1,5 polegadas 
(4 cm) 
Posicionamento das 
mãos 
2 mãos sobre a 
metade inferior do 
esterno 
2 mãos ou 1 
sobre a metade 
inferior do 
esterno 
1 socorrista: 
2 dedos no 
centro do 
tórax, abaixo 
da linha 
mamilar 
 
2 ou mais 
socorristas: 
2 polegares no 
centro do 
 
 
 10 
tórax, abaixo 
da linha 
mamilar 
Fonte: AHA(2015, p.10). 
 
FIQUE LIGADO 
Os profissionais de saúde devem pedir ajuda ao encontrar uma vítima que não responde, 
mas é necessário que seja avaliada a respiração e o pulso, de forma simultânea, antes de 
acionar o serviço médico de emergência. 
 
1.3 Cadeia de sobrevivência 
 
A cadeia de sobrevivência foi criada para ressaltar a importância da adoção 
organizada e hierarquizada de atitudes em situações de PCR. 
É recomendado que sejam utilizadas distintas cadeias de sobrevivência para os 
pacientes que sofrem PCR no hospital ou em ambiente extra-hospitalar (Figura 1). A 
assistência da comunidade é relevante quando a PCR ocorre no ambiente extra-hospitalar, 
assim, os socorristas leigos precisam reconhecer a PCR e iniciar as manobras até que o 
serviço de emergência inicie o atendimento no local. No ambiente intra-hospitalar, deve ser 
adotado um sistema de vigilância a fim de evitar a PCR, mas quando ela ocorre, é 
necessária a atuação de uma equipe multiprofissional, incluindo médicos, enfermeiros, 
fisioterapeutas, entre outros (AHA, 2015, p.4). 
 
 
 
 
Figura 1 - Cadeias de sobrevivência de parada cardiorrespiratória intra-hospitalar (PCRIH) e parada 
cardiorrespiratória extra-hospitalar (PCREH) 
 
 
 11 
Fonte: 
AHA(2015, p.4). 
 
1.4 Compressões torácicas 
 
Os profissionais de saúde devem aplicar as compressões torácicas (Figura 2) e 
ventilações em todos os pacientes adultos em PCR, seguindo a frequência de 100 a 
120/min.; comprimir em uma profundidade de pelo menos 2 polegadas (5 cm); permitir o 
retorno total do tórax em cada compressão; evitar interromper as compressões; realizar 2 
ventilações após 30 compressões, sendo que cada ventilação deve durar 1 segundo, 
promovendo a elevação do tórax (AHA, 2015, p.8). 
 
ATENÇÃO 
Durante as compressões torácicas, a região hipotênar de uma mão deve estar sobre o 
esterno da vítima e a outra mão entrelaçando-a. Os braços do socorrista devem ficar 
estendido, cerca de 90º acima da vítima. 
Figura 2 – Posicionamento para realização das compressões torácicas. 
 
 
 12 
 
Fonte: Romulo Passos (2018, p.5). 
 
FIQUE LIGADO 
EM ADULTOS: 
Realizar compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min.; 
Comprimir pelo menos 2 polegadas (5 cm); 
Realizar 2 ventilações após 30 compressões. 
 
A RCP pode ser realizada somente com compressões em casos de socorristas não 
treinados, tendo em vista que é mais fácil a compreensão a partir de instruções dos 
atendentes por telefone. O profissional da saúde deve realizar a RCP com compressões e 
ventilações, e a prioridade quando sozinhos, deve ser acionar o serviço médico de 
emergência e iniciar as compressõestorácicas. Quando disponível desfibrilador externo 
automático (DEA), deve-se utilizar o desfibrilador o mais rápido possível(AHA, 2015, p.9). 
 
1.4.1 Profundidade das compressões torácicas 
As compressões torácicas em um adulto médio, deve ter uma profundidade de no 
mínimo 2 polegadas (5 cm) evitando a compressão com profundidade excessiva, superior 
a 2,4 polegadas (6 cm), sendo que o excesso de profundidade pode causar lesões (AHA, 
2015, p.9). 
 
1.4.2 Retorno do tórax 
Ao realizar as compressões torácicas, os socorristas não devem apoiar sobre o tórax, 
para permitir o retorno completo da caixa torácica durante a PCR. Este retorno é 
evidenciado quando o esterno volta ao seu posicionamento anatômico e quando isso 
 
 
 13 
ocorre, há uma pressão intratorácica negativa que proporciona o fluxo sanguíneo 
cardiopulmonar (AHA, 2015, p.9). 
 
1.5 Ventilação 
 
A ventilação deve ser realizada após 30 compressões torácicas, e para isso,a 
abertura das vias aéreas deve ser feita de forma adequada, utilizando a manobra de 
inclinação da cabeça e elevação do queixo (Chin Lift) ou a manobra de elevação do ângulo 
da mandíbula ou tração da mandíbula, (JawThrust), a qual deve ser adotada em casos de 
suspeita de trauma (Figura 3). 
 
Figura 3 – Manobras de abertura de vias aéreas 
 
Fonte: Romulo Passos (2018, p. 7). 
 
1.5.1 Ventilação com bolsa-válvula-máscara 
A ventilação com bolsa-válvula-máscara (Figura 4) deve ser feita em caso de dois 
socorristas, onde um é responsável pelas compressões torácicas e o outro, pela 
ventilação, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC, 2013, p.7). 
 
 
 
 
Figura 4 – ventilação com bolsa-válvula-máscara 
 
 
 14 
 
Fonte: SBC(2013, p.7). 
 
1.5.2 Ventilação com lenço facial e válvula antirrefluxo (unidirecional) 
O lenço facial e válvula antirrefluxo consiste em um dispositivo descartável para 
ventilação, sendo que impede o retorno do ar através da boca da vítima, permitindo a 
proteção do socorrista (Figura 5). Ao abrir as vias aéreas, é necessário estabilizar a 
mandíbula, vedar o dispositivo na boca da vítima e pinçar o nariz para iniciar a ventilação 
(SBC, 2013, p.7). 
 
Figura 5 - Máscara facial com válvula unidirecional 
 
Fonte: SBC(2013, p.5). 
 
1.5.3 Ventilação com a máscara de bolso (“pocket-mask”) 
A máscara de bolso (Figura 6)geralmente acompanha uma válvula unidirecional e 
deve ser posicionada rapidamente na vítima para dar início às ventilações. A região mais 
estreita da máscara deve ser posicionada no nariz da vítima. 
 
Figura 6 – Exemplos de máscara de bolso 
 
 
 15 
 
Fonte: SBC(2013, p.7). 
 
1.5.4 Ventilação durante a RCP com via aérea avançada 
Durante a RCP com via aérea avançada tubo endotraqueal (Figura 7) ou dispositivo 
supraglótico (Figura 8), deve ser administrado pelo profissional 01 ventilação a cada 06 
segundos, ou seja, 10 respirações por minuto, enquanto continuam as compressões 
torácicas, sendo que esta proporção é válida para adultos, crianças e bebês (AHA, 2015, 
p.13). 
 
Figura 7 - Ventilação com via aérea avançada 
 
Fonte: SBC(2013, p. 7). 
 
Figura 8– Dispositivo supraglótico 
 
Fonte: Metterleinet. al.(2017, p. 3) 
1.5.5 Ventilação em vítima com apenas parada respiratória 
 
 
 
 16 
Em casos onde a vítima apresenta pulso, não respira ou respira de forma anormal 
(gasping), deve realizar uma ventilação a cada 05 a 06 segundos, ou seja, de 10 a 12 
ventilações por minuto em adultos. Em crianças e lactentes a ventilação deve ser uma a 
cada 03 a 05 segundos, ou seja, de 12 a 20 ventilações por minuto (SBC, 2013, p.8). 
 
FIQUE LIGADO 
Apenas parada respiratória: 
Adulto: 01 ventilação a cada 05 a 06 segundos; 
Crianças e lactentes: 01 ventilação a cada 03 a 05 segundos. 
 
1.6 Choque 
 
Os ritmos encontrados em uma parada cardíaca são: Fibrilação Ventricular (FV), 
Taquicardia Ventricular sem pulso (TVSP), Assistolia, Atividade Elétrica sem Pulso (AESP). 
Na FV a despolarização dos ventrículos não ocorre de forma organizada, com isso, 
não há contração efetiva do miocárdio. A TVSP é uma modalidade de parada cardíaca que 
envolve a sucessão rápida de batimentos ventriculares ectópicos, o qual chega à ausência 
de pulso palpável. A assistolia consiste na ausência total de atividade elétrica do 
miocárdio, consequentemente, não há frequência ou ritmo cardíaco. Na AESP é detectável 
atividade elétrica no monitor cardíaco, mas o paciente não reage e não é possível sentir 
pulso carotídeo (AEHLERT, 2013). 
O DEA (Figura 9) é um aparelho portátil utilizado para interpretar o ritmo cardíaco e o 
nível de energia necessário para a aplicação do choque. 
 
 
 
 
 
Figura 9 – Desfibrilador externo automático 
 
 
 17 
 
Fonte: Silva (2018, p.16). 
 
Quando o DEA está disponível em PCR em adultos, deve-se utilizar o desfibrilador o 
mais rápido possível. Em casos de adultos sem monitoramento ou DEA, é necessário 
iniciar as compressões torácicas até a obtenção do dispositivo para realizar a desfibrilação, 
se indicada (AHA, 2015, p.9). 
O DEA é utilizado para reverter ritmos de FV e TVSP; e a voltagem do desfibrilador 
bifásico é de 150 J a 200 J, ou 120 J em casos de onde bifásica retilínea. Quando 
desconhece o tipo de onda, pode ser utilizado o padrão de 200 J (AHA, 2015, p.9). O DEA 
deve ser utilizado conforme os passos descritos a seguir: 
1. Ligar o aparelho; 
2. Conectar os eletrodos no tórax da vítima (Figura 10); 
3. Conectar os cabos no aparelho; 
4. Se o choque for indicado, todos devem se afastar da vítima para acionar o botão 
de choque; 
5. Após o choque, reiniciar as compressões torácicas. O DEA fará análise do ritmo 
a cada 02 minutos e poderá indicar o choque novamente se houver 
necessidade. 
6. Após o choque, mesmo com a vítima consciente, o DEA deve permanecer 
conectado na vítima até a chegada do serviço médico de emergência. 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Posicionamento do DEA 
 
 
 18 
 
Fonte: SBC(2013, p.8). 
 
1.6.1 Desfibrilação e Cardioversão 
A desfibrilação elétrica consiste na aplicação de uma corrente elétrica no miocárdio, 
de forma contínua, não sincronizada, para despolarizar as fibras musculares do miocárdio, 
a fim de reverter arritmias como FV e TVSP. Na cardioversão, a corrente elétrica é 
aplicada de maneira sincronizada, onde a descarga elétrica despolariza o miocárdio, 
utilizada em casos de taquicardia instável e instabilidade hemodinâmica. 
Para melhor fixação do conteúdo, a Figura 11 demonstra o Algoritmo de PCR em 
adultos para profissionais de saúde de SBV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11 – Algoritmo de PCR em adultos para profissionais da saúde de SBV 
 
 
 19 
 
Fonte: AHA (2015, p.12). 
 
1.7 PCR durante a gravidez 
 
A RCP em gestantes deve ter como prioridade a qualidade e alívio da pressão aorto - 
cava. Para isso, é importante que seja verificado se o fundo do útero tem altura igual ou 
superior ao umbigo. Nesta situação, deslocar o útero manualmente para a esquerda, pode 
 
 
 20 
aliviar a compressão aorto - cava enquanto é realizada a compressão torácica (AHA, 2015, 
p.20). 
 
1.8 Suporte básico de vida em pediatria 
 
Os pacientes pediátricos (menores de 1 ano de idade) e crianças até o início da 
puberdade, as compressões torácicas devem comprimir, no mínimo, um terço do diâmetro 
anteroposterior do tórax, ou seja, 1,5 polegadas (4 cm) em bebês e até 2 polegadas (5 cm) 
em crianças. Quando é atingida a puberdade a recomendação segue a mesma de adultos. 
Os socorristas devem comprimir o esterno de um bebê com 2 dedos posicionados 
abaixo da linha intermamilar, e deve garantir o retorno completo da caixa torácica a cada 
compressão (Figura 12) (AHA, 2015, p.20). 
 
1.8.1 Taxa das compressões torácicas 
As evidências pediátricas são insuficientes,por isso, recomenda-se a velocidade de 
compressões torácicas de 100 a 120/min. para bebês e crianças (AHA, 2015, p.10). 
 
1.8.2 RCP somente com compressão 
A RCP em bebês e crianças deve preconizar ventilações de resgate além das 
compressões torácicas, tendo em vista a comum asfixia em PCR nesta faixa etária. Em 
contrapartida, se não for possível realizar a ventilação pelo socorrista, recomenda-se a 
realização da compressão torácica (AHA, 2017, p.2). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 – Algoritmo de PCR em pediatria para profissionais da saúde de SBV 
 
 
 21 
 
Fonte: AHA (2015, p.21). 
 
 
 
 
 
 
 22 
CAPÍTULO 2 - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: SUPORTE AVANÇADO DE VIDA 
 
2.1 Suporte Avançado de Vida em adulto 
 
O SAV se inicia com as mesmas manobras de RCP do SBV, conforme descritas no 
capítulo anterior, porém, além das compressões torácicas e desfibrilação, inclui a obtenção 
de acesso venoso, administração de drogas, dispositivos de compressão mecânica e até 
mesmo circulação extracorpórea. 
A sobrevida dos pacientes que sofreram PCR depende da integração entre o SBV, 
SAV e cuidados pós ressuscitarão. A demora superior aos primeiros cinco minutos para 
iniciar a administração de drogas vasopressoras e instalar via aérea avançada, pode piorar 
o prognóstico da vítima (SBC, 2013, p.23). 
A parada cardíaca pode apresentar quatro ritmos, conforme descritos no capítulo 
anterior: fibrilação ventricular (FV), taquicardia ventricular sem pulso (TVSP), atividade 
elétrica sem pulso (AESP) e assistolia, sendo que a desfibrilação precoce pode aumentar a 
sobrevida em casos de FV ou TVSP (SBC 2013, p.23). 
As interrupções durante as manobras de RCP devem ser minimizadas, aplicadas 
somente para checagem do pulso, ritmo, desfibrilação e obtenção de via aérea avançada 
(SBC, 2013, p.23). 
É primordial que o socorrista procure identificar a causa da PCR durante a tentativa 
de ressuscitação, para isso, é importante obter dados, através do exame do paciente, 
diálogo com os familiares ou outros indivíduos que possam colaborar com as informações. 
Geralmente, as causas de PCR podem ser resumidas em 5“Hs” e 5 “Ts” (Quadro 3) (SBC, 
2013, p.23). 
 
Quadro 3–Principais causas de PCR 
5 “Hs” 5 “Ts” 
Hipovolemia Trombose coronária 
Hipóxia Tromboembolismo pulmonar 
Hidrogênio (acidose) Tensão no tórax por pneumotórax 
Hipo ou Hipercalemia Tóxicos 
Hipotermia Tamponamento cardíaco 
Fonte: SBC (2013, p.23). 
 
FIQUE LIGADO 
 
 
 23 
Os cuidados pós PCR enfatizam programas multidisciplinares a fim de otimizar o aspecto 
neurológico, hemodinâmico, metabólico e ventilatório do paciente (SBC, 2013, p.24). 
 
A escolha do melhor método de ventilação deve ser baseada na experiência do 
socorrista, onde pode ser utilizado o dispositivo de bolsa-válvula-máscara, isoladamente ou 
em combinação com o cânula orotraqueal, assim como a máscara laríngea (Figura 13) ou 
o tubo laríngeo (Figura 14). As principais indicações de intubação orotraqueal na 
emergência são: impossibilidade de fornecer uma ventilação adequada com o dispositivo 
bolsa-válvula-máscara em pacientes inconscientes, em pacientes comatosos ou em PCR 
(SBC, 2013, p.19). 
 
Figura 13 – Máscara laríngea 
 
Fonte: SBC(2013, p. 21) 
 
Figura 14 – Tubo laríngeo 
 
Fonte: SBC(2013, p. 21). 
 
A cânula orofaríngea pode ser utilizada para facilitar a ventilação bom a bolsa- 
válvula-máscara, sendo que evita a obstrução da via aérea ocasionada pela queda da 
língua. As cânulas orofaríngeas apresentam diversos tamanhos, e para a escolha ideal, 
deve ser posicionada da rima bucal até o ângulo da mandíbula, ou até o tragus da orelha. 
Essa, deve ser introduzida na cavidade oral voltada para cima, com a extremidade voltada 
 
 
 24 
para o palato duro. A seguir, deve ser feito um movimento de rotação de 180º para 
posicioná-la sobre a língua, conforme demonstrado na Figura 15. 
 
Figura 15- Cânula orofaríngea 
 
Fonte: SBC(2013, p. 19). 
 
A intubação orotraqueal deve ser realizada somente quando não for interferir nas 
outras manobras de ressuscitação, considerando que a interrupção das compressões 
torácicas deve ser minimizada, não ultrapassando 10 segundos (SBC, 2013, p.20). 
Após a inserção da cânula traqueal, é necessário fazer uma avaliação clínica para 
confirmar se o posicionamento está correto. Essa avaliação consiste na visualização da 
expansão torácica e da condensação do tubo durante a ventilação e na ausculta dos 
pontos: epigástrio, base pulmonar esquerda, base pulmonar direita, ápice pulmonar 
esquerdo e ápice pulmonar direito. Assim, é possível detectar uma possível intubação 
esofágica ou introdução excessiva do tubo, o que causa uma intubação seletiva do 
brônquio (SBC, 2013, p.20). 
A capnografia com onda contínua quantitativa é recomendada para pacientes 
intubados para confirmar o posicionamento correto do tubo endotraqueal, controle da 
qualidade da RCP e avaliação do retorno da circulação espontânea com base nos valores 
de dióxido de carbono ao final da expiração. Após a confirmação do posicionamento do 
tubo, este deve ser fixado com fitas convencionais, bandagens ou fixadores comerciais 
(SBC, 2013, p.20). 
 
2.2 Vias para administração de medicamentos 
 
A seguir, serão abordadas as vias de administração de medicamentos em PCR: 
acesso intravenoso (IV), intraósseo (IO), intravenoso central e endotraqueal. 
 
 
 25 
 
2.2.1 Acesso intravenoso/intraósseo 
A administração de drogas em RCP é secundária, tendo em vista que a prioridade é a 
RCP de boa qualidade e desfibrilação imediata. O acesso venoso deve estabelecido IV ou 
IO, sem interromper as compressões torácicas (SBC, 2013, p.29). 
É preferencial obter o acesso venoso periférico nos membros superiores (veia 
antecubital) para administração de drogas pela via intravenosa. Após cada administração 
de droga em bolus por esta via, é recomendado infundir 20 ml de solução salina e elevar o 
membro por 10 a 20 segundos (SBC2013, p.29). 
A Administração intraóssea (Figura 16) é utilizada quando não é possível estabelecer 
o acesso IV, e por esta via, é possível obter concentrações plasmáticas similares ao 
acesso IV (SBC, 2013, p.29). 
 
Figura 16- Punção intraóssea 
 
Fonte: ResearchGate.net 
 
2.2.2 Acesso intravenoso central 
O acesso intravenoso central é uma via de administração de medicamentos que 
apresenta a vantagem de obter maiores concentrações plasmáticas, menor tempo de 
circulação, e através dele, também é possível identificar a saturação venosa central e 
estimar a pressão de perfusão coronariana (SBC, 2013, p.29). 
 
2.2.3 Acesso endotraqueal 
O acesso endotraqueal pode ser utilizado para administrar drogas como lidocaína, 
adrenalina, atropina, naloxone e vasopressina, porém, nesta via, as concentrações 
plasmáticas são menores quando comparadas com a via IV. Por isso, a via endotraqueal 
deve ser selecionada para administração de medicamentos em RCP somente diante da 
impossibilidade de obter as vias IV e IO (SBC, 2013, p.29). 
 
 
 
 26 
2.3 Intervenções medicamentosas na RCP 
 
A PCR é uma situação de emergência que exige intervenções com rapidez e eficácia 
para garantir a estabilização do quadro clínico e um melhor prognóstico da vítima. Para 
isso, o Manual de Atualização das Diretrizes de 2015 da American Heart Association (AHA) 
para Ressuscitação Cardiopulmonar e Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE) 
traz as recomendações a seguir: 
 A epinefrina (adrenalina) é o vasopressor utilizado na PCR para ressuscitação. 
A vasopressina foi removida do algoritmo de PCR, tendo em vista que em 
combinação com a epinefrina não proporciona nenhuma vantagem (AHA, 2015, 
p.13). 
 Em pacientes intubados, a baixa quantidade de dióxido de carbono ao final da 
expiração (ETCO2), está associada a baixa probabilidade de RCP após 20minutos de RCP, porém, não pode ser aplicado como critério único para 
determinar o término da ressuscitação (AHA, 2015, p.13). 
 Em pacientes que não respondem à RCP convencional, a ressuscitação 
cardiopulmonar extracorpórea (ECPR) pode ser considerada, em ambientes em 
que seja possível utilizá-la rapidamente (AHA, 2015, p.13). 
 Em casos de retorno da circulação espontânea após FV ou TVSP, a lidocaína 
pode ser utilizada imediatamente (AHA, 2015, p.13). 
 
2.3.1 Vasopressor 
A Epinefrina é uma droga muito utilizada em PCR, pois, possibilita o aumento da 
pressão de perfusão cerebral e coronariana, e deve ser utilizada da seguinte forma: 
 FV e TVSP: 1mg IV/IO a cada 3 - 5min. 
 Assistolia e AESP: 1mg IV/IO a cada 3 - 5min (SBC, 2018, p.5). 
 
FIQUE LIGADO 
Durante a administração de medicações as manobras de RCP não devem ser 
interrompidas. 
 
 
 
 27 
2.3.2 Antiarrítmicos 
A AHA (2018, p.3), recomenda que a amiodarona ou a lidocaína podem ser utilizadas 
para FV/TVSP não responsiva a desfibrilação, conforme as doses abaixo: 
a) Amiodarona: a primeira dose deve ser de 300 mg IV/IO, e pode usar uma segunda 
dose de 150 mg IV/IO (SBC, 2018, p.5). 
b) Lidocaína: a dose inicial deve ser de 1 a 1,5 mg/kg, e a segunda dose, de 0,5 a 
0,75 mg/kg (SBC, 2018, p.5). 
O sulfato de magnésio não é recomendado em uso rotineiro na RCP, mas pode ser 
utilizado para tratamento de TV polimórfica associada a intervalo QT longo (AHA, 2018, 
p.3). A dose de sulfato de magnésio deve ser de 1 a 2g, diluído em 10 ml de soro glicosado 
5% (SBC, 2013, p.31). 
 
Quadro 4 – Intervenções não recomendadas rotineiramente durante a PCR 
Medicamento Justificativa 
Reposição volêmica A infusão de líquidos em PCR deve ser realizada 
quando houver suspeita de hipovolemia. 
Atropina Não esteve associada com benefícios 
significativos no manuseio da PCR intra ou 
extra-hospitalar. 
Bicarbonato de sódio Pode gerar problemas tais como: aumento na 
geração de CO2, exacerbando a acidose 
intracelular; efeito inotrópico negativo no 
miocárdio isquêmico; aumento da osmolaridade 
sérica e desvio da curva de dissociação da 
hemoglobina para a esquerda. 
Cálcio Altos níveis séricos de cálcio IV podem ser 
prejudiciais para o miocárdio isquêmico, capaz 
de agravar a recuperação neurológica. 
Fibrinolíticos Pode ser considerada utilizada quando suspeita 
de embolia pulmonar. 
Fonte: SBC(2013, p.31). 
 
2.4 Tratamento da PCR conforme o ritmo 
 
A seguir, será abordado o tratamento da PCR conforme os ritmos: FV, TVSP, 
assistolia e AESP. 
 
2.4.1 Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso 
A desfibrilação precoce é indicada em casos de ritmo como FV/TVSP (Figura 17 e 
18), considerando que no ambiente intra-hospitalar, é ideal que a desfibrilação ocorra até 
 
 
 28 
três minutos do início da PCR. Quando tem a presença de dois socorristas, um deve 
carregar o desfibrilador enquanto o outro permanece nas compressões torácicas. Antes de 
desfibrilar, é necessário que seja feito o aviso prévio para que todos possam se afastar 
antes de realizar o choque. Após o choque, as compressões torácicas devem ser iniciadas 
imediatamente, de forma contínua, durante dois minutos, e após este tempo, realizar nova 
reavaliação(SBC, 2013, p.24). 
 
Figura 17 - Paciente em PCR em ritmo FV e TVSP 
 
Fonte: ecgpedia.org. 
 
 
 
 
Figura 18 – Fibrilação Ventricular Grosseira 
 
Fonte: SBC(2013, p. 8). 
 
ATENÇÃO 
A interrupção das compressões torácicas para análise do ritmo, não deve ultrapassar 10 
segundos. 
 
A energia do desfibrilador bifásico deve ser entre 120-200 J, de acordo com as 
orientações do fabricante, enquanto no desfibrilador monofásico, o choque deve ser 
administrado com 360 J. Diante dessas duas modalidades, as pás são posicionadas no 
ápice cardíaco e abaixo da clavícula direita, ou anteroposterior (SBC, 2013, p.24). 
 
 
 29 
Se a FV/TVSP persistir, deve-se administrar os medicamentos conforme 
demonstrado no quadro 5. 
 
Quadro 5 – Medicamentos utilizados em FV/ TVSP 
MEDICAMENTO TEMPO 
Amiodarona 300 mg EV seguido de 
20ml de SF e elevação do membro 
superior 
Pode repetir na dose de 150 mg 
EV, após 3-5 min. 
Lidocaína 2% 1-1,5mg/Kg EV/IO Pode repetir na dose de 0,5-
0,75mg/Kg, após 5-10 min. 
Sulfato de magnésio a 50% 1 - 2g 
EV/IO diluído em 10-20ml de 
glicose 5% 
 
 
Fonte: Silva (2018, p.22). 
 
ATENÇÃO 
Checar o ritmo após 2 minutos do choque. Se a FV/TVSP persistir, realize novo choque. 
 
 
2.4.2 Assistolia 
Na assistolia há ausência de sístoles, ou seja, as células musculares cardíacas e a 
condução elétrica não estão exercendo suas funções (Figura 19). 
 
Figura 19 - Paciente em PCR em ritmo de assistolia 
 
Fonte: Float Nurse. 
 
Em casos de assistolia, é necessário administrar epinefrina precoce – 1mg EV/IO em 
bolus, seguida de 20ml de SF e elevação do membro superior, repetida a cada 3-5 min. A 
cada 2 minutos, o ritmo deve ser checado novamente (SILVA, 2018, p. 23). 
 
 
 
 30 
2.4.3 Atividade elétrica sem pulso (AESP) 
A AESP (Figura 20) é caracterizada pela presença de atividade elétrica no miocárdio, 
mas o pulso não é detectável. 
 
Figura20 -Paciente em PCR em ritmo de AESP 
 
Fonte: Float Nurse. 
 
Diante deste caso, deve-se administrar epinefrina1mg EV/IO em bolus, seguido de 
20ml de SF e elevação do membro superior e após 2 minutos, o ritmo deve ser checado 
novamente (SILVA, 2018, p.26). 
 
 
 
 
2.5 Cuidados pós PCR 
 
Diversos fatores devem ser analisados e tem influência na decisão de quando 
interromper as manobras de reanimação, tais como: histórico da patologia do paciente e 
seu prognóstico antecipado; o período que passou entre a parada cardíaca e o início das 
manobras de reanimação; o intervalo de tempo entre a parada cardíaca e a desfibrilação; o 
tempo em que são realizadas as manobras avançadas de vida, entre outros. Além disso, 
em pacientes com via aérea avançada, um fator é a incapacidade de se obter valores de 
CO2 acima de 10mmHg pela capnografia em forma de onda após 20 minutos de RCP, de 
acordo com as diretrizes de 2015 da AHA (SILVA, 2018, p. 20). 
Os cuidados pós PCR basicamente envolvem a realização de angiografia coronária, 
controle de temperatura e correção de hipotensão. 
A angiografia coronária é um exame radiológico que possibilita a observação das 
artérias das coronárias, o qual é recomendado em casos de emergência envolvendo infarto 
agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMST) e para pacientes 
 
 
 31 
hemodinâmica ou eletricamente instáveis sem supradesnivelamento do segmento ST 
(AHA, 2015, p.15). 
A terapia fibrinolítica consiste em diminuir o tempo de isquemia no miocárdio, o que 
pode reduzir as complicações imediatas e tardias. Quando este tratamento estiver 
disponível para o tratamento de IAMST, é necessário dar preferência à triagem pré-
hospitalar e executar o transporte direto a um centro de intervenção coronariana 
percutânea (AHA, 2015, p.17). 
Em casos onde ocorre o IAMST em um hospital sem a possibilidade de realizar a 
intervenção coronariana percutânea, é recomendado transferir o paciente imediatamente a 
uma unidade que possibilite essa intervenção, por isso, não é recomendado a fibrinólise 
imediata no hospital inicial. Quando não é possível realizar esta transferência em tempo 
adequado, a alternativa é iniciar o tratamento fibrinolítico com posterior angiografia 
(AHA2015, p.17). 
Os pacientes adultos em coma com retorno da circulação espontânea após a PCR 
devem passar por um controle direcionado de temperatura, mantida entre 32°C e 36°C, 
durante no mínimo 24 horas, além disso, é recomendado evitar ativamente a febre nesses 
pacientes (AHA, 2015, p.15). 
Após a ressuscitação, as metas hemodinâmicas consistem em prevenir e corrigir a 
hipotensão arterial (sistólica menor que 90 mmHge pressão arterial média menor que 65 
mmHg) (AHA, 2015, p.15). 
Para melhor fixação do conteúdo, a Figura 21 demonstra o Algoritmo de PCR em 
adultos no SAV. 
 
Figura21 – Algoritmo circular de PCR em adultos 
 
 
 32 
 
Fonte: AHA(2018, p. 5). 
 
2.6 Suporte avançado de vida em pediatria 
 
O SAV em pediatria implica no acréscimo ao suporte básico de manobras invasivas 
para garantir ventilação e circulação. A seguir, serão abordados os tópicos específicos de 
RCP em pediatria: carga do choque para desfibrilação, tratamento medicamentoso e 
retorno da circulação espontânea. 
 
2.6.1 Qualidade da RCP 
A compressão torácica deve atingir 1/3 do diâmetro torácico anteroposterior, e 
frequência de 100-120/min., minimizando as interrupções e deve-se evitar a ventilação 
excessiva. A relação compressão-ventilação é de 15:2 quando não tem via aérea 
avançada (AHA, 2018, p.5). 
 
2.6.2 Carga do choque para desfibrilação 
Em pacientes pediátricos, o primeiro choque acionado é de 2 J/kg e segundo choque 
de 4 J/kg. Os choques a seguir, devem ser iguais ou superiores a 4 J/kg, podendo atingir 
no máximo 10 J/kg (AHA, 2018, p.5). 
 
 
 
 33 
2.6.3 Tratamento medicamentoso 
A AHA (2018, p.5) recomenda o tratamento medicamentoso de PCR em pediatria, 
conforme descrito a seguir: 
a) Epinefrina: Dose IO/IV, de 0,01 mg/kg (0,1 ml/kg na concentração de 1:10.000), 
repetindo a cada 3 ou 5 minutos. Pode ser administrada via endotraqueal na dose de 0,1 
mg/kg (0,1 ml/kg na concentração de 1:1.000). 
b) Amiodarona: Dose IO/IV de 5mg/kg em bolus, e pode ser repetida em casos de 
FV/TVSP refratária, no máximo duas vezes. 
c) Lidocaína: Dose IV/IO de 1 mg/kg, em infusão de 20 a 50 mcg/kg/min. 
 
2.6.4 Via aérea avançada 
Quando houver intubação endotraqueal ou via aérea supraglótica, a ventilação deve 
ser administrada na proporção de 1 ventilação a cada 6 segundos (10 ventilações por 
minuto) (AHA, 2018, p.5). 
 
2.6.5 Retorno da circulação espontânea 
Após o retorno da circulação espontânea é necessário o monitoramento da pressão 
arterial, a fim de manter a pressão sistólica adequada e evitar hipotensão. Além disso, os 
socorristas devem evitar a hipoxemia, mantendo a normoxemia (saturação de oxi-
hemoglobina de 94% ou mais) (AHA, 2015, p.24). 
 
 
 
 
2.7 Ressuscitação neonatal 
 
A PCR neonatal ocorre pricipalmente por asfixia, por isso, o foco da ressuscitação 
inicial é a ventilação.Os principais tópicos neonatais abordados pela AHA em 2015 foram 
os seguintes: 
De acordo com a AHA (2015, p.25) ordem das três perguntas de avaliação consiste 
em: 
1) Gestação a termo? 
2) Bom tônus? 
3) Respira ou chora? 
 
 
 34 
O minuto de ouro (60 segundos) é importante para concluir os passos iniciais, 
reavaliar e iniciar a ventilação quando necessária, sem atrasos desnecessários (AHA, 
2015, p.25). 
A temperatura do recém nascido (RN) deve ser registrada, sendo que em bebês não 
asfixiados deve manter entre 36,5 °C e 37,5 °Cdesde a admissão até aestabilização (AHA, 
2015, p.25). 
Diversas estratégias devem ser adotadas para evitar a hipotermia, tais como: berços 
aquecidos, capa plástica com capuz, colchão térmico, aumento da temperatura ambiente, 
etc. Porém, a temperatura superior a 38 °C deve ser evitada (AHA, 2015, p.25). 
Quando os recursos são limitados durante as primeiras horas de vida do RN, o uso 
de capas plásticas e o contato pele a pele são medidas que podem reduzir a mortalidade 
(AHA, 2015, p.25). 
Ao nascimento, se o RN apresentar líquido amniótico meconial, tônus muscular 
insatisfatório e esforços respiratórios inadequados, é importante colocá-lo em um berço 
aquecido e iniciar ventilação pressão positiva (VPP), quando necessário. Se a via aérea 
estiver obstruída, a intervenção pode incluir intubação e aspiração (AHA, 2015, p.25). 
É fundamental a avaliação da frequência cardíaca durante o primeiro minuto de 
ressuscitação, por isso, o ECG de três derivações pode ser utilizado para uma avaliação 
mais precisa, além da necessidade de avaliar a oxigenação do RN pela oximetria de pulso 
(AHA, 2015, p.25). 
A máscara laríngea é recomendada durante a ressuscitação de RN com 34 semanas 
ou mais de gestação em situações onde a ventilação com máscara facial não é suficiente, 
ou a intubação traqueal é inviável (AHA, 2015, p.25). 
Embora faltem evidências científicas sobre o uso de oxigênio durante a RCP, é 
indicado o uso de oxigênio a 100% quando aplicado as compressões torácicas, sendo 
recomendada a diminuição gradativa de oxigênio quando recuperada a frequência 
cardíaca (AHA, 2015, p.25). 
 
FIQUE LIGADO 
Perguntas de avaliação neonatal: 
1) Gestação a termo? 
2) Bom tônus? 
3) Respira ou chora? 
 
 
 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
CAPÍTULO 3 - TRANSPORTE DE PACIENTES E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
 
3.1 Transporte de pacientes 
 
A implantação de redes regionalizadas e hierarquizadas de atendimento possibilitam 
a organização da assistência e articulação dos serviços, a fim de definir os fluxos e 
referências para que ocorra a promoção da universalidade do acesso, equidade e 
integralidade da assistência. Para isso, os sistemas Estaduais de urgência e emergência 
são estruturados de uma forma que envolve toda a rede assistencial, como a rede pré-
hospitalar, (unidades básicas de saúde, programa de saúde da família, ambulatórios 
especializados, serviços de diagnóstico e terapias, unidades não hospitalares), serviços de 
atendimento pré-hospitalar móvel (SAMU, Resgate, ambulâncias do setor privado, etc.); e 
a rede hospitalar de alta complexidade, onde todos esses componentes se 
responsabilizam sobre determinada demanda de urgência, de acordo com as 
complexidades para promover a resolução. Esses níveis devem atuar de forma 
complementar, organizados e regulados com referência e contra referência, para que cada 
serviço faça o acolhimento e atenda adequadamente a demanda, e faça o 
encaminhamento quando o serviço não oferece os recursos necessários para o 
atendimento (BRASIL, 2002, p.4). 
Na atenção em urgência e emergência, é fundamental que o transporte do paciente 
até o local de referência ocorra de maneira segura e com assistência adequada, a fim de 
atender as necessidades de cada caso. Para isso, o profissional de saúde deverá avaliar o 
paciente, realizar o atendimento inicial e preparar para o transporte, considerando que um 
transporte inadequado, pode resultar em sequelas ou até mesmo o óbito. 
O Enfermeiro e sua atuação na urgência e emergência é essencial no âmbito do 
gerenciamento e assistência, tendo em vista suas competências e atribuições: 
Supervisionar e avaliar as ações de enfermagem da equipe no Atendimento 
Pré­Hospitalar Móvel; executar prescrições médicas por telemedicina; prestar 
cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica a pacientes graves e com 
risco de vida, que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de 
tomar decisões imediatas; prestar a assistência de enfermagem à gestante, a 
parturiente e ao recém nato; realizar partos sem distócia; participar nos programas 
de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde em urgências, 
particularmente nos programas de educação continuada; fazer controle de 
qualidade do serviço nos aspectos inerentes à sua profissão; subsidiar os 
responsáveis pelo desenvolvimento de recursos humanos para as necessidades de 
educação continuada da equipe; obedecer a Lei do Exercício Profissional e o 
Código de Ética de Enfermagem; conhecer equipamentos e realizar manobras de 
extração manual de vítimas (BRASIL, 2002, p. 14). 
 
 
 37 
 
O nível pré-hospitalar móvel em urgência busca promover o atendimento precoce à 
vítima que tenha sofrido algum agravo à saúde, seja de origem clínica, traumática, 
psiquiátrica, entre outras. Sendo assim, o transporte deve ser hierarquizado e integrado ao 
SistemaÚnico de Saúde (SUS), vinculado a uma central de regulação, onde os veículos 
tenham os recursos necessários para atender a população. O acesso a esta central deve 
ser fácil, gratuita (192) e amplamente divulgada à comunidade, sendo que neste tipo de 
atendimento, o médico regulador avalia o caso, orienta e envia uma equipe de atendimento 
ao local (BRASIL, 2002, p.12). 
 
ATENÇÃO 
O médico regulador orienta a equipe de atendimento através de uma rede de comunicação 
entre a central, as ambulâncias e demais serviços. 
 
A limitação da região de cobertura deste serviço é previamente definida, conforme os 
aspectos demográficos, territoriais, populacionais, indicadores de saúde, ofertas de 
serviços, entre outros, sendo que os gestores devem pactuar as ações de acordo com a 
hierarquização e regionalização (BRASIL, 2002, p.12). 
 
FIQUE LIGADO 
Regionalização e Hierarquização: os serviços de saúde devem ser organizados conforme 
os níveis de complexidade, em determinada área geográfica. 
A Regionalização é referente a articulação entre os serviços existentes, enquanto a 
Hierarquização divide os níveis de atenção para garantir o acesso. 
 
Os serviços de atendimento pré-hospitalar móvel contam com profissionais da área 
da saúde, composta por: coordenador do serviço; responsável técnico (Médico); 
responsável de Enfermagem (Enfermeiro); Médicos reguladores; Médicos 
intervencionistas; Enfermeiros assistenciais; Auxiliares e Técnicos em Enfermagem. 
 
3.2 Veículos de atendimento pré-hospitalar móvel 
 
 
 
 38 
O Serviço de atendimento pré-hospitalar móvel, vinculado a uma central de 
regulação, conta com uma equipe e frota de veículos para atender as necessidades de 
saúde da população de um Município ou região, sendo que estes veículos serão descritos 
a seguir. 
 
3.2.1 Ambulâncias 
São veículos destinados exclusivamente ao transporte de enfermos, classificadas 
conforme a Portaria 2048 de 5 de novembro de 2002: 
 Tipo A: Ambulância de transporte: destinado ao transporte de pacientes de 
caráter eletivo, onde não apresentam risco de vida. 
 Tipo B: Ambulância de suporte básico, destinado ao transporte de pacientes 
com risco de vida conhecido no âmbito inter-hospitalar e ao atendimento 
pré-hospitalar com o risco de vida desconhecido, sem classificação da 
necessidade de intervenção médica durante o transporte. 
 Tipo C: Ambulância de Resgate, destinado a atender urgências pré-
hospitalares, em casos de vítimas de acidentes, ou outros, incluindo 
equipamentos de salvamento (aquático, terrestre e em alturas). 
 Tipo D: Ambulância de suporte avançado, destinado ao atendimento e 
transporte de pacientes em emergências pré-hospitalares, ou seja, 
pacientes de alto risco de vida, sendo assim, deve ter equipamentos 
necessários para a prestação de cuidados intensivos. 
 Tipo E: Aeronave de transporte médico, destinada ao transporte inter-
hospitalar e ações de resgate. 
 Tipo F- Embarcação de transporte médico por via marítima ou fluvial; possui 
equipamentos médicos para o atendimento conforme sua gravidade. 
SAIBA MAIS 
As ambulâncias, de acordo com suas respectivas classificações, devem conter o mínimo 
de materiais e equipamentos determinados para garantir um atendimento pré-hospitalar 
com qualidade. Para saber mais sobre esse assunto, acesse: 
Definição dos materiais e equipamentos das ambulâncias: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html
 
 
 39 
Os veículosde suporte avançado, como terrestres, aquáticos e aeronaves, devem 
conter os medicamentos obrigatórios, conforme quadro 6. 
 
Quadro 6- Medicamentos das Ambulâncias 
Lidocaína sem vasoconstritor; adrenalina, epinefrina, atropina; dopamina; 
aminofilina; dobutamina; hidrocortisona; glicose50% 
Soros: glicosado 5%; fisiológico 0,9%; ringer lactato 
Psicotrópicos: hidantoína; meperidina; diazepan; midazolan 
Medicamentos para analgesia e anestesia: fentanil, ketalar, quelecin 
Outros: água destilada; metoclopramida; dipirona; hioscina; dinitrato de 
isossorbitol; furosemide; amiodarona; lanatosideo C. 
Fonte: Brasil (2002, p.21). 
 
3.2.2 Tripulação das ambulâncias 
Os profissionais que atuam como tripulantes em serviços de atendimento pré-
hospitalar móvel devem ser habilitados e cumprir as exigências do conteúdo curricular. 
Esta tripulação é composta por profissionais, de acordo com a classificação das 
ambulâncias (Quadro 7). 
 
Quadro 7 – Classificação e tripulação das ambulâncias 
Classificação das 
ambulâncias 
Tripulação 
Ambulância tipo A 01 Motorista; 01 técnico ou auxiliar em Enfermagem 
Ambulância tipo B 01 Motorista; 01 técnico ou auxiliar em Enfermagem 
Ambulância tipo C 01 Motorista; 02 profissionais com certificação em 
salvamento e suporte básico de vida 
Ambulância tipo D 01 motorista; 01 Enfermeiro e 01 Médico 
Ambulância tipo E 
(Aeronave) 
Piloto; 01 Médico e 01 Enfermeiro 
Ambulância tipo F 
(Embarcações) 
SBV: Condutor; 01 auxiliar ou técnico em 
Enfermagem 
SAV: 01 Médico; 01 Enfermeiro 
Fonte: Brasil (2002, p.2). 
3.3 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) 
 
O SAMU é um componente da rede de atenção às urgências que tem como objetivo 
ordenar o fluxo assistencial e promover atendimento precoce e transporte adequado às 
vítimas, mediante veículos tripulados com equipes especializadas. 
A Portaria Nº 1.864, de 29 de setembro de 2003institui o componente pré-hospitalar 
móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências, por intermédio da implantação de 
 
 
 40 
Serviços de Atendimento Móvel de Urgência em Municípios e regiões de todo o território 
brasileiro: SAMU- 192. 
A Portaria nº 1.010, de 21 de maio de 2012 redefine as diretrizes para a implantação 
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação 
das Urgências. Para efeito desta Portaria, considera-se: 
SAMU 192: componente assistencial móvel da Rede de Atenção às Urgências que 
tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua 
saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, 
entre outras) que possa levar a sofrimento, à sequelas ou mesmo à morte, 
mediante o envio de veículos tripulados por equipe capacitada, acessado pelo 
número "192" e acionado por uma Central de Regulação das Urgências; 
Central de Regulação das Urgências: estrutura física constituída por profissionais 
(médicos, telefonistas auxiliares de regulação médica e rádio-operadores) 
capacitados em regulação dos chamados telefônicos que demandam orientação 
e/ou atendimento de urgência, por meio de uma classificação e priorização das 
necessidades de assistência em urgência, além de ordenar o fluxo efetivo das 
referências e contrarreferências dentro de uma Rede de Atenção; 
Base Descentralizada: infraestrutura que garante tempo resposta de qualidade e 
racionalidade na utilização dos recursos do componente SAMU 192 regional ou 
sediado em Município de grande extensão territorial e/ou baixa densidade 
demográfica, conforme definido no Plano de Ação Regional, com a configuração 
mínima necessária para abrigo, alimentação, conforto das equipes e 
estacionamento da(s) ambulância(s). 
 
Esta Portaria também define as espécies das unidades móveis para atendimento de 
urgência (Quadro 8). 
 
 
 
 
 
 
Quadro 8 – Espécies das unidades móveis de atendimento de urgência 
Classificação Tripulação 
Suporte Básico de Vida Terrestre No mínimo 2 (dois) profissionais, 
sendo um condutor de veículo de 
urgência e um técnico ou auxiliar de 
enfermagem. 
Suporte Avançado de Vida 
Terrestre 
No mínimo 3 (três) profissionais, sendo 
um condutor de veículo de urgência, 
um enfermeiro e um médico. 
Equipe de Aeromédico No mínimo um médico e um 
enfermeiro. 
Equipe de Embarcação No mínimo 2 (dois) ou 3 (três) 
profissionais,de acordo com o tipo de 
atendimento a ser realizado. 
 
 
 41 
SBV: condutor da embarcação e um 
auxiliar/ técnico de enfermagem 
SAV: um médico e um enfermeiro 
Motolância Conduzida por um profissional de nível 
técnico ou superior em enfermagem 
com treinamento para condução de 
motolância. 
Veículo de Intervenção Rápida 
(VIR) 
No mínimo um condutor de veículo de 
urgência, um médico e um enfermeiro. 
Fonte: Brasil, 2012. 
 
A central de regulação médica das urgências conta com uma estrutura física com 
atuação de médicos, telefonistas auxiliares de regulação médica e rádio operadores que 
prestam orientações e/ou atendimento de urgência; classificam as necessidades e 
ordenam o fluxo de atendimento. 
O SAMU também intermedia, através da central de regulação médica, as 
transferências inter-hospitalares de pacientes graves internados pelo Sistema Único de 
Saúde (SUS). Para isso, as necessidades do paciente são analisadas; as condições de 
sua recepção são conferidas e equipes apropriadas para a transferência são acionadas a 
fim de evitar interrupção no suporte hemodinâmico, ventilatório e medicamentoso (NEU, 
2015) 
O Conselho Federal de Medicina (CFM), através da Resolução CFM nº 1.672, de 9 
de julho de 2003, dispõe sobre o transporte inter-hospitalar de pacientes e dá outras 
providências, normatizando as condutas de transporte com segurança. Sendo assim, de 
acordo com essa Resolução, o sistema de transporte inter-hospitalar de pacientes, deve 
ser realizado conforme estabelecido abaixo: 
I- O hospital previamente estabelecido como referência não pode negar 
atendimento aos casos que se enquadrem em sua capacidade de resolução. 
II- Pacientes com risco de vida não podem ser removidos sem a prévia realização 
de diagnóstico médico, com obrigatória avaliação e atendimento básico respiratório 
e hemodinâmico, além da realização de outras medidas urgentes e específicas para 
cada caso. 
III- Pacientes graves ou de risco devem ser removidos acompanhados de equipe 
composta por tripulação mínima de um médico, um profissional de enfermagem e 
motorista, em ambulância de suporte avançado. Nas situações em que seja 
tecnicamente impossível o cumprimento desta norma, deve ser avaliado o risco 
potencial do transporte em relação à permanência do paciente no local de origem. 
IV- Antes de decidir a remoção do paciente, faz-se necessário realizar contato com 
o médico receptor ou diretor técnico no hospital de destino, e ter a concordância 
do(s) mesmo(s). 
V- Todas as ocorrências inerentes à transferência devem ser registradas no 
prontuário de origem. 
VI- Todo paciente removido deve ser acompanhado por relatório completo, legível e 
assinado (com número do CRM), que passará a integrar o prontuário no destino. 
 
 
 42 
Quando do recebimento, o relatório deve ser também assinado pelo médico 
receptor. 
VII- Para o transporte, faz-se necessária a obtenção de consentimento após 
esclarecimento, por escrito, assinado pelo paciente ou seu responsável legal. Isto 
pode ser dispensado quando houver risco de morte e impossibilidade de 
localização do(s) responsável(is). Nesta circunstância, o médico solicitante pode 
autorizar o transporte, documentando devidamente tal fato no prontuário. 
VIII- A responsabilidade inicial da remoção é do médico transferente, assistente ou 
substituto, até que o paciente seja efetivamente recebido pelo médico 
receptor(CFM,2003). 
 
Quando o transporte é realizado por ambulância do tipo D, E ou F, a responsabilidade 
pelo transporte é do médico da ambulância, até a chegada ao local de destino(CFM,2003). 
O transporte de paciente neonatal deve ser feito em ambulância tipo D, aeronave ou 
nave, e deve conter: incubadora de transporte de recém-nascido devidamente fixada na 
ambulância, com bateria e ligação à tomada do veículo; suporte em seu próprio pedestal 
para cilindro de oxigênio e ar comprimido; controle de temperatura com alarme; respirador 
de transporte neonatal; 
além disso, deve conter a mesma aparelhagem e medicamentos de suporte avançado, 
específicos para o uso neonatal. (CFM,2003). 
É fundamental que o transporte do paciente seja realizado de modo seguro, e com 
embasamento científico. Para isso é fundamental que a equipe responsável pelo transporte 
tenha como fundamento o planejamento das ações; coordenação; comunicação; 
equipamento e monitorização. 
O estudo de Braga et. al., (2019, p.7) apontou as principais dificuldades do 
atendimento pré-hospitalar descritas na literatura nos últimos 10 anos, onde identificou 
falta de integração entre os serviços, déficit de materiais, falta de capacitação dos 
profissionais, demandas não pertinentes, falha na comunicação entre os serviços, carência 
de protocolos específicos, entre outros. Abordaram a necessidade de atualizações 
profissionais para que o atendimento seja realizado com técnicas seguras e ocorram 
investimentos em recursos humanos e materiais. Além disso, a população precisa ser 
orientada sobre o uso adequado desses serviços, a fim de evitar o uso equivocado, com 
chamadas onde a assistência é desnecessária. 
 
3.4 Classificação de risco 
 
O Ministério da Saúde (MS), criou em 2003 a Política Nacional de Humanização 
(PNH) – HumanizaSUS, um eixo norteador para as práticas de gestão e assistência, o qual 
 
 
 43 
envolve a participação de todos os sujeitos nos diversos processos de trabalho em saúde, 
tendo em vista que a humanização em saúde inclui o usuário, trabalhadores e gestores 
(SILVA et. al.,2011). 
De acordo com essa política, os serviços de urgência e emergência devem ter 
critérios de avaliação de risco, acolher e incluir toda a demanda e os serviços devem 
garantir a resolução das necessidades do paciente, oferecendo estrutura e transferências 
necessárias. Os serviços devem adotar a gestão participativa, também devem fazer a 
identificação da equipe, acolher o usuário e fornecer todas as informações necessárias 
(BRASIL, 2003, p.7). 
Com o surgimento da Política Nacional de Humanização, os serviços de saúde 
precisaram se reorganizar para garantir à população atendimento resolutivo, humanizado e 
com acolhimento adequado, diante dessa necessidade, houve a proposta de implementar 
o acolhimento com classificação de risco. 
A classificação de risco é utilizada nos serviços de urgência e emergência para 
avaliar pacientes que necessitam de atendimento imediato, conforme seu potencial de 
risco, agravo à saúde ou determinado grau de sofrimento. 
O acolhimento enquanto triagem classificatória: “[...] deve ser realizado por 
profissional de saúde, de nível superior, mediante treinamento específico e utilização de 
protocolos preestabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos 
pacientes, colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento”. Após a triagem e 
realização do atendimento, o paciente deve ter encaminhamento garantido através das 
centrais de regulação ou fluxos pactuados (BRASIL, 2002, p.20). 
Além disso, essa ferramenta tem como objetivo garantir o atendimento conforme o 
grau de risco; informar o paciente e seus familiares sobre o risco e tempo de espera; 
promover o trabalho e avaliação contínua do processo junto à equipe; favorecer as 
condições de trabalho; obter melhor satisfação dos usuários, entre outros (BRASIL, 2009, 
p.25). 
 
3.5 Modelos de triagem para classificação de risco 
 
Atualmente existem diversos modelos de classificação de risco, os quais utilizam 
entre 02 a 05 níveis de gravidade. Os modelos mais avançados e utilizados nos serviços 
de saúde são: Modelo Australiano; Canadense; Manchester; Americano e de Andorra 
(JUNIOR; TORRES; RAUSCH,2014, p.3). 
 
 
 44 
O Modelo Australiano (Australasia Triage Scale - ATS) é considerado pioneiro e 
emprega tempos de espera de acordo com a gravidade, semelhante ao modelo 
Canadense (Canadian Triage Acuity Scale - CTAS), o qual émais complexo e tem uma 
situação pré-definida como mecanismo de entrada (Quadro 9). 
 
Quadro 9 – Comparativo entre o Modelo Australiano e Canadense 
Escala Prioridade Tempo 
Escala 
Australiana 
Categoria 1 – Reanimação 
Categoria 2 – Emergência 
Categoria 3 – Urgência 
Categoria 4 – Pouco urgente 
Categoria 5 – Não urgente 
Avaliação imediata 
Avaliação em 10 min. 
Avaliação em 30 min. 
Avaliação em 60 min. 
Avaliação em 120 min. 
Escala 
Canadense 
Nível I – Reanimação 
Nível II – Emergência 
Nível III – Urgência 
Nível IV – Pouco urgente 
Nível V – Não urgente 
Avaliação imediata 
Avaliação em 15 min. 
Avaliação em 30 min. 
Avaliação em 60 min. 
Avaliação em 120 min. 
Fonte: Adaptado de Gilboy et. al (2005, p 09). 
O Modelo de Manchester (Manchester Triage System - MTS) inclui algoritmos e 
discriminadores chaves, relacionados ao tempo de espera simbolizado por cores, e tem 
como mecanismo de entrada queixa/situação do paciente (Quadro 10). 
 
Quadro 10 - Classificação de risco – Manchester 
VERMELHO Emergente - imediato 
LARANJA Muito urgente – 10 minutos 
AMARELO Urgente – 60 minutos 
VERDE Pouco urgente – 120 minutos 
AZUL Não urgente – 240 minutos 
Fonte: Adaptado de Gilboy et. al. (2005, p 09). 
 
Já o Modelo Americano (Emergency Severity Index - ESI) usa um algoritmo único que 
foca na necessidade de recursos para o atendimento; enquanto o Modelo de Andorra 
(Model Andorràdel Trialge – MAT) é baseado em sintomas e algoritmos, considerado como 
mais complexo e demorado. 
 
3.6 Prioridades da classificação de risco 
 
O Ministério da Saúde publicou uma cartilha em 2004 com sugestões para a 
realização da classificação de risco após o atendimento inicial e encaminhamento do 
 
 
 45 
paciente ao consultório de Enfermagem, sendo que esta classificação deve conter 
(BRASIL, 2004, p.27): 
a) Situação, queixa e duração; 
b) Breve histórico (relatado pelo paciente, familiar ou testemunhas); 
c) Uso de medicações; 
d) Verificação de sinais vitais; 
e) Exame físico sumário buscando sinais objetivos; 
f) Verificação da glicemia, ECG se necessário. 
A classificação de risco, deverá ser feita de acordo com os níveis abordados no 
quadro 11. 
 
 
Quadro 11 - Classificação de risco – Ministério da saúde 
VERMELHO Prioridade zero – emergência, necessidade de atendimento imediato 
AMARELO Prioridade 1- urgência, atendimento o mais rápido possível 
VERDE Prioridade 2 – prioridade não urgente 
AZUL Prioridade 3 – consultas de baixa complexidade – atendimento de 
acordo com o horário de chegada 
Fonte: Brasil (2004, p. 27). 
 
3.6.1 Vermelho 
Pacientes que necessitam de atendimento imediato. As principais situações/queixas 
são (BRASIL, 2004, p.28): 
 Politraumatizado grave: lesão grave de um ou mais órgãos e sistemas; 
ECGl<12; 
 Queimaduras com mais de 25% de área de superfície corporal queimada ou 
com problemas respiratórios; 
 Traumatismo cranioencefálico grave; 
 Estado mental alterado ou em coma associado ou não a história de uso de 
drogas com com ECGl< 12; 
 Comprometimentos da coluna vertebral; 
 Desconforto respiratório grave; 
 Dor no peito associado à falta de ar e cianose (dor em aperto, facada, agulhada 
com irradiação para um ou ambos os membros superiores, ombro, região 
cervical e mandíbula, de início súbito, de forte intensidade acompanhada de 
sudorese, náuseas e vômitos ou queimação epigástrica, acompanhada de perda 
 
 
 46 
de consciência, com história anterior de IAM, angina, embolia pulmonar, 
aneurisma ou diabetes; qualquer dor torácica com duração superior a 30 
minutos, sem melhora com repouso); 
 Perfurações no peito, abdome e cabeça; 
 Crises convulsivas (inclusive pós-crise); 
 Intoxicações exógenas ou tentativas de suicídio com ECGl<12; 
 Anafilaxia ou reações alérgicas associadas a insuficiência respiratória; 
 Tentativas de suicídio; 
 Complicações de diabetes (hipo ou hiperglicemia); 
 Parada cardiorrespiratória; 
 Alterações de sinais vitais em paciente sintomático: 
 Pulso > 140 ou <45 
 PA diastólica < 130mmHg 
 PA sistólica < 80mmHg 
 FR >34 ou<10 
 Hemorragias não controláveis; 
 Infecções graves – febre, exantema petequial ou púrpura, alteração do nível de 
consciência. 
 
Amarelo 
Pacientes que não correm riscos imediatos de vida, mas precisam ser atendidos o 
mais rápido possível, em casos de (BRASIL, 2004, p.31): 
 Politraumatizado com Glasgow entre 13 e 15; sem alterações de sinais vitais; 
 Cefaleia intensa de início súbito ou rapidamente progressiva, acompanhada de 
sinais ou sintomas neurológicos; 
 Trauma cranioencefálico leve (ECG entre 13 e15); 
 Diminuição do nível de consciência; 
 Alteração aguda de comportamento: agitação, letargia ou confusão mental; 
 História de convulsão/pós-ictal – convulsão nas últimas 24horas; 
 Antecedentes com problemas respiratórios, cardiovasculares e 
metabólicos(diabetes); 
 Crise asmática; 
 
 
 47 
 Diabético apresentando sudorese, alteração do estado mental, visão turva, 
febre, vômitos, taquipneia,taquicardia; 
 Desmaios; 
 Estados de pânico,overdose; 
 Alterações de sinais vitais em paciente sintomático: 
 FC < 50 ou >140 
 PA sistólica < 90 ou >240 
 PA diastólica >130 
 T < 35 ou >40 
 História recente de melena ou hematêmese ou enterorragia com PA sistólica, 
100 ou FC >120; 
 Epistaxe com alteração de sinais vitais; 
 Dor abdominal intensa com náuseas e vômitos, sudorese, com alteração de 
sinais vitais (taquicardia ou bradicardia, hipertensão ou hipotensão,febre); 
 Sangramento vaginal com dor abdominal e alteração de sinais vitais; gravidez 
confirmada ou suspeita; 
 Náuseas/vômitos e diarreia persistente com sinais de desidratação grave – 
letargia, mucosas ressecadas, turgor pastoso, alteração de sinais vitais; 
 Febre alta (39/40ºC); 
 Fraturas anguladas e luxações com comprometimento neurovascular ou dor 
intensa; 
 Intoxicação exógena sem alteração de sinais vitais, Glasgow de15; 
 Vítimas de abuso sexual; 
 Imunodeprimidos com febre. 
 
Verde 
Pacientes em condições agudas (urgência relativa) ou não agudas atendidos com 
prioridade sobre consultas simples – espera até 30 minutos (BRASIL, 2004, p.34): 
 Idade superior a 60anos; 
 Gestantes com complicações da gravidez; 
 Pacientes escoltados; 
 Pacientes doadores de sangue; 
 Deficientes físicos; 
 
 
 48 
 Retornos com período inferior a 24 horas devido a não melhora do quadro; 
 Impossibilidade de deambulação; 
 Asma fora de crise; 
 Enxaqueca – pacientes com diagnóstico anterior de enxaqueca; 
 Dor de ouvido moderada agrave; 
 Dor abdominal sem alteração de sinais vitais; 
 Sangramento vaginal sem dor abdominal ou com dor abdominal leve; 
 Vômitos e diarreia sem sinais de desidratação; 
 História de convulsão sem alteração de consciência; 
 Lombalgia intensa; 
 Abcessos; 
 Distúrbios neurovegetativos; 
 Intercorrências ortopédicas. 
 
Azul 
Condições não enquadradas nas situações/queixas acima (BRASIL, 2004, p.35): 
 Queixas crônicas sem alterações agudas; 
 Procedimentos como: curativos, trocas ou requisições de receitas médicas, 
avaliação de resultados de exames, solicitações de atestados médicos. 
Contudo, é possível considerar que partir da implantação da Política Nacional de 
Humanização nos serviços de urgência objetivou-se reorganizar os processos de trabalho 
visando melhorias para um tratamento humanizado. Assim, o acolhimento com 
classificação de risco deve favorecer uma relação profissional/ usuário a fim de promover a 
resolução das necessidades, a partir do envolvimento e corresponsabilidade de todos os 
envolvidos no processo, como usuários, profissionais e gestores. Além disso, a 
organização da rede de saúde é fundamental para que a assistência à saúde seja 
garantida de forma integral e igualitária, com base nos fundamentos do SUS e 
necessidadesdos usuários. 
Portanto a política de humanização tenta desempenhar a escuta dos problemas de 
saúde dos usuários de forma qualificada, a fim de oferecer uma resposta positiva e 
responsabilizar-se pela resolução dos problemas apresentados. 
 
 
 
 
 49 
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 50 
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