Buscar

Micoses superficiais - Malassezia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Micoses superficiais - Malassezia 
 -até a década de 90, era constituído por três espécies: M. furfur, M. sympodialis e M. 
 pachydermatis. 
 -Em 1996, o gênero teve sua taxonomia revista com base em parâmetros fisiológicos, 
 bioquímicos e moleculares, passando a englobar mais quatro espécies: M. globosa, M. 
 obtusa, M. restricta e M. slooffiae. 
 -A partir de 2002, através de estudos moleculares, quatro novas espécies foram incluídas: 
 M. dermatis, M. japonica, M. yamatoensis e M. nana. Mais recentemente foram isoladas 
 duas novas espécies: M. caprae e M. eqüina, totalizando, atualmente, 13 espécies no 
 gênero. 
 -constituem parte da microbiota de humanos sadios e animais, podendo ser isoladas de 
 áreas ricas em glândulas sebáceas, particularmente peito, costas e couro cabeludo. 
 - estão associadas a doenças cutâneas, incluindo a dermatite atópica, pitiríase versicolor e 
 dermatite seborréica. 
 -Em humanos sadios com dermatites já houve o isolamento de todas as espécies de 
 Malassezia, com exceção de M. nana, M. caprae e M. eqüina. 
 -participação de Malassezia spp. como parte da microbiota, bem como na etiopatogenia de 
 algumas enfermidades, principalmente dermatites e otites , tanto em animais domésticos 
 quanto em selvagens. 
 -Em cães e gatos, já foi descrito na literatura o isolamento das espécies M. pachydermatis, 
 M. furfur, M. sympodialis, M. globosa e M. nana, de diferentes sítios anatômicos, em 
 animais sadios ou apresentando alguma patologia. 
 - patógenos oportunistas do meato acústico externo de cães e gatos, podendo também 
 ser encontradas na pele, reto, sacos anais e vagina ; 
 - é conhecido há mais de um século e, desde as primeiras descrições, a sua presença na 
 superfície da pele foi associada, no homem, às enfermidades cutâneas como pitiríases 
 versicolor e capitis. O gênero Malassezia foi descrito originalmente por BAILLON em 1889, 
 e a primeira descrição da espécie M. pachydermatis foi feita em 1925 por WEIDMAN, em 
 material proveniente de um rinoceronte indiano (Rhinoceros unicornis) com dermatite 
 esfoliativa. Em 1955, GUSTAFSON isolou pela primeira vez a Malassezia do meato 
 acústico externo de cães; 
 - nomenclatura e taxonomia deste gênero têm apresentado controvérsias desde 1846, 
 quando Eichstedt reconheceu a etiologia fúngica da pitiríase versicolor, uma micose 
 superficial benigna e crônica que foi descrita, pela primeira vez, por William em 1801. O 
 agente etiológico da pitiríase versicolor permaneceu sem designação até 1853, quando 
 Robin o denominou Microsporum furfur por considerá-lo um dermatófito, em virtude da 
 presença de filamentos associados à levedura. Baillon, em 1889, reconheceu que o agente 
 da pitiríase versicolor não estava relacionado com o gênero Microsporum, como acreditava 
 Robin, e, em homenagem ao micologista Malassez, denominou-o Malassezia furfur. 
 -Malassez, em 1874, observou a presença de fungos constituídos por células ovóides, 
 raramente esféricas, com gemulação, sugerindo sua participação na patogenia da caspa, 
 que Sabouraud denominou Pityrosporum malassezii, em 1904, e que, em 1913, Castellani e 
 Chambers denominaram de Pityrosporum ovale. 
 -Em 1951, Gordon cultivou microrganismos de formato arredondado de pacientes com 
 ptiríase versicolor e denominou de Pityrosporum orbiculare. 
 -Somente em 1986 o Comitê Internacional de Taxonomia dos Fungos unificou os dois 
 gêneros com a aceitação do nome Malassezia furfur (incluindo P. ovale, P. orbiculare e M. 
 furfur); 
 -A espécie Malassezia pachydermatis foi primeiramente identificada, em 1925, a partir de 
 escamas de um rinoceronte indiano com dermatite esfoliativa. Por sua semelhança com o 
 P. ovale, mas seu tamanho menor, Weidman propôs o nome Pityrosporum pachydermatis 
 para o organismo. Gustafson, em 1955, isolou leveduras de cães com otite externa e as 
 relacionou com o gênero Pityrosporum, denominando-as de Pityrosporum canis por não 
 apresentarem a mesma lipodependência que as demais espécies do gênero. Slooff 
 determinou que todas as espécies do gênero que não fossem lipodependentes fossem 
 denominadas P. pachydermatis. Após a unificação dos gêneros Pityrosporum e Malassezia, 
 em 1986, o nome Malassezia pachydermatis foi então adotado ; 
 -O uso da análise genômica, no início da década de 90, levou a uma classificação mais 
 clara das leveduras do gênero Malassezia. 
 ● Características 
 -Filo Basidiomycota; 
 -Subfilo Ustilaginomycotina ; 
 - Classe Exobasidiomycetes ; 
 -Ordem Malasseziales ; 
 - Família Malasseziaceae; 
 -Leveduras saprofíticas ou lipofílicas da pele e mucosas > tendo afinidade por ácidos 
 graxos de cadeia longa, algumas sendo dependentes; As dependentes são incapazes de 
 sintetizar AG de cadeia longa; por isso precisam de uma fonte externa de lipídeos; 
 - Ovóides a globosas ; 
 -brotamento unipolar ( ocorre em apenas um dos polos/ exceção M. sympodialis ); 
 -Podem formar filamentos (M. furfur, M. globosa e M. obtusa); 
 - Isoladas de locais ricos em lipídios 
 -Espécies mais importantes: ◦ M. caprae, M. dermatis, M. equina, M. furfur, M. globosa, 
 M.japonica, M. nana, M. obtusa, M. pachydermatis, M. restricta, M. slooffiae, M. 
 sympodialis, M. yamatoensis . 
 - Exigências nutricionais : 
 1. Lipofílico não dependente ( M. pachydermatis ) 
 2. Li 
 3. ofílico dependente : M. restricta (couro cabeludo); M. sympodialis (gatos, bovinos e 
 equinos); M. furfur (humanos); M. slooffiae (suínos, ruminantes, humanos); M. 
 globosa (gatos, bovinos, homem); M. obtusa (pele humana); 
 *Malassezia brasiliensis e Malassezia psittaci oriundas de papagaio 
 ❖ Malassezia pachydermatis 
 -Levedura de parede grossa > Gram-positiva 
 -Brotamento unipolar 
 -Formam colaretes 
 - Não apresenta pseudomicélio 
 -Ecologia > Pele, conduto auditivo, vagina e reto de caninos sadios; 
 -Pode ser eventualmente encontrada nos homens; 
 -Fatores de virulência – 
 1. adesinas, 
 2. lipases > para quebra e uso dos lipídeos para seu crescimento; 
 3. proteinases, 
 4. urease, 
 5. hialuronidases, 
 6. condroitina-sulfatase, 
 7. fosfolipases - grupo heterogêneo de enzimas que hidrolisam uma ou mais ligações 
 ésteres em glicerofosfolipídeos; In vitro, a atividade de fosfolipase A2 por Malassezia 
 é capaz de liberar ácido araquidônico das células epiteliais, as quais foram indicadas 
 como iniciadoras da resposta inflamatória na pele, e identificadas em doenças 
 associadas a esta levedura; 
 8. dentre outras. 
 -produz uma série de metabólitos, incluindo gama-lactonas, que dão aos organismos seu 
 odor característico. 
 -Quando essas leveduras são semeadas em meios de culturas contendo ácido oléico, há 
 produção de ácido azelaico além de outros ácidos dicarboxílicos > Ácido azelaico é 
 inibidor de neutrófilos e também atua como inibidor competitivo de tirosinase, uma 
 enzima fundamental na melanogênese , levando à especulação que o ácido azelaico pode 
 ser importantenas mudanças de Pigmentação da pele, visualizadas na pitiríase 
 versicolor; 
 -lesões de hipopigmentação e hiperpigmentação da pele, causadas pela doença, também 
 podem ser parcialmente compreendidas pela geração de pigmentos derivados de triptofano 
 (TRP) e outros indóis através da ação de transaminase 1 (TAM 1); 
 -Considerando que leveduras são microorganismos comensais, elas podem tornar-se 
 patogênicas sob certas circunstâncias, causando doenças em mamíferos domésticos, 
 particularmente dermatite e otite em cães; 
 -M. nana surgiu como a espécie de Malassezia mais comum dependente de lipídios, 
 isolada das orelhas de gato. 
 -M. slooffiae foi isolada das pregas ungueais de gatos com dermatite seborreica > 
 doença cutânea felina 
 -Em cães, M. pachydermatis é frequentemente isolada da pele com pelos do queixo e dos 
 lábios, pele interdigital, meato acústico externo e, com menor frequência, de outras áreas 
 intertriginosas, como as axilas e a virilha; 
 - toda alteração cutânea com um forte componente inflamatório pode favorecer a 
 proliferação de Malassezia spp. 
 - Em certas raças, a simples presença de dobras cutâneas cria um ambiente favorável 
 (umidade) ao desenvolvimento das leveduras lipofílicas, assim como, no meato 
 acústico externo, a secreção de grande quantidade de cerúmen forma um substrato para a 
 proliferação das leveduras. 
 -Da mesma forma, as alterações da epidermopoiese, que se traduzem por 
 disqueratinizações e acúmulo de lipídios sobre a pele, também podem ser fatores 
 predisponentes e perpetuantes; 
 -Embora fatores predisponentes em hospedeiros e desequilíbrio entre populações de 
 microorganismos sejam vistos como requisitos básicos para a multiplicação de M. 
 pachydermatis , a patogênese das doenças causadas por esta levedura é parcialmente 
 desconhecida, assim como, os principais fatores que afetam a virulência do agente 
 etiológico ; 
 ● Epidemiologia 
 -Regiões de clima tropical ou subtropical; 
 -Acomete todas as raças e ambos os sexos; 
 -Prevalência nas áreas seborréicas do corpo; 
 ● Dermatites 
 -dermatite por Malassezia provavelmente é a única doença identificada em alguns cães; 
 todavia, em outros, doenças concomitantes, tais como alergias, particularmente doença 
 atópica, defeitos de queratinização, endocrinopatias, e a existência de pregas cutâneas 
 podem ser importantes, favorecendo a levedura. 
 -As predileções por raças variam entre regiões geográficas, mas podem incluir: 
 Basset Hound, West Highland White Terrier, Cockier Spaniel, Poodle Toy e miniatura, 
 Dachshund, Boxer, Cavalier King Charles Spaniel, Shih Tzu, Terrier Australiano e Silky 
 Terrier e Pastor- alemão. 
 - A coinfecção por Candida albicans pode ser, em parte, responsável pelas lesões nas 
 unhas e plantas dos pés desses cães. 
 -Os gatos acometidos provavelmente apresentam doenças alérgicas e metabólicas 
 subjacentes, mas a infecção também pode ser favorecida por vírus imunossupressores, 
 como o vírus da leucemia felina e o vírus da imunodeficiência felina e por distúrbios 
 paraneoplásicos (alopecia paraneoplásica pancreática, dermatite esfoliativa com timoma). 
 -Os gatos Devon Rex têm predisposição a dermatite seborreica associada a alta 
 população de Malassezia, que responde ao tratamento sistêmico com ITZ; 
 - Foram feitos achados semelhantes de dermatite seborreica associada a Malassezia em 
 gatos Sphynx; 
 -Envolvimento em infecções dérmicas e otológicas 
 -Associação com algumas bactérias 
 -Sinal clínico mais característico – prurido 
 -Pele com aspecto eritematoso, hiperpigmentada, eritrodermia (rubor com descamação ou 
 não), esfoliativa (descamação) Seborréia oleosa de grau variável e odor desagradável 
 (rançoso); 
 ➔ Achados clínicos - Cães 
 - lesões dermatológicas podem ser localizadas ou generalizadas; 
 - Em cães, a doença é mais frequentemente observada em locais anatômicos que criam 
 ambiente relativamente quente e úmido da pele ; a pele interdigital, a parte ventral 
 do pescoço, a região dos lábios, o meato acústico, as axilas, a virilha e áreas com 
 pregas são mais frequentemente acometidos. 
 - prurido varia de leve a intenso. 
 - eritema acompanhado de exsudação oleosa, particularmente em áreas intertriginosas, 
 em que um exsudato marrom pode cobrir a porção inferior dos pelos; é provável que se 
 sinta odor fétido nas lesões exsudativas extensas 
 - Em cães com prurido acentuado, pode- se observar ocorrência de alopecia 
 traumática, liquenificação ( pele se torne mais espessa e grossa, apresentando 
 sulcos e manchas diversas) e hiperpigmentação; 
 - A paroníquia (inflamação da prega ungueal) associada a M. pachydermatis 
 possivelmente leve a prurido do pé, acompanhado de pigmentação 
 castanho -avermelhada das unhas e exsudação na prega ungueal. 
 -A taxa de isolamento de M. pachydermatis dos olhos de cães com úlceras de córnea 
 foi maior que a de cães clinicamente sadios, sugerindo alguma função da sua existência no 
 desenvolvimento dessas lesões. 
 -aumento sazonal no número de casos em regiões geográficas em que há mudança 
 perceptível para condições climáticas quentes e úmidas. 
 -Tipicamente, a resposta ao tratamento com glicocorticóides é precária. 
 -Foliculite, Inflamação, Pele dura e escamosa; 
 -Seborreia (caspa do cão), com aumento da produção de sebo, que confere ao cão um 
 cheiro característico de mofo rançoso; 
 -pododermatite canina é caracterizada por um aparente eritema entre os dedos e, se as 
 unhas ficarem infectadas, pode ter uma descoloração marrom visível; 
 -A dermatite atópica causada por hipersensibilidade a diferentes alérgenos, como pólen ou 
 poeira, também pode estar ligada à malassezia canina. 
 -sintomas da otite por Malassezia incluem: 
 ● Secreção do ouvido. 
 ● Descamação marrom-avermelhada. 
 ● Coceira. 
 ● Cabeça tremendo. 
 ● Ouvido esfregando contra pernas e objetos. 
 ➔ Achados clínicos - Gatos 
 -M. pachydermatis parece ser um patógeno relativamente infrequente nos gatos, pelo 
 menos em comparação com os cães. 
 - Espécies de Malassezia foram mais comumente isoladas de gatos infectados pelo 
 vírus da imunodeficiência felina e com baixa proporção CD4:CD8, em comparação 
 com a taxa de isolamento de gatos não infectados. 
 - taxa de isolamento do canal acústico é menor em gatos clinicamente sadios do que 
 naqueles com otite. 
 - otite externa ceruminosa, que responde a gotas otológicas antifúngicas, constitui a 
 apresentação clínica mais comum de doença cutânea associada a M. pachydermatis em 
 gatos; 
 - eritrodermia esfoliativa, exsudação oleosa e graus variáveis de prurido . 
 -Em gatos Devon Rex com dermatite seborreica causada por Malassezia spp., um 
 exsudato marrom, oleoso e firmemente aderente nas unhas ou das pregas ungueais é 
 frequentemente acompanhado de exsudato oleoso escuro que cobre os pelos 
 da pele interdigital, axilase virilha . 
 - gatos com dermatite esfoliativa associada a timoma e a alopecia paraneoplásica 
 provavelmente apresentam proliferação concomitante de Malassezia; 
 ● Fatores predisponentes: 
 -Alterações no microclima da pele 
 -Rompimento da camada protetora do extrato córneo 
 - Imunossupressão – corticóides 
 -Uso prolongado de antibióticos 
 -Desequilíbrio hormonal e alergia alimentar 
 ● Otite externa 
 -Processo inflamatório no meato auditivo externo; 
 - prurido; eritema; descamação do epitélio 
 -Etiologia multifatorial: 
 -Causas primárias (ácaros, alergias, alterações na queratinização); 
 -Fatores predisponentes 
 Fatores perpetuantes 
 - Patogenicidade: relacionada a antígenos celulares: atuam como alérgenos – desencadear 
 reação de hipersensibilidade do tipo imediata - IgE. 
 -Fatores: 
 1. Microclima favorável e falhas na defesa do microrganismo 
 2. Produção excessiva de lipídeos ou cerume 
 3. Acúmulo de umidade 
 4. Alterações na barreira epidérmica 
 5. Exacerbação de doenças alérgicas e bacterianas 
 ● Diagnóstico laboratorial das Malassezioses 
 ➔ Dermatites 
 -Citologia 
 -Coleta de material > Raspado de pele com lâmina de bisturi; de vidro ou fita adesiva; 
 -Coloração com azul de algodão; 
 - dermatite causada por Malassezia pode simular ou complicar a doença tópica e 
 sensibilidade alimentar. 
 - A apresentação seborreica e as doenças associadas às pregas também devem 
 levar à avaliação da existência e do número de leveduras. 
 -baseia -se nos sinais clínicos, na existência de números elevados da levedura na pele 
 lesada e na resposta clínica e micológica ao tratamento com agentes antifúngicos; 
 - exame citológico constitui a maneira mais útil de avaliar o número de leveduras. 
 -Esfregaços por decalque podem ser preparados diretamente em lâminas, ou o 
 exsudato pode ser transferido a uma lâmina utilizando swabs. 
 - fita adesiva > uma fita de celofane transparente é aplicada à superfície da pele, 
 obtendo- se a coleta das células do estrato córneo e de qualquer microrganismo superficial. 
 Diferentemente das impressões diretas, a fita pode ser usada eficazmente na 
 maioria dos locais anatômicos e em lesões secas ou oleosas . 
 A fita é corada, habitualmente com corante de Wright modificado, e examinada ao 
 microscópio óptico; 
 - células leveduriformes características de Malassezia spp.: formato de amendoim são 
 raramente observadas na pele sadia, porém são habitualmente identificadas de 
 imediato em amostras de indivíduos acometidos; Embora alguns autores tenham proposto 
 diretrizes sobre o número de leveduras necessárias para ter algum significado (p. ex., uma 
 ou mais leveduras por campo de grande aumento), essa abordagem não concilia a 
 sobreposição observada nas densidades populacionais de leveduras em amostras de pele 
 de cães clinicamente sadios e doentes; é possível que as respostas de 
 hipersensibilidade a alérgenos derivados da levedura possibilitem que um número 
 relativamente pequeno de microrganismos produza doença cutânea em indivíduos 
 sensibilizados; 
 - Deve- se instituir o tratamento sempre que a levedura for identificada em amostras 
 citológicas obtidas de lesões consistentes. 
 - Meios suplementados com lipídios devem ser usados quando as amostras são obtidas 
 de gatos, devido à possível existência de espécies dependentes de lipídios. 
 -Tipicamente, as amostras de biópsia cutânea revelam acentuada hiperplasia irregular 
 da epiderme, espongiose e infiltrado perivascular ou intersticial superficial de células 
 mononucleares, com acúmulo focal de neutrófilos, eosinófilos e mastócitos. Células 
 leveduriformes podem ser observadas no estrato córneo, porém a ruptura dessa 
 camada que ocorre durante o processamento de rotina do tecido possivelmente 
 resulta em ausência da levedura; a biopsia tem baixa sensibilidade para a detecção 
 da levedura, em comparação com a citologia 
 ➔ Otites 
 -Coleta de material: swab de algodão estéril no conduto auditivo; 
 OBS: Caso o exame laboratorial não seja realizado imediatamente, o swab deve ser 
 introduzido em um meio de transporte e encaminhado ao laboratório. 
 -Citologia: Número de leveduras > 6 leveduras por campo – objetiva de 100x 
 OBS: *nº de leveduras pode variar; 
 -Cultivo > Meios de cultura adicionados de óleos vegetais*; M. pachydermatis – meios de 
 cultura de uso comum em micologia; Característica das colônias: redondas, convexas, 
 foscas, cor creme-amarelada e textura friável; Crescimento: temp. 37ºC por 48 ou 72h; 
 Meio Dixon (tween 40, bile de boi e cloranfenicol); 
 ● Tratamento 
 -Eliminar causas predisponentes e primárias 
 -Tratamento específico: Aplicação tópica (nistatina) ; Loções contendo 1% miconazol ou 
 clotrimazol 
 -Otite: 2% ácido bórico + 2% ácido acético no ouvido 1x ao dia, 7 dias 
 - Posologias mais utilizadas: (via sistêmica) 
 1. Cetoconazol via oral (5-10mg/kg 12 -12h/2 a 4 semanas e + 7 - 10 dias após cura 
 clínica) 
 2. Itraconazol , via oral ( 5mg/kg 24 -24h ) 
 3. Xampu com sulfeto de selênio (2x por semana) 
 4. Clorexidina 1% 
 5. Lesão localizada: aplicação tópica de nistatina, miconazol, clotrimazol, enilconazol, 
 cetoconazol, clorexidina).

Continue navegando

Outros materiais