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Micoses superficiais - Malassezia -até a década de 90, era constituído por três espécies: M. furfur, M. sympodialis e M. pachydermatis. -Em 1996, o gênero teve sua taxonomia revista com base em parâmetros fisiológicos, bioquímicos e moleculares, passando a englobar mais quatro espécies: M. globosa, M. obtusa, M. restricta e M. slooffiae. -A partir de 2002, através de estudos moleculares, quatro novas espécies foram incluídas: M. dermatis, M. japonica, M. yamatoensis e M. nana. Mais recentemente foram isoladas duas novas espécies: M. caprae e M. eqüina, totalizando, atualmente, 13 espécies no gênero. -constituem parte da microbiota de humanos sadios e animais, podendo ser isoladas de áreas ricas em glândulas sebáceas, particularmente peito, costas e couro cabeludo. - estão associadas a doenças cutâneas, incluindo a dermatite atópica, pitiríase versicolor e dermatite seborréica. -Em humanos sadios com dermatites já houve o isolamento de todas as espécies de Malassezia, com exceção de M. nana, M. caprae e M. eqüina. -participação de Malassezia spp. como parte da microbiota, bem como na etiopatogenia de algumas enfermidades, principalmente dermatites e otites , tanto em animais domésticos quanto em selvagens. -Em cães e gatos, já foi descrito na literatura o isolamento das espécies M. pachydermatis, M. furfur, M. sympodialis, M. globosa e M. nana, de diferentes sítios anatômicos, em animais sadios ou apresentando alguma patologia. - patógenos oportunistas do meato acústico externo de cães e gatos, podendo também ser encontradas na pele, reto, sacos anais e vagina ; - é conhecido há mais de um século e, desde as primeiras descrições, a sua presença na superfície da pele foi associada, no homem, às enfermidades cutâneas como pitiríases versicolor e capitis. O gênero Malassezia foi descrito originalmente por BAILLON em 1889, e a primeira descrição da espécie M. pachydermatis foi feita em 1925 por WEIDMAN, em material proveniente de um rinoceronte indiano (Rhinoceros unicornis) com dermatite esfoliativa. Em 1955, GUSTAFSON isolou pela primeira vez a Malassezia do meato acústico externo de cães; - nomenclatura e taxonomia deste gênero têm apresentado controvérsias desde 1846, quando Eichstedt reconheceu a etiologia fúngica da pitiríase versicolor, uma micose superficial benigna e crônica que foi descrita, pela primeira vez, por William em 1801. O agente etiológico da pitiríase versicolor permaneceu sem designação até 1853, quando Robin o denominou Microsporum furfur por considerá-lo um dermatófito, em virtude da presença de filamentos associados à levedura. Baillon, em 1889, reconheceu que o agente da pitiríase versicolor não estava relacionado com o gênero Microsporum, como acreditava Robin, e, em homenagem ao micologista Malassez, denominou-o Malassezia furfur. -Malassez, em 1874, observou a presença de fungos constituídos por células ovóides, raramente esféricas, com gemulação, sugerindo sua participação na patogenia da caspa, que Sabouraud denominou Pityrosporum malassezii, em 1904, e que, em 1913, Castellani e Chambers denominaram de Pityrosporum ovale. -Em 1951, Gordon cultivou microrganismos de formato arredondado de pacientes com ptiríase versicolor e denominou de Pityrosporum orbiculare. -Somente em 1986 o Comitê Internacional de Taxonomia dos Fungos unificou os dois gêneros com a aceitação do nome Malassezia furfur (incluindo P. ovale, P. orbiculare e M. furfur); -A espécie Malassezia pachydermatis foi primeiramente identificada, em 1925, a partir de escamas de um rinoceronte indiano com dermatite esfoliativa. Por sua semelhança com o P. ovale, mas seu tamanho menor, Weidman propôs o nome Pityrosporum pachydermatis para o organismo. Gustafson, em 1955, isolou leveduras de cães com otite externa e as relacionou com o gênero Pityrosporum, denominando-as de Pityrosporum canis por não apresentarem a mesma lipodependência que as demais espécies do gênero. Slooff determinou que todas as espécies do gênero que não fossem lipodependentes fossem denominadas P. pachydermatis. Após a unificação dos gêneros Pityrosporum e Malassezia, em 1986, o nome Malassezia pachydermatis foi então adotado ; -O uso da análise genômica, no início da década de 90, levou a uma classificação mais clara das leveduras do gênero Malassezia. ● Características -Filo Basidiomycota; -Subfilo Ustilaginomycotina ; - Classe Exobasidiomycetes ; -Ordem Malasseziales ; - Família Malasseziaceae; -Leveduras saprofíticas ou lipofílicas da pele e mucosas > tendo afinidade por ácidos graxos de cadeia longa, algumas sendo dependentes; As dependentes são incapazes de sintetizar AG de cadeia longa; por isso precisam de uma fonte externa de lipídeos; - Ovóides a globosas ; -brotamento unipolar ( ocorre em apenas um dos polos/ exceção M. sympodialis ); -Podem formar filamentos (M. furfur, M. globosa e M. obtusa); - Isoladas de locais ricos em lipídios -Espécies mais importantes: ◦ M. caprae, M. dermatis, M. equina, M. furfur, M. globosa, M.japonica, M. nana, M. obtusa, M. pachydermatis, M. restricta, M. slooffiae, M. sympodialis, M. yamatoensis . - Exigências nutricionais : 1. Lipofílico não dependente ( M. pachydermatis ) 2. Li 3. ofílico dependente : M. restricta (couro cabeludo); M. sympodialis (gatos, bovinos e equinos); M. furfur (humanos); M. slooffiae (suínos, ruminantes, humanos); M. globosa (gatos, bovinos, homem); M. obtusa (pele humana); *Malassezia brasiliensis e Malassezia psittaci oriundas de papagaio ❖ Malassezia pachydermatis -Levedura de parede grossa > Gram-positiva -Brotamento unipolar -Formam colaretes - Não apresenta pseudomicélio -Ecologia > Pele, conduto auditivo, vagina e reto de caninos sadios; -Pode ser eventualmente encontrada nos homens; -Fatores de virulência – 1. adesinas, 2. lipases > para quebra e uso dos lipídeos para seu crescimento; 3. proteinases, 4. urease, 5. hialuronidases, 6. condroitina-sulfatase, 7. fosfolipases - grupo heterogêneo de enzimas que hidrolisam uma ou mais ligações ésteres em glicerofosfolipídeos; In vitro, a atividade de fosfolipase A2 por Malassezia é capaz de liberar ácido araquidônico das células epiteliais, as quais foram indicadas como iniciadoras da resposta inflamatória na pele, e identificadas em doenças associadas a esta levedura; 8. dentre outras. -produz uma série de metabólitos, incluindo gama-lactonas, que dão aos organismos seu odor característico. -Quando essas leveduras são semeadas em meios de culturas contendo ácido oléico, há produção de ácido azelaico além de outros ácidos dicarboxílicos > Ácido azelaico é inibidor de neutrófilos e também atua como inibidor competitivo de tirosinase, uma enzima fundamental na melanogênese , levando à especulação que o ácido azelaico pode ser importantenas mudanças de Pigmentação da pele, visualizadas na pitiríase versicolor; -lesões de hipopigmentação e hiperpigmentação da pele, causadas pela doença, também podem ser parcialmente compreendidas pela geração de pigmentos derivados de triptofano (TRP) e outros indóis através da ação de transaminase 1 (TAM 1); -Considerando que leveduras são microorganismos comensais, elas podem tornar-se patogênicas sob certas circunstâncias, causando doenças em mamíferos domésticos, particularmente dermatite e otite em cães; -M. nana surgiu como a espécie de Malassezia mais comum dependente de lipídios, isolada das orelhas de gato. -M. slooffiae foi isolada das pregas ungueais de gatos com dermatite seborreica > doença cutânea felina -Em cães, M. pachydermatis é frequentemente isolada da pele com pelos do queixo e dos lábios, pele interdigital, meato acústico externo e, com menor frequência, de outras áreas intertriginosas, como as axilas e a virilha; - toda alteração cutânea com um forte componente inflamatório pode favorecer a proliferação de Malassezia spp. - Em certas raças, a simples presença de dobras cutâneas cria um ambiente favorável (umidade) ao desenvolvimento das leveduras lipofílicas, assim como, no meato acústico externo, a secreção de grande quantidade de cerúmen forma um substrato para a proliferação das leveduras. -Da mesma forma, as alterações da epidermopoiese, que se traduzem por disqueratinizações e acúmulo de lipídios sobre a pele, também podem ser fatores predisponentes e perpetuantes; -Embora fatores predisponentes em hospedeiros e desequilíbrio entre populações de microorganismos sejam vistos como requisitos básicos para a multiplicação de M. pachydermatis , a patogênese das doenças causadas por esta levedura é parcialmente desconhecida, assim como, os principais fatores que afetam a virulência do agente etiológico ; ● Epidemiologia -Regiões de clima tropical ou subtropical; -Acomete todas as raças e ambos os sexos; -Prevalência nas áreas seborréicas do corpo; ● Dermatites -dermatite por Malassezia provavelmente é a única doença identificada em alguns cães; todavia, em outros, doenças concomitantes, tais como alergias, particularmente doença atópica, defeitos de queratinização, endocrinopatias, e a existência de pregas cutâneas podem ser importantes, favorecendo a levedura. -As predileções por raças variam entre regiões geográficas, mas podem incluir: Basset Hound, West Highland White Terrier, Cockier Spaniel, Poodle Toy e miniatura, Dachshund, Boxer, Cavalier King Charles Spaniel, Shih Tzu, Terrier Australiano e Silky Terrier e Pastor- alemão. - A coinfecção por Candida albicans pode ser, em parte, responsável pelas lesões nas unhas e plantas dos pés desses cães. -Os gatos acometidos provavelmente apresentam doenças alérgicas e metabólicas subjacentes, mas a infecção também pode ser favorecida por vírus imunossupressores, como o vírus da leucemia felina e o vírus da imunodeficiência felina e por distúrbios paraneoplásicos (alopecia paraneoplásica pancreática, dermatite esfoliativa com timoma). -Os gatos Devon Rex têm predisposição a dermatite seborreica associada a alta população de Malassezia, que responde ao tratamento sistêmico com ITZ; - Foram feitos achados semelhantes de dermatite seborreica associada a Malassezia em gatos Sphynx; -Envolvimento em infecções dérmicas e otológicas -Associação com algumas bactérias -Sinal clínico mais característico – prurido -Pele com aspecto eritematoso, hiperpigmentada, eritrodermia (rubor com descamação ou não), esfoliativa (descamação) Seborréia oleosa de grau variável e odor desagradável (rançoso); ➔ Achados clínicos - Cães - lesões dermatológicas podem ser localizadas ou generalizadas; - Em cães, a doença é mais frequentemente observada em locais anatômicos que criam ambiente relativamente quente e úmido da pele ; a pele interdigital, a parte ventral do pescoço, a região dos lábios, o meato acústico, as axilas, a virilha e áreas com pregas são mais frequentemente acometidos. - prurido varia de leve a intenso. - eritema acompanhado de exsudação oleosa, particularmente em áreas intertriginosas, em que um exsudato marrom pode cobrir a porção inferior dos pelos; é provável que se sinta odor fétido nas lesões exsudativas extensas - Em cães com prurido acentuado, pode- se observar ocorrência de alopecia traumática, liquenificação ( pele se torne mais espessa e grossa, apresentando sulcos e manchas diversas) e hiperpigmentação; - A paroníquia (inflamação da prega ungueal) associada a M. pachydermatis possivelmente leve a prurido do pé, acompanhado de pigmentação castanho -avermelhada das unhas e exsudação na prega ungueal. -A taxa de isolamento de M. pachydermatis dos olhos de cães com úlceras de córnea foi maior que a de cães clinicamente sadios, sugerindo alguma função da sua existência no desenvolvimento dessas lesões. -aumento sazonal no número de casos em regiões geográficas em que há mudança perceptível para condições climáticas quentes e úmidas. -Tipicamente, a resposta ao tratamento com glicocorticóides é precária. -Foliculite, Inflamação, Pele dura e escamosa; -Seborreia (caspa do cão), com aumento da produção de sebo, que confere ao cão um cheiro característico de mofo rançoso; -pododermatite canina é caracterizada por um aparente eritema entre os dedos e, se as unhas ficarem infectadas, pode ter uma descoloração marrom visível; -A dermatite atópica causada por hipersensibilidade a diferentes alérgenos, como pólen ou poeira, também pode estar ligada à malassezia canina. -sintomas da otite por Malassezia incluem: ● Secreção do ouvido. ● Descamação marrom-avermelhada. ● Coceira. ● Cabeça tremendo. ● Ouvido esfregando contra pernas e objetos. ➔ Achados clínicos - Gatos -M. pachydermatis parece ser um patógeno relativamente infrequente nos gatos, pelo menos em comparação com os cães. - Espécies de Malassezia foram mais comumente isoladas de gatos infectados pelo vírus da imunodeficiência felina e com baixa proporção CD4:CD8, em comparação com a taxa de isolamento de gatos não infectados. - taxa de isolamento do canal acústico é menor em gatos clinicamente sadios do que naqueles com otite. - otite externa ceruminosa, que responde a gotas otológicas antifúngicas, constitui a apresentação clínica mais comum de doença cutânea associada a M. pachydermatis em gatos; - eritrodermia esfoliativa, exsudação oleosa e graus variáveis de prurido . -Em gatos Devon Rex com dermatite seborreica causada por Malassezia spp., um exsudato marrom, oleoso e firmemente aderente nas unhas ou das pregas ungueais é frequentemente acompanhado de exsudato oleoso escuro que cobre os pelos da pele interdigital, axilase virilha . - gatos com dermatite esfoliativa associada a timoma e a alopecia paraneoplásica provavelmente apresentam proliferação concomitante de Malassezia; ● Fatores predisponentes: -Alterações no microclima da pele -Rompimento da camada protetora do extrato córneo - Imunossupressão – corticóides -Uso prolongado de antibióticos -Desequilíbrio hormonal e alergia alimentar ● Otite externa -Processo inflamatório no meato auditivo externo; - prurido; eritema; descamação do epitélio -Etiologia multifatorial: -Causas primárias (ácaros, alergias, alterações na queratinização); -Fatores predisponentes Fatores perpetuantes - Patogenicidade: relacionada a antígenos celulares: atuam como alérgenos – desencadear reação de hipersensibilidade do tipo imediata - IgE. -Fatores: 1. Microclima favorável e falhas na defesa do microrganismo 2. Produção excessiva de lipídeos ou cerume 3. Acúmulo de umidade 4. Alterações na barreira epidérmica 5. Exacerbação de doenças alérgicas e bacterianas ● Diagnóstico laboratorial das Malassezioses ➔ Dermatites -Citologia -Coleta de material > Raspado de pele com lâmina de bisturi; de vidro ou fita adesiva; -Coloração com azul de algodão; - dermatite causada por Malassezia pode simular ou complicar a doença tópica e sensibilidade alimentar. - A apresentação seborreica e as doenças associadas às pregas também devem levar à avaliação da existência e do número de leveduras. -baseia -se nos sinais clínicos, na existência de números elevados da levedura na pele lesada e na resposta clínica e micológica ao tratamento com agentes antifúngicos; - exame citológico constitui a maneira mais útil de avaliar o número de leveduras. -Esfregaços por decalque podem ser preparados diretamente em lâminas, ou o exsudato pode ser transferido a uma lâmina utilizando swabs. - fita adesiva > uma fita de celofane transparente é aplicada à superfície da pele, obtendo- se a coleta das células do estrato córneo e de qualquer microrganismo superficial. Diferentemente das impressões diretas, a fita pode ser usada eficazmente na maioria dos locais anatômicos e em lesões secas ou oleosas . A fita é corada, habitualmente com corante de Wright modificado, e examinada ao microscópio óptico; - células leveduriformes características de Malassezia spp.: formato de amendoim são raramente observadas na pele sadia, porém são habitualmente identificadas de imediato em amostras de indivíduos acometidos; Embora alguns autores tenham proposto diretrizes sobre o número de leveduras necessárias para ter algum significado (p. ex., uma ou mais leveduras por campo de grande aumento), essa abordagem não concilia a sobreposição observada nas densidades populacionais de leveduras em amostras de pele de cães clinicamente sadios e doentes; é possível que as respostas de hipersensibilidade a alérgenos derivados da levedura possibilitem que um número relativamente pequeno de microrganismos produza doença cutânea em indivíduos sensibilizados; - Deve- se instituir o tratamento sempre que a levedura for identificada em amostras citológicas obtidas de lesões consistentes. - Meios suplementados com lipídios devem ser usados quando as amostras são obtidas de gatos, devido à possível existência de espécies dependentes de lipídios. -Tipicamente, as amostras de biópsia cutânea revelam acentuada hiperplasia irregular da epiderme, espongiose e infiltrado perivascular ou intersticial superficial de células mononucleares, com acúmulo focal de neutrófilos, eosinófilos e mastócitos. Células leveduriformes podem ser observadas no estrato córneo, porém a ruptura dessa camada que ocorre durante o processamento de rotina do tecido possivelmente resulta em ausência da levedura; a biopsia tem baixa sensibilidade para a detecção da levedura, em comparação com a citologia ➔ Otites -Coleta de material: swab de algodão estéril no conduto auditivo; OBS: Caso o exame laboratorial não seja realizado imediatamente, o swab deve ser introduzido em um meio de transporte e encaminhado ao laboratório. -Citologia: Número de leveduras > 6 leveduras por campo – objetiva de 100x OBS: *nº de leveduras pode variar; -Cultivo > Meios de cultura adicionados de óleos vegetais*; M. pachydermatis – meios de cultura de uso comum em micologia; Característica das colônias: redondas, convexas, foscas, cor creme-amarelada e textura friável; Crescimento: temp. 37ºC por 48 ou 72h; Meio Dixon (tween 40, bile de boi e cloranfenicol); ● Tratamento -Eliminar causas predisponentes e primárias -Tratamento específico: Aplicação tópica (nistatina) ; Loções contendo 1% miconazol ou clotrimazol -Otite: 2% ácido bórico + 2% ácido acético no ouvido 1x ao dia, 7 dias - Posologias mais utilizadas: (via sistêmica) 1. Cetoconazol via oral (5-10mg/kg 12 -12h/2 a 4 semanas e + 7 - 10 dias após cura clínica) 2. Itraconazol , via oral ( 5mg/kg 24 -24h ) 3. Xampu com sulfeto de selênio (2x por semana) 4. Clorexidina 1% 5. Lesão localizada: aplicação tópica de nistatina, miconazol, clotrimazol, enilconazol, cetoconazol, clorexidina).
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