Buscar

Introdução à Contabilidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE – NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
Conceitualmente, a contabilidade é um sistema de informação e avaliação com o objetivo de captar, registrar, acumular, organizar, interpretar, demonstrar e acompanhar informações, como: demonstrativos e análises patrimoniais, econômica, financeira, física e de produtividade sobre o patrimônio, pois é justamente este o objeto de estudo. Busca-se o sucesso de um empreendimento, por meio das etapas de planejamento, execução e controle das ações/eventos. Há três ciências envolvidas neste processo: 
· Economia, no planejamento de metas;
· Administração, na etapa da execução;
· Contabilidade para controle do resultado e registro dos fatos contábeis (todo evento econômico que afeta o patrimônio).
A teoria da contabilidade está voltada para o estudo da composição do patrimônio (estática patrimonial), o estudo da aplicação dos recursos e fontes de financiamento (dinâmica patrimonial) e o estudo da forma de registro de forma lógica (levantamento patrimonial, ligação entre a estática e a dinâmica patrimonial), criando regras e princípios de conduta para serem aplicadas por profissionais da área. Esmiuçando os objetivos dessa teoria, teríamos que:
· Captar os dados que afetem o patrimônio;
· Registrar e acumular os fatos ocorridos que podem ser representados em valor monetário;
· Organizar em documentos e livros próprios, permitindo fácil visualização e consulta;
· Demonstrar de maneira clara, objetiva e precisa, de período em período, por meio de demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa;
· Interpretar as informações contidas nos demonstrativos contábeis;
· Acompanhar a execução dos planos econômicos da empresa, permitindo realização de planejamento e controle das ações da entidade detentora do patrimônio.
O conceito oficial da contabilidade no Brasil foi definido no 1º Congresso Brasileiro de Contabilistas (RJ, 17 - 27 agosto do ano de 1924): “A contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à administração econômica”.
A contabilidade estuda o patrimônio das entidades (conjunto de pessoas físicas e/ou jurídicas) com fins econômicos, socioeconômicos ou sociais, com o objetivo de informar a situação do patrimônio em determinado momento do tempo (função administrativa) e também de apurar e demonstrar os resultados da entidade em questão (função econômica), visto que todas as organizações independentemente do tamanho e/ou objetivo de existência precisam divulgar informações contábeis.
No Brasil, são seis princípios contábeis que formam os pilares para o controle do patrimônio das entidades, regulamentados através da Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) 750, de 29 de dezembro de 1993: 
I. Princípio da Entidade: reconhecimento do patrimônio como objeto de estudo da contabilidade, afirmação da autonomia patrimonial, diferenciação do que é patrimônio do(s) seu(s) proprietário(s) e o que é patrimônio da empresa, ou seja, o patrimônio da empresa jamais se confunde com o patrimônio do(s) sócio(s).
II. Princípio da continuidade: assume-se que a entidade continuará em funcionamento no futuro. Uma entidade em dificuldades financeiras pode ter sua continuidade questionada no relatório de Auditoria (nesse caso, a auditoria informa que mesmo as demonstrações tendo sido elaboradas com o pressuposto da continuidade, esse provavelmente não seja o mais adequado).
III. Princípio da oportunidade: mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas, garantindo a relevância da informação divulgada; a integridade dos registros é essencial para a análise dos elementos patrimoniais.
IV. Princípio do registro do valor original: os componentes do patrimônio serão registrados pelos valores originais das transações em moeda nacional.
V. Princípio da competência: determina que os efeitos dos eventos sejam reconhecidos e registrados nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento, permitindo informações melhores e mais adequadas sobre a real situação da entidade. Por exemplo, quando ocorre uma compra a prazo no mês de setembro, com pagamento em dezembro, o registro do fato ocorrerá em setembro, não em dezembro quando o pagamento foi feito.
VI. Princípio da Prudência: é assumido o menor valor para componentes do ativo e maior para o passivo, sempre que as alternativas sejam igualmente válidas para a quantificação das mutações que alterem o patrimônio líquido; pressupõe-se certo grau de precaução.
Além dos princípios apontados, também há características qualitativas indispensáveis à informação contábil. Destacam-se algumas das características apresentadas na íntegra pela Resolução CFC nº 1255/09 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009):
I. Compreensibilidade: a informação contábil deve ser apresentada nas demonstrações contábeis de maneira que possa ser compreendida por usuários que tenham conhecimento em negócios e atividade econômicas e de contabilidade, porém sem omissão de nenhuma informação relevante com a justificativa de que possam ser de difícil entendimento para alguns usuários.
II. Relevância: a informação contida nas demonstrações contábeis deve ser relevante, ou seja, ela tem que ter a capacidade de influenciar decisões econômicas.
III. Materialidade: como a informação contida nas demonstrações contábeis é material, qualquer erro ou omissão pode influenciar decisões econômicas dos usuários.
IV. Confiabilidade: a informação das demonstrações contábeis deve estar livre de viés e desvio.
V. Primazia da essência sobre a forma: os eventos e as transações devem ser apresentados de acordo com sua essência, não somente sob sua forma legal.
VI. Prudência: exercício do princípio da prudência na elaboração dos demonstrativos contábeis.
VII. Integralidade: a informação contábil deve ser completa, pois uma omissão pode tornar a informação falsa ou enganosa.
VIII. Comparabilidade: a forma como a informação contábil é acumulada deve permitir comparação entre as demonstrações de outros anos e também com entidades diferentes.
IX. Tempestividade: a informação contábil deve estar disponível dentro do tempo de execução da decisão; caso haja atraso injustificado na divulgação da informação, ela pode se tornar irrelevante.
Aspecto qualitativo: relacionado à natureza do item patrimonial que precisa ser registrado conforme a sua espécie, por exemplo: caixa, móveis e utensílios e veículos.
Aspecto quantitativo: relacionado à expressão dos itens patrimoniais em valores (se ocorreu a compra de um veículo e o preço dele foi $50.000, esse valor deve ser expresso na conta de veículos a débito e também a crédito, na conta caixa, caso ele tenha sido pago à vista).
Contabilidade do Mundo Antigo: O surgimento dessa ciência ocorreu devido a uma antiga necessidade do ser humano em ter registro sobre o seu patrimônio, sendo um dos conhecimentos mais antigos da humanidade. Nos primeiros registros da escrita em tábuas de argila (aproximadamente 3.000 a.C.), foi possível verificar um controle de riquezas e posses primitivo na população suméria. Há hipóteses de que os primeiros registros contábeis tenham ocorrido antes da escrita. Foi possível verificar nesses primeiros registros uma tábua para cada dia, e ao classificar as tábuas da mesma natureza, surgiu a razão. Entende-se que os autores de “débito e crédito” foram os sumérios e babilônios, baseado na identificação mental do que “é meu” e do que “é seu”.
Contabilidade do Mundo Medieval: De 1202 da Era Cristã até 1494, com o surgimento da contabilidade por Partidas Dobradas, de Frei Luca Pacioli, em 1494, enfatizando que a teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, ele é considerado, portanto o “pai dos autores de contabilidade”.
Contabilidade do Mundo Moderno: De 1494 à 1840, com o aparecimento da marcante obra de Francesco Villa na história da Contabilidade.
A Revolução Industrial foi um grande impulsionadorde evoluções em diversas áreas, inclusive na contábil, pois, devido à necessidade de informações sobre custos de produção e avaliação de estoques de produção, foi idealizado os sistemas de contabilidade de custos. Houve também o surgimento da Bolsa de Valores de Londres (1773) e de Nova Iorque (1792). Devido a grandes demandas de capital, iniciou-se a separação entre investidor e administrador e a elaboração de relatórios para proprietários ausentes.
Contabilidade do Mundo Científico: De 1840 até os dias de hoje; a obra de Francesco Villa, de 1840, é considerada o marco inicial da contabilidade como ciência.
Com o passar do tempo, o governo percebeu que poderia se utilizar da contabilidade para arrecadar impostos, tornando-a, assim, obrigatória para a maioria das empresas. Contudo, é importante ressaltar que a contabilidade não deve ser feita visando basicamente atender às exigências do governo, pois ela é uma importante ferramenta de suporte para tomada de decisões.
A contabilidade contribui com a divulgação de informações sobre a empresa internamente, mas também contribui para criação de conexões com órgãos e pessoas externas à empresa. Há interesses variados entre os usuários; assim, a informação contábil deve ser ampla e fidedigna para a adequada avaliação da situação patrimonial e financeira e as mutações sofridas pelo patrimônio, permitindo, inclusive, a realização de inferências sobre o seu futuro da entidade. Os usuários podem ser classificados como internos e externos:
· Internos: pessoas que fazem parte da empresa usam informações provindas da contabilidade para suportar o processo de tomada de decisão, em que a contabilidade pode dar suporte para responder a algumas das seguintes perguntas: Tenho dinheiro suficiente para pagar as contas? Qual o custo para produzir um bem ou serviço? Como os problemas externos irão afetar minha entidade? Quais unidades deverão sofrer cortes de recursos? 
· Externos: pessoas que têm acesso mais limitado à informação e utilizam as informações contábeis para o processo decisório. A contabilidade da suporte para as seguintes perguntas: O resultado da entidade é satisfatório? As perspectivas futuras da entidade são boas? A entidade está muito endividada? Como está a entidade em comparação à outras? 
Os principais usuários das informações contábeis são: 
· Bancos / Financiadores;
· Empregados / Prestadores de Serviços;
· Fornecedores / Consultores; 
· Sindicatos / IBGE / Clientes; 
· Analistas / Administradores;
· Setor público / Governo;
· Investidores / Sócios 
As informações procedentes da Contabilidade representam uma grande ferramenta para avaliação de desempenho, gestão e tomada de decisões para a gerência e diretoria dentro da organização, e de comunicação para os próprios funcionários, em relação a continuidade da empresa, capacidade de pagar salários, oportunidades e condições de negociar salários, e se a participação nos lucros foi devidamente calculada. Também contribui na tomada de decisão de terceiros, ou seja, um fornecedor consegue averiguar se a empresa está sólida, da mesma forma que um banco verifica se deve ou não fazer um empréstimo. Um investidor consegue verificar se a empresa é rentável e se apresenta algum risco ou oportunidade. O governo está, normalmente, interessado em saber quanto de impostos a empresa gerará para os cofres públicos. Os concorrentes podem avaliar a capacidade financeira de outra entidade. Os sindicatos e outros órgãos conhecem melhor a situação da empresa, utilizando os relatórios para determinar a produtividade do setor, fator preponderante para reajuste de salários.
Esses usuários citados são as pessoas que de fato podem fazer uso da informação contábil, mas o CPC(R1), aprovado pela Resolução do CFC n. 1.374/11, em dezembro de 2011, restringiu o conceito de usuários da informação contábil, pois, no prefácio dessa nova norma, temos: “posicionamento mais claro de que as informações contidas nos relatórios contábil-financeiros se destinam primariamente aos seguintes usuários externos: investidores, financiadores e outros credores, sem hierarquia de prioridade” (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2011).
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE – CONCEITO, CLÁSSIFICAÇÃO E FUNÇÃO DA CONTA 
Na contabilidade, os atos e fatos contábeis são registrados por meio de contas; elas são a ferramenta utilizada para acumulação/agrupamento de todos os atos e fatos contábeis que são de mesma natureza, por exemplo: conta “caixa”, conta “contas a receber”, conta “fornecedores”. Elas possuem regras de classificação: contas patrimoniais e contas de resultado.
Conta é o nome técnico utilizado para registrar os elementos, levando em consideração os aspectos qualitativos e quantitativos. É como se todos os elementos dentro da contabilidade tivessem um endereço. Sempre que formos movimentar um elemento, faremos registro nesse endereço que recebe o nome de conta, alterando o saldo desse elemento.
Técnicas Contábeis: São procedimentos práticos usados para captação dos dados, registro de maneira acumulada nos livros contábeis, para que seja possível a elaboração dos relatórios e análises; esses são processos que fazem parte do dia a dia dos contabilistas. Por exemplo, a escrituração é o registro de forma padronizada de todos os fatos que afetam o patrimônio para posteriormente fazerem parte da elaboração das demonstrações contábeis.
Escrituração: Trata-se do registro (impresso ou eletrônico) de todos os ocorridos na empresa que provocam modificação no patrimônio, sendo que os principais livros utilizados para esses registros pela contabilidade são o diário e o razão. É importante ter bem definido o que exatamente precisa ser controlado e registrado, para que os relatórios elaborados sejam úteis. Segundo a Lei n. 6.404, art. 177, devemos registrar todos os fatos contábeis nos livros fiscais e contábeis: “Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos [...].” (BRASIL, 1976).
Demonstrações Contábeis: A demonstração contábil é a reunião de todos os fatos contábeis de forma padronizada por normas contábeis. São as informações patrimoniais, de resultado, obrigações e direitos de uma empresa que compõem um relatório daquela situação da empresa. O artigo 176 da Lei n. 6.404/76 apresenta qual é a exigência da legislação societária para apresentação dos relatórios:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I. Balanço patrimonial;
II. Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III. Demonstração do resultado do exercício;
IV. Demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela lei 11.638 de 2007)
V. Se Companhia aberta, demonstração do valor adicionado (Redação dada pela lei 11.638 de 2007) [...]
§ 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007). (BRASIL, 1976)
Auditoria: Consiste em uma análise detalhada e perícia feita por um contador externo à entidade (contador-auditor), em que todos os registros feitos pelo contador da entidade são verificados e validados de forma analítica, para verificar se há alguma inadequação de procedimento, impropriedade ou até fraude ou erro; ou seja, a auditoria garante a legitimidade dos documentos contábeis. Assim que essa análise é finalizada, o contador-auditor emite um relatório com parecer técnico sobre a auditoria realizada por ele e sua equipe, com base nos Princípios de Contabilidade e na legislação societária.
Análise das Demonstrações Financeiras: São realizadas verificações, comparações e cálculos de índices e coeficientes, utilizando informações contidas nasdemonstrações contábeis de pelo menos dois exercícios, com o objetivo de interpretar a situação estratégica e financeira da empresa. São estudados aspectos como endividamento, resultado operacional e retornos financeiros. Essa técnica é muito utilizada no mercado financeiro para tomada de decisão sobre investimentos.
As demonstrações financeiras permitirão verificar a situação econômica e patrimonial da empresa, por exemplo, se o endividamento da empresa cresceu em relação ao ano anterior, se o grau de imobilização é coerente com o negócio e com o setor, se a empresa é rentável, entre outras. Além de permitir analisar a evolução do patrimônio e do resultado, pode contribuir para o planejamento do futuro.
Conta: Nome técnico para identificação de um componente Patrimonial (bens, obrigações, patrimônio líquido, obrigações) ou de resultado (receita, despesa). Utilizando as contas, a contabilidade supre os usuários de informações sobre o patrimônio e suas variações. Cada evento é registrado por meio das contas, por exemplo, toda movimentação no estoque é registrada em uma conta denominada Estoque, assim como todo faturamento é registrado na conta de Receita Bruta.
Foi convencionado chamar o lado esquerdo do gráfico T (razonete) de débito, e o lado direito de crédito; além disso, também ficou convencionado que as contas de ativo de despesas são de natureza devedora, e as contas de passivo, patrimônio líquido e receitas, de natureza credora (RIBEIRO, 2013).
 TÍTULO DA CONTA 
 DÉBITO CRÉDITO 
A quantia de dinheiro existente no caixa aumenta pelas entradas e diminui pelas saídas. O gráfico T é utilizado para esses registros justamente por ter dois lados; em um dos lados são registradas as entradas e em outro as saídas. Como a conta caixa tem natureza devedora, o aumento dessa conta acontece por meio do débito (lado esquerdo) e a diminuição do valor da conta por meio do crédito (lado direito). Para conhecer o saldo da conta, basta somar todas as entradas (lado esquerdo – débito) e subtrair a soma das saídas (lado direito – crédito).
Para compreender o mecanismo do débito e do crédito das contas, é preciso, primeiramente, conhecer se a conta tem natureza devedora ou credora, pois as contas de natureza devedora têm seu saldo incrementado quando ocorre um registro a débito (lado esquerdo) e seu saldo diminuído quando ocorre um registro a crédito (lado direito). Já as contas de natureza credora têm seu saldo incrementado quando ocorre um registro a crédito (lado direito) e seu saldo diminuído quando ocorre um registro a débito (lado esquerdo).
	REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA EQUAÇÃO PATRIMONIAL	
A representação gráfica do patrimônio para a contabilidade é feita em forma de Razonete em T, sendo que, do lado esquerdo, chamado Ativo, são relacionados os bens e os direitos, e do lado direito, chamado Passivo, são relacionadas as obrigações.
 
 PATRIMÔNIO
 ATIVO PASSIVO
 Bens Obrigações
 Direitos 
 Aumenta com débito Aumenta com crédito
 Diminui com crédito Aumenta com débito
Quando a equação em T é utilizada para representar todo o patrimônio da entidade, é denominada Balanço Patrimonial justamente porque os dois lados devem apresentar exatamente o mesmo valor, ou seja, o ativo deve ter o mesmo valor do passivo.
Sendo assim, a soma de bens e direitos (ativo) deve ter o mesmo valor da soma das obrigações (passivo); mas, como na prática isso nem sempre acontece, ou seja, dificilmente o ativo tem exatamente o valor do passivo, o delta dessa equação é chamado Situação Líquida e, graficamente, sempre será colocado no lado direito (lado do Passivo), para equilibrar a balança, conforme ilustrado na Figura:
Situação liquida 
Passivo (obrigações)
Ativo (bens + direitos
(
(be
NOÇÃO DE DÉBITO E CRÉDITO E O PLANO DE CONTAS
Na linguagem contábil, débito não significa algo negativo, e crédito não é algo positivo. 
· DÉBITO → Para onde foram os recursos? Qual é o destino dos recursos? Em que os recursos estão sendo aplicados?
· CRÉDITO → De onde vieram os recursos? 
Uma conta de natureza devedora tem seu valor aumentado pelo débito, e uma conta de natureza credora tem seu valor aumentado pelo crédito. Esse método é denominado de Partidas Dobradas, devido à existência dos “dois” lados em um mesmo evento. Há duas maneiras de realizar um lançamento: por meio do Livro Diário e dos Razonetes; elas não são excludentes e normalmente são realizadas pela contabilidade manual por uma razão prática. Um lançamento no Livro Diário inicia com o local e a data do evento, seguido, por convenção, pela conta a ser debitada e o valor do débito, em seguida, a conta a ser creditada e o valor monetário, e é opcional que haja um breve histórico do evento. 
São Paulo, 09 de junho de 2019
D Caixa R$ 80.000,00
C Capital Social R$ 80.000
Referente à integralização do capital da empresa.
Os Razonetes foram uma criação para auxiliar na conferência dos lançamentos para reduzir erros, na época em que não existiam computadores e os lançamentos eram todos manuais. Hoje em dia, a tecnologia permite que o lançamento no diário já migre para os Razonetes automaticamente.
Plano de Contas: É o conjunto de todas as contas disponíveis para registro, diretrizes e normas que disciplinam as atividades do departamento de contabilidade, com o objetivo principal de padronizar os registros contábeis. Cada empresa elabora o seu plano de contas, respeitando as suas particularidades, os princípios de contabilidade, as disciplinas contidas na Lei nº 6.404/76, a legislação específica do ramo de atividade da empresa e as normas brasileiras de contabilidade emanadas do Conselho Federal de Contabilidade – CFC. Normalmente, um plano de contas compreende as seguintes partes: elenco de contas, manual de contas (deve envolver o código numérico, a intitulação, a função, o funcionamento, a natureza e os critérios de avaliação de cada conta, exemplos de lançamentos apropriados para o registro de operações raras, roteiros para conciliações de dados, bem como informações acerca dos documentos que servem de suporte aos registros contábeis) e modelos de demonstrações contábeis padronizadas.
O plano de contas é de suma importância para a disponibilização dos relatórios contábeis de forma organizada, pois sem o agrupamento dos eventos de mesma natureza em contas e sem o agrupamento das contas de mesma natureza, a interpretação e análise das informações contábeis ficaria muito complexa.
As contas classificam-se em dois grupos: 
Contas Patrimoniais – representam os elementos do patrimônio, subdivididas em ativas, que representam os bens e os direitos, e em passivas, que representam as obrigações e o patrimônio líquido; 
Contas de Resultado – representam as variações do patrimônio que são as despesas e receitas.
As contas de resultados, que representam as variações patrimoniais, são subdivididas entre Contas de Receita e Contas de Despesa. Chamamos de despesa o consumo de bens e a utilização de serviços, durante o processo para obtenção de receitas (por exemplo: materiais de escritório, consumo de água, serviço e material de limpeza, aluguéis pagos, juros pagos, etc.). Já as receitas são, principalmente, o resultado da venda ou prestação de serviço; também existem outras fontes de receita que podem aparecer com um valor contábil inferior (por exemplo: aluguéis recebidos, descontos obtidos e juros recebidos).
Ativo Circulante: contas que representam direitos; Passivo Circulante: contas que representam obrigações. Onde os vencimentos ocorram durante o exercício social seguinte ao do Balanço que estiver sendo elaborado. 
Ativo Não Circulante: estão compreendidas as seguintes contas: realizável de longo prazo, investimento, imobilizado e intangível);
Passivo Não Circulante: as contas que representam direitos e obrigações, respectivamente, em que os vencimentosocorram após o término do exercício social seguinte ao do Balanço que estiver sendo elaborado.
As contas do ativo são classificadas pela ordem decrescente do grau de liquidez (possibilidade dos componentes se tornarem dinheiro), e as contas do passivo são classificadas pela ordem do grau de exigibilidade (maior será o grau de exigibilidade quanto menor for o prazo para pagamento).
Para o registro das movimentações nas contas, hoje em dia, muitas vezes são utilizados meios eletrônicos. Então, para facilitar esse processo para cada conta, é criado um código diferente, para que os registros possam ser feitos com maior agilidade, sendo que cada empresa pode utilizar o código que considerar mais pertinente para cada uma das contas.
· 1. ATIVO 
· 1.1. CIRCULANTE
· 1.1.1. DISPONÍVEL
· 1.1.1.1. CAIXA
· 1.1.1.2. BANCOS CONTA MOVIMENTO
· 1.1.1.3. APLICAÇÕES FINANCEIRAS
· 1.1.2. CLIENTES
· 1.1.2.1. DUPLICATAS A RECEBER
· 1.1.2.2. DUPLICATAS DESCONTADAS (conta redutora)
· 1.1.2.3. PROVISÃO PARA DEVEDORES (conta redutora)
· 1.1.3 OUTROS CRÉDITOS
· 1.1.3.1 PROMISSÓRIAS A RECEBER 
· 1.1.3.2. EMPRÉSTIMOS A RECEBER 
· 1.1.3.3. DIVIDENDOS A RECEBER 
· 1.1.3.4. ADIAMENTO DE SALÁRIOS 
· 1.1.3.5. ICMS A RECUPERAR 
· 1.1.3.6. IRRF A RECUPERAR

Continue navegando