Buscar

D EMPRESARIAL AULA 10

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO EMPRESARIAL
TEORIA GERAL DO DIREITO FALIMENTAR
Livro Eletrônico
2 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
Sumário
Teoria Geral do Direito Falimentar .........................................................................................................................3
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
1. Aspectos Introdutórios e Legislação de Regência ..................................................................................3
2. Âmbito de Aplicação da Lei 11.101/2005 .......................................................................................................6
2.1. Empresas Públicas (EP) e Sociedades de Economia mista (SEM) ..............................................7
2.2. Sociedades Empresárias Sujeitas à Liquidação Extrajudicial ......................................................8
3. Ações Judiciais e Competência ...........................................................................................................................8
4. Intervenção do Ministério Público ...................................................................................................................9
5. Aplicação Subsidiária do Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015)..................................... 10
6. Sujeitos e Figuras Envolvidas no Processo Falimentar ......................................................................11
6.1. O Administrador judicial .....................................................................................................................................11
6.2. O Comitê de Credores..........................................................................................................................................14
6.3. Destituição e Responsabilização do Administrador Judicial e dos Membros do 
Comitê de Credores .......................................................................................................................................................16
6.4. A Assembleia-geral de Credores .................................................................................................................17
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................20
Gabarito ..............................................................................................................................................................................33
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................34
Referências .......................................................................................................................................................................65
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
3 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
TEORIA GERAL DO DIREITO FALIMENTAR
ApresentAção
Hoje, examinaremos os aspectos gerais relativos à Teoria geral do Direito Falimentar.
Desejo a você uma boa leitura e sucesso nos seus estudos!
1. Aspectos IntrodutórIos e LegIsLAção de regêncIA
O instrumento legislativo atual responsável por regular a recuperação judicial, a extrajudi-
cial e a falência do empresário individual e da sociedade empresária é a Lei 11.101, de 9 de 
fevereiro de 2005.
Seu prazo de vacatio legis foi de 120 (cento e vinte) dias, de modo que a sua vigência se 
deu somente a partir de 9 de junho daquele mesmo ano. Importante notar, nesse aspecto, que 
o diploma normativo antecedente – Decreto-lei 7.661/45 – permanece(u) aplicável aos proces-
sos nos quais a falência restou decretada com base nele. Ou seja, tem-se que a nova lei não se 
aplica aos processos que já estavam em curso quando da sua entrada em vigor.
Uma primeira observação importante que devemos fazer é a de que, até 9 de junho de 
2005, era possível requerer a chamada “concordata”, instituto jurídico não mais presente na 
atualidade. Se, a partir da referida data, houvesse uma concordata em trâmite, é certo que esta 
não seria transformada, por ocasião da nova lei, em uma recuperação judicial. Nada obstante, 
fala-se em convolação da concordata em falência.
Portanto, toda falência decretada após a entrada em vigor da Lei 11.101/2005 é por ela 
inteiramente regulada, ainda que resultante da convolação de uma concordata em falência.
Sob outro aspecto, também devemos destacar que a importância atribuída à nova lei (pela 
mídia, pelo Poder Executivo ou pelo próprio meio jurídico) se justifica não apenas pela defasa-
gem e obsolescência do Decreto-lei anterior, mas também por deficiências normativas inter-
nas que até então se observavam, como veremos a seguir:
De início, tínhamos que a decretação de falência nos moldes do Decreto-lei 7.661/45 ocor-
ria em duas hipóteses: Por impontualidade (art. 1º1) ou por atos de falência (art. 2º), enumera-
dos na própria lei.
1 “Art. 1º Considera-se falido o comerciante que, sem relevante razão de direito, não paga no vencimento obrigação 
líquida, constante de título que legitime a ação executiva.
§ 1º Torna-se líquida, legitimando a falência, a obrigação provada por conta extraída dos livros comerciais e verificada, judicial-
mente, nas seguintes condições:
I – a verificação será requerida pelo credor ao juiz competente para declarar falência do devedor (art. 7º) e far-se-á nos livros de 
um ou de outro, por dois peritos nomeados pelo juiz, expedindo-se precatória quando os livros forem de credor domiciliado 
em comarca diversa;
II – se o credor requerer a verificação da conta nos próprios livros, estes deverão achar-se revestidos das formalidades legais 
intrínsecas e extrínsecas e a conta comprovada nos têrmos do art. 23, n. 2, do Código Comercial; se nos livros do devedor, 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
4 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
Por impontualidade entendia-se o não pagamento, pelo comerciante, de obrigações líqui-
das (constantes de títulos executivos) na data de seu vencimento, sem a presença de “relevan-
te razão de direito”. Era a chamada “falência técnica”.
Tal opção legislativa mostrava-se complicada no campo da prática comercial diária, na 
medida em que poucos empresários, no Brasil, não tinham (e talvez ainda não tenham) ao 
menos uma dívida sem pagamento quando do seu vencimento; de modo que, se levada “ao pé 
da letra”, a redação do art. 1º do Decreto-lei implicaria na quebra da grande maioria dos comer-
ciantes, inclusive os pequenos e médios empresários, o que, por óbvio, acarretaria um sério 
problema social e econômico. A toda evidência, não havia – como ainda não o há – o mínimo 
interesse público ou social na falência generalizada dos empresários brasileiros.
Não ficou claro? Pois então imagine o seguinte exemplo:
Uma cidade inteira que se sustentava economicamente em razão de uma única, porém grande 
usina ou indústria, responsável pela geração da grande maioria dos empregos na região, direta 
ou indiretamente. Em tal cenário, não seria interessante para a Administração municipal, para 
a população local e,ainda, para o próprio credor de um crédito vencido, ver a usina ou a indús-
tria mencionada em processo de falência. É como afirma o ditado segundo o qual “não pode o 
remédio ser pior do que a doença”.
Assim, a falência era mais vista como um modo, um instrumento de pressão para que os 
comerciantes honrassem com seus compromissos do que como um procedimento técnico de 
encerramento de atividades empresariais.
Inclusive, em razão desse mesmo quadro fático-jurídico, houve, em dado momento, a constru-
ção de uma corrente jurisprudencial que defendia que a falência não podia ser utilizada como 
meio de cobrança de dívida. De sorte que a falência somente podia ser utilizada quando a 
empresa, de fato, não detivesse condições mínimas de se sustentar ou permanecer ativa.
Como se observa, tal entendimento buscava privilegiar a economia e os credores que só 
tinham como objetivo o recebimento de seus créditos. Assim, os tribunais superiores, à época, 
passaram a acolher essa teoria para justificar o afastamento da falência nos casos em que o 
interesse público ou social não a justificassem.
será êste citado para, em dia e hora marcados, exibí-los em juízo, na forma do disposto no art. 19, primeira alínea, do Código 
Comercial;
III – a recusa de exibição ou a irregularidade dos livros provam contra o devedor, salvo a sua destruição ou perda 
em virtude de fôrça maior;
IV – os peritos apresentarão os laudos dentro de três dias e, julgado por sentença o exame, os respectivos autos 
serão entregues ao requerente, independentemente de traslado, não cabendo dessa sentença recurso algum;
V – as contas assim verificadas consideram-se vencidas desde a data da sentença que julgou o exame.
§ 2º Ainda que líquidos, não legitimam o pedido de falência os créditos que não se possam na mesma reclamar.
§ 3º - Para os efeitos desta Lei, considera-se obrigação líquida, legitimando o pedido de falência, a constante dos 
títulos executivos extrajudiciais mencionados no art. 15 da Lei n. 5.474, de 18 de julho de 1968. (Incluído pela Lei 
n. 6.458, de 1º.11.1977)”
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
5 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
Sob outro aspecto, mas ainda sobre as inconsistências do Decreto-lei 7.661/45, cumpre 
registrar que o sistema falimentar anterior possuía natureza puramente “liquidatória”, ou seja, 
tinha por único objetivo a liquidação da empresa, o fechamento de suas portas e a alienação 
de seu patrimônio. Atualmente, isso já não mais se justifica.
Com efeito, a lógica por trás da Lei 11.101/2005 é a de que o importante é buscar a recu-
peração da empresa, e não a sua liquidação, visando à manutenção da unidade produtiva, tida 
por fonte de renda, de receita tributária e de empregos (diretos e indiretos). Tanto é que, como 
já explicado, a nova lei traz, na sua introdução, o escopo de “regular a recuperação judicial, a 
extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária”.
Para além disso, o instituto da concordata – compreendida como um benefício a que os 
empresários tinham de, em um prazo de até 2 (dois) anos2, pagar as dívidas quirografárias, o 
que se fazia a partir de uma parcela no final do primeiro ano de 40% (quarenta por cento) da 
dívida e, no final do segundo ano, dos 60% (sessenta por cento) remanescentes –, ainda que 
se afeiçoasse, de uma certa forma, como um meio (rudimentar) de recuperação empresarial, 
mas estava longe de atingir o mesmo objetivo desta.
É dizer, quem podia assegurar que aquele que solicitava a instauração do procedimento de 
concordata conseguiria pagar as suas dívidas em até 2 (dois) anos?
Pois bem, como não havia tal garantia de êxito na adoção de tal medida, não se atingia, na 
maioria dos casos, o objetivo de recuperação da atividade empresarial, visto que uma empresa 
que esteja enfrentando dificuldades econômicas deve ser, em verdade, “tratada”, localizando-se 
as origens dos problemas por ela enfrentados e solucionando-os, como se doente estivesse.
A concordata correspondia, então, a “um único e amargo remédio” ministrado para “toda e 
qualquer doença” enfrentada. De modo que, quando o empresário a requeria, muitos fornece-
dores, desde logo, simplesmente encerravam as suas relações com a empresa.
Ao final do primeiro ano, inclusive, caso não houvesse o pagamento das dívidas contraí-
das, era permitido ao juiz, até mesmo de ofício, decretar a falência, podendo fazê-lo, também, 
a partir de manifestação do Ministério Público ou de outro interessado legitimado para tanto.
A concordata, assim, se apresentava como um instrumento bastante ineficaz no âmbito do 
Direito Empresarial brasileiro.
No quadro abaixo, compilamos as principais diferenças entre os institutos da extinta con-
cordata e da recuperação judicial.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS
Concordata Recuperação Judicial
2 Se optasse pelo pagamento à vista, ao devedor era concedido um desconto de 50% (cinquenta por cento) do 
valor devido.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
6 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
PRINCIPAIS DIFERENÇAS
- Sujeita apenas os credores 
quirografários;
- Limita-se à dilação de prazo para 
pagamento ou à remissão das 
dívidas;
- Depende apenas de decisão 
judicial;
- Sujeita os credores 
quirografários, os com garantia 
real, os privilegiados e os 
trabalhistas;
- O plano de recuperação judicial 
abrange diferentes meios de 
reorganização patrimonial;
- Depende de aprovação do plano 
pelos credores;
Diante do que expomos até aqui, é de se concluir, com segurança, que a Lei 11.101/2005, 
de fato, veio para trazer mudanças positivas e necessárias em relação ao diploma legal que 
até então regulava a matéria.
Não é por outro motivo que, segundo André Luiz Santa Cruz Ramos:
(...) Dentre as principais alterações trazidas pela Lei 11.101/2005 (Lei de falência e recuperação de 
empresas – LFRE), podemos citar as seguintes: (i) a substituição da ultrapassada figura da concor-
data pelo instituto da recuperação judicial; (ii) o aumento do prazo de contestação do processo de 
falência, de 24 horas para 10 dias; (iii) a exigência de que a impontualidade injustificada que embasa 
o pedido de falência seja relativo à dívida superior a 40 salários mínimos; (iv) a redução da partici-
pação do Ministério Público no processo falimentar, em razão do veto ao art. 4º; (v) alteração de 
regras relativas ao síndico, que passou a ser chamado de administrador judicial; (vi) a mudança na 
ordem de classificação dos créditos; (vii) a alteração nas regras relativas à ação revocatória; (viii) 
o fim da medida cautelar de verificação de contas; (ix) o fim do inquérito judicial para apuração de 
crime judicial; e (x) a criação da figura da recuperação extrajudicial.”3
2. ÂmbIto de ApLIcAção dA LeI 11.101/2005
Pois bem, segundo o artigo 1º da Lei em referência, tem-se a seguinte redação: “Esta Lei 
disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da 
sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.”
Disso se extrai que, além dos devedores civis – pessoas naturais insolventes que não se-
jam empresários individuais nos termos do artigo 966 do CC/20024 – também estão excluídas 
do regime falimentar as espécies de pessoas jurídicas previstas no artigo 44 da Lei Civil, à 
3 RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito empresarial / AndréLuiz Santa Cruz Ramos. – 3ª. ed. rev. e atual. – Salvador/BA: 
JusPODIVM, 2020. p. 273.
4 “Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, 
ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.”
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
7 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
exceção das empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI) e, por óbvio, das so-
ciedades empresárias (não as simples5, ou as cooperativas):
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I – as associações;
II – as sociedades;
III – as fundações.
IV – as organizações religiosas;
V – os partidos políticos.
VI – as empresas individuais de responsabilidade limitada.
Para fins de registro, salienta-se que o fato de as EIRELI não terem constado da redação 
do artigo 1º da Lei de Falências se deve apenas à precedência desta norma em relação à Lei 
12.441/2011, que alterou “a Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para permitir 
a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada”. Assim, é pacífico o enten-
dimento segundo o qual a Lei 11.101/2005 é perfeitamente aplicável às EIRELI, como pessoas 
jurídicas empresariais que são.
2.1. empresAs púbLIcAs (ep) e socIedAdes de economIA mIstA (sem)
Quanto às empresas públicas (EP) e às sociedades de economia mista (SEM), espécies de 
pessoas jurídicas de direito privado integrantes da estrutura orgânica da Administração Públi-
ca indireta (vide o artigo 4º, inciso II, alíneas ‘b’ e ‘c’, do Decreto-lei 200/676), o artigo 2º, caput 
e inciso I, da Lei de Falências estabelece que:
Art. 2º Esta Lei não se aplica a:
I – empresa pública e sociedade de economia mista;
Tal exclusão tem por fundamento, em verdade, o próprio texto Constitucional que, no inciso 
II do § 1º do art. 173, preceitua o que se segue:
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de 
suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou 
de prestação de serviços, dispondo sobre:
5 “Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade pró-
pria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.”
6 “Art. 4º A Administração Federal compreende:
(...)
II – A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
(...)
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.”
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
8 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
(...)
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e 
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
Vale dizer que a lei a que se refere o dispositivo da CF/88 em comento é a Lei 13.303/2016, 
a qual, apesar de dispor “sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de eco-
nomia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios”, nada traz quanto ao tema da falência, objeto do nosso estudo. Por tal motivo é 
que alguns doutrinadores defendem a aplicação da Lei de Falências às EP e às SEM, ainda que 
somente àquelas que têm por atividade central a exploração da atividade econômica (e não a 
prestação de serviços públicos).
2.2. socIedAdes empresárIAs sujeItAs à LIquIdAção extrAjudIcIAL
Semelhantemente ao que ocorre em relação às EP e às SEM, o artigo 2º da Lei de Falên-
cias, em seu inciso II, dispõe que:
Art. 2º Esta Lei não se aplica a:
(...)
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previ-
dência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, 
sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
Tratam-se, pois, de “agentes econômicos que atuam em mercados regulados”7, os quais, por 
possuírem diplomas normativos próprios – a exemplo da Lei 6.024/74, quanto às instituições 
financeiras, e do Decreto-lei 73/66, quanto às seguradoras –, submetem-se a um regime espe-
cial de liquidação extrajudicial que se difere dos procedimentos previstos na Lei 11.101/2005.
3. Ações judIcIAIs e competêncIA
Segundo o artigo 3º da Lei de Falências, “é competente para homologar o plano de recupera-
ção extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal 
estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil”.
Nesse cenário, importante definir que, “para fins do Direito Falimentar, o local do principal 
estabelecimento é aquele de onde partem as decisões empresariais, e não necessariamente a 
sede indicada no registro público” (Enunciado 466 da V Jornada de Direito Civil do CJF).
7 RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito empresarial / André Luiz Santa Cruz Ramos. – 3ª. ed. rev. e atual. – Salvador/BA: 
JusPODIVM, 2020. p. 276.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
9 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
4. Intervenção do mInIstérIo púbLIco
Quando da tramitação do projeto que deu origem à Lei 11.101/2005, o artigo 4º, integral-
mente vetado, previa o seguinte:
Art. 4º O representante do Ministério Público intervirá nos processos de recuperação judicial e de 
falência.
Parágrafo único. Além das disposições previstas nesta Lei, o representante do Ministério Público 
intervirá em toda ação proposta pela massa falida ou contra esta.
Dessa forma, a partir redação vigente, é possível concluir que a atuação do Ministério Pú-
blico no processo recuperacional ou falimentar se restringe a determinadas hipóteses que 
justificam a sua intervenção nos autos, a exemplo do que se observa nos artigos 22, § 4º, e 
142, § 7º:
Seção III
Do Administrador Judicial e do Comitê de Credores
(...)
Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob a fiscalização do juiz e do Comitê, além de outros 
deveres que esta Lei lhe impõe:
(...)
III – na falência:
(...)
e) apresentar, no prazo de 40 (quarenta) dias, contado da assinatura do termo de compromisso, 
prorrogável por igual período, relatório sobre as causas e circunstâncias que conduziram à situação 
de falência, no qual apontará a responsabilidade civil e penal dos envolvidos, observado o disposto 
no art. 186 desta Lei;
(...)
§ 4º Se o relatório de que trata a alínea e do inciso III do caput deste artigo apontar responsabilidade 
penal de qualquer dos envolvidos, o Ministério Público será intimado para tomar conhecimento de 
seu teor.
(...)
(...)
(...)
Art. 142. A alienação de bens dar-se-á por uma das seguintesmodalidades
(...)
§ 7º Em qualquer modalidade de alienação, o Ministério Público e as Fazendas Públicas serão inti-
mados por meio eletrônico, nos termos da legislação vigente e respeitadas as respectivas prerroga-
tivas funcionais, sob pena de nulidade.
Sobre o tema, inclusive, mencionamos importante decisão do Superior Tribunal de Justiça 
no seguinte sentido:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
10 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
COMERCIAL E PROCESSO CIVIL. PEDIDO DE FALÊNCIAAJUIZADO NA VIGÊNCIA DO DL N. 
7.661/45. INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO EM AÇÃO CONEXA ANTES DO TRÂN-
SITO EM JULGADO DA DECISÃO QUE DECRETA A QUEBRA. POSSIBILIDADE. ANULAÇÃO 
DO PROCESSO. DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO. NECESSIDADE.
1. Na vigência do DL 7.661/45 era possível a intervenção do Ministério Público durante 
todo o procedimento de quebra, inclusive em sua fase pré-falimentar, alcançando também 
as ações conexas.
2. Com o advento da Lei 11.101/05, houve sensível alteração desse panorama, sobretudo 
ante a constatação de que o número excessivo de intervenções do Ministério Público 
vinha assoberbando o órgão e embaraçando o trâmite das ações falimentares. Diante 
disso, vetou-se o art. 4º da Lei 11.101/05, que mantinha a essência do art. 210 do DL 
7.661/45, ficando a atuação do Ministério Público, atualmente, restrita às hipóteses 
expressamente previstas em lei.”
(Cf. REsp 1.230.431/SP, Terceira Turma, da relatoria da ministra Nancy Andrighi, DJe 
18/11/2011.)
5. ApLIcAção subsIdIárIA do códIgo de processo cIvIL (LeI 13.105/2015)
Sobre o assunto, os artigos 189 a 191 da Lei 11.105/2005, com a redação dada pela recen-
tíssima Lei 14.112/2020, nos ensinam que:
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 189. Aplica-se, no que couber, aos procedimentos previstos nesta Lei, o disposto na Lei n. 13.105, 
de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), desde que não seja incompatível com os princí-
pios desta Lei. (Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)
§ 1º Para os fins do disposto nesta Lei: (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)
I – todos os prazos nela previstos ou que dela decorram serão contados em dias corridos; e (Incluído 
pela Lei n. 14.112, de 2020)
II – as decisões proferidas nos processos a que se refere esta Lei serão passíveis de agravo de ins-
trumento, exceto nas hipóteses em que esta Lei previr de forma diversa. (Incluído pela Lei n. 14.112, 
de 2020)
§ 2º Para os fins do disposto no art. 190 da Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo 
Civil), a manifestação de vontade do devedor será expressa e a dos credores será obtida por maioria, 
na forma prevista no art. 42 desta Lei. (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)
Art. 189-A. Os processos disciplinados nesta Lei e os respectivos recursos, bem como os proces-
sos, os procedimentos e a execução dos atos e das diligências judiciais em que figure como parte 
empresário individual ou sociedade empresária em regime de recuperação judicial ou extrajudicial 
ou de falência terão prioridade sobre todos os atos judiciais, salvo o habeas corpus e as prioridades 
estabelecidas em leis especiais. (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
11 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
Art. 190. Todas as vezes que esta Lei se referir a devedor ou falido, compreender-se-á que a disposi-
ção também se aplica aos sócios ilimitadamente responsáveis.
Art. 191. Ressalvadas as disposições específicas desta Lei, as publicações ordenadas serão feitas 
em sítio eletrônico próprio, na internet, dedicado à recuperação judicial e à falência, e as intimações 
serão realizadas por notificação direta por meio de dispositivos móveis previamente cadastrados e 
autorizados pelo interessado. (Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)”
Ressalta-se que a mencionada Lei do ano de 2020 trouxe uma solução digna a complica-
ções que até então se observavam em relação a determinados pontos da aplicação subsidiá-
ria do CPC à Lei de Falências, sobretudo quanto à espécie recursal adequada à impugnação 
das decisões interlocutórias proferidas nos processos falimentares (agravo de instrumento), 
bem assim quanto à forma adequada de contagem dos prazos previstos na Lei, isto é, se em 
dias corridos ou em dias úteis, apenas (cf., oportunamente, as decisões proferidas nos REsp 
1.698.283/GO, 1.699.528/MG e 1.772.866/MT).
6. sujeItos e FIgurAs envoLvIdAs no processo FALImentAr
6.1. o AdmInIstrAdor judIcIAL
Segundo o disposto no artigo 21 da Lei de Falências, tem-se que o administrador judicial é 
um profissional idôneo, “preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas 
ou contador, ou pessoa jurídica especializada”.
Trata-se, pois, do síndico da falência – nomenclatura adotada em diversos pontos da Lei 
11.101/2005 –, uma figura de destaque no processo falimentar e que atua como auxiliar do 
Juízo em diversos aspectos e como representante legal da massa falida.
Quando o administrador judicial é uma pessoa jurídica especializada, o p. único do artigo 
supra preceitua que deverá ser declarado “o nome de profissional responsável pela condução 
do processo de falência ou de recuperação judicial, que não poderá ser substituído sem autori-
zação do juiz”.
Conforme o disposto no artigo 25, o administrador judicial deve ser remunerado pelos ser-
viços prestados, seja pelo devedor (em caso de recuperação judicial), seja pela massa falida 
(em caso de falência). Vale ressaltar que, havendo a contratação de pessoas para auxiliá-lo 
no desempenho de suas atribuições, essas também deverão ser remuneradas com quantias 
fixadas pelo juiz, de acordo com critérios que envolvem “a complexidade dos trabalhos a serem 
executados e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes” 
(art. 21, § 1º).
Acerca dos critérios de fixação do valor da remuneração percebida pelo síndico, o artigo 24 
e seus §§ nos dizem o seguinte:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
12 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
Art. 24. O juiz fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração do administrador judicial, ob-
servados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores 
praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes.
§ 1º Em qualquer hipótese, o total pago ao administrador judicial não excederá 5% (cinco por cento) 
do valor devido aos credores submetidos à recuperação judicial ou do valor de venda dos bens na 
falência.
§ 2º Será reservado 40% (quarenta por cento) do montante devido ao administrador judicial para 
pagamento após atendimento do previsto nos arts. 154 e 155 desta Lei.
§ 3º O administrador judicial substituído será remunerado proporcionalmente ao trabalho realizado, 
salvo se renunciar sem relevante razão ou for destituído de suas funções por desídia, culpa, dolo ou 
descumprimento das obrigações fixadas nesta Lei, hipóteses em que não terá direito à remunera-
ção.
§ 4º Também não terá direito a remuneração o administradorque tiver suas contas desaprovadas.
§ 5º A remuneração do administrador judicial fica reduzida ao limite de 2% (dois por cento), no caso 
de microempresas e de empresas de pequeno porte, bem como na hipótese de que trata o art. 70-A 
desta Lei.
Salienta-se que o artigo 154, mencionado no § 2º acima colacionado, diz respeito à apre-
sentação das contas (relatório final) do administrador judicial ao juiz (no prazo de 30 dias). 
O artigo 155, também mencionado, foi revogado. O artigo 156, por seu turno, estabelece que 
“apresentado o relatório final, o juiz encerrará a falência por sentença”, da qual cabe recurso de 
apelação (§ 6º do art. 154).
Por fim, cumpre registrar o rol de competências do administrador judicial, cuja leitura e 
compreensão são de grande importância para provas do Exame da OAB e concursos públicos 
afins. A partir da redação do caput do artigo 22, percebemos que o rol de atribuições, conquan-
to extenso, não é exaustivo (taxativo):
Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob a fiscalização do juiz e do Comitê, além de outros 
deveres que esta Lei lhe impõe:
I – na recuperação judicial e na falência:
a) enviar correspondência aos credores constantes na relação de que trata o inciso III do caput do 
art. 51, o inciso III do caput do art. 99 ou o inciso II do caput do art. 105 desta Lei, comunicando a 
data do pedido de recuperação judicial ou da decretação da falência, a natureza, o valor e a classifi-
cação dada ao crédito;
b) fornecer, com presteza, todas as informações pedidas pelos credores interessados;
c) dar extratos dos livros do devedor, que merecerão fé de ofício, a fim de servirem de fundamento 
nas habilitações e impugnações de créditos;
d) exigir dos credores, do devedor ou seus administradores quaisquer informações;
e) elaborar a relação de credores de que trata o § 2º do art. 7º desta Lei;
f) consolidar o quadro-geral de credores nos termos do art. 18 desta Lei;
g) requerer ao juiz convocação da assembleia-geral de credores nos casos previstos nesta Lei ou 
quando entender necessária sua ouvida para a tomada de decisões;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
13 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
h) contratar, mediante autorização judicial, profissionais ou empresas especializadas para, quando 
necessário, auxiliá-lo no exercício de suas funções;
i) manifestar-se nos casos previstos nesta Lei;
j) estimular, sempre que possível, a conciliação, a mediação e outros métodos alternativos de solu-
ção de conflitos relacionados à recuperação judicial e à falência, respeitados os direitos de terceiros, 
na forma do § 3º do art. 3º da Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil); 
(Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)
k) manter endereço eletrônico na internet, com informações atualizadas sobre os processos de 
falência e de recuperação judicial, com a opção de consulta às peças principais do processo, salvo 
decisão judicial em sentido contrário; (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)
l) manter endereço eletrônico específico para o recebimento de pedidos de habilitação ou a apresen-
tação de divergências, ambos em âmbito administrativo, com modelos que poderão ser utilizados 
pelos credores, salvo decisão judicial em sentido contrário; (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)
m) providenciar, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, as respostas aos ofícios e às solicitações 
enviadas por outros juízos e órgãos públicos, sem necessidade de prévia deliberação do juízo;
II – na recuperação judicial:
a) fiscalizar as atividades do devedor e o cumprimento do plano de recuperação judicial;
b) requerer a falência no caso de descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação;
c) apresentar ao juiz, para juntada aos autos, relatório mensal das atividades do devedor, fiscalizan-
do a veracidade e a conformidade das informações prestadas pelo devedor; (Redação dada pela Lei 
n. 14.112, de 2020)
d) apresentar o relatório sobre a execução do plano de recuperação, de que trata o inciso III do caput 
do art. 63 desta Lei;
e) fiscalizar o decurso das tratativas e a regularidade das negociações entre devedor e credores; 
(Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)
f) assegurar que devedor e credores não adotem expedientes dilatórios, inúteis ou, em geral, prejudi-
ciais ao regular andamento das negociações; (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)
g) assegurar que as negociações realizadas entre devedor e credores sejam regidas pelos termos 
convencionados entre os interessados ou, na falta de acordo, pelas regras propostas pelo adminis-
trador judicial e homologadas pelo juiz, observado o princípio da boa-fé para solução construtiva de 
consensos, que acarretem maior efetividade econômico-financeira e proveito social para os agentes 
econômicos envolvidos; (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)
h) apresentar, para juntada aos autos, e publicar no endereço eletrônico específico relatório men-
sal das atividades do devedor e relatório sobre o plano de recuperação judicial, no prazo de até 15 
(quinze) dias contado da apresentação do plano, fiscalizando a veracidade e a conformidade das 
informações prestadas pelo devedor, além de informar eventual ocorrência das condutas previstas 
no art. 64 desta Lei; (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)
III – na falência:
a) avisar, pelo órgão oficial, o lugar e hora em que, diariamente, os credores terão à sua disposição 
os livros e documentos do falido;
b) examinar a escrituração do devedor;
c) relacionar os processos e assumir a representação judicial e extrajudicial, incluídos os processos 
arbitrais, da massa falida; (Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
14 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
d) receber e abrir a correspondência dirigida ao devedor, entregando a ele o que não for assunto de 
interesse da massa;
e) apresentar, no prazo de 40 (quarenta) dias, contado da assinatura do termo de compromisso, 
prorrogável por igual período, relatório sobre as causas e circunstâncias que conduziram à situação 
de falência, no qual apontará a responsabilidade civil e penal dos envolvidos, observado o disposto 
no art. 186 desta Lei;
f) arrecadar os bens e documentos do devedor e elaborar o auto de arrecadação, nos termos dos 
arts. 108 e 110 desta Lei;
g) avaliar os bens arrecadados;
h) contratar avaliadores, de preferência oficiais, mediante autorização judicial, para a avaliação dos 
bens caso entenda não ter condições técnicas para a tarefa;
i) praticar os atos necessários à realização do ativo e ao pagamento dos credores;
j) proceder à venda de todos os bens da massa falida no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, 
contado da data da juntada do auto de arrecadação, sob pena de destituição, salvo por impossibi-
lidade fundamentada, reconhecida por decisão judicial; (Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)
l) praticar todos os atos conservatórios de direitos e ações, diligenciar a cobrança de dívidas e dar 
a respectiva quitação;
m) remir, em benefício da massa e mediante autorização judicial, bens apenhados, penhorados ou 
legalmente retidos;
n) representar a massa falida em juízo, contratando, se necessário, advogado, cujos honorários se-
rão previamente ajustados e aprovados pelo Comitê de Credores;
o) requerer todas as medidas e diligências que forem necessárias para o cumprimento destaLei, a 
proteção da massa ou a eficiência da administração;
p) apresentar ao juiz para juntada aos autos, até o 10º (décimo) dia do mês seguinte ao vencido, 
conta demonstrativa da administração, que especifique com clareza a receita e a despesa;
q) entregar ao seu substituto todos os bens e documentos da massa em seu poder, sob pena de 
responsabilidade;
r) prestar contas ao final do processo, quando for substituído, destituído ou renunciar ao cargo.
s) arrecadar os valores dos depósitos realizados em processos administrativos ou judiciais nos 
quais o falido figure como parte, oriundos de penhoras, de bloqueios, de apreensões, de leilões, de 
alienação judicial e de outras hipóteses de constrição judicial, ressalvado o disposto nas Leis nos 
9.703, de 17 de novembro de 1998, e 12.099, de 27 de novembro de 2009, e na Lei Complementar n. 
151, de 5 de agosto de 2015. (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)
6.2. o comItê de credores
O comitê de credores, órgão não obrigatório no processo falimentar, possui as seguintes 
atribuições, além de outras previstas na Lei 11.101/2005:
I – na recuperação judicial e na falência:
a) fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador judicial;
b) zelar pelo bom andamento do processo e pelo cumprimento da lei;
c) comunicar ao juiz, caso detecte violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos credores;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
15 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
d) apurar e emitir parecer sobre quaisquer reclamações dos interessados;
e) requerer ao juiz a convocação da assembleia-geral de credores;
f) manifestar-se nas hipóteses previstas nesta Lei;
II – na recuperação judicial:
a) fiscalizar a administração das atividades do devedor, apresentando, a cada 30 (trinta) dias, rela-
tório de sua situação;
b) fiscalizar a execução do plano de recuperação judicial;
c) submeter à autorização do juiz, quando ocorrer o afastamento do devedor nas hipóteses previs-
tas nesta Lei, a alienação de bens do ativo permanente, a constituição de ônus reais e outras garan-
tias, bem como atos de endividamento necessários à continuação da atividade empresarial durante 
o período que antecede a aprovação do plano de recuperação judicial.
(Art. 27 da Lei de Falências)
Devido à sua natureza facultativa, entende-se que, “não havendo Comitê de Credores, ca-
berá ao administrador judicial ou, na incompatibilidade deste, ao juiz exercer suas atribuições” 
(Art. 28).
Nesse sentido, de acordo com o artigo 99, inciso XII, uma das faculdades reconhecidas 
ao juiz responsável pela condução do processo é justamente a de determinar, na sentença 
que decreta a falência do devedor, “quando entender conveniente, a convocação da assem-
bleia-geral de credores para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar a 
manutenção do Comitê eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da 
decretação da falência”.
Sobre os membros, impende pontuar que o Comitê deve ser “constituído por deliberação 
de qualquer das classes de credores na assembleia-geral” (Art. 26.), sendo a sua composição 
a seguinte (incisos I a IV):
I – 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 (dois) suplentes;
II – 1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia ou privilé-
gios especiais, com 2 (dois) suplentes;
III – 1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografários e com privilégios gerais, 
com 2 (dois) suplentes.
IV – 1 (um) representante indicado pela classe de credores representantes de microempresas e 
empresas de pequeno porte, com 2 (dois) suplentes.
Desse modo, conclui-se que o Comitê funciona com 4 (quatro) membros, em regra, na 
medida em que “a falta de indicação de representante por quaisquer das classes não prejudi-
cará a constituição do Comitê, que poderá funcionar com número inferior ao previsto no caput 
deste artigo” (§ 1º do Art. 26).
Sobre o desempenho das atribuições, é importante dizer que, ao contrário do que ocorre 
com o administrador judicial, “os membros do Comitê não terão sua remuneração custeada 
pelo devedor ou pela massa falida, mas as despesas realizadas para a realização de ato pre-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
16 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
visto nesta Lei, se devidamente comprovadas e com a autorização do juiz, serão ressarcidas 
atendendo às disponibilidades de caixa” (Art. 29).
À derradeira, cumpre acentuar que as decisões pelo Comitê de credores são tomadas por 
maioria, devendo também “ser consignadas em livro de atas, rubricado pelo juízo, que ficará 
à disposição do administrador judicial, dos credores e do devedor” (§ 1º do Art. 27). Nada 
obstante, “caso não seja possível a obtenção de maioria em deliberação do Comitê, o impasse 
será resolvido pelo administrador judicial ou, na incompatibilidade deste, pelo juiz” (§ 2º desse 
mesmo artigo).
6.3. destItuIção e responsAbILIzAção do AdmInIstrAdor judIcIAL e dos 
membros do comItê de credores
Sobre o afastamento das funções das quais tratamos nos tópicos antecedentes, o artigo 
31 da Lei de Falência estabelece que “o juiz, de ofício ou a requerimento fundamentado de 
qualquer interessado, poderá determinar a destituição do administrador judicial ou de quais-
quer dos membros do Comitê de Credores quando verificar desobediência aos preceitos desta 
Lei, descumprimento de deveres, omissão, negligência ou prática de ato lesivo às atividades do 
devedor ou a terceiros”.
Portanto, a destituição pode ocorrer por motivos de:
Desobediência aos preceitos da Lei;
Descumprimento de deveres;
Omissão;
Negligência;
Prática de ato lesivo às atividades do devedor ou a terceiros.
Importante dizer também que, ao proceder de tal forma, deve o juiz, no próprio ato de desti-
tuição, nomear novo administrador judicial ou convocar os suplentes para recompor o Comitê 
(§ 1º). Na falência, caso a destituição ocorra em face do administrador judicial, deverá o subs-
tituído apresentar relatório – prestar contas – acerca de sua atuação até aquele momento, no 
prazo de 10 (dez) dias (§ 2º do art. 31), nos mesmos moldes do que ocorreria caso desempe-
nhasse regularmente o seu papel até o final do processo (isto é, nos termos do art. 154).
Lado outro, acerca da eventual responsabilização (subjetiva) pelos atos praticados, o ar-
tigo 32 da Lei 11.101/2005 dispõe que “o administrador judicial e os membros do Comitê res-
ponderão pelos prejuízos causados à massa falida, ao devedor ou aos credores por dolo ou 
culpa, devendo o dissidente em deliberação do Comitê consignar sua discordância em ata para 
eximir-se da responsabilidade”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
17 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
6.4. A AssembLeIA-gerAL de credores
Para encerrarmos, estudaremos um dos mais importantes – e recorrentemente cobrados 
– órgãos presentes nos processos falimentares, qual seja, a Assembleia-geral de credores, 
prevista nos artigos 35 a 46 da Lei 11.101/2005.De início, devemos registrar que o artigo 41 da Lei de Falências nos traz as diferentes clas-
ses de credores que compõem a Assembleia-geral, a saber:
I – titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho;
II – titulares de créditos com garantia real;
III – titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordina-
dos.
IV – titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte.
Nesse ponto, há de se observar que um mesmo credor pode figurar em mais de uma classe 
no âmbito da Assembleia-geral, seja em razão das distintas naturezas dos créditos dos quais 
eventualmente é titular, seja por ocasião dos montantes aos quais tem direito. Prova disso é 
que o § 2º do artigo 41 dispõe que “os titulares de créditos com garantia real votam com a clas-
se prevista no inciso II do caput deste artigo até o limite do valor do bem gravado e com a classe 
prevista no inciso III do caput deste artigo pelo restante do valor de seu crédito”. Perceberam a 
diferença?
Sobre a competência deliberativa da Assembleia-geral, por seu turno, o artigo 35 dispõe 
o seguinte:
Art. 35. A assembleia-geral de credores terá por atribuições deliberar sobre:
I – na recuperação judicial:
a) aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor;
b) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição;
(...)
d) o pedido de desistência do devedor, nos termos do § 4º do art. 52 desta Lei;
e) o nome do gestor judicial, quando do afastamento do devedor;
f) qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores;
g) alienação de bens ou direitos do ativo não circulante do devedor, não prevista no plano de recupe-
ração judicial; (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)
II – na falência:
(...)
b) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição;
c) a adoção de outras modalidades de realização do ativo, na forma do art. 145 desta Lei;
d) qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
18 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
A respeito do quórum necessário às decisões em Assembleia-geral, podemos afirmar que, 
a priori, estão são consideradas aprovadas quando obtidos votos favoráveis dos credores que 
representam “mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembleia-geral” (Art. 
42), sendo que a regra supra não aplicável, porém, às deliberações que envolvam:
a) Aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação 
judicial;
b) Composição do Comitê de Credores;
c) Forma alternativa de realização do ativo;
Sobre as decisões acerca do plano de recuperação judicial, “todas as classes de credores 
referidas no art. 41 desta Lei deverão aprovar a proposta” (Art. 45). As regras específicas para 
as votações em cada uma das 4 (quatro) classes de credores estão delineadas nos §§ desse 
mesmo artigo8.
Sob outro aspecto, tem-se que, “na escolha dos representantes de cada classe no Comitê 
de Credores, somente os respectivos membros poderão votar” (Art. 44).
Por fim, caso a deliberação diga respeito à aprovação de forma alternativa de realização 
do ativo na falência (prevista no art. 145 da Lei), o artigo 46 estabelece que a sua aprovação 
“dependerá do voto favorável de credores que representem 2/3 (dois terços) dos créditos pre-
sentes à assembleia”.
Sobre a força das deliberações tomadas em Assembleia-geral de credores, é pacífico o 
entendimento segundo o qual, conquanto sejam soberanas – isto é, imunes à análise e inter-
ferência / modificação meritória por parte do Poder Judiciário –, submetem-se a um controle 
de legalidade, tal como ocorre, por exemplo, com os atos administrativos discricionários prati-
cados no âmbito da Administração Pública (não passíveis de revogação, mas tão somente de 
anulação).
Sobre o tema, inclusive já se manifestou o STJ no sentido de que “a assembleia de credo-
res é soberana em suas decisões quanto aos planos de recuperação judicial. Contudo, as de-
liberações desse plano estão sujeitas aos requisitos de validade dos atos jurídicos em geral, 
requisitos esses que estão sujeitos a controle judicial” (cf. REsp 1.314.209/SP, Terceira Turma, 
da relatoria da ministra Nancy Andrighi, DJe 1º/06/2012).
Apenas para expandir a sua noção acerca do assunto, sugerimos também a leitura dos 
Enunciados 44 a 46 da I Jornada de Direito Comercial do CJF, redigidos nos seguintes termos:
8 “§ 1º Em cada uma das classes referidas nos incisos II e III do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada por credores 
que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembleia e, cumulativamente, pela maioria simples 
dos credores presentes.
§ 2º Nas classes previstas nos incisos I e IV do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada pela maioria simples dos credo-
res presentes, independentemente do valor de seu crédito. (Redação dada pela Lei Complementar n. 147, de 2014)
§ 3º O credor não terá direito a voto e não será considerado para fins de verificação de quórum de deliberação se o plano de 
recuperação judicial não alterar o valor ou as condições originais de pagamento de seu crédito.”
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
19 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
Enunciado 44 – A homologação de plano de recuperação judicial aprovado pelos credores está su-
jeita ao controle judicial de legalidade.
Enunciado 45 – O magistrado pode desconsiderar o voto de credores ou a manifestação de vontade 
do devedor, em razão de abuso de direito.
Enunciado 46 – Não compete ao juiz deixar de conceder a recuperação judicial ou de homologar a 
extrajudicial com fundamento na análise econômico-financeira do plano de recuperação aprovado 
pelos credores.”
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
20 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (2017/FCC/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – DIREITO) 
Conforme alerta Fábio Ulhôa Coelho, na obra Comentários à Nova Lei de Falências e de Recu-
peração de Empresas − Lei n. 11.101, de 9/2/2005 (Editora Saraiva, p. 24/25) A crise fatal de 
uma grande empresa significa o fim de postos de trabalho, desabastecimento de produtos ou 
serviços, diminuição na arrecadação de impostos e, dependendo das circunstâncias, paralisa-
ção de atividades satélites e problemas sérios para a economia local, regional ou, até mesmo, 
nacional. Por isso, muitas vezes o direito se ocupa em criar mecanismos jurídicos e judiciais de 
recuperação da empresa (...). No Brasil, a nova Lei de Falências introduziu o procedimento da 
recuperação das empresas, em substituição à concordata. Contudo, como bem destaca o au-
tor, “nem todo aquele que exerce atividade econômica empresarial encontra-se sujeito à nova 
Lei de Falências.” Nesse sentido, estão excluídas do procedimento de recuperação judicial
a) as Empresas públicas e sociedades deeconomia mista, que também não se sujeitam 
à falência.
b) as Sociedades anônimas, eis que se submetem apenas a procedimento de liquidação judicial.
c) a Instituição financeira, sujeita a Regime de Administração Especial Temporária − RAET, que 
precede a decretação da falência.
d) a Sociedade de previdência complementar, a qual, embora não excluída da falência, possui 
procedimento de recuperação específico, consistente em intervenção pelo órgão regulador.
e) a Cooperativa de crédito, salvo se constituída na forma de sociedade de capitalização.
002. (2015/FCC/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) A empresa “PESCADO PURO LTDA.” formulou pe-
dido de recuperação judicial, apresentando plano que previa o pagamento de todas as suas 
dívidas em 60 (sessenta) parcelas mensais e sucessivas, vencendo-se a primeira no dia da 
concessão da recuperação e as demais no mesmo dia dos meses subsequentes. Regularmen-
te aprovado o plano pela assembleia-geral de credores, a recuperação foi concedida pelo juiz. 
Porém, depois de pontualmente adimplidas as trinta primeiras parcelas, a devedora não conse-
guiu honrar com as demais, por dificuldades de fluxo de caixa. Nesse caso, o descumprimento 
das obrigações assumidas no plano
a) não autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, mas pode justificar novo 
pedido de falência.
b) autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, que pode ser decretada de ofício.
c) autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, desde que requerida por qual-
quer credor.
d) autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, desde que requerida pelo admi-
nistrador judicial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
21 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
e) não autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, mas apenas a execução in-
dividual pelos credores.
003. (2015/FCC/TJ-PE/JUIZ SUBSTITUTO) A Lei n. 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, que 
disciplina a falência, a recuperação judicial e a recuperação extrajudicial, aplica-se
a) às instituições financeiras privadas, mas não às públicas.
b) aos consórcios.
c) tanto às sociedades empresárias quanto aos empresários individuais.
d) às sociedades de economia mista.
e) às empresas públicas.
004. (2014/FCC/MPE-PE/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Acerca dos processos de falência e de 
recuperação judicial, é correto afirmar:
a) Tanto na falência quanto na recuperação judicial, o juiz poderá nomear pessoa jurídica es-
pecializada para o exercício das funções de Administrador Judicial, não sendo obrigatória a 
nomeação de pessoal natural para o cargo.
b) O Administrador Judicial poderá ser destituído por deliberação da Assembleia-Geral de Cre-
dores, desde que obtida maioria em todas as classes de credores.
c) Destituído o Administrador Judicial, compete ao Ministério Público o exercício das suas 
atribuições até a nomeação do substituto.
d) O Administrador Judicial substituído sempre será remunerado proporcionalmente ao traba-
lho realizado, mesmo se renunciar injustificadamente ou for destituído de suas funções por 
desídia, culpa, dolo ou descumprimento das suas obrigações.
e) Na falência, o Administrador Judicial não poderá, sem autorização judicial, transigir sobre 
obrigações e direitos da massa falida e conceder abatimento de dívidas, salvo se estas forem 
consideradas de difícil recebimento.
005. (2005/FCC/TCE-MA/PROCURADOR) Sociedades que NÃO estão sujeitas ao regime fali-
mentar previsto na Lei n. 11.101/05:
a) cooperativas de consumo e companhias privadas concessionárias de serviço público.
b) companhias prestadoras de serviços médico-hospitalares e sociedades prestadoras de ser-
viços educacionais.
c) fundações públicas e companhias privadas concessionárias de transporte.
d) sociedades de arrendamento mercantil e sociedades administradoras de cartões de crédito.
e) empresas públicas e sociedades de economia mista.
006. (2020/CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) Acerca de assun-
tos relativos ao direito empresarial, julgue o item a seguir.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
22 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
A falência incide tanto sobre a sociedade empresária regular quanto sobre o empresário de 
fato, mas a recuperação judicial beneficia somente os que pratiquem a atividade empresarial 
conforme a lei.
007. (2019/CESPE/CGE-CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO - ÁREA DE CORREIÇÃO) A 
decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial acarreta
a) a conexão das ações ao foro cível da ação principal.
b) a interrupção do curso da prescrição em relação ao devedor.
c) o prosseguimento de ações contra o devedor no juízo onde estiver se processando deman-
da por quantia ilíquida.
d) a suspensão das ações ajuizadas contra o devedor, por dois anos.
e) a prevenção da jurisdição criminal relativa ao mesmo devedor.
008. (2018/CESPE/MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL – ÁREA PROCESSUAL) Acerca dos di-
reitos do consumidor e da falência e recuperação judicial, julgue o item que se segue.
De acordo com a legislação que rege a falência e a recuperação judicial, o Ministério Público 
possui legitimidade para apresentar ao magistrado impugnação contra a relação de credores, 
oportunidade em que pode apontar a ausência de qualquer crédito ou se manifestar contra a 
legitimidade, a importância ou a classificação de determinado crédito.
009. (2018/CESPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL) Julgue o item se-
guinte, relativos a institutos complementares do direito empresarial, teoria geral dos títulos de 
crédito, responsabilidade dos sócios, falência e recuperação empresarial.
A sentença que decreta a falência ou concede a recuperação judicial é condição objetiva de 
punibilidade das infrações penais previstas na Lei de Recuperação de Empresas.
010. (2018/CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA) Diversas modificações fo-
ram feitas na Lei de Recuperação Judicial — Lei n. 11.101/2005 —, entre elas, o fim da su-
cessão empresarial e a busca pela preservação da empresa. Com referência ao disposto na 
referida norma e em suas alterações, julgue o item a seguir.
O trespasse constitui uma das formas de se buscar a preservação da empresa.
011. (2018/CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA) Diversas modificações fo-
ram feitas na Lei de Recuperação Judicial — Lei n. 11.101/2005 —, entre elas, o fim da su-
cessão empresarial e a busca pela preservação da empresa. Com referência ao disposto na 
referida norma e em suas alterações, julgue o item a seguir.
A regra da impossibilidade de sucessão empresarial também se aplica a empresas que não 
estejam em crise econômico-financeira.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
23 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
012. (2017/CESPE/PGE-SE/PROCURADOR DO ESTADO) No que se refere ao direito falimen-
tar, é correto afirmar que
a) o juízo competente para julgar o pedido de falência é o do local do domicílio do credor.
b) a sentença declaratória é pressuposto material objetivo da falência.
c) cabe ao juiz analisarse o empresário se encontra em estado de insolvência.
d) as sociedades cooperativas estão sujeitas à falência.
e) o sujeito ativo da falência deverá ser, necessariamente, empresário.
013. (2014/CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO – CONSULTOR 
LEGISLATIVO ÁREA VII) A respeito do direito falimentar, julgue o item que se segue.
Por não ter caráter terminativo, a sentença que julgar procedente a ação revocatória, deter-
minando o retorno dos bens objetos da ação à massa falida, poderá ser atacada pela via do 
agravo de instrumento.
014. (2014/CESPE/TCE-PB/PROCURADOR) Com referência a recuperação judicial e falência, 
assinale a opção correta.
a) O falido que for condenado por crime falimentar, ainda que culposo, sofrerá também a pena 
acessória de inabilitação empresarial.
b) O pedido de falência por parte de um credor impede o devedor de obter o benefício da recu-
peração judicial.
c) A prévia condenação de algum dos sócios por crime tipificado na lei que dispõe sobre falên-
cia e recuperação judicial e extrajudicial é impeditiva da concessão do benefício da recupera-
ção judicial à empresa.
d) O comitê de credores não é órgão obrigatório nos processos de falência e recuperação, po-
dendo suas funções ser exercidas pelo administrador judicial.
e) Os contratos do devedor falido extinguem-se em razão da decretação da falência.
015. (2014/CESPE/MPE-AC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) No que se refere à atuação do MP no 
processo de falência e recuperação judicial, assinale a opção correta.
a) O MP assume a legitimidade para a propositura da ação revocatória de atos do falido ape-
nas se, no prazo de três anos, não a propuserem a própria massa falida ou os credores
b) A lei falimentar não prevê a participação obrigatória do MP na fase pré-falimentar do processo.
c) É desnecessária a intimação pessoal do MP caso a alienação dos bens do ativo do falido se 
faça na forma de propostas fechadas, bastando intimação posterior à abertura das propostas.
d) O MP não pode, a fim de apontar crédito não incluído, apresentar impugnação à primeira 
relação de credores preparada pelo administrador, visto que, de acordo com previsão legal, a 
legitimidade é exclusiva do credor.
e) O MP não tem legitimidade para recorrer da decisão que defira o processamento do pedido 
de recuperação judicial
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
24 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
016. (2013/CESPE/ANCINE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ATIVIDADE CINEMATOGRÁ-
FICA E AUDIOVISUAL – ÁREA 3) A respeito da recuperação de empresa e falência, julgue os 
itens seguintes.
Em razão de abuso de direito, o magistrado pode desconsiderar o voto de credores ou a mani-
festação de vontade do devedor.
017. (2013/CESPE/BACEN/PROCURADOR) No que se refere à recuperação e à falência, as-
sinale a opção correta.
a) As multas tributárias estão entre os créditos que gozam de preferência na falência.
b) A recuperação extrajudicial de instituições financeiras é de interesse público, por isso pode 
ser decretada de ofício pelo BACEN, a requerimento dos administradores da instituição finan-
ceira ou por acolhida aos motivos justificadores da medida propostos pelo interventor.
c) A distinção entre empresário regular e irregular é irrelevante em matéria de tratamento legal 
quando se trata de falência ou de recuperação.
d) O beneficiário do título cambial avalizado pode habilitar seu crédito na falência e, concomi-
tantemente, promover a execução em relação ao avalista.
e) A ordem de preferência dos credores é a mesma na recuperação judicial e na falência, não 
podendo ser alterada por acordo entre devedor e credores.
018. (2013/CESPE/TJ-RR/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS) Com rela-
ção à recuperação judicial, à extrajudicial e à falência do empresário e da sociedade empresá-
ria, assinale a opção correta.
a) Compete ao juízo falimentar deixar de conceder, com fundamento na análise econômico-
-financeira do plano de recuperação aprovado pelos credores, a recuperação judicial ou a sua 
homologação extrajudicial.
b) A responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada, dos controladores e 
dos administradores da sociedade falida, estabelecida nas respectivas leis, será apurada no 
próprio juízo da falência, independentemente da realização do ativo e da prova da sua insu-
ficiência para cobrir o passivo, aplicando-se aos casos de desconsideração da personalida-
de jurídica.
c) O deferimento do processamento da recuperação judicial enseja o cancelamento da negati-
vação do nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito e nos tabelionatos de protestos.
d) A extensão dos efeitos da falência a outras pessoas jurídicas e físicas confere legitimidade 
à massa falida para figurar nos polos ativo e passivo das ações nas quais figurem os atingidos 
pela falência.
e) A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial sus-
pende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor e dos seus 
coobrigados.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
25 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
019. (2013/CESPE/SERPRO/ANALISTA – ADVOCACIA) Julgue os itens a seguir, referentes 
à falência.
Sobre os administradores da sociedade limitada recairão os deveres impostos pela lei falimen-
tar no caso de falência, não sendo cabível nenhuma restrição à pessoa dos sócios que não 
sejam administradores da sociedade.
020. (2013/CESPE/TELEBRÁS/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES – 
ADVOGADO) Com base nas disposições da Lei n. 11.101/2005, julgue os itens a seguir.
A homologação do plano de recuperação extrajudicial, o deferimento da recuperação judicial 
ou a decretação de falência compete ao juízo do local da sede do empresário, da sociedade 
empresária ou da filial de empresa, no caso de a sede localizar-se fora do Brasil.
021. (2013/CESPE/TRF - 2ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL) A Lei n. o 11.101/2005, que regula as 
recuperações judicial e extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, 
se aplicaria
a) a uma empresa pública, como a ECT.
b) a um indivíduo qualquer que, conforme o Código Civil, se enquadre no conceito de empresário.
c) a uma instituição financeira, como o Banco do Brasil S.A.
d) a uma entidade de previdência complementar operadora de planos de saúde.
e) a uma empresa de economia mista, como a PETROBRAS.
022. (2012/CESPE/ANAC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL – ÁREA 5) 
Julgue o item seguinte, relativo à falência e à recuperação judicial.
Uma vez que a relação de credores com direito a voto na Assembleia-Geral de Credores pode 
sofrer alterações no decorrer da recuperação judicial ou falência, a lei estabelece que as delibe-
rações não serão invalidadas em razão de posterior decisão judicial modificadora da condição 
de credor.
023. (2011/CESPE/EBC/ANALISTA – ADVOCACIA) Julgue o item abaixo, acerca da falência.
A lei que regula as recuperações judicial e extrajudicial e a falência do empresário e da socie-
dade empresária não se aplica às sociedades seguradoras.
024. (2010/CESPE/CAIXA/ADVOGADO) Assinale a opção correta no que concerne a recupe-
ração judicial, extrajudicial e falência do empresário e da sociedade empresária.
a) No rol das ações excluídas do juízo universal da falência, estão aquelas não reguladas na lei 
falimentar em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo.b) As ações de execução fiscal serão suspensas em razão do deferimento da recuperação 
judicial da sociedade empresária devedora.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
26 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
c) No processamento de recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários derivados 
da relação de trabalho não têm direito a voto nas deliberações da assembleia-geral de credores.
d) O administrador judicial deve ser, necessariamente, uma pessoa física que atue no ramo do 
direito, administração de empresas ou economia.
e) A lei admite que a sociedade empresária devedora requeira sua recuperação judicial desde 
que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de um ano.
025. (2008/CESPE/PGE-PI/PROCURADOR DO ESTADO) Com relação à cobrança dos crédi-
tos tributários na falência, assinale a opção correta.
a) O processo falimentar envolve o crédito tributário, mas exclui a multa tributária.
b) As execuções fiscais em curso serão suspensas com a decretação de falência, consoante a 
lei processual que disciplina a cobrança do crédito tributário.
c) A propositura de execução fiscal posterior à decretação de falência ocorrerá no juízo 
falimentar.
d) A decretação da falência interrompe o prazo de prescrição do crédito tributário.
e) Os créditos tributários serão adimplidos após realizado o pagamento dos créditos com ga-
rantia real, até o limite do apurado com os bens gravados.
026. (2008/CESPE/PGE-CE/PROCURADOR DO ESTADO) A Lei n. 11.101/2005, que regula 
a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade 
empresária, aplica-se a
a) empresa pública exploradora de atividade econômica.
b) instituição financeira privada.
c) sociedade de capitalização.
d) sociedades simples.
e) pessoas jurídicas irregulares.
027. (2007/CESPE/TJ-TO/JUIZ) Assinale a opção correta quanto à convolação da recupera-
ção judicial em falência e ao procedimento judicial da falência.
a) Com a decretação da falência, são anulados todos os atos de alienação ocorridos durante 
o processamento da recuperação judicial, se a convolação tiver se dado por deliberação da 
assembleia-geral de credores.
b) Os créditos decorrentes de multas de igual natureza são classificados como créditos de 
natureza tributária.
c) A ação de responsabilidade dos sócios de responsabilidade limitada será processada no 
juízo da falência, independentemente da realização do ativo e da prova de sua insuficiência 
para cobrir o passivo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
27 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
d) Havendo vencimento antecipado de obrigação contratual, decorrente da decretação da fa-
lência, a cláusula penal prevista contratualmente deverá ser incluída na massa e classificada 
como crédito quirografário.
028. (2006/CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) O direito empresarial tem abrangência 
bastante ampla, com definições variadas. No Brasil, existe uma diversidade de contratos para 
operações comerciais e financeiras, como as operações de leasing (arrendamento mercantil), 
factoring (fomento mercantil), contratos bancários, entre outros. As sociedades empresariais, 
suas características, a desconsideração da personalidade jurídica e a nova lei de falência e 
recuperação das empresas confirmam a importância do direito empresarial para a economia 
nacional. Acerca desses assuntos, julgue os itens a seguir.
A nova Lei de Falências regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário 
e da sociedade empresária, aí abrangidos os tipos empresariais existentes no Brasil, incluindo-
-se as sociedades de economia mista e excluindo-se as instituições financeiras e as coopera-
tivas de crédito.
029. (2005/CESPE/EMBRAPA) Julgue o item seguinte, relativo a recuperação judicial e extra-
judicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.
As sociedades empresárias que explorem serviços aéreos privados estarão impedidas de re-
querer recuperação judicial ou extrajudicial.
030. (2009/FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS – PROVA 2) A respeito da disciplina jurídica 
brasileira das empresas em crise, é correto afirmar que:
a) estão sujeitos à disciplina da Lei 11.101/2005 (Lei de Falências e Recuperação de Empre-
sas) os empresários, as sociedades empresárias, as instituições financeiras privadas, as so-
ciedades seguradoras e as cooperativas de crédito.
b) os sócios das sociedades limitadas estão sujeitos aos efeitos jurídicos da falência produzi-
dos em relação à sociedade empresária falida.
c) durante o procedimento de recuperação judicial, os administradores da sociedade podem 
ser mantidos em seus cargos com competência para a condução dos negócios sociais.
d) todos os credores, inclusive os de natureza tributária e trabalhista, podem participar da ne-
gociação da recuperação extrajudicial.
e) o plano de recuperação judicial deverá ser apresentado pelo devedor e aprovado pela unani-
midade dos devedores, sob pena de ser decretada a falência.
031. (2014/CETAP/PREFEITURA DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ-PA/ADVOGADO) Sobre 
a falência e a recuperação de empresas, marque a alternativa correta, conforme a Lei n. 
11.101/2005:
a) A Lei n. 11.101/2005 se aplica às sociedades de economia mista.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Taina - 01915442214, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
28 de 66www.grancursosonline.com.br
Teoria Geral do Direito Falimentar
DIREITO EMPRESARIAL
Renato Borelli
b) As obrigações a título gratuito não são exigíveis do credor apenas na recuperação, sendo 
exigíveis na falência.
c) Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, desde 
que vencidos.
d) O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, in-
teresses e negócios do falido, ressalvadas apenas as causas trabalhistas.
e) Os créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado, têm preferência sobre os 
créditos de natureza tributária.
032. (2015/CONSULPLAN/PREFEITURA DE PATOS DE MINAS-MG/ADVOGADO) A Lei n. 
11.101/2005, que disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do 
empresário e da sociedade empresária aplica‐se, dentre outros casos, à(ao):
a) Consórcio.
b) Microempresa.
c) Empresa pública
d) Instituição financeira.
033. (2019/IAUPE/UPE/ADVOGADO) Sobre recuperação e falência, é INCORRETO afirmar que
a) no processo de recuperação e falência de empresas, todas as obrigações, inclusive as de 
natureza gratuitas, serão exigidas do devedor.
b) o administrador judicial da empresa sob procedimento de recuperação não será necessaria-
mente um advogado.
c) o plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor deverá ser aprovado pela assem-
bleia-geral de credores.
d) durante o procedimento de recuperação judicial, o devedor será mantido na condução da 
atividade empresarial, sob fiscalização do Comitê, se houver, e do administrador judicial no-
meado, salvo se houver sido condenado em sentença penal transitada em julgado por crime 
cometido em recuperação judicial ou falência anteriores ou por crime contra o patrimônio, a 
economia popular ou a ordem econômica, previstos

Outros materiais