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Unidade I
TÓPICOS ESPECIAIS EM 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS
E TEÓRICOS DE DIREITO
Prof. Eduardo Iamundo
Filosofia e ciência
Filosofia:
 Universal.
 Abstrato.
 Conceitual.
Ciência:
 Generalização.
 Definição.
 Experiência.
Filosofia
Universal:
 Compreende o significado do que é o 
ser.
 Ser: existe e consiste.
 Características generalizadas do ser não 
pertencem aos estudos filosóficos.
Filosofia
Abstrato:
 O que há de mais universal no ser e não 
o que há de particular.
 Apesar do veneno do exemplo: caneta.
 A reflexão filosófica não busca 
apreender a caneta diante de cada um de 
nós.
Filosofia
Conceitual:
 O conceito é o instrumento da reflexão 
filosófica.
 Expressa o que há de mais universal no 
ser.
 O conceito apreende o plural (canetas).
 A existência de todas as canetas.
Ciência
Generalização:
 Particularidades específicas. Ex.: desta/ 
esta/aquela caneta.
Definição:
 Definição é o resultado de um 
procedimento denominado método 
científico, o que é caneta.
Experiência:
 Método científico: hipótese.
Ciência
Hipótese:
 Verificação experiencial.
 Se por tal verificação, a hipótese for 
confirmada, então, a hipótese passa para 
a descrição explicativa e demonstrativa 
do objeto colocado à prova. 
 A hipótese no momento em que é 
confirmada deixa a condição de hipótese 
para a condição de tese.
Interatividade
A reflexão filosófica possui como marcas 
as seguintes características:
a) Universalização, experiência e abstração.
b) Universalização, abstração e definição.
c) Universalização, abstração e 
conceituação.
d) Universalização, abstração e experiência.
e) Universalização, abstração e método 
científico.
Resposta
A reflexão filosófica possui como marcas 
as seguintes características:
a) Universalização, experiência e abstração.
b) Universalização, abstração e definição.
c) Universalização, abstração e 
conceituação.
d) Universalização, abstração e experiência.
e) Universalização, abstração e método 
científico.
Filosofia do Direito
 Incorpora as características da filosofia e 
da ciência.
Filosofia do Direito
 É o estudo dos fundamentos do discurso 
do Direito e do discurso jurídico.
Filosofia do Direito
 Direito é ciência?
 Qual o padrão para a identificação/ 
definição do seu objeto?
 Padrão: norma jurídica.
Filosofia do Direito
Padrão da norma jurídica:
 Dever-ser, isto é, como deve ser o 
comportamento das pessoas e das 
instituições.
 Atenção: não é o comportamento das 
pessoas e instituições como tais.
Filosofia do Direito
Conteúdo do padrão da norma jurídica:
 Valor.
 Atribuição de qualidade.
 Perdura e se mantém por um tempo no 
interior da sociedade.
Filosofia do Direito
 Direito é justiça?
 O Direito está na esfera daquilo que é 
determinado como direito.
 Justiça não é uma determinação de 
tradição ou de racionalização dos 
direitos, mas é um sentimento.
Interatividade
Considerando-se as características do 
pensamento filosófico e das marcas da 
ciência, é possível afirmar que:
a) O Direito é uma ciência do universal.
b) O Direito não é uma ciência, pois não 
incorpora valores.
c) O Direito é uma ciência que possui 
vários padrões.
d) O Direito é uma ciência que possui como 
objeto a norma jurídica.
e) A incorporação do valor desqualifica a 
filosofia do Direito.
Resposta
Considerando-se as características do 
pensamento filosófico e das marcas da 
ciência, é possível afirmar que:
a) O Direito é uma ciência do universal.
b) O Direito não é uma ciência, pois não 
incorpora valores.
c) O Direito é uma ciência que possui 
vários padrões.
d) O Direito é uma ciência que possui como 
objeto a norma jurídica.
e) A incorporação do valor desqualifica a 
filosofia do Direito.
Fundamentos filosóficos
Da filosofia para a filosofia do Direito:
 Justiça é o elo entre tais campos de 
estudos.
 Por que o tema justiça?
 Porque justiça atende aos quesitos do 
conceito.
Fundamentos filosóficos
Justiça na perspectiva da filosofia é:
 universal;
 abstrata;
 conceitual.
Fundamentos filosóficos
Obstáculos para conceituar justiça:
 Justiça: é muito mais sentimento do que 
efetiva construção racional.
 A construção racional do conceito de 
justiça incorpora a razão individual.
 Razão individual: subjetividade.
Fundamentos filosóficos
 Justiça exige a objetividade, isto é, 
para todos!
Justiça:
a) não pode ser um valor relativo;
b) também não pode ser uma medida única: 
é muito mais qualitativa do que 
quantitativa;
c) não incorpora utilidade;
Fundamentos filosóficos
 Conceituar justiça (filosofia) ou definir 
justiça (ciência).
 É sempre um movimento crítico dos 
sentimentos e da razão.
Fundamentos filosóficos
Justiça sempre envolve concepções 
divergentes entre:
 vício e virtude;
 orgulho e reconhecimento;
 é de natureza subjetiva e objetiva.
Fundamentos filosóficos
Justiça na esfera do conceito é um valor 
que apreende:
a) muito mais do que distribuição certa das 
coisas;
b) é uma atribuição de avaliação certa.
Fundamentos filosóficos
Justiça:
Comprometimento com as divergências 
valorativas e com as desigualdades: 
a) valorativas apreende a subjetividade 
(indivíduo);
b) desigualdades apreende a objetividade 
(coletivo).
Fundamentos filosóficos
Para tanto, é imperioso o seguinte 
pressuposto para a compreensão do 
significado de justiça:
 É uma universalização que tem sua 
origem no singular.
 O singular é a própria manifestação 
individual e coletiva.
Interatividade
Os envolvimentos de natureza individual e 
coletiva permitem dizer que:
a) Justiça envolve tão somente questões de 
sentimentos.
b) Justiça é, antes de tudo, de natureza 
empírica.
c) É sempre um momento crítico: razão e 
sentimentos.
d) Justiça envolve tão somente questões de 
natureza racional.
e) Justiça é a prática da distribuição certa.
Resposta
Os envolvimentos de natureza individual e 
coletiva permitem dizer que:
a) Justiça envolve tão somente questões de 
sentimentos.
b) Justiça é, antes de tudo, de natureza 
empírica.
c) É sempre um momento crítico: razão e 
sentimentos.
d) Justiça envolve tão somente questões de 
natureza racional.
e) Justiça é a prática da distribuição certa.
Fundamentos filosóficos
Conceito de justiça:
 A concepção grega clássica.
 A concepção teológica.
 A concepção jusnaturalismo racional.
Fundamentos filosóficos
A concepção grega clássica:
 Sócrates.
 Platão.
 Aristóteles.
Fundamentos filosóficos
Pressuposto comum aos três filósofos:
 Justiça é virtude.
Fundamentos filosóficos
Por ser virtude, incorpora o individual e o 
coletivo:
 Individual: pensar e agir na esfera da 
ética.
 Coletivo: pensar e agir na esfera da ética 
para o bem comum.
Fundamentos filosóficos
Sócrates:
 Conhecer para a prática ética e, por 
consequência, para o conhecimento da 
justiça.
Fundamentos filosóficos
Platão:
 Acrescenta: para a prática da justiça é 
imperiosa a seguinte condição:
 Sociedade com estrutura justa.
Fundamentos filosóficos
Platão:
 A construção de estruturas sociais e 
políticas é a condição para pensar na 
justiça e agir com justiça.
Fundamentos filosóficos
Platão:
 Obra: “A República”.
 Exposição de sociedade com estrutura 
justa.
Fundamentos filosóficos
Aristóteles:
 Primeira manifestação na história de que 
o conceito de justiça encontra-se 
vinculado à definição.
Fundamentos filosóficos
Aristóteles:
 Justiça é a prática da virtude.
É a prática da virtude corretiva ou 
distributiva:
 no particular;
 no coletivo;
 nas relações domésticas.
Interatividade
A concepção grega apresenta a natureza 
ética da prática justa, assim é possível dizer 
que:
a) Não há relação entre o individual e o 
coletivo.
b) Não há relação entre justiça e o 
universal.
c) Há relação entre o individual e o coletivo 
naideia de justiça, segundo Platão.
d) Sócrates estabelece relações empíricas.
e) Aristóteles afirma somente o particular.
Resposta
A concepção grega apresenta a natureza 
ética da prática justa, assim é possível dizer 
que:
a) Não há relação entre o individual e o 
coletivo.
b) Não há relação entre justiça e o 
universal.
c) Há relação entre o individual e o coletivo 
na ideia de justiça, segundo Platão.
d) Sócrates estabelece relações empíricas.
e) Aristóteles afirma somente o particular.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade II
TÓPICOS ESPECIAIS EM 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS 
E TEÓRICOS DE DIREITO
Prof. Eduardo Iamundo
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção teológica
A justiça e o cristianismo:
 A justiça dos homens
(justiça terrena/transitória);
 A justiça divina
(justiça eterna). 
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção teológica
Na justiça dos homens é possível 
a identificação:
 Da temporalidade;
 Dos interesses distantes da justiça.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção teológica
A justiça divina possui as 
seguintes características:
 Justiça eterna, pois é divina;
 Além da materialidade da vida; 
 Os valores cristãos separam 
a justiça da injustiça.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção teológica
 Santo Agostinho.
 Santo Tomás de Aquino.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção teológica
Santo Agostinho:
 Justiça: é analisada pelas 
diferenças entre a justiça 
dos homens e a justiça divina.
 Cidade dos homens. 
 Cidade de Deus.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção teológica
Santo Agostinho: 
 A justiça dos homens está 
fundamentada nas relações humanas:
 Estruturas sociais: cidade; família; 
Estado; dominação. Em outras 
palavras, estruturas passageiras.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção teológica
Santo Agostinho: 
 A justiça humana está, então, 
vinculada ao poder temporal;
 O Estado é a instituição que deve 
realizar a lei eterna: concepção 
teocrática do poder político.
Interatividade 
A concepção teológica de justiça está 
vinculada às marcas do cristianismo, 
assim, é possível afirmar que:
a) Os valores dos homens estabelecem 
o parâmetro entre justiça e injustiça.
b) Os valores dos homens estabelecem 
o parâmetro só para a justiça.
c) Os valores cristãos estabelecem o 
parâmetro entre justiça e injustiça.
d) Os valores cristãos estabelecem 
somente a justiça divina.
e) Os valores eternos são indiferentes.
Resposta
A concepção teológica de justiça está 
vinculada às marcas do cristianismo, 
assim, é possível afirmar que:
a) Os valores dos homens estabelecem 
o parâmetro entre justiça e injustiça.
b) Os valores dos homens estabelecem 
o parâmetro só para a justiça.
c) Os valores cristãos estabelecem o 
parâmetro entre justiça e injustiça.
d) Os valores cristãos estabelecem 
somente a justiça divina.
e) Os valores eternos são indiferentes.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção teológica
Santo Tomás de Aquino;
 Justiça está na esfera da ética, 
portanto, é uma virtude;
 O direito é objeto da justiça;
 O direito, em outras palavras, 
é o instrumento para a justiça.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção teológica
Santo Tomás de Aquino:
 Lei eterna;
 Lei divina;
 Lei natural;
 Lei humana.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção teológica
Santo Tomás de Aquino:
 Lei eterna
 É a lei do universo;
 É a expressão/representação 
da razão divina.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção teológica
Santo Tomás de Aquino:
 Lei divina
 Lei divina é a lei revelada;
 É a participação dos homens 
na lei eterna: lei revelada pela 
Bíblia/Sagradas Escrituras.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção teológica
Santo Tomás de Aquino:
 Lei natural
 O homem conhece pela razão;
 É a lei comum aos homens 
e aos animais.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção teológica
Santo Tomás de Aquino:
 Lei dos homens
 Estabelecida por convenção;
 É a materialização da lei natural;
 O legislador deve expor de 
forma positiva a lei natural.
Interatividade 
Diante das relações estabelecidas por 
Santo Tomás de Aquino entre as quatro 
formas das leis, é possível afirmar que:
a) A lei divina está no mesmo 
patamar que a lei eterna.
b) A lei divina é a participação 
dos homens na lei eterna.
c) A lei natural é indiferente aos homens.
d) A lei dos homens é uma 
construção não racional.
e) A lei natural refere-se tão 
somente aos animais.
Resposta
Diante das relações estabelecidas por 
Santo Tomás de Aquino entre as quatro 
formas das leis, é possível afirmar que:
a) A lei divina está no mesmo 
patamar que a lei eterna.
b) A lei divina é a participação 
dos homens na lei eterna.
c) A lei natural é indiferente aos homens.
d) A lei dos homens é uma 
construção não racional.
e) A lei natural refere-se tão 
somente aos animais.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção do jusnaturalismo
Século XVI
 Fatos históricos:
 Capitalismo na fase mercantil;
 Iluminismo;
 Influência do raciocínio dedutivo.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção do jusnaturalismo
Escola clássica do Direito Natural:
Hugo Grócio:
 Princípio da razão;
 Natureza humana e natureza das coisas.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção do jusnaturalismo
Hugo Grócio:
 Rompe com as concepções teológicas 
e teocráticas;
 O método dedutivo permite à reta razão 
alcançar as regras invariáveis da 
natureza humana;
 Reta razão: aquilo que é acessível 
à razão humana.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção do jusnaturalismo
Hugo Grócio:
 Da natureza emana a norma jurídica;
 No entanto, a natureza, por si só, 
não dá aos homens o entendimento 
da norma jurídica;
 Cabe à razão apreender tal entendimento.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção do jusnaturalismo
Locke:
 Lei inata;
 Lei da natureza.
Fundamentos filosóficos
Justiça na concepção do jusnaturalismo
Locke:
 A lei inata é uma verdade que está 
impressa na alma;
 A lei natural é ignorada, mas pode 
ser conhecida pela razão.
Fundamentos filosóficos
A justiça na concepção do jusnaturalismo
Locke:
 Posição de defesa dos direitos naturais;
 Há uma interação entre as leis instituídas 
e o correspondente estado civil.
Fundamentos filosóficos
A justiça na concepção do jusnaturalismo
Rousseau:
 Direitos naturais;
 Direitos civis;
 A noção do contrato social.
Fundamentos filosóficos
A justiça na concepção do jusnaturalismo
Rousseau:
Passagem do estado natural 
para o estado cívico:
 As liberdades individuais 
são cedidas ao Estado. 
Interatividade 
As afirmações de Hugo Grócio, Locke 
e Rousseau permitem dizer que:
a) O jusnaturalismo sustenta-se 
somente nas leis eternas.
b) O jusnaturalismo sustenta-se na razão 
como instrumento para a elaboração 
do Direito.
c) O jusnaturalismo não rompe com 
as considerações do direito divino.
d) O jusnaturalismo tem seus fundamentos 
na concepção de um direito moral.
e) O jusnaturalismo desconsidera 
as leis dos homens.
Resposta
As afirmações de Hugo Grócio, Locke 
e Rousseau permitem dizer que:
a) O jusnaturalismo sustenta-se 
somente nas leis eternas.
b) O jusnaturalismo sustenta-se na razão 
como instrumento para a elaboração 
do Direito.
c) O jusnaturalismo não rompe com 
as considerações do direito divino.
d) O jusnaturalismo tem seus fundamentos 
na concepção de um direito moral.
e) O jusnaturalismo desconsidera 
as leis dos homens.
Fundamentos filosóficos
Positivismo jurídico
Origem conceitual:
 A filosofia de Comte.
Fundamentos filosóficos
Positivismo jurídico
Comte:
 A realidade dos fatos como objeto 
da investigação científica:
 Observação;
 Elaboração da hipótese;
 Experiência.
Fundamentos filosóficos
Positivismo jurídico
A norma jurídica como objeto do Direito
desconsidera:
 A ética;
 A política; A sociologia;
 A economia.
Fundamentos filosóficos
Positivismo jurídico
Hans Kelsen:
 Obra: Teoria Pura do Direito.
 Significado: metodologia 
própria do Direito.
Fundamentos filosóficos
Positivismo jurídico
Hans Kelsen:
 A ciência do Direito tem como 
objeto o Direito Positivo.
 Por consequência: a norma jurídica 
é o objeto de estudo do Direito. 
Fundamentos filosóficos
Positivismo jurídico
Hans Kelsen:
 O ordenamento jurídico sustenta-se 
nas relações lógico-formais entre 
as normas jurídicas;
 Há uma redução do Direito, pois o que 
importa é tão somente a norma jurídica.
Fundamentos filosóficos
Positivismo jurídico
Hans Kelsen:
 A logicidade se impõe como condição, 
se não excludente de outras, pelo menos 
como a mais significativa, o que elimina 
a multidisciplinaridade do Direito.
Fundamentos filosóficos
Positivismo jurídico
Hans Kelsen:
 O sistema de normas jurídicas possui, 
necessariamente, um caráter dinâmico:
 Criar e regular a si mesmo 
na moldura do ordenamento jurídico.
Fundamentos filosóficos
Positivismo jurídico
Hans Kelsen:
 Consequência: o ordenamento 
jurídico é sistêmico e operacional.
Fundamentos filosóficos
Positivismo jurídico
Hans Kelsen:
 Sistêmico: no sentido de que o 
ordenamento jurídico é um sistema 
ordenado de modo lógico-formal;
 Operacional: criação e aplicação 
da norma jurídica.
Interatividade 
O positivismo jurídico de Kelsen
permite dizer que:
a) O ordenamento jurídico é constituído 
por diversas normas.
b) O ordenamento jurídico incorpora 
o significado de Direito puro por 
natureza do seu objeto.
c) O ordenamento jurídico 
é tão somente sistêmico.
d) O ordenamento jurídico 
é sistêmico e operacional.
e) O Direito não se firma como ciência.
Resposta
O positivismo jurídico de Kelsen
permite dizer que:
a) O ordenamento jurídico é constituído 
por diversas normas.
b) O ordenamento jurídico incorpora 
o significado de Direito puro por 
natureza do seu objeto.
c) O ordenamento jurídico 
é tão somente sistêmico.
d) O ordenamento jurídico 
é sistêmico e operacional.
e) O Direito não se firma como ciência.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade III
TÓPICOS ESPECIAIS EM 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E 
TEÓRICOS DE DIREITO
Prof. Eduardo Iamundo
Fundamentos filosóficos
A tríplice concepção do Direito
 Giorgio Del Vecchio
 Preocupações lógico-transcendentais 
do Direito: ir além do fato jurídico em 
suas particularidades e singularidades.
 O Direito é entendido como um 
fenômeno que compreende diversas 
experiências tanto jurídicas quanto 
históricas de uma determinada 
sociedade.
 Miguel Reale
 Preocupação com a marca axiológica. 
Fundamentos filosóficos
A tríplice concepção do Direito
 Giorgio Del Vecchio
 Tríplice concepção do Direito:
 Dimensão lógica.
 Dimensão fenomenológica.
 Dimensão deontológica.
Fundamentos filosóficos
A tríplice concepção do Direito
 Giorgio Del Vecchio
Dimensão lógica:
 Conceito formal do Direito, 
no sentido de universalidade do Direito.
 Liberdade de ação delimitada 
objetivamente pela existência 
do dever entre os indivíduos.
Fundamentos filosóficos
A tríplice concepção do Direito
 Giorgio Del Vecchio
 Dimensão fenomenológica.
 Direito positivo como fenômeno 
comum a todos os povos em todos 
os tempos:
Compreender o Direito como fenômeno 
universal (história da humanidade).
Fundamentos filosóficos
A tríplice concepção do Direito
 Giorgio Del Vecchio
Dimensão deontológica:
 O Direito é axiológico:
Há um ideal de justiça presente em cada 
indivíduo (a ideia de justiça no sentido 
universal).
Fundamentos filosóficos
A tríplice concepção do Direito
 Miguel Reale:
 Fato.
 Valor.
 Norma.
Fundamentos filosóficos
A tríplice concepção do Direito
 Miguel Reale
Fato:
 Compreender os fatos sociais, os fatos 
culturais; enfim, fatos construídos ao 
longo da história.
Valor:
 Caráter axiológico do Direito.
Norma: 
 A norma jurídica no sentido lato.
Interatividade 
Giorgio Del Vecchio e Miguel Reale 
apresentam em comum:
a) O Direito é formado única e 
exclusivamente pela norma jurídica.
b) O Direito é formado somente pelos 
valores sociais.
c) O Direito em formação tríplice: fato 
jurídico, fenômeno cultural e norma 
jurídica. 
d) O Direito é formado por dimensões 
históricas, axiológicas e normativas.
e) O Direito é constituído somente por 
valores sociais.
Resposta
Giorgio Del Vecchio e Miguel Reale 
apresentam em comum:
a) O Direito é formado única e 
exclusivamente pela norma jurídica.
b) O Direito é formado somente pelos 
valores sociais.
c) O Direito em formação tríplice: fato 
jurídico, fenômeno cultural e norma 
jurídica. 
d) O Direito é formado por dimensões 
históricas, axiológicas e normativas.
e) O Direito é constituído somente por 
valores sociais.
Fundamentos filosóficos
A noção de Justiça de John Rawls
Pressupostos:
a) Significado de equidade.
b) Significado do contrato.
Fundamentos filosóficos
A noção de Justiça de John Rawls
Pressupostos:
a) O significado de equidade.
Para entender a justiça, cabe a interrogação:
 Com quais princípios todos concordariam 
em uma situação inicial 
de equidade?
Fundamentos filosóficos
A noção de Justiça de John Rawls
Pressupostos:
a) O significado de equidade:
1. Situação inicial que é equitativa 
(situação inicial-social).
2. Justiça no sentido social, isto é, como 
são distribuídos os direitos e os deveres.
Fundamentos filosóficos
A noção de Justiça de John Rawls
Pressupostos:
a) O significado de equidade:
Algumas dificuldades apontadas por Rawls:
 As diferenças entre os indivíduos.
 As diferenças econômicas.
 As diferenças em relação aos poderes.
Fundamentos filosóficos
A noção de Justiça de John Rawls
Pressupostos:
a) O significado de equidade:
 Por tais diferenças fica impossível 
chegar ao denominador comum, isto é, 
não há possibilidade de consenso para 
determinar o princípio de equidade.
Fundamentos filosóficos
A noção de Justiça de John Rawls
Pressupostos:
b) Significado do contratualismo:
Construção mental do contrato:
 Pressuposição de que ao nos reunir não 
saibamos qual a posição que ocupamos 
na sociedade (cobertos por um véu de 
ignorância).
Interatividade 
A noção de justiça segundo John Rawls
comporta:
a) A lei em situação inicial de equidade.
b) A lei com participação desigual dos 
indivíduos.
c) Princípio de equidade e contrato.
d) A justiça como construção mental.
e) A justiça no sentido natural da condição 
humana.
Resposta
A noção de justiça segundo John Rawls
comporta:
a) A lei em situação inicial de equidade.
b) A lei com participação desigual dos 
indivíduos.
c) Princípio de equidade e contrato.
d) A justiça como construção mental.
e) A justiça no sentido natural da condição 
humana.
Fundamentos filosóficos
Justiça e discurso jurídico: 
 Chaïm Perelman
a) Oposição ao pensamento jurídico 
positivista.
b) O raciocínio e o discurso jurídico contêm 
marcas múltiplas.
c) Das marcas múltiplas: o político, o 
econômico, o social, o cultural.
d) Justiça não pertence ao abstrato, mas 
sim aos casos concretos.
Fundamentos filosóficos
Justiça e discurso jurídico: 
 Chaïm Perelman
A justiça é, então, apreendida na prática 
efetiva dos tribunais:
A verdade é substituída na prática por:
 Razoável/não razoável.
 Aceitável/não aceitável.
 Admissível/não admissível.
Fundamentos filosóficos
Justiça e discurso jurídico: 
 Chaïm Perelman
A lógica do argumento jurídico:
 Distancia-se da lógica formal na 
concepção aristotélica.
 É a lógica do argumento (dedutivo/ 
indutivo).
Fundamentos filosóficos
Justiça e discurso jurídico: 
 Chaïm Perelman
Distancia-se da lógica formal na 
concepção aristotélica:
a) Lógica formal aristotélica fundamenta-se 
tão somente na formalização lógico-
dedutiva.
b) Lógica formal aristotélica é o resultadode um raciocínio com: premissa maior, 
premissa menor e conclusão.
Fundamentos filosóficos
Justiça e discurso jurídico: 
 Chaïm Perelman
A lógica do argumento jurídico:
 A lógica do argumento jurídico inclui 
o raciocínio indutivo, bem como 
ponderações que incorporam diversas 
marcas de ordem psicológica, histórica 
e vivência; portanto, muito mais do que 
a norma jurídica.
Fundamentos filosóficos
Justiça e discurso jurídico: 
 Chaïm Perelman
Por consequência:
a) Distanciamento da lógica formal 
conforme a concepção aristotélica.
b) Inclusão da lógica do argumento.
Fundamentos filosóficos
Justiça e discurso jurídico: 
 Chaïm Perelman
 A concepção de justiça de Chaïm
Perelman constitui-se em uma forte 
oposição ao positivo jurídico, 
particularmente ao positivismo 
de Hans Kelsen.
Fundamentos filosóficos
Justiça e discurso jurídico: 
 Chaïm Perelman
Cuidados para a compreensão do 
significado de justiça e do discurso jurídico 
segundo a exposição de Chaïm Perelman.
 Justiça é o resultado de uma interação 
entre a prática e o raciocínio jurídico.
 A lógica do argumento: assumir o que se 
diz e as consequências desse dizer.
Fundamentos filosóficos
Justiça e discurso jurídico: 
 Chaïm Perelman
 Pela distância com a lógica formal, a 
lógica do argumento desenvolve-se em 
relação direta com os fatos, com as 
provas, o contexto político, a situação 
social e cultural. 
Interatividade 
Nas concepções elaboradas por Chaïm
Perelman, destacam-se:
a) Justiça como elaboração conceitual.
b) Justiça como elaboração de um modelo 
explicativo.
c) Justiça e discurso jurídico são 
categorias distintas.
d) Justiça e discurso jurídico pertencem ao 
mesmo segmento conceitual.
e) Justiça e discurso jurídico são formados 
pela mesma lógica formal.
Resposta
Nas concepções elaboradas por Chaïm
Perelman, destacam-se:
a) Justiça como elaboração conceitual.
b) Justiça como elaboração de um modelo 
explicativo.
c) Justiça e discurso jurídico são 
categorias distintas.
d) Justiça e discurso jurídico pertencem ao 
mesmo segmento conceitual.
e) Justiça e discurso jurídico são formados 
pela mesma lógica formal.
Fundamentos teóricos do Direito
Fundamentos teóricos do Direito
 Da sociedade para a cultura: construção 
das regras para a convivência social.
 Da cultura para o Direito: elaboração das 
normas jurídicas.
 Significado do Direito.
Fundamentos teóricos do Direito
Fundamentos teóricos do Direito
 Da sociedade para a cultura: construção 
das regras para a convivência social.
 A construção das regras sociais tem 
como parâmetro:
Indivíduo → sociedade → regras → coerção 
→ organização social
Fundamentos teóricos do Direito
Fundamentos teóricos do Direito
 Da sociedade para a cultura: construção 
das regras para a convivência social:
Regras para a convivência social:
 Sociais.
 Morais.
 Religiosas.
 Jurídicas.
Fundamentos teóricos do Direito
Fundamentos teóricos do Direito
 Da sociedade para a cultura: construção 
das regras para a convivência social:
 A construção das regras sociais, morais, 
religiosas e jurídicas seguem a 
configuração cultural e histórica de uma 
determinada sociedade.
Fundamentos teóricos do Direito
Fundamentos teóricos do Direito
 Da sociedade para a cultura: construção 
das regras para a convivência social:
Consequência das determinações sociais, 
culturais e históricas: as sociedades 
elaboram distintas concepções de Direito.
Fundamentos teóricos do Direito
Fundamentos teóricos do Direito
 O Direito, por ser uma construção 
histórica, apresenta diversos 
significados conforme:
a) O momento histórico.
b) A configuração cultural.
Fundamentos teóricos do Direito
Fundamentos teóricos do Direito
a) O momento histórico:
 De um modo geral, a concepção do 
Direito é produto de determinadas 
percepções tanto do sentimento de 
justiça (universal), quanto do significado 
de direito (particular).
Fundamentos teóricos do Direito
Fundamentos teóricos do Direito
b) A configuração cultural:
 Pelas diferenças culturais, podem-se 
citar as configurações culturais do 
Commom Law e do Civil Law.
Fundamentos teóricos do Direito
Fundamentos teóricos do Direito
Significado de Direito:
 De um modo geral, o Direito é entendido 
como o conjunto das regras jurídicas, no 
sentido de compor um determinado 
ordenamento jurídico. 
Fundamentos teóricos do Direito
Fundamentos teóricos do Direito
Significado de Direito:
 É de significativa importância 
acrescentar que o ordenamento jurídico 
deve estar o mais próximo da 
organização social.
Interatividade 
As regras de convivência social formam um 
conjunto constituído por:
a) Regras religiosas e morais.
b) Regras morais e sociais.
c) Regras jurídicas e sociais.
d) Regras jurídicas e morais.
e) Regras sociais, morais, religiosas e 
jurídicas.
Resposta
As regras de convivência social formam um 
conjunto constituído por:
a) Regras religiosas e morais.
b) Regras morais e sociais.
c) Regras jurídicas e sociais.
d) Regras jurídicas e morais.
e) Regras sociais, morais, religiosas e 
jurídicas.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade IV
TÓPICOS ESPECIAIS EM 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS
E TEÓRICOS DE DIREITO
Prof. Eduardo Iamundo
Fundamentos filosóficos
Kant:
 justiça;
 moral;
 direito.
Fundamentos filosóficos
Kant
Justiça:
 A concepção de justiça está vinculada ao 
significado de liberdade, portanto há 
implicações tais que a justiça tem 
funções sociais e jurídicas.
Moral:
 Cumprir o dever pelo dever (lei interna).
Direito:
 Coercitividade.
Fundamentos filosóficos
Kant
O conceito de liberdade em Kant está 
relacionado ao Iluminismo:
 O homem dotado de razão deverá 
conduzir suas ações.
Fundamentos filosóficos
Kant
Para compreender a liberdade, é 
fundamental a exposição dos significados 
de dois imperativos:
a) imperativo categórico; 
b) imperativo hipotético.
Fundamentos filosóficos
Kant
Para a compreensão da liberdade:
a) Imperativo categórico 
 O indivíduo deve agir de modo que sua 
ação seja aceita universalmente. 
 Desse modo, o imperativo categórico 
não permite outra alternativa: é o dever 
como modo de vida, isto é, como ordem!
Fundamentos filosóficos
Kant
Para a compreensão da liberdade:
a) Imperativo categórico
É o “dever ser”, portanto a liberdade está 
na esfera do cumprimento deste “deve ser” 
assim!
 Ação objetivamente necessária.
Fundamentos filosóficos
Kant
Para a compreensão da realidade:
b) Imperativo hipotético
 Ação possível como meio para alcançar 
determinado objetivo.
Interatividade
A concepção de justiça, segundo Kant, 
apresenta:
a) As noções de singularidades e 
particularidades dos juízos.
b) Os vínculos entre a moral e a conduta 
individual, somente.
c) Os vínculos entre moral e direito.
d) As noções de argumentos hipotéticos.
e) As noções de um só imperativo: o 
hipotético.
Resposta
A concepção de justiça, segundo Kant, 
apresenta:
a) As noções de singularidades e 
particularidades dos juízos.
b) Os vínculos entre a moral e a conduta 
individual, somente.
c) Os vínculos entre moral e direito.
d) As noções de argumentos hipotéticos.
e) As noções de um só imperativo: o 
hipotético.
Fundamentos filosóficos
Legitimidade e legalidade
 O fundamento do direito em exercer o 
controle social está vinculado à 
necessidade que a própria sociedade 
expressa – necessidade de organização, 
sempre no sentido de que esta 
organização deve expor as condições de 
existência concreta e não meramente 
idealizada. 
Fundamentos filosóficos
 Legitimidade e legalidade
O significado do valor para a identificação 
do que é legítimo e legal
O valor perpassa os conhecimentos: 
 vulgar;
 crítico; 
 filosófico;
 estético;
 teológico; 
 científico. 
Fundamentos filosóficos
 Legitimidade e legalidade
O significado do valor para a identificaçãodo que é legítimo e legal
 Valorar é atribuir qualidades. Atribuir 
qualidades implica estabelecer uma 
hierarquia de valores. Para tanto, é 
necessário localizar o lugar do valor no 
mundo das coisas.
Fundamentos filosóficos
 Legitimidade e legalidade
O significado do valor para a identificação 
do que é legítimo e legal
 Valorar: atribuir qualidades.
Nada mais, nada menos que diante das 
ideias ou dos eventos: simplesmente 
qualifica-se.
Fundamentos filosóficos
 Legitimidade e legalidade
O significado do valor para a identificação 
do que é legítimo e legal
 Valorar: atribuir qualidades.
Qualifica-se como belo ou não, justo ou 
injusto, correto ou incorreto... 
Fundamentos filosóficos
 Legitimidade e legalidade
O significado do valor para a identificação 
do que é legítimo e legal
 Valor positivo e valor negativo. 
 Julga-se o justo pelo valor negativo do 
injusto. Cabe então distinguir nos 
valores a polaridade: bom, mau; belo, 
feio etc. Não há o meio termo: é ou não 
valor. 
Interatividade 
A categoria valor, particularmente o valor 
social, é uma atribuição de qualidade:
a) Sempre negativa.
b) Sempre positiva.
c) Bipolar.
d) Positiva e neutra.
e) Negativa e neutra.
Resposta
A categoria valor, particularmente o valor 
social, é uma atribuição de qualidade:
a) Sempre negativa.
b) Sempre positiva.
c) Bipolar.
d) Positiva e neutra.
e) Negativa e neutra.
Fundamentos filosóficos
Ordenamento jurídico
 O ordenamento indica o sentido de 
unidade presente em um conjunto 
qualquer, o que implica considerar uma 
referência que estabeleça as ligações 
entre as partes que formam um conjunto.
Fundamentos filosóficos
Ordenamento jurídico:
 ordem;
 organização;
 lógica.
Fundamentos filosóficos
Ordenamento jurídico
 O ordenamento mantém sua estrutura a 
partir de uma referência.
Fundamentos filosóficos
Ordenamento jurídico
 O significado de sistema.
 O sistema mantém sua estrutura a partir 
daquilo que pode ser ordenado.
 Sistema implica entrada e saída de 
elementos que irão participar ou não do 
ordenamento. 
Fundamentos filosóficos
Ordenamento jurídico
 O ordenamento jurídico refere-se ao 
conjunto de normas, leis, institutos e 
instituições jurídicas.
 Regras jurídicas ligadas entre si e, ao 
mesmo tempo, dispostas de forma 
coerente, de tal modo que formam uma 
unidade sustentada por um ponto 
referencial.
Fundamentos filosóficos
Ordenamento jurídico:
 lógico-formal; 
 fato e valor; 
 definição de direito. 
Fundamentos filosóficos
 Ordenamento jurídico
Lógico-formal:
 norma fundamental;
 norma superior;
 norma inferior.
Fundamentos filosóficos
 Ordenamento jurídico
Fato e valor:
 fato;
 atribuição de qualidade.
Fundamentos filosóficos
 Ordenamento jurídico
Definição de direito:
 Conjunto de normas jurídicas.
Interatividade
O ordenamento jurídico é sempre entendido 
como um:
a) Conjunto de normas aleatórias.
b) Conjunto lógico-formal de normas.
c) Conjunto de normas com disposição 
formal.
d) Conjunto de normas com disposição 
lógico-formal e valorativa.
e) Conjunto de normas com disposição 
lógico-formal, valorativa e de direito.
Resposta
O ordenamento jurídico é sempre entendido 
como um:
a) Conjunto de normas aleatórias.
b) Conjunto lógico-formal de normas.
c) Conjunto de normas com disposição 
formal.
d) Conjunto de normas com disposição 
lógico-formal e valorativa.
e) Conjunto de normas com disposição 
lógico-formal, valorativa e de direito.
Fundamentos teóricos do direito
Hermenêutica e interpretação jurídica
 A hermenêutica é uma disciplina 
filosófica que tem por objeto de 
investigação o processo de 
compreensão das diversas formas 
discursivas. 
Fundamentos teóricos do direito
Hermenêutica e interpretação jurídica
 A hermenêutica, portanto, é um conjunto 
teórico que estabelece parâmetros 
filosóficos para a investigação do 
processo que se realiza entre o pensado 
e o enunciado. 
Fundamentos teóricos do direito
Hermenêutica e interpretação jurídica
 Para aplicação da hermenêutica é que se 
utiliza a interpretação. 
 Hermenêutica: campo teórico.
 Interpretação: campo técnico.
Fundamentos teóricos do direito
Hermenêutica e interpretação jurídica
 A hermenêutica jurídica existe porque o 
direito e o jurídico necessitam de 
interpretação.
Fundamentos teóricos do direito
Hermenêutica e interpretação jurídica:
 gramatical;
 histórica;
 sistêmica;
 teleológica;
 valorativa;
 lógica.
Fundamentos teóricos do direito
Hermenêutica e interpretação jurídica
 Gramatical: interpretação pelo léxico.
 Histórica: interpretação pelo momento 
em que foram enunciados. 
 Sistêmica: interpretação pelo texto e 
contexto legal.
Fundamentos teóricos do direito
Hermenêutica e interpretação jurídica
 Teleológico: interpretação pelo que pode 
ocorrer.
 Valorativa: interpretação pelos valores 
sociais.
 Lógica: interpretação pelos princípios da 
lógica.
Fundamentos teóricos do direito
Hermenêutica e interpretação jurídica
 Da racionalidade jurídica decorre um 
distanciamento considerável no uso da 
linguagem, portanto as palavras e o 
modo de expor os fatos são colocados 
de modo opaco.
Fundamentos teóricos do direito
Hermenêutica e interpretação jurídica
 O discurso jurídico apresenta-se de 
modo opaco, isto é, permite 
interpretações.
Fundamentos teóricos do direito
Hermenêutica e interpretação jurídica
 A hermenêutica jurídica não permite a 
amplitude das interpretações, pois o 
limite para interpretar é estabelecido 
pelo ordenamento jurídico.
Interatividade 
Hermenêutica e interpretação jurídica são 
campos:
a) Distintos, isto é, sem vínculos.
b) Não distintos, embora tenham 
características próprias.
c) Não distintos, embora detenham a 
mesma natureza conceitual.
d) Distintos, isto é, um pertence à filosofia 
e outro, à ciência.
e) Não distintos, pois exercem a mesma 
função.
Resposta
Hermenêutica e interpretação jurídica são 
campos:
a) Distintos, isto é, sem vínculos.
b) Não distintos, embora tenham 
características próprias.
c) Não distintos, embora detenham a 
mesma natureza conceitual.
d) Distintos, isto é, um pertence à filosofia 
e outro, à ciência.
e) Não distintos, pois exercem a mesma 
função.
ATÉ A PRÓXIMA!
 
Tópicos Especiais 
em Fundamentos 
Filosóficos e Teóricos 
do Direito (Optativa)
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APRESENTAÇÃO
I. Introdução e objetivos
1. Estudo dos principais tópicos filosóficos que fundamentam o Direito, particularmente no que 
se refere ao histórico e ao conceitual do significado de justiça. Análise das teorias que de um 
modo geral amparam a legitimidade e a legalidade do discurso jurídico. Oferecer aos discentes os 
princípios da Filosofia que incorporam a Filosofia do Direito no sentido de desenvolver a capacidade 
crítica de análise dos discursos jurídicos. Disponibilizar aos alunos as principais concepções dos 
fundamentos teóricos do Direito para a compreensão histórica e conceitual das modificações que 
ocorreram ao longo da História no que se refere ao entendimento do significado do Direito, tanto 
como construção filosófica quanto social. Oportunizar ao corpo discente momentos de reflexão 
do significado de legalidade como anseio e desejo cultural, no sentido de que o Direito é antes de 
tudo uma construção para a Justiça. Oferecer aos alunos elementos teóricos da transformaçãodo 
legítimo para o legal, na perspectiva de que os discursos do Direito pertencem às esferas do que 
é determinado pelo ordenamento jurídico. Propiciar ao corpo discente a oportunidade de estudos 
do significado da distinção entre a hermenêutica e a interpretação dos discursos jurídicos. Por fim, 
o objetivo é o de colaborar para o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no 
perfil do egresso, quais sejam:
•	 Leitura, compreensão e elaboração de textos, atos e documentos jurídicos ou normativos, com 
a devida utilização das normas técnico-jurídicas;
•	 Interpretação e aplicação do Direito;
•	 Pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes do Direito;
•	 Adequada atuação técnico-jurídica, em diferentes instâncias, administrativas ou judiciais, com 
a devida utilização de processos, atos e procedimentos;
•	 Correta utilização da terminologia jurídica ou da Ciência do Direito;
•	 Utilização de raciocínio jurídico, de argumentação, de persuasão e de reflexão crítica;
•	 Julgamento e tomada de decisões;
•	 Domínio de tecnologias e métodos para permanente compreensão e aplicação do Direito.
2. Considerando-se que será o discente quem administrará seu próprio tempo, a sugestão é a de que 
ele se dedique ao estudo de pelo menos quatro horas por semana para esta disciplina, estudando 
os textos sugeridos e realizando os exercícios de autoavaliação. Uma boa forma de fazer isso é já 
ir planejando o que estudar, semana a semana.
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3. Para facilitar o trabalho discente, apresentam-se, na tabela abaixo, os assuntos que deverão ser 
estudados e, para cada assunto, as leituras sugeridas. No mínimo, o discente deverá buscar entender 
muito bem o conteúdo da leitura fundamental. É importante frisar que essa compreensão será 
maior se forem desenvolvidas pesquisas e leituras complementares. Essa prática será percebida 
como necessária ao longo dos estudos.
II. Conteúdos e leituras sugeridas
CONTEÚDOS DE ESTUDO BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Módulo 1 BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
Módulo 2 BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
Módulo 3 BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
Módulo 4 BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
Módulo 5 BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
Módulo 6 BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
Módulo 7 BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
Módulo 8 BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
Nota: ver abaixo as referências bibliográficas, para um melhor detalhamento das fontes de consulta 
indicadas.
III. BIBLIOGRAFIA
1. Básica
AGUIAR, Marcelo Souza. A tríplice perspectiva metodológica da Filosofia do Direito in Revista dos 
Tribunais. Ano 101 – v.926, 2012
BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito São Paulo: Atlas, 2001.
DWORKIN, Ronald. Levando os Direitos a Sério. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
IAMUNDO, Eduardo. Sociologia e Antropologia do Direito. São Paulo: Saraiva, 2013.
REALE, Miguel. O direito como experiência. São Paulo: Saraiva, 1992.
SANDEL, Michael J. Justiça – O que é fazer a coisa certa. 9.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
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2. Complementar
FERRAZ JR, Tércio. A ciência do Direito. 2.ed. São Paulo, Atlas, 1988.
LYRA FILHO, Roberto, O que é o Direito. São Paulo: Brasiliense, 2006.
NADER, Paulo. Filosofia do Direito. 4.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1995.
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TÓPICOS ESPECIAIS EM FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E TEÓRICOS DO DIREITO (OPTATIVA)
Unidade I
Tópicos filosóficos: Filosofia e Filosofia do Direito
Filosofia: conhecimento do universal diferente do conhecimento particular da ciência.
• O homem pode conhecer a realidade de diversas maneiras: senso comum, religião, arte, ciência e filosofia.
• Ciência e filosofia são formas racionais de conhecimento. A filosofia conhece o universal e a 
ciência conhece a partir do particular.
• As principais características racionais da filosofia são a universalização, a abstração e a conceituação.
• As principais características racionais da ciência são a generalização do particular, a definição e a 
experiência.
• A Filosofia é especulativa, contemplativa e crítica da realidade. Busca compreender o que há de 
universal na existência. Por isso ela se volta para a compreensão dos aspectos universais da realidade.
• O conhecimento filosófico exige questionamento da realidade e argumentação.
• A ciência busca explicar as causas dos fenômenos, colocando-os a prova e testando empiricamente 
suas hipóteses explicativas do universo. Por isso ela se volta para a observação dos aspectos 
particulares da realidade.
• O conhecimento científico exige um método científico que incluiu: hipótese, verificação e 
descrição explicativa do objeto.
• Leitura obrigatória na Introdução do livro Curso de Filosofia do Direito de Bittar e Almeida dos 
seguintes itens: 5. Os conhecimentos humanos; 6. Partes da filosofia; 7. Método, ciência, filosofia 
e senso comum.
Filosofia do Direito: estudo dos fundamentos do discurso do Direito e do discurso jurídico.
• A Filosofia do Direito volta-se para o estudo dos fundamentos do discurso do Direito e do discurso 
jurídico, buscando aportes filosóficos que possam explicitar esses discursos.
BIBLIOGRAFIA
BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
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Unidade I
Da Filosofia para a Filosofia do Direito e a Justiça
Da Filosofia para a Filosofia do Direito: justiça como tema de ligação entre tais campos de 
estudos.
• Filosofia do Direito é uma parte da filosofia que se volta para a reflexão dos pressupostos filosóficos 
do Direito.
• A Filosofia do Direito incorpora as características da filosofia e da ciência ao questionar se o 
Direito é uma ciência e qual é o padrão para a definição de seu objeto.
• A Filosofia do Direito desgarrou-se aos poucos da matriz produzindo um saber cada vez mais 
autônomo. Atualmente, a Filosofia do Direito tornou-se, historicamente, um conjunto de saberes 
acumulados sobre o Direito.
• Para a Filosofia do Direito, a concepção de experiência é o perdurar dos mesmos fatos nas mesmas 
condições com os mesmos resultados.
• Ao tentar definir os quadrantes filosóficos é necessário indicar quais são os elementos que a 
diferenciam de outras formas do conhecimento, assim, a filosofia é, a princípio, um saber racional, 
sistemático, metódico e lógico.
• A Filosofia do Direito é um saber crítico a respeito das construções jurídicas erigidas pela Ciência 
do direito e pela própria práxis do Direito.
• Leitura obrigatória na Introdução do livro Curso de Filosofia do Direito de Bittar e Almeida dos 
seguintes itens: 8. A filosofia do direito como parte da filosofia; 11. Filosofia do direito: conceito, 
atribuições, funções.
Justiça: Direito, moral e jusnaturalismo.
• Um tema que sempre foi estudado pela filosofia e é objeto privilegiado de estudos da filosofia do 
Direito é a Justiça.
• Para compreender e aplicar o significado de justiça é possível dizer que ela é a atribuição de 
avaliação certa.
• A concepçãode justiça no período da Grécia clássica está ligada a ideia de virtude.
• Para a concepção teológica de justiça, que está vinculada às marcas do cristianismo, são os valores 
cristãos estabelecem o parâmetro entre justiça e injustiça.
• Tomás de Aquino define quatro formas de leis: lei eterna, lei divina, lei natural e lei humana. Para 
ele a lei divina é a participação dos homens na lei eterna.
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TÓPICOS ESPECIAIS EM FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E TEÓRICOS DO DIREITO (OPTATIVA)
• O Direito Natural moderno traz uma mudança de centro na esfera do Direito e indica um novo 
caminho a ser percorrido pela Ciência Jurídica, que deixa de estar ligada a concepções mítico-
religiosas, para buscar seu fundamento último na razão.
• Para Hugo Grócio, o jusnaturalismo sustenta-se na razão como instrumento para a elaboração do 
Direito.
• Leitura obrigatória dos capítulos: 5. Aristóteles: justiça como virtude; 8. Justiça Cristã; 13. 
Jusnaturalismo do livro Curso de Filosofia do Direito de Bittar e Almeida.
BIBLIOGRAFIA
BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
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Unidade II
Unidade II
3. Da Filosofia para a Filosofia do Direito: o tema justiça é o elo entre tais campos de estudos.
A passagem da Filosofia para a Filosofia do Direito ocorre pelo significado de Justiça. Justiça só é 
apreendida de forma conceitual, isto é abstrata, portanto reside nessa palavra sentidos que de um modo 
geral escapam às definições. Eis aí um dos motivos que o Direito como ciência trabalha com inúmeras 
definições de justiça, mas nenhuma delas encontra respaldo no conceito. Acrescenta-se, ainda, que aqui 
também se justifica o distanciamento do discurso jurídico como exposição técnica do discurso do Direito. 
É evidente que desde há muito se procura o que efetivamente significa justiça pelas suas 
particularidades, porém todas as inúmeras e constantes tentativas de definições do que é justiça não 
atendem o que ocorre na realidade social. 
Por constituir-se em um ser que contém somente existência ideal e existência de sentimentos, pois é 
um ser que não possui do ponto de vista ontológico a existência concreta. Para esclarecimento imediato: 
ontologia é a parte da filosofia que estuda a existência do ser. 
O ser pode ter sua existência apresentada dos seguintes modos: ideal (existência por ideia); concreta 
(existência material); existência valorativa (valor atribuído) e existência vital (vida). A Justiça tem sua 
existência firmada na ideia de justiça e nos valores que se atribui a este ou aquele fato ou pessoa, 
como por exemplo: isso ou aquilo é justo; este ou aquela é justo!
Das inúmeras tentativas de definições de justiça destacam-se aquelas elaboradas por Aristóteles: 
justiça na totalidade; justiça na particularidade; justiça particular distributiva e corretiva; justiça política; 
justiça doméstica; justiça legal e justiça natural, além do significado de justiça pela equidade! 
O que se percebe em tais concepções é de que o termo justiça sempre vem acompanhado de uma 
adjetivação, isto é de termos que particularizam o universal do primeiro termo Justiça. Portanto, são 
definições e não conceituações.
No entanto, de um modo geral, nos estudos do Direito são as definições aristotélicas que permeiam 
as análises do significado de justiça até hoje! 
Anterior a Aristóteles cabe o significado de justiça na concepção socrática: para a prática da justiça 
é fundamental o conhecimento, sem esse ou aquele conhecimento não é possível a prática da justiça. 
Depois de Sócrates destaca-se a conceituação de Platão. Aqui a coisa ficou mais complicada ainda! 
Em sua obra A República há um esforço por parte de Platão para conceituar Justiça que ao final da 
leitura da referida obra Justiça fica sem conceituação, mas é significativa a seguinte exposição que 
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TÓPICOS ESPECIAIS EM FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E TEÓRICOS DO DIREITO (OPTATIVA)
pode ser inferida da leitura da A República: a justiça para ser praticada deve, antes de tudo, ter uma 
formação social e política justa! Isto é, só é possível a justiça em uma estrutura social que possibilita 
tal prática! 
Agora a pergunta: o que é uma formação social justa? Do ponto de vista sociológico ou antropológico 
a resposta é simples: uma estrutura social que ofereça oportunidade e distribuição para a igualdade 
social, em outras palavras, uma sociedade igualitária! Porém como formar tal estrutura? Platão indicou 
a prática política para tal formação social em A República. Utopia no sentido lato! 
Acrescentam-se, ainda, as definições que foram elaboradas ao longo da História: justiça natural; 
justiça divina; justiça dos reis; justiça dos homens, justiça natural racional e sabem-se lá quantas formas, 
modos e definições de justiça, porém são definições e não conceituações!
Significativa concepção de justiça é aquela construída por Santo Agostinho, significativa, pois a 
justiça é colocada em uma esfera não contrária ao da injustiça, mas colocada na esfera do livre-arbítrio. 
Desse modo a liberdade de seguir ou não a justiça, isto é a justiça divina, cabe a cada humano, 
no sentido de decidir e escolher o que deve fazer: praticar a coisa justa ou pelo contrário pautar seu 
comportamento por outra via, em outras palavras, conduzir a vida em oposição ao que é determinado 
pela lei divina. 
Entende-se, aqui, lei divina como aquilo que é a justiça, pois nenhuma lei criada por Deus seria 
injusta. Pelo livre-arbítrio a responsabilidade da decisão cabe a cada um, no sentido de que a vontade 
para seguir a lei divina ou não é de exclusividade humana. Pode-se, então, fazer a seguinte inferência: 
a justiça decorre do controle da vontade de cada um!
Santo Tomás de Aquino desenvolve uma noção de justiça muito próxima da equidade, no sentido 
de cada um deter aquilo que lhe pertence, no entanto, tal noção, que já estava presente na obra de 
Aristóteles, apresenta uma dificuldade enorme: como dar a cada qual o que efetivamente lhe é por 
justiça determinado? 
Cabe, então, para Santo Tomás de Aquino a explicação de como definir esse dar. Nessa perspectiva o 
pensador escolástico diz que a justiça é uma prática, portanto a ação de justo consiste em comportamentos. 
Tais comportamentos devem direcionar para aquilo que é justo na medida de cada um: não se refere, 
então, para uma igualdade entre isto ou aquilo, mas uma igualdade/dar entre as pessoas e não de bens. 
Poder-se-ia pensar em uma igualdade social. A justiça encontra-se muito próxima de uma justiça na 
esfera divina. As noções posteriores aquelas desenvolvidas por Santo Agostinho e São Tomás de Aquino 
são consideravelmente distantes da denominada lei/justiça divina. 
Quadro síntese:
Filosofia → Justiça → Filosofia do Direito
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Unidade II
4. Justiça
Justiça na perspectiva da filosofia é: universal; abstrata; conceitual.
Universal, pois em todas configurações sociais o sentimento justiça sempre esteve presente. 
Acrescenta-se, ainda, que além da permanência nos mais diversos contextos socioculturais, a justiça 
está presente nas pessoas, no sentido de um sentimento para a convivência social de cada integrante.
A justiça na perspectiva da abstração significa tão somente a dificuldade de apreensão e aplicação 
no cotidiano, pois de um modo geral, há uma apreensão por parte das pessoas de que justiça é tão 
somente a realização dos seus desejos e sentimentos, em outras palavras, há uma apreensão por demais 
subjetiva do significado real e concreto do que é justo ou injusto.
A conceituação de justiça éa mais antiga das preocupações da filosofia, pois desde os gregos, 
passando pela idade média e pela modernidade até chegar a atualidade os filósofos têm se debruçado 
para de uma forma ou de outra elaborar tal conceito. A dificuldade para a conceituação deve-se a 
inúmeros fatores, porém um desses fatores é passar da presença universal e abstrata da justiça para a 
apreensão tanto subjetiva (individual) quanto objetiva (coletiva).
Portanto, pode-se dizer que os obstáculos para conceituar a justiça são: primeiro, justiça: é muito 
mais sentimento do que efetiva construção racional; segundo, justiça: é muito mais sentimento do que 
efetiva construção racional; terceiro, justiça exige a objetividade, isto é, para todos!
Desse modo, justiça não pode ser um valor relativo e muito menos uma medida única: é muito mais 
qualitativa do que quantitativa. Assim, apesar da concepção de justiça na vertente utilitarista não é possível 
conceituar nessa perspectiva pragmática, mesmo porque não há utilidade que habita a palavra justiça.
Oportuno, então, considerar que a conceituação de justiça na esteira da filosofia ou a definição 
na esfera científica é sempre um movimento crítico dos sentimentos e da razão, pois justiça, de um 
modo geral, sempre envolve posições divergentes entre vício e virtude; orgulho e reconhecimento; é de 
natureza subjetiva e objetiva.
No entanto, para efeito de apreensão e daí para a compreensão e, até mesmo para aplicação é 
possível assim esquematizar justiça na esfera do conceito e da definição: é um valor que apreende:
a) muito mais do que distribuição certa das coisas;
b) é uma atribuição de avaliação certa.
Na esfera desse valor justiça adquire o significado de comprometimento com as divergências 
valorativas e com as desigualdades, isto é: a) valorativas apreende a subjetividade (indivíduo); b) 
desigualdades apreende a objetividade (coletivo). Para tanto é imperioso o seguinte pressuposto para 
a compreensão do significado de justiça: a) uma universalização que tem sua origem no singular; b) 
singular é a própria manifestação individual e coletiva.
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Prosseguir nas análises do conceito e da definição de justiça tanto na esfera do histórico quanto na 
esfera do conceitual requer inicialmente a verificação das seguintes formas de compreensão de justiça: 
concepção grega clássica; concepção teológica. Como já visto nos módulos anteriores tais concepções 
marcaram o início da conceituação e definição de justiça.
A concepção grega clássica compreende as concepções firmadas por Sócrates; Platão; Aristóteles.
Pressuposto comum aos três filósofos: justiça é virtude.
 Sócrates: conhecer para a prática ética e, por consequência, para o conhecimento da justiça, 
portanto, a justiça tem sua origem no conhecimento e, mais, no conhecimento de si mesmo.
Platão: acrescenta: para a prática da justiça é imperiosa a seguinte condição: sociedade com 
estrutura justa. A construção de estruturas sociais e políticas é a condição para pensar a justiça e agir 
com justiça. A obra A República é a exposição da sociedade com estrutura justa.
Aristóteles: primeira manifestação na História de que o conceito de justiça se encontra vinculado 
a definição, pois o pressuposto da justiça é a prática da virtude da equidade e suas variações na 
esfera da definição, isto é, a prática da virtude corretiva ou distributiva: no particular; no coletivo; 
nas relações domésticas.
No período histórico seguinte, Idade média, destacaram-se as concepções de Santo Agostinho e de 
São Tomás de Aquino.
Santo Agostinho incorpora a justiça no interior do livre-arbítrio, ou de outra forma, livre-arbítrio 
para seguir a justiça é seguir a lei divina. Santo Tomás de Aquino desenvolve uma noção de justiça muito 
próxima da equidade: não se refere para uma igualdade entre isto ou aquilo, mas uma igualdade/dar 
entre as pessoas e não de bens.
BIBLIOGRAFIA
BITTAR, Eduardo C.B. & ASSIS DE ALMEIDA, Guilherme. Curso de filosofia do direito. São Paulo: Atlas, 2001.
BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. Tradução de Maria Celeste Cordeiro Leite dos 
Santos. 10. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.
_________________. O positivismo jurídico. Lições de filosofia do direito. São Paulo: Ícone, 2006.
IAMUNDO, Eduardo Iamundo. Sociologia e Antropologia do Direito. São Paulo: Saraiva, 2013.
WORKIN, Ronald. Levando os direitos a sério. São Paulo: Martins Fontes, 2002
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Unidade III
Unidade III
Positivismo jurídico e normativismo jurídico kelseniano
Direito Positivo: a concepção filosófica de Hans Kelsen
• O positivismo jurídico restringe-se a positivação norma jurídica. O objeto da Ciência do Direito é 
a norma posta no ordenamento jurídico.
• Para o positivismo jurídico de Kelsen o ordenamento jurídico é sistêmico e operacional.
• Kelsen distingue o jurídico, a norma, do não jurídico, o cultural, sociológico, antropológico, ético, 
metafísico e religioso. Assim, a ética, a política, a sociologia e a economia, não fazem parte do 
campo da Ciência do Direito.
• Kelsen propõe uma Teoria Pura do Direito na pretensão de reduzir todos os fenômenos jurídicos a 
uma dimensão exclusiva e própria capaz de ordena-los coerentemente.
• A ciência jurídica se preocupa em ver, nos diferentes conceitos, o aspecto normativo, reduzindo-
os a norma ou as relações entre normas.
• Distingue entre ser e dever ser, ou seja, entre mundo da natureza e mundão da norma.
• Distingue entre norma jurídica e norma moral. A justiça é uma questão moral e não jurídica.
• Leitura obrigatória: Capítulo II, item 5. O positivismo do livro A Ciência do direito de Tércio Ferraz.
A tríplice concepção do Direito: Del Vecchio e Miguel Reale
• O Direito é entendido como um fenômeno que compreende diversas experiências tanto jurídicas 
quanto históricas de uma determinada sociedade.
• Para a tridimensionalidade do Direito é o valor é atribuído ao fato.
• Giorgio Del Vecchio tem preocupações lógico-transcendentais do Direito, buscando ir além do 
fato jurídico em suas particularidades e singularidades.
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Tríplice concepção do Direito de Giorgio Del Vecchio:
– Dimensão lógica.
– Dimensão fenomenológica.
– Dimensão deontológica.
• Miguel Reale tem preocupação com a marca axiológica.
• Tríplice concepção do Direito de Miguel Reale:
– Fato.
– Valor.
– Norma.
• Na dimensão do fato estão os fatos sociais, culturais construídos ao longo da história.
• Na perspectiva do valor destaca-se a axiologia, isto é, o estudo dos valores elencados por cada 
sociedade.
• Na norma está o ordenamento jurídico.
• Giorgio Del Vecchio e Miguel Reale apresentam em comum a ideia de que o Direito é formado por 
dimensões históricas, axiológicas e normativas.
BIBLIOGRAFIA
FERRAZ JR, Tércio. A ciência do Direito. 2.ed. São Paulo, Atlas, 1988.
REALE, Miguel. O direito como experiência. São Paulo: Saraiva, 1992.
Os princípios de justiça e o discurso sobre o justo
A noção de justiça de John Rawls.
• A noção de Justiça de John Rawls tem como pressupostos: a equidade e o contrato.
• A equidade encontra algumas dificuldades para se realizar, apontadas por Rawls: as diferenças 
entre os indivíduos, as diferenças econômicas e as diferenças em relação aos poderes.
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• Por tais diferenças fica impossível chegar ao denominador comum, isto é, não há possibilidade de 
consenso para determinar o princípio de equidade.• O contratualismo traz uma construção mental do contrato: a pressuposição de que ao nos reunir 
não saibamos qual a posição que ocupamos na sociedade (cobertos por um véu de ignorância).
• A noção de justiça segundo John Rawls comporta:
a. A lei em situação inicial de equidade.
b. A lei com participação desigual dos indivíduos.
c. Princípio de equidade e contrato.
d. A justiça como construção mental.
e. A justiça no sentido natural da condição humana.
• A justiça para Rawls deve ser pensada como o justo e o injusto das instituições.
Justiça e discurso jurídico: Chaïm Perelman.
• Chaïm Perelman se dedicou a estudar a Justiça e discurso jurídico opondo-se ao pensamento 
jurídico positivista.
• O raciocínio e o discurso jurídico contêm marcas múltiplas: o político, o econômico, o social, o 
cultural.
• Justiça não pertence ao abstrato, mas sim aos casos concretos.
• A justiça é, então, apreendida na prática efetiva dos tribunais.
• A verdade é substituída na prática pelo:
– Razoável/não razoável.
– Aceitável/não aceitável.
– Admissível/não admissível.
• A lógica do argumento jurídico inclui o raciocínio indutivo, bem como ponderações que 
incorporam diversas marcas de ordem psicológica, histórico e vivência; portanto, muito mais 
do que a norma jurídica.
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• Por consequência, ocorre um distanciamento da lógica formal conforme a concepção aristotélica 
com a inclusão da lógica do argumento.
• A concepção de justiça de Chaïm Perelman constitui-se em uma forte oposição ao positivo 
jurídico, particularmente ao positivismo de Hans Kelsen.
• Justiça é o resultado de uma interação entre a prática e o raciocínio jurídico. Pela distância com 
a lógica formal, a lógica do argumento desenvolve-se em relação direta com os fatos, com as 
provas, o contexto político, a situação social e cultural. 
• Leitura obrigatória dos capítulos: 24. John Rawls: ética, instituições, direitos e deveres; 26. Chaïm 
Perelman: argumentação, lógica e direito, do livro Curso de Filosofia do Direito de Bittar e Almeida.
BIBLIOGRAFIA
BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
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Unidade IV
Unidade IV
Direito, cultura e sujeito de direito
Os fundamentos teóricos do Direito: a noção de Ronald Dworkin.
Para Dworkin o Direito é em grande parte um fenômeno especulativo, isto é, filosofia. Nessa direção, 
o estudo do Direito se desenvolveria em torno das questões hermenêuticas, isto é, de interpretação da 
norma jurídica em face da dinâmica social. Ele se oporá ao positivismo e ao pragmatismo por entender 
que no centro da reflexão jurídica devem estar as preocupações com a política neoliberal, com a justiça 
distributiva e com o solidarismo social. Para o autor o juízo jurídico não se faz sem o juízo moral e o juiz 
de direito deve estar desatrelado da ordem positiva e da necessidade de garantir direitos individuais.
Para Dworkin a justiça não pode ser construída fora da linguagem, posto que a investigação jurídica 
se constitui como uma forma de interpretação do passado num contexto decisório presente. Nessa 
direção, o Direito se configura como uma atitude interpretativa exercida pela comunidade jurídica que 
visa realizar a justiça. É preciso notar que o Direito, para Dworkin, não é mero fruto da legalidade, mas 
é uma narrativa de valores e de expectativas de justiça.
Da sociedade para a cultura: construção das regras para a convivência social.
• A construção das regras sociais tem como parâmetro a seguinte linha de raciocínio:
Indivíduo → sociedade → regras → coerção → organização social (ciclo)
• As regras para a convivência social podem ser sociais, morais, religiosas, jurídicas.
• A construção das regras sociais, morais, religiosas e jurídicas seguem a configuração cultural e 
histórica de uma determinada sociedade, segundo uma razão instrumental. A razão instrumental 
leva a um olhar de indiferença humana pelo outro, o que faz com que os processos de interação 
sejam massificados e, consequentemente, o ser humano seja elevado a um grau tão elevado de 
objetivação que o seu sentido e a correspondente afeição que se possa ter por ele se percam em 
meio ao processo. É preciso buscar uma moral mínima para que não se perca a humanidade que, 
por sua vez, deveria ser premente em todas as relações sociais.
• Consequência das determinações sociais, culturais e históricas: as sociedades elaboram distintas 
concepções de Direito.
• A vontade de verdade advinda da ciência moderna se enfraqueceu por conta da relativização das 
verdades científicas e o ser humano foi levado a olhar novamente para si mesmo como referência 
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de finalidade, ensejando novas formas de humanismo. A busca pelo justo ao invés do devido 
torna-se cada vez mais acentuada. E, num momento mais recente, a ordem social passa a ser 
mais bem estabelecida por um pluralismo de referenciais normativos, constituídos de normas de 
convivência social não mais exclusivamente jurídica, mas também social, moral e religiosa.
• Leitura obrigatória dos capítulos: 27. Ronald Dworkin: a razoabilidade da justiça; 48. Direito, 
sensibilidade e afeto, do livro Curso de Filosofia do Direito de Bittar e Almeida.
BIBLIOGRAFIA
BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
Da cultura para o Direito e seus significados
Da cultura para o Direito: construção das normas jurídicas.
• O Direito, por ser uma construção histórica, apresenta diversos significados conforme o momento 
histórico e a configuração cultural.
• O momento histórico: de um modo geral, a concepção do Direito é produto de determinadas 
percepções tanto do sentimento de justiça (universal), quanto do significado de direito (particular).
• A configuração cultural: pelas diferenças culturais, podem-se citar as configurações culturais do 
Commom Law e do Civil Law.
• A despeito do fato, do valor e da norma como componentes estruturais do Direito, Miguel Reale 
dá ênfase a relação entre direito e experiência, a partir da qual se destaca a própria importância da 
história dos acontecimentos humanos como uma referencial de reflexão jurídica. Nessa direção, 
os valores pertencerão à esfera do dever-ser e não do ser. A cada valor há um correspondente 
desvalor. E o que os marcam é o que a história informa como referencial axiológico de medida.
• É característica da liberdade a possibilidade de escolha e, enquanto tal é ela que dá ao homem a 
sua dignidade: ser digno é ser livre.
• A Declaração Universal de Direitos Humanos trata das ideias de dignidade e de liberdade como 
fundamentais da pessoa humana, o que implica numa tentativa de superação histórica e de 
valoração de caráter universal acerca do ser humano.
Significados da palavra direito.
De um modo geral, o Direito é entendido como o conjunto das regras jurídicas, no sentido de compor 
um determinado ordenamento jurídico.
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Fundamentos teóricos do Direito
• É de significativa importância acrescentar que o ordenamento jurídico deve estar o mais próximo 
da organização social.
• Dificuldade em conceber o direito: múltiplas significações
- reconhecimento de ideais
- mundo de contradições e coerências
- mundo de obediências e revoltas
- proteção contra um poder arbitrário
- instrumento manipulável que exerce técnicas de controle e dominação.
• Etimologia do Direito: derectum xjus
- gregos: Diké – justo como igualdade
- romanos: Iustitia – direito como o perfeitamente reto
- direito: sentido de jus (consagrado como justo) e de derectum (retidão).
• Direito e linguagem: essencialistas x convencionalistas
- essencialistas: há uma única definição válida para cada palavra que, por sua vez, designa apenas 
um único objeto da realidade
- convencionalistas: a língua é um sistema de signos, cuja relação com a realidade é estabelecida 
arbitrariamente e relativizada segundo o uso
- uma definição de direito dependerá sempre da concepção de língua.
• Assim como Direito não se confunde com Moral, esta não se confunde com a Ética.
• Ética é a capacidade de ação livre e autônoma do ser humano, enquanto que Moral é uma 
manifestação do poder axiológico que, por sua vez, implica num sistema de normatização que 
se impõe contra a vontade individual dos indivíduos. Agir eticamente implica numa decisão 
individual. Enquanto a Ética cuida das questões morais, o Direito cuida das normas jurídicas.
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TÓPICOS ESPECIAIS EM FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E TEÓRICOS DO DIREITO (OPTATIVA)
• Leitura obrigatória dos capítulos: 35. Direito e ética: o comportamento humano em questão; 36. 
Direito, história e valor, do livro Curso de Filosofia do Direito de Bittar e Almeida. Também ler a 
Declaração Universal de Direito Humanos.
BIBLIOGRAFIA
BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
Direito, moral e legitimidade
Direito e Moral: Kant
• Em Kant a concepção de justiça está vinculada ao significado de liberdade, portanto há implicações 
tais que a justiça tem funções sociais e jurídicas.
Kant distingue Direito de Moral:
• Moral é cumprir o dever pelo dever (lei interna).
• Direito é cumprir o dever pela coercitividade.
• O conceito de liberdade em Kant está relacionado ao Iluminismo: o homem dotado de razão 
deverá conduzir suas ações.
• Para compreender a liberdade, é fundamental a exposição do significado do imperativo categórico.
• O imperativo categórico de Kant é expresso da seguinte forma: age só, segundo uma máxima tal, 
que possas querer ao mesmo tempo que se torne lei universal.
• Imperativo categórico: o indivíduo deve agir de modo que sua ação seja aceita universalmente.
• Desse modo, o imperativo categórico não permite a alternativa: é o dever como modo de vida, isto 
é, como ordem!
• Imperativo categórico é o “dever ser”, portanto a liberdade está na esfera do cumprimento deste 
“deve ser” assim!
• Ação objetivamente necessária.
• De um modo geral é possível fazer as seguintes relações entre o Direito e Moral:
• Similaridades entre o Direito e a Moral: ambos têm caráter prescritivo: vinculam e estabelecem 
objetivamente obrigações; ambos são inextirpáveis da convivência.
• Distinções entre o Direito e a Moral:
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Unidade IV
Direito
- normas jurídicas dizem respeito à conduta externa do indivíduo
- exige instâncias objetivas da ação
- as normas jurídicas decorrem de processo legislativo
- sanções jurídicas sempre são previstas nos preceitos normativos
- privado de moralidade, perde sentido, mas não a força, a validade e a eficácia
- decorre de um Poder juridicamente instituído
- a força nunca é arbitrária.
Moral
- normas morais dizem respeito à conduta interna do indivíduo (motivos e intenções)
- a moralidade dos atos repousa na subjetividade de quem age
- as normas morais decorrem dos costumes sociais e dos hábitos individuais
- sanções morais nunca é o conteúdo de preceitos
- decorre de grupos comuns
- a força sempre é arbitrária.
Os conceitos de legitimidade e de legalidade
• O fundamento do direito em exercer o controle social está vinculado à necessidade que a própria 
sociedade expressa – necessidade de organização, sempre no sentido de que esta organização 
deve expor as condições de existência concreta e não meramente idealizada.
• O fundamento do direito em exercer o controle social está vinculado à necessidade que a própria 
sociedade expressa – necessidade de organização, sempre no sentido de que esta organização 
deve expor as condições de existência concreta e não meramente idealizada.
• O significado do valor para a identificação do que é legítimo e legal
• O valor perpassa todos os conhecimentos humanos.
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TÓPICOS ESPECIAIS EM FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E TEÓRICOS DO DIREITO (OPTATIVA)
• O significado do valor para a identificação do que é legítimo e legal. Valorar é atribuir qualidades. 
Atribuir qualidades implica estabelecer uma hierarquia de valores. Para tanto, é necessário localizar 
o lugar do valor no mundo das coisas.
• O significado do valor para a identificação do que é legítimo e legal: Valorar: atribuir qualidades.
• Nada mais, nada menos que diante das ideias ou dos eventos: simplesmente qualifica-se.
• Qualifica-se como belo ou não, justo ou injusto, correto ou incorreto...
• Julga-se o justo pelo valor negativo do injusto. Cabe então distinguir nos valores a polaridade: 
bom, mau; belo, feio etc. Não há o meio termo: é ou não valor.
BIBLIOGRAFIA
BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2001.
Teoria do Ordenamento Jurídico e hermenêutica jurídica
Ordenamento jurídico.
• O ordenamento indica o sentido de unidade presente em um conjunto qualquer, o que implica 
considerar uma referência que estabeleça as ligações entre as partes que formam um conjunto
• Ordenamento jurídico:
– ordem;
– organização;
– lógica.
• O ordenamento mantém sua estrutura a partir de uma referência.
• O sistema mantém sua estrutura a partir daquilo que pode ser ordenado.
• Sistema implica entrada e saída de elementos que irão participar ou não do ordenamento.
• O ordenamento jurídico refere-se ao conjunto de normas, leis, institutos e instituições jurídicas.
• Regras jurídicas ligadas entre si e, ao mesmo tempo, dispostas de forma coerente, de tal modo que 
formam uma unidade sustentada por um ponto referencial.
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Unidade IV
• Seguindo a inspiração kelseniana o Ordenamento Jurídico possui uma estrutura lógico-formal 
composta da norma fundamental, de norma superior e norma inferior.
• Definição de direito: Conjunto de normas jurídicas.
Da hermenêutica e interpretação jurídica: Pierre Bourdieu.
• A hermenêutica é uma disciplina filosófica que tem por objeto de investigação o processo de 
compreensão das diversas formas discursivas.
• A hermenêutica, portanto, é um conjunto teórico que estabelece parâmetros filosóficos para a 
investigação do processo que se realiza entre o pensado e o enunciado.
• Para aplicação da hermenêutica é que se utiliza a interpretação.
• Hermenêutica: campo teórico.
• Interpretação: campo técnico.
• A hermenêutica jurídica existe porque o direito e o jurídico necessitam de interpretação.
• Hermenêutica e interpretação jurídica:
Gramatical: interpretação pelo léxico.
Histórica: interpretação pelo momento em que foram enunciados.
Sistêmica: interpretação pelo texto e contexto legal.
Teleológico: interpretação pelo que pode ocorrer.
Valorativa: interpretação pelos valores sociais.
Lógica: interpretação pelos princípios da lógica.
• Da racionalidade jurídica decorre um distanciamento considerável no uso da linguagem, portanto 
as palavras e o modo de expor os fatos são colocados de modo opaco.
• O discurso jurídico apresenta-se de modo opaco, isto é, permite interpretações.
• A hermenêutica jurídica não permite a amplitude das interpretações, pois o limite para interpretar é 
estabelecido pelo ordenamento jurídico.

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