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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
CONSTITUCIONAL
Poder Judiciário
Livro Eletrônico
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Luciano Dutra
Poder Judiciário
DIREITO CONSTITUCIONAL
Poder Judiciário ..............................................................................................................3
1. Considerações Iniciais .................................................................................................3
2. Órgãos .......................................................................................................................4
3. Estatuto da Magistratura ...........................................................................................8
4. Quinto Constitucional ............................................................................................... 16
5. Garantias Funcionais ................................................................................................ 18
6. Vedações aos Magistrados ....................................................................................... 21
7. Autonomia Administrativa, Orçamentária e Financeira .............................................25
8. Precatórios ............................................................................................................. 28
9. Supremo Tribunal Federal ........................................................................................ 31
10. Conselho Nacional de Justiça ..................................................................................38
11. Superior Tribunal de Justiça .....................................................................................46
12. Justiça Federal ....................................................................................................... 50
13. Justiça do Trabalho .................................................................................................53
14. Justiça Eleitoral ......................................................................................................56
15. Justiça Militar Federal ............................................................................................ 58
16. Justiça Militar Estadual ...........................................................................................59
17. Justiça Estadual ......................................................................................................59
Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis ........................................................................... 60
Resumo ........................................................................................................................73
Questões de Concurso ................................................................................................. 82
Gabarito ..................................................................................................................... 109
Gabarito Comentado .................................................................................................... 110
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTÔNIO CARLOS VIEIRA MOTA JÚNIOR - 073.820.925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Poder Judiciário
DIREITO CONSTITUCIONAL
PODER JUDICIÁRIO
1. Considerações iniCiais
Meu(minha) jovem, como função típica, cabe ao Poder Judiciário julgar, isto é, exercer a 
jurisdição, assim considerado o poder-dever de dizer o Direito, aplicando a lei ao caso concreto 
e compondo os litígios (conflitos de interesses qualificados por uma pretensão resistida). Ati-
picamente, administra seus órgãos e pessoal e legisla, elaborando os regimentos internos dos 
tribunais, à luz do previsto no art. 96, I, a.
Art. 96. Compete privativamente:
I – aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas 
de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funciona-
mento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
Questão 1 (TRE-ES/TÉCNICO/2011) Constitui função típica do Poder Judiciário a função 
jurisdicional.
Certo. 
Exato!!!
Questão 2 (STF/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA: CONTABILIDADE/2008) Um tribunal, ao 
elaborar seu regimento interno, exerce uma função atípica legislativa.
Certo. 
Certíssimo!!!
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Poder Judiciário
DIREITO CONSTITUCIONAL
Questão 3 (CNJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) A função típica do Poder Judiciário é a 
jurisdicional, sendo-lhe vedada a prática das funções administrativa e legislativa, que são re-
servadas, por força do princípio da separação dos poderes, ao Poder Executivo e ao Poder 
Legislativo.
Errado. 
Exerce atipicamente as funções de legislar e administrar.
Para exercer sua importantíssima missão constitucional de julgar, o Poder Judiciário dis-
põe de órgãos. Vamos a eles!
2. Órgãos
Os órgãos do Poder Judiciário estão dispostos, em rol taxativo, no art. 92, são eles:
I – o Supremo Tribunal Federal;
I.A – o Conselho Nacional de Justiça
II – o Superior Tribunal de Justiça;
II.A – o Tribunal Superior do Trabalho;
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
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Poder Judiciário
DIREITO CONSTITUCIONAL
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI – os Tribunais e Juízes Militares;
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Questão 4 (SEAD/FISCAL/2010) São órgãos do Poder Judiciário, dentre outros, o Supremo 
Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, os Tribunais Regionais Federais e Juízes Fede-
rais, os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Certo. 
Conforme o art. 92.
Questão 5 (MPU/NÍVEL SUPERIOR/2013) São órgãos do Poder Judiciário, entre outros, o 
Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas da União.
Errado. 
O TCU não é órgão do Poder Judiciário.
Além disso, o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Su-
periores têm sede na Capital Federal (art. 92, § 1º). Lembrando que, de acordo com o art. 18, § 
1º, a Capital Federal é Brasília. Ademais, o Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores 
têm jurisdição em todo o território nacional (art. 92, § 2º). 
Podemos organizar o Poder Judiciário conforme a figura a seguir. Como órgão de cúpula, 
temos o Supremo Tribunal Federal (STF). Logo abaixo do STF, está o Conselho Nacional de 
Justiça (CNJ). Perceba que represento o CNJ em forma de elipse, diferenciando-o dos demais, 
porque o CNJ, muito embora pertença ao Poder Judiciário, não exerce jurisdição. Falaremos 
no momento adequado que o CNJ é um tribunal administrativo que realiza o controle interno O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTÔNIO CARLOS VIEIRA MOTA JÚNIOR - 073.820.925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Poder Judiciário
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do Poder Judiciário. Abaixo do STF e do CNJ situam-se os Tribunais Superiores. Ensino que os 
Tribunais Superiores são aqueles que possuem “superior” no nome. São eles: o Superior Tribu-
nal de Justiça (STJ), o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e 
o Superior Tribunal Militar (STM).
Abaixo do STJ está a chamada justiça comum. Temos a justiça comum federal formada 
pelos Tribunais Regionais Federais (TRF) e os juízes federais e a justiça comum estadual for-
mada pelos Tribunais de Justiça e os juízes estaduais (ou juízes de direito). Hoje temos efeti-
vamente instalados 5 TRFs, mas importante dizer que a Emenda Constitucional n. 73, de 2103, 
criou mais 4 TRFs. Não houve a instalação dos novos Tribunais Regionais Federais porque 
houve uma decisão cautelar do STF, suspendendo os efeitos da lei que criou esses órgãos (ADI 
5.017). 
Temos, também, a justiça especializada trabalhista, eleitoral e militar. A justiça trabalhista 
é composta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), por 24 Tribunais Regionais do Trabalho 
(TRT) e pelos juízes do trabalho. Por sua vez, a justiça eleitoral é formada pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral (TSE), por 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) e, ainda, por juízes e juntas elei-
torais. Por fim, a justiça militar federal é composta pelo Superior Tribunal Militar (STM) e pelos 
juízes militares, também chamados de juízes-auditores. Tudo isso, conforme a figura abaixo, 
vejamos:
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Por ora, precisamos apenas ter uma boa noção acerca da estrutura do Poder Judiciário. 
Mais a frente, vamos pormenorizar cada órgão do Poder Judiciário, definindo sua composição 
e sua competência.
Questão 6 (STF/CONTADOR/2008) O STF tem jurisdição em todo o território nacional.
Certo. 
Conforme o art. 92, § 2º.
Questão 7 (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) Os tribunais superiores têm sede na 
capital federal e jurisdição em todo o território nacional; já o Conselho Nacional de Justiça 
também tem sede na capital federal, mas não exerce jurisdição.
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Certo.
Exatamente isso que extraímos do art. 92, §§ 1º e 2º.
Agora que conhecemos os órgãos que integram o Poder Judiciário, vamos trabalhar o con-
junto de regras e princípios inerentes a esse Poder, conhecido como Estatuto da Magistratura.
3. estatuto da Magistratura
Prezado(a) discente, o Estatuto da Magistratura é um conjunto de regras e princípios, pre-
vistos no art. 93, relativos ao Poder Judiciário, que será estabelecido obrigatoriamente por lei 
complementar de iniciativa do STF.
Questão 8 (MPU/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) O Supremo Tribunal Federal (STF) 
cumpre, entre outras, a função de órgão de cúpula do Poder Judiciário, e a ele cabe a iniciativa 
de, por meio de lei ordinária, dispor sobre o Estatuto da Magistratura.
Errado. 
O Supremo Tribunal Federal cumpre, entre outras, a função de órgão de cúpula do Poder Ju-
diciário, e a ele cabe a iniciativa de, por meio de lei complementar, dispor sobre o Estatuto da 
Magistratura.
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Questão 9 (TJ-AL/AUXILIAR JUDICIÁRIO/2012) Além do disposto na CF, as garantias e 
prerrogativas da magistratura são disciplinadas por lei complementar, de iniciativa do Supre-
mo Tribunal Federal.
Certo. 
Exato!!!
Segundo o “caput” do art. 93, lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, 
disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os princípios a seguir expostos.
De acordo com o art. 93, I, o ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, 
será mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advo-
gados do Brasil (OAB) em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três 
anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação.
DE OLHO NOS DETALHES
1) O cargo inicial é de juiz substituto.
2) O concurso público será de provas e títulos. Se o examinador disser que o concurso público 
será de provas ou de provas e títulos estará errado.
3) A participação da OAB será em todas as fases.
4) Tem que demonstrar que possui 3 anos de atividade jurídica, aquilo que a doutrina chama de 
“quarentena de entrada”. A definição de atividade jurídica para o ingresso na magistratura está 
prevista em Resolução do CNJ. O importante é saber que a atividade jurídica envolve o efetivo 
exercício da advocacia, o exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério 
superior, que exija a utilização preponderante de conhecimento jurídico, o exercício da função 
de conciliador e o exercício da atividade de mediação ou de arbitragem na composição de lití-
gios.
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Questão 10 (PC-DF/AGENTE/2013) O ingresso na carreira da magistratura ocorre mediante 
concurso público de provas, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas 
as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade advocatícia.
Errado.
O ingresso na carreira da magistratura ocorre mediante concurso público de provas e títulos, 
com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do ba-
charel em Direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica. Conforme ensinamos, a atividade 
jurídica é um conceito mais amplo do que atividade advocatícia.
O inc. II do art. 93 define como se darão as promoções na magistratura. Segundo a norma, 
haverá promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, 
atendidas as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alter-
nadas em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância 
e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com 
tais requisitos quem aceite o lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produ-
tividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos 
oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo 
voto fundamentado de dois terços de seusmembros, conforme procedimento próprio, e asse-
gurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
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e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do 
prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.
Importante assinalar que a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de 
igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas “a” , “b” , “c” e “e” deste inciso 
II (art. 93, VIII-A).
Dito isso, vamos a um mapa mental das partes mais importantes vistas até aqui.
O art. 93, III, define como será a promoção para outra instância, afirmando que o acesso 
aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente, apura-
dos na última ou única entrância.
Segundo o art. 93, IV, o cumprimento de 2 anos de estágio probatório não é suficiente 
para o vitaliciamento. Segundo a norma, há previsão de cursos oficiais de preparação, aper-
feiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vita-
liciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e 
aperfeiçoamento de magistrado.
O art. 93, V, nos traz o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores, dizendo que cor-
responderá a 95% do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
Além disso, informa que os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalo-
nados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária 
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nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a 10% ou inferior a 5%, nem 
exceder a 95% do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores.
Vamos entender melhor este inciso V. O teto geral da Administração Pública é o subsídio 
mensal em espécie dos Ministros do STF. Já o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superio-
res (STJ, TST, TSE e STM) corresponderá a 95% do subsídio mensal fixado para os Ministros 
do STF. Por sua vez, os Desembargadores dos TJs e TRFs terão como limite remuneratório o 
patamar de 95% do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, que corresponde 
a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF, conforme citado na parte final do art. 37, XI. Ade-
mais, a diferença do subsídio de um juiz para um desembargador deve estar entre 5 a 10% do 
subsídio de um de outro. Para facilitar ainda mais, vamos à uma figura.
Conforme o art. 93, VI, a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes 
observarão o disposto no art. 40, que trata do regime próprio de previdência social, que estuda-
mos ao tratar da Administração Pública.
O art. 93, VII, determina que o juiz titular resida na respectiva comarca, salvo autorização 
do tribunal. Perceba que não há a exigência constitucional de que o juiz substituto resida na 
respectiva comarca.
Segundo o inc. VIII do art. 93, o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por 
interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal 
ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa. Esse inc. VIII foi alterado pela 
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Emenda Constitucional n. 103, de 2019, para acabar com a aposentadoria compulsória dos 
magistrados. Portanto, muito cuidado com isso: não se fala mais em sanção de aposentadoria 
compulsória. OK?
A publicidade dos julgamentos e a exigência de fundamentação das decisões judiciais 
são asseguradas pelo art. 93, IX, segundo o qual todos os julgamentos dos órgãos do Poder 
Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, poden-
do a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou 
somente a estes (os advogados), em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do 
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.
Vamos a um mapa mental que aborda os aspectos mais importantes.
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As decisões administrativas dos tribunais também serão motivadas e em sessão pública, 
sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros (art. 93, X).
Questão 11 (AGU/PROCURADOR FEDERAL/2013) De acordo com a CF, os julgamentos dos 
órgãos do Poder Judiciário serão públicos e todas as decisões administrativas dos tribunais 
ocorrerão em sessões públicas.
Certo. 
Conforme o art. 93, X.
O art. 93, XI, fala do órgão especial citado por nós ao estudarmos o princípio da reserva de 
plenário dentro do contexto do controle de constitucionalidade. Segundo a norma, nos tribu-
nais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, 
com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições 
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se me-
tade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno.
Já o art. 93, XII, veda férias forenses para juízos e tribunais de segundo grau, apenas. 
Diz a Constituição Federal que a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias 
coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver 
expediente forense normal, juízes em plantão permanente. Ou seja, não são vedadas férias 
coletivas nos Tribunais Superiores e no Supremo Tribunal Federal.
Questão 12 (TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO/2011) A Emenda Constitucional n. 45, que implantou 
a reforma do Poder Judiciário, confirmou o entendimento do CNJ de estabelecer férias coleti-
vas para os juízes e membros dos tribunais de segundo grau.
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Errado. 
São vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau.
Questão 13 (STM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2018) No Superior Tribunal Militar, poderá ser 
constituído órgão especial para o exercício dasatribuições administrativas e jurisdicionais de-
legadas de competência do tribunal pleno.
Errado.
Segundo o art. 93, XI, nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser 
constituído órgão especial. Como no STM há 15 Ministros apenas, não poderá constituir órgão 
especial. Falaremos sobre a composição do STM no momento adequado.
O número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e 
à respectiva população (art. 93, XIII).
Se você um dia for fazer concurso para servidor do Poder Judiciário, cuidado com o que 
vou dizer agora. De acordo com o art. 93, XIV, os servidores receberão delegação para a práti-
ca de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório.
Por fim, a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição (art. 
93, XV).
Para finalizar o estudo do Estatuto da Magistratura, vamos ao mapa mental a seguir que 
explora os aspectos mais importantes.
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Visto isso, vamos explicar o que é o quinto constitucional.
4. Quinto ConstituCional
À luz do art. 94, um quinto das vagas nos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais de 
Justiça dos Estados e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios será composto 
de membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de 
notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade pro-
fissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
Recebidas as indicações, o tribunal (TRF, TJ ou TJDFT) formará uma lista tríplice, envian-
do-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes 
para nomeação (art. 94, parágrafo único).
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DE OLHO NOS DETALHES
1) Segundo o art. 94, os tribunais que devem respeitar o quinto constitucional são os Tribunais 
Regionais Federais (TRFs), os Tribunais de Justiça dos Estados (TJs) e o Tribunal de Justiça do 
Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
2) Um quinto das vagas nesses tribunais serão preenchidas por membros do Ministério Públi-
co (MP) e advogados.
3) Os membros do MP devem possuir mais de 10 anos de carreira.
4) Os advogados devem possuir notório saber jurídico e reputação ilibada com mais de 10 
anos de efetiva atividade profissional.
5) Os advogados e membros do MP serão indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de repre-
sentação das respectivas classes.
6) Ao receber a lista sêxtupla, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, 
que, nos 20 dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
7) Se o tribunal for o TJ, a escolha caberá ao Governador, mas se os tribunais forem os TRFs ou 
o TJDFT a escolha caberá ao Presidente da República.
8) Além dos tribunais citados no art. 94, também respeitam o quinto constitucional os tribu-
nais pertencentes à Justiça do Trabalho, ou seja, o Tribunal Superior do Trabalho e os Tribunais 
Regionais do Trabalho (arts. 111-A, I e 115, I).
9) Só os tribunais citados devem respeitar o quinto constitucional. Isto é, o Superior Tribunal de 
Justiça não observa o quinto constitucional.
Questão 14 (MPOG/APO/2008) Um quinto dos lugares do Superior Tribunal de Justiça será 
composto de membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advoga-
dos de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas clas-
ses.
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Errado. 
No STJ não há quinto constitucional.
Questão 15 (STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2018) Um quinto das vagas de magistrados de to-
dos os tribunais superiores é destinado a membros da advocacia, eleitos por meio de lista 
tríplice indicada pela Ordem dos Advogados do Brasil.
Errado.
Não é isso que prevê o recém estudado art. 94.
Tratemos doravante das garantias funcionais dos juízes.
5. garantias FunCionais
O art. 95 traz algumas garantias destinadas aos membros do Poder Judiciário para que 
possam exercer a jurisdição de maneira imparcial e independente. São elas:
a) vitaliciedade: adquirida, em primeiro grau, após dois anos de exercício. Apesar do si-
lêncio da Constituição Federal, podemos afirmar que os membros da magistratura que 
ingressam diretamente nos Tribunais adquirem vitaliciedade logo após a posse. Impor-
tante dizer que durante o estágio probatório de dois anos, a perda do cargo dependerá 
apenas de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado. Mas, após adquirir 
vitaliciedade, a perda do cargo exigirá sentença judicial transitada em julgado.
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1) A vitaliciedade do juiz que entra no 1º grau mediante concurso público de provas e títulos 
será adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos.
2) Conforme já estudamos, após o estágio probatório de 2 anos, o vitaliciamento não será 
automático. De acordo com o art. 93, IV, constitui etapa obrigatória do processo de vitalicia-
mento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aper-
feiçoamento de magistrados.
3) Durante o estágio probatório de 2 anos, o juiz poderá perder o cargo por deliberação do tri-
bunal a que estiver vinculado.
4) Para os juízes que entram direto nos tribunais, a vitaliciedade já se dá na data da posse.
5) Após o vitaliciamento, a perda do cargo dependerá de decisão judicial transitada em julgado.
Questão 16 (STM/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2011) Advogado nomeado desembargador 
de um tribunal de justiça estadual adquire vitaliciedade imediatamente a partir dessa nomeação.
Errado.
Nesse caso, a vitaliciedade se dá na data da posse.
b) inamovibilidade: o membro da magistratura não poderá, como regra, ser removido con-
tra a sua vontade, salvo por motivo de interesse público, pelo quórum de maioria absolu-
ta do respectivo tribunal, assegurada a ampla defesa, ou decisão do Conselho Nacional 
de Justiça (também por maioria absoluta). Como se nota, a garantia da inamovibilidade 
é relativa, podendo ser afastada quando presente o interesse público e houver decisão 
por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, 
assegurada ampla defesa.
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Questão 17 (TJ-MS/JUIZ/2008) Aos juízes são asseguradas algumas garantias, que se des-
tinam a efetivar a independência da atividade judicial. A garantia da inamovibilidade é excep-
cionada quando presente o interesse público, e o ato de remoção do magistrado deve fundar-
-se em decisão por voto de maioria simples do respectivo tribunal, com revisão obrigatória do 
Conselho Nacional de Justiça.
Errado. 
Aos juízes são asseguradas algumas garantias, que se destinam a efetivar a independência da 
atividade judicial. A garantia da inamovibilidade é excepcionada quando presente o interesse 
público, e o ato de remoção do magistrado deve fundar-se em decisão por voto de maioria ab-
soluta do respectivo tribunal, assegurada a ampla defesa, ou decisão do CNJ.
Questão 18 (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO I/2018) A inamovibilidade dos juízes é uma ga-
rantia não absoluta.
Certo.
A inamovibilidade pode ser relativizada por motivo de interesse público, pelo quórum de maio-
ria absoluta do respectivo tribunal, assegurada a ampla defesa, ou decisão do CNJ.
c) irredutibilidade de subsídio: cuida-se de uma irredutibilidade nominal, vale dizer, não 
garante o aumento automático caso o valor real do subsídio seja consumido pela infla-
ção. 
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Os membros do Poder Judiciário devem respeitar algumas vedações trazidas pelo art. 95, 
parágrafo único. Vejamos!
6. Vedações aos Magistrados
Segundo o art. 95, parágrafo único, aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério. 
Ou seja, o juiz não poderá acumular nenhum outro cargo público ou nenhuma outra função 
pública, salvo o cargo de magistério. O STF entendeu que o termo “uma de magistério” aqui 
trazido não deve ser interpretado no sentido matemático, mas sim no sentido de haver compa-
tibilidade de horários, ou seja, a atividade de magistério (quantas forem) não pode prejudicar o 
exercício da magistratura (ADI 3.126);
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária. Lembremos que o juiz pode acumular a fun-
ção de juiz eleitoral, justamente para fiscalizar os pleitos eleitorais. Portanto, para manter sua 
independência e imparcialidade, não poderá ter nenhuma vinculação político-partidária;
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, en-
tidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
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V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três 
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. É o que a doutrina chama 
de “quarentena de saída”. A razão dessa vedação é impedir eventual tráfico de influência ou 
exploração de prestígio pelo magistrado que se afastou por aposentadoria ou exoneração, em 
detrimento das normas de moralidade administrativa. Que fique claro que essa proibição atin-
ge todos os membros do Poder Judiciário, desde o juiz de 1º grau até os Ministros do Supremo 
Tribunal Federal.
Importante dizer que o termo “juízo” trazido pelo art. 95, parágrafo único, inc. V, no caso 
da primeira instância, deve ser interpretado como comarca. Vejamos o que diz Alexandre de 
Moraes sobre o tema (Constituição do Brasil Interpretada. Ed. Atlas. 5ª Edição, 2005, pg. 1371):
Em relação à quarentena, importante ressaltar a imprecisão da redação da EC nº 45/04, pois ao 
estabelecer a vedação ao exercício da advocacia, pelo prazo de três anos, pelo magistrado aposen-
tado ou exonerado no juízo ou tribunal do qual se afastou, poderá permitir interpretações que tornem 
sem efeito essa importante norma de moralidade administrativa, no tocante a juízes de 1º grau, em 
comarcas que não sejam de Vara Única. Ora, se a finalidade da inovação constitucional foi impedir 
eventual tráfico de influência ou exploração de prestígio, em detrimento das normas de moralidade 
administrativa, a expressão “no juízo do qual se afastou” deve ser interpretada, em relação aos 
juízes de 1º grau aposentados ou exonerados, como “na Comarca da qual se afastou”, pois seria 
de absoluta inutilidade proibir-se, por exemplo, o juiz aposentado da 3ª Vara Cível da Comarca de 
São Paulo de advogar somente nessa Vara, permitindo-lhe a advocacia em todas as outras Varas da 
Comarca da Capital do Estado de São Paulo.
Questão 19 (BACEN/PROCURADOR/2005) Aos juízes é vedado exercer qualquer outro car-
go ou função.
Errado. 
Pode acumular o cargo público de magistério.
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Questão 20 (PC-RN/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO/2008) Aos juízes é vedado 
exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três meses do 
afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração.
Errado. 
Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de de-
corridos três ANOS do afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração.
Questão 21 (PC-DF/ESCRIVÃO/2013) O juiz não poderá exercer a advocacia no juízo ou tri-
bunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposen-
tadoria ou exoneração.
Certo. 
Exato!!!
Questão 22 (MPU/TÉCNICO/2013) A regra segundo a qual os juízes não podem, antes de 
decorridos três anos do afastamento do cargo, exercer a advocacia no juízo ou no tribunal do 
qual tenham se afastado aplica-se tanto ao afastamento por aposentadoria quanto ao por 
exoneração.
Certo. 
Certíssimo!!!
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Questão 23 (DEFENSOR PÚBLICO DO DF/2013) A regra constitucional que proíbe o ma-
gistrado de exercer a advocacia no juízo ou no tribunal do qual se tenha afastado, antes de 
decorrido o período de três anos, contados do afastamento do cargo, aplica-se tanto ao Poder 
Judiciário estadual quanto ao federal de qualquer instância, incluindo-se o STF, o STJ e os de-
mais tribunais superiores.Certo. 
Exatamente!!!
Questão 24 (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2012) A CF veda aos juízes que se aposentarem 
ou forem exonerados o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastaram até o 
decurso de três anos após o desligamento.
Certo. 
Percebeu a importância de conhecer o instituto da quarentena de saída?
Questão 25 (EMAP/ASSISTENTE PORTUÁRIO/2018) Aos juízes, ainda que em disponibili-
dade, é vedado o exercício de qualquer outro cargo ou função pública.
Errado.
Segundo o art. 95, parágrafo único, I, pode acumular o cargo público de magistério.
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7. autonoMia adMinistratiVa, orçaMentária e FinanCeira
Dentro da autonomia administrativa atribuída pela Constituição Federal ao Poder Judiciá-
rio, o art. 96, inc. I, estabelece que compete privativamente aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das 
normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e 
o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
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b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vincula-
dos, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva 
jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no 
art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de con-
fiança assim definidos em lei;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores 
que lhes forem imediatamente vinculados;
O Poder Judiciário também possui a competência legiferante para propor projetos de lei 
sobre assuntos inerentes a esse Poder. Estabelece o art. 96, inc. II, que compete privativamen-
te ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao 
Poder Legislativo respectivo:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juí-
zos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, 
inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
O art. 96, inc. III, traz uma regra de competência. Segundo a Constituição Federal, compete 
privativamente aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Terri-
tórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilida-
de, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
Por sua vez, o art. 97, consagra o princípio da reserva de plenário amplamente estudado 
dentro do controle de constitucionalidade. Diz a norma que somente pelo voto da maioria ab-
soluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais 
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
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O art. 98 trata dos juizados especiais e da justiça de paz. De acordo com a Constituição 
Federal, a União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para 
a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações 
penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permi-
tidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de 
juízes de primeiro grau;
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e 
secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamen-
tos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e 
exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legis-
lação.
Por fim, dentro da autonomia orçamentário-financeira do Poder Judiciário, o art. 99 deter-
mina que:
1) Os tribunais elaborem suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados 
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias (LDO).
2) O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Supe-
riores, com a aprovação dos respectivos tribunais;
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribu-
nais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.
3) Se os órgãos referidos acima não encaminharem as respectivas propostas orçamentá-
rias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo consi-
derará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei 
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma da LDO. 
4) Se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites esti-
pulados na LDO, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolida-
ção da proposta orçamentária anual.
5) Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despe-
sas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplemen-
tares ou especiais. 
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8. PreCatÓrios
Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, 
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresen-
tação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de 
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim (art. 100, 
caput).
Pode-se afirmar que os precatórios são uma ordem de pagamento proveniente de uma 
condenação transitada em julgada em face da Fazenda Pública (ou seja, o ente público perdeu 
a ação e foi condenado a pagar uma quantia certa).
FOCO NOS DETALHES:1) o pagamento ocorrerá após sentença judicial transitada em julgada em que a Fazenda Públi-
ca tenha sido condenada a pagar quantia certa;
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2) deve-se respeitar a exata ordem cronológica de apresentação dos precatórios;
3) é proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias destinadas ao 
pagamento dos precatórios.
Os débitos de natureza alimentícia, assim entendidos aqueles decorrentes de salários, ven-
cimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indeniza-
ções por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença 
judicial transitada em julgado, serão pagos com preferência (ou seja, terão uma fila especial) 
sobre todos os demais débitos, que seguem a ordem geral (art. 100, § 1º). 
FOCO NA JURISPRUDÊNCIA
Segundo o STF, a definição do que se entende por crédito de natureza alimentícia não é taxati-
va. Como exemplo, os honorários advocatícios são considerados também créditos de natureza 
alimentícia que devem ser pago com prioridade via precatório (RE 470.407).
Nos casos de débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão 
hereditária, tenham 60 anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com 
deficiência, assim definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os 
demais débitos, até o valor equivalente ao triplo dos débitos considerados de pequeno valor, 
admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cro-
nológica de apresentação do precatório (art. 100, § 2º). 
Nesses termos, pode-se dizer que há três “filas” distintas no regime de precatórios: 
1ª fila - débitos de natureza alimentícia, cujos os titulares tenham mais de 60 anos ou se-
jam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, até o valor equivalente ao triplo 
dos débitos considerados de pequeno valor, admitido o fracionamento para essa finalidade, 
sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório; 
2ª fila - demais débitos de natureza alimentícia; 
3ª fila - demais débitos de natureza não alimentar.
O regime de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis 
como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial 
transitada em julgado (art. 100, § 3º).
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Importante fixar que é obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito pú-
blico, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas 
em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o 
pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados moneta-
riamente (art. 100, § 5º). 
Com isso, terminamos o estudo das disposições gerais acerca do Poder Judiciário. Agora 
vamos tratar da composição e da competência dos tribunais, começando pelo STF. Venha 
comigo!
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9. suPreMo tribunal Federal
Composição
O Supremo Tribunal Federal (STF) é composto por 11 Ministros, nomeados pelo Presiden-
te da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, dentre brasileiros 
natos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber 
jurídico e reputação ilibada (art. 101).
DE OLHO NA DOUTRINA
Quanto ao requisito de notável saber jurídico, Alexandre de Moraes informa que o STF 
não exige para seus membros a obrigatoriedade do bacharelado em Ciências Jurídicas e 
tampouco que seus membros sejam provenientes da magistratura. Porém, o tema está 
longe de ser pacífico. Pedro Lenza, por exemplo, afirma que todo Ministro do STF terá de 
ser, necessariamente, jurista, tendo cursado a faculdade de direito.
DICA DO LD
Para memorizar o número de membros por tribunal, vamos 
trazer alguns mnemônicos que, apesar de simples, ajuda-nos 
na hora da prova. Então, vamos ao primeiro: STF - Santos é um 
Time de Futebol. Um time de futebol tem 11 jogadores, portan-
to o STF tem 11 membros.
Questão 26 (MPU/TÉCNICO DO MPU/2018) O presidente da República, embora nomeie os 
ministros que compõem o Supremo Tribunal Federal, não interfere na função jurisdicional des-
se órgão.
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Certo.
Conforme o art. 101, compete ao Presidente da República a escolha dos onze Ministros do 
STF. E, de fato, o Presidente da República não pode interferir na função jurisdicional do Supre-
mo em obediência ao princípio da separação dos poderes.
Competências
À luz do art. 102, inc. I, compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a 
ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. Na verdade, ao STF 
compete processar e julgar todas as ações de controle concentrado de constitucionalidade;
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b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros 
do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; 
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado 
e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 
52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de 
missão diplomática de caráter permanente. As alíneas “b” e “c” nos mostram as autoridades 
que gozam de prerrogativa de foro no STF. Se os Ministros de Estado e os Comandantes da 
Marinha, do Exército e da Aeronáutica cometerem crime de responsabilidade conexo com o 
Presidente e o Vice-Presidente, a competência será do Senado Federal;
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; 
o mandado de segurança e o habeasdata contra atos do Presidente da República, das Mesas 
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procura-
dor-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal. Cuidado: se for ação popular em 
face dessas autoridades, a competência é do juiz federal de 1ª instância;
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Dis-
trito Federal ou o Território. Caso o litígio seja entre Estado estrangeiro ou organismo interna-
cional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País, a competência é do juiz federal 
de 1ª instância (art. 109, II), com recurso ordinário para o Superior Tribunal de Justiça (art. 105, 
II, “c”);
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre 
uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta. Nesse caso, o papel 
do STF é proteger o pacto federativo. Se o litígio for entre a União (e suas entidades da adminis-
tração indireta) e o Município, a competência será do juiz federal de 1ª instância (ACO 1.342);
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro. Sempre bom lembrar que o STF vai ana-
lisar a juridicidade do pedido extradicional. A decisão final cabe ao Presidente da República, 
na qualidade de Chefe de Estado. Entretanto, se o STF negar a extradição, o Presidente ficará 
vinculado a essa decisão. 
h) (Revogado pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004)
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente 
for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo 
Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;
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j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas 
decisões;
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delega-
ção de atribuições para a prática de atos processuais;
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente in-
teressados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam 
impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados. Frise-se que há a necessidade de 
que todos (absolutamente todos) os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente 
interessados (ACO 2.126); 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, 
entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal. Todas as vezes em que o 
conflito de competência envolver Tribunal Superior, a competência para dirimi-lo será do STF;
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição 
do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um 
dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Minis-
tério Público.
Questão 27 (CNJ/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2013) De acordo com o entendimento do 
STF, o CNJ não exerce função jurisdicional, e os seus atos e decisões sujeitam-se ao controle 
jurisdicional da corte constitucional.
Certo. 
Conforme o art. 102, I, r, da CF/1988.
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Questão 28 (MPU/ANALISTA DO MPU/DIREITO/2018) Compete ao Supremo Tribunal Fe-
deral processar e julgar, originariamente, ações contra o CNJ.
Certo.
É o que determina o art. 102, I, “r”, da CF/1988.
Dito isso, vamos a um mapa mental que retrata as competências originárias mais impor-
tantes.
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Em sede recursal, de acordo com o art. 102, II, compete ao STF julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção de-
cididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
b) o crime político.
Por fim, segundo o art. 102, III, compete ao STF julgar, mediante recurso extraordinário, as 
causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo da Constituição Federal;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal;
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
Importante mencionar que no recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a re-
percussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de 
que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação 
de dois terços de seus membros (art. 102, § 3º).
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Súmula Vinculante
O art. 103-A, incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004 (chamada de reforma do 
Poder Judiciário) prevê a súmula vinculante, dizendo que o Supremo Tribunal Federal poderá, 
de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reite-
radas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula [vinculante] que, a partir de sua 
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder 
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e munici-
pal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
A súmula vinculante terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas de-
terminadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e 
a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de 
processos sobre questão idêntica.
Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento 
de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitu-
cionalidade. A Lei nº 11.417, de 2006, que disciplina a edição, a revisão e o cancelamento de 
enunciado de súmula vinculante pelo Supremo Tribunal Federal, ampliou este rol. Segundo o 
art. 3º, da Lei nº 11.417, de 2006, são legitimados a propor a edição,a revisão ou o cancela-
mento de enunciado de súmula vinculante: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado 
Federal; III – a Mesa da Câmara dos Deputados; IV – o Procurador-Geral da República; V - o 
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI - o Defensor Público-Geral da União; 
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VII – partido político com representação no Congresso Nacional; VIII – confederação sindical 
ou entidade de classe de âmbito nacional; IX – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câ-
mara Legislativa do Distrito Federal; X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; XI - os 
Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, 
os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais 
Eleitorais e os Tribunais Militares.
Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevida-
mente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, 
anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra 
seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
DICA DO LD
Para a edição de uma súmula vinculante, deve haver os seguin-
tes requisitos:
1) reiteradas decisões sobre matéria constitucional;
2) controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e 
a administração pública;
3) grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de pro-
cessos sobre questão idêntica;
4) decisão de dois terços dos membros do STF.
10. Conselho naCional de Justiça
Composição
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é um órgão integrante do Poder Judiciário com 
competências meramente administrativas, criado pela EC n. 45, de 2004, que incluiu o art. 
103-B à Constituição Federal. Vale dizer, integra o Poder Judiciário, mas não exerce jurisdição. 
Justamente por pertencer à estrutura do Poder Judiciário, exerce sobre ele um controle 
interno.
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Questão 29 (SERPRO/ADVOGADO/2013) O Conselho Nacional de Justiça, apesar de pos-
suir natureza exclusivamente administrativa, foi arrolado pela CF como um dos órgãos do Po-
der Judiciário.
Certo. 
Exato!!!
Questão 30 (PM-DF/ADMINISTRAÇÃO/2010) O Conselho Nacional de Justiça é um órgão 
do Poder Judiciário e tem jurisdição em todo o território nacional.
Errado. 
Não exerce jurisdição.
Segundo o art. 103-B, o Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 membros com 
mandato de 2 anos, admitida 1 recondução, sendo formado por uma composição híbrida, a 
saber:
I – o Presidente do Supremo Tribunal Federal; 
II – um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; 
III – um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; 
IV – um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; 
V – um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; 
VI – um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
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VII – um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
VIII – um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; 
IX – um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
X – um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da Repú-
blica; 
XI – um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da Repú-
blica dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;
XII – dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
XIII – dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câma-
ra dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 
O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas au-
sências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Os demais membros do Conselho, fora o Presidente do STF, serão nomeados pelo Presi-
dente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste art. 103-B, caberá a escolha 
ao Supremo Tribunal Federal.
DICA DO LD
CNJ – Comemoração Nacional das mulheres Jovens, que se 
dá ao 15 anos. Portanto, 15 membros.
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DICA DO LD
A partir da EC 61, de 2009, não há limites mínimo e máximo de 
idade para compor o CNJ.
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DICAS DO LD
1) Os juízes oriundos dos tribunais superiores são indicados 
pelo próprio tribunal;
2) Os juízes oriundos da magistratura estadual são indicados 
pelo STF;
3) Os juízes oriundos da magistratura federal são indicados 
pelo STJ;
4) Os juízes oriundos da justiça do trabalho são indicados pelo 
TST;
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5) Os membros do Ministério Público são indicados pelo PGR;
6) Os advogados são indicados pelo Conselho Federal da OAB;
7) Os cidadãos são indicados pelas Casas do Congresso Na-
cional.
Competências
De acordo com o § 4º do art. 103-B, compete ao Conselho Nacional de Justiça o controle 
da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres 
funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo 
Estatuto da Magistratura: 
I – zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistra-
tura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendarprovidências;
II – zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legali-
dade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, poden-
do desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao 
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;
Questão 31 (STF/NÍVEL MÉDIO/2013) O CNJ tem competência para apreciar, de ofício ou 
mediante provocação, a legalidade de atos administrativos praticados por membros do Poder 
Judiciário, exercendo sobre este último um controle externo.
Errado. 
Como vimos anteriormente, por pertencer ao Poder Judiciário, o CNJ exerce um controle inter-
no.
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III – receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, 
inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços nota-
riais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da 
competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares 
em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, 
assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
IV – representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou 
de abuso de autoridade; 
V – rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e mem-
bros de tribunais julgados há menos de um ano;
VI – elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolata-
das, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
VII – elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a 
situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar men-
sagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por 
ocasião da abertura da sessão legislativa.
O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e fica-
rá excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que 
lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes: 
I – receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistra-
dos e aos serviços judiciários; 
II – exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral; 
III – requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores 
de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios. 
Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho 
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Oficiar junto ao CNJ significa ter assento reserva-
do no Plenário com direito de voz (direito de manifestação) durante as sessões de julgamento, 
mas sem direito a voto.
A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça, com-
petentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou 
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órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao 
Conselho Nacional de Justiça. 
Por fim, é importante destacar que o CNJ está abaixo do STF, não fiscalizando os atos dos 
seus Ministros.
Questão 32 (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO I/2018) O Conselho Nacional de Justiça é ór-
gão que exerce o controle da atuação administrativa, financeira e jurisdicional no âmbito de 
todo o Poder Judiciário.
Errado.
O CNJ não exerce função jurisdicional.
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11. suPerior tribunal de Justiça
Composição
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) compõe-se de no mínimo 33 Ministros, nomeados 
pelo Presidente da República, dentre brasileiros (natos ou naturalizados) com mais de 35 e 
menos de 65 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha 
pela maioria absoluta do Senado Federal (art. 104, caput, e parágrafo único). A escolha pelo 
Presidente da República deve respeitar, além dos requisitos citados, os quantitativos a seguir 
(art. 104, parágrafo único, I e II):
I – um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembar-
gadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II – um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, 
Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
DICA DO LD
O STJ não obedece o quinto constitucional, uma vez que a 
Constituição Federal determina que 1/3 (e não 1/5) das vagas 
sejam reservadas a advogados e membros do Ministério Pú-
blico.
DICA DO LD
STJ – Santíssima Trindade de Jesus, que morreu aos 33 anos. 
Portanto, 33 membros (no mínimo).
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Competências
Segundo o art. 105, compete ao STJ:
I – processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos 
de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito 
Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tri-
bunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos 
Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que 
oficiem perante tribunais. Essas autoridades possuem foro por prerrogativa de função no STJ;
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Co-
mandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas 
na alínea “a”, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou 
Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça 
Eleitoral; 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, 
I, “o”, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais 
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