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Semiologia Ruminantes Maria Eduarda Backes Perin Data: 29/03/2022 Contenção dos animais: Diminuir atividade física do animal; Proteger o animal; Proteger o clínico; Permitir um exame mais detalhado; (alguns ponto são considerados de alto risco, como as patas). Define o resultado de um bom exame clinico e exame físico. Tipos de contenção: Química; Física; Contenção de ovinos: Deve-se sempre considerar que: Muitas vezes o grande valor do animal está na lã Esta foi trabalhada, por exemplo, para exposição Evitar pegar o animal pela lã Utilizar calçados adequados (fechados) sem acessórios, anéis, brincos, colares. Lesões através do casco são sempre perigosos Desestabilização: Pescoço e virilha. Mesa de contenção. Contenção de suínos: Cachimbo Prende-se a porção superior do focinho do animal, juntamente com o maxilar, atrás das presas. Contenção de bovinos: Observar a origem do animal Europeu ou zebuíno Observar a especialização animal Leite ou carne Ter sempre muita atenção Não chegar diretamente na diagonal dos membros posteriores Ter atenção mesmo nos contatos laterais. Tronco de contenção; Nem sempre vai ter na propriedade. Deve observar a região de abordagem. Mesa de contenção. Existem técnicas especificas para vacas leiteiras. Derrubamento de bovinos: Observar alguns cuidados especiais: O veterinário deve saber nós fáceis de desfazer Sempre observar a região de exame Observar a característica do animal Deve ser feito com firmeza Método italiano: Formando dois X um abaixo do pescoço e o outro acima do animal, bom para vacas leiteiras. Método Rueff: Exames clínicos dos sistemas Cardiocirculatório: Doenças cardiocirculatórias: Inicialmente assintomáticas Primeiros sintomas, a doença normalmente já está evoluída Prognóstico, tende ao desfavorável (quando o animal apresenta sinais). Afecções cardíacas: Primárias, afetam sistema circulatório, ex.: infarto do miocárdio (próprio coração). Secundárias, afetam outros sistemas que levam aos problemas circulatórios, ex.: insuficiência renal. Afecções cardíacas: Congênitas: Sopro, Ectopia cordis Adquiridas: Reticulopericardite Traumática Afecções cardíacas: Individuais: Reticulopericardite traumática, endocardites, arritmias Coletivas: Reticulopericardite traumática, intoxicação (é sempre importante avaliar se outros animais das propriedades possuem os mesmos sintomas, algumas doenças podem ser evitadas (descobrindo a causa delas). Exames clínicos: Identificação do paciente: Espécie Raça Idade Sexo Anamnese: Queixa principal Primeiros sinais clínicos Manejos Medicamentos, etc Avaliação visual: Alguns sinais clínicos: como postura, inchaço, jugular cheia, podem indicar problemas cardiocirculatório. Exame físico geral: usa-se da audição, palpação, olfação e visão. Inspeção Observação de postura Presença de edemas, observar possíveis causas Sinal de Godet positivo: quando pressiona uma área e ela não volta ao normal fica com a marca do dedo. Cabeça, peito, barbela ≠ inflam. de ñ inflam. Pulso venoso positivo Jugular e/ou mamária Enchimento da veia (observação visual) Abdução dos membros anteriores. Edema pode ser inflamatório: como mastite, torção de tornozelo, bolhas. Não inflamatório: Problemas no coração. Exame clínicos: Avaliação jugular Avaliação de dilatação jugular Dificuldade de retorno venoso Pulso venoso negativo = fisiológico Pulso venoso positivo = patológico Decorrente de retorno venoso Não confundir com o pulso de carótida Pulso venoso falso Pressionar a jugular próximo a entrada do tórax Se continuar o pulso, é falso, muitas vezes é a carótida que está pulsando abaixo da jugular. Inspeção de mucosas: coloração. Coloração azulada = Indicativo de cianose (deficiência de O2 e excesso de gás carbônico nos tecidos) Quadros avançados Estado circulatório periférico TPC (tempo de preenchimento capilar) 1 a 2 segundos, acima disso já é indicativo de problemas. Indica alterações: Volume Pressão Choque cardíaco (choque de ponta) Batimento cardíaco na parede do tórax Posicionar o membro torácico esquerdo, mais a frente Mais visível em animais magros 5º e 6º espaço intercostal Avalia a intensidade de batimentos Auscultação: Principal meio semiológico Sempre deve ser auscultado o pulmão junto Secundariedade Sempre auscultar com calma Buscar a minúcia (coisas pequenas). Frequência cardíaca Ritmo cardíaco Bulhas (quatro) Ruídos anormais (sopro) Focos de auscultação Ruídos adventícios (que não deveriam estar acontecendo). Focos de auscultação em animais: Exame clínico do sistema digestório: Trato digestório: tubo digestório e órgãos anexos. Fome: Necessidade / Físico. Apetite: Vontade / Químico. Apetite: Baixo apetite Inapetência Anorexia Lesões digestórias Dor Febre Comendo mais que o necessário: Polifagia Reparação de perdas Parasitismo Diabetes Apetite pervertido = Pica ou alotriogafia Sugere carência ou estresse. Quando o animal come algo diferente da sua alimentação. Osteofagia = osso Infantofagia = Animais da mesma espécie. Fitofagia = Plantas (folhas) Pilofagia = Pelo Pterofagia = Pena Xilofagia = Madeira Geofagia = Terra Aerofagia = Ar Coprofagia = Fezes. Água: Normodipsia: consumo normal de água Polidipsia: Muita água = desidratação. Oligodipsia: baixo consumo de água = Insuficiência renal. Deglutição: Fase de ingesta dos alimentos Disfagia: Incapacidade ou demora no ato de deglutir Não consegue engolir. Odinofagia: Dor ao deglutir Semiologia digestório: Ruminantes Mastigação, fermentação, digestão, absorção em ruminantes é essa sequência. Monogástrico: Mastigação, digestão, absorção, fermentação, absorção. Exames: Sequência do exame clínico Identificação do paciente Anamnese Exame físico Geral Específico Exames complementares É importante criar uma sequencia para realização desses exames. Identificação do paciente: Raça, idade, sexo, procedência, especialização Anamnese Emagrecimento, alimentação, defecação, ingesta de água Geral Condição nutricional Comportamento (ingesta e defecação) Respiração Assimetria abdominal Corrimentos Coloração de mucosas Dados vitais: temperatura, frequência cardiorrespiratória, burburinhos ruminais Exame físico específico Natureza das contrações ruminais Consistência do conteúdo ruminal Sons Dores abdominais Depravação de apetite Auscultação, visualização, percussão, palpação e olfação Exames complementares pH ruminal = com uma sonda Laparotomia = através de uma cirurgia Laparocentese = coleta de liquido abdominal. Hemograma Exames físicos: Pré- diafragmático: boca, esôfago Pós-diagramático: estomago, intestinos. Boca, faringe e esôfago Devem sempre ser inspecionados Observação de integridade de estruturas Dentes, gengiva, língua, bochecha Avaliação de simetria Observação abdominal: Bilateral: Dorsal: Pneumoperitônio (gás no abdômen) Ventral: Ascite (exsudato e transudato), (liquido). Unilateral: Direita: Dilatação de abomaso (percussão auscultatória) ou gestação. (tintim na auscultação) Esquerda: Dilatação ruminal. Gás: Timpanismo gasoso ou timpanismo espumoso (Tuntum na auscultação e percussão). Liquido: Acidose ruminal aguda ou crônica o liquido fica na porção inferior do rúmen. Sólido: sobrecargaou síndrome de hoflund (parada da inervação). Rúmen Inspeção, avalia simetria e distensão Palpação Superficial, palmas das mãos (freq. de contração) Profunda, punho fechado (consistência e sensibilidade) Retal, avalia consistência e demais alterações Auscultação (ritmo, duração e natureza) Movimentos ruminais (burburinhos) 2 a 4 movimentos / 2 minutos Profundo, sonoro e prolongado ruído Auscultar a porção dorsal e porção ventral Percussão: Digital, digito-digital ou martelo plexímetro Observação de sons: maciço, submaciço, timpânico Percussão auscultatória Aumenta a ressonância Retículo: Posicionamento inferior na cavidade abdominal Sobre o apêndice xifóide Prova do bastão: No processo xifoide com um bastão, ergue o animal se caso sentir dor ele vai gemer. Percussão Planos inclinados: inclinação em um morro que pressiona o diafragma. Serve para identificar reticulo pericardite traumática (na fase crônica o animal não sente dor). Omaso: Pouca possibilidade de exame Exame possível Laparotomia Ruminotomia exploratória Abomaso: Palpação, pequenos ruminantes Percussão auscultatória Deslocamento de abomaso som metálico Pings Auscultação Pode se deslocar para os dois lados, sendo o mais comum o lado esquerdo 85% e 15% para lado direito. Intestinos Inspeção, aumento de tamanho (flanco direito) Palpação e palpação retal Percussão, sons inversos Auscultação, burburinhos frequentes Timpânico (embaixo) e sub-maciço (cima) Fígado: Observar posicionamento Pouca possibilidade de avaliação Avaliação indireta Anamnese, mucosas, palpação e percussão Avaliações complementares Função hepática Exames complementares: Laparotomia exploratória Exame do líquido ruminal: Física: cor, odor, sedimentação Química: pH, azul de metileno Microbiológica: contagem global Paracentese: Coleta líquido abdominal Agulha (30x7 ou 40x12) Coleta no local do problema 5cm a direita da linha alba 5cm a direita do umbigo Função hepática: