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Agrostologia - Resumo

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AGROSTOLOGIA - RESUMO
Ciência que consiste no correto uso do solo para o plantio de espécies forrageiras destinadas ao consumo animal, a fertilidade e a adaptação dessas plantas e seus teores nutritivos.
Forragem: partes aéreas de uma população de plantas herbáceas alimentação dos animais em pastejo ou colhidas e fornecidas. 
Massa de forragem: massa total de forragem por unidade de área de solo acima de uma altura específica.
Pastagem: unidade de manejo de pastejo fechada e separada de outras áreas por cerca ou barreira (com bebedouro e cocho).
Pasto: forrageira que está disponível na pastagem.
Pastagens cultivadas: uma ou mais espécies reunidas e/ou consorciadas (adaptadas).
Pastagem nativas: formadas por plantas nativas ou adaptadas, mas distribuídas naturalmente. 
Piquete: área de pastejo correspondente a uma subdivisão da pastagem, fechada e separada de outras áreas.
Pastejo: ato de desfolhar a planta enraizada no campo, realizada pelo ruminante.
Resíduo: forragem remanescente após corte ou pastejo, expressa como altura ou massa de forragem.
Pressão de pastejo: relação entre Kg PV animal e Kg de massa de forragem.
Taxa de lotação: nº animais (ou U.A.) por unidade de área de toda a unidade de pastejo considerada dentro de um intervalo de tempo.
Taxa de lotação instantânea: nº animais (ou U.A.) por unidade de área efetivamente sendo pastejada medida em um determinado ponto no tempo (medição instantânea).
Ex: pastagem de 10 ha dividida em 25 piquetes de 0,4 ha, com 20 animais pastejando um piquete a cada dia.
TL = 20 UA/10 ha = 2UA/ha TLI = 20 UA/0,4 há = 50 UA/ha
Suplemento: aquilo que serve para suprir as necessidades (dá a mais).
Volumoso: alimento de baixo valor energético, com elevado teor em fibra bruta ou em água e possui > 18% FB. Pode ser: forragem seca (feno, palha, etc) e forragem aquosa (silagem, pasto, etc.)
Concentrado: alimentos que contém alto teor em energia utilizável, com teor de amido, gordura e proteína bruta (16-20% PB) e, baixo teor de fibra (< 18% FB).
Minerais: macro e microminerais.
ESCOLHA DA FORRAGEM
· Conhecimento de suas características de adaptação ao meio;
· Formas de utilização;
· Valor nutricional; 
· Possibilidades de consorciação;
· Possiblidade de ensilagem ou fenação.
Principais atributos desejáveis na planta forrageira:
· Produção de forragem (verde ou seco);
· Valor nutritivo;
· Aceitação pelo animal (palatabilidade);
· Persistência;
· Facilidade de propagação e estabelecimento;
· Resistente às pragas e doenças.
· Sistemas de Pastejo: 
Contínuo: Caracterizada quando numa pastagem onde há animais para pastejo durante o ano todo. Geralmente utiliza-se grandes áreas.
· Mais usado devido ao seu menor custo com instalações;
· Utilização de pastagem de ciclo perene e habito estoloníferas prostradas;
· Geralmente tem baixa carga animal por área;
· Recomendado usar diferentes categorias de animais (bezerro, boi magro etc.); 
· Ajustadas de acordo com a capacidade de produção da forragem;
· Distribuir água, cochos e sombreamento;
· Maior capacidade de “autocorreção” do ecossistema;
· Maior mão-de-obra para o manejo.
Melhoras para o sistema: Consorciação, adubação*, limpeza das pastagens (invasoras) e suplementação (mineral ano todo, proteico seca) dos animais em períodos críticos de produção de forragem. *Manutenção: anual (devido ao ciclo vegetativo das espécies forrageiras), análise de solo de amostras coletadas nos 10 m superficiais, pastagens formadas com P (fosfatos naturais reativos em cobertura), N (60 a 240 Kg anualmente, independente da análise do solo, dividido pelo nº/área de piquetes.
 
Desvantagens: maior seleção dos animais (preferência pelas folhas do que os colmos);
- Excretas dos animais distribuídas aleatoriamente (degradação desproporcional da área);
- Falta de controle da lotação aumento das espécies invasoras;
- Menos capacidade suporte devido a desfolhas mais frequente;
- Menor persistência de espécies que são sensíveis a desfolha constante.
Rotacionado: mudança periódica e frequente dos animais de um piquete para outro dar descanso para as forrageiras.
· Melhor ganho/área;
· Melhor aproveitamento da pastagem;
· Menos perdas por senescência ou por partes mortas; 
· Melhor acompanhamento da condição da pastagem e do animal;
· Distribuição mais uniforme dos excrementos;
· Permite pastejo com mais de um grupo de animais;
· Permite colheita do excesso de forragem com melhor qualidade para conservação.
Os fracassos no pastejo rotacionado têm sido atribuídos à: desrespeito a capacidade das pastagens (subpastejo ou superpastejo), falta de adubação e estresse hídrico.
Lotação rotativa alternada: a área de pastagem é dividida em duas parcelas e os animais são transferidas de uma para outra. O período de ocupação é igual ao período de descanso.
Pastejo em faixas: consumo diário em apenas uma faixa de pasto, há controle preciso da oferta de forragem (racionamento) e necessidade de monitoramento do ponto ideal de início e término do pastejo (entrada e saída dos animais dos piquetes);
Creep grazing: consiste em cercar uma área dentro do piquete de modo que só os bezerros tenham acesso e oferecer pastagem de boa qualidade aos bezerros em aleitamento;
Primeiro-último: usa dois ou mais grupos de animais onde o primeiro grupo são os animais de maior exigência e o ultimo os animais de menor exigência;
Pasto diferido: não há acesso pelos animais, a forrageira é destinada a produção de alimento para a época de escassez.
Componentes: período de pastejo (PO), período de descanso (PD) e pressão de pastejo. Obs: os dias de descanso variam de 28 a 56 dias (ligada à espécie forrageira).
Ex: Trabalhando com 100 unidades animal (U.A) com PO de 3 dias e PD de 30 dias
Nº piquetes: = + 1 = 11 piquetes
- Tamanho de cada piquete: depende da espécie forrageira, nível tecnológico da propriedade e dos recursos empregados: 150 m2/animal (menos produtivos) ou 30 m2/animal (mais produtivos)
Ex: Calcular com valores de 100 UA, área/UA/dia de ocupação de 80m2 e PO de 3dias.
Área/piquete (AP)= nº UA x área x PO
AP = 100 x 80 x 3= 2,4 ha
- Área total necessária para rotacionar o manejo de pastagem
Área total= nº piquetes x AP
Área total = 11 x 2,4 = 26,4 ha
Ex: Em uma área disponível de 30 ha, área/UA/d de 80 m2, com PO de 3 dias e PD de 30 dias, pede-se:
- Tamanho de cada piquete: Nº piquetes: = + 1 = 11 piquetes
- AP/ nº piquetes: 30/11= 2,72 ha ou 27.200 m2
- Nº de UA que poderá ser explorada: 27.200 = Nº UA x 80 x 3 = 113
Obs.: planejar a área de produção para os períodos críticos (seca/inverno), bem como áreas para corredores de deslocamento animal. 
 Diretrizes iniciais: PO: 1 a 7 dias, PD: 20 a 45 dias;
- Área disponível por UA/dia de permanência no piquete: 30 a 150m2;
- Separação de animais por categoria (produção, novilhas, matrizes, vacas secas);
- Divisão da pastagem em piquetes, conforme plano de uso e infraestrutura da área;
 - Adubação e implantação de forrageira de alta produção;
Adubação de manutenção: sempre que os animais saírem do piquete(N); análise de solo de amostras coletadas nos 10 cm superficiais, adubação de P (fosfatos naturais reativos em cobertura anualmente), N (60 a 240 Kg anualmente, independente da análise do solo, dividido pelo nº/área de piquetes). Capins: Massai, Mombaça, Tanzânia, Andropogon crescimento fortemente entouceirado (baixa tolerância ao pastejo contínuo).
- Correção adequada do solo.
· Arborização de Pastagens: maior sustentabilidade ao sistema.
FISIOLOGIA DE FORRAGEIRAS
Classificação com relação ao período de maior produção de forragem:
· Hibernais: clima temperado e dias menos ensolarados Semeados no outono, apresentam pequeno crescimento, colmos finos e folhagem tenra. Exs: aveia, centeio, azevém, ervilhaca (anuais), cevada, falaris, alfafa (perenes).
· Estivais: clima tropical (Sensíveis ao frio intenso e requerem muita luz e calor) Semeados na primavera, apresentam elevado potencial de crescimento, colmos grossos e folhas largas. Exs: milho, sorgo, mucuna preta (anuais), sectária, braquiária, soja perene (perenes).Fotossíntese: 3 fases: absorção e retenção de energia solar, conversão para energia química (potencial químico), estabilização e armazenagem deste potencial químico. Em consórcio de gramíneas e leguminosas, a gramínea tende a abafar a leguminosa, uma vez que são mais eficientes na absorção de luz. Planta C3: plantas que formam como primeiro produto estável o 3-fosfoglicérico (3-PGA), moléculacom3carbonos; plantas C4: plantas capazes de fixar CO2 em compostos de 4 carbonos (oxalacetato, malato e aspartato); plantas CAM: plantas com separação temporal do ciclo C3 e C4. São adaptadas as regiões áridas, grande amplitude térmica, alta radiação e baixo teor de água no solo.
· Características morfológicas: Gramíneas
· Inflorescências: Espigas: flores sésseis dispostas em um eixo ou ráquis; Panículas: cacho com eixo da inflorescência ramificado (forma cônica ou piramidal); Racemos: flores inseridas em um eixo ou ráquis não ramificado.
· Raízes: Fasciculado (fixação e absorção), adventícias (absorção de água) e permanentes (sustentação e absorção.
· Frutos: Cariopse: fruto com uma semente presa ao pericarpo em toda a extensão.
· Folhas: opostas (duas folhas saindo do mesmo nó), alternadas, verticiliadas (várias folhas saindo do mesmo nó), roseta ( várias folhas saindo da extremidade do caule).
· Características morfológicas: Leguminosas
· Flores: simples. 
· Raiz: pivotante/Axial associadas às bactérias fixadoras de N.
· Frutos: legume (deiscente ou indeiscente).
· Folhas: Simples (com uma lâmina), pinada e palmada. 
· Caule: subterrâneo (acumula reserva) e superficial e aéreo.
 Hábito de crescimento: 
· Cespitoso ereto: os entre nós basais são muito curtos, produzindo afilhos eretos de maneira a formar touceiras densas. Ex.: capim elefante, setária, panicum. Às vezes, os entre nós basais não são próximos para formar em touceiras. Ex.: milho, sorgo, milheto, trigo. 
· Sensíveis a corte ou pastejo e não toleram pastejo contínuo
· Cespitoso prostrado: colmos crescem encostados ao solo, sem enraizamento nos nós, só se erguendo a parte que tem a inflorescência. Ex.: papuã.
· Não toleram pastejo contínuo
· Estolonífero: colmos rasteiros, superficiais, enraízam se nos nós que estão em contato com o solo novas plantas em cada nó. Ex.: grama-de-jardim, grama estrela-africana.
· Maior tolerância a utilização mais intensa.
· Rizomatoso: colmo subterrâneo coberto por afilhos. Dos nós partem raízes e novas plantas. Ex.: capim-quicuio, grama-bermuda (estolonífero-rizomatoso).
· Suportam pastejo contínuo e alta pressão de pastejo
· Cespitoso-estolonífero: afilhos eretos e presença de estolões cujo desenvolvimento é estimulado por cortes mecânicos ou pastejos. Ex.: capim de Rhodes.
FERTILIZAÇÃO E CORREÇÃO DE SOLOS PARA FORMAÇÃO DE PASTAGENS
A fertilização e correção dos solos refletem na produção animal que geralmente apresentam baixos índices zootécnicos devido a: baixa capacidade de suporte das pastagens, matéria seca de baixa qualidade e mineralização deficiente.
Por que isso acontece?
· Elevada acidez (maioria);
· Reduzidos teores de P e outros minerais;
· Baixos teores de matéria orgânica.
· A adubação de pastagens é vista como antieconômica e desnecessária, pois as espécies forrageiras não são exigentes em fertilidade.
Brasil: solos pobres, boas condições edafoclimáticas, elevada luminosidade, variedade da pluviosidade (800 a 2000 mm/ano) e temperaturas médias acima de 24ºC.
Pastagens bem manejadas nos proporcionam:
	Forrageiras tropicais
	Forrageiras Temperadas/Subtropicais
	Aumento do potencial produtivo
	Menor potencial produtivo que as tropicais, mas com maior qualidade da matéria seca
	Resposta elevada à adubação
	Aumento da exigência nutricional
	Aumento da produtividade vegetal
	Aumento elevado desempenho animal
	Suportam carga animal elevada,
	-
	Maior produtividade de carne, leite e ovos.
	-
· Atenção: Lei do Mínimo: o crescimento de uma planta é limitado por aquele nutriente que se encontra em menor proporção no solo em relação as necessidades da planta. 
Adubação Orgânica: Fertilizante, corretivo e melhorador ou condicionador do solo. 
- Fontes: Resíduos de animais, dejetos de suínos ou bovinos, cama de frango, resíduos vegetais, resíduos agroindustriais, compostagem de lodo. Adubação orgânica não significa produção de produtos orgânicos.
- Quando e como aplicar: verificar as restrições legais, análise do produto x análise de solo, período de compostagem, relação custo x benefício.
- Vantagens: aumento da CTC do solo, fonte de macro e micronutrientes, reduz a toxidez Al3+, fonte de cálcio e magnésio, melhora estrutura do solo e aumenta a atividade microbiana.
- Desvantagens: baixa concentração dos minerais, necessita de complementação em grandes quantidades (pode causar poluição), uso restrito. Ex: vinhaça.
Adubação nitrogenada: mineral de maior impacto sobre a produtividade das plantas forrageiras.
- Fontes: Fixação biológica (livre ou simbiótica), fertilizantes nitrogenados, mineralização da matéria orgânica e nitrogênio mineral do solo.Mineralização da matéria orgânica: dependente de fatores que influenciam a atividade microbiana do solo (pH, umidade, temperatura).
- Fixação biológica: Leguminosas Rhizobium (associação simbiótica - N e energia), Leguminosas-gramíneas transferência N (condições para fixação, liberação gradual do N, estabilidade da consorciação).
- Fontes de nitrogênio: Ureia: 45%N (perdas por volatilização, fornece só N, menor preço/kg N); Sulfato de Amônio: 20%N e 24 % S (menores perdas e acidificante do solo).
- Quando e onde aplicar: sistema rotativo: após a saída dos animais do piquete (estimular perfilhamento); sistema contínuo: início da estação de crescimento, parcelando o restante; espécies anuais: plantio e 30-40 dias após emergência, parcelando o restante.
- Vantagens: grande mobilidade no solo, inúmeras transformações mediadas por microrganismos, maior longevidade, taxa de aparecimento e tamanho das folhas, maior perfilhamento e maior teor de proteína bruta (contraditório). 
- Desvantagens: perde-se por volatilização (NH3), baixo efeito residual e não é fornecido pelas rochas de origem. 
Adubação fosfatada: mineral mais limitante nos solos brasileiros (baixa disponibilidade). 
- Fontes: Solubilização dos minerais fosfatados, mineralização da matéria orgânica, fertilizantes fosfatados.
- Fertilizantes fosfatados: Solúveis: superfosfato simples (18% P2O5), superfosfato triplo (41% P2O5), MAP (48 % P2O5) e DAP (45% P2O5); Insolúveis: Fosfato Natural (24% P2O5), hiperfosfato (30 % P2O5) e termos fosfato (17 % P2O5). 
- Onde e quando aplicar: formação das pastagens (fontes solúveis com aplicação localizada) e após correção do pH; antes da calagem (fontes de menor solubilidade).
- Vantagens: Proporciona o crescimento de raízes, transferência de energia e estabelecimento da pastagem (perfilhamento). Sua fixação forma compostos de baixa solubilidade com Al3+ e Fe3+ (solos ácidos) e com Ca2+ (solos alcalinos) Solo ácido com pH menor que 7 e solo alcalino com pH acima de 7. 
Deficiência: cor verde escura das folhas mais velhas seguindo-se de tons roxos nas pontas, margens e colmos.
Adubação potássica: Mineral exigido em grandes quantidades, principalmente gramíneas. Sofre facilmente lixiviação. 
- Fontes: Cloreto de potássio (60% K2O) - KCl
- Fertilizantes fosfatados: Solúveis: superfosfato simples (18% P2O5), superfosfato triplo (41% P2O5), MAP (48 % P2O5) e DAP (45% P2O5); Insolúveis: Fosfato Natural (24% P2O5), hiperfosfato (30 % P2O5) e termos fosfato (17 % P2O5). 
- Onde e quando aplicar: com elevada lixiviação parcelar a aplicação, manutenção (parcelar a aplicação junto com o fertilizante nitrogenado com o fósforo). Só realizar se o teor de K no solo for < 50 mg/dm3 e o teor de argila < 20% e de areia > 60% em solos arenosos
Micronutrientes: deficiência em sistemas intensivos (principalmente B e Zn); pH: 4,0 a 6,0 apresentam maior disponibilidade
- Matéria orgânica: fonte de microminerais;
- Limite entre toxicidade e deficiência é estreito;
- Necessidade de análisede solo e foliar.
FORMAÇÃO DE PASTAGENS
Passos importantes: Correta amostragem do solo, aração/gradagem e correção do solo.
Calagem: Estabelecimento da pastagem (com incorporação de metade antes da aração e metade antes da gradagem, na profundidade de 0-40 cm), pastagem estabelecida (seguida de chuva ou irrigação).
- Vantagens da calagem: redução da absorção de Al, Mn e Fe, fornecimento de Ca e Mg, melhora a estrutura do solo, aumento de atividade microbiana.
· Fatores que influenciam no (in)sucesso no estabelecimento de pastagens:
· Método de semeadura;
· Espécie forrageira;
· Tipo de solo;
· Vigor cultural das sementes;
· Equipamentos para a semeadura;
· Época do ano.
· Principais causas do fracasso no estabelecimento d. pastagens:
· Falta de umidade do solo;
· Distribuição inadequada das sementes
· Formação de crostas no solo;
· Ausência de correção/adubação do solo;
· Drenagem pobre do terreno;
· Competição com cultura acompanhante;
· Competição com invasoras;
· Ataque de pragas e doenças.
Sementes: boa qualidade (certificadas) de empresas idôneas
- Verificar o VC (%) índice que determina a quantidade de sementes (%) que germinarão, em condições normais de plantio.
- % de Pureza Física reflete a composição física ou mecânica de um lote de sementes 
- % de Germinação: determinada em laboratório com amostras fisicamente puras em condições ideias (água, luz e temperatura).
- Mercado brasileiro: alta % de germinação (80 a 85%) e baixa % pureza física
Plantio: Em sulco (mecanizado com sementes ou mudas) ou a lanço (manual ou mecanizado com sementes). Em solos argilosos as sementes deverão ser colocadas mais superficialmente e em solos arenosos deverão ser colocadas em maior profundidade. 
- Plantio a lanço mecanizado: redução do tempo de plantio, versatilidade em conduzir o equipamento por áreas de relevo acidentado e dupla aptidão para operações futuras (adubação em cobertura, semeadura).
- Plantio a lanço manual: maior necessidade de sementes no plantio, possibilidade de semeadura irregular.
- Compactação: realizada para plantio a lanço com sementes (não deixando ar entre as sementes e partículas do solo). indispensável
· Fatores que podem comprometer o estabelecimento
· Semeadura em profundidade maior que o recomendado
· Enterro superficial das sementes;
· Plantio em solo com ata umidade, seguido por longo período de sol;
· Ataque de pragas, aves e roedores;
· Teste de germinação: comprovar a qualidade das sementes.
MANEJO DE PASTAGEM
· Alimentação mais regular e nutritiva durante o ano todo;
· Aumentar o rendimento da forragem por unidade de área;
· Reduzir a degradação;
· Conservar a fertilidade do solo;
Primeiro pastejo: favorecer o perfilhamento da forragem, aumenta a produção de matéria verde e atrasa a fase de senescência da pastagem.
· Capacidade de suporte da pastagem: amostrar 1m2 de forragem na altura adequada para perfilhar em locais diferentes, calcular o valor médio da amostra e multiplicar pela metragem total da área. Para saber a matéria seca: MS = massa verde x 0,25 (em média 75% da forragem é composto por água).
· Pastagem disponível: MS x 0,70 (perdas com senescência, acamamento 30%);
· Eficiência de pastejo: Forragem disponível para consumo do gado (0,2 a 0,7 média: 0,5). EP = MS x 0,7 x 0,5 Maior eficiência de pastejo: seca (menos sobras). 
· Capacidade de consumo pelo animal: Gado de corte: 2,5 % de MS/kg de PV (450kg) ao dia (450 x 2,5)/100 =11,25 kg de MS;
- Ovinos e caprinos: 4% de MS/kg de PV (240kg) ao dia (240 x 4)/ 100 = 9,6 kg de MS.
 Ex: Em uma pastagem de capim Piatã (1ha), a massa média de forragem verde colhida em 4 amostras de 1m2 é de 1,325kg. Qual a capacidade de suporte estimada para a pastagem em 30 dias se pastejada por bovinos? 
- MS/ha = 1,325 x 10.000 x 0,25 = 3.312,5 kg/ha MS
- Forragem disponível consumível = MS da pastagem x 0,7 x 0,5 = 3.312,5kg x 0,7 x 0,5 = 1.159,4 kg/ha
- Consumo/unidade animal (U.A) em 30d = Consumo/UA/d x Período = 11,25 x 30 = 337,5 kg/UA
- Capacidade suporte da pastagem em 30d = Forragem disponível consumível em 1ha / Consumo/UA em 30d = 1.159,4 / 337,5 = 3,4 UA/ha em 30 dias
RECUPERAÇÃO E REFORMA DE PASTAGENS DEGRADADAS
Degradação: Processo evolutivo de perda de vigor e produtividade forrageira, sem possibilidade de recuperação natural, que afeta a produção e o desempenho animal, culminando na degradação do solo e dos recursos naturais em função de manejos inadequados. Entre as causas estão: Pastagens degradadas: 60 a 80%
· Espécie/cultivar inadequada ao local;
· Implantação inadequada da pastagem (sementes de baixa qualidade, ausência de práticas conservadoras do solo, preparo inadequado do solo, ausência de correção de acidez e/ou adubação, plantio inadequado);
· Ocorrência de pragas, doenças e invasoras;
· Uso abusivo do fogo;
· Ausência de adubação de manutenção;
· Estiagem prolongada.
· Consequências da Degradação:
· Queda na capacidade suporte da pastagem;
· Queda na produção animal (carne e leite);
· Queda na renda da propriedade;
· Compactação e erosão do solo;
· Recuperação*: aplicação de práticas culturais e/ou agronômicas, visando o restabelecimento da cobertura do solo e do vigor das plantas forrageiras. Ex: adubações de manutenção, vedação de piquetes, controle de invasoras e sobressemeadura.
· Reforma*: realização de um novo estabelecimento da pastagem, com a mesma espécie, com entrada de máquinas para escarificação/subsolagem do solo, ressemeadura, correção da acidez e fertilidade do solo.
· Renovação: utilização da área degradada para a formação de uma nova pastagem com outras espécies forrageiras (geralmente mais produtivas) com: adoção de práticas mais eficientes de melhorias das condições edáficas (aplicação de calcário/ adubos no estabelecimento/manutenção), uso mais racional da pastagem (integração lavoura-agricultura-pecuária.
As técnicas de recuperação/reforma dependem do diagnóstico sobre o estágio de degradação, disponibilidade ao uso de implementos e insumos e nível técnico da propriedade. Forma direta: práticas mecânicas, químicas ou agronômicas; Forma indireta: cultivos com pastagens anuais ou culturas anuais de grãos.
· Tomada de Decisão: de acordo com o diagnóstico (clima, solo, topografia, perfil dos custos de produção, sistema de produção), histórico da área (espécie forrageira, produtividade, ocorrência de pragas e doenças, manejo animal), e definição do sistema de produção a ser implantado. 
· Níveis de degradação:
· Nível 1: Pastagem de boa produção de forragem e qualidade nutricional com pouco tempo de implantação, sem problema de infestação de invasoras e pragas, sem áreas de erosão. Recuperação: calagem e fertilização de acordo com a análise de solo, implantar o sistema de pastejo rotacionado, consorciação da pastagem com leguminosas adequadas.
· Nível 2: redução da capacidade de suporte animal, redução da fertilidade do solo, redução da produção de forragem de qualidade nutricional, lentidão na rebrota, presença de invasoras ou vegetação natural da área. Recuperação: repetir os procedimentos do nível 1 e fazer o controle químico das invasoras antes e depois da implantação das leguminosas.
· Nível 3: todas as características dos níveis anteriores aparecem, locais com o solo descoberto, infestação por invasoras. Recuperação: repetir os procedimentos anteriores, replantar os locais falhados (pode ser feito manualmente em áreas pequenas ou a lanço mecanizado em áreas maiores) e compactação das sementes pode ser feita pelo pisoteio com animais. Reforma: Amostrar o solo, calagem e adubação, gradear a área, incorporando a pastagem ao solo, implantar culturas anuais (milho, arroz, sorgo) em consórcio com a pastagem (ILP) aumento da renda, diversificação da produção, combate de invasoras, ciclagem e/ou melhor aproveitamento de nutrientes
· Nível 4: todas as características dos níveis anteriores aparecem e sinais de erosão. Reforma: repetir os procedimentos anteriores, controlar a erosão (trocar o local dos bebedouros, mudar o caminho dos animais para trocas de piquetes ou idas àcentral de manejo), nas áreas com erosão usar arado e grade para revolver o solo, Calagem e adubação e plantio de forrageira de mesma espécie ou leguminosas (Parcial), aração e gradagem toda a área de pastagem (com ou sem erosão), calagem e adubação de acordo nova cultura (anuais solteiras ou em consórcio com gramíneas) e implantação da cultura (total).
· Nível 5: Devem ser reformadas totalmente, apresentando todas as características anteriores em estágios mais avançados (degradação agrícola e biológica). Reforma: incorporação total da vegetação que restou ao solo, análise de solo, calagem e adubação, plantio direto, de preferência fazer ILP ou ILPF.
· ILP na recuperação e renovação de pastagens:
· Lavouras e pastagens anuais: intermediárias na recuperação/renovação;
· Pastagem de melhor qualidade com baixo custo de reforma;
· Melhoria das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo;
· Aumento nos teores de matéria orgânica no perfil do solo;
· Cobertura do solo, protegendo o solo de erosão e perda de água;
· Quebra de ciclo de pragas e doenças;
· Controle de invasoras;
· Aproveitamento de subprodutos;
· Maior taxa de lotação;
· Pastejo de outono em pastagens anuais, melhorando e mantendo a produção animal e de grãos;
· Aumento da renda e geração de empregos
· Melhor sustentabilidade da produção agropecuária.
· Plantio direto de pastagem anual ou lavouras na recuperação e renovação de pastagens: Recomendações
· Perda de vigor ou ligeira queda na produtividade ou estádios bem iniciais de degradação;
· Fertilidade, propriedades físicas, conservação do solo, ocorrência de invasoras ou pragas não forem limitantes ao plantio de lavouras/pastagens anuais em plantio direto. 
CONSERVAÇÃO DAS FORRAGENS
Fenação: Conservação do valor nutritivo da forragem pela rápida desidratação (paralisa a respiração e a atividade microbiana).
Feno: forragem que sofreu processo de desidratação até atingir o teor de umidade que permite se manter estável nas condições ambientais. A qualidade do feno está associada às condições climáticas durante a secagem e ao sistema de armazenamento empregado
- Vantagens do Feno: 
· Armazenado por longos períodos com pequenas alterações nutritivas;
· Produzido e utilizado em grande e pequena escala;
· Colhido, armazenado e fornecido ao animal manual ou mecanicamente;
· Atender ao requerimento nutricional de diferentes categorias animal.
· Processo de fenação: corte ou ceifa da forragem revolvimento enleiramento enfardamento recolhimento armazenamento dos fardos
· Para a produção de feno de alta qualidade: 
· Observar as condições climáticas no corte;
· Estágio de desenvolvimento;
· Equipamentos e mão-de-obra disponíveis de acordo com a quantidade de forragem cortada;
· Fertilidade do solo;
· Enfardar com no mínimo18%de umidade;
· Armazenar em local apropriado
· Etapas da desidratação 
· Primeira: intensa perda de água, estômatos permanecem abertos, déficit entre a forragem e ar é alto (pode aumentar a abertura dos estômatos), umidade cai para 65%;
· Segunda: fecham-se os estômatos, perda de água através da cutícula, permanece o metabolismo da planta;
· Terceira: início com umidade em 45%, mais sensível aos danos causados pelo ambiente e processamento, folhas mais quebradiças e caule com umidade mais elevada, armazenamento/ processamento (Fim).
· Fatores que interferem na desidratação
· Variáveis climáticas (radiação solar, temperatura, umidade, velocidade do vento);
· Cutícula (camada cerosa que cobre a superfície da planta);
· Estômatos;
· Peso da folha, relação folha/caule, espessura do caule, espessura da cutícula e densidade dos estômatos.
· Plantas cespitosas x prostradas;
· Leguminosas x gramíneas tropicais x gramíneas temperadas.
Silagem: forrageira fresca conservada mediante o processo de fermentação.
Ensilagem: processo de produção de silagens
Silo: local de armazenamento de silagens.
· Forma mais eficiente e barata de garantir volumoso de qualidade para o rebanho durante o período de entressafra;
· Possibilita maximizar o uso da terra, de trabalho e do tempo;
· Disponibilidade de alimento mais acessível.
· Como o silo conserva o alimento:
· Fermentação lática: fermentação do açúcar da forragem pelas bactérias láticas nativas (produção de ácido lático); Ácido lático: reduz o pH abaixo de 4,5 (bactérias indesejáveis não se desenvolvem);
· Anaerobiose: ambiente essencial para um silo bem feito (impedir o desenvolvimento de fungos e bactérias aeróbias). A silagem se conserva porque não tem ar no silo e porque é mais ácida que a forragem fresca.
· Processos de ensilagem: colheita da forragem enchimento do silo compactação do silo vedação do silo processos fermentativos.
· O que acontece com a forragem do enchimento do silo até seu fechamento?
· Respiração: enquanto houver O2, CO2 e calor no silo. Acarreta em perda de energia, aumento da temperatura e produção de chorume (açúcares + O2 +CO2 + H2O + calor)
· Modificações estruturais: causadas pelas enzimas da planta
· Reação de Maillard: ocorre em ambientes de alta temperatura e pH. É uma reação entre açúcares e proteínas, com perda de valor nutritivo e o escurecimento da silagem.
Início da Fermentação: pH > 4,5 e desaparecimento do O2 do silo e com atividade de clostrídios*, coliformes e bactérias láticas**. *Ocasionam perdas de energia e proteína bruta, produzem substâncias tóxicas e que dão gosto e cheiro ruins a silagem. 
**Bactérias Láticas: microrganismos que produzem ácido lático (de nosso interesse), podendo ser heterofermentativas e homofermentativas.
Fermentação com pH < 4,5: pH de estabilidade, com somente atividade das bactérias láticas. 
Abertura do Silo: ± 28-30 dias e parte frontal do silo ficará em contato como ar, possibilitando a multiplicação de fungos, leveduras e mofos.
· Limitações de Plantas Forrageiras para Ensilagem
· A planta deve conter 30 a 35% de MS; teores de MS inferiores favorece a atuação de Clostridium e perdas de MS.
· Teor de carboidratos solúveis entre 10 a 15% na MS;
· Capacidade Tampão. Quantidade de alcalinos necessários para de variar o pH de 6,0 até 4,0/g de MS, sais de ácidos orgânicos (málico, cítrico e oxálico), ortofosfatos, sulfatos e nitrato (80 a 90%), somente 10 a 20% é devido ao teor de PB.
· Perdas na ensilagem: na colheita, por respiração, por fermentação, por efluentes e por atividades microbianas aeróbicas.
· Tipos de silo: 
· Silo Trincheira: custo inicial moderado (sem revestimento), inclinação lateral de 25%, inclinação da base (1 a 2%), menores perdas de MS, fácil descarga e compactação, mais frequentemente usado, aproveitamento da lona, local fixo (estático), carregamento manual ou mecânico.
· Silo Superfície: baixíssimo custo inicial (lona plástica), feito em qualquer local, problemas de compactação (laterais), solo bem compactado, aproveitamento de lona, maiores perdas de M, camada de capim seco no terreno (terra), lona plástica mais grossa, carregamento manual ou mecânico.
· Silo poço ou cisterna ou aéreo: elevado custo inicial, boas condições de armazenamento, compactação, desvantagem de descarga e problemas de drenagem (material úmido), problemas na abertura (falta de oxigênio em profundidade e enchimento lento. 
· Silo Bag: custo inicial elevado, maquinário específico, perda significante de MS, colocado em qualquer lugar, perda do bag após abertura, problemas de carregamento, utilização restrita (R$).
PLANTAS TÓXICAS, INVASORAS E PRAGAS DE PASTAGENS
· Como as invasoras aparecem:
· Forragem mal adaptada;
· Alta pressão de pastejo;
· Baixa fertilidade do solo;
· Solo mal drenado;
· Queimas severas;
· Ataque de pragas e doenças à pastagem.
· Por que não são desejadas:
· Competem por nutrientes;
· Efeito alelopático sob algumas pastagens;
· Colaboram para a degradação das pastagens;
· Diminuem o valor nutritivo do alimento;
· Podem ser tóxicas aos animais.
· Controle de Plantas Invasoras: a escolha do melhor tipo de controle depende:
· Histórico de manejo e formação de pastagens;
· Condições climáticas recentes;
· Espécies invasoras ocorrentese grau de infestação;
· Fertilidade do solo e sua topografia.
· Controle Cultural: ajudam a pastagem a se estabelecer de forma adequada no solo. 
· Formação de pastagens quantidade recomendada de sementes de boa qualidade (puras); 
· Descansar a pastagem após o pastejo (rotacionado);
· Consorciação com leguminosas;
· Espécies forrageiras adaptadas à região;
· Manter a fertilidade do solo;
· Manejo animal adequado.
· Controle com Fogo: muito utilizado no Brasil em pastagens nativas, pouco eficiente após o fogo as invasoras tentam rebrotar mais rápido que as pastagens.
· Controle Manual: Arranquio: envolve muita mão-de-obra, mas é pouco eficiente. Deve ser feito antes da floração e frutificação (evitar disseminação de sementes).
Roça manual: pouco eficiente, bastante utilizado no controle de invasoras arbustivas.
(corte da parte aérea apenas).
· Controle Mecânico: Mecânica: o mais utilizado no controle de invasoras de pastagens cultivadas, pois tem bom rendimento operacional e baixo custo. Não seletivo e não controla efetivamente as invasoras.
Subsolagem: equipamento destinado à descompactar o solo e corte de raízes. Restrito no controle de invasoras (algumas espécies arbustivas dotadas de raízes pivotantes).
· Controle Biológico: uso de organismos vivos capazes de controlar o crescimento, expansão populacional ou reduzir competição. Exs: vírus, bactérias, fungos, –insetos, ácaros, aves e mamíferos.
Plantas Tóxicas: são àquelas cujas ingestões ou contato provoca sintomas de intoxicação (lesões reversíveis ou irreversíveis).
· Tipos de Intoxicação
· Intoxicação aguda: pequena ingestão de planta tóxica, surgindo sintomas de intoxicação em tempo curto.
· Intoxicação crônica: ingestão continuada de plantas tóxicas, podendo causar distúrbios clínicos graves.
 Por que os animais comem as plantas tóxicas: Falta de forragem ou provação de alimento, desconhecimento, acesso as plantas tóxicas e palatabilidade.
· Pragas de pastagem: 
· Cigarrinha (Zulia entreriana, Deois flavopicta, Deois schach): insetos sugadores de seiva, cujos adultos vivem na parte aérea dos capins. Aparecem em alta umidade.
· Cigarrinha das Pastagens: insetos sugadores de seiva que injetam uma substância tóxica que produz a queima das pastagens.
· Formiga cortadeira: cortam e carregam fragmentos de diversos vegetais, causando desfolha em pastagens formadas. Exs: Atta bisphaerica (Saúva mata-pasto) e Atta capiguara (Saúva parda).
· Curuquerê dos capinzais (Mocislatipes): lagartas de mariposas, que se alimentam da parte inferior das folhas, podem destruir praticamente toda a folhagem.
· Cochonilha dos capins (Antonina graminis): inseto sugador de seiva, a partir da haste, provocando o secamento da forragem.
· Percevejo das Gramíneas (Blissus leucopterus): sugam a seiva e atacam as touceiras causando retardamento no crescimento. 
PRINCIPAIS GÊNEROS
· Gênero Cynodon: regiões tropicais e subtropicais;
· Brasil: mais encontrado em PR, SC e RS;
- Vantagens: facilidade de cultivo, elevado valor nutritivo (11 a 13% de PB e 58 a 65% de digestibilidade); elevada resposta à adubação, alta produção de forragem (20 a 25 t/ha/ano de MS). boa resistência ao pastejo, adequada para pastejo e fenação.
- Desvantagens: propagação vegetativa, podem apresentar elevado teor de HCN e exigente em fertilidade;
- Principais espécies: C. dactylon L. (Coastcross), C. plectostachyus (Capim estrela da África), C. nlemfuensis (Capim estrela de Porto Rico);
- Principais cultivares de C. dactylon: Bermuda comum, Tift Bermuda, Santa Lúcia, Tifton44, Coastcross1, Tifton68, Tifton78, Tifton85, Florakirk.
· Gênero Panicum: 
- Vantagens: alta aceitabilidade pelos animais, adaptação a diferentes condições edafoclimáticas, excelente resposta à adubação, alta taxa de persistência em solos com níveis baixos de P (fósforo).
- Desvantagens: pouca tolerância a baixas temperaturas e ao encharcamento, cultivo restrito a áreas bem drenadas, melhor em sistemas rotacionados.
- Principais espécies: P. maximum Jacq. (mais utilizada na produção de bovinos).
- Principais Cultivares de P. maximum Jacq: Capim colonião, capim Tanzânia, capim Mombaça, Massai, Tobiatã, Aruana.
· Gênero Pennisetum: clima tropical e subtropical;
· Planta vigorosa, rústica, crescimento ereto, porte elevado; 
· Fornecida na forma de capineiras, ensilagem ou sob pastejo rotativo.
- Vantagens: grande capacidade de produção, acúmulo de MS de boa qualidade, suporta pisoteio, boa tolerância ao frio, seca e fogo.
- Desvantagens: Uma das mais exigentes em fertilidade de solo, não se adapta bem a locais inundados, 
- Principais espécies: P. purpureum (capim elefante, Napier e anão), P. glaucum (Milheto);
- Principais cultivares de P. purpureum: elefante, Cameron, Napier, anão, pioneiro.
· Gênero Brachiaria: predominantes na região dos Cerrados; 
· Base das pastagens cultivadas brasileiras;
- Vantagens: tolerante a seca, boa adaptação a solos rasos, formação rápida, resistente ao ataque de formigas cortadeiras, persistente.
- Principais espécies: B. decumbens, B. humidicola, B. brizantha
- Principais cultivares: Basilik, Ipean, Marandu. 
· Leguminosas: grande diversidade de espécies úteis ao homem;
· Estacionalidade da produção de forragem
· Capacidade de fixação biológica de nitrogênio;
· Boa produção e boa aceitação pelos bovinos;
· Melhoria da qualidade do solo (concomitantemente);
· Menor custo com alimentação;
· Recuperação de pastagem;
- Leucaena leucocephala Lam: Grande aceitação pelos animais;
- Planta perene resistente ao pastejo/corte sem apresentar definhamento; 
- Exigente em adubação (principalmente P);
- Usos: pastejo direto, consórcio com gramíneas e cortes frequentes. Banco de proteína, feno, farinha e silagem Adições de 20% de leucena ao milho elevação do teor de PB na silagem em até 12% na MS. Cuidado: Mimosina Utilizar no máximo 20 a 30% de leucena na dieta total.
- Feijão Guandu: Menos palatável que a leucena;
- Planta leguminosa perene e resistente a seca 
- Usos: pastejo, corte, adubação verde, recuperação de áreas degradadas.
- cv. Mandarim: alta produtividade de forragem; 
- Feijão guandu anão: porte reduzido, semi-perene e grande volume de ramificações.
- Labe labe: planta leguminosa anual ou bianual;
- Não tolera frio excessivo;
- Usos: adubação verde, restauração de terras pobres, feno, forragem no inverno.
- Alfafa: Planta leguminosa perene resistente à seca;
- Redução no uso de concentrado;
- Alta produtividade e elevado teor de proteína, digestibilidade;
- Baixo custo de produção; 
- Excelente potencial para produção leiteira.

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