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UNIDADE 1- CASO GENIVAL

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ D DA XX ª VARA DE TRABALHO DA COMARCA DE LAURO DE FREITAS/BA
GENIVALDO PEREIRA, brasileiro, casado, vendedor externo, portador do CPF XXXXXXXXXXX, Documento de Identidade de n° XXXXXXXXXXX, endereço eletrônico e-mail: XXXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXXXX, nº XX, CEP: XXXXXXX , Salvador, Bahia, vêm respeitosamente perante a Vossa Excelência,
por intermédio de seu Advogado XXXXXX inscrito na OAB XXXXX, endereço eletrônico e-mail XXXXXXXXX, com endereço profissional Rua XXXXXXX, nº XX, Cidade XXXXXXX, município XXXXX, Estado XXXX, com o fundamento no Art. 840 da CLT, propor:
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA COM DESCARACTERIZAÇÃO JUSTA CAUSA-
PAGAMENTO DE VERBAS RECISÓRIAS PELO
 RITO ORDINÁRIO 
Em face de PIRULITOS NO ATACADO LTDA, pessoa jurídica de pessoa privada, inscrita no CNPJ XXXXXXXXX, com sede há rua XXXXXXXX, nº XX, bairro XXXXXX, CEP XXXX, no município de LAURO FREITAS, estado da BAHIA, pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir e no final requer.
1. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
 
Conforme o artigo 5º da Constituição Federal, aqueles que comprovarem a insuficiência de recursos terá assistência jurídica integral e gratuita. 
Neste sentido dispõe o artigo 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, bem como dispõe o artigo 99 § 4º do mesmo Diploma Legal que “a assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça”.
Por se encontrar desempregado e sem condições econômicas para arcar com os custos do processo, sendo que percebia remuneração mensal inferior ao teto da previdência social, preenche os requisitos necessários para a concessão da gratuidade da justiça aqui postulado. Requer assim nos termos do art.790, § 3ºda CLT, o deferimento da gratuidade de justiça.
 2. DA CONTRATUALIDADE
O reclamante fora contratado pela reclamada em 10/05/2015, para exercer a função de vendedor externo, percebendo a título de remuneração fixa mensalmente a quantia de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais), acrescidos de comissão de 5% sobre as vendas realizadas, que perfaziam média mensal de R$ 500,00, tendo para tanto que realizar uma jornada de 10 horas diárias, usufruindo apenas de 20 minutos de intervalo intrajornada.
3. DOS FATOS
O reclamante foi contratado em 10 de maio de 2015, pela empresa Pirulito no Atacado Ltda, para exercer a função de vendedor externo, exclusivamente no município da sede da empresa. 
Em seu labor, comparecia à empresa diariamente pela manhã por volta da 8horas, quando era obrigado a elaborar roteiro de visitas, a partir da carteira de clientes da empresa, prevendo no mínimo 20 visitas diárias, roteiro que deveria ser referendado pelo supervisor de vendas, antes da saída para o trabalho externo.
O reclamante por determinação do supervisor de vendas teria que manter contato por meio de aplicativo, no momento de chegada e saída de cada cliente, informando inclusive se a venda tinha sido frutífera ou não. Encerrando as visitas, deveria enviar o relatório via sistema informatizado de vendas, em que constavam as visitas realizadas com horário de entrada e saída, bem como quantitativo, espécie, preço unitário e total das vendas realizadas em cada cliente.  
O reclamante foi chamado ao departamento pessoal onde fora informado de que seu contrato de trabalho havia sido reincidido por justa causa, pelo fato de sua esposa ser sócia minoritária de uma empresa de vendas no varejo de doces na cidade de Salvador, cidade de residência do reclamante, sendo que a empresa em que sua esposa é sócia sequer comercializa os produtos da Pirulitos no Atacado Ltda. Todavia, sem que o reclamante pudesse argumentar, o diretor do RH informou que o supervisor de vendas constatou o fato por meio de relatório do vendedor responsável na Capital, que em ato contínuo apresenta a carta de dispensa por justa causa por mau procedimento. 
O reclamante foi demitido por justa causa em 19 de dezembro de 2019, porém só fora receber suas verbas rescisórias em 28/01/2020 mais de 30 dias após a sua demissão.
Ocorre que, muitos de seus diretos não eram observados como, intervalo entra jornadas, horas extras pelo reclamado, razão pela qual propõe a presente reclamação trabalhista.
4. DO DIREITO
4.1 DAS HORAS EXTRAS
O reclamante como já fora citado outrora, tinha uma jornada de 10 horas diárias com intervalo intrajornada de 20 minutos, além de 4 horas extras todos os sábados.
Contudo, como vendedor externo era obrigatório tanto na chegada como na saída de cada visita aos clientes enviar um relatório ao seu supervisor Sr. Alcides, informando inclusive se a venda tinha sido frutífera ou não.
Destarte, como restará provado em sede de instrução processual faz jus ao reclamante por consequência o pagamento de horas extras, equivalente a 14 horas semanais, acrescidas de 50% sobre a hora normal, conforme dispõe o parágrafo 1º do artigo 59 da CLT.
Requer o pagamento das horas devidas e seus reflexos legais.
 4.2 DAS HORAS DO INTERVALO -I NTRAJORNADA
Como já arguido anteriormente, o reclamante tinha direito há 1 hora (uma hora) de intervalo intrajornada.
Embora expresso em contrato de trabalho, o requerente usufruía tão somente de 20 minutos de intervalo, somente o tempo de almoçar, em razão da demanda para cumprir a meta estipulada pelo seu supervisor de vendas, deste modo ferindo o disposto no artigo 71§ 4º, da CLT.
Diante disto devem ser pagas as horas de intervalo supridas durante todo o contrato laboral, equivalente a 40 minutos por dia trabalhado suprimidos.
Diante dos fatos, requer a condenação do reclamado ao pagamento das horas de intervalo suprimidas durante todo o contrato, e seus reflexos legais. 
4.3 DAS COMISSÕES
O reclamante percebia o valor de R$ 500,00 a título de comissões sobre as vendas, se alcançadas as metas de produtividade. Ocorre que esse valor não era incorporado à remuneração do reclamante. Cabe lembrar que as comissões pagas pelo empregador integram o salário do empregado para todos os efeitos legais conforme o artigo 457 parágrafo primeiro da CLT:
Art. 457. Compreendem se na remuneração do empregado para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber, § 1º: integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. (Brasil, Lei 5.425/43).
Procedente a demanda neste sentido requer ainda os reflexos em adicional de insalubridade, saldo de salário, descanso semanal remunerado, férias acrescidas de 1/3 constitucional 13º salário FGTS e multa de 40%.
5. DA DESCARACTERIZAÇÃO (REVERSÃO) DA JUSTA CAUSA 
O reclamante foi demitido e recebeu o comunicado de dispensa por justa causa segundo alegação da reclamada, de sua esposa ser sócia mesmo que minoritária de uma empresa de venda no varejo de doces da cidade de Salvador.
A jurisprudência:
JUSTA CAUSA: A caracterização da justa causa para a rescisão contratual pressupõe a presença de 4 requisitos objetivos quais sejam a tipificação legal a relação de causalidade e proporcionalidade entre a falta e a despedida, bem como a atualidade da pena. Assim, ainda que porventura demonstrada a prática de ato faltoso vi não observada a proporcionalidade e gradação da sanção aplicada é nulo o ato punitivo aplicado ao trabalhador. (TRT-quarta região-acordão do processo 00 20548-65. 2016. 5 04. 0352 (RO)- data 13/03/2017- 11ª turma- redator: Ricardo Hofmaister de Almeida Martins Costa
Assim diante dos motivos elencados acima, não se justifica a demissão por justa causa aplicada vida portanto vir requer o reclamante que seja declarada a reversão da justa causa e o retorno do reclamante ao trabalho tudo na forma da lei.
a) O Reclamante vem por meio desta reclamatória requerer a descaracterização da justa causa, art. 482 da CLT.
b) Os produtos que a esposa reclamante comercializava não era comercializados pela Pirulito no Ataca Ltda, como isso não caracterizando mal procedimento por parte do reclamante.Assim pede-se a descaracterização da justa causa com o pagamento das multas rescisórias conforme o art.477 da CLT.
c) Requer o pagamento de salário conforme art. 459 CLT;
d) Requer aviso prévio conforme art.477 CLT;
e) Requer o pagamento do saldo do 13º referente ao ano de 2019, conforme o art. 1º, inciso §2 da Lei 4090/62, 
f) Requer o pagamento de férias vencidas e vincendas, conforme o art. 143 da CLT.
g) Requer o pagamento da multa por descumprimento do art. 477, §6º da CLT, que determina o pagamento das verbas rescisórias em até de 10 dias, contados a partir do término do contrato de trabalho;
DOS HONORÁRIOS SUCUMBÊNCIA 
Requer a condenação da reclamada em honorários sucumbenciais no percentual de 15% sobre o valor da condenação.
DOS PEDIDOS 
Isso posto requer o reclamado:
a) Ao pagamento de horas extras, equivalente a 16 horas semanais durante todo o período de labor contratual (total de R$ 1.920,00), saldo de salário (R$ 1.266,67), férias acrescidas de 1/3 constitucional (R$ 4.444,44), 13º salário (R$ 2.166,67) parcela restante da 13º (R$ 1.250,00), FGTS (R$ 9.411,60) e multa de 40% (R$3.764,64).
R$ 24.224,02
b) Requer a condenação do reclamado ao pagamento de horas de intervalo supridos de todo contrato laboral, com acréscimo de 50% sobre a hora normal (R$ 15.264,00).
c) Descaracterização demissão por justa causa, requer que a reclamada seja condenada a pagar todas as verbas rescisórias acrescidas de multa. 
 
d) Requer a condenação da reclamada ao pagamento da multa do art. 477, §6º da CLT.
Por fim, requer ainda:
a) incidência de juros e correção monetária até a data do efetivo pagamento;
b) a notificação da Reclamada para apresentar defesa, se quiser, sob pena de revelia e confissão;
c) a concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, por tratar-se o Reclamante de pessoa pobre nos termos da lei, não possuindo condições financeiras de arcar com os custos da presente ação sem prejuízo de sua subsistência e de sua família;
d) a condenação da Reclamada ao pagamento de custas judiciais e honorários advocatícios de 15% sobre o valor da condenação;
e) a produção de todas as provas em direito admitidas, como documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial.
Atribui à causa, o valor de R$ 39.488,02.
Termos em que pede e espera deferimento.
 
Canoas, 02 de maio de 2022
Advogado
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
OAB/XX nº. XX.XXX

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