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Fenômenos de Transporte Parte I 1 – Introdução 1-1 – Massa específica 1.2 – Densidade 1.3 – Peso específico 1.4 – Viscosidade 1 • Disciplina: Fenômenos de Transporte (CCT01221). Ementa: Introdução, Hidrostática, Leis fundamentais do escoamento de fluidos, Relações integrais: aplicações em bombas e turbinas, Equação da energia, Escoamento em dutos, Fundamentos da transmissão do calor e massa, Condução: equações diferenciais, regimes permanentes e não permanentes, Convecção: parâmetros adimensionais, Métodos exatos e aproximados de solução, Correlações, Radiação: natureza, leis e coeficientes, Equipamentos de troca de calor, Transferência de massa. Conteúdo Programático: 1. Introdução da Disciplina: 1.1 Introdução: Fenômenos de transporte; 1.2 Meio contínuo; 1.3 Descrição de Lagrange e Euler. 2. Hidrostática: 2.1 Fluido: Definição, força de corpo e força de superfície; 2.2 Pressão, tensão; 2.3 Forças sobre superfícies submersas. 3. Leis fundamentais do escoamento dos fluidos: 3.1 Relações integrais: conservação de massa, quantidade de movimento, conservação de energia; 3.2 Máquinas de fluxo; 3.3 Escoamento em dutos. 4. Fundamentos de transmissão de calor e massa: 4.1 Introdução à transmissão de calor; 4.2 Condução: Regimes permanentes e não permanentes; 4.3 Convecção: Mecanismos de transportes de energias, métodos exatos e aproximados de soluções, correlações; 4.4 Radiação: natureza, leis e coeficientes; 4.5 Equipamentos de troca de calor: classificação, cálculos de transferência de calor; 4.6 Transferência de massa: difusão molecular e difusividade. 3 Unidades de medida Medida S.I Inglês Métrico Tempo (t) Segundo (s) Segundo (s) Segundo (s) Comprimento (L) Metro (m) Pé (ft) Metro (m) Massa (M) Massa (kg) Libra-massa (lb) Quilograma (Kg) Temperatura (T) Kelvin (K) Tk=Tc+273,15 Farenheit (°F) TF=1,8.Tc+32 Celsius (°C) Força (F) Newton (N) F=m.a=Kg.m.s-2 Libra-força (lbf) Kilograma-força (Kgf) Energia (E) Joule (J) E=F.dx=N.m Lbf.ft (BTU) Kgfm (kcal) Potencia (P) Watt (W(=J/s)) BTU/s Kcal/h 4 Sistema Internacional: Comprimento: metro (m) Tempo: segundo (s) Força: newton (N) Temperatura: Kelvin (K). K=°C+273,15 Sistema britânico de unidades: Comprimento: pé (ft) Tempo: segundo (s) Força: libra força (lbf) Temperatura: °F ou Rankine (°R) quando T é absoluta. °R=°F+459,67 5 Propriedades dos Fluidos Através das propriedades dos fluidos, pode-se distinguí-los e caracterizá- los individualmente. Desta forma, as expressões matemáticas da Mecânica dos Fluidos são aplicáveis para qualquer fluido, sendo seu resultado particularizado para cada fluido individualmente, dependendo dos valores assumidos por suas propriedades físicas, em função das condições ambientais e da posição dentro de um mesmo fluido. 1 – MASSA ESPECÍFICA (ρ): Relação entre a massa do fluido e o volume que contém esta massa. 𝜌 = 𝑚 𝑉 Onde m é a massa do fluido e V o volume do fluido. Podem se encontradas as seguintes as unidades de medida em Fentran: SI kg/m3; Sistema CGS g/cm3; Sistema MKS (Técnico) kgf.m-4.s2 6 2 - DENSIDADE RELATIVA OU DENSIDADE (SG ou d) É a relação entre a massa específica de uma substância e de outra, tomada como referência. É adimensional. 𝑆𝐺 = 𝑑 = 𝜌𝑠𝑢𝑏 𝜌𝑠𝑢𝑏 𝑟𝑒𝑓 Onde 𝜌sub = massa específica do fluido em estudo; 𝜌sub ref = massa específica do fluido tomado como referência. A referência usualmente adotada para os líquidos é a água a 4º C e para os gases é o ar atmosférico a 15,6 °C. 7 3 – PESO ESPECÍFICO (𝛾): É a relação entre o peso do fluido e o volume que contém este peso. 𝛾 = 𝑃 𝑉 = 𝑚𝑔 𝑉 = 𝜌𝑔 Onde P é o peso do fluido (P=mg) e V o volume do fluido. Nos sistemas usuais são as seguintes as unidades utilizadas: SI N/m3; Sistema CGS dines/cm3; Sistema MKfS (Técnico) kgf/m3. 4 – CALOR ESPECÍFICO (cp): É a quantidade de calor necessária, que deverá ser fornecida a um fluido, para que haja variação de sua temperatura. A água é um dos fluidos que possui calor específico bastante alto. Na prática adota-se, para a água: Cp = 1 cal/g.°C = 4180 J/Kg.°C. (1 cal = 4,18 J) 8 Viscosidade dos fluidos 9 Define-se tensão de cisalhamento (𝜏)como a razão entre a componente tangencial da força F e a área da superfície onde ela é aplicada, necessária para manter o escoamento do fluido : 𝜏 = 𝐹𝑥 𝐴 No SI: N/m2; As camadas do fluido em escoamento apresentam diferencial de velocidade em relação a y, neste caso temos uma taxa de deformação, deslocamento relativo das partículas ou moléculas do fluido. : 𝛾 = 𝑑𝑢 𝑑𝑦 A tensão e a taxa de deformação são proporcionais: 𝜏 ∝ 𝛾 Para alguns fluidos temos: 𝜏 ∝ 𝛾 𝜏 = 𝜇𝛾 onde 𝜇 é a viscosidade do fluido. 10 𝜇 expressa em: Kg/(m.s) ou Pa.s, SI; g/(cm.s) ou dina.s/cm2 (poise), (c.g.s.) lbf.s/ft2 (inglês) O poise é a unidade de viscosidade dinâmica no sistema CGS de unidades. Seu nome é uma homenagem a Jean-Louis-Marie Poiseuille. Centipoise -cp 11 Tipos de Fluido – Baseado no comportamento do fluxo O comportamento dos fluidos pode ser definido mediante o comportamento reológico através da relação entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação: 12 Fluidos Newtonianos O comportamento newtoniano é aquele em que a viscosidade é afetada pela temperatura e pressão, mas não varia com o aumento da taxa ou tensão cisalhante, sendo esta denominada como viscosidade absoluta, portanto constante em condições de pressão e temperatura constantes. 13 COMPORTAMENTO REOLÓGICO NÃO-NEWTONIANO NÃO- NEWTONIANO Independentes do Tempo Dilatantes Pseudoplascitidade, Fluidos de Binghan Dependentes do Tempo Tixotrópico e reopético Viscoelásticos Observados em polímeros Fenômeno da Potência • Alguns fluidos apresentam uma relação entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação não linear. Desta forma, Ostwald propôs um modelo que pode ser descrito matematicamente como: • Os fluidos que obedecem este modelo são conhecidos como fluidos da Lei das Potências. Fenômenos Não Newtonianos Independentes do Tempo n>1 → fluido dilatante n=1 → fluido Newtoniano n<1 → fluido pseudoplástico Fenômeno da Potência Fenômenos Não Newtonianos Independentes do Tempo fluido dilatante 1 : O fluido dilatante apresenta comportamento de viscosidade aparente crescente com o aumento da taxa de cisalhamento fluido Newtoniano 2 → fluido pseudoplástico 3: O fluido pseudoplastico apresenta comportamento de viscosidade aparente decrescente com o aumento da taxa de cisalhamento 16 MODELO DE FLUXO DE BINGHAM Fluidos caracterizados pela existência de um valor de tensão residual de cisalhamento que deve ser excedida para que o material apresente um fluxo viscoso Fenômenos Não Newtonianos Independentes do Tempo Tixotrópicos Fluidos tixotrópicos são aqueles caracterizados pela diminuição da viscosidade aparente do líquido com o tempo de aplicação a uma dada taxa de deformação Fenômenos Não Newtonianos dependentes do Tempo Todo fluido tixotrópico é pseudoplástico, mas nem todo fluido pseudoplástico é tixotrópico. tempo necessário para que a viscosidade aparente se mantenha constante é denominado de “tempo de estabilização” (Te), é dependente da taxa de cisalhamento imposta ao fluido. Reopéticos Fluidos Reopéticos: fluidos que apresentam comportamento oposto aos fluidos tixotrópicos. Apresentam um aumento da viscosidade aparente com o tempo a uma dada taxa de cisalhamento. Fenômenos Não Newtonianos dependentes do Tempo Mostrar vídeos VISCOSIDADE CINEMÁTICA (ν) É o quociente entre a viscosidade dinâmica 𝜇 e a massa específica 𝜌 do fluido. 𝑣 = 𝜇 𝜌 19 20 Exemplo O espaço entre duas placas paralelas está preenchido com um óleo que apresenta viscosidade dinâmica igual a 4,56 x 10-2 N.s.m-2. A placa inferior é imóvel e a superior esta submetida a uma força P. Veja Figura a seguir. Se a distância entre as placas é de 2,5 mm,qual deve ser o valor de P para que a velocidade da placa superior seja igual a 0,9 m/s. Admita que a área da placa superior seja de 0,13 m2. 21 FLUIDO COMO UM CONTÍNUO Qual a definição de fluido dada na aula anterior? Não nos preocupamos com a estrutura molécular do fluido. Porém, todo fluido é um conjunto de moléculas que estão em constante movimento. Em nosso estudo estaremos interessados no valor médio das propriedades ou no comportamento macroscópico deste conjunto de moléculas. Veja o que ocorre com a massa específica: Considere uma unidade de volume C: Com massa = Volume = Assim: V m V m c A massa específica será a mesma em todo o volume? Fenômenos de Transporte – Introdução 22 Se fizermos um gráfico de massa específica em função do volume observaremos que o valor do volume deve ser suficientemente grande para termos um valor assintótico representativo da propriedade. V m VV lim ' Trataremos qualquer fluido como substância que pode ser dividida ao infinito,um contínuo, sempre mantendo suas propriedades, sem nos preocuparmos com o comportamento individual de suas moléculas. 23 • A massa específica em qualquer ponto no interior de um fluido pode variar, tal variação é atribuída ao trabalho realizado sobre o fluido. • Deste modo representamos a massa específica em uma notação de campo onde as variáveis de tempo (t) e espaço (x,y,z) são consideradas: • A massa específica não se trata de uma grandeza vetorial, portanto estamos tratando de um campo escalar, onde apenas temos a magnitude de uma grandeza. • Podemos trabalhar em alguns casos com o peso específico que é o peso do fluido pelo volume ocupado, matematicamente temos: ),,,( tzyx 24 Os fluidos são compostos de moléculas em movimento constante, onde ocorrem colisões freqüentes. Para se analisar com exatidão, deve-se considerar a ação de cada molécula ou grupo de moléculas em um escoamento. Tais considerações são pouco práticas na maioria dos problemas. Interessam as manifestações médias mensuráveis de várias moléculas (por exemplo: densidade, pressão, temperatura...). Pode-se considerar que surjam de uma distribuição conveniente da matéria, que denominamos de contínuo, ao invés de um aglomerado de moléculas discretas. Ou seja, no estudo dos fluidos desprezam-se o espaçamento e atividade moleculares, considerando-o como um meio contínuo que pode ser dividido infinitas vezes em partículas fluidas entre as quais se supõe não haver vazios. 25 • Qualquer propriedade de um fluido tem valor definido em cada ponto do espaço. Densidade, Temperatura, Velocidade e outras propriedades são funções contínuas do espaço e do tempo. • A hipótese do contínuo falha quando o livre caminho médio de colisão entre as moléculas torna-se da mesma ordem de grandeza da menor dimensão característica do problema estudado. Por exemplo no escoamento dos gases rarefeitos: “caminho médio que uma molécula poderia caminhar sem colidir com nenhuma outra” é grande. 26 Descrição e classificação do escoamento dos fluidos No escoamento de fluidos não viscosos a viscosidade é supostamente nula. Este fluido não existe, mas, em alguns problemas, a hipótese simplifica a análise e conduz a resultados satisfatórios. 27 Um escoamento laminar é aquele em que as partículas fluidas movem-se em camadas, ou lâminas. No escoamento turbulento as partículas fluidas rapidamente se misturam, enquanto se movimentam ao longo do escoamento, devido às flutuações aleatórias no campo tridimensional de velocidades. O escoamento em dutos é laminar quando Re é menor que 2300 Exemplo: Escoamento de fluido viscoso 28 Escoamentos compressíveis e Incompressíveis • Os escoamentos onde as variações de massa especifica do fluido são desprezíveis denominam-se incompressíveis. Quando estas variações não podem ser desprezadas os escoamentos são ditos compressíveis. • Para a maioria dos casos práticos os escoamentos de líquidos são incompressíveis. • Os gases também podem se comportar como fluidos incompressíveis desde que a velocidade do escoamento seja pequena em relação à velocidade do som. Escoamentos compressíveis aparecem em : sistemas de ar comprimido; gases em tubulações a altas pressões; controles pneumáticos e hidráulicos; ventiladores; compressores, etc. 29 PRESSÃO ESTÁTICA Pressão em um ponto do fluido Considere a cunha mostrada na Figura abaixo. Nela estão atuando as forças devido ao peso e devido à pressão sobre cada uma de suas superfícies. Para facilitar nossa compreensão usaremos apenas as forças que atuam na direção dos eixos de coordenadas y e z as forças em x não serão usadas. 30 O somatório das forças que atuam no eixo y e z pela Segunda Lei de Newton será: σ𝐹𝑦 = 𝑚. 𝑎𝑦 σ𝐹𝑧 = 𝑚. 𝑎𝑧 Podemos substituir o termo m pelo produto do volume da cunha pela massa específica do fluido: 𝑚 = 𝜌𝛿𝑉 𝛿v é o volume do elemento diferencial dado por: 𝛿𝑉 = 𝛿𝑥. 𝛿𝑦. 𝛿𝑧 2 Onde 𝛿𝑥, 𝛿𝑦 𝑒 𝛿𝑧 corresponde ao comprimento de cada um dos lados da cunha, como é metade de um paralelepípedo o volume fica dividido por 2. 31 A resultante das forças será: Para o eixo y: 𝑝𝑦𝛿𝑥𝛿𝑧 − 𝑝𝑠𝛿𝑥𝛿𝑠. 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝜌 𝛿𝑥. 𝛿𝑦. 𝛿𝑧 2 . 𝑎𝑦 Para o eixo z: 𝑝𝑧𝛿𝑥𝛿𝑦 − 𝛾. 𝛿𝑥.𝛿𝑦.𝛿𝑧 2 − 𝑝𝑠𝛿𝑥𝛿𝑠. 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝜌 𝛿𝑥.𝛿𝑦.𝛿𝑧 2 . 𝑎𝑧 Da Figura temos que: 𝛿𝑠. 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝛿𝑧 e 𝛿𝑠. 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝛿𝑦 Assim temos para o eixo y: 𝑝𝑦𝛿𝑥𝛿𝑧 − 𝑝𝑠𝛿𝑥𝛿𝑧 = 𝜌 𝛿𝑥. 𝛿𝑦. 𝛿𝑧 2 . 𝑎𝑦 Dividindo todos os termos por 𝛿𝑥𝛿𝑧 𝑝𝑦 − 𝑝𝑠 = 𝜌 𝛿𝑦 2 . 𝑎𝑦 Assim temos para o eixo z: 𝑝𝑧𝛿𝑥𝛿𝑦 − 𝛾. 𝛿𝑥. 𝛿𝑦. 𝛿𝑧 2 − 𝑝𝑠𝛿𝑥𝛿𝑦 = 𝜌 𝛿𝑥. 𝛿𝑦. 𝛿𝑧 2 . 𝑎𝑧 Dividindo todos os termos por 𝛿𝑥𝛿y 𝑝𝑧 − 𝑝𝑠 = (𝜌. 𝑎𝑧 + 𝛾) 𝛿𝑧 2 32 Conclusões: - Em uma linha horizontal de um fluido confinado a variação de pressão é nula, portanto a pressão é constante. (a pressão em um plano do fluido é constante) 𝑝𝑦 − 𝑝𝑠 = 𝜌 𝛿𝑦 2 . 𝑎𝑦 𝑝𝑦 = 𝑝𝑠 - A pressão varia com a altura de uma coluna de fluido: a pressão em um ponto no interior do fluido é devido ao peso do fluido acima daquele ponto. 𝑝𝑧 − 𝑝𝑠 = (𝜌. 𝑎𝑧 + 𝛾) 𝛿𝑧 2 𝑝𝑧 = 𝑝𝑠 + 𝛾 𝛿𝑧 2 33 34 As pressões p1, p2 e p3 são iguais? As pressões em p4, p5 e p6 são iguais? p1 p2 p3 p4 p5p6 Campo de pressão – Equação básica • Como varia a pressão em um ponto do fluido com a direção? • Como varia a pressão em uma certa quantidade de fluido que não apresenta tensão de cisalhamento? 35 • Precisamos de uma equação que nos forneça o campo de pressão dentro de um fluido estático. • Isso será feito aplicando a segunda lei de Newton a um elemento de fluido diferencial dm=ρ.dV. • Sobre esse elemento podem atuar forças de campo (gravitacional) e forças de superfície (pressão). • Nos problemas de mecânica dos fluidos o campo elétrico e magnético será desconsiderado. • Da 2ª Lei de Newton a força de campo em um elemento de volume será: 36 Se a pressão no centro geométrico do elemento de volume é dada por p, assim temos para o eixo y a pressão média em cada uma das faces do elemento de volume como: 𝛿𝐹𝑦 = 𝑝 − 𝜕𝑝 𝜕𝑦 𝛿𝑦 2 𝛿𝑥𝛿𝑧 − 𝑝 + 𝜕𝑝 𝜕𝑦 𝛿𝑦 2 𝛿𝑥𝛿𝑧 Simplificando: 𝛿𝐹𝑦 = − 𝜕𝑝 𝜕𝑦 𝛿𝑥𝛿𝑦𝛿𝑧 Para as direções x e z a pressão sobre o elemento de volume será por analogia: 𝛿𝐹𝑥 = − 𝜕𝑝 𝜕𝑥 𝛿𝑥𝛿𝑦𝛿𝑧 𝛿𝐹𝑧 = − 𝜕𝑝 𝜕𝑧 𝛿𝑥𝛿𝑦𝛿𝑧 37 A forma vetorial da força resultante que atua no elemento de volume é: ou: Onde o termo entre parênteses representa o gradiente de pressão sobre o elemento de volume da lateral até o centro. A força devido a pressão sobre o elemento de volume pode ser representada por: 38 O peso do elemento de volume pode ser dado por: A força resultante σ𝛿𝐹 sobre o elemento de volume pode ser dada como: Ou Simplificando: Está é a equação geral do movimento para uma partícula fluida assumindo viscosidade nula.39 Pressão em uma coluna de fluido Assumindo a equação geral do movimento para uma partícula fluida em repouso teremos: O gradiente de pressão será: Sendo p apenas função de z a equação geral do movimento pode ser reescrita na forma de uma equação diferencial ordinária: 40 Pressão em uma coluna de fluido Fluido incompressível 𝑝1 𝑝2 𝑑𝑝 = −𝛾 𝑧1 𝑧2 𝑑𝑧 41 Pressão em uma coluna de fluido Fluido incompressível 𝑝1 𝑝2 𝑑𝑝 = −𝛾 𝑧1 𝑧2 𝑑𝑧 Pressão em p1: 𝑝1 = 𝑝2 + 𝛾h Pressão hidrostática (pressão relativa) Pressão em p1 considerando a pressão atmosférica: 𝑝1 = 𝑝0 + 𝑝2 + 𝛾h Pressão absoluta (pabs) 42 43 Avaliando a direção de aplicação da pressão e variação de profundidade sobre a pressão vimos que: A pressão em um ponto independe da direção de aplicação da força; A pressão varia com a profundidade e equivalerá ao peso do fluido sobre um ponto. Tais observações são úteis na aplicação de dispositivos hidráulicos como freio de carro, prensas, elevadores hidráulicos... 𝑝1 = 𝑝2 𝐹1 𝐴1 = 𝐹2 𝐴2 𝐹2 = 𝐴2 𝐹1 𝐴1 44 A Figura 3 os elementos básicos de uma prensa hidráulica. A área de seção transversal do pistão 1, onde atua a força F1 é de 650 mm 2 e o pistão é acionado por um mecanismo de alavanca que apresenta uma relação de forças igual a 8 para 1. O pistão 2, onde atua a força F2, apresenta área de seção transversal igual a 96774 mm2. Qual é o valor de F2 se aplicarmos uma força de 90 N no mecanismo de alavanca? 45 Fluido compressível gases 𝑝1 𝑝2 𝑑𝑝 𝑝 = − 𝑔 𝑅𝑇 𝑧1 𝑧2 𝑑𝑧 𝑙𝑛 𝑝2 𝑝1 = − 𝑔 𝑅𝑇 𝑧1 𝑧2 𝑑𝑧 𝑝2 = 𝑝1 exp − 𝑔 (𝑧2 − 𝑧1) 𝑅𝑇 Relação entre pressão e altura em uma camada de gás perfeito em condições isotérmicas. 46 𝜌 = 𝑝 𝑅𝑇 Atmosfera padrão • É indisponível medidas da pressão em faixas grandes faixas altitude considerando as variáveis: de pressão e temperatura. • Criou-se uma atmosfera padrão para simular o comportamento de aviões, misseis, ... nessas condições: amostra da atmosfera terrestre com as especificações: 47 Variação da temperatura com a altitude para a atmosfera padrão: A variação de pressão para a troposfera pode ser determinada através da equação: 𝑝 = 𝑝𝑎 1 − 𝛽𝑧 𝑇𝑎 𝑔/𝑅𝛽 𝑇 = 𝑇𝑎 − 𝛽𝑧 Onde: β é a taxa de decaimento da temperatura (0,0065K/m); Ta e pa são a temperatura e pressão em condições padrões; R é a constante dos gases e vale no SI 286,9 J/kg.K 48 06 A altitude do pico de uma montanha é 4300 m. (a) Determine a pressão neste local considerando a variação de temperatura. (b) Se for admitido que o peso específico do ar é constante e igual a 1,2 N/m3, qual o valor da pressão nesta altitude? (c) Se for admitido que a temperatura é uniforme e igual a 15°C, qual é o valor da pressão nesta altitude? (d) Adimitindo condições isotérmicas determine a pressão a 5 m de altitude. Admita em (a), (c) e (d) que a atmosfera ao nível do mar se comporta como a padrão. 49 50 51
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