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376702074-Namaacha

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Prévia do material em texto

República de Moçambique 
Ministério da Administração Estatal 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edição 2014 
 
 
 
PERFIL DO DISTRITO DE NAMAACHA 
PROVÍNCIA DE MAPUTO 
 
 
 
 
M
oam
ba 
Boane Matola 
Matutuíne 
Magude 
O.Índico 
Manhiça 
Marracuene 
N
am
aacha 
 
 
A informação incluída nesta publicação provém de fontes consideradas fiáveis e tem uma natureza 
informativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © 2012 Ministério da Administração Estatal 
Todos os direitos reservados. 
 
Publicado por 
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇAO ESTATAL 
Direcção Nacional de Administração Local 
Maputo - Moçambique 
Primeira edição, primeira impressão 2012 
Esta publicação está disponível na Internet em http://www.portaldogoverno.gov.mz 
 
Namaacha 
Índice 
___________________________________________________________________________________________ 
 
 Página ii 
 n8 i i 
 
PÁGINA i i 
ÍÍÍnnndddiiiccceee 
PPPrrreeefffáááccciiiooo vi	
  
SSSiiiggglllaaasss eee AAAbbbrrreeevvviiiaaatttuuurrraaasss viii	
  
111 	
   BBBrrreeevvveee CCCaaarrraaacccttteeerrriiizzzaaaçççãããooo dddooo DDDiiissstttrrriiitttooo 1	
  
111...111 	
   LLLooocccaaallliiizzzaaaçççãããooo,,, SSSuuupppeeerrrfffíííccciiieee eee PPPooopppuuulllaaaçççãããooo 1	
  
111...222 	
   CCCllliiimmmaaa eee RRReeellleeevvvooo 2	
  
111...333 	
   SSSooolllooosss,,, AAAmmmbbbiiieeennnttteee eee RRReeecccuuurrrsssooosss NNNaaatttuuurrraaaiiisss 2	
  
111...444 	
   IIInnnfffrrraaa---eeessstttrrruuutttuuurrraaasss eee SSSeeerrrvvviiiçççooosss 3	
  
111...555 	
   EEEcccooonnnooommmiiiaaa 4	
  
111...666 	
   HHHiiissstttóóórrriiiaaa eee CCCuuullltttuuurrraaa 5	
  
111...777 	
   SSSoooccciiieeedddaaadddeee ccciiivvviiilll 6	
  
222 	
   DDDeeemmmooogggrrraaafffiiiaaa 7	
  
222...111 	
   EEEssstttrrruuutttuuurrraaa eeetttááárrriiiaaa eee pppooorrr ssseeexxxooo 7	
  
222...222 	
   TTTrrraaaçççooo sssoooccciiiooolllóóógggiiicccooo 8	
  
222...333 	
   LLLííínnnggguuuaaasss fffaaalllaaadddaaasss 8	
  
222...444 	
   AAAnnnaaalllfffaaabbbeeetttiiisssmmmooo eee EEEssscccooolllaaarrriiizzzaaaçççãããooo 10	
  
333 	
   HHHaaabbbiiitttaaaçççãããooo eee CCCooonnndddiiiçççõõõeeesss dddeee VVViiidddaaa 11	
  
444 	
   OOOrrrgggaaannniiizzzaaaçççãããooo AAAdddmmmiiinnniiissstttrrraaatttiiivvvaaa eee GGGooovvveeerrrnnnaaaçççãããooo 15	
  
444...111 	
   GGGooovvveeerrrnnnooo DDDiiissstttrrriiitttaaalll 15	
  
444...222 	
   SSSííínnnttteeessseee dddaaasss aaatttrrriiibbbuuuiiiçççõõõeeesss eee dddaaa aaaccctttiiivvviiidddaaadddeee dddooosss óóórrrgggãããooosss dddiiissstttrrriiitttaaaiiisss 18	
  
4.2.1	
   Secretaria Distrital 18	
  
4.2.2	
   Serviço Distrital de Actividades Económicas 18	
  
4.2.2.1	
   Agricultura e Desenvolvimento Rural 19	
  
4.2.2.2	
   Indústria, Comércio e Turismo 22	
  
4.2.3	
   Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia 23	
  
4.2.3.1	
   Educação 23	
  
4.2.3.2	
   Formação Profissional e Emprego 27	
  
4.2.3.3	
   Tecnologia 27	
  
4.2.3.4	
   Cultura 27	
  
4.2.4	
   Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social 28	
  
4.2.4.1	
   Saúde 28	
  
4.2.4.2	
   Acção Social 31	
  
4.2.4.3	
   Género 32	
  
4.2.5	
   Serviço Distrital de Planeamento e Infra-estruturas 35	
  
4.2.5.1	
   Ordenamento Territorial 35	
  
4.2.5.2	
   Gestão Ambiental 35	
  
4.2.5.3	
   Educação Ambiental 36	
  
4.2.5.4	
   Infra-estruturas 37	
  
444...333 	
   FFFiiinnnaaannnçççaaasss PPPúúúbbbllliiicccaaasss eee IIInnnvvveeessstttiiimmmeeennntttooo 38	
  
4.3.1	
   Fundo Distrital de Desenvolvimento 40	
  
Namaacha 
Índice 
___________________________________________________________________________________________ 
 
 Página iii 
 n8 i i i 
 
PÁGINA i i i 
4.3.2	
   Fundo de Investimento em Infra-Estruturas 41	
  
4.3.3	
   Fundos Sectoriais Descentralizados 41	
  
444...444 	
   JJJuuussstttiiiçççaaa,,, OOOrrrdddeeemmm eee SSSeeeggguuurrraaannnçççaaa pppúúúbbbllliiicccaaa 42	
  
444...555 	
   CCCooonnnssstttrrraaannngggiiimmmeeennntttooosss eee PPPeeerrrssspppeeeccctttiiivvvaaasss 43	
  
555 	
   AAAccctttiiivvviiidddaaadddeee EEEcccooonnnóóómmmiiicccaaa 44	
  
555...111 	
   PPPooopppuuulllaaaçççãããooo eeecccooonnnooommmiiicccaaammmeeennnttteee aaaccctttiiivvvaaa 44	
  
555...222 	
   PPPooobbbrrreeezzzaaa eee SSSeeeggguuurrraaannnçççaaa AAAllliiimmmeeennntttaaarrr 47	
  
555...333 	
   IIInnnfffrrraaa---eeessstttrrruuutttuuurrraaasss dddeee bbbaaassseee 47	
  
5.3.1	
   Estradas e transportes 47	
  
5.3.2	
   Abastecimento de água e saneamento 48	
  
5.3.3	
   Telecomunicações e energia 49	
  
555...444 	
   UUUsssooo eee CCCooobbbeeerrrtttuuurrraaa dddaaa TTTeeerrrrrraaa 49	
  
555...555 	
   SSSeeeccctttooorrr AAAgggrrrááárrriiiooo 53	
  
5.5.1	
   Produção agrícola 53	
  
5.5.2	
   Pecuária 54	
  
5.5.3	
   Florestas, Pesca e Fauna bravia 55	
  
555...666 	
   IIInnndddúúússstttrrriiiaaa,,, CCCooommmééérrrccciiiooo eee TTTuuurrriiisssmmmooo 56	
  
555...777 	
   VVVeeeccctttooorrreeesss dddeee DDDeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo eee CCCaaadddeeeiiiaaasss dddeee VVVaaalllooorrr 57	
  
666 	
   VVViiisssãããooo eee EEEssstttrrraaatttééégggiiiaaa dddeee DDDeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo LLLooocccaaalll 62	
  
666...111 	
   VVViiisssãããooo 62	
  
666...222 	
   MMMiiissssssãããooo 62	
  
666...333 	
   OOObbbjjjeeeccctttiiivvvooosss eeessstttrrraaatttééégggiiicccooosss 62	
  
666...444 	
   ZZZooonnnaaasss dddeee dddeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo,,, PPPooottteeennnccciiiaaallliiidddaaadddeeesss eee PPPrrrooobbbllleeemmmaaasss 63	
  
Referências documentais 65	
  
 
 
Lista de Quadros 
Quadro 1.	
   População por posto administrativo, grupo etário e sexo, 1/7/2012 7	
  
Quadro 2.	
   Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento 8	
  
Quadro 3.	
   Agregados familiares, segundo a dimensão 8	
  
Quadro 4.	
   Agregados familiares, segundo o tipo sociológico 8	
  
Quadro 5.	
   Distribuição da população, segundo o estado civil 8	
  
Quadro 6.	
   População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo 9	
  
Quadro 7.	
   População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português 9	
  
Quadro 8.	
   População de 15 ou mais anos e alfabetização, 2007 10	
  
Quadro 9.	
   Habitações segundo o regime de propriedade 11	
  
Quadro 10.	
   Tipo de habitações 11	
  
Quadro 11.	
   Habitações segundo o material de construção 12	
  
Quadro 12.	
   Habitações, água, saneamento e energia 14	
  
Quadro 13.	
   % de famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis 14	
  
Quadro 14.	
   Sementes distribuídas no 4º trimestre 2010 20	
  
Namaacha 
Índice 
___________________________________________________________________________________________ 
 
 Página iv 
 n8 iv 
 
PÁGINA iv 
Quadro 15.	
   População de 5 anos ou mais, por frequência escolar 23	
  
Quadro 16.	
   População de 5 anos ou mais, por nível de ensino 23	
  
Quadro 17.	
   Taxas de escolarização 24	
  
Quadro 18.	
   Escolas, Alunos, Professores, 2011 25	
  
Quadro 19.	
   Taxas de aproveitamento pedagógico, 2011 25	
  
Quadro 20.	
   População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído 26	
  
Quadro 21.	
   Unidades de saúde, Camas e Pessoal, 2011 28	
  
Quadro 22.	
   Evolução da actividade, 2009-2011 29	
  
Quadro 23.	
   Indicadores de nutrição, 2009-2011 29	
  
Quadro 24.	
   Casos de doenças e óbitos notificados, 2009-2011 30	
  
Quadro 25.	
   População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007 31	
  
Quadro 26.	
   População deficiente, 2007 31	
  
Quadro 27.	
   População portadora de deficiência, segundo a causa 31	
  
Quadro 28.	
   Programas de acção social, 2009-2011 32	
  
Quadro 29.	
   Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais) 33	
  
Quadro 30.	
   Viveiros Comunitários 36	
  
Quadro 31.	
   Florestas Comunitárias 36	
  
Quadro 32.	
   Áreas queimadas, 2010-2012 37	
  
Quadro33.	
   Execução orçamental (em ‘000 MT) 38	
  
Quadro 34.	
   Receitas cobradas, 2010-2011 (em ‘000 Mt) 39	
  
Quadro 35.	
   Projectos de iniciativa local financiados 40	
  
Quadro 36.	
   Sector económico do investimento local 40	
  
Quadro 37.	
   Investimento local em infra-estruturas escolares 41	
  
Quadro 38.	
   Investimento local em estradas 41	
  
Quadro 39.	
   Estradas de nível provincial (manutenção de rotina) 42	
  
Quadro 40.	
   Movimento de fronteira 42	
  
Quadro 41.	
   População segundo a condição de actividade 44	
  
Quadro 42.	
   População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 45	
  
Quadro 43.	
   População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 46	
  
Quadro 44.	
   Rede de estradas existente 47	
  
Quadro 45.	
   Classificação das estradas existentes 47	
  
Quadro 46.	
   Linhas de transporte rodoviário de passageiros e tarifas 2011 48	
  
Quadro 47.	
   Uso e Cobertura da Terra 51	
  
Quadro 48.	
   Produção agrícola, 2009/10-2010/11 54	
  
Quadro 49.	
   Efectivo Pecuário, 2009-2011 54	
  
 
 
Lista de Figuras 
Figura 1.	
   Localização do distrito ........................................................................................... 1	
  
Figura 2.	
   Postos Administrativos e Densidade Populacional, 1/7/2012 ............................... 7	
  
Figura 3.	
   População com 5 anos ou mais, por língua materna .............................................. 9	
  
Figura 4.	
   Tipo de habitações ............................................................................................... 12	
  
Figura 5.	
   Habitações segundo o material de construção ..................................................... 13	
  
Figura 6.	
   Habitações e condições básicas existentes ........................................................... 13	
  
Figura 7.	
   População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado .............................. 24	
  
Figura 8.	
   População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído ................................ 26	
  
Figura 9.	
   Quadro epidemiológico, 2011 .............................................................................. 30	
  
Namaacha 
Índice 
___________________________________________________________________________________________ 
 
 Página v 
 n8 v 
 
PÁGINA v 
Figura 10.	
   Indicadores de escolarização por sexos ............................................................. 33	
  
Figura 11.	
   População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo ............................... 34	
  
Figura 12.	
   População segundo a posição no trabalho e sexo .............................................. 34	
  
Figura 13.	
   Despesa corrente e de investimento, 2011 ......................................................... 39	
  
Figura 14.	
   População com 15 anos ou mais, segundo a actividade principal ..................... 44	
  
Figura 15.	
   População activa, segundo a ocupação principal ............................................... 45	
  
Figura 16.	
   População activa, segundo o ramo de actividade .............................................. 46	
  
Figura 17.	
   Explorações segundo a sua utilização ................................................................ 52	
  
Figura 18.	
   Explorações por classes de área cultivada ......................................................... 52	
  
 
 
 
Namaacha 
 
 
 Página viii 
 n8 v i i i 
 
PÁGINA vi i i 
SSSiiiggglllaaasss eee AAAbbbrrreeevvviiiaaatttuuurrraaasss 
APEs Agentes Polivalentes Elementares 
BCI Banco Comercial e de Investimentos 
BIM Banco Internacional de Moçambique 
CDPRM Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique 
CENACARTA Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção 
CFM Caminhos de Ferro de Moçambique 
CGRN Comité de gestão de recursos naturais 
CISM Centro de Investigação em Saúde da Malária 
CL’s Conselhos Locais 
CNCS Conselho Nacional de Combate ao SIDA 
COVs Crianças Órfãs e Vulneráveis 
DNAL Direcção Nacional da Administração Local 
DNPO Direcção Nacional do Plano e Orçamento 
DPOPH Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação 
DPPF Direcção Provincial do Plano e Finanças 
DPS Direcção Provincial de Saúde 
DTS Doença de Transmissão Sexual 
EDM Electricidade de Moçambique 
EN Estrada Nacional 
EN1 Estrada Nacional nº 1 
EP1 Ensino Primário do 1º Grau 
EP2 Ensino Primário do 2º Grau 
EPC Escola Primária Completa 
ESG1 Ensino Secundário Geral do 1º ciclo 
ESG2 Ensino Secundário Geral do 2º ciclo 
Namaacha 
 
 
 Página ix 
 n8 ix 
 
PÁGINA ix 
ET Ensino Técnico 
FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital 
GD Governo Distrital 
IAF Inquérito aos agregados familiares, sobre o orçamento familiar 
IFP Instituto de Formação de Professores 
INE Instituto Nacional de Estatística 
IPCC’s Instituições de participação e consulta comunitária 
ITS’s Infecções de Transmissão Sexual 
LOLE Lei dos Órgãos Locais do Estado 
MAE Ministério da Administração Estatal 
Mcel Moçambique Celular 
MF Ministério das Finanças 
MINAG Ministério da Agricultura 
MPD Ministério da Planificação e Desenvolvimento 
ONGs Organizações Não Governamentais 
ORAM Organização de Ajuda Mútua 
PA Posto Administrativo 
PARPA Plano de Acção Para Redução da Pobreza Absoluta 
PEDD Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital 
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 
PPFD Programa de Planificação e Finanças Descentralizadas 
PQG Programa Quinquenal do Governo 
PRM Polícia da República de Moçambique 
PSAA Pequeno Sistema de Abastecimento de Água 
SD Secretaria Distrital 
SDAE Serviço Distrital de Actividades Económicas 
Namaacha 
 
 
 Página x 
 n8 x 
 
PÁGINA x 
SDEJT Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia 
SDPI Serviço Distrital de Planeamento e Infra-estruturas 
SDSMAS Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social 
SIFAP Sistema de Formação em Administração Pública 
SISE Serviço de Informações e Segurança do Estado 
STV Soico Televisão 
TDM Telecomunicações de Moçambique 
VODACOM Operadora de telefonia móvel 
 
 
Namaacha 
 
 
 Página xi 
 n8 x i 
 
PÁGINA xi 
Namaacha 
 
 
 Página 1 
 n8 1 
 
PÁGINA 1 
111 BBBrrreeevvveee CCCaaarrraaacccttteeerrriiizzzaaaçççãããooo dddooo DDDiiissstttrrriiitttooo 
111...111 LLLooocccaaallliiizzzaaaçççãããooo,,, SSSuuupppeeerrrfffíííccciiieee eee PPPooopppuuulllaaaçççãããooo 
O distrito de Namaacha, a 76 Kms da cidade de Maputo, situa-se a sudoeste da Província de 
Maputo, fazendo fronteira a Oeste com a República da África do Sul e o reino da Suazilândia, a 
Norte com o Distrito de Moamba, a Este com o Distrito de Boane e a Sul com o Distrito de 
Matutuíne. 
Figura 1. Localização do distrito 
Com uma superfície1 de 2.156 km2 e uma população recenseada em 2007 de 42 mil habitantes e 
estimada à data de 1/7/2012 em cerca de 48 mil habitantes, o distrito da Namaacha tem uma 
densidade populacional de 22,3 hab/km2. Prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 57 
mil habitantes. 
A relação de dependência económica é de aproximadamente 1:1.3, isto é, por cada 10 crianças 
ou anciões existem 13 pessoas em idade activa. A população é jovem (41%, abaixo dos 15 anos 
de idade), maioritariamente feminina (taxa de masculinidade de 97%) e de matriz rural (taxa de 
urbanização de 30%, concentrada na Vila da Namaacha e zonas periféricas). 
 
1 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com 
 
M
oam
ba
Boane Matola
Matutuíne
Magude
O.Índico
Manhiça
Marracuene
Namaacha 
 
 
 Página 2 
 n8 2 
 
PÁGINA 2 
111...222 CCCllliiimmmaaa eee RRReeellleeevvvooo 
De acordo com a classificação Köppen, o clima de Namaacha é Tropical Húmido (AW), 
modificado pela altitude. A Norte e Leste, o clima é “Seco de Estepe (BS)”.Predominam 2 estações: a quente e de pluviosidade elevada, entre Outubro e Abril; e a fresca e 
seca, entre Abril a Setembro. 
O clima é ameno, com uma temperatura média anual de 21° C e a precipitação média anual é de 
751.1 mm (751 mm em Goba, 680 mm em Changalane), ocorrendo cerca de 60% desta 
precipitação entre Novembro e Março. 
O distrito pode ser dividido de acordo com as seguintes unidades geomorfológicas: 
 Terras altas – o Complexo da Cadeia dos Libombos; 
 Planaltos médios – adjacentes ao primeiro; 
 Encostas; e 
 Pequenas planícies de 100 – 200 m nos vales aluvionares ao longo dos rios. 
É marcado pela cordilheira dos Libombos, que se estende no sentido Norte-Sul, tendo o seu 
ponto mais alto a cerca de 800 m, no monte Mponduíne. 
A superfície de aplanação desce para Leste, com vários rios a cortar as montanhas no sentido 
Oeste-Este. Nestas superfícies os solos são basálticos avermelhados e pretos com profundidades 
variáveis. 
111...333 SSSooolllooosss,,, AAAmmmbbbiiieeennnttteee eee RRReeecccuuurrrsssooosss NNNaaatttuuurrraaaiiisss 
Em 2011 procedeu-se ao lançamento de Plano de Estrutura Urbana (PEU) da zona Municipal da 
Namaacha e o Plano Distrital de Uso de Terra (PDUT) em coordenação entre CMVN e o 
Governo Distrital. 
Os solos do distrito são maioritariamente rochosos, e se caracterizam por uma fraca capacidade 
de retenção de água. Nas regiões de planícies aluvionares à margem dos rios e ao sopé da 
cordilheira dos Libombos existem solos argilosos e muito férteis e com boa capacidade de 
retenção de água. 
O distrito debate-se com problemas de aridez em algumas zonas, devido a desmatação e 
queimadas descontroladas que se verificam em todo o distrito causados por caça furtiva, fabrico 
de carvão, machambas e fogo posto. 
Namaacha 
 
 
 Página 3 
 n8 3 
 
PÁGINA 3 
Os principais rios do distrito são: Movene, Mabenga, Impaputo, Umbeluzi, Changalane e outros 
de caudal periódico. O caudal máximo desses rios ocorre entre os meses de Novembro e Março 
enquanto o caudal mínimo ocorre entre os meses de Julho a Outubro. 
Na albufeira dos Pequenos Libombos e ao longo do rio Umbeluzi pratica-se a pesca artesanal 
para a dieta alimentar das famílias e nalguns casos para o mercado local. 
O distrito apresenta uma vegetação do tipo savana e floresta rica em diversidade de plantas 
medicinais bem como árvores que fornecem madeira, estacas e lenha para a produção de carvão 
e esculturas. 
A fauna bravia do distrito é constituída predominantemente por animais de pequeno e médio 
porte tais como: coelhos, galinhas do mato, zebras, antílopes, macacos, jibóias, crocodilos, 
hipopótamos e javalis. 
O distrito possui uma diversidade de rochas na cadeia dos Libombos donde se extrai pedras, 
areias, barro e cal. As empresas de extracção mineira existentes no distrito são: Bentonite, CMC 
na Localidade de Mafuiane; Riolito, Tijoleira na Localidade de Impaputo; Tâmega na 
Localidade de Matsequenha. 
111...444 IIInnnfffrrraaa---eeessstttrrruuutttuuurrraaasss eee SSSeeerrrvvviiiçççooosss 
O distrito de Namaacha é atravessado pela EN2, que dá acesso à Suazilândia e permite também a 
ligação directa com as cidades de Maputo e Matola e a vila de Boane, e mais cerca de 166 Km de 
vias classificadas como principais, secundárias e terciárias. 
O transporte rodoviário de passageiros é assegurado por autocarros e os chamados chapas. A 
linha férrea que liga Boane a Goba assegura também o transporte de carga e passageiros, com 
ligação à Suazilândia. 
O distrito da Namaacha conta com 40 estabelecimentos de ensino em 2011 (17 do EP1, 17 do 
EP2, 3 do ESG I e 1 do ESG II, o Instituto Superior de Educação e Tecnologia e o Instituto de 
Formação de Professores), que são frequentados por 13 mil estudantes. Existem ainda 7 Centros 
de Alfabetização de Adultos. A taxa de analfabetismo é de 33%. 
A população do distrito é servida por 4 médicos em 8 unidades sanitárias: 7 Centros de saúde 
(com maternidade e 65 camas para internamento) e 1 Posto de saúde. 
Em termos de telecomunicações, o distrito da Namaacha conta com ligações telefónicas fixa e 
móvel, telegráficas e via rádio. O acesso à Internet pode ser efectuado nas zonas servidas por 
rede fixa e móvel de telecomunicações, existindo também uma delegação dos 
Correios de Moçambique. 
Namaacha 
 
 
 Página 4 
 n8 4 
 
PÁGINA 4 
O abastecimento de água no distrito é insuficiente. Existem 47 fontes de abastecimento de água 
dispersas operacionais que cobrem 60% da população. Em algumas zonas, as fontes melhoradas 
mais próximas encontram-se entre dezoito a trinta quilómetros de distância. Existem 5 pequenos 
sistemas de abastecimento de água (Vila, Mafuiane, Changalane, Goba e Michangalene) que tem 
tido problemas operacionais. 
A vila de Namaacha e o Posto Administrativo de Changalane têm fornecimento de energia 
assegurado pela rede da EDM. 
Em geral, o estado geral de conservação e manutenção das infra-estruturas não é o desejável, 
devendo esta área ser priorizada na gestão distrital e na afectação de recursos ao nível provincial. 
111...555 EEEcccooonnnooommmiiiaaa 
A agricultura é a base da economia distrital, tendo como principais culturas as hortícolas, milho, 
amendoim, feijões, batata-doce, banana e mandioca. As espécies de gado predominantes são os 
bovinos, cabritos, ovelhas, galinhas, patos e porcos, destinadas para o consumo familiar e 
comercialização. 
O Distrito da Namaacha seleccionou 3 vectores de desenvolvimento num leque de vários 
produtos/serviços a destacar: Fruticultura, Hortícolas e Avicultura. 
Afectado pela excessiva procura de terrenos proveniente da cidade de Maputo, a Namaacha tem 
sido palco de vários conflitos ligados à posse da terra. 
A região beneficia de uma boa integração de mercado e de possibilidades de acesso a actividades 
não agrícolas geradoras de rendimento, nomeadamente as remessas dos emigrantes na África do 
Sul e na Suazilândia, o comércio informal e de fronteira, o fabrico de sabão e a venda de lenha, 
carvão, bebidas alcoólicas e produtos de olaria. 
O distrito de Namaacha debate-se com problemas de aridez em algumas zonas, devido aos 
incêndios ateados pelas populações locais. 
Além do produto da caça, o peixe, oriundo dos rios, é também um componente importante da 
dieta alimentar das famílias de Namaacha. 
A proximidade do distrito de Namaacha de Maputo e de distritos da província com actividade 
comercial significativa, bem como dos países vizinhos da Suazilândia e da África do Sul, 
contribui para uma actividade comercial bastante activa. 
Namaacha 
 
 
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 n8 5 
 
PÁGINA 5 
A rede comercial no distrito e constituída por 167 lojas, 56 mercearias, 104 mini-mercearias e 
vendedores informais que expõem os seus produtos ao redor das estradas e nas suas residências. 
No distrito estão em funcionamento três moageiras, duas estações de serviço, três carpintarias, 
uma serração e quatro padarias. Em relação ao sector industrial, estão em funcionamento uma 
fábrica de refrigerantes, apesar de parcialmente destruída, e uma fábrica de confecções. 
O distrito de Namaacha possuí muitos recursos naturais (pedra lajes, pedra para construção) e 7 
unidades extractivas em operação. Para além destas existem 56 garimpeiros informais que 
extraem e vendem pedras lajes. 
A Namaacha possui boas condições naturais para o desenvolvimento do turismo, beneficiando 
ainda da sua localização junto da fronteira com a Suazilândia. O distrito conta com vários 
estabelecimentos e estâncias turísticas, nomeadamente dois hotéis e um casino, para além de 
restaurantes, bares e botequins. 
No distrito existem delegações da Banca, das Telecomunicações de Moçambique, Correios de 
Moçambique, Electricidade de Moçambique. 
111...666 HHHiiissstttóóórrriiiaaa eee CCCuuullltttuuurrraaa 
A designação de Namaacha provém de Lomahacha, nome de um antigo soberano(régulo) que 
governou a região dos Pequenos Libombos antes da fixação dos colonos. 
Destemido e bravo, Lomahacha conquistou os territórios vizinhos apoderando-se do gado 
bovino, que era levado para as pastagens da família real junto à Lagoa Makonko em 
Moçambique que ele visitava com frequência, mandando abater nessas ocasiões algumas vitelas 
para agraciar os pastores e guardas locais. Para conquistar maior respeito, raras vezes aparecia 
em público, à excepção das grandes festas do fim da colheita, que se intitulavam “Liphusibele”. 
A população da região era maioritariamente constituída por Swazis e Rongas. Actualmente, com 
a fixação da população de outras regiões, tem um padrão de população multilíngue. 
Durante a dominação colonial, Lomahacha foi morto, tendo-lhe sucedido sua esposa Cocomela, 
que tomando o comando dos seus guerreiros travou várias lutas com os portugueses. A história 
refere que este reino foi desmembrado em dois (Namaacha e Lomaacha), após o tratado de 1869 
assinado em Pretória que reconheceu aos portugueses direitos do território até ao paralelo 26° 
30’ Sul, e que estabeleceu os Montes Libombos como fronteira de Moçambique com a 
Suazilândia e o Transvaal. 
As danças tradicionais mais praticadas nesta região são a Ngalanga, 
Xingomana, Mutimba e Xigubo. 
Namaacha 
 
 
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 n8 6 
 
PÁGINA 6 
A gruta da Namaacha, dadas as semelhanças com a Cova da Iria em Portugal, era considerada a 
Fátima da comunidade católica em Moçambique, e as águas das fontes das cascatas eram 
consideradas milagrosas para quem as bebesse. Actualmente, esta zona continua a ser palco da 
peregrinação anual de 13 de Maio, pela Nossa Senhora de Fátima. 
111...777 SSSoooccciiieeedddaaadddeee ccciiivvviiilll 
O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital composto por 48 membros e presidido pelo 
Administrador Distrital. No Distrito funcionam dois Conselhos Consultivos dos Postos 
Administrativos, com 30 membros cada, e presididos pelo respectivo Chefe do Posto 
Administrativo. No seu funcionamento participativo estes envolvem os membros dos 8 
Conselhos Consultivos de Localidade. 
Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do PEDD e 
PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local, bem como no 
que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local e projectos com 
impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são submetidos 
posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital. 
Na sua actuação, a Administração tem tido apoio de várias organizações da comunidade e 
associativismo na recuperação de infra-estruturas, bem como de organismos de fora do distrito 
que promovem programas sociais de assistência, protecção do ambiente e desenvolvimento rural. 
Nomeadamente, o Distrito conta com 36 associações agro-pecuárias e com as seguintes 
organizações e associações: AMOPROC, Médicos do Mundo de Portugal, Casa do Gaiato, Fundação 
Joaquim Chissano, FDC, AMODEFA, PRACAI, IRMÃS SALESIANAS, IRMÃS FRANCISCANAS, 
CONGREGAÇÃO SÃO FRUMESIO, PRECIOSO SANGUE, PIDA, AMRU, ADC, AJAM/VITAID, 
AJEMA/PAMA, ADPP, SARNET, Geração BIZ, ADPP, Lupa/ADIPSA, GVC, DANIDA, PAITHFINDER, 
Cooperação Espanhola e Câmara Municipal de Santa Coba-Dão de Portugal. 
Durante 2011 não houve reconhecimento de novos líderes comunitários, pelo que o Distrito 
conta ainda com 22 líderes de 1º escalão, 19 de 2º escalão e 1 do 3° escalão reconhecidos. A 
relação entre a Administração e as autoridades comunitárias é positiva e tem contribuído para a 
solução dos vários problemas locais, nomeadamente os surgidos devido aos conflitos de terras 
existentes no distrito. 
Tendo o Xichangana como a língua materna dominante, a religião predominante é a Sião/Zione. 
Existem outras crenças no distrito e representantes das respectivas hierarquias, que se têm 
envolvido, em coordenação com as autoridades distritais, em várias actividades de índole social. 
 
Namaacha 
 
 
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 n8 7 
 
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222 DDDeeemmmooogggrrraaafffiiiaaa222 
A superfície do distrito3 é de 2.156 km2 e a sua população está estimada em 48.019 habitantes à 
data de 1/7/20124. Com uma densidade populacional aproximada de 22,3 hab/km2, prevê-se que 
o distrito em 2020 venha a atingir os 57 mil habitantes. 
222...111 EEEssstttrrruuutttuuurrraaa eeetttááárrriiiaaa eee pppooorrr ssseeexxxooo 
A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica aproximada de 
1:1.3, isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 13 pessoas em idade activa. Com uma 
população jovem (41%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 97% (por cada 
100 pessoas do sexo feminino existem 97 do masculino) e uma taxa de urbanização de 30%, 
concentrada na Vila da Namaacha e zonas periféricas. 
Quadro 1. População por posto administrativo, grupo etário e sexo, 1/7/2012 
 
 
TOTAL 
Grupos etários 
0 - 4 5 - 14 15 - 44 45 - 64 65 e + 
DISTRITO DA NAMAACHA 48,019 7,391 12,086 21,465 5,495 1,581 
Homens 23,688 3,733 5,949 10,652 2,671 683 
Mulheres 24,331 3,658 6,137 10,813 2,824 898 
P.A. da NAMAACHA 32,557 4,916 8,013 15,217 3,426 986 
Homens 16,232 2,503 3,919 7,650 1,705 454 
Mulheres 16,325 2,412 4,094 7,567 1,720 531 
P.A. de CHANGALANE 15,461 2,475 4,073 6,248 2,069 595 
Homens 7,456 1,229 2,030 3,003 965 229 
Mulheres 8,005 1,246 2,043 3,246 1,104 367 
Fonte: INE, Dados do Censo de 2007 e Projecções globais da população. 
 
 
Figura 2. Postos Administrativos e Densidade Populacional, 1/7/2012 
 Fonte: INE, Dados do Censo de 2007 e Projecções globais da população. 
 
2 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 
3 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com 
4 Projecções oficiais do Instituto Nacional de Estatística. 
 
Namaacha 
22,1 hab/km2 
Changalane 
23,0 hab/km2 
Namaacha 
 
 
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Das pessoas residentes no distrito, somente 45% nasceram no próprio distrito, o que denota 
fluxos de migração internos significativos. No caso das mulheres este fluxo é maior entre 
distritos da mesma província e menor quando considerado em relação a outras províncias. 
Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento 
	
  	
   Local	
  de	
  Nascimento	
  
	
  	
  
No	
  próprio	
  
distrito	
  
Noutro	
  distrito	
  da	
  
mesma	
  província	
  
Noutra	
  
Província	
  
Total	
   45.3%	
   10.3%	
   44.5%	
  
	
  -­‐	
  Homens	
   44.6%	
   9.0%	
   46.4%	
  
	
  -­‐	
  Mulheres	
   46.0%	
   11.5%	
   42.5%	
  
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
222...222 TTTrrraaaçççooo sssoooccciiiooolllóóógggiiicccooo 
Das 12.120 famílias5 do distrito, o grupo mais significativo é o tipo sociológico alargado 
(37.1%), isto é, com um ou mais parentes para além de filhos e têm, em média, 4 pessoas. 
Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão 
% de agregados, por dimensão 
1 - 2 3 - 5 6 e mais 
37.3% 38.5% 24.2% 
Fonte: INE, Dados do Censo de 2007 e Projecções globais da população. 
 
Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico 
TIPO SOCIOLÓGICO DE AGREGADO FAMILIAR 
Unipessoal 
Monoparental (1) Nuclear 
Alargado (2) 
Masculino Feminino Com filhos Sem filhos 
21.6% 1.6% 8.7% 23.3% 7.7% 37.1% 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Censo de 2007. 
1) Família com um dos pais. 
2) Família nuclear ou monoparental com ou sem filhos e um ou mais parentes. 
Na sua maioria casados após os 12 anos de idade, têm crença religiosa dominada pela religião 
Sião ou Zione. 
Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil 
Com 12 anos ou mais, por Estado civilTotal Solteiro 
Casado ou 
união 
Separado/ 
Divorciado Viúvo 
100.0% 38.1% 50.2% 4.4% 7.3% 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Censo de 2007. 
222...333 LLLííínnnggguuuaaasss fffaaalllaaadddaaasss 
Tendo o Xichangana como a língua materna dominante, constata-se que 75% da população do 
distrito (com 5 ou mais anos de idade) tem conhecimento da língua portuguesa, sendo este 
 
5 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007. 
Namaacha 
 
 
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domínio predominante nos homens, dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de 
trabalho. 
Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo 
 TOTAL 
GRUPO ETÁRIO 
 5 - 9 10 - 14 15 - 19 20 - 44 45 e mais 
TOTAL 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 
Xirhonga 6.5% 4.9% 6.1% 5.7% 4.4% 8.0% 
Xichangana 56.5% 63.9% 62.7% 58.4% 55.9% 51.8% 
Português 11.5% 18.1% 16.3% 16.8% 13.6% 5.9% 
Xitshwa 11.4% 5.0% 5.6% 7.1% 11.4% 16.3% 
Outras 25.5% 13.1% 14.9% 19.1% 26.1% 34.3% 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Censo de 2007. 
 
Figura 3. População com 5 anos ou mais, por língua materna 
 
 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
 
Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português 
 
Sabe falar Português Não sabe falar Português 
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres 
Distrito da NAMAACHA 75.3% 81.5% 69.3% 24.7% 18.5% 30.7% 
5 - 9 anos 65.8% 65.1% 66.5% 34.2% 34.9% 33.5% 
10 - 14 anos 92.5% 92.0% 92.9% 7.5% 8.0% 7.1% 
15 - 19 anos 98.1% 98.0% 98.1% 1.9% 2.0% 1.9% 
20 - 44 anos 84.5% 90.8% 74.2% 15.5% 9.2% 25.8% 
45 anos e mais 81.9% 84.1% 79.9% 18.1% 15.9% 20.1% 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística. 
 
Namaacha 
 
 
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222...444 AAAnnnaaalllfffaaabbbeeetttiiisssmmmooo eee EEEssscccooolllaaarrriiizzzaaaçççãããooo 
Com 67% da população alfabetizada, predominantemente homens, o distrito da Namaacha tem 
uma taxa de escolarização normal, constatando-se que 78% dos seus habitantes, principalmente 
residentes no posto administrativo sede, frequentam ou já frequentaram a escola, ainda que 
maioritariamente somente até ao nível primário. 
Quadro 8. População de 15 ou mais anos e alfabetização, 2007 
 Taxa de analfabetismo 
 TOTAL Homens Mulheres 
Distrito da Namaacha 32,5% 22,7% 42,1% 
15 - 19 anos 8,6% 8,8% 8,4% 
20 - 24 anos 19,9% 16,1% 23,4% 
25 - 29 anos 27,9% 23,8% 32,3% 
30 - 44 anos 35,2% 24,1% 45,4% 
45 anos ou mais 56,1% 34,8% 75,5% 
P. A. da Namaacha 28,7% 20,5% 36,8% 
P. A. de Changalane 41,0% 27,6% 53,1% 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
 
 
Namaacha 
 
 
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333 HHHaaabbbiiitttaaaçççãããooo eee CCCooonnndddiiiçççõõõeeesss dddeee VVViiidddaaa666 
As características físicas das habitações, especialmente o material usado na sua construção e o 
acesso a serviços básicos de água, saneamento e energia, são indicadores importantes do nível de 
vida dos agregados familiares. As características do parque habitacional duma sociedade 
constituem um indicador bastante relevante do nível de desenvolvimento socioeconómico. 
Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade 
Total	
  de	
  Habitações	
   100.0%	
  
	
  -­‐	
  Próprias	
   83.4%	
  
	
  -­‐	
  Alugadas	
   2.8%	
  
	
  -­‐	
  Cedidas	
  ou	
  emprestadas	
   10.7%	
  
	
  -­‐	
  Outro	
  regime	
   3.2%	
  
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
A maioria (83%) das cerca de 12 mil habitações7 existentes no distrito são de propriedade 
própria. O tipo de habitação dominante é a casa mista (48%), que é um tipo de habitação que 
combina materiais de construção duráveis e materiais de origem vegetal. As casas de tipo formal 
(convencionais, básicas, flat/apartamentos) representam 29% do parque habitacional do distrito, 
e 21% das habitações são palhotas, que é a forma tradicional de casa rural. 
Quadro 10. Tipo de habitações 
Casa convencional8 ou apartamento9 5% 
Casa mista10 48% 
Casa básica11 24% 
Palhota12 21% 
Casa improvisada13 e outras 2% 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
 
 
6 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 
7 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007. 
8 Casa convencional - é uma unidade habitacional unifamiliar que tenha quarto(s), casa de banho, cozinha dentro de casa, e 
construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Pode ser de rés do 
chão, mais de 1 ou 2 pisos. 
9 Flat/apartamento - é uma unidade habitacional que tenha quarto(s) casa de banho, cozinha pertencente a uma unidade 
habitacional multifamiliar com 1 ou mais pisos podendo ser de um bloco ou conjunto de blocos. 
10 Casa mista – é uma casa construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de 
betão), materiais de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu, caniço, paus maticados, madeira, etc) e adobe. 
11 Casa básica – é uma unidade habitacional que só tem quarto(s) e não tem casa de banho e ou cozinha, sendo construída com 
materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Inclui-se nesta categoria o conjunto de 
quartos geminados (casa comboio) que utilizam os mesmos serviços (casa de banho, cozinha e água). 
12 Palhota – é uma casa cujo material predominante na construção é de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu, 
caniço, adobe, paus maticados, etc). 
13 Casa improvisada – são habitações construídas com material improvisado e precário, tal como papel, saco, cartão,, latas, 
cascas de árvores, etc. 
Namaacha 
 
 
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Figura 4. Tipo de habitações 
 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
Apesar de as condições de habitação serem diferentes entre as zonas urbanas e rurais do distrito, 
verifica-se um padrão comum dos materiais de construção caracterizado por: 
• A maioria das casas tem paredes de blocos de cimento ou tijolo (33%) ou caniço/paus (34%); 
• A grande maioria das casas tem cobertura de chapas ou telhas (72%); e 
• A maior parte das casas tem pavimento de cimento (47%), seguido de adobe (32%). 
Quadro 11. Habitações segundo o material de construção 
 Em	
  %	
  
	
  	
   Total	
   Urbano	
   Rural	
  
Paredes	
   100.0%	
   100.0%	
   100.0%	
  
	
  -­‐	
  Blocos	
  de	
  cimento	
  ou	
  tijolo	
   33.0%	
   60.8%	
   23.6%	
  
	
  -­‐	
  Caniço	
  /	
  Paus	
   34.3%	
   6.9%	
   43.7%	
  
	
  -­‐	
  Madeira	
  /	
  Zinco	
   1.9%	
   0.9%	
   2.2%	
  
	
  -­‐	
  Outro	
  material	
   30.7%	
   31.5%	
   30.5%	
  
Cobertura	
   100.0%	
   100.0%	
   100.0%	
  
	
  -­‐	
  Chapas	
  ou	
  telhas	
   71.9%	
   87.1%	
   66.8%	
  
	
  -­‐	
  Laje	
  de	
  betão	
   1.5%	
   4.9%	
   0.4%	
  
	
  -­‐	
  Capim	
  ou	
  outro	
  material	
   26.5%	
   8.1%	
   32.8%	
  
Pavimento	
   100.0%	
   100.0%	
   100.0%	
  
	
  -­‐	
  Cimento,	
  parquet	
  ou	
  mosaico	
   46.9%	
   76.7%	
   36.8%	
  
	
  -­‐	
  Adobe	
   32.3%	
   14.8%	
   38.2%	
  
	
  -­‐	
  Sem	
  nada	
   20.8%	
   8.5%	
   25.0%	
  
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
 
Namaacha 
 
 
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 n8 13 
 
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Figura 5. Habitações segundo o material de construção 
 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
O gráfico e quadro seguintes mostram a distribuição percentual das habitações por acesso aos 
serviços básicos. Ainda que maior nas áreas urbanas do distrito, o acesso a serviços básicos é 
também limitado nestas áreas. Em geral a situação de acesso pode ser assimcaracterizada: 
• Só 21% das casas tem energia eléctrica; 
• A maioria das famílias (62%) usa o petróleo como fonte de energia; 
• Quase metade das famílias (49%) tem acesso a fontes de água potável14; e 
• Somente 23% das famílias usam sistemas de saneamento melhorados15. 
Figura 6. Habitações e condições básicas existentes 
 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
 
14 Água canalizada (dentro e fora da casa), fontenário e poço/furo protegido c/ bomba. 
15 Retrete ligada a fossa séptica, Latrina melhorada e Latrina tradicional melhorada. 
Namaacha 
 
 
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Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia 
HABITAÇÕES	
  E	
  CONDIÇÕES	
  BÁSICAS	
  EXISTENTES TOTAL Casa convencional 
Casa 
mista 
Casa 
básica Palhota 
ENERGIA 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 
Electricidade 21,1 85,4 13,3 40,3 0,6 
Gerador/placa solar 0,5 2,2 0,2 1,2 0,1 
Gás 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 
Petróleo/parafina/querosene 61,5 7,0 70,5 43,5 75,6 
Velas 12,6 4,4 13,2 13,8 12,1 
Baterias 0,1 0,0 0,1 0,2 0,0 
Lenha 3,4 0,0 2,2 0,6 10,2 
Outras 0,7 0,8 0,5 0,5 1,4 
ÁGUA 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 
Água canalizada 13,9 82,7 7,7 22,5 1,4 
- dentro da casa 3,3 60,1 0,5 0,0 0,0 
- fora de casa 10,6 22,6 7,1 22,5 1,4 
Não-canalizada 86,1 17,3 92,3 77,5 98,6 
- fontenário 19,4 4,0 21,5 23,6 13,4 
- poço/furo protegido c/ bomba 15,3 5,2 17,3 15,8 12,4 
- poço sem bomba 14,2 4,2 15,6 14,3 13,3 
- rio/lago/lagoa 32,6 3,0 34,3 16,9 54,3 
- chuva 1,1 0,0 1,1 1,1 1,3 
- outros 3,6	
   0,8	
   2,6	
   5,8	
   3,8	
  
SANEAMENTO 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 
Retrete ligada a fossa séptica 5,7 89,4 0,4 3,3 0,2 
Latrina melhorada 9,8 5,2 4,4 28,8 0,8 
Latrina tradicional melhorada 7,7 1,0 8,6 12,8 1,7 
Latrina não melhorada 49,6 3,7 61,8 42,4 41,7 
Não tem retrete/latrina 27,2 0,7 24,9 12,8 55,6 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
 
 
No que diz respeito a posse de bens, a incidência da posse de bens duráveis pelas famílias 
residentes no distrito é apresentada na tabela seguinte. 
Quadro 13. % de famílias, segundo a posse de casa própria e bens 
duráveis 
Casa 
própria Rádio Televisor 
Telefone 
fixo Computador Carro Motorizada Bicicleta 
Nenhum 
bem 
83.4%	
   58.6%	
   18.6%	
   0.8%	
   0.7%	
   3.3%	
   0.8%	
   13.7%	
   36.2%	
  
 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
Constata-se que, exceptuando a casa própria, 36 por cento das famílias não possuem nenhum dos 
bens listados na tabela e observados aquando do Censo da População de 2007. 
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444 OOOrrrgggaaannniiizzzaaaçççãããooo AAAdddmmmiiinnniiissstttrrraaatttiiivvvaaa eee GGGooovvveeerrrnnnaaaçççãããooo 
O distrito da Namaacha, com sede na Vila da Namaacha, está dividido em dois Postos 
administrativos e 8 Localidades assim distribuídas: P.A. da Namaacha (Vila da Namaacha e 
Localidades de Kala-Kala, Chimachuanine, Impaputo, Mafuiane e Matsequenha) e P.A. de 
Changalane (Localidades de Changalane, Goba Estação, Mahelane e Michangulene). 
444...111 GGGooovvveeerrrnnnooo DDDiiissstttrrriiitttaaalll 
O Governo Distrital é dirigido pelo Administrador de Distrito e, ao abrigo da Lei nº 8/2003 de 19 
de Maio, está estruturado na Secretaria Distrital e nos seguintes Serviços Distritais: 
• Actividades Económicas; 
• Saúde, Mulher e Acção Social; 
• Educação, Juventude e Tecnologia; e 
• Planeamento e Infra-estruturas. 
De acordo com o Estatuto Orgânico do Governo Distrital aprovado pelo Decreto nº 6/2006 de 12 
de Abril, a Estrutura Tipo do Governo Distrital é a que é apresentada em seguida. 
Estrutura Tipo do Governo Distrital 
 
Fonte: Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril 
Para além destes serviços, funcionam ainda as seguintes instituições públicas: 
• Tribunal Judicial; 
• Registo e Notariado; 
• Comando Distrital da PRM; 
• Procuradoria Distrital da República; 
• Alfândegas; 
• Migração; 
• SISE. 
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Com um total de 1.048 funcionários em 2011 (dos quais, 490 são mulheres), o pessoal da 
Administração Distrital apresenta a seguinte distribuição por serviços: 
• 106 Gabinete do Administrador/ Secretaria Distrital (GA/SD); 
• 714 do Serviço Distrital de Educação Juventude e Tecnologia (SDEJT); 
• 130 do Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social (SDSMAS); 
• 83 Serviço Distrital de Actividades Económicas (SDAE); e 
• 15 de Serviço Distrital de Planeamento e Infra-estruturas. 
Do total de funcionários, 6% tem formação superior, 33% formação média, 32% formação básica 
e os restantes 29% formação elementar. Ocupam cargos de chefia 109 funcionários (dos quais 33 
são mulheres), estando 70% dos mesmos afectos em unidades dependentes do SDEJT. 
O relacionamento entre o Conselho Municipal da Vila de Namaacha e os Órgãos de Estado 
funciona de acordo com as normas legais estabelecidas. Em 2011 procedeu-se ao lançamento de 
Plano de Estrutura Urbana (PEU) da zona Municipal da Namaacha e o Plano Distrital de Uso de 
Terra (PDUT) em coordenação entre CMVN e o GD. 
O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital composto por 48 membros e presidido pelo 
Administrador Distrital. Em 2011 o CCD aprovou 26 projectos de iniciativa local. No Distrito 
funcionam dois Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, com 30 membros cada, e 
presididos pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo 
estes envolvem os membros dos 8 Conselhos Consultivos de Localidade. 
Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do PEDD e 
PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local, bem como no 
que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local e projectos com 
impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são submetidos 
posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital. 
No contexto da reforma do sector público, foi nomeado o Secretário Permanente Distrital, foram 
institucionalizados os Conselhos Locais ( Localidade, Posto Administrativo e Distrito), Balcão 
de Atendimento Único Distrital (BAUD), descentralizados os investimentos no distrito, 
tramitados os expedientes para a nomeação de directores dos serviços distritais bem como dos 
chefes de Localidade, e foi feito ainda o lançamento da 2ª fase da reforma do sector público. 
A governação tem por base os Presidentes das Localidades, Autoridades Comunitárias e 
Tradicionais. Os Presidentes das Localidades são representantes da Administração e subordinam-
se ao Chefe do Posto Administrativo e, consequentemente, ao Administrador Distrital, sendo 
coadjuvados pelos Chefes de Aldeias, Secretários de Bairros, Chefes de 
Quarteirões e de Blocos. 
Namaacha 
 
 
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Durante 2011 não houve reconhecimento de novos líderes comunitários, pelo que o Distrito 
conta ainda com 22 líderes de 1º escalão, 19 de 2º escalão e 1 do 3° escalão reconhecidos. 
444...222 SSSííínnnttteeessseee dddaaasss aaatttrrriiibbbuuuiiiçççõõõeeesss eee dddaaa aaaccctttiiivvviiidddaaadddeee dddooosss óóórrrgggãããooosss dddiiissstttrrriiitttaaaiiisss 
Nesta secção, sem pretender ser exaustivo transcrevendo o rol de tarefas realizadas, focam-se as 
principais actividades de intervenção pública directa que contribuem para o desenvolvimento 
social e económico do distrito. 
4.2.1 Secretaria Distrital 
A Secretaria Distrital dirigida por um Secretário Permanente Distrital é o órgão do Governo 
Distrital que tem como principais funções e realizou actividades no âmbito de (a) prestar 
assistência técnica e administrativa ao Governo Distrital; (b) assegurar a gestão dos recursos 
humanos, materiais e financeirosdo Governo Distrital; (c) assistir na organização e controlo das 
actividades do Governo distrital, bem como na elaboração de relatórios de análise de actividades 
do Governo Distrital; e (d) garantir a assistência técnica e administrativa necessária ao 
funcionamento dos postos administrativos, localidades e povoações. 
Estrutura Orgânica da Secretaria Distrital 
Secretaria
Geral
Repartição	
  de	
  Planificação
e	
  Desenvolvimento	
  Local
Secretário	
  Permanente
Distrital
Repartição	
  de
Finanças
Repartição	
  de	
  Administração	
  Local
e	
  Função	
  Pública 
Fonte: MAE/DNAL. 
4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas 
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a) a 
promoção do uso adequado do solo e a gestão florestal; (b) o incentivo da produção alimentar e 
de culturas de rendimento; (c) o fomento pecuário e a construção comunitária de tanques 
carracicidas; (d) a emissão de emitir licenças de pesca artesanal, caça e de abate, bem como o 
combate a caça furtiva; (e) a promoção da piscicultura e da apicultura; (f) a divulgação do 
potencial económico, industrial, turístico e cinegético local; (g) a promoção da pequena indústria 
e mineração artesanal; (h) a emissão de pareceres sobre pedidos de licenciamento de actividades 
económicas, licenciar actividades comerciais e emitir licenças turísticas; (i) efectuar o 
recenseamento das actividades de artesanato; e (j) promover mecanismos de financiamento das 
actividades produtivas. 
Namaacha 
 
 
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4.2.2.1 Agricultura e Desenvolvimento Rural 
De um modo geral, a agricultura no distrito é praticada em explorações familiares de 1 hectare e 
em regime de consociação de culturas com base em variedades locais, havendo em algumas 
regiões o recurso à tracção animal e tractores. 
O sector familiar dedica-se ao cultivo, na sua maioria em sequeiro, de milho, amendoim, feijões, 
das espécies nhemba e manteiga, batata-doce, banana e mandioca, havendo fomento do girassol e 
da fabricação de óleo no Posto Administrativo de Changalane. No regadio de Mafuiane, os 
camponeses também cultivam hortícolas, fruteiras (citrinos, banana, abacate, morango, litches), 
feijões, amendoim e milho. 
O fomento pecuário em Namaacha ainda é insuficiente, apesar deste distrito ter tradição na 
criação de gado e no uso de tracção animal, em particular nas zonas de Mafuiane e Changalane. 
Ao nível familiar introduziram-se técnicas de produção de queijo a partir do gado caprino, muito 
embora o seu impacto ainda não seja visível, em virtude deste gado ainda se encontrar na fase de 
reprodução, estando as famílias a solicitar mais fomento pecuário. 
As limitações da produção pecuária identificadas na zona são as doenças nos animais, a escassez 
de serviços de extensão e a falta de dinheiro para comprar efectivos. 
O distrito de Namaacha debate-se com problemas de aridez em algumas zonas, devido aos 
incêndios ateados pelas populações locais. 
Para o combate e sensibilização das populações e com o apoio das mesmas, o governo distrital 
criou já 25 comités de gestão de recursos naturais. Em Goba, Changalane e Mafuiane, estão a 
ser implementadas acções de maneio comunitário dos recursos naturais e de reflorestamento, 
para minimizar os efeitos da desmatação e para incentivar o controlo dos recursos, com vista a 
garantir a preservação das espécies vegetais e faunísticas do distrito. 
O distrito da Namaacha tem uma procura adicional de terrenos proveniente da cidade de Maputo 
elevada, que está na origem de vários conflitos ligados à posse da terra, para cuja solução e 
moderação, tem contribuído a Administração e a DADR (Serviços de Geografia e Cadastro) em 
coordenação com anciãos influentes localmente. 
No início das Campanhas Agrícolas são realizadas em todo o distrito campanhas de 
sensibilização aos produtores com vista a aumentar as áreas de produção, usando equipamentos 
que permitem aumentar a produtividade (tracção animal e mecânica) e tendo em consideração o 
prognóstico de chuvas. 
Namaacha 
 
 
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Para além da agricultura e pecuária, domina a actividade económica do distrito o comércio 
fronteiriço, a caça, o corte de lenha e a produção caseira de bebidas e carvão. 
Aprovisionamento de insumos 
A disponibilidade de insumos foi assegurada, através da disponibilização de pesticidas, diversos 
materiais e equipamentos em todas as localidades. As estacas de mandioqueira, semente de 
batata-reno e socas de ananaseiro distribuídas no final de 2010 estão indicadas na tabela 
seguinte. 
Quadro 14. Sementes distribuídas no 4º trimestre 2010 
Material vegetativo Variedade Quant. Recebida Quant. Distribuída (ton) 
Socas de ananaseiro Smooth cayenne 50.600 50.600 
Semente de batata-reno BP1 120ton 120ton 
Estacas de mandioqueira Munhaça 316 m3 316 m3 
Estacas de mandioqueira Gana 356 m3 356 m3 
Fonte: SDAE Namaacha 
Extensão Agrária 
Os Serviços de extensão no distrito contam com 4 extensionístas e 1 supervisor que assistem 
cerca de 2.600 produtores (836 homens e 1.764 mulheres) e 39 associações (1.015 membros), 
das quais cerca 29 estão legalizadas. A assistência prestada aos produtores consiste basicamente 
na disseminação de pacotes tecnológicos nos regadios, conservação pós-colheita, entre outras 
actividades de acompanhamento das actividades de cultivo dos agricultores nas localidades. 
É de salientar que a cobertura da extensão pública no distrito é deficitária, não abrangendo a 
todos os agricultores, devido, principalmente, ao número reduzido de técnicos. 
Além da extensão pública, existem no distrito, parceiros que prestam assistência técnica aos 
produtores locais, nomeadamente: ADPP Clube de camponeses (3 extensionístas que assistem 
750 produtores de 15 clubes de 50 membros cada), Casa de Gaiato (1 Extensionísta), e 
Lupa/ADIPSA (1 Extensionísta que assiste 72 produtores da Associação dos Regantes de 
Mafuiane). 
Construção e reabilitação de regadios e represas 
Em 2011, foi entregue um regadio a Associação Hanhane de Machavatimuca, localidade de 
Matsequenha, com capacidade inicial de irrigar uma área de cerca de 10ha, e com potencial de 
ampliação. 
Sanidade Vegetal 
Várias culturas são afectadas por pragas, nomeadamente: mosca branca (vector 
da virose do tomateiro), ratos do campo, formigas, larva mineira, gafanhoto 
Namaacha 
 
 
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elegante, ferrugem, e percevejo nas crucíferas. As pragas e doenças foram controladas 
atempadamente, de forma a reduzir a incidência e severidade da acção destes patógenos nas 
culturas. O controlo da mosca branca, ratos do campo, formiga e gafanhoto elegante, foi 
realizado com o apoio da repartição de Sanidade vegetal, que disponibilizou os pesticidas 
necessários para o controlo destas pragas. Tiveram lugar em todo distrito, campanhas de 
sensibilização e aconselhamento para garantir a conservação das culturas pós colheita e limpeza 
dos campos. 
Pecuária 
Em 2011 foram aplicados 493 mil banhos carracicidas em gado bovino (230 mil do sector 
familiar e 263 mil do sector privado). Foram ainda vacinados contra várias epidemias 
(carbúnculo hemático, carbúnculo sintomático, febre aftosa, dermatose nodular, brucelose, raiva 
e newcastle) cerca de 70 mil casos em 2011 e 115 mil em 2010. Esta redução derivou do número 
reduzido de vacinas disponibilizados para a campanha de vacinação em 2011. 
Em 2011 foram também realizados 3.200 tratamentos de doenças transmitidas por carapaças, 
abcessos, feridas, suspeitas de ricketsiose, anaplasmose, anemias, diarreias e fraquezas. Em 2010 
foram efectuados 1.750 tratamentos. 
Florestas e fauna bravia 
Produção de plantas 
A produção de plantas envolve várias actividades que começa com a preparação dos alfobres até 
ao maneio das plantas após a germinação. A tabela seguinte mostra o nível de execuçãodas 
actividades sob coordenação do SDAE em 2010 e 2011. 
Actividades 2010 2011 
Produção de plantas no viveiro da mata de Namaacha 24.450 plantas 21.831 plantas 
Produção de plantas nos viveiros comunitários 10.779 plantas 16.077 plantas 
Plantação na mata de Namaacha 18 ha 18 ha 
Limpeza de aceiros na mata de Namaacha 28 ha 20 ha 
Reflorestamento nas comunidades 14 ha 35 ha 
Colecta de sementes (SDAE) 4.5 Kg 6.9 Kg 
Fonte: SDAE Namaacha 
 
A aquisição tardia dos vasos e fraca germinação das sementes dadas as baixas temperaturas no 
inverno, condicionaram a produção de plantas no viveiro da mata em 2011. 
Maneio comunitário e assistência aos comités de gestão de recursos naturais 
Com vista a aumentar a eficiência da gestão dos recursos naturais e faunísticos, foram realizadas 
visitas aos comités de gestão de recursos naturais, tendo-se monitorado a produção dos viveiros 
comunitários e a distribuição das plantas para o reflorestamento. 
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Em 2011 foram distribuídas 8.939 plantas de diversas espécies nativas para o reflorestamento 
comunitário. Foram assistidos os CGRN de Impaputo, Goba e Matsequenha na legalização das 
suas licenças de exploração florestal e faunístico. 
Ainda em 2011, o sector Florestal realizou um seminário de capacitação em matéria de 
conservação de sementes e gestão dos viveiros. Neste seminário participaram todos os chefes das 
localidades, extensionistas do distrito, técnicos da mata de Namaacha e técnicos do conselho 
Municipal de Namaacha. O seminário tinha como objectivo fornecer conhecimentos aos chefes 
das localidades no processamento e maneio de plantas no viveiro e foi planificado que cada líder 
comunitário tem que possuir uma floresta com o mínimo de 1ha. 
Fiscalização 
A crescente aderência dos operadores na legalização das licenças de transporte de produtos 
Florestais resultou numa redução do número de multas aplicadas numa actividade crescente de 
fiscalização de viaturas. 
Conflito Homem-Fauna Bravia 
Em 2011 registaram-se 10 casos de presença de animais bravios junto a comunidade, dos quais 
em alguns casos houve mortos e danos materiais. 
4.2.2.2 Indústria, Comércio e Turismo 
Em 2011 foram licenciados 65 operadores de actividade comercial através do licenciamento 
simplificado e foram tramitados cinco processos para Direcção Provincial de Indústria e 
Comércio (BAU) para o licenciamento. 
Foram tramitados cinco (5) processos a Direcção Provincial de Recursos Minerais e Energia 
para pedido de Certificado Mineiro. Está em curso a tramitação de 4 processos a nível do 
Distrito. 
Namaacha 
 
 
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4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia 
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a) 
garantir o funcionamento de estabelecimentos de ensino, formação de professores, alfabetização, 
educação de adultos e educação não formal; (b) realizar estudos sobre cultura, diversidade 
cultural, valores locais e línguas nacionais; (c) promover o fabrico de instrumentos musicais 
tradicionais; (d) incentivar o desenvolvimento de associações juvenis, bem como promover 
iniciativas geradoras de emprego, auto-emeprego e outras fontes de rendimento dos jovens; e (e) 
promover o uso de novas tecnologias. 
4.2.3.1 Educação 
A maioria da população (67%) do distrito é alfabetizada e 78% das pessoas com 5 ou mais anos 
de idade, predominantemente homens, frequentam ou já frequentaram o nível primário do 
ensino. A análise por sexos revela um padrão melhor entre os homens do que nas mulheres. 
Quadro 15. População de 5 anos ou mais, por frequência escolar 
 
P O P U L A Ç Ã O Q U E: 
FREQUENTA FREQUENTOU NUNCA FREQUENTOU 
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres 
Distrito da Namaacha 35.3% 35.6% 35.0% 42.6% 48.0% 37.3% 22.1% 16.4% 27.7% 
P. A. da Namaacha 36.1% 35.9% 36.3% 43.8% 49.0% 38.7% 20.1% 15.1% 25.0% 
P. A. de Changalane 33.6% 34.8% 32.5% 40.1% 46.0% 34.4% 26.3% 19.2% 33.1% 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
A análise do nível de ensino frequentado pela população que actualmente atende a escola, revela 
uma concentração significativa no nível primário de ensino. 
Quadro 16. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino 
 
NÍVEL DE ENSINO QUE FREQUENTA 
Total AEA EP1 EP2 ESG1 ESG2 Técnico Superior 
TOTAL 100.0% 2.7% 62.1% 16.9% 13.8% 3.0% 0.9% 0.6% 
5 - 9 anos 100.0% 0.2% 99.8% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 
10 - 14 anos 100.0% 0.1% 70.1% 25.2% 4.6% 0.0% 0.0% 0.0% 
15 - 19 anos 100.0% 0.2% 17.7% 34.5% 42.0% 4.1% 1.2% 0.2% 
20 - 24 anos 100.0% 3.5% 9.6% 11.6% 45.3% 20.5% 7.2% 2.4% 
25 e + anos 100.0% 34.3% 22.1% 5.8% 16.0% 12.4% 3.6% 5.8% 
HOMENS 100.0% 0.8% 63.5% 17.1% 13.6% 3.1% 1.1% 0.8% 
MULHERES 100.0% 4.6% 60.7% 16.7% 14.0% 2.8% 0.8% 0.4% 
EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos; ESG2 - 11º e 12º Anos; ET – Ensino técnico; CFP – Curso de 
formação de professores; AEA -Alfabetização e educação de adultos. 
 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
 
 
Namaacha 
 
 
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Figura 7. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado 
 
Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
Um aspecto importante é a observação das taxas de escolarização bruta e líquida. A primeira 
taxa calcula-se dividindo o total de alunos de um determinado nível de ensino 
(independentemente da idade) pela população do grupo etário correspondente à idade oficial para 
o referido nível16. Para calcular a segunda taxa, divide-se o total de alunos cuja idade coincide 
com a idade oficial para o nível pela população do grupo etário correspondente a esse nível. 
Estas são as medidas mais comuns para estimar o desenvolvimento quantitativo do sistema 
educativo. 
Quadro 17. Taxas de escolarização 
Taxas	
  de	
  escolarização	
  
Taxa	
  Bruta	
  de	
  Escolarização	
   Taxa	
  Líquida	
  de	
  Escolarização	
  
TOTAL	
   H	
   M	
   TOTAL	
   H	
   M	
  
EP1	
   140.6	
   143.1	
   138.1	
   84.6	
   85.7	
   83.5	
  
EP2	
   104.7	
   108.4	
   101.1	
   20.2	
   19.4	
   20.9	
  
ESG1	
   62.5	
   60.8	
   64.1	
   13.7	
   11.1	
   16.3	
  
ESG2	
   22.2	
   22.2	
   22.3	
   2.3	
   1.7	
   3.1	
  
 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007 
. 
Como se pode observar, a taxa bruta de escolarização do Ensino Primário do 1º Grau é de 
140.6%, o que indica um elevado nível de cobertura escolar neste nível. Atendendo a que a idade 
ideal para frequentar o EP1 é de 6 a 10 anos (para terminar este nível sem nenhuma reprovação), 
este indicador acima dos 100% reflecte a entrada tardia na escola, a reprovação e desistência 
escolar, levando a que exista um elevado número de alunos no EP1, com idades superiores a 10 
anos. 
Efectivamente, a taxa líquida de escolarização no EP1 confirma aquele facto ao indicar que 
 
16 EP1 – 6 a 10 anos; EP2 – 11 a 12 anos; ESG1 – 13 a 15 anos; ESG2 – 16 a 17 anos; Superior – 18 a 22 anos. 
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somente 84,6% das crianças de 6 a 10 anos frequentam o nível de ensino correspondente a sua 
idade, neste caso o EP1. 
Em geral, os rapazes apresentam melhores indicadores educacionais brutos e líquidos para o 
nível EP1. Nos restantes níveis as raparigas apresentam taxas mais elevadas de escolarização, 
denotando um aumento de mulheres matriculadas nos níveis de ensino correspondente as suas 
idades. 
A situação global descrita reflecte, para além de factores socioeconómicos, o facto de a rede 
escolar existente e o efectivo de professores, apesar de terem vindo a evoluir a um ritmo 
significativo, serem insuficientes, o que é agravado por taxas de desistênciaem algumas 
localidades do distrito, devido ao facto de haver muitos casamentos prematuros e emigração de 
jovens para a Suazilândia e África do Sul. 
Quadro 18. Escolas, Alunos, Professores, 2011 
Níveis de ensino Nº de Alunos Professores 
Escolas M HM M HM 
EP1 17 3.689 7.666 113 221 
EP2 17 1.214 2.365 55 112 
ESGI 3 1.132 2.162 9	
   58	
  
ESGII 1 218 449 5	
   18	
  
IFP 1 115 167 9	
   58	
  
ISET 1 72 224 7	
   33	
  
TOTAL DO DISTRITO 40 6.440 13.033 198 500 
EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos; ESG II - 11º e 12º anos; ET - Ensino técnico; AEA –Alfabetização e 
educação de adultos. ISET - Instituto Superior de Educação e Tecnologia. IFP – Instituto de Formação de Professores. 
Fonte: SDEJT 
O Instituto de Formação de Professores capacitou em 2011 um total de 98 professores (67 do 
sexo feminino) e 89 gestores de escolas (48 mulheres). 
Para além do efectivo de escolas apresentado na tabela anterior, existem ainda 7 Centros de 
Alfabetização de Adultos, que tiveram 202 alunos (148 mulheres) em 2011. 
O aproveitamento pedagógico em geral foi bom, como demonstram os dados da tabela seguinte. 
Quadro 19. Taxas de aproveitamento pedagógico, 2011 
(Em %) M HM 
EP1 83.8 80.2 
EP2 82.1 79.7 
ESG I 67.8 71.2 
ESG II 71.0 72.3 
IFP 94.8 99.0 
ISET 100.0 95.9 
Fonte: SDEJT 
Namaacha 
 
 
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Em termos de grau de ensino concluído, constata-se que do total de população com 10 anos ou 
mais de idade, só 41% concluiu algum nível de ensino, na sua maioria o nível primário. 
Quadro 20. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído 
 
NÍVEL DE ENSINO CONCLUÍDO 
Nenhum TOTAL Alfab. Primário Secund. Técnico C.F.P. Superior 
TOTAL 40.9% 0.4% 32.7% 6.6% 0.5% 0.5% 0.2% 59.1% 
10 - 14 anos 29.3% 0.0% 28.9% 0.3% 0.0% 0.0% 0.0% 70.7% 
15 - 19 anos 71.6% 0.0% 63.7% 7.6% 0.2% 0.0% 0.0% 28.4% 
20 - 24 anos 58.7% 0.0% 45.1% 12.1% 0.6% 0.9% 0.0% 41.3% 
25 - 29 anos 46.3% 0.1% 33.6% 10.3% 0.5% 1.7% 0.1% 53.7% 
30 e + anos 27.7% 0.8% 19.5% 5.8% 0.7% 0.5% 0.5% 72.3% 
HOMENS 45.8% 0.4% 35.9% 8.0% 0.7% 0.5% 0.3% 54.2% 
MULHERES 36.1% 0.3% 29.5% 5.2% 0.3% 0.6% 0.1% 63.9% 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
 
 
 
 
Figura 8. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído 
 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
Existem vários programas escolares promovidos, nomeadamente: 
• Caixa escolar - Foram distribuídos um total de 28 mil livros escolares da 1ª a 7ª classes; 
• Produção Escolar – Foram produzidas cerca de 11 toneladas de produtos alimentares e 
2.500 bicos de aves para consumo; 
• Plantio de Árvores - Foram plantadas 19.253 árvores de fruta e de sombra; 
• Saúde Escolar e HIV/SIDA – Abrangeu jornadas de limpeza, reciclagem de 18 
activistas, vacinação anti-tétano para alunos da 1ª e 2ª classes, tendo se abrangido 607 
alunos, supervisão em matéria de saneamento do meio, palestras sobre prevenção e 
combate ao HIV-SIDA, DTS´s ( ITS´s) e drogas, desparasitação contra bilharziose e 
lombrigas em todas as escolas do Ensino Primário, criação no IFP do núcleo de 
aconselhamento em Saúde Sexual, Reprodutiva, HIV e SIDA. 
Namaacha 
 
 
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4.2.3.2 Formação Profissional e Emprego 
O Governo Distrital em coordenação com Instituto de Emprego e Formação Profissional 
(INEFP) tem formado jovens em várias artes, nomeadamente, construção civil, agro-pecuário e 
electricidade. No final do curso o INEFP oferece kits de ferramentas aos graduados, como forma 
de promover o auto-emprego. 
Neste programa já foram formados 132 jovens e o FDD já financiou 45 projectos de jovens 
desde 2007. O Governo Distrital continua a sensibilizar jovens para elaborarem projectos de 
iniciativa local de modo a promover auto emprego e criação de mais postos de trabalho. 
4.2.3.3 Tecnologia 
Foram apurados dois jovens inovadores, que foram submetidos à Delegação Provincial de 
Ciência e Tecnologia para a Gala Inovador a nível Regional. 
Realizou-se uma pesquisa das plantas de fácil crescimento, tendo-se seleccionado as seguintes: 
canhoeiro, laranjeira, mangueira, videiras, bananeiras, papaieiras, mafureiras, pereiras, videiras e 
ananaseiros. 
4.2.3.4 Cultura 
Em geral no distrito forma celebradas as principais datas e feriados nacionais e de 
acontecimentos históricos relevantes. 
Foram realizadas palestras sobre abuso sexual e tráfico de menores, nas seguintes escolas: EPC 
de Mugado, Graça Machel, Cocomela, envolvendo 470 alunos, em coordenação com Acção 
Social e Secretariado Distrital. 
Fez-se a inscrição de 10 grupos culturais do Distrito para dança: (EPC de Graça Machel, 
Mafavuca, EP1 de Macuácua, Impaputo, Mundavene, Cassimatis e Matianine “B”), para canto 
coral ( E.C.Mª Auxiliadora e EP1 de Chimuchuanine), e para teatro ( Nova Vida). 
Realizou se a supervisão nas bibliotecas da Escola Secundária de Namaacha, Changalane, IFP e 
Escola Comunitária Mª Auxiliadora, tendo-se constatado a existência de alguns livros não 
registados, catalogados, classificados e etiquetados no IFP e Escola Secundária de Changalane. 
Foram ensaiadas 400 crianças de EPC Graça Machel, Mugado, Cocomela , EP1 de Matianine 
“B” e Chimuchuanine, no âmbito da preparação para abertura e o encerramento do X Festival 
Nacional dos Jogos Desportivos Escolar - Edição 2011. 
Participação na final do Intercâmbio Cultural designado “20 de Abril”, no qual os vencedores 
são EPC Graça Machel na dança, EP1 de Chimuchuanine no canto coral e grupo Tofo como 
grupo modelo. 
Namaacha 
 
 
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Elaborou-se um plano de Divulgação da Lei nº 6/99 de 2 de Fevereiro, que versa a proibição dos 
menores de idade em locais ou sítios de diversão nocturna e que envolveu técnicos, professores, 
presidentes dos conselhos de escolas e líderes comunitários. Neste âmbito realizaram-se 5 
palestras com proprietários das casas de pastos e barracas, líderes comunitários, religiosos, 
alunos e jovens das igrejas com 318 participantes. 
Uma equipe de futebol masculino sub 13, participou de 8 a 12 de Janeiro no campeonato Infanto 
Juvenil, que teve lugar no distrito de Boane, tendo se classificado no 4º lugar. A nível das escolas 
da vila sede realizou-se um campeonato ganho pela Escola Comunitária Mª Auxiliadora. 
4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social 
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a) 
assegurar o funcionamento das unidades sanitárias e incentivar a medicina tradicional; (b) 
promover acções de apoio e protecção da criança, da pessoa portadora de deficiência e do idoso; 
(c) desenvolver acções de prevenção da violência doméstica e de abuso de menores; e (d) 
promover a igualdade e equidade do género. 
4.2.4.1 Saúde 
Unidades sanitárias e pessoal da saúde 
A rede e pessoal de saúde do distrito, apesar de estar a crescer, é insuficiente, evidenciando os 
seguintes índices de cobertura média: 
- Uma unidade sanitária por cada 6 mil pessoas; 
- Uma cama por 740 habitantes; e 
- Um profissional técnico para cada 640 residentes no distrito. 
Quadro 21. Unidades de saúde, Camas e Pessoal, 2011 
 Tipo de Unidades Sanitárias Pessoal existente 
 Total de Centro de Posto de por sexo 
 Unidades Saúde Saúde HM H M 
Nº de Unidades 8 7 1 
Nº de Camas 65 65 0 
Pessoal Total 130 128 2 130 51 79 
 - Licenciados 4 4 0 4 1 3 
 - Nível Médio 27 27 0 27 16 11 
 - Nível Básico e Elementar 45 45 0 45 19 26 
 - Pessoal de apoio 54 52 2 54 15 39 
Fonte: SDSMAS 
No geral, a prestação de cuidados de saúde primários evoluiu positivamente, com o aumento de 
mais uma unidade sanitária. Por outro lado, as actividades preventivas na área de saúde no 
distrito em matéria de saneamento do meio, suplementação de vitamina ‘A’, 
educação as mães grávidas para ter o parto na maternidade e outras 
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actividades, associadas ao aumento de novos técnicos recém graduados no distrito, são dados 
positivos para o sector. 
Cuidados de saúde 
A tabela seguinte apresenta alguns indicadores de actividade dos serviços do Sistema Nacional 
de Saúde. 
Quadro 22. Evolução da actividade, 2009-2011 
Actividades 2009 2010 2011 
Taxa de ocupação de camas 26,0% 22,7% 36,0% 
Taxa de mortalidade hospitalar 5,2% 9,0% 5,0% 
Partos 864 940 876 
Vacinações 20.282 24.848 15.912 
Contactos Saúde Materno Infantil 25.995 25.999 25.421 
Consultas externas 83.443 96.625 82.940 
Consultas Estomatologia 2.862 3.176 3.450 
DCO 4.006 4.253 5.615 
Total de Unidades de atendimento 137.452 135.841 134.234 
Fonte: SDSMAS 
A taxa de mau crescimento infantil subiu de 1.2% para 1.5% em 2011. A taxa de baixo peso a 
nascença aumentou de 3.7% para 8.5% uma vez que muitas destas crianças são filhas de mães 
seropositivas. 
Quadro 23. Indicadores de nutrição, 2009-2011 
 2009 2010 2011 
Taxa de baixo peso à nascença 2.7% 3.7% 8.5% 
Taxa de mau crescimento 2.0% 1.2% 1.5% 
 Fonte: SDSMAS 
De referir ainda a existência de vários programas de cuidados de saúde primários a vários níveis 
que denotam uma evolução positiva nos últimos anos, nomeadamente: 
• Saúde ambiental: Esta actividade está sendo realizada em todas as unidades sanitárias, bem 
como em brigadas móveis e nos locais de interesse público. Em 2011 foram realizadas em 
282 palestras sobre saneamento do meio. 
• Saúde Ocupacional: Realizadas em 2011 seis visitas de trabalho as empresas para vacinação 
aos trabalhadores, bem como a todos os outros que manipulam géneros alimentícios. 
• Sanidade Internacional: Foi intensificado o controlo de movimento de entradas nas fronteiras 
de Namaacha sede e Goba. Este controle para além de entrada de produtos, é feito também 
em relação as pessoas. Esta actividade visa fundamentalmente pesquisar sinais e sintomas da 
gripe. Durante o período, foram controlados 33.616 passageiros, sendo 
16.279 nacionais e 17.337 estrangeiros. 
Namaacha 
 
 
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• Saúde reprodutiva: As actividades de saúde reprodutiva tiveram uma descida de actividades. 
Continua a falta de casas espera da mãe nas 5 maternidades incluindo a recém construída em 
Macanda (O. Mechisso), as longas distâncias que as mães percorrem para chegar a 
maternidade mais próxima, que não é a menos de 10 km, a falta de transporte em algumas 
zonas (vulgo chapa 100) e a condição financeira na maioria da camada populacional. 
• Saúde Infantil, Nutrição, Saúde Escolar 
• Suplementação de Vitamina ‘A’ 
• Saúde Mental 
Quadro epidemiológico 
O quadro epidemiológico do distrito é dominado pelas doenças / infecções que são apresentadas 
na tabela seguinte. 
Quadro 24. Casos de doenças e óbitos notificados, 2009-2011 
Doenças Casos Notificados Óbitos Notificados 
2009 2010 2011 2009 2010 2011 
Diarreias 2.788 2.874 2.788 - - 3 
Disenteria 668 549 802 - - - 
Sarampo 7 1 3 - - - 
Cólera 24 - - 2 - - 
Malária 456 567 1.905 - 1 2 
HIV/SIDA 741 712 676 12 11 10 
DTS 1.303 1.132 1.145 - - - 
Fonte: SDSMAS 
Figura 9. Quadro epidemiológico, 2011 
 
Fonte: SDSMAS 
 
Namaacha 
 
 
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4.2.4.2 Acção Social 
No distrito da Namaacha existem, segundo os dados do Censo de 2007, cerca de 2.700 órfãos (na 
sua maioria órfãos de pai) e cerca de 1.400 pessoas portadoras de deficiência (94% com 
debilidade física e 6% com doenças mentais). 
Quadro 25. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007 
 População Órfão de: 
 0-14 anos Total Mãe Pai Pai e Mãe 
Total 100.0% 16.0% 4.1% 10.3% 1.6% 
 - Homens 100.0% 16.1% 4.2% 10.2% 1.7% 
 - Mulheres 100.0% 15.9% 3.9% 10.5% 1.5% 
Grupos etários: 
 - 0 a 4 anos 100.0% 5.6% 1.0% 4.3% 0.2% 
 - 5 a 9 anos 100.0% 15.1% 3.6% 10.3% 1.2% 
 - 10 a 14 anos 100.0% 30.6% 8.6% 18.1% 3.9% 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
 
Quadro 26. População deficiente, 2007 
Grupos de Idade População Sem Com deficiência Total Deficiência Total Física Mental 
Distrito da Namaacha 100.0% 96.7% 3.3% 3.1% 0.2% 
0 - 14 100.0% 98.7% 1.3% 1.2% 0.1% 
15 - 44 100.0% 96.9% 3.1% 2.9% 0.2% 
45 e mais 100.0% 91.1% 8.9% 8.6% 0.3% 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
A tabela seguinte apresenta a distribuição percentual das 1.400 pessoas portadoras de deficiência, 
segundo a causa. 
Quadro 27. População portadora de deficiência, segundo a causa 
 TOTAL Física Mental 
Distrito da Namaacha 100.0% 100.0% 100.0% 
À nascença 20.2% 19.3% 36.0% 
Doença 33.9% 33.6% 38.7% 
Minas/Guerra 4.4% 4.6% 1.3% 
Serviço Militar 4.5% 4.8% 0.0% 
Acidente de Trabalho 7.9% 8.3% 1.3% 
Acidente de Viação 9.5% 9.8% 4.0% 
Outras 19.5% 19.5% 18.7% 
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. 
 
 
A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza 
absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e 
portadores do HIV-SIDA, tóxico-dependentes e regressados. 
Para o efeito, existem vários programas de assistência social em curso no distrito, cuja evolução 
em termos de beneficiários é apresentada na tabela seguinte. 
 
Namaacha 
 
 
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Quadro 28. Programas de acção social, 2009-2011 
Tipo de Programa Total Homens Mulheres 
Ano: 2009 
Crianças perdidas identificadas e reunificadas 13 9 4 
Apoio a órfãos em situação difícil 250 126 124 
Educação Pré-escolar 631 356 275 
Atendimento a idosos 313 219 94 
Atendimento a deficientes 89 32 57 
Total 1.291 738 553 
Ano: 2010 
Crianças perdidas identificadas e reunificadas 13 9 4 
Apoio a órfãos em situação difícil 376 144 232 
Educação Pré-escolar 383 205 178 
Atendimento a idosos 595 88 190 
Atendimento a deficientes 21 13 8 
Total 1.388 459 612 
Ano: 2011 
Crianças perdidas identificadas e reunificadas 13 9 4 
Apoio a órfãos em situação difícil 501 154 307 
Educação Pré-escolar 652 340 312 
Atendimento a idosos 821 390 431 
Atendimento a deficientes 9 5 4 
Total	
   1.996	
   898	
   1.058	
  
Fonte: SDSMAS 
O SDSMAS tem coordenado as acções de algumas organizações não governamentais, 
associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidade e de direito 
entre homem e mulher todos aspectos de vida social e económica, e a integração, quando 
possível, no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida escolar. 
Apesar dos esforços desenvolvidos, são ainda bem patentes no distrito os efeitos da pobreza, 
calamidades naturais e da guerra que assolou Moçambique nas últimas décadas. 
4.2.4.3 Género 
O distrito de Namaacha tem uma população estimada de 48 mil habitantes - 24 mil do sexo 
feminino - sendo 9% dos agregados familiares do tipo monoparental chefiados por mulheres. 
Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de algumas organizações não 
governamentais, associações e sociedade civil, promovendo a criação de 
igualdade de oportunidades e direitos entre sexos em todos aspectos de vida 
Namaacha 
 
 
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social e económica, e a integração da mulher no mercado de trabalho, processos de geração de 
rendimentos e vida escolar. 
Esta coordenação recorre a mecanismos de troca de informação, diálogo e concertação da acção, 
evitando a sobreposição de actividades e racionalizando recursos de forma a melhorar a eficácia 
e eficiência das acções governamentais e das iniciativas da comunidade e do sector privado. 
Tendo por língua materna dominante o Xichangana, 69% das mulheres do distrito com 5 ou mais 
anos de idade têm conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio mais acentuado nos 
homens (82%), dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de trabalho. A taxa de 
analfabetismo na população feminina é de 42%, sendo de

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