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Relatório final - Maria Eduarda AGO2018

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ 
CAMPUS ASSIS CHATEAUBRIAND 
 
 
 
MARIA EDUARDA PEREIRA SAPATEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: Piscicultura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assis Chateaubriand 
2020
 
 
MARIA EDUARDA PEREIRA SAPATEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: PISCICULTURA 
 
 
 
 
Relatório de Estágio Supervisionado do curso 
Nome do Curso do Instituto Federal do 
Paraná, Campus Assis Chateaubriand. 
Orientador: Prof. Roberto Haruyoshi Ito 
 
 
 
 
 
 
 
Assis Chateaubriand 
2020
II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
Dedico meu relatório a todos os 
docentes do IFPR – Campus Assis 
Chateaubrinad que contribuíram para 
minha formação. 
III 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Ao Instituto Federal do Paraná e a todos os discentes do Campus Assis 
Chateaubriand, por proporcionar um ambiente adequado de aprendizagem onde 
pude crescer muito e expandir meus horizontes. 
À professora Sônia Mandotti por ter me apresentado essa oportunidade de 
estágio, quando eu mesma já tinha desistido de procurar um local onde pudesse 
faze-lo. Também, por, juntamente da professora Leiliane Cristine de Souza, 
sempre me apoiar e ajudar a seguir em frente. 
À Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente do munícipio de Assis 
Chateaubriand – Paraná e todos os seus profissionais, em especial ao nosso 
supervisor Gilmar Echhardt, que nos acolheram tão bem e propiciaram grande 
carga de conhecimento. 
Ao professor Roberto Haruyoshi Ito, devido a paciência e disposição que 
teve comigo enquanto orientador de estágio, tornando esse relatório possível. 
Por fim, à minhas colegas de estágio, Nayane Rubio e Rafaella Gati, por 
embarcar nessa experiência junto a mim e fazer desses dias mais divertidos, 
lembranças que levarei para vida toda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epígrafe 
“A força de vontade deve ser mais forte 
que a habilidade” – Muhammad Ali 
V 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
 
ANA Agência Nacional de Águas 
IAP Instituto Ambiental do Paraná 
LI Licença de Instalação 
LO Licença de Operação 
LP Licença Prévia 
PeixeBR Associação Brasileira da Piscicultura 
PNLA Portal Nacional de Licenciamento Ambiental 
STJ Superior Tribunal de Justiça 
 SUDERHSA Superintendência de Desenvolvimento de Recursos 
Hídricos e Saneamento Ambiental 
VI 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Projeto de implantação piscicultura....................................................... 06 
Figura 2 – Aparelho de nível óptico........................................................................ 06 
Figura 3 – Taludes................................................................................................. 11 
Figura 4 – Monge................................................................................................... 13 
Figura 5 – Lagoa de decantação............................................................................ 14 
Figura 6 – Calagem................................................................................................ 15 
Figura 7 – Tanque Cheio........................................................................................ 17 
Figura 8 – Biometria............................................................................................... 19 
Figura 9 – Tabela de arraçoamento....................................................................... 19 
Figura 10 – Kit comercial........................................................................................ 19 
Figura 11 – Estufa de reversão.............................................................................. 22 
Figura 12 – Tanque de reversão............................................................................ 22 
Figura 13 – Alevinos de tilápia ............................................................................... 23 
Figura 14 – Alevinos de tambaqui ......................................................................... 23 
Figura 15 – Tanques rede...................................................................................... 23 
Figura 16 – Larvas................................................................................................. 24 
Figura 17 – Tilápia do Nilo...................................................................................... 25 
Figura 18 – Preparação de canteiros..................................................................... 26 
Figura 19 – Plantando as mudas ........................................................................... 26 
Figura 20 – Cisterna............................................................................................... 27 
Figura 21 – Tampa da cisterna............................................................................... 27 
Figura 22 – Alimentador automático...................................................................... 28 
Figura 23 – Aerador chafariz.................................................................................. 28 
Figura 24 – Aerador pá de metal............................................................................ 28 
Figura 25 – Aerador pá de plástico......................................................................... 28 
Figura 26 – Aerador chafariz em funcionamento.................................................... 28 
 
 
 
VII 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 
Tabela 1 – Tamanho de partículas de solo............................................................. 07 
Tabela 2 – Análise do tanque 1............................................................................. 18 
Tabela 3 –Análise do tanque 2............................................................................... 18 
VIII 
 
RESUMO 
 
Esse relatório é referente ao estágio supervisionado do Curso Técnico em 
Agropecuária, Integrado ao Ensino Médio, realizado na Secretaria de Agricultura e 
Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Assis Chateaubriand – Paraná, na área 
de Piscicultura. O cultivo de peixes está em constante crescimento no Brasil, 
principalmente no Oeste do Paraná, sendo que, em 2019, o estado alcançou uma 
produção de 154.200t de peixes em cultivo, o que representa um crescimento de 
18,7% em comparação a 2018. Desta forma, é inevitável a relevância de 
profissionais técnicos que conheçam os manejos e políticas de extensão rural, a fim 
de aplicá-los no mercado de trabalho e, por conseguinte, impulsionar esse polo de 
expansão piscícola. A realização do estágio foi muito importante para a minha 
formação, tanto pessoal quanto profissional, onde adquiri uma enorme quantidade 
de conhecimento técnico, além de ganhar experiência para adentrar o mercado de 
trabalho na área da piscicultura e de conhecer o trabalho realizado nesse setor. 
 
Palavras-chave: Agropecuária; cultivo de peixes; extensão rural; expansão 
piscícola; Oeste do Paraná. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IX 
 
SUMÁRIO 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................... V 
LISTA DE FIGURAS (opcional) .............................................................................. VI 
LISTA DE TABELAS ............................................................................................. VII 
RESUMO.............................................................................................................. VIII 
1.INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 2 
2. A EMPRESA .......................................................................................................4 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................................................ 5 
3.1 Licenciamento Ambiental e Outorga de Água ........................................ 5 
3.1.1 Licença Prévia (LP) ............................................................................ 6 
3.1.2 Licença de Instalação (LI) .................................................................. 6 
3.1.3 Licença de Operação (LO) ................................................................. 6 
3.1.4 Outorga prévia ................................................................................... 7 
3.1.5 Outorga de Direito .............................................................................. 7 
3.1.6 Outorgas de captação ........................................................................ 7 
3.1.7 Outorgas de Lançamento de Efluente ................................................ 7 
3.2 Projetos pelo Google Earth ..................................................................... 7 
3.3 Pré – Instalação de tanques ................................................................... 8 
3.3.1 Área e Topografia do terreno ............................................................. 9 
3.3.2 Tipo de solo ....................................................................................... 9 
3.3.3 Disponibilidade de água ................................................................... 10 
3.3.4 Dimensionamento ............................................................................ 10 
3.3.5 Sistema de abastecimento ............................................................... 11 
3.3.6 Estimativa de vazão de água ........................................................... 12 
3.4 Construção dos viveiros ....................................................................... 13 
3.4.1 Taludes ............................................................................................ 13 
3.4.2 Largura da crista .............................................................................. 14 
3.4.3 Borda livre ou borda de segurança .................................................. 14 
3.4.4 Fundo .............................................................................................. 15 
3.4.5 Sistema de Drenagem ..................................................................... 15 
3.4.6 Lagoa de decantação ...................................................................... 16 
3.5 Calagem e Fertilização ......................................................................... 17 
3.5.1 Calagem .......................................................................................... 17 
3.5.2 Fertilização ...................................................................................... 18 
3.5.2.1 Adubação orgânica ....................................................................... 18 
3.5.2.2 Adubação Química ....................................................................... 18 
X 
 
3.6 Enchimento ........................................................................................... 19 
3.7 Visita a propriedades com análises de água e biometria ...................... 20 
3.7.1 Temperatura .................................................................................... 21 
3.7.2 Transparência .................................................................................. 22 
3.7.3 pH .................................................................................................... 23 
3.7.4 Amônia ............................................................................................ 23 
3.7.5 Nitrito ............................................................................................... 23 
3.8 Incubação e reversão de alevinos ........................................................ 24 
3.8.1 Incubação ........................................................................................ 25 
3.8.2 Reversão Sexual.............................................................................. 26 
3.9 Tilápia ................................................................................................... 27 
3.10 Oficinas da Prefeitura Municipal em conjunto com a Itaipu Binacional ..... ....28 
3.11 Dia de campo e show rural ................................................................. 29 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 31 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 32 
 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O estágio supervisionado do Curso Técnico em Agropecuária, Integrado ao 
Ensino Médio, foi realizado na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente da 
Prefeitura Municipal de Assis Chateaubriand – Paraná, com início no dia 07/01/2020 
até o dia 05/02/2020, para conclusão foi realizado, mais seis dias, no período da 
tarde, nos dias de quarta-feira e sexta-feira, totalizando 200 horas. O foco deste 
estágio foi na área de piscicultura, supervisionado pelo Técnico em Piscicultura 
Gilmar Echhardt. 
As primeiras experiências de piscicultura no mundo ocorreram na Idade 
Antiga, na China e no Egito, onde espécies de Carpas e Tilápias eram capturados 
no ambiente natural e mantidos em lagos artificiais para consumo humano ou como 
ornamentação (BRABO et al., 2016). 
O Brasil produziu, em 2019, 758.006 toneladas (t) de peixes de cultivo, onde 
432.149 t. foram de Tilápia, que representa 58% de toda a produção. A produção 
de peixes nativos foi de 287.930 t, o que representa 38% e, as outras espécies de 
cultivo produziram 37.927 t, representando 5% do total produzido no país. Dessa 
forma, a Tilápia se mantém na liderança entre as espécies mais produzidas no país. 
Com esse resultado, o Brasil se consolida na 4ª posição entre os maiores produtores 
de Tilápia no mundo (PEIXE BR – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA 
PISCICULTURA, 2020). 
De acordo com o Peixe BR (2020), o estado do Paraná teve, em 2019, uma 
produção de 154.200 t, o que representa um crescimento de 18,7% em comparação 
a 2018, na produção de peixes em cultivo. Dessa forma, o Paraná lidera o ranking 
nacional devido, principalmente, aos investimentos da agroindústria, seguido dos 
bons índices de produtividade nas propriedades com boa estrutura das empresas 
na área de comercialização e logística. 
A aquicultura moderna está embasada em três pilares: a produção lucrativa, 
a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social. Os três componentes 
são essenciais e indissociáveis para que se possa ter uma atividade perene. Deve–
se entender, portanto, que a preservação ambiental é parte do processo produtivo 
(VALENTI et at., 2000 apud CASTELLANI e BARRELA, 2005). 
3 
 
Segundo o Peixe BR (2019), “A piscicultura gera cerca de 1 milhão de 
empregos diretos em todo o país. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de 
Tilápia, espécie que representa 55,4% da produção do país. Os peixes nativos, 
liderados pelo tambaqui, participam com 39,8% e outras espécies com 4,6%”. 
O Paraná é o estado que mais produz peixes no país, cerca de 112 mil 
toneladas de peixes por ano (PeixeBR, 2017), e está entre as atividades rurais que 
mais dão retorno ao produtor na região Oeste do Paraná, principalmente, a 
produção de Tilápia (O PRESENTE, 2018). 
Diversas atividades foram realizadas durante o período de estágio, a fim de 
aprimorar os conhecimentos teóricos adquiridos no decorrer no curso, tais como: 
Medições de nível de tanques, vazão de água, projetos de piscicultura, projetos e 
acompanhamento de construções de tanques para a piscicultura, visitas e 
acompanhamento da produção de peixes em propriedades rurais, testes de 
qualidade de água e preenchimentos de formulários do Instituto Ambiental do 
Paraná (IAP). 
A importância do estágio em piscicultura, além de desfrutar de novos 
conhecimentos, foi que, como a região do Oeste do Paraná, ondeo estágio foi 
realizado, é um dos polos da expansão agropecuária nessa área, o contato prático 
com os manejos fez-se constante, desde construção de tanques escavados, 
produção de alevinos, até o produto final, o peixe pronto para a comercialização. 
Aprimorando, então, as competências técnicas, aprendendo como funciona as 
políticas de assistência ao produtor rural da Prefeitura Municipal e a relação entre 
produtor e técnico. Também, para a comparação entre o Sistema de Aquaponia 
didático que tem no campus com uma produção em tanques escavados na escala 
comercial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2. A EMPRESA 
 
Identificação da Empresa 
Nome: Prefeitura Municipal de Assis Chateaubriand – Secretaria de Agricultura e 
Meio Ambiente 
Endereço: Avenida Cívica, s/n 
Bairro: Centro 
CEP: 85935-000 
Cidade/Estado: Assis Chateaubriand/Paraná 
Telefone: (44) 3528-8455 
e-mail: imprensaassis@gmail.com 
 
Identificação do Supervisor na Empresa 
Nome: Gilmar Echhardt 
Cargo: Técnico em Piscicultura 
Formação: Técnico em Piscicultura 
e-mail: gilmarambiente2013@gmail.com 
 
Identificação do Professor Orientador 
Nome: Roberto Haruyoshi Ito 
Formação: Zootecnia/Docente 
e-mail: roberto.ito@ifpr.edu.br 
 
Período e Carga Horária 
Data de início do estágio: 07/01/2020 
Data de final do estágio: 05/02/2020 
Período: 08:00 às 12:00h e das 13:30 às 17:30h 
Carga horária: 176 horas 
Data parcial do estágio:12,14,19,21, 26 e 28/02/2020 
Período: 13:30 às 17:30h 
Carga horária: 24 horas 
Carga Horária Total do Estágio: 200 horas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
Ao longo período de estágio inúmeras práticas foram efetuadas, a fim de 
aprimorar os conhecimentos teóricos adquiridos no decorrer no curso, tais como: 
Medições de nível de tanques, vazão de água, projetos de piscicultura, projetos e 
acompanhamento de construções de tanques para a piscicultura, visitas e 
acompanhamento da produção de peixes em propriedades rurais, testes de 
qualidade de água e preenchimentos de formulários do Instituto Ambiental do 
Paraná (IAP). 
 
 
3.1 Licenciamento Ambiental e Outorga de Água 
 
Segundo o art. 2° da Lei Complementar n° 140 de 8 de dezembro de 2011 
“Art. 2° Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se: I – licenciamento 
ambiental: o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou 
empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente 
poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental; […]” 
(BRASIL, 2011). O Licenciamento Ambiental detém como alvo garantir que as 
medidas preventivas e de controle adotadas em uma obra, empreendimento ou 
atividade, sejam compatíveis à proteção do meio ambiente, principalmente ao 
desenvolvimento sustentável, assegurando, assim, a preservação da qualidade 
ambiental. Os tipos de Licenciamento são divididos em: Licença Prévia, Licença de 
Instalação e Licença de Operação. 
Já a outorga de água, é um consenso de direito para uso da mesma, sob 
prazos e condições que diz respeito ao poder público, competente ao órgão 
estadual de recursos hídricos e à Agência Nacional de Águas (ANA). A emissão da 
Outorga Prévia e da Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos, concedida 
pela Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento 
Ambiental (SUDERHSA), para novos empreendimentos, bem como para 
empreendimentos vigentes, demanda estar incorporado com os procedimentos 
adotados pelo IAP, no que se refere ao Licenciamento Ambiental. A outorga da água 
serve como instrumento do governo para avaliar a qualitativa e quantitativa do seu 
uso, seja pela captação ou pela liberação de efluentes, assegurando, portanto, o 
direito de acesso a água, conforme está disposto na Lei Federal nº 9.433/1997 
(SILVA et al., 2015). 
6 
 
É requerido quatro tipos de outorgas: Outorga de direito, outorga de 
captação e outorga de lançamento de efluentes. 
 
 
3.1.1 Licença Prévia (LP) 
 
O encargo da LP é aprovar a localização e elaboração do empreendimento, 
atividade ou obra. Encontra-se na fase preparatória do planejamento, garantindo, 
desse modo, sua viabilidade ambiental, determinando as condições básicas e 
restrições para as próximas etapas da implantação, como também, estabelecendo 
ao requerente critérios para a emissão de resíduos líquidos, sólidos e gasosos, além 
de emissões sonoras, exigindo propostas de medidas de controle 
ambiental, prevenindo possíveis impactos ambientais (PNLA., 2003). 
 
 
3.1.2 Licença de Instalação (LI) 
 
A LI permite a instalação do empreendimento, atividade ou obra, conforme 
as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, fixando 
um cronograma para execução das medidas mitigadoras e da implantação dos 
sistemas de controle ambiental (PNLA., 2003). 
 
 
3.1.3 Licença de Operação (LO) 
 
A LO possibilita a operação da atividade, seja, obra ou empreendimento, 
após a verificação do efetivo cumprimento das medidas de controle ambiental e 
condicionantes determinadas nas licenças anteriores (PNLA., 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
3.1.4 Outorga prévia 
 
A Outorga Prévia é uma das exigências para a obtenção da Licença de 
Operação concedida pelo IAP, portanto, é solicitada previamente ao funcionamento 
do empreendimento (SILVA et al., 2015). 
 
3.1.5 Outorga de Direito 
 
A Outorga de Direito é exigida em projetos que utilizam dos recursos hídricos, 
seja na captação ou na liberação de efluentes (SILVA et al., 2015). 
 
 
3.1.6 Outorgas de captação 
 
A fim da obtenção das Outorgas de captação é necessário efetuar o 
preenchimento do Requerimento de Captação (RCA) e apresentá-lo junto aos 
documentos obrigatórios à SUDERHSA. Sendo que há uma outorga específica para 
cada tipo de captação, superficial ou subterrânea. Em relação à outorga de 
captação de água subterrânea, é essencial, ainda, realizar uma análise físico-
química e bacteriológica das águas (SILVA et al., 2015). 
 
 
3.1.7 Outorgas de Lançamento de Efluente 
 
Precedente ao adquirimento das Outorgas de Lançamento de Efluente é 
preciso preencher o Requerimento de Lançamento de Efluentes (RLE) e 
encaminhar a SUDERHSA, juntamente com os demais documentos obrigatórios. 
Após aceito o requerimento, o órgão necessitará realizar uma vistoria técnica, para 
analisar o local onde será liberado o efluente (SILVA et al., 2015). 
 
 
3.2 Projetos pelo Google Earth 
 
Para fins da autorização do projeto de implantação da piscicultura, pela 
plataforma Google Earth, foi elaborado croquis para o planejamento de tanques 
precedentes à implantação, a ser encaminhado ao IAP. Todo o projeto foi elaborado 
seguindo as recomendações para tanques escavados e com os constituintes 
8 
 
necessários, como: canal de abastecimento e escoamento, tanque de decantação, 
taludes, casa de compostagem, bomba e comportas (Figura 1). Conforme os 
recursos financeiros do produtor e da propriedade (local, água e solo). 
 
Figura 1 - Projeto de implantação piscicultura 
 
Fonte: Autoria própria 
 
 
3.3 Pré – Instalação de tanques 
 
É indispensável a realização de aferições para a devida implantação de um 
tanque escavado. Utilizando um aparelho de nível óptico (Figura 2), é mensurado 
o nível de aterro, sua topografia, o nível, desnível e entrada e saída de água, 
ademais, onde se localizará as comportas e altura ideal do tanque. 
 
Figura 2 - Aparelho de nível óptico 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Também, é basilar a escolha dos encanamentos, se serão de tubos de 
polietileno de alta densidade (PEAD), concreto ou policloreto de vinila (PVC), sendo 
a escolha feita pelo produtor, optar pelo mais condizente com a viabilidade do 
empreendimento e pela facilidade de abastecimento e escoamento da água, 
garantindo, deste modo, a eficiência e rentabilidade da construção. 
 
9 
 
3.3.1 Área e Topografia do terreno 
 
As mensurações do terrenoservem para determinar, além, da forma, o 
tamanho e a capacidade máxima de viveiros possíveis de serem construídos dentro 
da propriedade, definir o quanto de terra precisará ser movimentada para a 
construção das instalações, o que implica diretamente no investimento financeiro 
da atividade. 
Por isso, é preferível a áreas que apresentem pouca declividade, no máximo 
até 2%, diminuindo, assim, a quantidade de terra a ser movimentada para a 
construção das instalações (SILVA et al., 2015). 
 
 
3.3.2 Tipo de solo 
 
É indispensável distinguir o tipo de solo que irá ser trabalhado, 
principalmente, por conta da infiltração de água, que implicará em uma maior ou 
menor perda deste material. 
Os solos mais pertinentes para a construção de viveiros são aqueles que, de 
maneira geral, possuem uma textura bastante argilosa, ou seja, mais de 60% de 
argila em sua composição, por possuir partículas menores que a areia, conforme 
mostra Tabela 1, bem como, detém maior coesão das partes, em outros termos, 
possui maior plasticidade e impermeabilidade do solo. 
 
Tabela 1 - Tamanho de partículas de solo 
Solo Tamanho de partícula (mm) 
Argila < 0,002mm 
Silte 0,002 - 0,05mm 
Areia fina 0,05 - 0,2mm 
Areia grossa 0,2 - 2mm 
Fonte: Embrapa Solos, 2018 
 
Ainda, é indesejável que o solo seja muito arenoso e/ou ainda apresente 
grande quantidade de cascalhos e raízes de árvores, pois, assim, favorece a 
infiltração da água. 
10 
 
Para descobrir qual o solo a ser trabalhado e se possui as características 
desejáveis, é aconselhável fazer uma análise física do solo em laboratório ou um 
teste prático para medir sua permeabilidade e textura, realizado da seguinte forma: 
o primeiro passo é escavar um buraco com profundidade de 1,80 m ou, se preferir, 
a profundidade que se deseja construir o viveiro, após, encher de água; ao final do 
dia deve ser observado o nível da água, se necessário completar até o nível 
máximo, e no dia posterior, caso a água tenha desaparecido significa que o solo 
não possui boa aptidão para piscicultura. 
Outra forma de analisar o solo é o teste de textura, para executá-lo deve ser 
coletada uma amostra do solo abaixo da cobertura vegetal e passada em uma 
peneira de malha 2,0 mm. O solo peneirado precisa ser encharcado e apertado em 
uma das mãos que, ao abrir, se as marcas dos dedos permanecerem na porção, o 
solo é considerado indicado para a piscicultura (SILVA et al., 2015). 
 
 
3.3.3 Disponibilidade de água 
 
 A disponibilidade de água é um aspecto muito importante a ser considerado 
para implantação dos viveiros. Mesmo nos períodos de estiagem a quantidade de 
água deve ser o suficiente para atender às exigências do tanque, já que, 
cotidianamente, parte da água infiltra ou evapora, portanto, deve ser reposta. 
 A captação da água pode ocorrer através de diferentes sistemas de coleta, 
tais como: nascentes, pequenos córregos, barragens e poços artesianos. Para 
coletas de pequenos córregos e poços artesianos é recomendado fazer um açude 
reservatório, para que não prejudique o curso natural e melhorar as propriedades 
da água subterrânea que, por sua vez, é pobre em oxigênio e microrganismos. À 
vista disso, recomenda-se que a coletagem seja realizada na parte superior do 
viveiro, por possuir maior qualidade em relação à quantidade de oxigênio dissolvido 
na água e fitoplanctons (SILVA et al., 2015). 
 
 
3.3.4 Dimensionamento 
 
O formato e a disposição dos viveiros dependerão da disponibilidade do 
terreno, buscando sempre otimizar o espaço, levando em consideração as 
11 
 
atividades realizadas durante a criação, como: despesca, arraçoamento, 
carregamento dos peixes, dimensão do maquinário que circulará entre os viveiros, 
dentre outros. 
Se possível, dê preferência a tanques retangulares, na proporção de 1:4 em 
largura e comprimento, pois este apresenta maior praticidade no manejo e melhor 
fluxo de água, sendo assim, utilizados com maior frequência em pisciculturas. 
Viveiros grandes, sendo maior que um hectare (ha), possuem o fundo mais 
irregular em relação aos menores, o que propicia a permanência de predadores e 
agentes patogênicos, ocasionando, assim, o aparecimento de poças que, prejudica 
no processo de desinfecção. Ademais, apresentam problemas com algumas 
atividades, principalmente a despesca com rede de arrasto e o esvaziamento do 
viveiro, devido seu dimensionamento. 
Não existe uma regra única a ser seguida na construção de um viveiro, mas 
para pisciculturas voltadas para a produção de alevinos, recomenda-se viveiros 
menores entre 250 - 1.000 m² de lâmina da água, dependendo da escala de 
produção a ser seguida, e de 0,8 a 1,5 m de profundidade, para facilitar o manejo e 
evitar que um grande número de indivíduos se comprometa caso ocorra alguma 
infecção por parasitas ou outros patógenos. 
Para a manutenção dos reprodutores são utilizados tanques com cerca de 
250 - 2.000 m², com até 1 m de profundidade, devido ao instinto dos machos de 
fazer o ninho em águas rasas. Já, para viveiros destinados à terminação dos 
animais as dimensões serão maiores, frequentemente entre 2.000 a 10.000 m² de 
lâmina da água, com profundidade entre 1 - 1,5 m, para que a despesca possa ser 
feita mesmo no nível máximo de água (SILVA et al., 2015). 
 
 
3.3.5 Sistema de abastecimento 
 
O sistema de abastecimento deve dispor de água de qualidade em 
abundância, para atender as necessidades dos viveiros, seja renovação da água ou 
reposição, devido aos processos infiltração e evaporação. Preferencialmente, o 
abastecimento pode ser realizado por gravidade, com o intuito de reduzir os custos 
com energia, tanto elétrica, quanto de combustíveis. 
12 
 
Também, podem ser usadas fontes de água que estejam localizadas acima 
do nível dos viveiros, ou fazer construção de barragens para que o nível da água se 
eleve. Sua distribuição será realizada por condutos que podem ser abertos, feitos 
de concreto, de terra compactada ou condutos fechados com canos de PVC ou 
PEAD. 
Para determinar as dimensões do conduto, leva-se em consideração a 
quantidade de água necessária por ha. Se necessário bombeamento, devido à fonte 
de água se encontrar abaixo do nível dos viveiros ou como sendo uma forma 
suplementar, é recomendável que, primeiro a água seja bombeada para uma 
represa e após distribuída por gravidade aos viveiros. 
Deste modo, proporcionará economia com energia e menor susceptibilidade 
a problemas com a falta de energia elétrica ou falhas mecânicas. Em ambos os 
casos, se faz pertinente a instalação de filtros mecânicos para evitar a entrada de 
resíduos orgânicos, como folhas e galhos, e impedir a outras espécies de peixes 
indesejáveis para a piscicultura. Por isso, o filtro deve ser planejado pensando na 
facilidade de remoção para a realização de limpezas periódicas. 
 
 
3.3.6 Estimativa de vazão de água 
 
É de suma importância estimar a vazão de água para o abastecimento, já 
que definirá o porte da piscicultura a ser implantada. Por definição vazão (Q) é o 
volume de água em litros (L) ou metros cúbicos (m³), que passa pelo conduto em 
um período de tempo (t). A estimativa pode ser realizada através de duas formas 
principais, sendo que a sua utilização varia em função do sistema de abastecimento: 
conduto fechado normalmente com canos de PVC ou PEAD, ou ainda, conduto 
aberto, podendo ser um canal de água escavado, riacho, córregos, entre outros. 
Para condutos fechados, utiliza-se um recipiente de volume conhecido, por 
exemplo um balde ou uma bacia, com o auxílio de um cronômetro é mensurado o 
tempo que levou para encher o recipiente, repetindo por 3 vezes, após é feito o 
cálculo. 
Já, a estimativa de vazão de água para conduto aberto, é escolhido um 
trecho do conduto que seja mais uniforme, para facilitar a medidas mais precisas, 
após, são escolhidos 2 pontos com uma distância de mais ou menos 10m entre si,13 
 
com uma garrafa PET, com ¾ do seu volume preenchido por água, é feita soltura e 
cronometrada, com isso, será possível estimar o tempo que a água leva para passar 
entre os dois pontos. A garrafa é solta cerca de 5 m antes do ponto inicial, para que 
alcance a velocidade de deslocamento da água e, após passar pelo primeiro ponto 
do trecho, é iniciada a contagem do tempo até passar pelo segundo ponto. Este 
procedimento pode ser realizado de três a cinco vezes, para obter um valor mais 
aproximado. Em seguida, deve ser definida a área de seção, onde estão os pontos, 
para ser calculada a média das duas seções, que multiplicada pela distância irá 
fornecer a informação sobre o volume da água. As áreas das seções serão definidas 
de acordo com a sua forma geométrica, e então, a vazão poderá ser calculada 
(SILVA et al., 2015). 
 
 
3.4 Construção dos viveiros 
 
3.4.1 Taludes 
 
Os taludes são as paredes inclinadas dos viveiros, conforme mostra Figura 
3. Sua estruturação deve ser bem elaborada, se não, poderá resultar em custos 
posteriores com reparos. As principais dificuldades que podem vir a surgir são: 
infiltração e erosão. 
 
Figura 3 - Taludes 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Os taludes devem ser levantados em níveis de terra úmida, com 
aproximadamente 20 cm de altura, e a seguir realiza-se a compactação da terra 
com um rolo compactador. 
A sua inclinação dependerá dos fatores físicos do solo, mas, geralmente, a 
área de contato com a água possui uma menor inclinação, devido aos efeitos 
erosivos das ondas (SILVA et al., 2015). 
 
14 
 
3.4.2 Largura da crista 
 
A crista é o ponto mais elevado dos taludes, e sua largura será definida em 
função da dimensão da piscicultura, levando sempre em conta a facilidade ao 
realizar os manejos do viveiro, por exemplo, transporte de insumos, despescas, 
tráfego seguro de pessoas e veículos, entre outros. 
Nos taludes principais, a largura da crista deverá ser proporcional ao 
tamanho do veículo que irá circular entre os tanques. Para caminhões de despesca: 
a crista deverá possuir no mínimo 4 m de largura. Já, para empreendimentos de 
menor porte, onde com apenas o auxílio do trator se realize a despesca e transporte 
de insumos: a crista deverá possuir no mínimo 3 m de largura. 
Nos taludes secundários a largura pode ser menor, todavia, deverá permitir 
que seja executada a roçada mecânica na crista (SILVA et al., 2015). 
 
 
3.4.3 Borda livre ou borda de segurança 
 
A borda livre ou borda de segurança representa a distância entre o nível 
máximo da água e a crista do talude. Essa distância tem grande importância para 
evitar que ocorra o transbordamento do viveiro, principalmente quando estiver em 
períodos chuvosos. A borda livre irá variar de acordo com o tamanho do viveiro, 
mas de maneira geral, em viveiros de até 5.000 m² é adotado um tamanho de 30 - 
40 cm, e para viveiros maiores uma borda de no mínimo 50 cm. 
Devem ser praticadas algumas medidas de preservação dos taludes, como 
o plantio de gramíneas que não apresentem um porte elevado, para não elevar os 
custos com roçadas. É recomendado, então, o plantio de gramíneas dos gêneros 
Cynodon e Paspalum, por apresentarem um menor porte e uma boa capacidade de 
crescimento vegetativo, cobrindo rapidamente a área de solo exposto, logo após da 
construção dos viveiros (SILVA et al., 2015). 
Não se é recomendado o plantio de árvores, nos taludes e cristas, pois suas 
raízes favorecem a infiltração de água. 
 
 
 
15 
 
3.4.4 Fundo 
 
O fundo dos viveiros deve ser essencialmente bem compactado, a fim de 
evitar que haja alguma infiltração da água e, ainda, ter uma inclinação de 0,5% até 
2% no sentido longitudinal, isto é, no sentido do maior comprimento, favorecendo o 
esvaziamento do viveiro por gravidade no momento de despesca (SILVA et al., 
2015). 
 
 
3.4.5 Sistema de Drenagem 
 
O sistema de drenagem deverá ser construído na parte mais profunda do 
viveiro, para proporcionar um esgotamento completo, sendo que o tamanho do 
mesmo irá influenciar diretamente sobre o tipo de sistema de drenagem a ser 
utilizado, podendo ser o monge, como mostra a Figura 4, ou cachimbo/cotovelo. 
 
Figura 4 - Monge 
 
Fonte: Autoria própria 
 
O Monge é o sistema mais utilizado em viveiros maiores que 1.000m², pois, 
essa estrutura permite que a água seja coletada do fundo do viveiro, onde possui 
baixa concentração de oxigênio dissolvido e alta concentração de resíduos 
orgânicos, favorecendo, assim, a renovação da água no viveiro. Ele consiste em 
uma caixa que pode ser ou de alvenaria ou de tábuas de madeira, com altura igual 
ao nível da crista dos taludes. A caixa em questão, deve ser fixada a 10 cm abaixo 
do fundo do viveiro e acoplada à tubulação de esgotamento que se encontra 
próximo a base do talude. 
Nas paredes internas do monge, são encontradas algumas canaletas 
verticais, com cerca de 2 a 3 cm de abertura, onde serão sobrepostas e encaixadas 
as tábuas que irão fazer a vedação e controle do nível da água. As tábuas serão 
16 
 
distanciadas entre si com 20 cm, espaço que deverá ser preenchido com serragem 
ou terra, para impossibilitar a passagem de água (SILVA et al., 2015). 
Na base do monge, por onde a água passará, é instalado uma tela de 
contenção, de acordo com o tamanho dos peixes do viveiro, com a finalidade de 
evitar fugas. 
Como em viveiros de maior porte são utilizados com muita frequência os 
monges, torna-se aconselhável fazer a construção de um vertedouro para retirar o 
excesso de água quando o nível subir, principalmente em períodos chuvosos. 
 
 
3.4.6 Lagoa de decantação 
 
Os resíduos acumulados nos viveiros não devem ser liberados diretamente 
no meio ambiente, por possuírem uma baixa qualidade de água em razão das 
excretas presentes, peixes e restos de ração em decomposição, além do excesso 
dos nutrientes nitrogênio e fósforo. Essa adversidade se intensifica nos períodos em 
que ocorre a despesca, devido a suspensão do ao material orgânico presente no 
fundo dos viveiros. 
Nas lagoas de decantação, como na Figura 5, a água deverá permanecer 
tempo suficiente para que toda a matéria orgânica seja depositada no fundo. Para 
isso, as lagoas precisam ter plantas aquáticas, como o aguapé e a taboa, que se 
apropriarão dos nutrientes dissolvidos na água e assim diminuindo sua 
concentração. Também, é indispensável ter exemplares adultos de peixes nativos 
com hábitos alimentares diferentes: carnívoros, para se alimentarem dos peixes que 
escaparem dos viveiros (evitando um possível desequilíbrio ambiental); filtradores 
e onívoros, para que, assim, diminua a quantidade de microrganismos e matéria 
orgânica presente. 
 
Figura 5 - Lagoa de decantação 
 
Fonte: Autoria própria 
 
17 
 
 
As características da lagoa de decantação são as mesmas que as dos 
tanques e sua área deverá ser o equivalente a 10% da soma de toda a área alagada 
dos viveiros (SILVA et al., 2015). 
 
 
3.5 Calagem e Fertilização 
 
3.5.1 Calagem 
 
A calagem, como demonstra na Figura 6, na produção piscícola, constitui-se 
na aplicação de um composto rico em cálcio ou na combinação de cálcio e 
magnésio (calcário), a fim de melhorar a qualidade química, física e biológica da 
água e do solo. 
 
Figura 6 - Calagem 
 
Fonte: Autoria própria 
 
 O aumento nos teores de cálcio e magnésio aumentam a alcalinidade e 
diminuem a variação do pH diário da água. O ideal é fazer uma análise de solo no 
fundo do criadouro, em uma camada de 15 centímetros de espessura, para indicar 
a quantidade exata de calcário necessária para a correção do solo. Se não for 
possível, a recomendação é de aplicar de mil a 3 mil quilos por ha a lanço, por toda 
a área do fundo e nas paredes do viveiro. 
A calagem deverá ser realizada 10 dias antes do enchimento. Quando os 
tanques já estão cheios, o calcário pode ser aplicado diretamente na água, em 
sacosimersos que permitam o escoamento do produto ou a lanço por toda a 
superfície do criadouro (FARIA et al., 2013). 
 
 
18 
 
3.5.2 Fertilização 
 
A fertilização dos tanques pode ocorrer de dois modos, sendo eles: químico 
ou orgânico. E é utilizada para propiciar a produção de fitoplâncton. 
É uma prática bastante importante para a criação de espécies filtradoras, 
visto que elas filtram a água pelas brânquias se alimentando dos microrganismos 
disponíveis (fitoplâncton e zooplâncton), levando em consideração que a ração 
representa o item de maior custo na piscicultura. Ou seja, a prática da adubação 
minimiza o custo de produção, justamente por conta da diminuição na quantidade 
de ração necessária por ciclo de criação. 
 Deste modo, a adubação dos criadouros deve ser realizada 
precedentemente ao povoamento, tendo como objetivo a disponibilidade de 
alimento, em quantidade e qualidade apropriada aos diferentes estágios de 
desenvolvimento dos peixes. 
Esta metodologia exige um monitoramento semanal, utilizando o Disco de 
Secchi, devido ao fato de cada viveiro possuir propriedades e necessidades 
diferentes (FARIA et al., 2013). 
 
 
3.5.2.1 Adubação orgânica 
 
 Os adubos orgânicos são constituintes vegetais e/ou esterco de animais 
zootécnicos, com grande quantidade de fósforo e micronutrientes, utilizados na 
forma de adubo curtido. 
A adubação orgânica deve ser aplicada com cautela devido ao processo de 
decomposição destes compostos afetar a quantidade de oxigênio disponível na 
água, podendo, se utilizado incorretamente, ocasionar a morte dos peixes (FARIA 
et al., 2013). 
 
 
3.5.2.2 Adubação Química 
 
Os adubos químicos proporcionam uma disponibilidade dos nutrientes rápida 
em comparação com a adubação orgânica. 
Entre os fertilizantes recomendados, os mais utilizados são: o nitrogenado 
(sulfato de amônio) e os superfosfatos simples e triplos. 
19 
 
O indicado é utilizar inicialmente em torno de 200 kg de sulfato de amônia 
por ha e, depois de sete dias, iniciar a aplicação de 150 kg de superfosfato triplo por 
ha, sendo metade em dose única e o restante em três aplicações, com intervalos 
de 15 dias, de 25kg. 
É fundamental atentar-se para determinadas situações triviais quando ocorre 
o crescimento rápido e excessivo de microalgas, tornando a água turva, deixando-
a, por exemplo, verde ou avermelhada, e sua transparência abaixo dos 30 
centímetros. Podendo reduzir a oxigenação da água, ocasionando a morte dos 
peixes. Esse fenômeno, denominado Bloom ou floração das algas, ocorre, 
principalmente, quando há associação de dias ensolarados e excesso de adubação 
orgânica ou química. Quando isso acontecer o produtor deve imediatamente 
aumentar o volume da água de abastecimento do viveiro, paralisar o fornecimento 
de ração e fazer uso de aeradores, para elevar os níveis de oxigênio disponíveis 
(FARIA et al., 2013). 
 
 
3.6 Enchimento 
 
O enchimento do viveiro é efetuado logo após a sua fertilização, portanto, é 
recomendado que seja feito em duas etapas. Primeiramente, deve ser colocado 
aproximadamente 50 a 70 cm de água no viveiro, esperando cerca de 4 a 8 dias 
para que aconteça o crescimento do fitoplâncton, após esse período, o viveiro 
poderá ser completado até o nível máximo. Esperar de 2 a 4 dias para que os 
plânctons possam se multiplicar, e assim garantir uma boa disponibilidade de 
alimento natural para os alevinos. Durante o enchimento do viveiro é importante que 
seja monitorada a qualidade da água, por meio de medições de temperatura, 
oxigênio, transparência e pH (SILVA et al, 2015). 
 
Figura 7 - Tanque cheio 
 
Fonte: Autoria própria 
20 
 
 
3.7 Visita a propriedades com análises de água e biometria 
 
A assistência técnica rural se estendeu a propriedades localizadas nos 
ramais e distritos dos Municípios de Assis Chateaubriand e Toledo (Paraná). Em 
uma das propriedades, foram feitas análises de qualidade de água em dois tanques, 
uma prova e outra contraprova, os resultados foram conforme as Tabelas 2 e 3, a 
fim de evitar problemas que podem ocasionar prejuízos na produtividade. Os testes 
executados foram os de amônia tóxica, nitrito, temperatura, pH e transparência. 
 
Tabela 2 - Análise do tanque 1 
Análise 1 Análise 2 
Nitrito 0,5 Nitrito 0,5 
Amônia 0,10 Amônia 0 
pH 7,6 pH 7,6 
Temperatura ° C 31,1 Temperatura ° C 31,1 
Fonte: Autoria própria 
 
 
Tabela 3 - Análise do tanque 2 
Análise 1 Análise 2 
Nitrito 0,5 Nitrito 0,25 
Amônia 0,25 Amônia 0 
pH 7,32 pH -- 
Temperatura ° C 29,5 Temperatura ° C -- 
Fonte: Autoria própria 
 
Já numa outra propriedade, foi feita a biometria, de acordo com a Figura 8, 
que consiste em pesar certa quantia de peixes, e conforme o peso e o crescimento 
dos mesmos, é realizado um novo arraçoamento, conforme figura 9, para fornecer 
a quantia ideal de ração para os peixes, com o propósito de evitar desperdícios e 
gastos desnecessários. 
21 
 
 
 Figura 8 – Biometria Figura 9 – Tabela de arraçoamento 
 
 Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
 
Para o monitoramento da qualidade de água dos tanques de criação, foram 
mensurados os seguintes parâmetros físico-químicos: temperatura, pH, 
transparência, amônia tóxica e nitrito. Sendo que, para a mensuração destes, 
alguns equipamentos foram utilizados, tais quais, termômetro, peagâmetro, disco 
de Secchi e o Kit comercial Alfakit, segundo a Figura 10. 
 
Figura 10 - Kit comercial 
 
Fonte: alfakit.com.br 
 
 
3.7.1 Temperatura 
 
É a temperatura que determina a intensidade do metabolismo dos 
organismos vivos nos tanques. A temperatura ideal da água, para o bom 
desenvolvimento da Tilápia, está entre 26 a 28ºC. 
22 
 
Nos períodos do ano, nas quais as temperaturas são mais altas, a água do 
viveiro pode atingir níveis superiores à zona de conforto (28ºC). Acima de 30ºC, já 
pode ser observado as reduções da taxa de alimentação, por isso, o alimento 
deverá ser fornecido nos horários de temperaturas mais amenas. 
Diante disso, no inverno acontecem reduções bruscas de temperatura, 
ocasionando um decréscimo gradativo no metabolismo da Tilápia, e dos demais 
organismos. Mesmo no final do inverno, quando as temperaturas se elevam, o 
metabolismo da Tilápia ainda não está bem adaptado, deve-se esperar um período 
de pelo menos 30 dias com as temperaturas acima de 22º C para a mudança de 
qualquer procedimento de manejo, especialmente dos juvenis (HEIN; BRIANESE, 
2004). 
É fundamental o acompanhamento diário da temperatura da água, para que 
o fornecimento de alimento seja reduzido na proporção da redução do apetite. A 
tabela de alimentação é uma importante referência para orientar este processo. 
 
 
 
3.7.2 Transparência 
 
O nível de transparência na água é um indicador de nutrientes e de sólidos 
(argila) em suspensão. A transparência indica a produção primária do viveiro, que 
é determinante para fornecer oxigênio, também, a penetração da luz solar na água. 
A produção primária em quantidade e qualidade é importante para o 
equilíbrio do sistema e para fornecimento de alimento para a Tilápia, especialmente 
na fase inicial. É indesejável que haja variações nesta medida. 
Por isso, em águas de coloração esverdeada, a transparência ideal é de 25 
- 35 cm. Deste modo, abaixo de 25 cm, indica excesso de matéria orgânica, 
possibilidade de desequilíbrio e uma falta de oxigênio, eventualmente devido ao 
excesso de ração fornecida e/ou alta taxa de mortalidade de Tilápia. Diante disso, 
o procedimento é intensificar a renovação de água, reduzir a alimentação e observar 
o comportamento da criação. 
Já, acima de 40 cm, revela um sistema empobrecido. O procedimento para 
a correção é a adição de nutrientes via adubos químicos ou dejetos orgânicos, 
sendo que estes necessitam de critérios como: temperatura, renovação de água eprofundidade do viveiro (HEIN; BRIANESE, 2004). 
23 
 
3.7.3 pH 
 
O pH, por si só, não nos deixa claro uma indicação da qualidade e do 
equilíbrio do sistema. O pH varia conforme as horas do dia, que é influenciado pelas 
reações químicas que ocorrem naturalmente no viveiro. 
Sendo assim, pode-se dizer que grandes variações, além 6,0 de manhã e 9,5 
à tarde, é sinônimo de adversidade, como desenvolvimento dos peixes abaixo do 
potencial desejado. 
Uma calagem bem realizada é um fator que auxilia no equilíbrio (HEIN; 
BRIANESE, 2004). 
 
 
3.7.4 Amônia 
 
O excesso de amônia ocorre devido ao excesso de matéria orgânica na água, 
é um sinal que houve erro na adubação. Esse problema é somente corrigido através 
da renovação da água do viveiro. 
A calagem direta na água durante o cultivo, quando há ocorrência de amônia, 
pode trazer problemas, visto que a amônia é ainda mais tóxica em pH elevado 
(>7,0). 
Ainda, existem outros parâmetros de qualidade de água que podem ser 
levados em consideração, no entanto requer mais conhecimento. Como foi 
observado, há uma estreita correlação entre os fatores que influenciam no 
comportamento dos organismos presentes nos viveiros e da Tilápia (HEIN; 
BRIANESE, 2004). 
 
 
3.7.5 Nitrito 
 
O nitrito é um composto intermediário da nitrificação, processo de conversão 
de amônia em nitrato, por meio da ação bioquímica de bactérias, que ocorre em 
duas fases, sendo elas: nitritação, que é da amônia oxidada a nitrato, através de 
bactérias do gênero Nitrosomonas, e nitratação, como sendo, nitrito oxidado a 
nitrato, através de bactérias do gênero Nitrobacter. 
24 
 
O acúmulo de nitrito na água é decorrente de uma série de fatores como: 
baixo teor de oxigênio dissolvido, baixas temperaturas, pH da água ácido e do 
substrato do viveiro, que acabam por impedir a oxidação de nitrito em nitrato. 
Esse parâmetro químico é altamente tóxico, ao constar nitrito no sangue do 
peixe, o mesmo se junta à hemoglobina produzindo a metahemoglobina, desse 
modo, suspendendo o transporte de oxigênio para os tecidos e demais órgãos, que 
levará a uma intoxicação, asfixiando o animal e o matando. 
A intoxicação por nitrito é perceptível em peixes que buscam ar na superfície 
do tanque, mesmo com níveis adequados de oxigênio dissolvido na água e, 
também, quando apresentam brânquias e sangue com coloração marrom. 
Os níveis de nitrito não devem ultrapassar 0,50 mg/L (SILVA et al., 2015). 
 
 
3.8 Incubação e reversão de alevinos 
 
Das propriedades visitadas, duas delas utilizam a reversão sexual em 
alevinos. Em uma, o próprio produtor a realiza, dispondo de vários tanques, onde 
também, procede a recria e terminação e, por fim, o peixe é comercializado na feira 
do produtor de Assis Chateaubriand (Figura 11 e 12). 
 
 Figura 11 - Estufa de reversão 12 -Tanque de reversão 
 
 Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
 
Já na outra propriedade, é feita a incubação de alevinos, que é mais utilizado 
comercialmente, de várias espécies, tais como: Tilápia, Tambaqui, Tambacu, 
Carpa, Pacu, entre outros. O local também dispõe de vários viveiros, seja tanques 
redes para recria ou tanques abertos para a terminação. Entretanto, o foco 
comercial é a incubação e recria dos juvenis, conforme mostra as Figuras 13, 14 e 
15. 
25 
 
Figura 13 - Alevinos de Tilápia 
 
Fonte: Autoria própria 
 
 Figura 14 - Alevinos de Tambaqui Figura 15 - Tanques redes 
 
 Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
 
 
3.8.1 Incubação 
 
Os ovos retirados da boca das fêmeas, antes de irem para a incubadora, 
devem passar por um processo de desinfecção, onde são submetidos a um banho 
em solução formalina 10% por um período de 30 s. Logo em seguida, permanecem 
nas incubadoras com uma temperatura de 28°C, por um período de 
aproximadamente 4 a 5 dias, com um constante fluxo de água, (simulando o 
movimento da água na boca da fêmea em ambiente natural), ou até as larvas 
eclodirem. 
A quantidade ideal dos ovos a serem incubados dentro de cada recipiente 
vai depender do tamanho e da profundidade do mesmo, além da existência e 
porcentagem da taxa de renovação da água. 
A taxa de renovação deve ser controlada, para que seja evitado um excesso 
de fricção entre os ovos e a parede da incubadora, pois o controle previne a 
26 
 
existência de infecções bacterianas e fúngicas nos ovos. Desse modo, a quantidade 
é calculada para que apenas um quarto do fundo do recipiente seja coberto por uma 
camada de ovos. 
O estágio de maturação dos ovos é classificado através da coloração em que 
eles se apresentam, ou seja, uma coloração amarelo-clara indica ovos mais jovens, 
já, quando os ovos estão mais maduros, isto é, mais próximos da eclosão, 
apresentam uma coloração mais escura. 
As larvas ao eclodirem são levadas para bandejas plásticas, como apresenta 
a Figura 16, presentes na direção do fluxo, onde permanecem por um período de 
três dias, até que o saco vitelínico seja consumido. Essas bandejas são compostas 
por uma tela, que tem por função evitar a saída das larvas recém-eclodidas. 
 
Figura 16 - Larvas 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Ovos mais imaturos mantêm-se nas incubadoras por um período de até 72 
h, tempo suficiente para que as larvas venham a eclodir, caso contrário são retirados 
da incubadora (SILVA et al., 2015). 
 
 
3.8.2 Reversão Sexual 
 
A reversão sexual em alevinos consiste num processo de manipulação do 
sexo do peixe, possibilita o desenvolvimento de órgão genitais masculinos nas 
larvas fêmeas por meio da administração de hormônios masculinizantes 
adicionados à ração. Sendo seu objetivo principal obter somente machos, 
garantindo uma engorda mais uniforme e o controle populacional nos tanques 
(OLIVEIRA, 2015). 
27 
 
Segundo Silva et al (2015), “O processo de reversão deve ocorrer no 
momento em que o sexo ainda se encontra indefinido, ou seja, do 15º até o 20º dia 
de vida a pós-larva deve ser submetida à reversão sexual. É necessário que, para 
a realização da reversão sexual, as larvas possuam um tamanho entre 11 e 14 mm.” 
Portanto, as larvas ou devem ser coletadas após 15 dias do acasalamento, a 
captura pode ser feita com o auxílio de uma rede de arrasto, outra forma é coletar 
os ovos direto da boca das fêmeas. Na incubadora devem ser estocadas numa 
densidade de 3.000 a 5.000 larvas por m³ de água, e a ração (38 a 35% de PB), 
contendo o hormônio deve ser ofertada 4 vezes ao dia, por 28 dias (IGARASHI, 
2016). 
 
 
3.9 Tilápia 
 
 A Tilápia-do-Nilo apresenta um ótimo desenvolvimento em ambientes com 
temperaturas de 25 a 30°C, abaixo deste valor começa a haver um declínio no 
crescimento dessa espécie. Em temperaturas abaixo de 11°C as Tilápias não 
resistem e começam a morrer, e abaixo de 7°C há existência de uma mortalidade 
em massa da população. 
Essa espécie, como consta na Figura 17, apresenta listras verticais, 
coloração acinzentada e corpo comprimido lateralmente. A espécie possui um 
crescimento acelerado, podendo os adultos chegar até 60 cm de comprimento, 
variando seu peso de 4,3 kg a 9,5 kg. 
 
Figura 17 - Tilápia do Nilo 
 
Fonte: Autoria própria 
 
28 
 
As Tilápias possuem alta taxa de fertilidade e excelente capacidade de 
reprodução, mesmo antes de atingir sua maturidade sexual, geralmente ocorre 
entre o 3º e o 4º mês após a estocagem de alevinos. Por ser uma espécie que 
apresenta maturação sexual precoce, se indica o cultivo de populações monossexo, 
para evitar problemas de heterogeneidade do lote e menor crescimento das fêmeas 
(SILVA et al., 2015). 
 
 
3.10 Oficinas da Prefeitura Municipal em conjunto com a Itaipu Binacional 
 
Duranteo estágio foi propício a participação de duas oficinas cometidas em 
parceria da Prefeitura Municipal com a Itaipu Binacional, ambas executadas na 
Escola Municipal Edésio Augusto Siloti, sendo elas: Oficina de construção de horta, 
onde foram levantados canteiros, conforme consta na Figura 18, que foram 
adubados e, em seguida, plantado mudas de hortaliças, como mostra na Figura 19, 
com o objetivo de serem colhidas e usadas na na merenda escolar. 
 
Figura 18 - Preparação de canteiro Figura 19 - Plantando as mudas 
 
 Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
 
Já a outra oficina, foi a de construção de cisterna, como mostra a Figura 20 
e 21, para captação de água, onde, utilizando malhas de ferro, foi formado um 
cilindro e o rodeado de sombrite 70%, em seguida posto sobre uma estrutura de 
concreto e coberto de cimento, tanto por dentro quanto por fora, para evitar 
infiltrações e vazamentos. Logo após a secagem já estava pronto para ser utilizada. 
 
 
 
 
29 
 
 Figura 20 - Cisterna Figura 21 - Tampa da cisterna 
 
 Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
 
 
3.11 Dia de campo e show rural 
 
Durante o estágio houve a participação de duas feiras de agronegócios e 
inovações tecnológicas, o Dia de Campo da C.Vale 2020, realizado em Palotina 
(Paraná), e o Show Rural Coopavel 2020, em Cascavel (Paraná). 
A importância da participação nessas feiras se deve a busca de informações 
em adquirir conhecimentos, principalmente, referentes à área da piscicultura, com 
o objetivo de conhecer novos equipamentos e ver em detalhes aqueles que já são 
fundamentais para uma produção de qualidade. Também, tivemos a oportunidade 
de conhecer melhor outros diferentes campos da agropecuária que ali tinham seus 
estandes. 
No Dia de Campo da C.Vale 2020, vários equipamentos essenciais para a 
criação de peixes estavam expostos, tais quais: o alimentador automático (Figura 
22), que realiza a alimentação na quantia de vezes e horas a serem reguladas; o 
aerador chafariz, de acordo com Figura 23; os aeradores de pá de metal e pá de 
plástico, Figuras 24 e 25, respectivamente, que servem para oxigenar o tanque. Não 
houve a demonstração do funcionamento destes equipamentos. 
 
 
 
 
 
30 
 
 Figura 22 - Alimentador automático Figura 23 - Aerador Chafariz 
 
 Fonte: Autoria própria . Fonte: Autoria própria 
 
 Figura 24 - Aerador de pá de metal Figura 25 - Aerador de pá de plástico 
 
 . Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
 
Figura 26 - Aerador Chafariz em funcionamento 
 
Fonte: Autoria própria 
 
 
 
 
 
 
31 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A importância da realização do estágio vai muito além da matriz curricular, é 
uma forma de ganhar experiência para adentrar o mercado de trabalho. 
Esse em especial, realizado na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente do 
município de Assis Chateaubriand na área de Piscicultura, devido à expansão da 
produção de Tilápia-do-Nilo na região Oeste do Paraná, foi imensurável a 
quantidade de técnicas, conhecimentos e vivências adquiridas que agregaram os 
saberes enquanto técnico em agropecuária e cidadão chateaubriandense. 
Também, é notório a influência da disseminação de saberes dos técnicos, 
por meio da extensão rural, para os produtores, principalmente os pequenos, que 
devido ao poder aquisitivo, não possuem acesso às novas tecnologias, ademais, a 
falta de pessoas capacitadas para atender a demanda do crescimento da prática na 
região e auxiliar os que estão agora ingressando nesse mercado em potencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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722.560 T. Brasil: Peixebr, 2019. Disponível em: 
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jun. 2020. 
 
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provável. Disponível em: https://www.peixebr.com.br/. Acesso em: 03 jun. 2020. 
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NORDESTE PARAENSE, AMAZÔNIA, BRASIL. São Paulo: Organização das 
Nações Unidas Para Agricultura e Alimentação (Fao), 2016. 11 p. Disponível em: 
http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/IE/2016/tec2-0816.pdf. Acesso em: 30 jun. 2020. 
BRASIL. Lei nº complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011. Fixa normas, os 
termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da 
Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da 
competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à 
proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e 
à preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de 
agosto de 1981. Disponível em: 
&lt;http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp140.htm&gt;. Acesso em: 30 jun. 
 
2020.OESTE do Paraná é grande produtor de peixes. [s.l.]: O Presente, 2018. 
Disponível em: https://www.opresente.com.br/parana/piscicultura-e-uma-das-
atividades-que-mais-dao-retorno-ao-produtor-do-oeste-do- 
parana/#:~:text=Piscicultura%20%C3%A9%20uma%20das%20atividades%20que
%20mais%20d%C3%A3o,produtor%20do%20Oeste%20do%20Paran%C3%A1&t
ext=O%20Paran%C3%A1%20%C3%A9%20o%20Estado,pela%20Associa%C3%
A7%C3%A3o%20Brasileira%20de%20Piscicultura.. Acesso em: 03 jun. 2020. 
 
CASTELLANI, D.; BARRELA, W. Caracterização da Piscicultura na Região do Vale 
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2005. Disponível em: &lt;https://www.scielo.br/pdf/cagro/v29n1/a21.pdf&gt;. Acesso 
em: 30 jun. 2020. 
 
EMBRAPA. Embrapa Solos, 2018. Disponível em: 
https://www.embrapa.br/solos/sibcs/propriedades-do-solo. Acesso em: 01 de julho 
de 2020. 
 
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33 
 
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viveiros no estado do paraná. Curitiba - Pr: Gia, 2015. 292 p. Disponível em: 
https://gia.org.br/portal/wp-content/uploads/2017/12/Livro-pronto.pdf. Acesso em: 
30 jun. 2020.

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