Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA Química Geral Experimental 1 (1° Sem) Relatório: ANÁLISE À CHAMA Discentes: DÔLANNO ALVES FRANCIENNE FARIAS ISABELLE BRITO CAVALCANTE ISAQUE ELTHON PAIXÃO SARAIVA WELLINGTON BARROS Docente: PATRICÍA DA LUZ Belém, PA 2022 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 3 2. OBJETIVO 3 3. MATERIAIS E MÉTODOS 4 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 5 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 5 6. CONCLUSÃO 7 7. REFERÊNCIAS 7 8. ANEXOS 7 1. INTRODUÇÃO O teste de chama ou prova da chama é um procedimento utilizado em Química para detectar a presença de alguns íons metálicos, baseado no espectro de emissão característico para cada elemento. O teste envolve a introdução da amostra em uma chama e a observação da cor resultante. As amostras geralmente são manuseadas com um fio de platina previamente limpo com ácido clorídrico para retirar resíduos de analitos anteriores. O teste de chama é baseado no fato de que quando certa quantidade de energia é fornecida a um determinado elemento químico (no caso da chama, energia em forma de calor), alguns elétrons da última camada de valência absorvem esta energia passando para um nível de energia mais elevado, produzindo o que chamamos de estado excitado. Quando um desses elétrons excitados retorna ao estado fundamental, ele libera a energia recebida anteriormente em forma de radiação. Cada elemento libera a radiação em um comprimento de onda característico, pois a quantidade de energia necessária para excitar um elétron é única para cada elemento. A radiação liberada por alguns elementos possui comprimento de onda na faixa do espectro visível, ou seja, o olho humano é capaz de enxergá-las através de cores. Assim, é possível identificar a presença de certos elementos devido à cor característica que eles emitem quando aquecidos numa chama. A temperatura da chama do bico de Bunsen é suficiente para excitar uma quantidade de elétrons de certos elementos que emitem luz ao retornarem ao estado fundamental de cor e intensidade, que podem ser detectados com considerável certeza e sensibilidade através da observação visual da chama. 2. OBJETIVO Demonstrar experimentalmente conceitos teóricos do modelo de Bohr. Observar o salto quântico e a análise das colorações resultantes de alguns elementos químicos ao serem aquecidos. 3. MATERIAIS E MÉTODOS Materiais Bico de Bunsen; Béquer 3 Placas de Pétri; 1 Haste de Niquel-Cromo; HCl (Ácido Clorídrico) Fósforo Reagentes KCl (Cloreto de Potássio) CuCl2 (Cloreto de Cobre) Srcl2 (Cloreto de Estrôncio) NaCl (Cloreto de Sódio) FeCl2 (Cloreto de Ferro) CoCl2 (Cloreto de Cobalto) BaCl2 (Cloreto de Bário) LiCl2 (Cloreto de Lítio) 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Pesou-se 50mg de KCl, utilizando um Becker de 10mL. Utilizando uma pipeta graduada adicionou-se 4mL de água destilada ao Becker contendo o sal anteriormente pesado. Mergulhou-se a alça de níquel-crômo na solução levando à chama do bico de Bunsen em seguida. A cor obtida foi lilás Em seguida foram feitos o mesmo procedimento descrito acima, mudando o reagente. Lavou-se a haste de metal no ácido clorídrico (concentrado) e recolheu-se com a haste, uma amostra dos sais a serem analisados (conforme a tabela abaixo com seus respectivos resultados) e levou-se cada amostra na parte mais externa e azulada da chama do bico de Bunsen (zona oxidante). Dependendo da quantidade de amostra, pode ser muito rápido o processo, devendo o autor prestar bastante atenção na chama repetindo o processo até conseguir ver a cor da mesma. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES Resultados obtidos através do teste de chama para determinação de cor como mostra a tabela 1 abaixo: COMPONENTES CHAMA OU FAÍSCAS COR DA CHAMA COMPRIMENTO DE ONDA KCl Chama Lilás 400-450 nm CuCl2 Chama Verde 500-570 nm SrCl2 Chama Vermelho 620-760 nm BaCl2 Chama Verde Amarelado 500-570 nm FeCl2 Faíscas Laranja 590-620 nm CoCl2 Faíscas Laranja 590-620 nm NaCl Chama Amarelo Intenso 570-590 nm LiCl2 Chama Vermelho Carmim 620-760 nm Tabela 1 Resultados obtidos através do teste de chama Levando-se em consideração a teoria de Bohr, quando o Átomo absorve energia, ele salta do estado fundamental para um estado excitado e ao retornar ao estado inicial libera a energia recebida anteriormente em forma de fótons de Radiação. Essa radiação possui comprimentos de onda na faixa do espectro visível, ou seja, o olho humano é capaz de enxergá-las por meio de cores. Assim é possível identificar a presença de certos elementos devido à cor característica que eles emitem quando aquecidos numa chama. Figura 1 Comprimento de onda visível O espectro emitido é descontínuo e não um espectro contínuo ao serem aquecidos. Bohr então propõe que o átomo só pode perder energia em certas quantidades discretas e definidas, e isso sugere que os átomos possuem níveis com energia definida. Essas teorias de Bohr hoje são comprovadas a partir de cálculos e experimentos. Entre eles está o teste da chama. Figura 2 Modelo atômico de Bohr Figura 3 Três possíveis saltos do elétron de um elemento químico genérico 6. CONCLUSÃO Por meio da aula prática foi possível concluir que o fornecimento de energia ao sal, feito pelo bico de Bunsen, excita o elétron, do átomo em estado fundamental, para um nível maior de energia (salto quântico) e quando ele “volta” para um nível mais interno, emite um fóton de energia característico na forma de luz visível, indo de acordo com o postulado de Niels Bohr. A utilização deste teste é um método prático no entendimento da quantização de energia que um elétron possui em determinada camada. 7. REFERÊNCIAS Teste da chama. Wikipedia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_da_chama FOGAÇA, J. Modelo Atômico de Rutherford-Bohr. Manual da Química. Disponível em : https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/modelo-atomico-rutherford-bohr.htm VALIM, PAULO. Química dos fogos de artifício. Ciência em ação, 2018. Disponível em: https://cienciaemacao.com.br/a-quimica-dos-fogos-de-artificio/#:~:text=Composi%C3%A7%C3%A3o%20dos%20fogos%20de%20Artif%C3%ADcio&text=Ela%20%C3%A9%20composta%20por%20nitrato,e%20a%20claridade%20dos%20fogos. SILVA, A. L. S. Aplicações do teste da chama. Info Escola. Disponível em: https://www.infoescola.com/quimica/aplicacoes-do-teste-da-chama/ 8. ANEXOS Algumas considerações a respeito do teste da chama: Os fogos de artifício são basicamente, um dispositivo envolvido em um cartucho de papel, no formato de um cilindro que contém o propelente (a carga explosiva) no seu interior, que leva os fogos para o alto. A pólvora negra, por exemplo, é um tipo de propelente que é bastante utilizada! Ela é composta por nitrato de potássio, enxofre e carvão. Outros compostos que podem ser utilizados na pólvora são o perclorato de potássio (KClO4) ou clorato de potássio (KClO3), que são oxidantes e altamente explosivos. O KClO4 e KClO3 aumentam a explosão e a claridade dos fogos. Figura 4 Fogos de artifícios O que irá determinar a cor da luz produzida na explosão são os sais de diferentes elementos químicos. Esses sais são misturados na pólvora durante a fabricação desses fogos, como os sais de sódio, por exemplo. Sendo assim, quando detonados, produzem cores diferentes. As cores são produzidas a partir de dois fenômenos: incandescência e luminescência Incandescência É a luz produzida pelo aquecimento das substâncias. Desta forma, quando um metal é aquecido, por exemplo, ele emite radiação infravermelha que vai se modificando até que se torna visível na cor branca. Luminescência É a luz produzida a partir da emissão de energia, na forma de luz por um elétron excitado. Alguns materiais quando são excitados emitem luz. Se usássemos o sulfato de bário em vez do cloreto de bário, por exemplo, o resultado do experimento do teste da chama seria o mesmo, pois no teste da chama identificamos cátions, de modo que o ânion se torna irrelevante. Quando se queima palha de aço, verifica-se a presença de fagulhas amarelo-alaranjadas eouvem-se estalidos. O comportamento esperado na queima de um sal de ferro é, portanto, o de apresentar coloração amarela-alaranjada. Os vulcões emitem predominantemente luzes amarelo-alaranjadas e vermelho-alaranjadas devido a composição das rochas fundidas, que se originam em profundidades abaixo da crosta terrestre, as quais dão origem ao magma, sendo sua composição química de ferro e níquel derretidos. O ensaio de chama pode ser utilizado na identificação de minerais. Sabe-se que esse simples teste teve importância histórica como sendo um dos testes empregados na detecção de certos elementos em amostras minerais. Atualmente há técnicas bem mais modernas, mas algumas delas ainda se baseiam em princípios científicos relacionados ao teste da chama, como a alteração na camada de valência dos elétrons em átomos quando em estado excitado. Sempre que não há uma boa aproximação entre os resultados obtidos nas colorações catiônicas com os teóricos, deve-se buscar uma maior pureza dos compostos em análise, estar atento para que o fio utilizado não interfira nos resultados e limpar devidamente este fio, para que uma amostra não interfira na outra. Recomenda-se ainda deixar o cátion sódio por último, pois o mesmo contamina as demais amostras.
Compartilhar