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Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 AUTOR IGOR SUSANO NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE 21 QUESTÕES COMENTADAS INÉDITAS 1ª edição Fev./2020 O uso deste material para fins comerciais é expressamente proibido. A reprodução, total ou parcial, desta obra depende da autorização expressa do autor. Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 NOTA AO LIVRO Este livro possui 21 questões comentadas inéditas sobre a nova Lei de Abuso de Autoridade. São questões autorais, criadas com base nas mudanças que com certeza serão tema das provas dos concursos públicos. Todas as questões foram elaboradas com base na metodologia utilizada pela banca CESPE, na modalidade certo/errado. Este material tem o objetivo de levar aos concurseiros as mudanças trazidas pela nova Lei de Abuso de Autoridade (Lei n. 13.869/2019, que revogou expressamente a antiga Lei de Abuso de Autoridade – Lei n. 4.898/1965). As questões apresentam comentários objetivos e simplificados, e o e-book apresenta uma formatação que procura facilitar a leitura, para que ela não fique cansativa. Isso é tudo que precisa saber sobre o livro. Vamos em busca da aprovação? =] Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 NOTA SOBRE O AUTOR E OUTRAS CONSIDERAÇÕES Olá. Meu nome é Igor Susano, sou Professor Comentarista no Gran Cursos Questões, Advogado e pós-graduado em Direito Constitucional, disciplina que é a minha maior paixão na área do Direito. Por causa dessa paixão, criei a página @RevisãoConstitucional, no Instagram. Tenho o propósito de produzir materiais de qualidade que não pesem no bolso do concurseiro. E, em virtude do custo/benefício, 05 e-books recheados de questões comentadas foram elaborados, somente em 2019! Este e-book é o segundo e-book de 2020, e muitos outros serão lançados ao longo deste ano. Para que eu continue produzindo os e-books que vocês tanto gostam, peço que colabore com o meu trabalho: incentive o seu amigo concurseiro a comprar uma cópia deste material, ao invés de simplesmente repassar a sua cópia para ele. O preço é extremamente em conta, não irá fazer muita diferença no bolso do seu amigo, mas será de enorme ajuda para mim. Cada e-book produzido representa inúmeras horas de trabalho elaborando os comentários, a formatação do livro e a capa dele, os materiais de divulgação, a página na internet etc. (sim, tudo isso é feito por apenas uma pessoa). Tudo certo? Vamos os estudos! Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Sumário NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE ...................................................................................... 1 Questão 01 ......................................................................................................................................... 1 Questão 02 ......................................................................................................................................... 2 Questão 03 ......................................................................................................................................... 3 Questão 04 ......................................................................................................................................... 3 Questão 05 ......................................................................................................................................... 4 Questão 06 ......................................................................................................................................... 5 Questão 07 ......................................................................................................................................... 5 Questão 08 ......................................................................................................................................... 6 Questão 09 ......................................................................................................................................... 6 Questão 10 ......................................................................................................................................... 7 Questão 11 ......................................................................................................................................... 7 Questão 12 ......................................................................................................................................... 8 Questão 13 ......................................................................................................................................... 9 Questão 14 ......................................................................................................................................... 9 Questão 15 ....................................................................................................................................... 10 Questão 16 ....................................................................................................................................... 11 Questão 17 ....................................................................................................................................... 11 Questão 18 ....................................................................................................................................... 12 Questão 19 ....................................................................................................................................... 12 Questão 20 ....................................................................................................................................... 13 Questão 21 ....................................................................................................................................... 14 Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 1 PACOTE ANTICRIME – 61 Questões Comentadas NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE Lei n. 13.869/2019 QUESTÃO 01 Julgue o item que se segue, relativo à nova Lei de Abuso de Autoridade. Para que as condutas definidas na Lei de Abuso de Autoridade – Lei n. 13.869/2019 sejam consideradas crime de abuso de autoridade, o agente deve ter a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS A questão traz corretamente uma das disposições gerais da nova Lei de Abuso de Autoridade. Vejamos: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê- las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído. § 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal. § 2º A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade. Portanto, o elemento subjetivo dos crimes de abuso de autoridade possui uma finalidade específica, ou seja, um dolo específico, previsto no § 1º do art. 1º. GABARITO: certo. Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 2 61 Questões Comentadas – PACOTE ANTICRIME QUESTÃO 02 A respeito dos sujeitos do crime de abuso de autoridade, julguem o item a subsequente,levando em conta a nova Lei de Abuso de Autoridade. É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, excetuando-se os servidores militares, uma vez que suas condutas são tratadas por legislação militar específica. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS De acordo com a nova Lei de Abuso de Autoridade, tanto os servidores públicos civis quanto os militares podem ser o sujeito ativo do crime de abuso de autoridade. O art. 2º da Lei de Abuso de Autoridade é o dispositivo que trata do sujeito ativo do crime de abuso de autoridade. É uma norma bem detalhada, como veremos mais abaixo. A primeira parte da questão está de acordo com o caput do art. 2º da nova Lei de Abuso de Autoridade. Porém, a parte final (sobre os militares) vai contra o inciso I do art. 2º. Vejamos o que diz o referido dispositivo legal: Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não se limitando a: I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas; II - membros do Poder Legislativo; III - membros do Poder Executivo; IV - membros do Poder Judiciário; V - membros do Ministério Público; VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas. É importante frisar que o parágrafo único do art. 2º dispõe o que a Lei de Abuso de Autoridade considera como agente público: Art. 2º, parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo. GABARITO: errado. Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 3 PACOTE ANTICRIME – 61 Questões Comentadas QUESTÃO 03 Em relação aos efeitos da condenação pela prática de crime de abuso de autoridade, julgue o item a seguir, considerando a nova Lei de Abuso de Autoridade. São efeitos automáticos da condenação tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime e a perda do cargo, mandato ou função pública. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS A nova Lei de Abuso de Autoridade apresenta, em seu art. 4º, os efeitos da condenação pela prática de crime de abuso de autoridade. Vejamos abaixo: Art. 4º São efeitos da condenação: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos; II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. De fato, tornar certa a obrigação de indenizar o causado pelo crime (inciso I) e a perda do cargo, mandato ou função pública (inciso II) são efeitos da condenação pela prática do referido delito. Porém, conforme o parágrafo único do art. 4º, apenas o efeito disposto no inciso I é automático: Art. 4º, parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença. Além de os efeitos arrolados nos incisos II e III não serem automáticos, eles são condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade, e sua motivação deve estar fundamentada na sentença. GABARITO: errado. QUESTÃO 04 Quanto às penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas na nova Lei de Abuso de Autoridade, julgue o item subsecutivo. A nova Lei de Abuso de Autoridade prevê como penas restritivas de direitos a prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, bem como a suspensão do exercício do cargo, função ou mandato, podendo ambas ser aplicadas autônoma ou cumulativamente. ( ) CERTO ( ) ERRADO Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 4 61 Questões Comentadas – PACOTE ANTICRIME COMENTÁRIOS A questão aborda o art. 5º da nova Lei de Abuso de Autoridade, que dispõe: Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas nesta Lei são: I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens; III - (VETADO). Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente. GABARITO: certo. QUESTÃO 05 No que tange à responsabilidade do agente, julgue (C ou E) o item subsequente, com base na nova Lei de Abuso de Autoridade. As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se podendo questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões tenham sido decididas no juízo criminal. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS A questão tem como base o princípio da independência entre as instâncias. Conforme esse princípio, as instâncias cível, administrativa e penal são independentes entre si. Por isso, o sujeito, pela prática de determinado ato, pode ser punido em uma instância, mas absolvido em outra. Como exceção, o ordenamento jurídico brasileiro costuma trazer duas hipóteses, nas quais a instância penal interfere diretamente nas outras duas instâncias: condenação penal ou absolvição penal que negue a existência do fato ou sua autoria. Tendo em vista a exceção mencionada, havendo condenação penal, o sujeito necessariamente seria condenado nas instâncias civil e administrativa; da mesma maneira, no caso de absolvição penal, desde que negue a existência do fato ou sua autoria, o sujeito seria absolvido nas demais esferas. A nova Lei de Abuso de Autoridade enfatizou o princípio da independência entre as instâncias, suprimindo a referida exceção, conforme dispõe a leitura do art. 7º: Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões tenham sido decididas no juízo criminal. GABARITO: certo. Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 5 PACOTE ANTICRIME – 61 Questões Comentadas QUESTÃO 06 Julgue o item a seguir, a respeito da responsabilidade do agente perante a nova Lei de Abuso de Autoridade. Por expressa vedação da nova Lei de Abuso de Autoridade, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito não faz coisa julgada em âmbito cível e em âmbito penal. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS É justamente o contrário. Embora a nova Lei de Abuso de Autoridade tenha dado mais ênfase ao princípio da independência entre as instâncias, ainda há exceções, como é o caso previsto no art. 8º: Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legalou no exercício regular de direito. GABARITO: errado. QUESTÃO 07 Com relação aos crimes trazidos pela nova Lei de Abuso de Autoridade, julgue o item subsequente. Cometerá crime a autoridade judiciária que deixar de relaxar a prisão manifestamente ilegal ou de substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa, quando manifestamente cabível. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS A questão traz duas das hipóteses de crime previstas na nova Lei de Abuso de Autoridade. Vejamos o que dispõe o art. 9º: Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de: I - relaxar a prisão manifestamente ilegal; Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 6 61 Questões Comentadas – PACOTE ANTICRIME II - substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de conceder liberdade provisória, quando manifestamente cabível; III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando manifestamente cabível. A nova Lei de Abuso de Autoridade tipificou diversas condutas que veremos ao longo das próximas questões. Recomendo a leitura desses dispositivos, pois com certeza serão tema das provas de concursos públicos. GABARITO: certo. QUESTÃO 08 A respeito dos crimes dispostos na nova Lei de Abuso de Autoridade, julgue o item abaixo. A autoridade que, em qualquer hipótese, deixar de comunicar a prisão em flagrante ao juiz no prazo legal estará cometendo crime previsto na nova Lei de Abuso de Autoridade. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS O enunciado apresenta divergência em relação à nova Lei de Abuso de Autoridade, pois só será crime quando a falta de comunicação da prisão em flagrante for injustificada: Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Portanto, se a autoridade justificadamente deixar de comunicar a prisão em flagrante ao juiz no prazo legal, não haverá crime. GABARITO: errado. QUESTÃO 09 Considerando os crimes previstos na nova de Lei de Abuso de Autoridade, julgue o item abaixo. A autoridade que, sob ameaça de prisão, constranger alguém a depor cometerá crime, exceto quando a pessoa se recusar a depor alegando que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva resguardar sigilo. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 7 PACOTE ANTICRIME – 61 Questões Comentadas É justamente o contrário. De acordo com o art. 15 da nova Lei de Abuso de Autoridade, a autoridade que “constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo”, cometerá crime cuja pena é de detenção, de 01 a 04 anos, e multa. GABARITO: errado. QUESTÃO 10 Julgue o item subsequente, referente aos crimes previstos na nova Lei de Abuso de Autoridade. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno é crime previsto na nova Lei de Abuso de Autoridade, salvo se o preso for capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS É justamente o que diz o art. 18 da nova Lei de Abuso de Autoridade: Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. As exceções previstas na lei são extremamente importantes. As bancas adoram fazer questões com base nelas. GABARITO: certo. QUESTÃO 11 No que se refere aos crimes previstos na nova Lei de Abuso de Autoridade, julgue o item que se segue. Cometerá crime de abuso de autoridade aquele que mantiver, na mesma cela, criança ou adolescente na companhia de maior de idade. Por sua vez, aquele que mantiver criança ou adolescente em ambiente inadequado cometerá infração administrativa. ( ) CERTO ( ) ERRADO Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 8 61 Questões Comentadas – PACOTE ANTICRIME COMENTÁRIOS Ambas as condutas são crimes previstos na nova Lei de Abuso de Autoridade: Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou adolescente na companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado, observado o disposto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Portanto, manter criança ou adolescente em ambiente inadequado não é infração administrativa, e sim crime. GABARITO: errado. QUESTÃO 12 Acerca dos crimes tipificados na nova Lei de Abuso de Autoridade, julgue o item a seguir. A autoridade que, sem determinação judicial, invadir ou adentrar em imóvel alheio, ou nele permanecer, cometerá crime previsto na nova Lei de Abuso de Autoridade. Caso a autoridade coaja alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso ao imóvel, o crime terá sido praticado na sua modalidade qualificada. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS A primeira parte do enunciado está em consonância com o disposto no caput do art. 22 da nova Lei de Abuso de Autoridade. Vejamos: Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Porém, há um detalhe importante sobre a nova Lei de Abuso de Autoridade: nenhum dos crimes possui uma forma qualificada. Vale destacar, também, que diversos desses crimes possuem uma forma equiparada, como é o caso do crime previsto no caput do art. 22. Conforme o inciso I do § 1º do art. 22, “incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências”. Portanto, a segunda parte do enunciado está errada. Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 9 PACOTE ANTICRIME – 61 Questões Comentadas Obs.: é possível identificar a “forma equiparada” do crime quando a Lei diz “incorre na mesma pena...”, “na mesma pena incorre quem...” etc. GABARITO: errado. QUESTÃO 13 No tocante aos crimes previstos na nova Lei de Abuso de Autoridade, julgue o item subsequente. Aquele que cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h ou antes das 05h cometerá crime previsto na nova Lei de Abuso de Autoridade. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS Trata-se de outra forma equiparada do art. 22, que foi tema da questão anterior: Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. § 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem: [...] III - cumpre mandado debusca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas). GABARITO: certo. QUESTÃO 14 Com referência à nova Lei de Abuso de Autoridade, julgue o item seguinte, levando em conta os crimes nela dispostos. Impedir o preso, o réu solto ou o investigado de sentar-se ao lado de seu advogado e com ele se comunicar durante a audiência é crime de abuso de autoridade, salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por videoconferência. ( ) CERTO ( ) ERRADO Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 10 61 Questões Comentadas – PACOTE ANTICRIME COMENTÁRIOS A questão tem como base o disposto no parágrafo único do art. 20, que dispõe o seguinte: Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu solto ou o investigado de entrevistar-se pessoal e reservadamente com seu advogado ou defensor, por prazo razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por videoconferência. GABARITO: certo. QUESTÃO 15 Considerado a nova Lei de Abuso de Autoridade, no que se refere aos crimes nela previstos, julgue o item a seguir. A nova Lei de Abuso de Autoridade prevê como crime proceder à obtenção de prova, em procedimento investigatório, por meio manifestamente ilícito, bem como fazer uso de prova conhecidamente ilícita, em desfavor do investigado. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS Estamos diante do crime previsto no caput do art. 25 da nova Lei de Abuso de Autoridade e da sua forma equiparada (parágrafo único). Vejamos abaixo: Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por meio manifestamente ilícito: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de prova, em desfavor do investigado ou fiscalizado, com prévio conhecimento de sua ilicitude. GABARITO: certo. Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 11 PACOTE ANTICRIME – 61 Questões Comentadas QUESTÃO 16 Julgue o item que se segue, relativo aos crimes dispostos na nova Lei de Abuso de Autoridade. Cometerá crime de abuso de autoridade aquele que estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado. No entanto, não haverá crime quando a autoridade estender de forma imotivada procedimento cujo prazo para conclusão ou execução é inexistente. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS Em ambos os casos, haverá crime, conforme prevê a nova Lei de Abuso de Autoridade: Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou conclusão de procedimento, o estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado. Assim, mesmo quando não houver prazo para execução ou conclusão do procedimento, estender injustificadamente a investigação também será crime de abuso de autoridade. GABARITO: errado. QUESTÃO 17 Com base nas disposições da nova Lei de Abuso de Autoridade, relativas aos crimes nela previstos, julgue o item subsequente. A Lei de Abuso de Autoridade prevê como crime requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS A questão traz a literalidade do caput do art. 27: Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa: Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 12 61 Questões Comentadas – PACOTE ANTICRIME Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Elaborei essa questão para atentá-lo ao termo “qualquer indício”, pois é algo que a banca pode cobrar nas provas considerando a questão como “errada”. Portanto, memorize! GABARITO: certo. QUESTÃO 18 Com relação aos crimes previstos na nova Lei de Abuso de Autoridade, julgue o item subsecutivo. Aquele que negar ao interessado, seu defensor ou advogado o acesso a peças relativas a diligências em curso cometerá crime de abuso de autoridade, exceto quando o sigilo for imprescindível. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS Como regra, negar ao interessado ou ao seu defensor o acesso a peças relativas a diligências em curso é crime previsto na nova Lei de Abuso de Autoridade. Entretanto, quando o sigilo for imprescindível à diligência em curso, a negativa de acesso às peças que lhe dizem respeito não será considerado crime. Vejamos o que diz a nova Lei de Abuso de Autoridade: Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim como impedir a obtenção de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que indiquem a realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. O mesmo se aplica às peças relativas a diligências futuras. GABARITO: certo. QUESTÃO 19 Em um processo judicial, o juiz decretou a indisponibilidade de ativos financeiros de Pedro para a satisfação da dívida de que trata a ação judicial. No entanto, a quantia bloqueada pelo magistrado extrapolou exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida. Em virtude disso, Pedro manifestou-se demonstrando a excessividade da medida. Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 13 PACOTE ANTICRIME – 61 Questões Comentadas No que tange aos crimes dispostos na nova Lei de Abuso de Autoridade, julgue o item a seguir. Caso o magistrado deixe de corrigir o valor decretado indisponível, ele estará incorrendo em infração administrativa, motivo pelo qual será encaminhada ao CNJ cópia dos autos para a apuração de eventual responsabilidade administrativa. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS No caso acima, o magistrado não estará cometendo infração administrativa, e sim crime previsto na nova Lei de Abuso de Autoridade: Art. 36. Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que extrapole exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida da parte e, ante a demonstração, pela parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. GABARITO: errado. QUESTÃO 20 Em relação à nova Lei de Abuso de Autoridade, bem como aos crimes nela dispostos, julgue o item abaixo. O magistrado que demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo de que tenha requerido vista em órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou retardar o julgamento, estará cometendo crime, ressalvada a hipótese de relevante interesse social, que deverá serexpressamente justificado. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS Não há que se falar em relevante interesse social expressamente justificado. Se o magistrado procrastinar o andamento ou retardar o julgamento de processo que pediu vista, ele estará cometendo crime, conforme o art. 37 da nova Lei de Abuso de Autoridade: Art. 37. Demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo de que tenha requerido vista em órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou retardar o julgamento: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. GABARITO: errado. Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326 Conteúdo jurídico diário no Instagram @RevisaoConstitucional 14 61 Questões Comentadas – PACOTE ANTICRIME QUESTÃO 21 A respeito dos crimes definidos pela nova Lei de Abuso de Autoridade, julgue o item subsequente. Tício, Delegado de Polícia Civil, é responsável por procedimento investigatório que apura o cometimento do crime de roubo (art. 157 do CP). Durante as investigações, foi constatado, por meio de câmeras de segurança, que Caio, no momento do crime, esteve próximo ao local onde ocorreu o delito portando um revólver, arma utilizada pelo infrator, segundo a vítima. Convicto de que Caio cometeu o crime de roubo, Tício concedeu entrevista ao jornal local informando que Caio, com base nas filmagens e no depoimento da vítima, é o autor do crime e que qualquer informação sobre ele seria de grande ajuda para as autoridades. Dias após a entrevista, Tício concluiu as apurações e encaminhou os autos ao Ministério Público para eventual oferecimento de denúncia. Com base no exposto, observa-se que Tício, ao atribuir a autoria do crime mencionado a Caio, agiu corretamente, uma vez que a nova Lei de Abuso de Autoridade afirma que o responsável pelas investigações não deve utilizar qualquer meio de comunicação, inclusive as redes sociais, para atribuir a culpa a alguém, exceto quando houver provas robustas de que aquele sujeito é o autor do crime. ( ) CERTO ( ) ERRADO COMENTÁRIOS A nova Lei de Abuso de Autoridade dispõe de maneira diversa. Ela diz que o responsável pelas investigações que utilizar qualquer meio de comunicação para antecipar a culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação, cometerá crime de abuso de autoridade. Vejamos: Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Portanto, Tício, ainda que diante de provas robustas, cometeu crime de abuso de autoridade, pois atribuiu a autoria do crime a Caio antes de concluir as apurações. GABARITO: errado. Licensed to Larissa Silva Verdinassi - verdinassilari@gmail.com - 702.416.921-48 - HP07415810188326
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