Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Navegadores APRESENTAÇÃO A web como conhecemos tornou-se popular devido à facilidade em navegar pela grande rede mundial de computadores. É provável que a primeira experiência de um usuário comum do final dos anos 1990 e da primeira década dos anos 2000 foi por meio do uso dos navegadores. Mas, com a evolução dos dispositivos móveis, isso tem mudado um pouco. Os aplicativos passaram a ser um serviço concorrente ao dos navegadores. Mesmo com toda essa evolução, a base da web ainda é da navegação por aplicativos interativos, como os browsers (navegadores). Nesta Unidade de Aprendizagem, você percorrerá a evolução dos navegadores da web, passando pelo descritivo de suas principais funcionalidades, seus tipos e versões, assim como a forma como são classificados e utilizados. Além disso, verá elementos adicionais aos navegadores, os quais servem como complemento a seus serviços, como plug-ins, extensões, uso de cookies, etc. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Explicar a evolução e as funcionalidades dos navegadores (browsers).• Descrever as tecnologias e os padrões de navegadores. • Classificar os tipos e as versões de navegadores. • DESAFIO O ambiente web apresenta diversos padrões de sistemas e arquiteturas, mas uma coisa é comum aos que acessam a Internet, seja por computadores ou dispositivos móveis: o uso de navegadores. Além da capacidade de navegar por sites, páginas e sistemas web, esses programas do lado cliente permitem ao usuário a instalação de plug-ins e extensões que completam seu serviço. Além disso, o controle de rede por meio do uso de proxy pode ser controlado via navegador. Você foi encarregado de verificar o ambiente dos usuários de sua empresa, uma vez que o servidor proxy já foi configurado sob o IP 10.10.1.12, com a porta 21001. Você deve, então, configurar os navegadores dos usuários para que todos possam acessar a web por seus navegadores apenas por meio do servidor proxy citado. Sua tarefa é acessar as configurações de um dos navegadores disponíveis (Google Chrome ou Mozilla Firefox), incluir o servidor proxy e a porta, e salvar as configurações, auxiliando o usuário em seu uso. INFOGRÁFICO Os navegadores são ferramentas pertencentes ao ambiente web utilizadas para acessar sites e sistemas web. Desde o surgimento da web, sempre houve concorrência entre diferentes desenvolvedores na busca de uma solução leve, prática e segura que fosse adotada pelos usuários. Nesta história surgiram os smartphones e, com eles, a necessidade de acessar a Internet de maneira mobile. Desde então, os desenvolvedores de navegadores focaram nesta plataforma que, ano após ano, apresenta novas versões e modelos. Neste Infográfico, você vai ver detalhes e diferenciais dos principais navegadores web para dispositivos móveis. CONTEÚDO DO LIVRO A evolução da web está intimamente ligada à revolução dos navegadores. A palavra navegar nunca fez tanto sentido, afinal, existe um vasto oceano de dados a ser explorado, e novos dados surgem a cada dia. Os navegadores são a prova de que é possível ter acesso de maneira multiplataforma à mesma informação, uma vez que ao acessar um site ou outro conteúdo por meio de um navegador, não faz diferença qual sistema operacional ou plataforma (seja ela desktop ou mobile) o usuário esteja utilizando. No capítulo Navegadores, da obra Ferramentas de desenvolvimento web, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os navegadores, sua utilidade histórica e a gradativa evolução em suas tecnologias. Com um comparativo entre suas vertentes desktop e mobile, você vai poder ter uma visão geral de como o navegador ainda tem uma grande importância na forma de interagir com conteúdo na Internet. Boa leitura. FERRAMENTAS DE DESENVOLVIMENTO WEB Daniel dos Santos Brandão Navegadores Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Explicar a evolução e as funcionalidades dos navegadores (browsers). � Descrever as tecnologias e os padrões de navegadores. � Classificar os tipos e as versões de navegadores. Introdução A forma como interagimos com a internet é, de modo geral, por meio do uso da World Wide Web, que pode ser traduzida por “teia de alcance mundial”, mas é mais conhecida apenas como web. Os softwares e apli- cações web evoluíram muito, acompanhando as tendências de novas tecnologias da informação e da comunicação. A troca de informação por browsers (navegadores), seja por computadores e laptops, seja por smartphones e tablets, surgiu como uma novidade durante a primeira década do século 21, porém hoje ela já é algo que faz parte da nossa comunicação diária. Não dá para imaginar como seria utilizar a web por meio de scripts ou comandos em modo texto, afinal, a web que conhecemos é altamente interativa e se baseia em hipermídias com textos, mas também com áudio, figuras e vídeos. Imaginar um mundo sem serviços de streaming de vídeo ou de áudio é um exercício bastante difícil para os dias atuais. Entretanto, mesmo com o surgimento dos aplicativos para dispositivos móveis, os navegadores ainda têm seu espaço no acesso a esses serviços e a sites, páginas web, sistemas corporativos, serviços on-line, entre outros. Neste capítulo, você vai estudar o surgimento e a evolução dos na- vegadores ao longo das décadas. Vai ver ainda uma descrição de suas principais funcionalidades e extensões, suas versões históricas e seus recursos avançados, tanto para usuários comuns quanto para profissionais da área de desenvolvimento de software para web. 1 O surgimento dos navegadores web O modo de usarmos a web evoluiu bastante com o tempo. Pensar na web sem o uso de navegadores e aplicativos é algo inviável. Os navegadores surgiram como principal elemento de interface entre usuários (o lado cliente) e as aplicações web (o lado servidor), na arquitetura web conhecida por cliente–servidor. Segundo Barreto, Zanin e Saraiva (2018, p. 103), “[...] o navegador, também conhecido pela expressão em inglês ‘browser’, é um programa cliente que é instalado no dispositivo do usuário e que possibilita acessar a internet, visitar páginas, fazer negócios, estudar, divertir-se, entre muitas outras possibilidades.” O “lado cliente” hoje se refere tanto a smartphones quanto a computadores de mesa (chamados desktop), laptops (ou notebook), tablets e outros dispositivos conectados à internet. Entretanto nem sempre foi tão simples assim navegar na internet. No princípio, antes do conceito de web, a internet era apenas uma grande rede de computadores onde as mensagens eram propagadas de modo textual. “A ideia da web foi proposta pela primeira vez por Tim Berners-Lee, em 1989, no CERN (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear), para permitir que vários pesquisadores em diferentes locais da Europa pudessem acessar as pesquisas uns dos outros. A web comercial surgiu no início de 1990” (FOROUZAN; MOSHARRAF, 2013, p. 44). Os primeiros navegadores surgiram após essa etapa inicial, ainda textual, das páginas web. Barreto, Zanin e Saraiva (2018, p. 103) lembram do pioneiro Mosaic, desenvolvido na década de 1990 e considerado “precursor dos na- vegadores de internet, que era um programa mais amigável para os usuários e que trouxe consigo uma revolução para o modo de utilizar a internet e, consequentemente, para o mundo dos negócios”. O Mosaic foi criado pela NCSA (National Center For Supercomputing Applications), empresa sediada em Illinois, Estados Unidos. Lançado em novembro de 1993, é considerado o primeiro navegador a trazer conteúdo mais interativo, com uso não apenas de texto, mas também de imagens. A Figura 1 apresenta a tela do Mosaic em uma de suas primeiras versões. Navegadores2 Figura 1. Tela do Mosaic, considerado o primeiro navegador web. Fonte: NATIONAL CENTER FOR SUPERCOMPUTING APPLICATIONS (2020, documento on-line). Primeirosnavegadores modernos Dentro da NCSA existiam vários grupos de desenvolvimento com profissio- nais e pesquisadores buscando soluções para a novidade do momento, a web. A partir desse movimento vários projetos foram criados, e houve uma primeira leva de competição de tecnologias do tipo para a internet. Entre esses projetos, surgiu uma ideia de navegador que, posteriormente, tornou-se uma empresa da web, chamada de Netscape. Dessa empresa surgiu, em 1994, o Netscape Navigator, um navegador de grande sucesso que dominou o mercado nesse início. 3Navegadores Os esforços iniciais para o desenvolvimento do novo navegador vieram de Marc Andresseen, que fazia parte do projeto do Mosaic na NCSA. Em 1994, Jim Clark o procurou para que juntos formassem uma companhia para criar o novo navegador. Esse foi o início do reinado do Netscape. Com a internet se tornando popular, gigantes do mercado de tecnologia começaram a empregar suas forças nisso. A Microsoft foi uma das primeiras e, ao lançar uma atualização do seu sistema operacional (SO), o Windows, já preparou a primeira versão de seu navegador, o Internet Explorer. Durante mais de uma década esse foi o navegador padrão da web, afinal, como o do- mínio do SO da Microsoft em computadores, os usuários passaram a adotar o IE como seu navegador padrão de acesso à internet. Após essa era inicial, foram surgindo diversos outros projetos de navegado- res, como o Mozilla (1998), de um grupo de mesmo nome vindo da Netscape. O projeto era baseado no código-fonte do Netscape, aberto pela empresa após a fracassada batalha contra a gigante Microsoft por essa fatia de mercado. A Mozilla era formada pela comunidade de desenvolvedores, aberta a todo e qualquer interessado, que anos depois deu origem ao Firefox. Ainda nos anos 1990 uma empresa norueguesa mostrou seu navegador, chamado de Opera, mesmo nome da empresa. O navegador sempre foi re- conhecido como uma boa opção e segue em uso nos dias atuais. Após isso, a partir dos anos 2000, foram surgindo novidades como o Safari e seus produtos. Com o lançamento de seus computadores modernos e seu sistema operacional Mac OS, a Apple adotou o Safari como navegador oficial em sua plataforma, levando uma fatia considerável do mercado de navegadores. Apenas em 2004 foi lançada a primeira versão do Firefox, da Mozilla. Esse foi, por um bom tempo (e para alguns ainda é), um grande concorrente da Microsoft e seu Internet Explorer, além de até hoje ter embates a cada versão com o navegador da Google. O Google Chrome chegou ao mercado apenas em 2008, quando a maré já parecia dominada. Por ser uma empresa já consolidada com seu mecanismo de busca, não demorou para que o navegador da Google chegasse para ficar, sendo adotado pela grande maioria dos usuários do mundo todo. Navegadores4 Com a grande queda de número de usuários de seu navegador padrão, a Microsoft passou a planejar um substituto para ele. E, com o lançamento do Windows 10, a gigante americana lançou o Edge, adotado como navegador padrão de seu sistema operacional dali por diante. Com concorrentes de peso, hoje os usuários têm diversas opções de navegadores, cada um com suas características e fatia de usuários. Pesquisas formais e informais apontam que os principais navegadores do mercado web quanto à quantidade de usuários em todo o mundo são Opera, Firefox, Chrome, Safari e Internet Explorer (lembrando que este último foi substituído pelo Edge como navegador oficial da Microsoft a partir do Windows 10). 2 Tecnologias em navegadores web Os navegadores podem ser apontados como figuras principais de serviço do lado usuário. O navegador acaba por ser o elemento intermediário entre um usuário e o conteúdo de uma página ou aplicação web, uma vez que as requisições dos usuários são enviadas a partir dele. Alguns dos protocolos de internet mais comumente utilizados por navegadores são HTTP, FTP e SMTP, em uma arquitetura semelhante a apresentada na Figura 2, a seguir. Figura 2. Uso de um navegador. Fonte: Adaptada de Forouzan e Mosharraf (2013). Navegador HTTP FTP SSH SMTP ... HTML JavaScript Java Interpretadores Controlador 5Navegadores Com o uso do navegador, um usuário envia uma requisição de página e o controlador do navegador passa a interpretar o conteúdo, direcionando ao protocolo à qual a requisição é vinculada. Com isso, o conteúdo é resgatado junto ao servidor e traduzido para o padrão web (página HTML), dando a resposta ao usuário no lado cliente (pelo navegador). Navegadores e seus recursos Os navegadores, em suas diversas versões, sempre tentaram trazer novidades para a forma como navegamos. Algumas características são exclusivas, mas existem também as que são encontradas de maneira comum em cada um deles. Algumas dessas características comuns são as seguintes: � navegação por abas; � instalação de plug-ins e extensões; � uso de contas, perfis e sessões; � controle do histórico de navegação; � armazenamento de sites favoritos; � controle de downloads; � controle de cookies. Existem dezenas de outras tarefas que um navegador pode realizar. A seguir, vamos detalhar algumas delas, consideradas mais importantes e com certa complexidade. Recursos avançados de navegadores Quando você usa um navegador está transferindo arquivos e mídias por meio do protocolo HTTP (hypertext trasfer protocol). Por meio da troca de requi- sições, as informações saem do lado servidor até o lado cliente, dentro do contexto cliente–servidor. Isso quer dizer que, por trás de um clique de botão em uma página web, estão comandos que são realizados e processados entre o navegador e o servidor onde esses arquivos da página web estão. O Quadro 1 apresenta os quatro tipos de requisição no uso do HTTP via navegador: Navegadores6 Fonte: Adaptado de Comer (2016). Requisição Descrição GET Requere um documento; o servidor responde com o envio da informação do status seguida por uma cópia do documento. HEAD Requere a informação do status; o servidor responde com a informação do status, mas não envia uma cópia do documento. POST Envia dados para o servidor; o navegador anexa os dados a um item especificado (isto é, uma mensagem é anexada a uma lista). PUT Envia dados para o servidor; o servidor usa os dados para substituir completamente o item especificado (isto é, subscreve os dados anteriores). Quadro 1. Requisições realizadas via protocolo HTTP Segundo Comer (2016, p. 51), “[...] a forma mais comum de interação co- meça quando um navegador requere uma página de um servidor. O navegador envia uma requisição GET na conexão e o servidor responde enviando um cabeçalho, uma linha em branco e o documento requisitado.” Essas requisições são padrão na forma de navegar via browser. Caching em navegadores O uso de caches é um recurso importante realizado por navegadores. Caching é uma forma de armazenar dados de maneira temporária na máquina do usuário, permitindo que hipermídias como imagens possam ser recarregadas mais rapidamente quando o usuário visita um site que já tenha visto anteriormente. A funcionalidade de caching pode ser resumida como Comer (2016, p. 53) apresenta: “[...] um navegador pode reduzir o tempo de download sig- nificativamente salvando uma cópia de cada imagem em um cache no disco do usuário e usando essa cópia.” Essa cópia do arquivo fica na máquina do usuário e, ao acessar novamente um site anteriormente visitado, um cabeçalho com as configurações do documento web é enviado do servidor à máquina local, contendo o estado atual dos arquivos. Assim, é feita uma comparação pelo navegador entre os arquivos atuais e os armazenados em cache e acontece um novo download apenas se for comprovada uma atualização. 7Navegadores Cookies Os cookies são maneiras de controlar quem está acessando um conteúdo em uma página web. Quando você acessa um site que requer que você esteja logado (utilize uma conta com usuário e senha), por trás daquela página deve existirum mecanismo que armazene e vincule aquelas páginas do site ao seu usuário e senha. Com isso, é possível que você (após autenticado) acesse diferentes páginas do mesmo site ou portal, utilizando as mesmas credenciais, sem ter que digitar usuário e senha a cada novo link clicado. Forouzan e Mosharraf (2013) descrevem bem o princípio básico do uso de cookies da seguinte maneira: 1. Quando um servidor recebe um pedido de um cliente, ele armazena informações sobre o cliente em um arquivo ou em uma cadeia de carac- teres. As informações podem incluir o nome de domínio do cliente, o conteúdo do cookie (informações que o servidor reuniu sobre o cliente, como nome, número da carteira de identidade etc.), um timestamp (re- gistro de horário) e outras informações, dependendo da implementação. 2. O servidor inclui o cookie na resposta que envia ao cliente. 3. Quando o cliente recebe a resposta, seu navegador armazena o cookie no diretório de cookies, que é ordenado pelo nome de domínio do servidor. Com esse processo, os coockies são armazenados e, posteriormente, con- sumidos pelo mesmo site. Toda vez que o usuário envia uma requisição a um servidor, o navegador verifica se há algum cookie com dados do usuário relativos àquela solicitação. Porém, o navegador é apenas um intermediário, pois “[...] o conteúdo do cookie nunca é lido pelo navegador ou divulgado para o usuário. É um cookie ‘preparado’ pelo servidor e ‘comido’ pelo servidor” (FOROUZAN; MOSHARRAF, 2013, p. 55). Navegadores8 Configuração de conexão Um serviço que a maioria dos navegadores também apresenta é o controle de conexões possíveis de serem realizadas pelo usuário. Um serviço de rede que algumas empresas e estabelecimentos utilizam como forma de controle do conteúdo que está sendo trafegado entre sua rede e a internet chama-se proxy. De modo simples, Comer (2016) explica que “proxies lidam com roteamento e aplicam políticas (por exemplo, garantir que o interlocutor esteja autorizado a fazer a chamada).” Proxies são uma forma de controlar uma requisição e, caso o usuário não seja autorizado a utilizar aquele tipo de serviço, o próprio computador que atua como proxy faz a negação do serviço. Caso seja um serviço liberado, o proxy encaminha a requisição ao servidor web. A Figura 3 demonstra o navegador Mozilla Firefox com o serviço de Con- figuração de conexão. Figura 3. Configuração de conexão no navegador Firefox. 9Navegadores Observe na Figura 3 que é possível navegar sem proxy, que é o padrão em redes domésticas, mas também há outras opções, como “Detectar automati- camente as configurações de proxy desta rede”, na qual o próprio navegador se encarrega de buscar o proxy da rede. Além disso, é possível configurar ma- nualmente o endereço HTTP e a porta de acesso do computador que responde como proxy na rede. Em redes com controle por proxy, apenas habilitando essa opção a conexão com a internet é liberada. Um serviço importante que navegadores apresentam é o de inspecionar. No Google Chrome esse serviço é chamado de Ferramenta do Desenvolvedor, uma área que se abre no próprio navegador que permite que o usuário mais avançado, como os desen- volvedores e programadores web, possa inspecionar e até alterar parte do código-fonte HTML ou CSS de uma página web para simular a alteração dela. Geralmente utilizada para testes, ela permite também alterar o modo de visualização, como resolução de tela, permitindo testar, em um computador, a visualização do conteúdo da página em uma tela menor, por exemplo. Dependendo do navegador, outras opções mais avançadas podem ser apresentadas. 3 Tipos de navegadores Existem diversas formas de acessar a web, seja por computadores tradicionais (desktops), notebooks e afins, seja por dispositivos móveis como tablets e smartphones. Os navegadores acompanharam a tendência e todos os mais tradicionais e mais utilizados na plataforma PC também têm versões para dispositivos móveis. Como marca em seus recursos, os navegadores permitem que você possa acessar o mesmo conteúdo em um computador ou no celular, inclusive com a possibilidade de abrir as mesmas abas, trabalhando com o sincronismo de conteúdo por meio da criação de contas e perfis de usuário. Navegadores mobile O navegador Opera foi um dos primeiros a ter uma versão para mobile. Lançado em 1995 para computadores, em 2000 já tinha uma versão para sistemas operacionais móveis, ainda na era do celular, e não dos smartphones. É, portanto, um dos pioneiros no mundo mobile. Navegadores10 Outro navegador de grande destaque no mundo mobile e que está há bas- tante tempo em uso é o Dolphin. O grande diferencial dele é ser apenas para dispositivos moveis, sem versão para computadores. Além desse quesito, ele tem alguns diferenciais, como a possibilidade de o usuário criar atalhos por gestos, escrever livremente na tela como se fosse à mão livre, além de aceitar comando de voz. Outro navegador com apenas com versão para mobile (Android) é o CM Browser, considerado um navegador leve, rápido e seguro, no qual o usuário pode navegar sem deixar rastros. Uma opção que promete ter ainda mais segurança é o Orfox, navegador baseado no famoso Tor, que tem por principal característica a permissão de navegação anônima e sem deixar rastro, bastante usada para acessar a deep web, o “lado obscuro” da internet. Outros navegadores já tradicionais em computadores têm versão para sistemas operacionais mobile, como o Firefox (para Android e iOS), o Safari (apenas para iOS), o Google Chrome (Android e iOS), e são bastante utilizados, inclusive. No Android, o Chrome é o navegador padrão. Navegadores desktop Fora os já tradicionais, existem outros navegadores web para plataforma PC e Mac. Um dos que têm aparecido como promissor é o Vivaldi, um navega- dor baseado no Google Chrome, mas que consegue ser mais leve. Com sua programação baseada na linguagem JavaScript, ele é um típico programa de nova geração. Até então disponível apenas para ambiente Windows e Mac OS, desde 2019 apresenta sua versão para o SO Android, em mobiles. Com um modo de navegação bem simples e a possibilidade de importação de dados e sincronização com vários PCs ao mesmo tempo, é um navegador a ser testado. Uma alternativa a todos esses é o Firefox Focus. Ele é baseado em seu homônimo navegador, criado também pela Mozilla, mas com o diferencial de ter sido criado para acesso à internet focado na privacidade do usuário. Com apenas o clique de um botão é possível apagar todo o histórico de navegação, cookies e a maioria dos rastros deixados ao acessar páginas web. Entretanto ele só permite que seja aberta uma aba por vez. Tem versão para plataforma desktop e mobile. Um grande diferencial é que ele pode ser adicionado como um serviço extra, na forma de plug-in, ao Firefox ou ao Safari, ou pode ser instalado como um browser em si. 11Navegadores Existe uma variedade enorme de navegadores web, principalmente para dispositivos móveis como smartphones e tablets. Se quiser conhecer mais sobre as várias versões de navegadores, uma sugestão é dar uma olhada no site da loja oficial da Google, que pode ser acessado pelo link a seguir. https://qrgo.page.link/dHRa2 Desktop × mobile Apesar de todos serem considerados navegadores, independentemente de sua plataforma, existem diferenças entre as versões de browsers para computa- dores e dispositivos móveis. O princípio é o mesmo, mas, por serem telas de tamanhos bem diferentes e conexões de tipos diferentes (nos smartphones geralmente é por pacote de dados), a forma como os navegadores carregam e apresentam os conteúdos de uma página web é diferente. Uma vez conectados, a forma de transferência de dados é a mesma, por meio de protocolos da internet como o HTTP, por exemplo. Mas, quanto ao tamanho dos arquivos, geralmente os navegadores e sistemas operacionais mobile (como Android e iOS) precisam comprimir os dados e hipermídias para que não causem lentidão no processo.A maior parte do trabalho, porém, recai sobre os desenvolvedores web, que são os profissionais que criam os sites e páginas web. Eles devem criar aplicações responsivas, capazes de se adaptar a qualquer plataforma e a dife- rentes tamanhos de tela. Além disso, um obstáculo do passado, que era uma aplicação vir com o aviso “melhor visualizada em navegador X”, não cabe mais atualmente. Existem técnicas de programação capazes de perceber de que tipo de dispositivo o usuário está acessando e, a partir dessa detecção, o navegador faz o trabalho de abrir a página preparada para a configuração do usuário. A responsividade é a capacidade das aplicações web de se adaptarem ao tamanho e aos requisitos do dispositivo que está abrindo o conteúdo e de adaptarem esse conteúdo ao tamanho da tela. Hoje, responsividade é um pré-requisito obrigatório para qualquer aplicação moderna. A experiencia do usuário (UX, na sigla em inglês, de user experience) e a interatividade do usuário são técnicas que precisam ser levadas em consideração, visto que o Navegadores12 modo de visualizar um conteúdo pode ser diferente, mas o conteúdo em si, a informação a ser passada, permanece a mesma. De modo geral, a forma como navegamos na web passa pelo uso de na- vegadores. Como usuários, podemos ter nossas preferências e, inclusive, usar mais de um navegador, dependendo muito da necessidade. Entretanto uma coisa é certa, a de que, se existem dezenas deles à disposição é porque existem demandas e necessidades especificas e peculiares, para todo padrão e propósito de uso da internet. BARRETO, J. dos S.; ZANIN, A.; SARAIVA, M. de O. Fundamentos de redes de computadores. Porto Alegre: Sagah, 2018. COMER, D. E. Redes de computadores e internet. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2016. FOROUZAN, B. A.; MOSHARRAF, F. Redes de computadores. Porto Alegre: AMGH, 2013. NATIONAL CENTER FOR SUPERCOMPUTING APPLICATIONS. NCSA mosaic™. c2020. Disponível: http://www.ncsa.illinois.edu/enabling/mosaic. Acesso em: 7 fev. 2020. Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. 13Navegadores DICA DO PROFESSOR ®Desde o surgimento da web como forma de navegação na Internet, os navegadores (ou browsers) foram criados, e passaram a ter uma grande importância na comunicação via rede. Graças ao advento dos navegadores, é possível ter acesso a sites, páginas, blogs, fóruns e todo tipo de página ou portal da Internet, saindo de conteúdo de apenas texto para também poder utilizar imagens, áudios e vídeos. Com o passar do tempo, novos recursos foram sendo inseridos nos navegadores, adicionando camadas de segurança e praticidade. Com a criação dos pop-ups (janelas que surgem acima do conteúdo dentro dos navegadores), empresas e desenvolvedores também criaram os bloqueadores desse tipo de conteúdo. Outros recursos, como AdBlock e plug-ins para controle de download e sincronização de dados, foram sendo incorporados; atualmente, os navegadores apresentam características que tornam o dia a dia mais produtivo. Nesta Dica do Professor, você vai ver as características e as principais extensões dos browsers, os navegadores da web. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Ao acessarmos algum site enquanto passeamos pela internet, em quase 100% dos endereços eletrônicos nos deparamos com mensagens para aceitar os cookies. Entretanto, o que são de fato esses cookies? Eles estão ligados com a sua privacidade? Acesse o Momento Sinapse e descubra. EXERCÍCIOS A web surgiu como uma das tecnologias mais promissoras. Com seu modo de trafegar informação, foi por meio dos navegadores que se iniciou a popularização da grande rede, com a troca de hipermídias por meio de páginas web. Sobre os navegadores, analise as afirmações a seguir: I. Os primeiros navegadores surgiram na década de 1960. II. A primeira organização a desenvolver um navegador foi a Netscape. III. O primeiro navegador da Microsoft foi o Internet Explorer. IV. A Mozilla é a fundação desenvolvedora do navegador Firefox. 1) Quais são as afirmativas corretas? A) As afirmativas I e II estão corretas. B) As afirmativas II e III estão corretas. C) As afirmativas I, II e III estão corretas. D) As afirmativas III e IV estão corretas. E) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas. 2) Os primeiros navegadores surgiram com páginas web ainda de maneira textual. O primeiro navegador surgiu de pesquisas na National Center For Supercomputing Applications (NCSA), em que vários grupos e pesquisadores se empenharam para que esse navegador se tornasse realidade. Qual é o nome do primeiro navegador? A) Netscape. B) Internet Explorer. C) Mosaic. D) Mozilla. E) Vivaldi. O navegador é um programa do lado cliente, responsável por realizar transações entre as requisições de usuários e o lado servidor. Quando um usuário digita uma 3) URL ou domínio de um site na barra de endereços, todo um processo é iniciado em plano de fundo, com o navegador operando alguns protocolos da Internet para realizar a operação solicitada. Sobre protocolos e navegadores, analise as afirmações a seguir: I. HTTP II. FTP III. HTML IV. SMTP Quais são os protocolos de Internet utilizados por navegadores? A) I e II. B) II e III. C) II e IV. D) II, III e IV. E) I, II e IV. Os navegadores têm características em comum, mesmo com os diversos modelos e versões. Sobre as características em comum estão o uso de protocolos padrão da Internet, como HTTP e SMTP, e o fato de serem programas cliente usados como interface entre o usuário e um servidor. Existem outras características de programas, como: I. navegação por abas• II. instalação de plug-ins e extensões• III. configuração de proxy de rede• IV. controle do histórico de navegação• V. controle de cookies• 4) Sobre os navegadores, está correto o que se afirma em: A) I, II e III. B) I, II, IV. C) I, II e V. D) II, III, IV e V. E) I, II, III, IV e V. 5) Mesmo tendo como foco principal a navegação do usuário na Internet, os navegadores modernos vão além e oferecem serviços adicionais. Seja para proteção ou como forma de adicionar extensões às suas funções, é comum o uso de uma forma de controlar dados de maneira temporária, a fim de poder abrir uma página visitada anteriormente de maneira mais rápida. Essa capacidade é chamada de: A) caching. B) configuração de conexão. C) cookies. D) firewall. E) proxy. NA PRÁTICA Utilizar sistemas web, de modo geral, requer o uso de navegadores. E escolher qual navegador utilizar não é algo tão complexo, mas saber que existem várias opções abrem possibilidades quanto ao seu uso. Neste Na Prática, você vai ver opções de escolha na hora de testar e escolher navegadores web, seja para a plataforma de computadores convencionais ou mobile. SAIBA + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Comunicação de dados e redes de computadores O seguinte livro relata as formas de comunicação por meio da web. No Capítulo 27, o autor apresenta características de definições da web, arquitetura da World Wide Web, discutindo sobre os navegadores (browsers) e o servidor, desde a criação da web até os primeiros navegadores modernos. O autor fala ainda sobre servidores, cookies, URL, documentos estáticos e dinâmicos por meio do protocolo HTTP e outros termos-chave. Como os navegadores funcionam: bastidores dos navegadores modernos Neste artigo, os autores falam um pouco sobre o funcionamento dos navegadores por trás de toda a interface que comumente aparece para os usuários. É uma documentação bemcompleta de como funcionam esses programas de computadores. Confira. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Web design responsivo: caminhos para um site adaptável Este artigo trata da responsividade, a capacidade de uma aplicação web ser adaptável a diferentes resoluções de tela e navegadores web, tanto para sistemas desktop como mobile, mostrando a importância do tema nos dias atuais. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! How to fix the web Nesta palestra, Brendan Eich, o criador da linguagem JavaScript, fala de maneira breve sobre os perigos e vantagens da navegação da Internet com o uso (indevido ou não) dos dados dos usuários por meio dos cookies, realizado por empresas para ações de marketing digital. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Compartilhar