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AULA 02 - PROCEDIMENTO E QUEIXA-CRIME

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PROCESSO x PROCEDIMENTO:
Processo: é o instrumento de que dispõe o Estado e as partes para solução pacificadora do conflito (serve de meio para realização do objetivo do Estado de Direito, qual seja, a paz social). É o meio pelo qual se manifesta a jurisdição. É a atividade desenvolvida pelo estado-juiz com a função de aplicar a lei ao caso penal concreto.
“O processo penal, enquanto instrumento de efetivação das garantias constitucionais, é uma segurança do cidadão de que, uma vez acusado de um crime, serão assegurados a ele todos os mecanismos de proteção contra atos arbitrários por parte do Estado, pois seu status de não culpabilidade se mantem intacto, enquanto não houver sentença penal condenatória transitada em julgado. Logo, diferente do que se possa pensar, a instauração de um processo criminal é a certeza de que o indivíduo tem de que seus direitos serão respeitados. Imaginem o indivíduo ser acusado de cometer um crime e hoje mesmo o Estado puni-lo!!!! Seria o caos na sociedade”. (2021, p. 481)
O processo é a soma de atos que se realizam com a finalidade de justa e imparcial solução do caso. Ou o conjunto de atos jurídicos praticados dentro do processo, que chamamos de atos jurídicos processuais realizados de modo ordenado e sucessivo visando a solução da lide. É o movimento na sua forma intrínseca.
X
O procedimento é a forma pelo qual o Estado alcançara esse fim (a solução do caso). O movimento na sua forma extrínsica. Em outras palavras, como ou de que forma ou qual a ordem sucessiva que serão praticados esses atos jurídicos processuais ??? 
Procedimento: é o rito, embora ligado ao processo, com ele não se identifica, pois é mecanismo pelo qual este se desenvolve diante da jurisdição (aspecto formal, de ordem estrutural). = Andamento do processo!!!. A exteriorização do processo se desenvolve mediante uma sucessão ordenada de atos formalizados pela lei. É o modo como se executa os atos processuais. O procedimento é o mesmo movimento do processo, porém visto de fora, extrinsecamente. Por isso não há um processo especial ou comum, e sim um procedimento especial ou comum.
Mas os procedimentos podem ser diversos: procedimento comum ordinário, sumário, do tribunal do júri, dos juizados especiais e etc. (vide art. 394 do CPP).
OBS: Existe processo que não foi levado adiante ou nunca se realizou porque as normas reguladoras do processo – procedimento – não foram observadas. 
O CPP, em seu livro II, trata dos processos em espécie com o Título I (do processo comum, mas leia-se: procedimento), do Título II (dos processos especiais mas leia-se: procedimento) e do Título III (dos processos de competência do STF e dos Tribunais de Apelação – mas que se encontram revogados pela Lei nº 8.659/93).
Como dito, nada mais equivocado, não existe processo em espécie, nem processo comum, muito menos processos especiais!!!! O que existe são procedimentos!!! 
· Os procedimentos variam quanto À FORMA: Oral e escrito.
A lei nº 11.719/08 privilegiou a oralidade. As alegações finais das partes em audiência, será sempre oral. P. da celeridade e economia processual. 
· Os procedimentos variam quanto AO MODO: Comum e Especial 
DO PROCESSO COMUM
CAPÍTULO I
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL
Art. 394.  O procedimento será comum ou especial.           (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o  Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial.           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 3o  Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código.           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 4o  As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código.           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 5o  Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário.           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
No procedimento comum ordinário: CRIMES COM PENA MÁXIMA SUPERIOR > OU IGUAL = a 4 ANOS. Temos um maior número de atos jurídicos processuais e prazos mais extensos que asseguram o acusado maior possibilidade de defesa. É aquele que se caracteriza pela solenidade. Mas observe bem o leitor que, a nova Lei 11.719/08 privilegiou a oralidade e ao adotar a concentração dos atos em audiência uma, descaracterizou um pouco o rito ordinário, que sempre foi mais longo do que agora se adota. Exemplo: furto simples e qualificado; roubo; extorsão; extorsão mediante sequestro; apropriação indébita; estupro; incêndio, moeda falsa, falsidade ideológica e outros são crimes que se sujeitam ao procedimento comum ordinário.
No procedimento sumário: CRIMES CUJA PENA MÁXIMA SUPERIOR > 2 ANOS E INFERIOR < A 4 ANOS. Temos um procedimento mais simplificado nos seus atos processuais e com prazos mais reduzidos. Exemplo: sequestro e cárcere privado; violação de domicílio; subtração ou ocultação de cadáver e outros.
No procedimento sumaríssimo: é aquele que se procede com a máxima brevidade de tempo possível e quase sem formalidades processuais - São as infrações de menor potencial ofensivo!!!! 
IMPO - CONCEITO = São todas as contravenções penais e crimes cuja pena máxima não seja superior a dois anos, cumuladas ou não com multa, sujeitas ou não a procedimentos especiais, ressalvadas as hipóteses de violência doméstica e familiar contra a mulher. 
Contravenções:
· Vias de fato – ART 21 DL 3688/41
· Omissão de cautela na guarda ou condução de animais – art. 31 DL 3.688/41
· Perturbação do trabalho ou do sossego alheios- art. 42 DL 3.688/41
· OBS: OS ARTIGOS: 61 E 65 FORAM REVOGADOS. 
Crimes:
· Ameaça;
· Lesão corporal;
· Desobediência;
· Dano;
· Ato obsceno;
· Comunicação falsa de crime ou contravenção;
· Exercício arbitrário das próprias razões;
· Dirigir sem habilitação causando perigo de dano.
· Composição civil dos danos, para crimes de ação privada ou pública condicionada à representação (artigo 74);
· Transação penal, para crimes de ação penal pública (artigo 76);
· Oferecimento de denúncia ou queixa, se frustradas as medidas despenalizadora
Audiência preliminar
Elaboração do termo circunstanciado de ocorrência
Cometimento do delito de menor potencial ofensivo
Audiência de instrução e julgamento (artigo 81)
· Resposta preliminar; (art 78 c/c art.66/68 )
· Possibilidade de suspensão condicional do processo (artigo 89);
· Decisão sobre recebimento da denúncia ou queixa;
· Oitiva da vítima;
· Oitiva das testemunhas de acusação;
· Oitiva das testemunhas de defesa;
· Interrogatório;
· Debates orais;
· Sentença oral.
· É importante perceber que as causas de aumento ou diminuição da pena, bem como 
· As qualificadoras, as causas de aumento ou diminuição de pena influenciam no procedimento a ser adotado: 
· Causas de aumento e diminuição:
·  a) causa de aumento ( MAJORANTES): adota-se a pena máxima do crime, aumentando-a pela exasperação máxima prevista. 
· b) causa de diminuição: adota-se a pena máxima do crime, reduzindo-a no mínimo (na hipótese de causa de diminuição, adotamos a pena máxima da infração e diminui-se o mínimo). 
Ex: ESTELIONATO – art. 171, caput, CP- Pena - reclusão, de um a cinco anos: procedimento? Ordinário – pena > 4 anos. 
TENTATIVA – art.14, parágrafo único:1/3 – 2/3
Se for caso de tentativa de estelionato? Temos que reduzir a pena máxima em abstrato (5 anos) pelo índice de diminuição no mínimo (1/3): 03 (três) anos e 04 (quatro) meses: PROCEDIMENTO: SUMÁRIO.
· Concurso de crimes também influenciam no procedimento a ser adotado: 
a) concurso material ou formal impróprio/imperfeito: considera-se a soma das penas máximas, adequando-se o montante nos critérios do artigo 394 do CPP. 
b) concurso formal próprio/perfeito: adota-se a pena máxima de um dos crimes, se idênticos, ou do mais grave, se diversos, aumentando-a em ½ (metade – fração máxima prevista no artigo 70 do CP)
c) Crime continuado: adota-se a pena máxima de um dos crimes, se idênticos, ou a pena do mais grave, se diversos, exasperando-a de 2/3, adequando o resultado final os parâmetros do artigo 394 do CPP.
RESUMO - AÇÃO PENAL:
Legitimidade para agir 
“É a pertinência subjetiva da ação”. Falar sobre legitimidade é raciocinar sobre o seguinte: alguém bateu no meu carro. Prejuízo de 5 mil reais. Eu vou entrar com a ação. Quem pode entrar com a ação? Contra quem eu posso entrar com a ação? Eu entro contra o causador do acidente. Mas “no processo penal, uma coisa é a legitimidade no pólo ativo, outra é a legitimidade no pólo passivo”. 
· Pólo ativo: MP na ação penal pública e o querelante na ação penal privada.
· Pólo passivo: provável autor do delito maior de 18 anos (o direito penal tem essa especificidade).
	1.	Ação penal PÚBLICA
	O titular é o Ministério Público, de acordo com o art. 129, I. E a peça acusatória, nesse caso, seria a denúncia. Quais seriam as espécies de ação penal pública? 
a) Ação penal pública incondicionada – aqui o MP não está sujeito ao implemento de qualquer condição. É livre para analisar o caso concreto e, se presentes as condições, poder oferecer denúncia.
b) Ação penal pública condicionada – o MP depende do implemento de uma condição, que são as condições específicas de procedibilidade: representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça
2.	Ação penal PRIVADA
	O titular da ação penal privada é o ofendido ou seu representante legal, lembrando aí que a peça acusatória seria a queixa-crime.
	Quais seriam as espécies de ação penal privada? São basicamente três:
	Ação penal privada personalíssima, ação penal exclusivamente privada e ação penal privada subsidiária da pública. Qual a diferença entre as duas primeiras? 
	
a) Ação penal privada personalíssima – Na personalíssima, um dos exemplos está revogado, que é o adultério. Com relação ao adultério, previsto no art. 240, somente o cônjuge ofendido podia entrar com a ação penal. Por isso se diz que é personalíssima. Se ele morre, a consequência é a extinção da punibilidade. 
	“Na ação penal privada personalíssima, não há sucessão processual. Morrendo o ofendido, estará extinta a punibilidade.” É uma pergunta boa de prova: quando a morte do autor extingue a punibilidade?
Consiste na ação penal privada que somente pode ser ajuizada por uma pessoa em particular. Subsiste apenas um crime cuja ação penal é desta espécie, o crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento, do artigo 236 do CP:
“Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.”
	Note que apenas o ofendido pode deflagrar a ação, e somente ele pode dar andamento – NÃO É POSSÍVEL APLICAR O ART 31 DO CPP, o que significa que, falecendo o ofendido, haverá a extinção da punibilidade pela perempção, pois não se admite a sucessão processual ( ART 31 DO CPP).
	Esta ação é tão pessoal, que se a vítima for incapaz, por doença mental ou qualquer outro motivo, a ação penal simplesmente não poderá ser deflagrada, diante da impossibilidade de que o representante legal a promova.
	
b) Ação penal exclusivamente privada ou Propriamente dita
Esta é a ação exclusivamente privada, ou seja, é aquela cujo exercício compete ao ofendido, ou a quem legalmente o represente, desde o início, desde sempre, e com possibilidade de sucessão processual ( ART 31 DO CPP). É a regra geral, a ação penal privada comum, por assim dizer.
Art. 31.  No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
c) Ação penal privada subsidiária da pública 
O artigo 5°, LIX, da CRFB,e o artigo 29 do CPP, trazem a previsão desta ação:
“(...)
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
(...)”
“Art. 29.  Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.”
Vide, também , o art 46 do CPP quanto aos prazos: 
Art. 46.  O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
Assim, o prazo para que o MP aja é de cinco dias para indiciado preso, e quinze dias quando solto. Veja que o prazo é para o MP agir, formar sua opinio delicti, e não para denunciar, obrigatoriamente. Assim, é mais do que assentado o entendimento que a ação penal privada subsidiária da pública não é possível se o MP promove o arquivamento.
A grande perda do MP, quando o ofendido ajuíza a queixa subsidiária, é a detenção da opinio delicti: o MP não será mais o dono da ação, e por isso a opinião do querelante será a que guiará o processo.
O prazo para o MP é impróprio, contudo. Significa que, mesmo que expirado, não preclui: o MP poderá ainda efetuar uma das quatro promoções possíveis – arquivamento, requisição de diligências ou ANPP (em alguns casos) ou denúncia. No entanto, deixa de ser o único legitimado para o exercício do direito de ação: expirado o prazo previsto no art. 46 do CPP, surge a legitimação extraordinária para o particular ofendido. 
INQUÉRITO – MP (REGRA): 
1) SOLICITAR O ARQUIVAMENTO (aqui, não estamos aplicando o novo art.28 do CPP porque encontra-se suspenso|) 
2) BAIXAR OS AUTOS À DP –diligências imprescindíveis – ART 16 CPP
3) FORMULAR ANPP/ANPEP ( observando os requisitos) – ART. 28-A CPP
4) OFERECER A AÇÃO PENAL PÚBLICA – PEÇA PROCESSUAL: DENÚNCIA – ART 46 CPP
INQUÉRITO/TERMO CIRCUNSTANCIADO – OFENDIDO – VOCÊ: 
1) RENUNCIAR O DIREITO DE QUEIXA (antes de oferecida a ação)
2) DEIXAR O PRAZO DECADENCIAL DE 06 MESES FLUIR – art. 38 CPP 
3) OFERECER A AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA – QUEIXA-CRIME
(QUEIXA-SUBSIDIÁRIA – SOMENTE NO CASO DO ART 29 CPP)
CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA
É um guia para definição da competência de acordo com o caso concreto. 
1. Competência de jurisdição – Qual é a Justiça competente? Militar, eleitoral, federal, estadual...? Tradicionalmente, a doutrina costuma dividir as Justiças em Especial e Comum. São consideradas Justiças Especiais: a) Justiça Militar (da União e dos Estados); b) Justiça Eleitoral; c) Justiça do Trabalho; d) Justiça Política (crimes de responsabilidade). Da Justiça Comum fazem parte a Justiça Comum Federal (geral, júri e juizados) e a Justiça Comum Estadual (geral, júri e juizados).
2. Competência originária – O acusado tem foro por prerrogativa de função? O acusado encontra-se no exercício de cargo ou função que o sujeite diretamente adeterminado tribunal, perante o qual deva ser oferecida a peça acusatória?
3. Competência de foro ou territorial (local) –. Qual o foro competente para processar e julgar a infração penal? Qual a comarca (Justiça Estadual), Seção e Subseção Judiciárias (Justiça Federal), Circunscrição Judiciária Militar (Justiça Militar da União) ou Zona eleitoral (Justiça Eleitoral) competente? art. 70 e 71 (e dependendo da situação: 80 a 90) do CPP
4. Competência de juízo – Qual é a vara competente? – isso é importante porque, às vezes, dependendo da cidade, há varas especializadas (acidente de trânsito, drogas, lavagem de capitais etc.). - Quantos juízes igualmente competentes em razão da matéria, lugar e pessoa existem nesta cidade? Vamos recorrer ao critério de prevenção (art.83) ou de distribuição conforme o caso.
5. Competência interna – Qual é o juiz competente? qual o juiz ou órgão internamente competente? Em regra, havendo juiz titular e juiz substituto em uma mesma vara, a competência é determinada a partir da distribuição
6. Competência recursal – Para onde vai o recurso? Ou seja, qual é o órgão recursal competente. a qual órgão jurisdicional compete o julgamento de eventual recurso? Em regra, essa competência recursal recai sobre órgão jurisdicional superior. No entanto, é possível que a competência recaia sobre o mesmo órgão que prolatou a decisão recorrida (v.g., embargos de declaração).
 No que toca ao processo penal comum, o art. 69 do CPP estabelece os seguintes critérios de determinação da competência jurisdicional:
I – o lugar da infração;
II – o domicílio ou residência do réu;
III – a natureza da infração; 
IV – a distribuição; 
V – a conexão ou continência;
VI – a prevenção; 
VII – a prerrogativa de função.
 Lado outro, segundo o art. 85 do CPPM, a competência do juízo militar será determinada: I – de modo geral: a) pelo lugar da infração; b) pela residência ou domicílio do acusado; c) pela prevenção; II – de modo especial, pela sede do lugar de serviço.
ENTÃO, LEMBREM-SE: 
1º - O ACUSADO TEM FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO??? – competência em razão da pessoa - Se sim, verificaremos, na hipótese, o órgão competente para julgá-lo.
Se o acusado não tiver foro: 
2º - DETERMINAÇÃO DA JUSTIÇA COMPETENTE? (Critério da natureza da infração/ EM RAZÃO DA MATÉRIA) – Jurisdição? Lembrar que a competência do Tribunal do Júri é em razão da matéria (art. 74, § 1º do CPP) e a dos Juizados Especiais Criminais no âmbito da justiça Estadual também é em razão da matéria, vide art. 61 da Lei nº 9.099.)
 Uma vez delimitada a competência de Justiça, importa delimitarmos o foro competente: 
3º - DETERMINAÇÃO DO FORO COMPETENTE? ((Comarca? Seção e Subseção Judiciárias? Circunscrição Judiciária Militar? Zona eleitoral? Será processado e julgado o agente????? Competência de foro ou territorial (local)- art. 70 e 71 (e dependendo da situação: 80 a 90) do CPP
-Iremos perguntar em qual comarca se for âmbito da Justiça Estadual
-Ou em qual Seção e Subseção Judiciárias se for no âmbito da Justiça Federal 
-Ou em qual Circunscrição Judiciária Militar se for no âmbito da Justiça Militar da União)
-Ou em qual Zona eleitoral se for no âmbito da Justiça Eleitoral será processado e julgado o agente?????
4º - DETERMINAÇÃO DA VARA COMPETENTE?– Qual é a vara competente? – Competência de juízo isso é importante porque, às vezes, dependendo da cidade, há varas especializadas (acidente de trânsito, drogas, lavagem de capitais etc.). - Quantos juízes igualmente competentes em razão da matéria, lugar e pessoa existem nesta cidade? Vamos recorrer ao critério de PREVENÇÃO (art.83) ou de DISTRIBUIÇÃO conforme o caso.
QUEIXA – CRIME: OBS: CASO CONCRETO –OAB
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 11/01/2015 ÁREA: DIREITO PENAL Padrão de Resposta - Prova Prático-Profissional – XV Exame de Ordem Unificado 
Enrico, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho. Enrico utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo. No dia 19/04/2014, sábado, Enrico comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos. Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Enrico. Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com o propósito de prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”. Imediatamente, Enrico, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Enrico, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramirez, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Enrico tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Enrico procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados cinco meses da data dos fatos, Enrico procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Enrico, deve assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, excluindo a possibilidade de impetração de habeas corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5,00 pontos) A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão.
REQUISITOS: ART. 41 DO CPP
Art. 41.  A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
1) A exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias
Ex: fatos que possam constar como majorantes (causas de aumento de pena), qualificadoras etc...
A ausência de descrição fática ou sendo uma descrição fática deficitária pode acarretar a inépcia – merecendo a rejeição do magistrado (art. 395, I CPP).
Ainda assim, se ela foi recebida, pode gerar uma nulidade do processo mais a frente.
A descrição sucinta dos fatos/objetiva dos fatos não gera a inépcia. 
Cuidado com imputação genérica: quando houver concurso de pessoas – é importante destacar a quota de participação de cada réu, para que todos possam oferecer sua defesa adequadamente. 
2) a qualificação do acusado ou fornecimento de dados que possibilitema sua identificação
Se os dados que permitem a sua identificação forem incertos, tais como: nome, estado civil, endereço, nacionalidade etc... podemos usar outros dados que possibilitem a sua identificação: como a altura, características físicas, apelido, sexo, idade e outros dados relevantes. 
3) A Classificação do crime 
Agora é a tipificação legal que o querelante esta atribuindo ao querelado –não basta a fazer referência ao nome do crime, é necessário enquadrar legalmente o fato que o querelante praticou a um artigo de lei. 
Caso haja o esquecimento desse requisito, a maioria da doutrina vai entender que trata-se de mera irregularidade, não seria caso de rejeição.
E se o magistrado discordar do enquadramento legal que o querelante deu ao fato, o magistrado não pode alterar sob pena de ele estar se infiltrando como acusador. Para o magistrado corrigir esse eventual “erro de tipificação” quando for prolatar a sentença. 
4) Rol de testemunhas
 Vale dizer que a produção da prova testemunhal é facultativa! 
 Esse rol deve ser apresentado até a inicial acusatória, ou seja, nesse caso, aqui, até o oferecimento da queixa-crime, depois disso, ocorre a preclusão desse direito. 
 Eventualmente o magistrado pode querer ouvir essas testemunhas, caso ocorra a preclusão, de acordo com o art.209 do CPP.
Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
5) PROCURAÇÃO COM PODERES ESPECIAIS – art 44 CPP
É uma procuração necessária para o ajuizamento da queixa-crime, tanto advogado quanto defensor público precisam instruir a petição inicial com a procuração. Esse é o único caso que o defensor público precisa de procuração, porque, via de regra, eles atuam independentemente de procuração, em razão de ser inerente a sua função pública. 
Art. 44.  A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
Além de conter todos os poderes de uma procuração genérica (habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância), ela vai estabelecer poderes específicos ao fato criminoso. É necessário descrever de maneira sucinta na própria procuração, os fatos que serão descritos na própria queixa-crime (precisa identificar o querelante e o querelado).
E se essa queixa-crime for oferecida sem essa procuração com poderes especiais? 
1º corrente – vício sanável a qualquer tempo, ainda que tenha sido ultrapassado o prazo decadencial do art.38 do CPP. 
2º corrente – o vício é sanável, desde que dentro do prazo decadencial do art.38 do CPP. 
ENDEREÇAMENTO DA QUEIXA-CRIME: 
Vai depender do tipo de crime, se há ou não concurso de crimes, conexão, etc.... mas, aqui, estamos falando de injúria e difamação, com causa de aumento de pena. Então, vamos ver o procedimento adotado: 
· CRIMES COM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE PREVISTA É DE ATÉ ATÉ 02 ANOS? OU MAIOR QUE 02 ANOS? 
 JECRIM OU JUÍZO COMUM? 
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ______ Vara do Juizado Especial Criminal da Comarca_______ (ATÉ 02 ANOS) 
Exmo. Sr. Dr. Juiz da ______ Vara criminal da Comarca DE NITEROI do Estado ________(MAIOR QUE 02 ANOS) 
 VAMOS AO CASO:
DIFAMAÇÃO E INJÚRIA - artigos 139 e 140, c/c o Art. 141, III, n/f Art. 70, todos do CP 
Apenas para ratificar a existência de uma única mensagem publicada por Helena, o próprio enunciado, mais uma vez de modo expresso, indica que Enrico “recebeu a mensagem e visualizou a publicação” e mais a frente acrescenta: “Enrico procurou a delegacia de polícia (...) entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva”. Sendo assim, percebe-se que houve uma única conduta de Helena, qual seja, uma única publicação, sendo certo que em tal publicação, com desígnios autônomos, Helena praticou dois crimes, a saber: injúria e difamação.
 Difamação
        Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
       
        Injúria
        Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 Disposições comuns – 2015 –CASO: 2014 
        Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
     
        III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
 Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. 
· Concurso formal próprio: Qual a pena mais grave? 1 ano. Aumento máximo do concurso formal próprio: ½ = 1 ano e 6 meses. 
+ 1/3 pelo aumento da facilitação da divulgação: dois anos. 
· Se você entendesse que seria: Concurso formal impróprio: (somar as duas penas máximas previstas) 1 ano + 6 meses = 1 ano e 6 meses + 1/3: 02 anos. 
Os crimes contra a honra narrados no enunciado são de menor potencial ofensivo (Art. 61 da Lei n.º 9.099/95). Não obstante a incidência de causa especial de aumento de pena e do concurso formal, a resposta penal não ultrapassa o patamar de 2 anos.
- JUSTIÇA COMUM ESTADUAL OU FEDERAL?
A competência para julgar os crimes contra a honra (calúnia, difamação, injúria) praticados por meio da internet, em páginas eletrônicas internacionais, tais como as redes sociais Orkut®, Twitter®, Facebook®, em regra, é da Justiça Estadual. Somente será da Justiça Federal se for verificada uma das hipóteses previstas nos incisos IV e V do art. 109 da CF/88. Nesse sentido, o STJ decidiu, recentemente, que, no caso de uma mulher que publicou mensagens de caráter ofensivo contra seu ex-namorado nas redes sociais, o delito de injúria por ela praticado deveria ser julgado pela Justiça Estadual (CC 121.431-SE, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 11/4/2012).
Entendeu-se, no caso, que as mensagens veiculadas na internet não ofenderam bens, interesses ou serviços da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas. Dessa forma, não se enquadrava no inciso IV do art. 109.
Ademais, o delito de injúria não está previsto em tratado ou convenção internacional em que o Brasil se comprometeu a combater, como por exemplo, os crimes de racismo, xenofobia, publicação de pornografia infantil, entre outros. Logo, não se enquadrava também no inciso V do art. 109.
- Como será definida a competência territorial nesse caso?
Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal
Crime contra a honra julgado pelo juizado especial criminal tem a competência regulada pelo local onde o querelado praticou a ação delituosa;
E A CONSUMAÇÃO? 
Cuidado!!! Porque se não for de competência do JECRIM, temos que observar a regra do art.70 do CPP: 
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
Tal entendimento diz respeito aos casos em que a publicação é possível de ser visualizada por terceiros, indistintamente, a partir do momento em que veiculada por seu autor.
No caso de delitos contra a honra praticados por meio da internet, o local da consumação do delito é aquele onde incluído o conteúdo ofensivo na rede mundial de computadores:
Crimes contra a honra praticados pela internet são formais, consumando-se no momento da disponibilização do conteúdo ofensivo no espaço virtual, por força da imediata potencialidade de visualização por terceiros.
STJ. 3ª Seção. CC 173.458/SC,Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 25/11/2020.
- E, se a ofensa, por exemplo, for cometida por meio de instagram direct? no qual somente o autor e o destinatário têm acesso ao seu conteúdo, não sendo acessível para visualização por terceiros, após a sua inserção na rede de computadores.
O crime de injúria praticado pela internet por mensagens privadas, as quais somente o autor e o destinatário têm acesso ao seu conteúdo, consuma-se no local em que a vítima tomou conhecimento do conteúdo ofensivo.
STJ. 3ª Seção. CC 184.269-PB, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 09/02/2022 (Info 724
MODELO
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ______ do Juizado Especial Criminal da Comarca_DE NITERÓI
Inquérito Policial nº ___________ - cuidado, só se a questão falar que existe! 
(nome + qualificação completa: ENRICO, nacionalidade, estado civil, engenheiro, portador do RG... e do CPF..., residente e domiciliado na rua ) vem, por seu advogado infra-assinado, através de procuração com poderes especiais (art 44 do CP) anexada, com fundamento no art.100,§ 2º do CP c/c art 30 do CPP, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência oferecer, tempestivamente, a presente
QUEIXA - CRIME
em face de 	(qualificação do acusado: HELENA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG... e do CPF...,residente e domiciliado na rua _____, Praia do Icaraí, Comarca de Niterói, Estado do Rio de Janeiro) pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidos:
I – Dos Fatos (...)
→breve relato dos fatos, com descrição de todas as circunstâncias em que o crime ocorreu fornecidas no enunciado da questão.
“Narram os autos que no dia 19.04.2014, sábado, o querelante Henrico comemorava aniversário ....”
II – Do Direito (...) 
 → adaptação do que ocorreu no mundo dos fatos com preceitos legais. Inserir dispositivo de lei. 
DIFAMAÇÃO E INJÚRIA - artigos 139 e 140, c/c o Art. 141, III, n/f Art. 70, todos do CP
III – Dos Pedidos
Diante do exposto, tendo o acusado infringido o(s) art.(s) 	da Lei Penal Brasileira, requer a Vossa Excelência:
- SE FOR CRIME DE COMPETÊNCIA DO JECRIM: 
a) a designação da audiência preliminar para eventual composição e transação; 
b) ou então, se infrutífera, a intimação do querelado para a apresentação da defesa preliminar; 
c) o recebimento da presente ação (queixa-crime); 
d) a citação da querelada;
e) a designação da audiência de instrução, debates e julgamento 
f) a oitiva das testemunhas abaixo arroladas, 
g) a procedência do pedido, com a consequente condenação da querelada nas penas dos artigos 139 e 140 c/c o Art. 141, III, n/f com o Art. 70, todos do CP; 
h) fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, IV, do CPP.
- SE FOR CRIME DE COMPETÊNCIA DO JUÍZO COMUM: 
 § 2º Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores, aplica-se em triplo a pena.        (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)       (Vigência)
23/01/20 – PACOTE - COMETIMENTO – TRIPLO . 
 DIFAMAÇÃO: 1
INJURIA: 6 MESES 
MAIOR PENA: 01 ANO + ½ = 1 ANO E 6 MESES ( CONCURO FORMAL PERFEITO – PENA MAIS GRAVE E AUMENTO DE 1/6 ATÉ A ½)
CONCURSO FORMAL IMPERFEITO – 2º PARTE DO ARTIGO 70 – SOMAR AS PENAS: 1 ANO E 6 MESES. 
 1 ANO E 6 MESES X TRIPLICAR = PENA MAIOR DO QUE 2 ANOS.- VAI SAIR DO JECRIM 
(CRIME COM PENA MAIOR DE 2 ANOS)
Observar o rito especial previsto no art. 519 e ss. do CPP ( procedimento especial no caso de crimes contra a honra) – é necessário, aqui, então, solicitar como pedido: a realização de audiência de conciliação ( artigos 519 ao 523 do CPP)
Termos em que, 
Pede e espera deferimento,
Niterói, DATA??? (Levando em conta o enunciado da prova, que não exigia data determinada, não se fazia necessário que o examinando datasse sua peça com o último dia do prazo decadencial de seis meses) 
Advogado OAB nº_________
Rol de pessoas a serem ouvidas em juízo: 
Vítima (querelante)
16
Testemunhas:
1 – Carlos, residente e domiciliado...
2 – Miguel, residente e domiciliado...
3 – Ramirez, residente e domiciliado...
Mas vamos analisar a DATA???? PRAZO PENAL
STJ - o prazo decadencial para oferecimento de queixa-crime é de seis meses, independentemente do número de dias de cada mês, já que a contagem dá-se pelo número de meses. Precedentes citados : APn 390-DF , DJ 10/4/2006; APn 360-MG, DJ 25/4/2005, e REsp 203.574-SP , DJ 6/11/2000. APn 562-MS, Rel. originário Min. Fernando Gonçalves, Rel. para acórdão Min. Felix Fischer (art. 52, IV, b, do RISTJ), julgada em 2/6/2010.
19/04/14 – conhecimento do autor do fato
cinco meses: 19/09/14 – data que o enrico lhe procurou 
seis meses: prazo decadencial - 19/10/14 
RECORDAR É VIVER: 
1 – CONTRAVENÇÃO PENAL – TB CONHECIDOS COMO: CRIME ANÃO OU VAGABUNDO OU DELITOS LILIPUTIANOS
2- DELITO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO – ART 61 DA LEI 9099/95
3- DELITO DE MÉDIO POTENCIAL OFENSIVO – ART 89 DA LEI 9099/95
4 – DELITO DE ALTO POTENCIAL OFENSIVO- DELITOS DOLOSOS E SEMPRE PUNIDOS COM RECLUSÃO. NEM TODOS OS DELITOS DE ALTO POTENCIAL OFENSIVO SÃO HEDIONDOS!!! 
5 – CRIMES HEDIONDOS – TAXATIVAMENTE ELENCADOS NA LEI 8072/90. OS CRIMES HEDIONDOS SÃO DE ALTO POTENCIAL OFENSIVO, MAS A RECÍPROCA NEM SEMPRE É VERDADEIRA. POIS NEM TODOS OS DELITOS DE ALTO POTENCIAL OFENSIVO SÃO HEDIONDOS!!!

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