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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DE DIREITO DO DA COMARCA DE , ESTADO DO _7;5 (NOME DO QUERELANTE), (SOBRENOME DO QUERELANTE), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do RG de N° , órgão expeditor: e inscrito no CPF de N° - j, e-tnail: residente e domiciliado na Rua N° , bairro , CEP . cidade de / . Por seu advogado, que essa subscreve, conforme procuração anexada, com escritório profissional situado na Rua , N° bairro , CEP . - cidade , UF , onde receberá todas intimações e notificações. Vem, respeitosamente na presença de Vossa Excelência, oferecer QUEIXA-CRIME com fulcro nos artigos 30, 41 e 44, todos do Código de Processo Penal, pelo procedimento , com base no artigo 61 da Lei 9.099/95, bem como nos artigos 100, § 2° 140, ambos do Código Penal, em face de (NOME DA QUERELADA) (SOBRENOME DA QUERELADA), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do RO de N° , orgão expedidor: e inscrito no CPF de N° . - e-mail: , residente e domiciliada na Rua , N° bairro , CEP . - , cidade: /UF: pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos: 1. DOS FATOS: Transcrever os fatos narrados cronologicamente. 2. DO DIREITO: 2.1. DA INJÚRIA: Excelência, em conformidade com os fatos já narrados nessa queixa-crime, é sabido que a Demandada incorreu nos crimes tipificados no código penal nos artigos 140, respectivamente, Injúria, senão vejamos: Art. 140 — Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena — detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Tal tipo penal é conceituado por Cezar Roberto Bitencourt como sendo: Injuriar é ofender a dignidade ou o decoro de alguém. A injúria, que é a expressão da opinião ou conceito do sujeito ativo, traduz sempre desprezo ou menoscabo pelo injuriado. É essencialmente uma manifestação de desprezo e de desrespeito suficientemente idônea para ofender a honra da vítima no seu aspecto interno. (Tratado de Direito Penal, Parte Especial 2, Dos Crimes Contra a Pessoa, Ed. Saraiva, 12. ed. — 2012, São Paulo, páginas. 839-840/864.) Da mesma forma a Querelada cometeu o crime de Injúria, uma vez que ofendeu sua dignidade e decoro através dos vocábulos "xxxxx " e "xxxxxxxxxx". 2.2. DA AUTORIA E MATERIALIDADE DELITIVA: A Autoria e a materialidade delitiva são incontestes e serão comprovadas em instrução processual, pois trata-se de delito cujo meio de prova pode e deve ser comprovado por depoimentos testemunhais, entre outros meios probatórios em direito admitidos, tais como traz a vítima prints de todas ofensas pela web feitas pelo autor do fato. "Momento consumativo — Ocorre no instante em que um terceiro, que não o ofendido, toma conhecimento da imputação ofensiva à reputação, portanto, o ofendido tomou conhecimento dos fatos no dia xxxxxxxx, conforme documentos anexados xxxx. Nesse sentido: RT, 591:412 e 634:342; RTJ , 111:1.032. Formal, a difamação não exige, para a sua consumação, a efetiva lesão do bem jurídico, contentando-se com a possibilidade de tal violação. Basta, para sua existência, que o fato imputado seja capaz de macular a honra objetiva. Não é preciso que o ofendido seja prejudicado pela imputação". (DAMÁSIO EVANGELISTA DE JESUS, in Código Penal Anotado, Ed. Saraiva, 10' ed. — 2000, São Paulo, pág. 471). DOS PEDIDOS: Ante o Exposto, requer a Vossa Excelência: 1- Seja designada audiência preliminar, na forma do artigo 72 da Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais) para eventual composição e transação penal, e, em caso de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, CITADA a querelada para responder aos termos da ação penal; 2- A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para se manifestar no feito, nos termos do artigo 45 do Código de Processo Penal; 3- A intimação e oitiva das testemunhas abaixo arroladas; 4- Requer ainda a fixação de valor mínimo de indenização pelos prejuízos sofridos pelo querelante, nos termos do artigo 387, inciso IV do Código de Processo Penal na importância de xxxxx; 5- E, ao final desta, depois de confirmada judicialmente a autoria e materialidade dos delitos dos autos, seja a Querelada condenada, como incurso nas penas do artigo 140 do Código Penal pátrio; 6- Protesta provar o alegado, por todos os meios de prova admitidos em Direito inseridos nessa exordial, em especial as provas xxxxx. Termos em que, pede deferimento. Advogado OAB xxxxx ROL DE TESTEMUNHAS: 1. (PRÉ-NOME E SOBRENOME), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do RU de N° SSPCE e inscrito no CPF de N° . - , e-mail: , residente e domiciliado na Rua , N° , bairro CEP . - cidade/UF. Está= ALCÂNTARA Prática III Professor Rodrigo Drumond Caso Concreto: Caio, que tem seu desafeto Mévio, com o intuito de caluniá-lo, resolve posta( na página do seu facebook no dia 20 de fevereiro de 2018 o seguinte texto: "Mévio é um macaco. Portanto, deve viver no zoológico. Se mude do meu bairro". Mévio, ao saber das postagens, que em poucos minutos causou bastante repercussão, efetuou "print" de toda pastagem, comprovando o fato e a autoria. Em posse de tais documentos, Mévio lhe procura hoje para que possa ingressar com uma ação criminal. Dessa forma, redija a peça processual cabível. A) Qual a capitulação legal? B) Se o fato tivesse ocorrido em dezembro de 2016 e Mévio criado facebook em novembro de 2017? C) Cabe indenização por danos morais na queixa-crime? D) Qual diferença entre calúnia, injúria e difamação? E) Cabe exceção da verdade no crime de injúria, por quê? F) Qual diferença entre racismo e injúria racial? G) E se eu imputo fato definido como contravenção penal, qual crime pratico? H) Cabe analogia no direito penal? Está ligado a qual princípio? I) Se eu for a delegacia, e registrar uma ocorrência de que fulano praticou falsamente fato definido como crime. Qual conduta praticou? Qual ação penal? Cstacio ALCÂNTARA COLOCAÇÕES PARA AULA São crimes praticados contra a honra. O que eu penso de mim é considerado (honra subjetiva), o meu sentimento de reputação, sentimento de autoestima. O que os outros pensam de mim, é a honra objetiva. Para calunia eu preciso de fato definido como crime, e essa imputação precisa ser falsa. Difamação, nela há atribuição de um fato, mas esse fato não é crime, mas um fato desonroso. Honra ou desonra é subjetiva. Alguém disse que sou adultero. Agora, como na difamação não imputo a mera prática de ato desonroso, a preservação da privacidade, o interesse privado prepondera sobre interesse público na descoberta daquele fato, pouco importando se o fato é verdadeiro ou falso. A injúria, é diferente. Atinge a honra subjetiva, o amor próprio. Não preciso de um fato, mas sim, ofender a dignidade ou decoro. Me manifestar ofensivamente, dolosamente, pois todos os crimes contra honra são dolosos, não cabe modalidade culposa. Pode ser uma mera opinião. A calúnia é a imputação falsa. Então quer dizer que só haverá calúnia se a imputação for falsa, pois há um interesse público em saber se a imputação for verdadeira, para punir o agente criminoso. Portanto, é possível ao autor da suposta calúnia, provar nos autos a exceção da verdade, tendo 3 "exceções da exceção" da verdade: A) quando o caluniado for Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro, ainda que seja verdade, não se admiti a exceção da verdade: the king cant do no wrong. B) quando aquela acusação lançada, a pessoa acusada for absolvida por sentença irrecorrível. C) For crime de ação penal privada, não há sentença condenatória ainda. Difamação, se eu tiver acusado de adultério, não cabe exceção da verdade, COMO REGRA, uma vez que a imputação falsa não é requisito do tipo, pois a difamação existirá de qualquer jeito. Agora, existe exceção: quando for lançada contra funcionário público no interesse da função, existe um interesse estatal em saber da verdade, cabendoexceção da verdade nesse caso. • Injúria é totalmente incompatível com exceção da verdade. Verdadeira ou não, não tira o caráter ofensivo daquele crime. Estácio OOINO.e.UERICR DO EiPASit ALCÂNTARA A retratação é desdizer o que foi dito (desfalar). É possível apenas na calunia e difamação. A injuria é sua autoestima. A retratação extingue a punibilidade nos crimes (CD). A retratação não exige a aceitação do ofendido. Denunciação caluniosa está prevista no Art. 339 do CP. Ação penal é pública incondicionada. CASO CONCRETO 2 "A", em forte discussão com sua esposa, chega e diz: Você é uma pessoa com sentimento muito complicada, e que não consigo mais confiar, pois descobri que você se dedica a prática do amor. "A" não só fala, mas como também traz dados que comprovam seus argumentos. E com isso termina o casamento. A esposa lhe procura, dizendo que foi muito humilhada, diante do ocorrido e deseja processar criminalmente o seu ex, "A". Qual solução daria para a esposa? Em caso de tipificar como crime, qual peça processual cabível? PROCURAÇÃO Outorgante: FULANO DE TAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do Rg n° xxxxxx-órgão emissor/UF, inscrito no CPF sob n° 000.000.000-00, residente e domiciliado à Rua TAL, n° 123, bairro, cidade/UF; Outorgado: ADVOGADO (A), brasileiro (a), inscrito (a) na OAB/UF sob n° XXX. XXX, com escritório profissional na Rua TAL, n° 123, bairro, Cidade-UF, CEP: 00.000-000, onde o (a) outorgado (a) deverá receber quaisquer correspondências e/ou notificações referentes ao presente feito Poderes e fins: Pelo presente instrumento particular de procuração, os outorgantes nomeiam e constituem os outorgados como seus procuradores para defender seus interesses perante o foro em geral, com a cláusula ad judicia et extra, em qualquer Juizo, instância ou Tribunal, ficando, os mesmos, investidos nos poderes para o foro em geral previsto no art. 44 do CPP, especialmente para promover representação criminal - queixa crime em face de xxxxxx, noticiados no Termo Circunstanciado n° 0000/00000, pelo crime previsto no art. xxxx do Código Penal, pois teria no dia xxxxxxxx, praticado xxxxxxxx da seguinte forma: xxxxxxxx. Assim, usa-se desse instrumento para representa-lo em todos os atos do processo, bem como recursos legais e acompanhando-a até decisão final. Confere ainda ao outorgado os poderes especiais para requerer, desistir, transacionar, conciliar, assinar termo de denúncia e conciliação, renunciar, desistir, transigir, em juizo ou fora dele, bem como substabelecer com ou sem reserva de poderes. Cidade/UF, data. Assinatura outorgante Qual diferença entre norma e lei? Na Doutrina brasileira, utiliza-se a expressão DIREITO PENAL SIMBÓLICO, cunhada por Hassenes para designar um processo de inflação legislativa (Renê Anel Dotti- criador da expressão inflação legislativa). Segundo Hassenes, o legislador cria um número cada vez maior de tipos penais sem a preocupação concreta de que eles sejam aplicáveis. Faz-se com isso a defesa de certos símbolos, entre os quais o de que a criação de uma lei na qual esteja prevista uma pena criminal tem o condão de reforçar o sentimento de segurança das pessoas. Para Hassenes, isso se chama governar através do crime, sem que haja uma preocupação concreta com a redução da criminalidade. Para a aplicação da insignificância, para o STF tem que haver: 1- Mínima ofensividade da conduta, 2- Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento (esse aspecto é complicado, pois pode-se não conceder o beneficio por falta de padrão, ex: poderia negar a insignificância para um PM que furtou uma bala de 0,50), Ausência de periculosidade social da ação 3- Inexpressividade da lesão jurídica causada STJ Súmula n° 442: É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo. HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO: CONCURSO DE AGENTES. FIGURA PENAL APENADA COM SANÇÃO AUTÓNOMA. APLICAÇÃO ANALÓGICA DA MAJORANTE DO CRIME DE ROUBO. IMPOSSIBILIDADE. REINCIDÊNCIA. CAUSA OBRIGATÓRIA DE AUMENTO DE PENA. ORDEM DENEGADA. I - Não pode o julgador, por analogia, estabelecer sanção sem previsão legal, ainda que para beneficiar o réu, ao argumento de que o legislador deveria ter disciplinado a situação de outra forma. II - Em face do que dispõe o § 4" do art. 155 do Cádioo Penal. não se mostra possível aplicar a majorante do crime de roubo ao furto qualificado. III - O aumento da pena em função da reincidência encontra-se expressamente prevista no art. 61, I, do CP, não constituindo bis in idem. IV - Ordem denegada. CO-CULPABILIDADE- criada por Zaffaroni no sentido de buscar atenuar a pena daqueles que foram excluídos da sociedade, que não se beneficiam do progresso econômico, então cometem crimes, logo devem ter suas penas atenuadas. Hoje, o que se entende é que é necessário, na análise da culpabilidade, agregar alguns dados que transcendem o que está simplesmente na lei. Necessidade de fazer uma valoração social da culpabilidade, para que se reprove mais ou menos a conduta de determinada pessoa. A teoria da co-culpabilidade é a forma mais gritante de aplicar tal entendimento. *Saulo de Carvalho defende que pode aplicar a co-culpabilidade para crimes de rico. Ex: empresário que sonega o faz porque a política econômica do governo é muito dura (carga tributária muito alta), logo deve ter a pena atenuada também- co-culpabilidade às avessas. Absurdo! As bases da co-culpabilidade estão nos agentes que são excluídos e não naqueles que são altamente incluídos na sociedade. Discute-se a existência ou não de um livre arbítrio das pessoas, pois a base da culpabilidade é o livre arbítrio das pessoas. Se o homem não for livre para atuar, não há como se falar em culpabilidade. CONFLITO APARENTE DE NORMAS - SECA Princípio da especialidade: resolve o conflito aparente pelo confronto das duas normas em abstrato, isto é, uma das normas apresentará elementos especializantes que afastam a norma geral. Princípio da subsidiariedade: por este principio sempre que um delito for meio regular necessário para alcançar outro ele será absorvido pelo crime principal, tal hipótese pode-se dar de maneira expressa ou tácita, Ex: crime tentado x consumado e crime de perigo x crime de lesão mais grave. Consunção: estabelece a absorção de delitos que estão situados em relação de meio e fim com o delito principal, assim são reconhecidos como hipóteses de aplicação a progressão criminosa, responde pelo mais grave e não pelo menor. Crime progressivo: ocorre quando o sujeito para cometer um delito realiza diversos outros que são absorvidos pelo delito fim. Ainda o crime complexo, que é aquele que se caracteriza pela junção de dois tipos penais para formar um terceiro e as hipóteses de ante factum e pós factum impuniveis. Alternatividade: Boa parte da doutrina afirma que o princípio da alternatividade NÃO se configura como um princípio do conflito aparente de normas, porque nele não haveria conflito._Fala-se em princípio da alternatividade quando se está diante de tipos mistos alternativos, aqueles que trazem vários verbos núcleos que recaem sobre o mesmo objeto no mesmo contexto fático. Ex: comprei, transportei e depois embalei maconha. Vários vemos que recaem no mesmo objeto material e num mesmo contexto, logo crime único. *Mas quando há drogas em contextos fáticos absolutamente diferentes, terá crimes diferentes, ainda que para o mesmo sujeito. No principio da alternatividade é necessário investigar se a conduta examinada se desenvolve no mesmo contexto fático e recai sobre o mesmo objeto material. Presente isso, haverá crime único. *Contudo, Nilo Batista afirma que é possível reconhecer alternatividade entre tipos penais diferentes, quando os tipos penais tutelam o mesmo bem jurídico e as condutas ocorrem no mesmo contexto fático (ex: porte de arma de fogo de uso permitido com simultâneo porte de arma defogo de uso restrito). Damásio também admite essa alternatividade, porém impede que se verifique um nexo de causalidade entre os dois tipos penais (33 e 34 da Lei de Drogas- trafico e maquinismo para produção de drogas- um é meio para o outro, logo se aplica a alternatividade). Norma Penal em Branco Espécies: pode ser homogênea ou heterogênea. A homogênea se subdivide em homovitelina ou heterovitelina. É diferente de tipo aberto, que é o conceito de mulher honesta, onde o próprio juiz é quem dirá o que vem a ser mulher honesta e não o legislador. Crime progressivo e progressão criminosa: Também é hipótese de consunção o chamado crime progressivo, no qual o agente pratica diversos delitos visando um delito fim. E ainda a progressão criminosa, quando o sujeito no decorrer da ação muda o dolo para um crime mais grave. (Teoria do desvio subjetivo do tipo). LUTA- direito penal. No processo penal, vigora como regra, teoria do resultado, Art. 70 caput, do CPP. IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL A conduta foi praticada na véspera em que a lei penal incriminadora nova entrou em vigor. A decorrência logica do principio da legalidade é que a lei que vem depois não pode retroagir. Art. 5°, XL- Principio da irretroatividade da lei penal. A irretroatividade maléfica é consequência do principio da legalidade ou da reserva legal (para aqueles que fazem a diferença). *Há autores que fazem a diferença e outros não. Portanto, podemos depreender que a regra é a não retroatividade (irretroatividade) da ler gravior e a extra atividade (retroatividade ou ultra atividade) da lei penal in minus (ler mitior ou novatio legis 117 mel/bis). Art. 1° CP- reforça o principio da legalidade ou reserva legal previsto na CF. Art. 2° CP- previsão da retroatividade da abolitio criminis. Aplicação da lei benéfica que retroage. *A abolitio criminis é a lei mais benéfica que existe, que abole o crime Previsão constitucional e infraconstitucional da aplicação da lei penal no tempo. A CF, no art. 5°, XL dispõe que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. Depreende-se que a regra é a irretroatividade da lei mais gravosa e extra atividade da lei benéfica. *EXTRA ATIVIDADE- é gênero, que possui duas espécies: RETROATIVIDADE E LTLI RA ATIVIDADE. A lei mais gravosa, em regra é estática. Ao contrário da lei benéfica, que é dinâmica, se movimenta amplamente no tempo. Isto significa que tem extra atividade (se projeta para frente-ultra atividade e se projeta para trás- retroatividade). #A lei benéfica pode ultra agir e retroagir para uma mesma pessoa em um mesmo fato? Ex: pessoa pratica trafico no ano 2000, na vigência da lei anterior de pena menor. Foi denunciado pelo tráfico na vigência da lei nova, que prevê a possibilidade de trafico privilegiado (causa de diminuição de pena). Art. 12 da Lei 6368 c/c art. 330° da Lei 11343/09. Combinação de leis penais no tempo, uma retroagindo e outra ultra agindo. A jurisprudência do STF. entende que combinação de leis penais seria invadir a atribuição do Poder Legislativo, o que ofende o Pacto Federativo. :A combinação de leis cria unta 3" espécie de lei, o que estaria acarretando a função de legislador ao juiz Posteriormente STJ sumulou a questão na 5.501. STI. É \ tdada a combinação de leis Na doutrina tal questão não está pacificada 9. 501 STJ- É cabível a aplicação retroativa da Lei il. 11.343.2006, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na integra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei H. 6.3681976, sendo vedada a combinação de leis. TEORIA DA CONDUTA: Direito Penal moderno foi todo estruturado a partir da noção de conduta (ação). Segundo Roxin, isto ocorreu porque sendo o crime um comportamento humano, a conduta seria a base sobre a qual se assentaria não apenas a responsabilidade penal, mas toda a teoria do delito. Nulhm crime!i sitie amdutcla- se não há conduta não há direito penal. A teria da conduta é importante pois a partir de suas teorias há modelos de direito penal totalmente diferentes. A adoção de determinada teoria da conduta gera concepções diferentes do direito penal. Ao longo da legislação há situações em que estão presentes a conduta ou não, de acordo com a teoria usada. PRÉ-CAUSALISMO: Nos momentos anteriores ao surgimento da Teoria Causalista, primeira grande teoria a estruturar um conceito de conduta a partir do qual toda teoria do delito será desenvolvida, poucos autores trabalhavam com a noção de conduta. Assim, para Feuerbach (elaborou a Teoria da Coação Psicológica- se ameaçar o homem com uma sanção ele muda de comportamento. Base da razão.de ser do direto penal de ameaçar com sanção para evitar comportamentos) o crime era a ação contrária ao direito do outro para qual se cominava uma pena na lei penal. Na mesma linha seguia Carrara, que afirmava ser o crime uma relação de contradição entre um ato do homem e a lei. Nos dois autores clássicos não se encontrava um conceito de conduta que fosse objeto de estudo dogmático. Nesse tempo, começo do sec. XIX, a atribuição de responsabilidade penal a um agente dependia da junção daquilo que se denominava de impulacio.fad e imputado buis. A primeira correspondia a verificação de uma ligação física do sujeito com o resultado e a presença de um vinculo mental entre sujeito da ação e o resultado. A imputacio iuris correspondia à contrariedade do fato com o ordenamento. Somente em 1821 Hegel desenvolve o primeiro conceito de ação a ser aplicado no direito penal, abrindo espaço para o surgimento de todas as teorias que lhe foram posteriores. Para Hegel, ação era expressão da vontade como subjetiva ou moral. Adotado o conceito tripartite, chega-se as teorias posteriores do précausalismo. Crime é fato típico, ilícito e culpável. AS cinco principais teorias justificam o conceito analítico de crime. TEORIA CAUSAL — Sustentava-se, Von Litz e Beling, que ação era apenas uma conduta positiva, movimentação corpórea sem vontade e consciência e sem culpa, pois estes eram elementos da culpabilidade. TEORIA NÉO-CLASSIC A Para Melhorar a teoria causal, passou-se a dizer que a conduta seria uma ação ou omissão, mas que o dolo e culpa ainda eram elemento da culpabilidade. Não justificava os crimes com culpa inconsciente (quando o agente não prevê que o resultado possa acontecer, por negligência, imprudência ou imperícia, há uma violação do dever legal de cuidado). TEORIA DA AÇÃO SOCIAL Essa teoria era baseada que o crime seria dito a partir do que a sociedade entenderia sobre aquele comportamento humano Essa teoria entende a ação como conduta socialmente relevante. (Criada por SCHIMIDT). FUNCIONALISMO Trabalha com a ideia de que o direito penal está ligado a política criminal. Claus Roxim criou o funcionalismo moderado. Ele não analisa uma conduta individual, mas sim como o direito pode ser ajudado ou ajudar as políticas criminais. Jackobs criou o funcionalismo, junto com Niklas Luhmann, não só o conceito de crime, mas de todo o direito penal, o que acabou por ser "DIREITO PENAL DO INIMIGO". Esse Direito é o ato de o Estado dar tratamento diferente àquele indivíduo, punindo-o de maneira mais severa, pois o Poder Público gastaria mais com ele do que com os outros indivíduos da população que cumprem a lei. Por fim, o que se extrai é que ele não deveria ser tratado como pessoa. Essa visão fere o Estado Democrático de Direito. Dessa forma, diz-se que o direito penal do inimigo não é direito nenhum. Funcionalismo dá ideia de o direito ser visto como um sistema entrelaçado. FINALISMO Segundo Weltzel, a ação humana é dirigida a uma finalidade. O dolo e culpa não são elementos da culpabilidade. Dolo seria vontade + consciência. Dolo é elemento normativo do tipo. Para ele, FERNANDO GALVÃO, dolo não se confunde com a vontade, pois o agente pode ser vontade e não ter dolo. O exemplo seria uma conduta pratica por erro. Essa teoria adotou a RATIOCOGNOSCENDI. Essa teoria explica que ilicitude e tipicidade são coisas distintas embora tenham relação de interdependência, uma vez que quando houver fato típico, poderá haver a ilicitude, Art. 23 CP (teoria da indiciariedade). A teoria da RATIO ESSENDI não separa o fato típico da ilicitude. O código adotou a teoria do assentimento para o dolo, uma vez que assentir é assumir o risco de produzi-lo. 1- Qual a diferença entre norma e lei penal? 2- Em que consiste o direito penal simbólico? 3- Caso da boate Kiss, qual conduta que o agente praticou? 4- A, sem saber da existência de 13, ambos com intuito de matar C, colocam veneno em pó na bebida de C para que ele morresse. Ocorre que, ao beber, C morre. No exame cadavérico, descobre-se que na bebida de C havia talco e também veneno, ou seja, descobre-sequei agente colocou talco, substancia inofensiva e o outro veneno, o que causou a morte. Diante dos fatos, tipifique a conduta dos agentes. 5- Qual a natureza jurídica da tentativa prevista no Art. 14,11 do CP? 6- Cabe coautoria em crime culposo? 7- Existe homicídio privilegiado e qualificado? 8- O que é raiz quadrada da norma penal em branco? 9- Declaração falsa de prática jurídica é crime de falso? 10- Eu, estaciono o carro. Não aperto o freio de mão. Saio do carro, e começo a caminhar para um determinado local. Ao me virar, vejo que meu veículo está descendo e acaba por causar lesão corporal. O MP denunciou como incurso nas penas do Art. 303 do CTB por praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. Foi correta a capitulação? 11- A lesão corporal e a morte no CTB violam o princípio da proporcionalidade com relação aos mesmos tipos penais referentes no CP? 12-O morto pode ser objeto de crime de furto? 13- É vedado o uso de analogia no direito penal? 14- Em que consiste a coculpabilidade às avessas? 15- A falsifica documento e obtém a vantagem devida. É descoberto logo após com todos os elementos que comprovam os seus atos. O MP denunciou A pelo crime de falsificação de documento e estelionato. Foi correto? estaco ALCÂNTARA Prática III Professor Rodrigo Drumond Aula 2 Abolitio criminis - Extingue-se o próprio tipo penal, tornando-se atípico a conduta praticada. O artigo 28 da lei 11.343 houve abolitio? Não, o que houve foi a descarceirização e não descriminalização. Prescrição — o mero oferecimento da denúncia não interrompe a prescrição. A rejeição não obsta o prazo prescricional. Causa impeditiva de prescrição — Art. 116 do CP. Verificar o Art. 366 do CPP c/c súmula 415 c/c 438 ambos do STJ. ,. • Sursis processual — Art. 89 da Lei 9099/95. Interrupção da prescrição — Art. 109 do CP. a) Interrompe com o recebimento da denúncia ou queixa; b) Sentença de pronúncia, Súmula 191 do STJ. c) Decisão confirmatória de pronuncia (recurso). d) Publicação de sentença ou acordão recorríveis; A pena só será em concreto quando transitar para ACUSAÇÃO, do contrário é abstrato. Verificar a súmula 440, 441, 361 do STJ, sumula 207 e 208 do STJ. COMPETÊNCIA Competência relativa —Territorial e prevenção. Competência em razão da matéria — Art. 69, III c/c 74 do CPP e, c/c 121 da CRFB, e o Art. 35 da lei 4737 que fala da Justiça Eleitoral. Justiça Militar — Art. 124 da CRFB- STM Justiça comum — Art. 125, §32 da CRFB. O militar e civil que cometem crime militar serão julgados na justiça militar, Art. 124 CRFB. (Ratione Materiae). O art. 125 da CRFB é apenas as pessoas militares. Estácio ALCÂNTARA Crime militar é aquele definido no Art. 9 do COM, no exercício de sua função ou praticado contra bens de força militar. O Art. 9, §ú — todo crime militar doloso contra vida vai para justiça comum (júri). A competência da justiça federal é descrita no Art. 109, IV da CRFB c/c as súmulas 62, 147 e 165 ambas do STJ. Falsificação de passaporte é qual competência? É competência da justiça federal, quem falsifica é para sair do pais. Identidade falsa —Súmula 546 do ST1 - A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor. CPF — a competência via de regra é estadual. Tem que olhar para a finalidade do agente. Por exemplo, caso seja para sonegar imposto de renda, a competência será da justiça federal. E o caso do índio pataxó, a competência será da justiça Estadual ou Federal? Está previsto no Art. 109, XI? Ele hão morreu porque era índio, não é o fato de ser índio, mas sim se tiver motivação de interesse do povo indígena. Art. 109, XI da CRFB. Incidente de deslocamento de competência —Art. 109,§5 da CRFB (IDC). Instrumento usado para deslocar julgamento da justiça federal para justiça estadual. É constitucional, ADI 3486. Auri entende ser inconstitucional, pois violaria o pacto federativo. Crime doloso contra vida — Homicídio, infanticídio, aborto e suicídio. Latrocínio é vara criminal, e não do júri. Jecrim — A constituição limitou o Jecrim. Crime e contravenção será sempre quando não ultrapassar 02 anos, mas a sua criação é pela lei 9099. A cúpula do executivo não pode ser julgada pelo juiz singular. Foro por prerrogativa de função A constituição deu certos tribunais a competência originária para julgar determinados Réus. Ti- Art. 96, III, 29,IX e 125,§1@ CERJ. Tribunal é colegiado, sendo julgamento qualificado. Ler 105 e 102 da CRFB. MP e Juiz — Art. 96,111- julgado no Ti. Prefeito —julgado no Ti — Art. 29, X da CRFB. Estácio ALCÂNTARA Prefeito que desvia verba Federal- Sumula 208 e 209 do STJ. Deputado Estadual — Art. 27,§1} c/c 61 da CERJ. Deputado estadual que pratica doloso contra vida é julgado no júri? A prerrogativa de função decorre exclusivamente de constituição estadual, Súmula 721 do STF aplica-se ao deputado Estadual? Não, inteligência do Art. 27,§1 da CRFB. Competência interna — Art. 70— teoria do resultado ou do último ato praticado no caso de tentativa. Crime plurilocal — Cuja a conduta é em um local e o resultado em outro. Nesse caso é exceção por uma melhor colheita de prova. Crime permanente — Prevenção — Art. 71 do CPP. (121-1C 116.200 R.1). Regras especiais — Art. 75 do CPP Crimes internacionais iniciados ou consumados no estrangeiro, é JF mas qual seção? É o ultimo local em que houver sido tocado ou local em que se chegar a aeronave após o crime. Navio desligado e atracado é _IP Não, a competência é da justiça Estadual. Interpretação Literal do Art. 109 CRFB. Relativa - É a competência territorial e prevenção. Prazo para requerer a relativa Art. 396-A do CPP. A competência em razão da matéria e pessoa são absolutas. Pode ser reconhecida até a Ali; Art. 400 do CPP. Conflito de competência 2 juizes de julgam competentes ou incompetentes para a mesma causa. Quem irá dirimir esse conflito será o Ti no qual são vinculados. Conflito entre MPE e MPF, aplica-se o Art. 102, I CRFB. Conexão — É ter um vinculo, um elo, duas ou mais pessoas ou crimes relacionados entre si. Ao invés de separarmos, vamos reuni-los, Art. 76 do CPP. Art. 76, I — conexão intersubjetiva. Art. 76, II - Para facilitar ou ocultar vantagem do outro, conexão teleológica/instrumental. Art. 76, III — Conexão probatória, quando a prova de um crime influencia na existência do outro crime. Continência- Art. 77 1— Duas ou mais pessoas praticam o mesmo crime. Art. 77- continência objetiva. Art. 78 CPP é para debater em sala. \k Estado ALCÂNTARA Prática III Professor: Rodrigo Drumond Aula 3 Defesa preliminar — Art.396-A do CPP "Art. 396-A- Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário." Percebam que agora, o juiz ao receber a denúncia ou queixa (art. 396), citao acusado para apresentar a defesa preliminar. Tendo como prazo válido 10 dias, o acusado terá que constituir defensor ou, não possuindo condições, ser defendido pelo Estado de forma gratuita. Constituída ou nomeada, a defesa tem a obrigação de apresentar, no decênio legal, todos os argumentos válidos e lícitos existentes para obter a antecipação da tutela absolutória, denominada de absolvição sumária do rito comum (art. 397). Deverá a defesa alegar tudo o que interessar: arguir preliminares (como as exceções de incompetência, litispendência e coisa julgada); reforçar uma tese defensiva previamente levantada durante a fase de investigação; fragilizar o alegado pela acusàção na denúncia/queixa já regularmente recebida pelo magistrado etc. Este também é o momento de especificar as provas que serão produzidas na audiência do 400, inclusive apresentando o rol de testemunhas (8 para o rito ordinário e 5 para o rito sumário e 3 para sumaríssimo). As exceções serão processadas em apartado, nos moldes do que já estava previsto anteriormente nos Arts. 95 a 112 do CPP. A obrigatoriedade desta nova modalidade de defesa do rito comum fica evidente ao lermos o § 2.° do art. 396-A: "§ 2° Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias." Observação importante, agora para os magistrados: há um lapso na literalidade do § 2.° do art. 396-A: "ou se o acusado, citado, não constituir defensor". Essa regra deve ser válida apenas para os casos em que a citação se deu pessoalmente. Pois se o réu, citado por edital, não comparecer e nem constituir defensor, aplica-se a regra do art. 366 do CPP: suspende-se o processo e a prescrição até que o réu seja encontrado. Estácio ALCÂNTARA Como forma de auxiliar os colegas com exemplos de pedidos de defesa preliminar, podemos apontar: a) Excludente de ilicitude - a conduta do acusado, apesar de ser típica (conduta dolosa ou culposa, omissiva ou comissiva, com nexo de causalidade e resultado jurídico nos crimes materiais, não é ilícita pois está amparada por alguma exdudente de ilicitude, previstas no art. 23 do Código Penal (legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito). b) Excludente de culpabilidade - erro de proibição, coação moral irresistível, obediência hierárquica, são hipóteses de excludentes de culpabilidade. Com base na existência de alguma dessas circunstâncias, o réu poderá pleitear a sua absolvição sumária. Se o réu for menor de idade, faça prova disso pois a inimputabilidade pela menoridade pode ser provada neste momento e exclui a culpabilidade penal. Neste caso, o processo deve ser encaminhado ao Ministério Público da Infância e da Adolescência para a tomada das medidas cabíveis com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990). c) Excludente de tipicidade - lembre-se que o delito é um fato típico, ilícito e culpável. Preenchidos os três elementos, surge para o Estado a punibilidade, ou seja, o dever de punir. A ilicitude e culpabilidade já foram explicadas anteriormente. Resta agora falarmos da tipicidade. O fato será típico se o agente praticar uma conduta previamente prevista em lei comissiva (ação) ou omissiva, dolosa ou culposa (quando prevista taxativamente em lei) atingindo o bem jurídico-penal de forma significativa, pois o resultado jurídico decorrente da conduta do agente (nexo de causalidade) somente será importante para o direito penal se, e somente se, o bem jurídico-penal for atingido de forma relevante (princípio da ofensividade). Faltando qualquer desses elementos o fato será atípico e assim, com base no inciso III do novo art. 397, o réu deverá ser absolvido sumariamente. d) Excludente de punibilidade - as causas extintivas da punibilidade estão previstas no art. 107 do Código Penal. Por exemplo, a prescrição. e) Causas supralegais de exclusão: de ilicitude, como o consentimento do ofendido; de tipicidade, como a adequação social; e de culpabilidade, como a inexigibilidade de conduta diversa. Estácio ENSINO SUPERIOR DO IiRA.S‘ ALCÂNTARA Concluindo, não é mais suficiente, para advogar na área criminal, fazer uma defesa prévia padrão e, nas alegações finais, postular pela simples absolvição por falta de provas. O CPP, após as -mudanças da Reforma de 2008, espera um advogado que efetivamente conheça o Direito Penal e Processual Penal. Tais teses defensivas são ferramentas constitucionais prontas para trazer justiça ao caso concreto. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA CRIMINAL DA JUSTIÇA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE (quando for crime federal) (pular 10 linhas) Tício, já qualificado nos autos da ação penal n° , que lhe move a Justiça Pública, vem, por seu advogado que essa subscreve conforme procuração em anexo(não esquecer da procuração), à presença de Vossa Excelência, oferecer: RESPOSTA À ACUSAÇÃO com fundamento no artigo 396 e 396-A, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor: I — DOS FATOS: Contar os fatos narrados exatamente como aconteceu (cronologicamente) Conforme narrado na denúncia, o autor do fato, no dia xxx, por volta de xx horas, estava no local tal... e teria praticado a conduta xxxx, uma vez que (contar o verbo ação exatamente como narra a peça acusatória). II - DO MÉRITO ALEGAR TUDO QUE INTERESSA PARA A DEFESA NO MÉRITO. IV — DO PEDIDO: Diante do exposto, postula-se pela anulação do processo, ab initio (se houver tese de nulidade), ou, caso não seja esse o entendimento de Vossa excelência, a absolvição sumária do réu na forma do Art. 397, do CPP (enquadrar qual o inciso conforme a tese deduzida). 1- Opção - 397, I do código de processo penal, ( se houver manifesta excludente de ilicitude do fato). 2- Opção — com fulcro no Art. 397, II do CPP (se houver causa manifesta de excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade). 3- Opção — com fulcro no Art. 397, III do CPP (se já houver extinção da punibilidade do agente). 4- Opção — com fulcro no Art. 397,IV do CPP se já estiver extinta a punibilidade do agente). Caso Vossa Excelência assim no entenda, requer a intimação das testemunhas abaixo arroladas, como medida de mais lídima justiça. Rol de testemunhas: Nome, endereço e telefone. Nome, endereço e telefone. Nome, endereço e telefone. Nome, endereço e telefone. Nome, endereço e telefone. Termos em que, pede deferimento. Local, data. Advogado OAB/xx Estácio 1,4.51,30 A ALCÂNTARA Prática III Professor Rodrigo Drumond Problemas aula 03 CASO 01 Tício foi a Manaus, comprou mercadorias na zona Franca e as trouxe dentro de suas malas, com sua bagagem. Na alfandega, mencionou parcialmente as coisas que trazia embora sem qualquer ardil na ocultação. A fiscalização apreendeu a mercadoria e providenciou prisão em flagrante de Tido, que acabou sendo denunciado pelo crime de descaminha O juiz recebeu a peça exordial e determinou citação de Tido. Você é contratado para defende-lo. a) Elabore a peça profissional cabível apta a resolver a situação de Ticio. RESPOSTA A peça deverá ser a resposta à acusação- Art. 396 —A do CPP. Competência da Vara criminal justiça Federal TESES 1 —o crime de descaminho previsto no artigo 334 do código Penal só é punido a título de dolo e tido citou parcialmente que trazia mercadorias em suas bagagens, sem qualquer ardil em sua ocultação. 2 — ademais, quando se trata de mercadoria produzida na zona franca de Manaus, a sua saída para outros pontos do território nacional, sem o pagamento de tributos, não constitui contrabando ou descaminho, por não se tratar de mercadoria estrangeiras, mas nacional. PEDIDO: DIANTE DO EXPOSTO, REQUER A ABSOLVIÇÃO SUNMÁRIA DO ACUSADO, COM FULCRO NO ART. 397,III DO CPP, COMO MEDIDA DE MAIS LÍDIMA JUSTIÇA. CASO 02 Tício, no dia 20 de fevereiro de 2018 ao passar na rua x, no município x, por volta de x horas, em um dia muito ensolarado, visando a subtração de um celular, que, ao se deparar com Monica, entretida com o seu aparelho na rua, pois estava conversando no whatsapp, subtrai o smartphone, que custa R$ 350,00. As câmeras da calçada em que a vitima se encontrava, filmaram toda empreitada criminosa. A vítima reconheceu o autor do fato.° MP ofereceu denúncia em face de Tício. O magistrado recebeu a denúncia e mandou citar o acusado. Citado o acusado, esse o procura para que elabore a peça cabível que finda o prazo no dia 08 de março de 2018. Redija a peça processual cabivel. CASO 13- PRATICA PENAL João, foi preso em flagrante delito, pois no dia 10 de janeiro do corrente ano, por volta das 10 horas, fazendo uso de uma arma de fogo, tentou efetuar disparos contra seu vizinho Antônio. Foi denunciado pelo representante do Ministério Público como incurso nas sanções do Art. 121, caput, c/c14, II, ambos do Código Penal, porque teria agido com animus necandi. Segundo apurado na instrução criminal, uma semana antes dos fatos, o acusado, planejando matar Antônio, pediu emprestada a uma colega de trabalho uma arma de fogo e quantidade de balas suficientes para abastecê-las completamente, guardando-a eficazmente municiada. Seu filho, a quem confidenciara o plano, sem que o acusado soubesse, retirou todas as balas do tambor do revólver. No dia seguinte, conforme já esperava, João encontrou Antônio em um ponto de ônibus, e, sacando a arma, acionou o gatilho diversas vezes, não atingindo a vitima, em face de ter sido a arma, desmuniciada anteriormente. Dos autos consta o laudo devido à complexidade dos fatos, o juiz concedeu as partes prazo de 5 dias para apresentação de memoriais. Os memoriais da acusação foram oferecidos pelo representante do MP, requerendo a pronuncia do acusado nos exatos termos da denúncia. Elabore a peça pertinente. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO JURI DA COMARCA DE 10 LINHAS TíCIO, JÁ QUALIFICADO NOS AUTOS DA AÇÃO N2, QUE LHE MOVE O MINISTÉRIO PÚBLICO, POR SEU ADVOGADO QUE ESSA SUBSCREVE, VEM, À PRESENÇA DE VOSSA EXCELÊNCIA, APRESENTAR MEMORIAIS ESCRITOS COM FUNDAMENTO NO ART. 403, §32 DO CPP, JÚRI FUNDAMENTAR COM BASE NOS ARTS. 403,§3 C/C 40411,5452 C/C 394,§52, TODOS DO CPP) PELAS RAZOES A SEGUIR EXPOSTAS: DOS FATOS: O RÉU ... (contar os fatos narrados na denúncia minuciosamente) DO DIREITO Ocorre que (argumentação conforme a sua tese defensiva) (mostrar no mundo jurídico onde está a capitulação e descrever o artigo). Fundamentar porque não é crime, porque deve ser anulado o processo e a partir de quando deve ocorrer essa anulação, porque deve ser tentativa, porque é legitima defesa, porque está prescrito ou decaiu. DOS PEDIDOS POR TODO O EXPOSTO, REQUER: 1 opção — a anulação do processo ( todo ou a partir de tal momento (mencionar o ato viciado) com fulcro no Art. 564, ver qual inciso, do CPP; 2- opção — a extinção da punibilidade dos fatos imputados ao réu, com fulcro no Art. 107, CP, escolher os incisos; 3-opção — a absolvição do réu com fulcro no Art. 386, escolher os incisos, do CPP; 4 — opção — em caso de condenação, a fixação da pena base no mínimo legal, se não houver circunstancia desfavoráveis, bem como a exclusão de agravantes e causas de aumento de pena; (verificar o regime inicial fixado, Art. 32, até o Art. 42 CP) ou a substituição da pena privativa de liberdade por: (verificar o Art. 43 ao 48 do CP); OPÇÕES DE PEDIDO NO JURI 1 opção- a impronuncia, com base no Art. 414 do CPP (colocar o fundamento pertinente) 2 opção — a absolvição sumária com fundamento no Art. 415 do CPP; colocar o inciso referente; 3 opção — desclassificação com base no Art. 419 do CPP ou no caso do Art. 413 do CPP. 4 opção — exclusão das qualificadoras ou causas de aumento de pena. (olhar o caso concreto). Termos em que, pede deferimento. Local. data, ADVOGADO OAB/RJ xxxx RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE Havendo prisão em flagrante, deve-se, antes de mais nada, analisar se a prisão é legal ou ilegal. Caso a prisão seja ilegal, a peça será o pedido de relaxamento de prisão em flagrante, com fundamento no Art. 310, I do CPP, além do Art. 5, LXV da CRFB. O pedido de relaxamento, portanto, tem como pressuposto uma prisão em flagrante ilegal, seja por vício material (não havia situação de flagrância), seja por vício formal (irregularidades na confecção do auto de prisão em flagrante, falta de entrega de nota de culpa e da comunicação à defensoria Pública). Se, no entanto, após a custódia, é mantido preso em virtude de eventual preventiva, na qual foi convertida, o que se deve combater é a preventiva. Pedido de liberdade provisória Caso haja prisão em flagrante, ainda que não convertida em preventiva, as sem qualquer ilegalidade, vale dizer, sem nenhum dos vícios apontados, o pedidó a ser feito é do de liberdade provisória, nos termos do Art. 310, III, bem como no Art. 52, LXVI da CRFB. A lei 11.464/07 revogou a parte final do inciso II do Art. 22 da Lei 8072/90 que vedava a concessão de liberdade provisória aos crimes hediondos e equiparados. Portanto, de acordo com a nova disciplina, é possível a concessão de liberdade provisória sem fiança aos crimes hediondos (embora a questão seja ainda controvertida nas cortes superiores). Pedido de relaxamento da prisão temporária Tem como pressuposto uma prisão temporária ilegal, ou seja, absolutamente proibida por lei. Trata-se de hipótese de prisão temporária pela lei 7690, decretada no IP, que extrapola o prazo estabelecido naquela lei, ou decretada em processo. Nesses casos, deve-se pedir ao juiz o relaxamento da prisão temporária, com fulcro no Art. 5, LXV da CRFB. Pedido de relaxamento na preventiva Tem como pressuposto uma prisão preventiva ilegal, ou seja, absolutamente proibida por lei. Trata-se de prisão preventiva decretada fora das hipóteses do Art. 313, como por exemplo um crime culposo, ou cuja pena não exceda a 4 anos. Nesses casos, deve-se pedir ao juiz, o relaxamento da prisão preventiva, Art.52, LXV da CRFB. Pedido de revogação da temporária Tem como pressuposto uma prisão temporária desnecessária, ou seja, uma situação em que, em tese, seria admissivel a sua decretação, mas em concreto não há necessidade cautelar (periculum libertatis) que a justifique. É o caso de temporária decretada sem que haja necessidade para as investigações, uma vez que o investigado sempre se prontificou a colaborar, pois tem residência fixa, trabalha de carteira assinada, bons antecedentes e identidade conhecida. Nesse caso, deve-se pedir a revogação da temporária, com fundamento no Art. 12 Lei 7690. Pedido de revogação da preventiva Tem como pressuposto uma prisão preventiva desnecessária, ou seja, de situação em que, em tese, seria admissivel a sua decretação, mas em concreto não há necessidade cautelar (periculum libertatis) que a justifique. É o caso de preventiva decretada sem que esteja presente qualquer fundamento do Art. 312 do CPP. Assim, deve-se argumentar que, não estando presente qualquer razão que justifique a restrição da liberdade, deve ser a preventiva revogada (nos termos do Art. 316 do CPP) ou caso se entenda estar presente alguma necessidade de restrição cautelar, que seja substituída por outra medida cautelar prevista no Art. 319 do CPP. Quanto aos crimes hediondos ou equiparados, embora sejam inafiançáveis, não há qualquer impedimento para a substituição da preventiva por outra cautelar. EXERCÍCIOS DE REVISÃO PRÁTICA III 1-Sophia, dona de urna mina de esmeraldas, com medo de ser descoberta de seus crimes, coagiu fisicamente o seu funcionário de nome "Rato", de forma que o sedou e, colocou seu dedo no gatilho numaarma, e atirou contra um outro funcionário, para que tomasse apenas um susto. A vítima foi lesionada seriamente, pois ficou incapacitada permanentemente para o trabalho, por conta do tiro do "Rato". O MP soube da ocorrência do crime, investigou e chegou à conclusão que Rato seria o autor desse crime, o denunciando por homicídio qualificado na forma do Art. 129, §29, I do Código Penal. Oferecida a denúncia, o acusado respondeu à acusação, e o juiz, posteriormente, após o tramite processual, marcou audiência de instrução e julgamento. Na instrução, o magistrado observou a norma do Art. 400, e ao final, tendo em vista a complexidade da causa, deferiu ao MP o prazo para os memoriais, que já foram apresentados, e, após, à defesa. Assim, autos estão com carga para você, advogado da defesa. Elabora a peça processual cabível. 2- A, dirigindo em velocidade incompatível com ao permitindo na estrada, acreditando não acontecer nada, se choca com automóvel de B, que causou um considerável dano. "6" se dirigiu até a delegacia, registrou a ocorrência e foi instaurado um inquérito. O advogado de "B" ofereceu queixa-crime contra "A" pela prática de crime do crime de dano previsto no Art. 163. O juiz recebeu, mandou citar o réu. O acusado citado, te procura, na qualidade de advogado. Elabore a peça processual cabível. 3- "A", no dia 10 de janeiro de 2018, subtraiu, com uma arma de fogo, um iphone x de Maria. A vítima, na delegacia, informou que o ladrão chegou, apontou a arma para ela e disse: Perdeu piranha, passa esse iphone agora. Que o fez imediatamente, pois estava aterrorizada com o fato. Que o ladrão saiu correndo. Logo após, ela começou a gritar, pega ladrão, e, três homens apareceram com o meliante e seu telefone. Preso em flagrante, o juiz concede liberdade durante o processo. Em 23 de abril, de 2018, a 13.654/18 altera os crimes de furto e roubo. Em 01 de maio do corrente ano o autor é denunciado pela prática do crime de roubo majorado pelo uso da arma em até 2/3. O juiz recebe a denúncia, cita o acusado, que responde a acusação, e após o oferecimento dos memorias pela acusação, o processo está com vistas para você, advogado da defesa. Elabore a peça processual cabível. Razões de Recurso Ordinário Constitucional Paciente: Fulano de Tal Recorrida: Justiça Pública "Habeas Corpus n" Processo Originário Vara de Origem: a Criminal Egrégio Tribunal Colenda Turma Douta Procuradoria de Justiça O Paciente foi denunciado com base nos preceitos contidos no artigo 157, § 2°, I e II do Código Penal, crime de roubo qualificado. O douto juizo da a Vara Criminal de XX achou por bem ... (conta o que o juizo fez sentença). O paciente impetrou ação de “habeas corpus" para o respeitável Tribunal de Justiça, tendo sido competente a Criminal do Estado de xx, em razão de... (contar os fundamentos do pedido do HC e o pedido do referido remédio), Ex do pedido do HC: "...com a expedição do alvará de soltura e pleito liminar, que foi indeferida..." No presente recurso o paciente recorrerá tão-somente de (explicar o porquê está recorrendo no ROC). Nesse parágrafo, você irá fundamentar os motivos expostos no paragrafo anterior. Falar porque o HC do TJ está equivocado, pois também é uma fundamentação. Deve-se mostrar claramente porque o HC está errado ao não ser concedido e porque motivo estaria certo concedendo. PEDIDO: Diante de todo o exposto e de tudo o mais que dos autos consta, requer a Essa Colenda Turma, seja recebido, conhecido e provido, o presente apelo, após ouvida a douta Sub Procuradoria de Justiça, para conceder a reforma in totum da respeitável sentença ora recorrida, conforme requerido no h.c., impetrado em favor do recorrente, com a aplicação da (o pedido dependerá de acordo com a sua tese). Não esquecer também desse pedido: "pois é o seu direito. com a expedição do competente alvará de soltura em favor do réu, como medida da mais verdadeira justiça. Termos em que, Pede deferimento. Local, data. Advogado OAB-RJ CASO 1 -A" foi denunciado pela crime de furto qualificado mediante fraude, pois no dia 25 de julho de 2018 subtraiu, mediante fraude um celular de R$ 600,00 reais de uma senhora na rua da feira, Alcântara. O advogado foi constituído, e respondeu à acusação alegando o princípio da insignificância, no qual foi rejeitado pelo juizo. Imediatamente impetrou um HC no tribunal com fundamento de ter o acusado residência fixa, bons antecedentes e trabalho. O Desembargador negou o pedido do HC sob o fundamento de ter o acusado 1 inquérito em curso de mesma espécie criminosa, o que voltaria a delinquir, caso fosse solto. Você, advogado da defesa, elabore o recurso cabível. Observar o Art. 102, II e 105,11, "A" e "B", ambos da CRFB. Prazo é de 05 dias de HC e de 15 dias de MS. Se tiver HC interposto em segunda instancia e for concedido, não cabe recurso, o máximo que caberá é RESP ou REX. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA CAMARA CRIMINAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA TURMA CRIMINAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL FEDERAL DA REGIÃO (Quando o crime for de competência federal). 10 linhas Ticio, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da apelação n° OPOR EMBARGOS INFRINGENTES ou EMBARGOS DE NULIDADE, ao venerando acordão que manteve a decisão recorrida, por 2 votos contra 1, com base no Art. 609, parágrafo único do Código de Processo Penal, dentro do prazo legal. Nesses termos, requer seja ordenado o processamento recurso, com razões incluídas. Pede deferimento. Local, data OAB/xx RAZÕES DOS EMBARGOS INFRINGENTES EMBARGANTE: TíCIO EMBARGADO: INISTÉRIO PÚBLICO. APELAÇÃO N2: Egrégio Tribunal De Justiça Colenda Câmara ínclito desembargadores Douto Desembargador Opõem-se os presentes embargos, para que o voto vencido prevaleça, pelas razões a seguir aduzidas: DOS FATOS: (NARRAR OS FATOS DO PROCESSO (PORQUE APELOU, O QUE SUSTENTOU, CONTAR O CASO CONCRETO QUE ACONTECEU NO PROCESSO). DO DIREITO Ocorre que... (argumentação fundamentada no voto vencido. Muito cuidado, pois mesmo que haja outros argumentos, os limites dos embargos infringentes ou de nulidade devem conter-se estritamente sobre matéria tratada pelo voto divergente. DO PEDIDO Diante de todo exposto, apresentado os fundamentos dos EMBARGOS INFRINGENTES (OU DE NULIDADE) ora expostos, postula-se a reforma do venerado acordão recorrido para ao final, prevaleça o voto vencido para considerar (declarar, absolver, diminuir ...), como medida de mais lídima justiça. DICA: Deixe bem clari que você quer que o voto vencido prevaleça. Nesses termos, pede deferimento. Local, data. OAB/ RESUMO Como identificá-los: o problema descreverá situação em que um tribunal, por acórdão, decidiu por maioria (decisão não unânime) em desfavor do réu. Os embargos infringentes são cabíveis somente em julgamento de apelação, RESE ou agravo em execução. A peça não é oponível contra decisão monocrática, afinal, o cabimento ocorre em julgamentos por maioria, o que não se pode discutir quando alguém julga sozinho. Os embargos infringentes e de nulidade estão previstos no artigo 609, parágrafo único, do Código de Processo Penal, a seguir transcrito: Art. 609, parágrafo único: Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência. Lembre-se de que são dois recursos diferentes, pois os embargos infringentes versam sobre o direito material e os embargos de nulidade sobre o direito processual. São pressupostos dos referidos recursos: a) Decisão de um tribunal. b) Decisão não unânime. c) Decisãonão unânime de apelação, recurso em sentido estrito. Não são cabíveis embargos infringentes e de nulidade no julgamento de habeas corpus, revisão criminal e julgamento originário. d) Recurso exclusivo da defesa OBS: Entendimento doutrinário é no sentido de que o Ministério Público pode interpor estes recursos, mas desde que em benefício do acusado. Seus embargos serão endereçados para o Relator. Deixe bem claro que você quer que o voto vencido prevaleça. (OAB/SP — 1202 Exame de Ordem) A, com 21 anos de idade, dirigia seu automóvel em São Paulo, Capital, quando parou para abastecer o seu veículo. Dois adolescentes, que estavam nas proximidades, começaram a importuná-lo, proferindo palavras ofensivas e desrespeitosas. A, pegando no porta-luvas do carro seu revólver devidamente registrado, com a concessão do porte inclusive, deu um tiro para cima, com a intenção de assustar os adolescentes. Contudo, o projétil, chocando-se com o poste, ricocheteou, e veio a atingir um dos menores, matando-o. A foi denunciado e processado perante a 1.! Vara do Júri da Capital, por homicídio simples — art. 121, caput, do Código Penal. O magistrado proferiu sentença desclassificatória, decidindo que o homicídio ocorreu na forma culposa, por imprudência, e não na forma dolosa. O Ministério Público recorreu em sentido estrito, e a 1.2 Câmara do Tribunal competente reformou a decisão por maioria de votos, entendendo que o crime deveria ser capitulado conforme a denúncia, devendo A ser enviado ao Tribunal do Povo. O voto vencido seguiu o entendimento dar. Sentença de 1.2 grau, ou seja, homicídio culposo. 0V. Acórdão foi publicado há sete dias. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR DO ACÓRDÃO N. DA 1° CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. A, já qualificado nos autos de recurso em sentido estrito de n2. por seu advogado, não se conformando com o acórdão, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, dentro do prazo legal, opor EMBARGOS INFRINGENTES, com fundamento no artigo 609, parágrafo único, do Código de Processo Penal. Requer seja recebido e processado o presente recurso com as inclusas razões de inconformismo. Nestes termos, Pede deferimento. Local, data. Advogado OAB n9. RAZÕES DE EMBARGOS INFRINGENTES EMBARGANTE: A EMBARGADO: MINISTÉRIO PÚBLICO. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO N. Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara, Douto Procurador de Justiça, Em que pese o notório conhecimento jurídico da Colenda Câmara Criminal deste Egrégio Tribunal de Justiça, a reforma do venerando acórdão é medida que se impõe pelas razões de fato e de direito a seguir expendidas: I — DOS FATOS: A, ora Embargante, foi denunciado como incurso nas penas do art. 121, caput, do Código Penal, porque, irritado com a conduta de dois adolescentes, efetuou um disparo de arma de fogo para o alto, assim agindo no sentido de assustar aqueles que julgou portarem-se de maneira inconveniente. Efetuado o disparo, o projétil, após chocar-se com um poste, ricocheteou e atingiu um dos jovens, sendo a lesão causa eficiente de sua morte. O magistrado proferiu sentença desclassificatória, por entender tratar-se de homicídio culposo. O Ministério Público recorreu em sentido estrito, requerendo fosse o réu processado nos exatos termos da exordial acusatória. A 12 Câmara deste Tribunal, por decisão não unânime, reformou a decisão recorrida, sendo certo que o voto divergente entendeu que o Embargante deve ser processado por homicídio culposo. II — DO DIREITO: Analisando o conteúdo dos autos, verifica-se a ter razão o julgador que proferiu o voto vencido. Pela dinâmica dos fatos, vê-se que o agente não agiu com a vontade direta e consciente de produzir o resultado morte, diante do que não se pode falar em dolo direto. Não há que se falar também em dolo eventual, vez que o Embargante não agiu assumindo o risco de produzir o resultado lesivo. Ao efetuar disparo de arma de fogo, A deixou de tomar as cautelas necessárias para que o projétil não ricocheteasse em nenhum objeto, vindo a atingir terceiros que estivessem próximos ao local dos fatos, de forma que agiu de modo imprudente. No palco dos acontecimentos, evidente o cometimento de crime culposo (Código Penal, art. 121, § 39), em razão do que inexistem motivos para que seja o Embargante processado, e talvez até condenado por conduta mais grave que aquela supostamente praticada, eis que a pretensão punitiva não pode servir de escusa para a prática de abusos. III — DO PEDIDO: Em razão do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, acolhendo- se o voto vencido com o fim de manter-se a desclassificação, para que seja o embargante processado pela suposta prática de homicídio em sua forma culposa. Local, data. Advogado OAB n9. EXERCÍCIO COMPLEMENTAR 1) Aurélio, promotor de justiça, oferece denúncia contra Agripino, empresário, descrevendo infração penal tipificada como receptação ocorrida em outubro de 2008. Contudo, esquece-se de apresentar o rol de testemunhas na peça inicial, além de narrar fato equivocado, fazendo inserir circunstancias totalmente distorcidas da realidade, não oferecendo, outrossim, a qualificação do indiciado. O Magistrado, ao tomar conhecimento do teor da denúncia, rejeita-a, expondo os motivos para tal. O MP recorre de tal decisão, expondo os motivos de seu inconformismo, reiterando que ação penal deve ser recebida, para ao final da instrução probatória, ser o réu da decisão do juiz, bem como do recurso interposto pelo promotor de justiça. Assim, proponha a peça processual cabível que julgar correta para a defesa de Agripino. Tido, foi denunciado pela prática do crime de roubo majorado pelo uso da arma, Art. 157,§22) do CP, uma vez que estava no local x, na hora x, e subtraiu, mostrando arma de fogo, um iphone X. Em seguida, Tido saiu correndo, e logo após, questão de segundos, começou uma perseguição para prendê-lo. Na perseguição, o meliante sumiu com a arma, sendo certa que nunca fora encontrada, pois a jogou no rio, sem que ninguém percebesse. Meia hora depois, o autor do fato foi apreendido. O acusado foi citado, e, encerrada a audiência do Art. 400 do CPP, não houve requerimento de diligências. Tendo em vista ser o processo complexo, a defesa requereu prazo para oferecer a peça cabível por escrito. Elabore a peça processual pertinente para sua defesa. APELAÇÃO MODELO PARA AULA DE PRÁTICA III ESTÁCIO — CAMPUS ALCÂNTARA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE - PROCESSO N9: Y, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, por intermédio de seu advogado (verificar o Art. 577 do CPP) que essa subscreve, nos autos que o Ministério Público lhe move, vem, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitosa sentença de fls. INTERPOR a presente APELAÇÃO Com fundamento no Art. 593 ,do código de processo penal. Requer, após o recebimento, com razões incluídas, (verificar o Art. 600 do CPP), ouvida a parte contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça, onde serão processados e provido o presente recurso. Termos em que, Pede deferimento. Local, data. Advogado OAB RAZÕES DA APELAÇÃO Egrégio Tribunal de Justiça do Estado Origem: , VARA CRIMINAL DA COMARCA DE PROCESSO N9 APELANTE: APELADO: Ministério Público Colenda Câmara Douta Procuradoria X foi processado com incurso nas penas do Art. ... (descrever porque artigo ele responde), porque no dia xxx,...(descrever a dinâmica do fato). Sempre usar o verbo no futuro do pretérito. Ex: o crime TERIA acontecido, .... supostamente o apelante teria praticado o crime Nesse próximo parágrafo, (falar como o juiz ou porque o juiz condenou). O MM. Juiz condenou-o ao cumprimento da pena de x anos de reclusão, em regime x, sem permitir que recorresse em liberdade/permitindo recorrer em liberdade. A respeitáveldecisão merece reforma, pelo fatos motivos a seguir expostos: I se houver preliminar, arguir primeiro. Caso contrário, entra logo no mérito da sua tese. EX: preliminar de cerceamento de defesa EX: I. DO MÉRITO La) Da absolvição por insuficiência de provas Não há provas suficientes para a condenação do apelante, devendo prevalecer o principio constitucional da presunção de inocência. A única pessoa a apontar o recorrente como autor da infração penal foi a vitima, que, como explorado ao longo da instrução e reconhecido pela própria decisão atacada, é inimiga de fulano. Logo, suas declarações não são dignas de credibilidade e não podem sustentar sua condenação. As demais testemunhas não presenciaram o momento em que os acusados estavam com a ofendida, de modo que nada podem informar a respeito. Da aplicação errônea da pena Somente para argumentar, caso não seja acolhida a preliminar levantada, nem seja acolhido o pedido de absolvição, requer a diminuição da pena conforme a seguir: 2. do afastamento da causa de aumento e do reconhecimento da participação de menor importância. O ilustre julgador aplicou a causa de aumento de quarta parte, fundando na existência de concurso de duas ou mais pessoas, valendo-se do disposto no Art. X. há um equívoco, na medida em que o referido aumento somente seria possível nas hipóteses x, o que não é no caso em tela, uma vez que xxxxx. Assim, não há que se elevar a pena por conta disso. Argumentou-se ainda ser xxxx, o que está errado, uma vez que o caso não é sobre xxxx, mas sim yyyyyy, não podendo incidir a causa de aumento de pena/qualificadora. Portanto, há um erro, não podendo incidir essa causa de aumento/qual ificadora nessa hipótese aqui exposta. DO PEDIDO Ante o exposto, processado o presente recurso, requer o apelante, a REFORMA DA SENTENÇA PARA: 1- Seja acolhida a preliminar de nulidade do processo para xxxxx (depende da tese de nulidade sustentada). 2- Assim, não ocorrendo, requer seja provido o recurso para que se decrete a sua absolvição por (sua tese). 3- Finalmente, caso seja mantida a condenação, requer seja reconhecida a exclusão das causas de aumento de pena/qualificadora, ou o reconhecimento da causa atenuante/ privilégio, devendo ser fixada no patamar mínimo legal, aplicando-se o regime mais favorável para o início do cumprimento da pena. Termos em que, Pede deferimento. Local, data. Advogado OAB. (OAB — 2016 — PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL— PENAL) No dia 24 de dezembro de 2014, na cidade do Rio de Janeiro, Rodrigo e um amigo não identificado foram para um bloco de rua que ocorria em razão do Natal, onde passaram a ingerir bebida alcoólica em comemoração ao evento festivo. Na volta para casa, ainda em companhia do amigo, já um pouco tonto em razão da quantidade de cerveja que havia bebido, subtraiu, mediante emprego de uma faca, os pertences de uma moça desconhecida que caminhava tranquilamente pela rua. A vítima era Maria, jovem de 24 anos que acabara de sair do médico e saber que estava grávida de um mês. Em razão dos fatos, Rodrigo foi denunciado pela prática de crime de roubo duplamente majorado, na forma do Art. 157, § 2o, incisos I e II, do Código Penal. Durante a instrução, foi juntada a Folha de Antecedentes Criminais de Rodrigo, onde constavam anotações em relação a dois inquéritos policiais em que ele figurava como indiciado e três ações penais que respondia na condição de réu, apesar de em nenhuma delas haver sentença com trânsito em julgado. Foram, ainda, durante a Audiência de Instrução e Julgamento ouvidos a vítima e os policiais que encontraram Rodrigo, horas após o crime, na posse dos bens subtraídos. Durante seu interrogatório, Rodrigo permaneceu em silêncio. Ao final da instrução, após alegações finais, a pretensão punitiva do Estado foi julgada procedente, com Rodrigo sendo condenado a pena de 05 anos e 04 meses de reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto, e 13 dias-multa. O juiz aplicou a pena-base no mínimo legal, além de não reconhecer qualquer agravante ou atenuante. Na terceira fase da aplicação da pena, reconheceu as majorantes mencionadas na denúncia e realizou um aumento de 1/3 da pena imposta. O Ministério Público foi intimado da sentença em 14 de setembro de 2015, uma segunda-feira, sendo terça-feira dia útil. Inconformado, o Ministério Público apresentou recurso de apelação perante o juízo de primeira instância, acompanhado das respectivas razões recursais, no dia 30 de setembro de 2015, requerendo: i) O aumento da pena-base, tendo em vista a existência de diversas anotações na Folha de Antecedentes Criminais do acusado; ii) O reconhecimento das agravantes previstas no Art. 61, inciso II, alíneas 'h' e 'I', do Código Penal; iii) A majoração do quantum de aumento em razão das causas de aumentos previstas no Art. 157, §2o, incisos I e II, do Código Penal, exclusivamente pelo fato de serem duas as majorantes; iv) Fixação do regime inicial fechado de cumprimento de pena, pois o roubo com faca tem assombrado a população do Rio de Janeiro, causando uma situação de insegurança em toda a sociedade. A defesa não apresentou recurso. O magistrado, então, recebeu o recurso de apelação do Ministério Público e intimou, no dia 19 de outubro de 2015 (segunda-feira), sendo terça feira dia útil em todo o país, você, advogado(a) de Rodrigo, para apresentar a medida cabível. Com base nas informações expostas na situação hipotética e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de habeas corpus, no último dia do prazo, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5.00) RESPOSTA DA PEÇA Obs.: O examinando deve indicar todos os fundamentos e dispositivos legais cabíveis. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. COMENTÁRIOS: O candidato deveria elaborar CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO, nos termos do art. 600 do CPP. Como a intimação da defesa se deu em 19.10.2015, o prazo para a apresentação das contrarrazões se esgotou em 27.10.2015, terça-feira, eis que o prazo para a apresentação das contrarrazões é de 08 dias, nos termos do art. 600 do CPP. Preliminarmente, o candidato deveria alegar a INTEMPESTIVIDADE do recurso de apelação interposto pelo MP. Isso porque o MP foi intimado em 14.09.2015, tendo interposto recurso de apelação apenas em 30.09.2015. O prazo para a interposição de apelação é de apenas 05 dias, tendo expirado para o MP em 21.09.2015 (dia 19.09.15 caiu num sábado). No mérito, o candidato deveria rebater os argumentos do MP. Primeiramente, não há que se falar em majoração da pena base em razão da existência de inquéritos policiais e ações penais em curso, sob pena de violação ao princípio da presunção de não culpabilidade. Trata-se de entendimento consolidado e sumulado pelo STJ (súmula 444 do ST1). Além disso, não devem ser aplicadas as agravantes do art. 61, II, "h" e "I". Vejamos o que dizem tais dispositivos: Art. 61 — São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:(Redação dada pela Lei n2 7.209, de 11.7.1984) (...) li—ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei n° 7.209, de 11.7.1984) (--.) h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; (Redação dada pela Lei n° 10.741, de 2003) I) em estado de embriaguez preordenada. A agravante de ter sido o crime praticado contra mulher grávida é inaplicável, eis que a questão deixa claro que a vítima estava grávida de apenas um mês, logo, tratava-se de gravidez NÃO APARENTE. Assim, o agente não pode ser responsabilizado por um fato que não entrou em sua esfera de conhecimento. Com relação à agravante da embriaguez preordenada, o candidato deveria argumentar que não se tratava de embriaguez preordenada. A embriaguez preordenada ocorre quando o agente deliberadamente Se embriaga PARA praticar o delito, ou seja, para tomar coragem e praticar o crime. Nãofoi isso que ocorreu no caso. O agente bebeu para comemorar o natal e, culposamente, acabou se embriagando. O candidato deveria rebater, ainda, a alegação de que deveria haver a majoração do quantum de aumento de pena decorrente das majorantes do art. 157, §2°, I e II do CP. Isso porque o MP sustentou que o mero fato de serem duas majorantes seria suficiente para que o Juízo aplicasse aumento superior ao mínimo permitido. Contudo, tal circunstância não é fundamento idôneo, nos termos do enunciado de súmula M2 443 do STJ: Súmula 443 do STJ — O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de majorantes Por fim, o candidato deveria rebater o pleito de fixação de regime inicial fechado. Isso porque o MP sustentou, apenas, que o regime inicial fechado seria recomendável com base na gravidade abstrata do delito. A gravidade abstrata do delito, porém, não é argumento idôneo para que o Juízo proceda à fixação de regime prisional mais gravoso do que aquele admitido pela quantidade de pena imposta, conforme entendimento já solidificado tanto do STF quando do STJ: Súmula 440 do STJ — Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito. SÚMULA 718 do STF — A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada. SÚMULA 719 do STF — A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea. Nos pedidos, o candidato deveria requerer: 1— Primeiramente, o não conhecimento do recurso de apelação, ante a intempestividade. 2 — Subsidiariamente, no mérito, seja negado provimento ao recurso, com a consequente manutenção da sentença proferida pelo Juizo a quo. Prática Penal Recursos: É um direito da parte, na relação processual, de se insurgir contra determinadas decisões judiciais, requerendo a sua revisão, total ou parcial, por órgão jurisdicional superior. Os recursos devem ser voluntariamente interpostos. São efeitos do recurso: Devolutivo- permitindo que o tribunal ou turma recursal, nas infrações de menor potencial ofensivo, para qual é dirigido reveja, integralmente, a matéria sujeita a controvérsia. Suspensivo— significando que a decisão não produz efeitos até que transite em julgado; Regressivo — autorizando que o próprio órgão prolator da decisão reexamine a questão, voltando atrás, modificando-a (na realidade é a permissão para o juízo de retratação, que ocorre, por exemplo, quando se ingressa com recurso em sentido estrito, possibilitando ao magistrado rever sua decisão, alterando-a. O cabimento — deve-se respeitar expressamente seu cabimento de acordo com a lei. RESE (Recurso em Sentido Estrito) Art. 581 a 592. É recurso cabível contra decisões interlocutórias. Essa é a regra, mas cabe contra decisões terminativas, como por exemplo, a decisão de extinção da punibilidade, Art. 581, VIII CPP; contra decisão que nega ou concede HC, Art. 581, X do CPP. Prazo para interposição é de 05 dias, ou, no caso de inclusão ou exclusão de jurados na lista, 20 dias. O processamento se dá em apartado, subindo somente o RESE, ficando o processo originário na vara principal, SALVO, no caso de reexame necessário, (concessão ou denegação de HC), não recebimento de denúncia ou queixa, procedência das exceções, pronúncia, extinção da punibilidade, hipóteses de existência de prejuízo para o prosseguimento da instrução, Art. 583 do CPP. O RESE provoca efeito regressivo, ou seja, conhecida as razoes, o juiz pode se retratar, modificando sua decisão. Se tal situação não acontecer, basta que a outra parte se manifeste e, então, o processo subirá ao tribunal. Não esquecer da hipótese do Art. 588 do CPP ( leitura). CASO CONCRETO "F" foi pronunciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, não havendo exame necroscópico nos autos. O juiz, ainda assim, entendeu presente a materialidade da infração penal, alegando haver corpo de delito indireto. O réu, que contestara a prova de existência do delito, havia alegado, subsidiariamente, a ocorrência de legitima defesa, igualmente afastada na pronúncia. O magistrado permitiu que o acusado aguardasse o júri em liberdade. Como advogado de "F", interponha o recurso cabível. Esqueleto da peça: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRIBUNAL DÓ JÚRI DA COMARCA DE EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA CRIMINAL DA JUSTIÇA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE (quando for crime FEDEDERAL) 10 LINHAS Processo n: xxxxxx 'F', já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, por seu advogado que essa subscreve, devidamente constituído, nos autos da ação penal que lhe é movida, inconformado com a decisão de pronuncia, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o presente RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Com fundamento no Art. 581, do CPP, requerendo seja o presente recurso recebido e, levando-se em consideração as razoes em anexo, possa haver o juízo de retratação, com a finalidade de (colocar o que se pretende, ex: impronunciar o acusado. Assim, não entendendo Vossa Excelência, requer o processamento do recurso, remetendo-se ao Egrégio Tribunal de Justiça. Termos em que, desnecessária a formação de instrumento, Art. 583, CPP. Pede deferimento. Local, data ADVOGADO OAB/xx RAZÕES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO VARA DO JURI DA COMARCA DE PROCESSO N: RECORRENTE: RECORRIDO: Ministério Público EGRÉGIO TRIBUNAL COLENDA CAMARA INCLITOS DESEMBARGADORES DOUTA PROCURADORIA DE JUSTIÇA Não se conformando com a respeitável decisão proferida contra o recorrente, data vênia, vem, recorrer em sentido estrito, aguardando ao final se dignem em reforma-la, pelas razões a seguir expostas: DOS FATOS O réu foi pronunciado ou teve negado seu HC, (expor uma das hipóteses do Art. 581 do CPP) como incurso nas penas do Art. Xxx, porque no dia xxxx (contar os fatos, um breve relato da decisão, a ser impugnada, porque motivo ela pronunciou, -não recebeu a denúncia, enfim, reproduzir os fundamentos da decisão a ser impugnada), DO DIREITO Argumentação da tese de defesa, que deverá corresponder ao inciso 581 do CPP. Após a narrativa dos fatos acima, levanta-se preliminares relativas a eventuais falhas processuais. Não havendo nulidade a sanar, a defesa vai, depois desse breve relato, para o mérito da decisão a ser impugnada, considerando sempre a autoria e materialidade dos fatos). A decisão de Fls. não pode prevalecer, pois p Art. estabelece, dispõe que .... (Sustentar a tese.) como por exemplo, indícios da autoria e materialidade do fato. A autoria não se comprova nos autos pelo fato de .... (Sustentar a tese especificamente e citar provas, se houver). A materialidade não se apresenta no processo, uma vez que ... (Sustentar o porquê da ausência). Cuida-se de decisão sem embasamento legal para que (colocar a consequência da decisão) pronuncie o acusado, levando-o para julgamento ao tribunal popular sem as provas (citar as teses acima). Ademais (pode citar outra tese, mas que não sejam as principais) citar uma tese simples, como ideia de reforço. Caso não haja, não há problema. Por tais motivos, vislumbra-se a inexistência de prova de materialidade e autoria (Que são as duas teses acima). (Reforça e retoma, finalizando as teses anteriores). Pode-se atacar, nesse parágrafo, outra tese principal, subsidiária, ou, sendo as duas anteriores preliminares, ataca-se, nesse momento, a tese principal de mérito. Nesse momento, ataca-se de forma
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