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Apostila Pratica Penal

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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR 	DE DIREITO DO 	 
DA COMARCA DE 	, ESTADO DO _7;5 
(NOME DO QUERELANTE), (SOBRENOME DO QUERELANTE), (nacionalidade), 
(estado civil), (profissão), portador do RG de N° 	 , órgão expeditor: 	 
e inscrito no CPF de N° 	 - j, e-tnail: 	 
residente e domiciliado na Rua 	 N° 	, bairro 	 , CEP 
. 	cidade de 	 / 	. Por seu advogado, que essa subscreve, 
conforme procuração anexada, com escritório profissional situado na Rua 	, N° 
bairro 	 , CEP . 	- 	cidade 	, UF 	, onde 
receberá todas intimações e notificações. Vem, respeitosamente na presença de Vossa 
Excelência, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
com fulcro nos artigos 30, 41 e 44, todos do Código de Processo Penal, pelo 
procedimento 	 , com base no artigo 61 da Lei 9.099/95, bem como nos 
artigos 100, § 2° 140, ambos do Código Penal, em face de (NOME DA QUERELADA) 
(SOBRENOME DA QUERELADA), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), 
portador do RO de N° 	 , orgão expedidor: 	e inscrito no CPF de N° 
. 	- 	e-mail: 	 , residente e domiciliada na 
Rua 	, N° 	bairro 	 , CEP . 	- , cidade: 	/UF: 
pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos: 
1. DOS FATOS: 
Transcrever os fatos narrados cronologicamente. 
2. DO DIREITO: 
2.1. DA INJÚRIA: 
Excelência, em conformidade com os fatos já narrados nessa queixa-crime, é sabido que 
a Demandada incorreu nos crimes tipificados no código penal nos artigos 140, 
respectivamente, Injúria, senão vejamos: 
Art. 140 — Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o 
decoro: 
Pena — detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
Tal tipo penal é conceituado por Cezar Roberto Bitencourt como sendo: 
Injuriar é ofender a dignidade ou o decoro de alguém. A injúria, que é a expressão da 
opinião ou conceito do sujeito ativo, traduz sempre desprezo ou menoscabo pelo 
injuriado. É essencialmente uma manifestação de desprezo e de desrespeito 
suficientemente idônea para ofender a honra da vítima no seu aspecto interno. (Tratado 
de Direito Penal, Parte Especial 2, Dos Crimes Contra a Pessoa, Ed. Saraiva, 12. ed. — 
2012, São Paulo, páginas. 839-840/864.) 
Da mesma forma a Querelada cometeu o crime de Injúria, uma vez que ofendeu sua 
dignidade e decoro através dos vocábulos "xxxxx " e "xxxxxxxxxx". 
2.2. DA AUTORIA E MATERIALIDADE DELITIVA: 
A Autoria e a materialidade delitiva são incontestes e serão comprovadas em instrução 
processual, pois trata-se de delito cujo meio de prova pode e deve ser comprovado por 
depoimentos testemunhais, entre outros meios probatórios em direito admitidos, tais 
como traz a vítima prints de todas ofensas pela web feitas pelo autor do fato. 
"Momento consumativo — Ocorre no instante em que um terceiro, que não o ofendido, 
toma conhecimento da imputação ofensiva à reputação, portanto, o ofendido tomou 
conhecimento dos fatos no dia xxxxxxxx, conforme documentos anexados xxxx. 
Nesse sentido: RT, 591:412 e 634:342; RTJ , 111:1.032. Formal, a difamação não exige, 
para a sua consumação, a efetiva lesão do bem jurídico, contentando-se com a 
possibilidade de tal violação. Basta, para sua existência, que o fato imputado seja capaz 
de macular a honra objetiva. Não é preciso que o ofendido seja prejudicado pela 
imputação". (DAMÁSIO EVANGELISTA DE JESUS, in Código Penal Anotado, Ed. 
Saraiva, 10' ed. — 2000, São Paulo, pág. 471). 
DOS PEDIDOS: 
Ante o Exposto, requer a Vossa Excelência: 
1- Seja designada audiência preliminar, na forma do artigo 72 da Lei 9.099/95 (Lei 
dos Juizados Especiais) para eventual composição e transação penal, e, em caso 
de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, CITADA a 
querelada para responder aos termos da ação penal; 
2- A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para se manifestar 
no feito, nos termos do artigo 45 do Código de Processo Penal; 
3- A intimação e oitiva das testemunhas abaixo arroladas; 
4- Requer ainda a fixação de valor mínimo de indenização pelos prejuízos sofridos 
pelo querelante, nos termos do artigo 387, inciso IV do Código de Processo 
Penal na importância de xxxxx; 
5- E, ao final desta, depois de confirmada judicialmente a autoria e materialidade 
dos delitos dos autos, seja a Querelada condenada, como incurso nas penas do 
artigo 140 do Código Penal pátrio; 
6- Protesta provar o alegado, por todos os meios de prova admitidos em Direito 
inseridos nessa exordial, em especial as provas xxxxx. 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Advogado 
OAB xxxxx 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
1. (PRÉ-NOME E SOBRENOME), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador 
do RU de N° 	 SSPCE e inscrito no CPF de N° 	. 	- , e-mail: 
	, residente e domiciliado na Rua 	, N° 	, bairro 	 
CEP . - cidade/UF. 
Está= 
ALCÂNTARA 
Prática III 
Professor Rodrigo Drumond 
Caso Concreto: 
Caio, que tem seu desafeto Mévio, com o intuito de caluniá-lo, resolve posta( na página do 
seu facebook no dia 20 de fevereiro de 2018 o seguinte texto: 
"Mévio é um macaco. Portanto, deve viver no zoológico. Se mude do meu bairro". 
Mévio, ao saber das postagens, que em poucos minutos causou bastante repercussão, 
efetuou "print" de toda pastagem, comprovando o fato e a autoria. Em posse de tais 
documentos, Mévio lhe procura hoje para que possa ingressar com uma ação criminal. Dessa 
forma, redija a peça processual cabível. 
A) Qual a capitulação legal? 
B) Se o fato tivesse ocorrido em dezembro de 2016 e Mévio criado facebook em 
novembro de 2017? 
C) Cabe indenização por danos morais na queixa-crime? 
D) Qual diferença entre calúnia, injúria e difamação? 
E) Cabe exceção da verdade no crime de injúria, por quê? 
F) Qual diferença entre racismo e injúria racial? 
G) E se eu imputo fato definido como contravenção penal, qual crime pratico? 
H) Cabe analogia no direito penal? Está ligado a qual princípio? 
I) Se eu for a delegacia, e registrar uma ocorrência de que fulano praticou falsamente 
fato definido como crime. Qual conduta praticou? Qual ação penal? 
Cstacio 
ALCÂNTARA 
COLOCAÇÕES PARA AULA 
São crimes praticados contra a honra. O que eu penso de mim é considerado (honra 
subjetiva), o meu sentimento de reputação, sentimento de autoestima. O que os outros 
pensam de mim, é a honra objetiva. 
Para calunia eu preciso de fato definido como crime, e essa imputação precisa ser 
falsa. 
Difamação, nela há atribuição de um fato, mas esse fato não é crime, mas um fato 
desonroso. Honra ou desonra é subjetiva. Alguém disse que sou adultero. Agora, como na 
difamação não imputo a mera prática de ato desonroso, a preservação da privacidade, o 
interesse privado prepondera sobre interesse público na descoberta daquele fato, pouco 
importando se o fato é verdadeiro ou falso. 
A injúria, é diferente. Atinge a honra subjetiva, o amor próprio. Não preciso de um 
fato, mas sim, ofender a dignidade ou decoro. Me manifestar ofensivamente, dolosamente, 
pois todos os crimes contra honra são dolosos, não cabe modalidade culposa. Pode ser uma 
mera opinião. 
A calúnia é a imputação falsa. Então quer dizer que só haverá calúnia se a imputação 
for falsa, pois há um interesse público em saber se a imputação for verdadeira, para punir o 
agente criminoso. Portanto, é possível ao autor da suposta calúnia, provar nos autos a exceção 
da verdade, tendo 3 "exceções da exceção" da verdade: A) quando o caluniado for Presidente 
da República ou chefe de governo estrangeiro, ainda que seja verdade, não se admiti a 
exceção da verdade: the king cant do no wrong. B) quando aquela acusação lançada, a pessoa 
acusada for absolvida por sentença irrecorrível. C) For crime de ação penal privada, não há 
sentença condenatória ainda. 
Difamação, se eu tiver acusado de adultério, não cabe exceção da verdade, COMO 
REGRA, uma vez que a imputação falsa não é requisito do tipo, pois a difamação existirá de 
qualquer jeito. Agora, existe exceção: quando for lançada contra funcionário público no 
interesse da função, existe um interesse estatal em saber da verdade, cabendoexceção da 
verdade nesse caso. 
• 
Injúria é totalmente incompatível com exceção da verdade. Verdadeira ou não, não 
tira o caráter ofensivo daquele crime. 
Estácio 
OOINO.e.UERICR DO EiPASit 
ALCÂNTARA 
A retratação é desdizer o que foi dito (desfalar). É possível apenas na calunia e 
difamação. A injuria é sua autoestima. A retratação extingue a punibilidade nos crimes (CD). 
A retratação não exige a aceitação do ofendido. 
Denunciação caluniosa está prevista no Art. 339 do CP. Ação penal é pública 
incondicionada. 
CASO CONCRETO 2 
"A", em forte discussão com sua esposa, chega e diz: Você é uma pessoa com 
sentimento muito complicada, e que não consigo mais confiar, pois descobri que você se 
dedica a prática do amor. "A" não só fala, mas como também traz dados que comprovam seus 
argumentos. E com isso termina o casamento. A esposa lhe procura, dizendo que foi muito 
humilhada, diante do ocorrido e deseja processar criminalmente o seu ex, "A". Qual solução 
daria para a esposa? Em caso de tipificar como crime, qual peça processual cabível? 
PROCURAÇÃO 
Outorgante: FULANO DE TAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do 
Rg n° xxxxxx-órgão emissor/UF, inscrito no CPF sob n° 000.000.000-00, residente e 
domiciliado à Rua TAL, n° 123, bairro, cidade/UF; 
Outorgado: ADVOGADO (A), brasileiro (a), inscrito (a) na OAB/UF sob n° XXX. 
XXX, com escritório profissional na Rua TAL, n° 123, bairro, Cidade-UF, CEP: 
00.000-000, onde o (a) outorgado (a) deverá receber quaisquer correspondências e/ou 
notificações referentes ao presente feito 
Poderes e fins: Pelo presente instrumento particular de procuração, os outorgantes 
nomeiam e constituem os outorgados como seus procuradores para defender seus 
interesses perante o foro em geral, com a cláusula ad judicia et extra, em qualquer 
Juizo, instância ou Tribunal, ficando, os mesmos, investidos nos poderes para o foro 
em geral previsto no art. 44 do CPP, especialmente para promover representação 
criminal - queixa crime em face de xxxxxx, noticiados no Termo Circunstanciado n° 
0000/00000, pelo crime previsto no art. xxxx do Código Penal, pois teria no dia 
xxxxxxxx, praticado xxxxxxxx da seguinte forma: xxxxxxxx. Assim, usa-se desse 
instrumento para representa-lo em todos os atos do processo, bem como recursos 
legais e acompanhando-a até decisão final. Confere ainda ao outorgado os poderes 
especiais para requerer, desistir, transacionar, conciliar, assinar termo de denúncia e 
conciliação, renunciar, desistir, transigir, em juizo ou fora dele, bem como 
substabelecer com ou sem reserva de poderes. 
Cidade/UF, data. 
Assinatura outorgante 
Qual diferença entre norma e lei? 
Na Doutrina brasileira, utiliza-se a expressão DIREITO PENAL SIMBÓLICO, cunhada por 
Hassenes para designar um processo de inflação legislativa (Renê Anel Dotti- criador da 
expressão inflação legislativa). 
Segundo Hassenes, o legislador cria um número cada vez maior de tipos penais sem a 
preocupação concreta de que eles sejam aplicáveis. Faz-se com isso a defesa de certos 
símbolos, entre os quais o de que a criação de uma lei na qual esteja prevista uma pena 
criminal tem o condão de reforçar o sentimento de segurança das pessoas. Para Hassenes, isso 
se chama governar através do crime, sem que haja uma preocupação concreta com a redução 
da criminalidade. 
Para a aplicação da insignificância, para o STF tem que haver: 
1- Mínima ofensividade da conduta, 
2- Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento (esse aspecto é 
complicado, pois pode-se não conceder o beneficio por falta de padrão, ex: 
poderia negar a insignificância para um PM que furtou uma bala de 0,50), 
Ausência de periculosidade social da ação 
3- Inexpressividade da lesão jurídica causada 
STJ Súmula n° 442: É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de 
agentes, a majorante do roubo. 
HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO: CONCURSO DE AGENTES. 
FIGURA PENAL APENADA COM SANÇÃO AUTÓNOMA. APLICAÇÃO 
ANALÓGICA DA MAJORANTE DO CRIME DE ROUBO. IMPOSSIBILIDADE. 
REINCIDÊNCIA. CAUSA OBRIGATÓRIA DE AUMENTO DE PENA. ORDEM 
DENEGADA. 
I - Não pode o julgador, por analogia, estabelecer sanção sem previsão legal, ainda que 
para beneficiar o réu, ao argumento de que o legislador deveria ter disciplinado a 
situação de outra forma. 
II - Em face do que dispõe o § 4" do art. 155 do Cádioo Penal. não se mostra possível 
aplicar a majorante do crime de roubo ao furto qualificado. 
III - O aumento da pena em função da reincidência encontra-se expressamente prevista 
no art. 61, I, do CP, não constituindo bis in idem. 
IV - Ordem denegada. 
CO-CULPABILIDADE- criada por Zaffaroni no sentido de buscar atenuar a pena 
daqueles que foram excluídos da sociedade, que não se beneficiam do progresso 
econômico, então cometem crimes, logo devem ter suas penas atenuadas. 
Hoje, o que se entende é que é necessário, na análise da culpabilidade, agregar alguns 
dados que transcendem o que está simplesmente na lei. Necessidade de fazer uma 
valoração social da culpabilidade, para que se reprove mais ou menos a conduta de 
determinada pessoa. A teoria da co-culpabilidade é a forma mais gritante de aplicar tal 
entendimento. 
*Saulo de Carvalho defende que pode aplicar a co-culpabilidade para crimes de rico. 
Ex: empresário que sonega o faz porque a política econômica do governo é muito dura 
(carga tributária muito alta), logo deve ter a pena atenuada também- co-culpabilidade às 
avessas. 
Absurdo! As bases da co-culpabilidade estão nos agentes que são excluídos e não 
naqueles que são altamente incluídos na sociedade. 
Discute-se a existência ou não de um livre arbítrio das pessoas, pois a base da 
culpabilidade é o livre arbítrio das pessoas. Se o homem não for livre para atuar, não há 
como se falar em culpabilidade. 
CONFLITO APARENTE DE NORMAS - SECA 
Princípio da especialidade: resolve o conflito aparente pelo confronto das duas normas 
em abstrato, isto é, uma das normas apresentará elementos especializantes que afastam a 
norma geral. 
Princípio da subsidiariedade: por este principio sempre que um delito for meio regular 
necessário para alcançar outro ele será absorvido pelo crime principal, tal hipótese 
pode-se dar de maneira expressa ou tácita, Ex: crime tentado x consumado e crime de 
perigo x crime de lesão mais grave. 
Consunção: estabelece a absorção de delitos que estão situados em relação de meio e 
fim com o delito principal, assim são reconhecidos como hipóteses de aplicação a 
progressão criminosa, responde pelo mais grave e não pelo menor. Crime progressivo: 
ocorre quando o sujeito para cometer um delito realiza diversos outros que são 
absorvidos pelo delito fim. Ainda o crime complexo, que é aquele que se caracteriza 
pela junção de dois tipos penais para formar um terceiro e as hipóteses de ante factum e 
pós factum impuniveis. 
Alternatividade: Boa parte da doutrina afirma que o princípio da alternatividade NÃO se 
configura como um princípio do conflito aparente de normas, porque nele não haveria 
conflito._Fala-se em princípio da alternatividade quando se está diante de tipos mistos 
alternativos, aqueles que trazem vários verbos núcleos que recaem sobre o mesmo 
objeto no mesmo contexto fático. 
Ex: comprei, transportei e depois embalei maconha. Vários vemos que recaem no 
mesmo objeto material e num mesmo contexto, logo crime único. 
*Mas quando há drogas em contextos fáticos absolutamente diferentes, terá crimes 
diferentes, ainda que para o mesmo sujeito. 
No principio da alternatividade é necessário investigar se a conduta examinada se 
desenvolve no mesmo contexto fático e recai sobre o mesmo objeto material. Presente 
isso, haverá crime único. 
*Contudo, Nilo Batista afirma que é possível reconhecer alternatividade entre tipos 
penais diferentes, quando os tipos penais tutelam o mesmo bem jurídico e as condutas 
ocorrem no mesmo contexto fático (ex: porte de arma de fogo de uso permitido com 
simultâneo porte de arma defogo de uso restrito). 
Damásio também admite essa alternatividade, porém impede que se verifique um nexo 
de causalidade entre os dois tipos penais (33 e 34 da Lei de Drogas- trafico e 
maquinismo para produção de drogas- um é meio para o outro, logo se aplica a 
alternatividade). 
Norma Penal em Branco 
Espécies: pode ser homogênea ou heterogênea. A homogênea se subdivide em 
homovitelina ou heterovitelina. É diferente de tipo aberto, que é o conceito de mulher 
honesta, onde o próprio juiz é quem dirá o que vem a ser mulher honesta e não o 
legislador. 
Crime progressivo e progressão criminosa: 
Também é hipótese de consunção o chamado crime progressivo, no qual o agente 
pratica diversos delitos visando um delito fim. E ainda a progressão criminosa, quando 
o sujeito no decorrer da ação muda o dolo para um crime mais grave. (Teoria do desvio 
subjetivo do tipo). 
LUTA- direito penal. 
No processo penal, vigora como regra, teoria do resultado, Art. 70 caput, do CPP. 
IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL 
A conduta foi praticada na véspera em que a lei penal incriminadora nova entrou em 
vigor. A decorrência logica do principio da legalidade é que a lei que vem depois não 
pode retroagir. 
Art. 5°, XL- Principio da irretroatividade da lei penal. A irretroatividade maléfica é 
consequência do principio da legalidade ou da reserva legal (para aqueles que fazem a 
diferença). *Há autores que fazem a diferença e outros não. 
Portanto, podemos depreender que a regra é a não retroatividade (irretroatividade) da 
ler gravior e a extra atividade (retroatividade ou ultra atividade) da lei penal in minus 
(ler mitior ou novatio legis 117 mel/bis). 
Art. 1° CP- reforça o principio da legalidade ou reserva legal previsto na CF. 
Art. 2° CP- previsão da retroatividade da abolitio criminis. Aplicação da lei benéfica 
que retroage. 
*A abolitio criminis é a lei mais benéfica que existe, que abole o crime 
Previsão constitucional e infraconstitucional da aplicação da lei penal no tempo. 
A CF, no art. 5°, XL dispõe que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
Depreende-se que a regra é a irretroatividade da lei mais gravosa e extra atividade da lei 
benéfica. 
*EXTRA ATIVIDADE- é gênero, que possui duas espécies: RETROATIVIDADE E 
LTLI 	RA ATIVIDADE. 
A lei mais gravosa, em regra é estática. Ao contrário da lei benéfica, que é dinâmica, se 
movimenta amplamente no tempo. Isto significa que tem extra atividade (se projeta para 
frente-ultra atividade e se projeta para trás- retroatividade). 
#A lei benéfica pode ultra agir e retroagir para uma mesma pessoa em um mesmo fato? 
Ex: pessoa pratica trafico no ano 2000, na vigência da lei anterior de pena menor. Foi 
denunciado pelo tráfico na vigência da lei nova, que prevê a possibilidade de trafico 
privilegiado (causa de diminuição de pena). 
Art. 12 da Lei 6368 c/c art. 330° da Lei 11343/09. Combinação de leis penais no 
tempo, uma retroagindo e outra ultra agindo. 
A jurisprudência do STF. entende que combinação de leis penais seria invadir a 
atribuição do Poder Legislativo, o que ofende o Pacto Federativo. :A combinação de leis 
cria unta 3" espécie de lei, o que estaria acarretando a função de legislador ao juiz 
Posteriormente STJ sumulou a questão na 5.501. STI. É \ tdada a combinação de leis 
Na doutrina tal questão não está pacificada 
9. 501 STJ- É cabível a aplicação retroativa da Lei il. 11.343.2006, desde que o 
resultado da incidência das suas disposições, na integra, seja mais favorável ao réu do 
que o advindo da aplicação da Lei H. 6.3681976, sendo vedada a combinação de leis. 
TEORIA DA CONDUTA: 
Direito Penal moderno foi todo estruturado a partir da noção de conduta (ação). 
Segundo Roxin, isto ocorreu porque sendo o crime um comportamento humano, a 
conduta seria a base sobre a qual se assentaria não apenas a responsabilidade penal, mas 
toda a teoria do delito. Nulhm crime!i sitie amdutcla- se não há conduta não há direito 
penal. A teria da conduta é importante pois a partir de suas teorias há modelos de direito 
penal totalmente diferentes. A adoção de determinada teoria da conduta gera 
concepções diferentes do direito penal. 
Ao longo da legislação há situações em que estão presentes a conduta ou não, de acordo 
com a teoria usada. 
PRÉ-CAUSALISMO: 
Nos momentos anteriores ao surgimento da Teoria Causalista, primeira grande teoria a 
estruturar um conceito de conduta a partir do qual toda teoria do delito será 
desenvolvida, poucos autores trabalhavam com a noção de conduta. Assim, para 
Feuerbach (elaborou a Teoria da Coação Psicológica- se ameaçar o homem com uma 
sanção ele muda de comportamento. Base da razão.de ser do direto penal de ameaçar 
com sanção para evitar comportamentos) o crime era a ação contrária ao direito do outro 
para qual se cominava uma pena na lei penal. 
Na mesma linha seguia Carrara, que afirmava ser o crime uma relação de contradição 
entre um ato do homem e a lei. Nos dois autores clássicos não se encontrava um 
conceito de conduta que fosse objeto de estudo dogmático. Nesse tempo, começo do 
sec. XIX, a atribuição de responsabilidade penal a um agente dependia da junção 
daquilo que se denominava de impulacio.fad e imputado buis. 
A primeira correspondia a verificação de uma ligação física do sujeito com o resultado e 
a presença de um vinculo mental entre sujeito da ação e o resultado. A imputacio iuris 
correspondia à contrariedade do fato com o ordenamento. Somente em 1821 Hegel 
desenvolve o primeiro conceito de ação a ser aplicado no direito penal, abrindo espaço 
para o surgimento de todas as teorias que lhe foram posteriores. Para Hegel, ação era 
expressão da vontade como subjetiva ou moral. 
Adotado o conceito tripartite, chega-se as teorias posteriores do précausalismo. 
Crime é fato típico, ilícito e culpável. AS cinco principais teorias justificam o conceito 
analítico de crime. 
TEORIA CAUSAL — 
Sustentava-se, Von Litz e Beling, que ação era apenas uma conduta positiva, 
movimentação corpórea sem vontade e consciência e sem culpa, pois estes eram 
elementos da culpabilidade. 
TEORIA NÉO-CLASSIC A 
Para Melhorar a teoria causal, passou-se a dizer que a conduta seria uma ação ou 
omissão, mas que o dolo e culpa ainda eram elemento da culpabilidade. Não justificava 
os crimes com culpa inconsciente (quando o agente não prevê que o resultado possa 
acontecer, por negligência, imprudência ou imperícia, há uma violação do dever legal 
de cuidado). 
TEORIA DA AÇÃO SOCIAL 
Essa teoria era baseada que o crime seria dito a partir do que a sociedade entenderia 
sobre aquele comportamento humano Essa teoria entende a ação como conduta 
socialmente relevante. (Criada por SCHIMIDT). 
FUNCIONALISMO 
Trabalha com a ideia de que o direito penal está ligado a política criminal. Claus Roxim 
criou o funcionalismo moderado. Ele não analisa uma conduta individual, mas sim 
como o direito pode ser ajudado ou ajudar as políticas criminais. Jackobs criou o 
funcionalismo, junto com Niklas Luhmann, não só o conceito de crime, mas de todo o 
direito penal, o que acabou por ser "DIREITO PENAL DO INIMIGO". Esse Direito é o 
ato de o Estado dar tratamento diferente àquele indivíduo, punindo-o de maneira mais 
severa, pois o Poder Público gastaria mais com ele do que com os outros indivíduos da 
população que cumprem a lei. Por fim, o que se extrai é que ele não deveria ser tratado 
como pessoa. Essa visão fere o Estado Democrático de Direito. Dessa forma, diz-se que 
o direito penal do inimigo não é direito nenhum. Funcionalismo dá ideia de o direito ser 
visto como um sistema entrelaçado. 
FINALISMO 
Segundo Weltzel, a ação humana é dirigida a uma finalidade. O dolo e culpa não são 
elementos da culpabilidade. Dolo seria vontade + consciência. Dolo é elemento 
normativo do tipo. Para ele, FERNANDO GALVÃO, dolo não se confunde com a 
vontade, pois o agente pode ser vontade e não ter dolo. O exemplo seria uma conduta 
pratica por erro. Essa teoria adotou a RATIOCOGNOSCENDI. 
Essa teoria explica que ilicitude e tipicidade são coisas distintas embora tenham relação 
de interdependência, uma vez que quando houver fato típico, poderá haver a ilicitude, 
Art. 23 CP (teoria da indiciariedade). 
A teoria da RATIO ESSENDI não separa o fato típico da ilicitude. 
O código adotou a teoria do assentimento para o dolo, uma vez que assentir é assumir o 
risco de produzi-lo. 
1- Qual a diferença entre norma e lei penal? 
2- Em que consiste o direito penal simbólico? 
3- Caso da boate Kiss, qual conduta que o agente praticou? 
4- A, sem saber da existência de 13, ambos com intuito de matar C, colocam veneno em 
pó na bebida de C para que ele morresse. Ocorre que, ao beber, C morre. No exame 
cadavérico, descobre-se que na bebida de C havia talco e também veneno, ou seja, 
descobre-sequei agente colocou talco, substancia inofensiva e o outro veneno, o que 
causou a morte. Diante dos fatos, tipifique a conduta dos agentes. 
5- Qual a natureza jurídica da tentativa prevista no Art. 14,11 do CP? 
6- Cabe coautoria em crime culposo? 
7- Existe homicídio privilegiado e qualificado? 
8- O que é raiz quadrada da norma penal em branco? 
9- Declaração falsa de prática jurídica é crime de falso? 
10- Eu, estaciono o carro. Não aperto o freio de mão. Saio do carro, e começo a caminhar 
para um determinado local. Ao me virar, vejo que meu veículo está descendo e acaba 
por causar lesão corporal. O MP denunciou como incurso nas penas do Art. 303 do CTB 
por praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. Foi correta a 
capitulação? 
11- A lesão corporal e a morte no CTB violam o princípio da proporcionalidade com relação 
aos mesmos tipos penais referentes no CP? 
12-O morto pode ser objeto de crime de furto? 
13- É vedado o uso de analogia no direito penal? 
14- Em que consiste a coculpabilidade às avessas? 
15- A falsifica documento e obtém a vantagem devida. É descoberto logo após com todos 
os elementos que comprovam os seus atos. O MP denunciou A pelo crime de 
falsificação de documento e estelionato. Foi correto? 
estaco 
ALCÂNTARA 
Prática III 
Professor Rodrigo Drumond 
Aula 2 
Abolitio criminis - Extingue-se o próprio tipo penal, tornando-se atípico a conduta praticada. O 
artigo 28 da lei 11.343 houve abolitio? Não, o que houve foi a descarceirização e não 
descriminalização. 
Prescrição — o mero oferecimento da denúncia não interrompe a prescrição. A rejeição não 
obsta o prazo prescricional. 
Causa impeditiva de prescrição — Art. 116 do CP. Verificar o Art. 366 do CPP c/c súmula 415 
c/c 438 ambos do STJ. 	,. • 
Sursis processual — Art. 89 da Lei 9099/95. 
Interrupção da prescrição — Art. 109 do CP. 
a) Interrompe com o recebimento da denúncia ou queixa; 
b) Sentença de pronúncia, Súmula 191 do STJ. 
c) Decisão confirmatória de pronuncia (recurso). 
d) Publicação de sentença ou acordão recorríveis; 
A pena só será em concreto quando transitar para ACUSAÇÃO, do contrário é abstrato. 
Verificar a súmula 440, 441, 361 do STJ, sumula 207 e 208 do STJ. 
COMPETÊNCIA 
Competência relativa —Territorial e prevenção. Competência em razão da matéria — Art. 69, III 
c/c 74 do CPP e, c/c 121 da CRFB, e o Art. 35 da lei 4737 que fala da Justiça Eleitoral. 
Justiça Militar — Art. 124 da CRFB- STM 
Justiça comum — Art. 125, §32 da CRFB. O militar e civil que cometem crime militar serão 
julgados na justiça militar, Art. 124 CRFB. (Ratione Materiae). O art. 125 da CRFB é apenas as 
pessoas militares. 
Estácio 
ALCÂNTARA 
Crime militar é aquele definido no Art. 9 do COM, no exercício de sua função ou praticado 
contra bens de força militar. O Art. 9, §ú — todo crime militar doloso contra vida vai para 
justiça comum (júri). 
A competência da justiça federal é descrita no Art. 109, IV da CRFB c/c as súmulas 62, 147 e 
165 ambas do STJ. 
Falsificação de passaporte é qual competência? É competência da justiça federal, quem 
falsifica é para sair do pais. 
Identidade falsa —Súmula 546 do ST1 - A competência para processar e julgar o crime de uso 
de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o 
documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor. 
CPF — a competência via de regra é estadual. Tem que olhar para a finalidade do agente. Por 
exemplo, caso seja para sonegar imposto de renda, a competência será da justiça federal. 
E o caso do índio pataxó, a competência será da justiça Estadual ou Federal? 
Está previsto no Art. 109, XI? Ele hão morreu porque era índio, não é o fato de ser índio, mas 
sim se tiver motivação de interesse do povo indígena. Art. 109, XI da CRFB. 
Incidente de deslocamento de competência —Art. 109,§5 da CRFB (IDC). Instrumento usado 
para deslocar julgamento da justiça federal para justiça estadual. É constitucional, ADI 3486. 
Auri entende ser inconstitucional, pois violaria o pacto federativo. 
Crime doloso contra vida — Homicídio, infanticídio, aborto e suicídio. Latrocínio é vara 
criminal, e não do júri. 
Jecrim — A constituição limitou o Jecrim. Crime e contravenção será sempre quando não 
ultrapassar 02 anos, mas a sua criação é pela lei 9099. 
A cúpula do executivo não pode ser julgada pelo juiz singular. 
Foro por prerrogativa de função 
A constituição deu certos tribunais a competência originária para julgar determinados Réus. 
Ti- Art. 96, III, 29,IX e 125,§1@ CERJ. Tribunal é colegiado, sendo julgamento qualificado. 
Ler 105 e 102 da CRFB. 
MP e Juiz — Art. 96,111- julgado no Ti. 
Prefeito —julgado no Ti — Art. 29, X da CRFB. 
Estácio 
ALCÂNTARA 
Prefeito que desvia verba Federal- Sumula 208 e 209 do STJ. 
Deputado Estadual — Art. 27,§1} c/c 61 da CERJ. Deputado estadual que pratica doloso contra 
vida é julgado no júri? A prerrogativa de função decorre exclusivamente de constituição 
estadual, Súmula 721 do STF aplica-se ao deputado Estadual? Não, inteligência do Art. 27,§1 
da CRFB. 
Competência interna — Art. 70— teoria do resultado ou do último ato praticado no caso de 
tentativa. 
Crime plurilocal — Cuja a conduta é em um local e o resultado em outro. Nesse caso é exceção 
por uma melhor colheita de prova. 
Crime permanente — Prevenção — Art. 71 do CPP. (121-1C 116.200 R.1). 
Regras especiais — Art. 75 do CPP 
Crimes internacionais iniciados ou consumados no estrangeiro, é JF mas qual seção? É o 
ultimo local em que houver sido tocado ou local em que se chegar a aeronave após o crime. 
Navio desligado e atracado é _IP Não, a competência é da justiça Estadual. Interpretação 
Literal do Art. 109 CRFB. 
Relativa - É a competência territorial e prevenção. Prazo para requerer a relativa Art. 396-A do 
CPP. A competência em razão da matéria e pessoa são absolutas. Pode ser reconhecida até a 
Ali; Art. 400 do CPP. 
Conflito de competência 
2 juizes de julgam competentes ou incompetentes para a mesma causa. Quem irá dirimir esse 
conflito será o Ti no qual são vinculados. Conflito entre MPE e MPF, aplica-se o Art. 102, I 
CRFB. 
Conexão — É ter um vinculo, um elo, duas ou mais pessoas ou crimes relacionados entre si. Ao 
invés de separarmos, vamos reuni-los, Art. 76 do CPP. 
Art. 76, I — conexão intersubjetiva. 
Art. 76, II - Para facilitar ou ocultar vantagem do outro, conexão teleológica/instrumental. 
Art. 76, III — Conexão probatória, quando a prova de um crime influencia na existência do outro 
crime. 
Continência- Art. 77 1— Duas ou mais pessoas praticam o mesmo crime. Art. 77- continência 
objetiva. Art. 78 CPP é para debater em sala. 
\k 
Estado 
ALCÂNTARA 
Prática III 
Professor: Rodrigo Drumond 
Aula 3 
Defesa preliminar — Art.396-A do CPP 
"Art. 396-A- Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o 
que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas 
pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando 
necessário." 
Percebam que agora, o juiz ao receber a denúncia ou queixa (art. 396), citao 
acusado para apresentar a defesa preliminar. 
Tendo como prazo válido 10 dias, o acusado terá que constituir defensor ou, não 
possuindo condições, ser defendido pelo Estado de forma gratuita. Constituída ou 
nomeada, a defesa tem a obrigação de apresentar, no decênio legal, todos os argumentos 
válidos e lícitos existentes para obter a antecipação da tutela absolutória, denominada de 
absolvição sumária do rito comum (art. 397). 
Deverá a defesa alegar tudo o que interessar: arguir preliminares (como as 
exceções de incompetência, litispendência e coisa julgada); reforçar uma tese defensiva 
previamente levantada durante a fase de investigação; fragilizar o alegado pela acusàção 
na denúncia/queixa já regularmente recebida pelo magistrado etc. 
Este também é o momento de especificar as provas que serão produzidas na 
audiência do 400, inclusive apresentando o rol de testemunhas (8 para o rito ordinário e 
5 para o rito sumário e 3 para sumaríssimo). 
As exceções serão processadas em apartado, nos moldes do que já estava 
previsto anteriormente nos Arts. 95 a 112 do CPP. 
A obrigatoriedade desta nova modalidade de defesa do rito comum fica evidente 
ao lermos o § 2.° do art. 396-A: "§ 2° Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o 
acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, 
concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias." 
Observação importante, agora para os magistrados: há um lapso na literalidade 
do § 2.° do art. 396-A: "ou se o acusado, citado, não constituir defensor". Essa regra 
deve ser válida apenas para os casos em que a citação se deu pessoalmente. Pois se o 
réu, citado por edital, não comparecer e nem constituir defensor, aplica-se a regra do art. 
366 do CPP: suspende-se o processo e a prescrição até que o réu seja encontrado. 
Estácio 
ALCÂNTARA 
Como forma de auxiliar os colegas com exemplos de pedidos de defesa 
preliminar, podemos apontar: 
a) Excludente de ilicitude - a conduta do acusado, apesar de ser típica (conduta 
dolosa ou culposa, omissiva ou comissiva, com nexo de causalidade e resultado jurídico 
nos crimes materiais, não é ilícita pois está amparada por alguma exdudente de 
ilicitude, previstas no art. 23 do Código Penal (legítima defesa, estado de necessidade, 
estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito). 
b) Excludente de culpabilidade - erro de proibição, coação moral irresistível, 
obediência hierárquica, são hipóteses de excludentes de culpabilidade. Com base na 
existência de alguma dessas circunstâncias, o réu poderá pleitear a sua absolvição 
sumária. Se o réu for menor de idade, faça prova disso pois a inimputabilidade pela 
menoridade pode ser provada neste momento e exclui a culpabilidade penal. Neste caso, 
o processo deve ser encaminhado ao Ministério Público da Infância e da Adolescência 
para a tomada das medidas cabíveis com base no Estatuto da Criança e do Adolescente 
(Lei 8.069/1990). 
c) Excludente de tipicidade - lembre-se que o delito é um fato típico, ilícito e 
culpável. Preenchidos os três elementos, surge para o Estado a punibilidade, ou seja, o 
dever de punir. A ilicitude e culpabilidade já foram explicadas anteriormente. Resta 
agora falarmos da tipicidade. 
O fato será típico se o agente praticar uma conduta previamente prevista em lei 
comissiva (ação) ou omissiva, dolosa ou culposa (quando prevista taxativamente em lei) 
atingindo o bem jurídico-penal de forma significativa, pois o resultado jurídico 
decorrente da conduta do agente (nexo de causalidade) somente será importante para o 
direito penal se, e somente se, o bem jurídico-penal for atingido de forma relevante 
(princípio da ofensividade). 
Faltando qualquer desses elementos o fato será atípico e assim, com base no 
inciso III do novo art. 397, o réu deverá ser absolvido sumariamente. 
d) Excludente de punibilidade - as causas extintivas da punibilidade estão 
previstas no art. 107 do Código Penal. Por exemplo, a prescrição. 
e) Causas supralegais de exclusão: de ilicitude, como o consentimento do 
ofendido; de tipicidade, como a adequação social; e de culpabilidade, como a 
inexigibilidade de conduta diversa. 
Estácio 
ENSINO SUPERIOR DO IiRA.S‘ 
ALCÂNTARA 
Concluindo, não é mais suficiente, para advogar na área criminal, fazer uma 
defesa prévia padrão e, nas alegações finais, postular pela simples absolvição por falta 
de provas. 
O CPP, após as -mudanças da Reforma de 2008, espera um advogado que 
efetivamente conheça o Direito Penal e Processual Penal. 
Tais teses defensivas são ferramentas constitucionais prontas para trazer justiça 
ao caso concreto. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 	VARA CRIMINAL DA COMARCA DE 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 	VARA CRIMINAL DA JUSTIÇA 
FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE 	(quando for crime federal) 
(pular 10 linhas) 
Tício, já qualificado nos autos da ação penal n° 	, que lhe move a Justiça Pública, 
vem, por seu advogado que essa subscreve conforme procuração em anexo(não esquecer da 
procuração), à presença de Vossa Excelência, oferecer: 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
com fundamento no artigo 396 e 396-A, pelos motivos de fato e de direito que passa a 
expor: 
I — DOS FATOS: 
Contar os fatos narrados exatamente como aconteceu (cronologicamente) 
Conforme narrado na denúncia, o autor do fato, no dia xxx, por volta de xx horas, 
estava no local tal... e teria praticado a conduta xxxx, uma vez que (contar o verbo ação 
exatamente como narra a peça acusatória). 
II - DO MÉRITO 
ALEGAR TUDO QUE INTERESSA PARA A DEFESA NO MÉRITO. 
IV — DO PEDIDO: 
Diante do exposto, postula-se pela anulação do processo, ab initio (se houver tese de 
nulidade), ou, caso não seja esse o entendimento de Vossa excelência, a absolvição sumária do 
réu na forma do Art. 397, do CPP (enquadrar qual o inciso conforme a tese deduzida). 
1- Opção - 397, I do código de processo penal, ( se houver manifesta excludente de 
ilicitude do fato). 
2- Opção — com fulcro no Art. 397, II do CPP (se houver causa manifesta de excludente 
da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade). 
3- Opção — com fulcro no Art. 397, III do CPP (se já houver extinção da punibilidade do 
agente). 
4- Opção — com fulcro no Art. 397,IV do CPP se já estiver extinta a punibilidade do 
agente). 
Caso Vossa Excelência assim no entenda, requer a intimação das testemunhas abaixo 
arroladas, como medida de mais lídima justiça. 
Rol de testemunhas: 
Nome, endereço e telefone. 
Nome, endereço e telefone. 
Nome, endereço e telefone. 
Nome, endereço e telefone. 
Nome, endereço e telefone. 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Local, data. 
Advogado 
OAB/xx 
Estácio 
1,4.51,30 	 A 
ALCÂNTARA 
Prática III 
Professor Rodrigo Drumond 
Problemas aula 03 
CASO 01 
Tício foi a Manaus, comprou mercadorias na zona Franca e as trouxe dentro de 
suas malas, com sua bagagem. Na alfandega, mencionou parcialmente as coisas que 
trazia embora sem qualquer ardil na ocultação. A fiscalização apreendeu a mercadoria e 
providenciou prisão em flagrante de Tido, que acabou sendo denunciado pelo crime de 
descaminha O juiz recebeu a peça exordial e determinou citação de Tido. Você é 
contratado para defende-lo. 
a) Elabore a peça profissional cabível apta a resolver a situação de Ticio. 
RESPOSTA 
A peça deverá ser a resposta à acusação- Art. 396 —A do CPP. 
Competência da Vara criminal justiça Federal 
TESES 
1 —o crime de descaminho previsto no artigo 334 do código Penal só é punido a 
título de dolo e tido citou parcialmente que trazia mercadorias em suas bagagens, 
sem qualquer ardil em sua ocultação. 
2 — ademais, quando se trata de mercadoria produzida na zona franca de Manaus, a 
sua saída para outros pontos do território nacional, sem o pagamento de tributos, não 
constitui contrabando ou descaminho, por não se tratar de mercadoria estrangeiras, 
mas nacional. 
PEDIDO: DIANTE DO EXPOSTO, REQUER A ABSOLVIÇÃO SUNMÁRIA DO 
ACUSADO, COM FULCRO NO ART. 397,III DO CPP, COMO MEDIDA DE 
MAIS LÍDIMA JUSTIÇA. 
CASO 02 
Tício, no dia 20 de fevereiro de 2018 ao passar na rua x, no município x, por 
volta de x horas, em um dia muito ensolarado, visando a subtração de um celular, que, 
ao se deparar com Monica, entretida com o seu aparelho na rua, pois estava 
conversando no whatsapp, subtrai o smartphone, que custa R$ 350,00. As câmeras da 
calçada em que a vitima se encontrava, filmaram toda empreitada criminosa. A vítima 
reconheceu o autor do fato.° MP ofereceu denúncia em face de Tício. O magistrado 
recebeu a denúncia e mandou citar o acusado. Citado o acusado, esse o procura para que 
elabore a peça cabível que finda o prazo no dia 08 de março de 2018. 
Redija a peça processual cabivel. 
CASO 13- PRATICA PENAL 
João, foi preso em flagrante delito, pois no dia 10 de janeiro do corrente ano, por volta das 10 
horas, fazendo uso de uma arma de fogo, tentou efetuar disparos contra seu vizinho Antônio. 
Foi denunciado pelo representante do Ministério Público como incurso nas sanções do Art. 
121, caput, c/c14, II, ambos do Código Penal, porque teria agido com animus necandi. Segundo 
apurado na instrução criminal, uma semana antes dos fatos, o acusado, planejando matar 
Antônio, pediu emprestada a uma colega de trabalho uma arma de fogo e quantidade de balas 
suficientes para abastecê-las completamente, guardando-a eficazmente municiada. Seu filho, a 
quem confidenciara o plano, sem que o acusado soubesse, retirou todas as balas do tambor do 
revólver. No dia seguinte, conforme já esperava, João encontrou Antônio em um ponto de 
ônibus, e, sacando a arma, acionou o gatilho diversas vezes, não atingindo a vitima, em face de 
ter sido a arma, desmuniciada anteriormente. Dos autos consta o laudo devido à 
complexidade dos fatos, o juiz concedeu as partes prazo de 5 dias para apresentação de 
memoriais. Os memoriais da acusação foram oferecidos pelo representante do MP, 
requerendo a pronuncia do acusado nos exatos termos da denúncia. 
Elabore a peça pertinente. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO JURI DA COMARCA DE 
10 LINHAS 
TíCIO, JÁ QUALIFICADO NOS AUTOS DA AÇÃO N2, QUE LHE MOVE O MINISTÉRIO PÚBLICO, POR 
SEU ADVOGADO QUE ESSA SUBSCREVE, VEM, À PRESENÇA DE VOSSA EXCELÊNCIA, APRESENTAR 
MEMORIAIS ESCRITOS 
COM FUNDAMENTO NO ART. 403, §32 DO CPP, JÚRI FUNDAMENTAR COM BASE NOS ARTS. 
403,§3 C/C 40411,5452 C/C 394,§52, TODOS DO CPP) PELAS RAZOES A SEGUIR EXPOSTAS: 
DOS FATOS: 
O RÉU ... (contar os fatos narrados na denúncia minuciosamente) 
DO DIREITO 
Ocorre que (argumentação conforme a sua tese defensiva) (mostrar no mundo jurídico onde está 
a capitulação e descrever o artigo). Fundamentar porque não é crime, porque deve ser anulado o 
processo e a partir de quando deve ocorrer essa anulação, porque deve ser tentativa, porque é 
legitima defesa, porque está prescrito ou decaiu. 
DOS PEDIDOS 
POR TODO O EXPOSTO, REQUER: 
1 opção — a anulação do processo ( todo ou a partir de tal momento (mencionar o ato viciado) 
com fulcro no Art. 564, ver qual inciso, do CPP; 
2- opção — a extinção da punibilidade dos fatos imputados ao réu, com fulcro no Art. 107, CP, 
escolher os incisos; 
3-opção — a absolvição do réu com fulcro no Art. 386, escolher os incisos, do CPP; 
4 — opção — em caso de condenação, a fixação da pena base no mínimo legal, se não houver 
circunstancia desfavoráveis, bem como a exclusão de agravantes e causas de aumento de pena; 
(verificar o regime inicial fixado, Art. 32, até o Art. 42 CP) ou a substituição da pena privativa de 
liberdade por: (verificar o Art. 43 ao 48 do CP); 
OPÇÕES DE PEDIDO NO JURI 
1 opção- a impronuncia, com base no Art. 414 do CPP (colocar o fundamento pertinente) 
2 opção — a absolvição sumária com fundamento no Art. 415 do CPP; colocar o inciso referente; 
3 opção — desclassificação com base no Art. 419 do CPP ou no caso do Art. 413 do CPP. 
4 opção — exclusão das qualificadoras ou causas de aumento de pena. (olhar o caso concreto). 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Local. data, 
ADVOGADO 
OAB/RJ xxxx 
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE 
Havendo prisão em flagrante, deve-se, antes de mais nada, analisar se a prisão é legal ou 
ilegal. 
Caso a prisão seja ilegal, a peça será o pedido de relaxamento de prisão em flagrante, com 
fundamento no Art. 310, I do CPP, além do Art. 5, LXV da CRFB. O pedido de relaxamento, 
portanto, tem como pressuposto uma prisão em flagrante ilegal, seja por vício material (não 
havia situação de flagrância), seja por vício formal (irregularidades na confecção do auto de 
prisão em flagrante, falta de entrega de nota de culpa e da comunicação à defensoria Pública). 
Se, no entanto, após a custódia, é mantido preso em virtude de eventual preventiva, na qual 
foi convertida, o que se deve combater é a preventiva. 
Pedido de liberdade provisória 
Caso haja prisão em flagrante, ainda que não convertida em preventiva, as sem qualquer 
ilegalidade, vale dizer, sem nenhum dos vícios apontados, o pedidó a ser feito é do de 
liberdade provisória, nos termos do Art. 310, III, bem como no Art. 52, LXVI da CRFB. A lei 
11.464/07 revogou a parte final do inciso II do Art. 22 da Lei 8072/90 que vedava a concessão 
de liberdade provisória aos crimes hediondos e equiparados. Portanto, de acordo com a nova 
disciplina, é possível a concessão de liberdade provisória sem fiança aos crimes hediondos 
(embora a questão seja ainda controvertida nas cortes superiores). 
Pedido de relaxamento da prisão temporária 
Tem como pressuposto uma prisão temporária ilegal, ou seja, absolutamente proibida por lei. 
Trata-se de hipótese de prisão temporária pela lei 7690, decretada no IP, que extrapola o 
prazo estabelecido naquela lei, ou decretada em processo. Nesses casos, deve-se pedir ao juiz 
o relaxamento da prisão temporária, com fulcro no Art. 5, LXV da CRFB. 
Pedido de relaxamento na preventiva 
Tem como pressuposto uma prisão preventiva ilegal, ou seja, absolutamente proibida por lei. 
Trata-se de prisão preventiva decretada fora das hipóteses do Art. 313, como por exemplo um 
crime culposo, ou cuja pena não exceda a 4 anos. Nesses casos, deve-se pedir ao juiz, o 
relaxamento da prisão preventiva, Art.52, LXV da CRFB. 
Pedido de revogação da temporária 
Tem como pressuposto uma prisão temporária desnecessária, ou seja, uma situação em que, 
em tese, seria admissivel a sua decretação, mas em concreto não há necessidade cautelar 
(periculum libertatis) que a justifique. É o caso de temporária decretada sem que haja 
necessidade para as investigações, uma vez que o investigado sempre se prontificou a 
colaborar, pois tem residência fixa, trabalha de carteira assinada, bons antecedentes e 
identidade conhecida. Nesse caso, deve-se pedir a revogação da temporária, com fundamento 
no Art. 12 Lei 7690. 
Pedido de revogação da preventiva 
Tem como pressuposto uma prisão preventiva desnecessária, ou seja, de situação em que, em 
tese, seria admissivel a sua decretação, mas em concreto não há necessidade cautelar 
(periculum libertatis) que a justifique. É o caso de preventiva decretada sem que esteja 
presente qualquer fundamento do Art. 312 do CPP. 
Assim, deve-se argumentar que, não estando presente qualquer razão que justifique a 
restrição da liberdade, deve ser a preventiva revogada (nos termos do Art. 316 do CPP) ou caso 
se entenda estar presente alguma necessidade de restrição cautelar, que seja substituída por 
outra medida cautelar prevista no Art. 319 do CPP. Quanto aos crimes hediondos ou 
equiparados, embora sejam inafiançáveis, não há qualquer impedimento para a substituição 
da preventiva por outra cautelar. 
EXERCÍCIOS DE REVISÃO PRÁTICA III 
1-Sophia, dona de urna mina de esmeraldas, com medo de ser descoberta de seus crimes, 
coagiu fisicamente o seu funcionário de nome "Rato", de forma que o sedou e, colocou seu 
dedo no gatilho numaarma, e atirou contra um outro funcionário, para que tomasse apenas 
um susto. A vítima foi lesionada seriamente, pois ficou incapacitada permanentemente para o 
trabalho, por conta do tiro do "Rato". O MP soube da ocorrência do crime, investigou e chegou 
à conclusão que Rato seria o autor desse crime, o denunciando por homicídio qualificado na 
forma do Art. 129, §29, I do Código Penal. Oferecida a denúncia, o acusado respondeu à 
acusação, e o juiz, posteriormente, após o tramite processual, marcou audiência de instrução e 
julgamento. Na instrução, o magistrado observou a norma do Art. 400, e ao final, tendo em 
vista a complexidade da causa, deferiu ao MP o prazo para os memoriais, que já foram 
apresentados, e, após, à defesa. Assim, autos estão com carga para você, advogado da defesa. 
Elabora a peça processual cabível. 
2- A, dirigindo em velocidade incompatível com ao permitindo na estrada, acreditando não 
acontecer nada, se choca com automóvel de B, que causou um considerável dano. "6" se 
dirigiu até a delegacia, registrou a ocorrência e foi instaurado um inquérito. O advogado de "B" 
ofereceu queixa-crime contra "A" pela prática de crime do crime de dano previsto no Art. 163. 
O juiz recebeu, mandou citar o réu. O acusado citado, te procura, na qualidade de advogado. 
Elabore a peça processual cabível. 
3- "A", no dia 10 de janeiro de 2018, subtraiu, com uma arma de fogo, um iphone x de Maria. 
A vítima, na delegacia, informou que o ladrão chegou, apontou a arma para ela e disse: Perdeu 
piranha, passa esse iphone agora. Que o fez imediatamente, pois estava aterrorizada com o 
fato. Que o ladrão saiu correndo. Logo após, ela começou a gritar, pega ladrão, e, três homens 
apareceram com o meliante e seu telefone. Preso em flagrante, o juiz concede liberdade 
durante o processo. Em 23 de abril, de 2018, a 13.654/18 altera os crimes de furto e roubo. Em 
01 de maio do corrente ano o autor é denunciado pela prática do crime de roubo majorado 
pelo uso da arma em até 2/3. O juiz recebe a denúncia, cita o acusado, que responde a 
acusação, e após o oferecimento dos memorias pela acusação, o processo está com vistas para 
você, advogado da defesa. 
Elabore a peça processual cabível. 
Razões de Recurso Ordinário Constitucional 
Paciente: Fulano de Tal 
Recorrida: Justiça Pública 
"Habeas Corpus n" 
Processo Originário 
Vara de Origem: 	a Criminal 
Egrégio Tribunal 
Colenda Turma 
 
 
Douta Procuradoria de Justiça 
O Paciente foi denunciado com base nos preceitos contidos no artigo 157, § 2°, I e II do Código 
Penal, crime de roubo qualificado. O douto juizo da a Vara Criminal de XX achou por bem ... 
(conta o que o juizo fez sentença). 
O paciente impetrou ação de “habeas corpus" para o respeitável Tribunal de Justiça, tendo sido 
competente a Criminal do Estado de xx, em razão de... (contar os fundamentos do pedido do 
HC e o pedido do referido remédio), Ex do pedido do HC: "...com a expedição do alvará de 
soltura e pleito liminar, que foi indeferida..." 
No presente recurso o paciente recorrerá tão-somente de (explicar o porquê está recorrendo no 
ROC). 
Nesse parágrafo, você irá fundamentar os motivos expostos no paragrafo anterior. 
Falar porque o HC do TJ está equivocado, pois também é uma fundamentação. Deve-se mostrar 
claramente porque o HC está errado ao não ser concedido e porque motivo estaria certo 
concedendo. 
PEDIDO: 
Diante de todo o exposto e de tudo o mais que dos autos consta, requer a Essa Colenda Turma, 
seja recebido, conhecido e provido, o presente apelo, após ouvida a douta Sub 
Procuradoria de Justiça, para conceder a reforma in totum da respeitável sentença ora 
recorrida, conforme requerido no h.c., impetrado em favor do recorrente, com a aplicação 
da (o pedido dependerá de acordo com a sua tese). Não esquecer também desse pedido: "pois é 
o seu direito. com a expedição do competente alvará de soltura em favor do réu, como medida 
da mais verdadeira justiça. 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local, data. 
Advogado 
OAB-RJ 
CASO 1 
-A" foi denunciado pela crime de furto qualificado mediante fraude, pois no dia 25 de julho de 
2018 subtraiu, mediante fraude um celular de R$ 600,00 reais de uma senhora na rua da feira, 
Alcântara. O advogado foi constituído, e respondeu à acusação alegando o princípio da 
insignificância, no qual foi rejeitado pelo juizo. Imediatamente impetrou um HC no tribunal 
com fundamento de ter o acusado residência fixa, bons antecedentes e trabalho. O 
Desembargador negou o pedido do HC sob o fundamento de ter o acusado 1 inquérito em curso 
de mesma espécie criminosa, o que voltaria a delinquir, caso fosse solto. 
Você, advogado da defesa, elabore o recurso cabível. 
Observar o Art. 102, II e 105,11, "A" e "B", ambos da CRFB. 
Prazo é de 05 dias de HC e de 15 dias de MS. 
Se tiver HC interposto em segunda instancia e for concedido, não cabe recurso, o máximo que 
caberá é RESP ou REX. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA 	CAMARA CRIMINAL 
DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA 	TURMA CRIMINAL 
DO EGRÉGIO TRIBUNAL FEDERAL DA 	REGIÃO (Quando o crime for de competência 
federal). 
10 linhas 
Ticio, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de 
Vossa Excelência, nos autos da apelação n° 	OPOR EMBARGOS INFRINGENTES ou 
EMBARGOS DE NULIDADE, ao venerando acordão que manteve a decisão recorrida, por 2 
votos contra 1, com base no Art. 609, parágrafo único do Código de Processo Penal, dentro do 
prazo legal. 
Nesses termos, requer seja ordenado o processamento recurso, com razões incluídas. 
Pede deferimento. 
Local, data 
OAB/xx 
RAZÕES DOS EMBARGOS INFRINGENTES 
EMBARGANTE: TíCIO 
EMBARGADO: INISTÉRIO PÚBLICO. 
APELAÇÃO N2: 
Egrégio Tribunal De Justiça 
Colenda Câmara 
ínclito desembargadores 
Douto Desembargador 
Opõem-se os presentes embargos, para que o voto vencido prevaleça, pelas razões a seguir 
aduzidas: 
DOS FATOS: 
(NARRAR OS FATOS DO PROCESSO (PORQUE APELOU, O QUE SUSTENTOU, CONTAR O CASO 
CONCRETO QUE ACONTECEU NO PROCESSO). 
DO DIREITO 
Ocorre que... (argumentação fundamentada no voto vencido. Muito cuidado, pois mesmo que 
haja outros argumentos, os limites dos embargos infringentes ou de nulidade devem conter-se 
estritamente sobre matéria tratada pelo voto divergente. 
DO PEDIDO 
Diante de todo exposto, apresentado os fundamentos dos EMBARGOS INFRINGENTES (OU DE 
NULIDADE) ora expostos, postula-se a reforma do venerado acordão recorrido para ao final, 
prevaleça o voto vencido para considerar (declarar, absolver, diminuir ...), como medida de 
mais lídima justiça. 
DICA: Deixe bem clari que você quer que o voto vencido prevaleça. 
Nesses termos, 
pede deferimento. 
Local, data. 
OAB/ 
RESUMO 
Como identificá-los: o problema descreverá situação em que um tribunal, por acórdão, 
decidiu por maioria (decisão não unânime) em desfavor do réu. Os embargos infringentes são 
cabíveis somente em julgamento de apelação, RESE ou agravo em execução. A peça não é 
oponível contra decisão monocrática, afinal, o cabimento ocorre em julgamentos por maioria, 
o que não se pode discutir quando alguém julga sozinho. 
Os embargos infringentes e de nulidade estão previstos no artigo 609, parágrafo único, 
do Código de Processo Penal, a seguir transcrito: 
Art. 609, parágrafo único: 
Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, 
admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) 
dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os 
embargos serão restritos à matéria objeto de divergência. 
Lembre-se de que são dois recursos diferentes, pois os embargos infringentes versam 
sobre o direito material e os embargos de nulidade sobre o direito processual. 
São pressupostos dos referidos recursos: 
a) Decisão de um tribunal. 
b) Decisão não unânime. 
c) Decisãonão unânime de apelação, recurso em sentido estrito. Não são cabíveis 
embargos infringentes e de nulidade no julgamento de habeas corpus, revisão criminal e 
julgamento originário. 
d) Recurso exclusivo da defesa 
OBS: Entendimento doutrinário é no sentido de que o Ministério Público pode interpor 
estes recursos, mas desde que em benefício do acusado. 
Seus embargos serão endereçados para o Relator. 
Deixe bem claro que você quer que o voto vencido prevaleça. 
(OAB/SP — 1202 Exame de Ordem) A, com 21 anos de idade, dirigia seu automóvel em São 
Paulo, Capital, quando parou para abastecer o seu veículo. Dois adolescentes, que estavam nas 
proximidades, começaram a importuná-lo, proferindo palavras ofensivas e desrespeitosas. A, 
pegando no porta-luvas do carro seu revólver devidamente registrado, com a concessão do 
porte inclusive, deu um tiro para cima, com a intenção de assustar os adolescentes. Contudo, o 
projétil, chocando-se com o poste, ricocheteou, e veio a atingir um dos menores, matando-o. A 
foi denunciado e processado perante a 1.! Vara do Júri da Capital, por homicídio simples — art. 
121, caput, do Código Penal. O magistrado proferiu sentença desclassificatória, decidindo que 
o homicídio ocorreu na forma culposa, por imprudência, e não na forma dolosa. O Ministério 
Público recorreu em sentido estrito, e a 1.2 Câmara do Tribunal competente reformou a 
decisão por maioria de votos, entendendo que o crime deveria ser capitulado conforme a 
denúncia, devendo A ser enviado ao Tribunal do Povo. O voto vencido seguiu o entendimento 
dar. Sentença de 1.2 grau, ou seja, homicídio culposo. 0V. Acórdão foi publicado há sete dias. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR DO ACÓRDÃO N. 	 DA 1° CÂMARA 
CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
A, já qualificado nos autos de recurso em sentido estrito de n2. 	por seu 
advogado, não se conformando com o acórdão, vem, respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência, dentro do prazo legal, opor EMBARGOS INFRINGENTES, com fundamento no artigo 
609, parágrafo único, do Código de Processo Penal. 
Requer seja recebido e processado o presente recurso com as inclusas razões de 
inconformismo. 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, data. 
Advogado 
OAB n9. 
RAZÕES DE EMBARGOS INFRINGENTES 
EMBARGANTE: A 
EMBARGADO: MINISTÉRIO PÚBLICO. 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO N. 	 
Egrégio Tribunal de Justiça, 
Colenda Câmara, 
Douto Procurador de Justiça, 
Em que pese o notório conhecimento jurídico da Colenda Câmara Criminal deste Egrégio 
Tribunal de Justiça, a reforma do venerando acórdão é medida que se impõe pelas razões de 
fato e de direito a seguir expendidas: 
I — DOS FATOS: 
A, ora Embargante, foi denunciado como incurso nas penas do art. 121, caput, do Código 
Penal, porque, irritado com a conduta de dois adolescentes, efetuou um disparo de arma de 
fogo para o alto, assim agindo no sentido de assustar aqueles que julgou portarem-se de 
maneira inconveniente. Efetuado o disparo, o projétil, após chocar-se com um poste, 
ricocheteou e atingiu um dos jovens, sendo a lesão causa eficiente de sua morte. 
O magistrado proferiu sentença desclassificatória, por entender tratar-se de homicídio 
culposo. O Ministério Público recorreu em sentido estrito, requerendo fosse o réu processado 
nos exatos termos da exordial acusatória. 
A 12 Câmara deste Tribunal, por decisão não unânime, reformou a decisão recorrida, sendo 
certo que o voto divergente entendeu que o Embargante deve ser processado por homicídio 
culposo. 
II — DO DIREITO: 
Analisando o conteúdo dos autos, verifica-se a ter razão o julgador que proferiu o voto 
vencido. 
Pela dinâmica dos fatos, vê-se que o agente não agiu com a vontade direta e 
consciente de produzir o resultado morte, diante do que não se pode falar em dolo direto. Não 
há que se falar também em dolo eventual, vez que o Embargante não agiu assumindo o risco 
de produzir o resultado lesivo. 
Ao efetuar disparo de arma de fogo, A deixou de tomar as cautelas necessárias para 
que o projétil não ricocheteasse em nenhum objeto, vindo a atingir terceiros que estivessem 
próximos ao local dos fatos, de forma que agiu de modo imprudente. 
No palco dos acontecimentos, evidente o cometimento de crime culposo (Código 
Penal, art. 121, § 39), em razão do que inexistem motivos para que seja o Embargante 
processado, e talvez até condenado por conduta mais grave que aquela supostamente 
praticada, eis que a pretensão punitiva não pode servir de escusa para a prática de abusos. 
III — DO PEDIDO: 
Em razão do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, acolhendo-
se o voto vencido com o fim de manter-se a desclassificação, para que seja o embargante 
processado pela suposta prática de homicídio em sua forma culposa. 
Local, data. 
Advogado 
OAB n9. 
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR 
1) Aurélio, promotor de justiça, oferece denúncia contra Agripino, empresário, 
descrevendo infração penal tipificada como receptação ocorrida em outubro de 2008. 
Contudo, esquece-se de apresentar o rol de testemunhas na peça inicial, além de 
narrar fato equivocado, fazendo inserir circunstancias totalmente distorcidas da 
realidade, não oferecendo, outrossim, a qualificação do indiciado. O Magistrado, ao 
tomar conhecimento do teor da denúncia, rejeita-a, expondo os motivos para tal. O 
MP recorre de tal decisão, expondo os motivos de seu inconformismo, reiterando que 
ação penal deve ser recebida, para ao final da instrução probatória, ser o réu da 
decisão do juiz, bem como do recurso interposto pelo promotor de justiça. 
Assim, proponha a peça processual cabível que julgar correta para a defesa de Agripino. 
Tido, foi denunciado pela prática do crime de roubo majorado pelo uso da arma, Art. 157,§22) 
do CP, uma vez que estava no local x, na hora x, e subtraiu, mostrando arma de fogo, um 
iphone X. Em seguida, Tido saiu correndo, e logo após, questão de segundos, começou uma 
perseguição para prendê-lo. Na perseguição, o meliante sumiu com a arma, sendo certa que 
nunca fora encontrada, pois a jogou no rio, sem que ninguém percebesse. Meia hora depois, o 
autor do fato foi apreendido. O acusado foi citado, e, encerrada a audiência do Art. 400 do 
CPP, não houve requerimento de diligências. Tendo em vista ser o processo complexo, a 
defesa requereu prazo para oferecer a peça cabível por escrito. 
Elabore a peça processual pertinente para sua defesa. 
APELAÇÃO 
MODELO PARA AULA DE PRÁTICA III 
ESTÁCIO — CAMPUS ALCÂNTARA 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUR JUIZ DE DIREITO DA 	VARA CRIMINAL DA COMARCA 
DE - 
PROCESSO N9: 
Y, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, por intermédio de seu 
advogado (verificar o Art. 577 do CPP) que essa subscreve, nos autos que o Ministério Público 
lhe move, vem, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitosa sentença de 
fls. 	INTERPOR a presente 
APELAÇÃO 
Com fundamento no Art. 593 	,do código de processo penal. 
Requer, após o recebimento, com razões incluídas, (verificar o Art. 600 do CPP), ouvida a parte 
contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça, onde serão 
processados e provido o presente recurso. 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local, data. 
Advogado 
OAB 
RAZÕES DA APELAÇÃO 
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado 	 
Origem: 	, VARA CRIMINAL DA COMARCA DE 
PROCESSO N9 
APELANTE: 
APELADO: Ministério Público 
Colenda Câmara 
Douta Procuradoria 
X foi processado com incurso nas penas do Art. ... (descrever porque artigo ele responde), 
porque no dia xxx,...(descrever a dinâmica do fato). Sempre usar o verbo no futuro do 
pretérito. Ex: o crime TERIA acontecido, .... supostamente o apelante teria praticado o crime 
Nesse próximo parágrafo, (falar como o juiz ou porque o juiz condenou). O MM. Juiz 
condenou-o ao cumprimento da pena de x anos de reclusão, em regime x, sem permitir que 
recorresse em liberdade/permitindo recorrer em liberdade. 
A respeitáveldecisão merece reforma, pelo fatos motivos a seguir expostos: 
I se houver preliminar, arguir primeiro. Caso contrário, entra logo no mérito da sua tese. 
EX: preliminar de cerceamento de defesa 
EX: I. DO MÉRITO 
La) Da absolvição por insuficiência de provas 
Não há provas suficientes para a condenação do apelante, devendo prevalecer o principio 
constitucional da presunção de inocência. A única pessoa a apontar o recorrente como autor 
da infração penal foi a vitima, que, como explorado ao longo da instrução e reconhecido pela 
própria decisão atacada, é inimiga de fulano. Logo, suas declarações não são dignas de 
credibilidade e não podem sustentar sua condenação. 
As demais testemunhas não presenciaram o momento em que os acusados estavam com a 
ofendida, de modo que nada podem informar a respeito. 
Da aplicação errônea da pena 
Somente para argumentar, caso não seja acolhida a preliminar levantada, nem seja acolhido o 
pedido de absolvição, requer a diminuição da pena conforme a seguir: 
2. do afastamento da causa de aumento e do reconhecimento da participação de menor 
importância. 
O ilustre julgador aplicou a causa de aumento de quarta parte, fundando na existência de 
concurso de duas ou mais pessoas, valendo-se do disposto no Art. X. há um equívoco, na 
medida em que o referido aumento somente seria possível nas hipóteses x, o que não é no 
caso em tela, uma vez que xxxxx. 
Assim, não há que se elevar a pena por conta disso. 
Argumentou-se ainda ser xxxx, o que está errado, uma vez que o caso não é sobre xxxx, mas 
sim yyyyyy, não podendo incidir a causa de aumento de pena/qualificadora. Portanto, há um 
erro, não podendo incidir essa causa de aumento/qual ificadora nessa hipótese aqui exposta. 
DO PEDIDO 
Ante o exposto, processado o presente recurso, requer o apelante, a REFORMA DA SENTENÇA 
PARA: 
1- Seja acolhida a preliminar de nulidade do processo para xxxxx (depende da tese de 
nulidade sustentada). 
2- Assim, não ocorrendo, requer seja provido o recurso para que se decrete a sua 
absolvição por (sua tese). 
3- Finalmente, caso seja mantida a condenação, requer seja reconhecida a exclusão das 
causas de aumento de pena/qualificadora, ou o reconhecimento da causa atenuante/ 
privilégio, devendo ser fixada no patamar mínimo legal, aplicando-se o regime mais 
favorável para o início do cumprimento da pena. 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local, data. 
Advogado 
OAB. 
(OAB — 2016 — PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL— PENAL) 
No dia 24 de dezembro de 2014, na cidade do Rio de Janeiro, Rodrigo e um amigo não 
identificado foram para um bloco de rua que ocorria em razão do Natal, onde passaram a 
ingerir bebida alcoólica em comemoração ao evento festivo. Na volta para casa, ainda em 
companhia do amigo, já um pouco tonto em razão da quantidade de cerveja que havia bebido, 
subtraiu, mediante emprego de uma faca, os pertences de uma moça desconhecida que 
caminhava tranquilamente pela rua. A vítima era Maria, jovem de 24 anos que acabara de sair 
do médico e saber que estava grávida de um mês. Em razão dos fatos, Rodrigo foi denunciado 
pela prática de crime de roubo duplamente majorado, na forma do Art. 157, § 2o, incisos I e II, 
do Código Penal. 
Durante a instrução, foi juntada a Folha de Antecedentes Criminais de Rodrigo, onde 
constavam anotações em relação a dois inquéritos policiais em que ele figurava como 
indiciado e três ações penais que respondia na condição de réu, apesar de em nenhuma delas 
haver sentença com trânsito em julgado. Foram, ainda, durante a Audiência de Instrução e 
Julgamento ouvidos a vítima e os policiais que encontraram Rodrigo, horas após o crime, na 
posse dos bens subtraídos. Durante seu interrogatório, Rodrigo permaneceu em silêncio. Ao 
final da instrução, após alegações finais, a pretensão punitiva do Estado foi julgada 
procedente, com Rodrigo sendo condenado a pena de 05 anos e 04 meses de reclusão, a ser 
cumprida em regime semiaberto, e 13 dias-multa. O juiz aplicou a pena-base no mínimo legal, 
além de não reconhecer qualquer agravante ou atenuante. Na terceira fase da aplicação da 
pena, reconheceu as majorantes mencionadas na denúncia e realizou um aumento de 1/3 da 
pena imposta. 
O Ministério Público foi intimado da sentença em 14 de setembro de 2015, uma segunda-feira, 
sendo terça-feira dia útil. Inconformado, o Ministério Público apresentou recurso de apelação 
perante o juízo de primeira instância, acompanhado das respectivas razões recursais, no dia 30 
de setembro de 2015, requerendo: 
i) O aumento da pena-base, tendo em vista a existência de diversas anotações na Folha de 
Antecedentes Criminais do acusado; 
ii) O reconhecimento das agravantes previstas no Art. 61, inciso II, alíneas 'h' e 'I', do Código 
Penal; 
iii) A majoração do quantum de aumento em razão das causas de aumentos previstas no Art. 
157, §2o, incisos I e II, do Código Penal, exclusivamente pelo fato de serem duas as 
majorantes; 
iv) Fixação do regime inicial fechado de cumprimento de pena, pois o roubo com faca tem 
assombrado a população do Rio de Janeiro, causando uma situação de insegurança em toda a 
sociedade. 
A defesa não apresentou recurso. O magistrado, então, recebeu o recurso de apelação do 
Ministério Público e intimou, no dia 19 de outubro de 2015 (segunda-feira), sendo terça feira 
dia útil em todo o país, você, advogado(a) de Rodrigo, para apresentar a medida cabível. 
Com base nas informações expostas na situação hipotética e naquelas que podem ser inferidas 
do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de habeas corpus, no último 
dia do prazo, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5.00) 
RESPOSTA DA PEÇA 
Obs.: O examinando deve indicar todos os fundamentos e dispositivos legais cabíveis. A mera 
citação do dispositivo legal não confere pontuação. 
COMENTÁRIOS: O candidato deveria elaborar CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO, nos termos do 
art. 600 do CPP. 
Como a intimação da defesa se deu em 19.10.2015, o prazo para a apresentação das 
contrarrazões se esgotou em 27.10.2015, terça-feira, eis que o prazo para a apresentação das 
contrarrazões é de 08 dias, nos termos do art. 600 do CPP. 
Preliminarmente, o candidato deveria alegar a INTEMPESTIVIDADE do recurso de apelação 
interposto pelo MP. Isso porque o MP foi intimado em 14.09.2015, tendo interposto recurso 
de apelação apenas em 30.09.2015. O prazo para a interposição de apelação é de apenas 05 
dias, tendo expirado para o MP em 21.09.2015 (dia 19.09.15 caiu num sábado). 
No mérito, o candidato deveria rebater os argumentos do MP. 
Primeiramente, não há que se falar em majoração da pena base em razão da existência de 
inquéritos policiais e ações penais em curso, sob pena de violação ao princípio da presunção 
de não culpabilidade. Trata-se de entendimento consolidado e sumulado pelo STJ (súmula 444 
do ST1). 
Além disso, não devem ser aplicadas as agravantes do art. 61, II, "h" e "I". Vejamos o que 
dizem tais dispositivos: 
Art. 61 — São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou 
qualificam o crime:(Redação dada pela Lei n2 7.209, de 11.7.1984) 
(...) li—ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei n° 7.209, de 11.7.1984) 
(--.) 
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; (Redação dada 
pela Lei n° 10.741, de 2003) 
I) em estado de embriaguez preordenada. 
A agravante de ter sido o crime praticado contra mulher grávida é inaplicável, eis que a 
questão deixa claro que a vítima estava grávida de apenas um mês, logo, tratava-se de 
gravidez NÃO APARENTE. Assim, o agente não pode ser responsabilizado por um fato que não 
entrou em sua esfera de conhecimento. 
Com relação à agravante da embriaguez preordenada, o candidato deveria argumentar que 
não se tratava de embriaguez preordenada. A embriaguez preordenada ocorre quando o 
agente deliberadamente Se embriaga PARA praticar o delito, ou seja, para tomar coragem e 
praticar o crime. Nãofoi isso que ocorreu no caso. O agente bebeu para comemorar o natal e, 
culposamente, acabou se embriagando. 
O candidato deveria rebater, ainda, a alegação de que deveria haver a majoração do quantum 
de aumento de pena decorrente das majorantes do art. 157, §2°, I e II do CP. Isso porque o MP 
sustentou que o mero fato de serem duas majorantes seria suficiente para que o Juízo 
aplicasse aumento superior ao mínimo permitido. Contudo, tal circunstância não é 
fundamento idôneo, nos termos do enunciado de súmula M2 443 do STJ: 
Súmula 443 do STJ — O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo 
circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a 
mera indicação do número de majorantes 
Por fim, o candidato deveria rebater o pleito de fixação de regime inicial fechado. Isso porque 
o MP sustentou, apenas, que o regime inicial fechado seria recomendável com base na 
gravidade abstrata do delito. A gravidade abstrata do delito, porém, não é argumento idôneo 
para que o Juízo proceda à fixação de regime prisional mais gravoso do que aquele admitido 
pela quantidade de pena imposta, conforme entendimento já solidificado tanto do STF quando 
do STJ: 
Súmula 440 do STJ — Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de 
regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas 
na gravidade abstrata do delito. 
SÚMULA 718 do STF — A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não 
constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido 
segundo a pena aplicada. 
SÚMULA 719 do STF — A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena 
aplicada permitir exige motivação idônea. 
Nos pedidos, o candidato deveria requerer: 
1— Primeiramente, o não conhecimento do recurso de apelação, ante a intempestividade. 
2 — Subsidiariamente, no mérito, seja negado provimento ao recurso, com a consequente 
manutenção da sentença proferida pelo Juizo a quo. 
Prática Penal 
Recursos: 
É um direito da parte, na relação processual, de se insurgir contra determinadas decisões 
judiciais, requerendo a sua revisão, total ou parcial, por órgão jurisdicional superior. Os 
recursos devem ser voluntariamente interpostos. 
São efeitos do recurso: 
Devolutivo- permitindo que o tribunal ou turma recursal, nas infrações de menor potencial 
ofensivo, para qual é dirigido reveja, integralmente, a matéria sujeita a controvérsia. 
Suspensivo— significando que a decisão não produz efeitos até que transite em julgado; 
Regressivo — autorizando que o próprio órgão prolator da decisão reexamine a questão, 
voltando atrás, modificando-a (na realidade é a permissão para o juízo de retratação, que 
ocorre, por exemplo, quando se ingressa com recurso em sentido estrito, possibilitando ao 
magistrado rever sua decisão, alterando-a. 
O cabimento — deve-se respeitar expressamente seu cabimento de acordo com a lei. 
RESE (Recurso em Sentido Estrito) 
Art. 581 a 592. 
É recurso cabível contra decisões interlocutórias. Essa é a regra, mas cabe contra decisões 
terminativas, como por exemplo, a decisão de extinção da punibilidade, Art. 581, VIII CPP; 
contra decisão que nega ou concede HC, Art. 581, X do CPP. 
Prazo para interposição é de 05 dias, ou, no caso de inclusão ou exclusão de jurados na lista, 
20 dias. 
O processamento se dá em apartado, subindo somente o RESE, ficando o processo originário 
na vara principal, SALVO, no caso de reexame necessário, (concessão ou denegação de HC), 
não recebimento de denúncia ou queixa, procedência das exceções, pronúncia, extinção da 
punibilidade, hipóteses de existência de prejuízo para o prosseguimento da instrução, Art. 583 
do CPP. 
O RESE provoca efeito regressivo, ou seja, conhecida as razoes, o juiz pode se retratar, 
modificando sua decisão. Se tal situação não acontecer, basta que a outra parte se manifeste 
e, então, o processo subirá ao tribunal. 
Não esquecer da hipótese do Art. 588 do CPP ( leitura). 
CASO CONCRETO 
"F" foi pronunciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil e recurso que impossibilitou a 
defesa da vítima, não havendo exame necroscópico nos autos. O juiz, ainda assim, entendeu 
presente a materialidade da infração penal, alegando haver corpo de delito indireto. O réu, 
que contestara a prova de existência do delito, havia alegado, subsidiariamente, a ocorrência 
de legitima defesa, igualmente afastada na pronúncia. O magistrado permitiu que o acusado 
aguardasse o júri em liberdade. 
Como advogado de "F", interponha o recurso cabível. 
Esqueleto da peça: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 	VARA DO TRIBUNAL DÓ JÚRI DA 
COMARCA DE 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 	VARA CRIMINAL DA COMARCA DE 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 	VARA CRIMINAL DA JUSTIÇA 
FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE (quando for crime FEDEDERAL) 
10 LINHAS 
Processo n: xxxxxx 
'F', já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, por seu advogado que 
essa subscreve, devidamente constituído, nos autos da ação penal que lhe é movida, 
inconformado com a decisão de pronuncia, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, 
interpor o presente 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
Com fundamento no Art. 581, 	do CPP, requerendo seja o presente recurso recebido e, 
levando-se em consideração as razoes em anexo, possa haver o juízo de retratação, com a 
finalidade de (colocar o que se pretende, ex: impronunciar o acusado. Assim, não entendendo 
Vossa Excelência, requer o processamento do recurso, remetendo-se ao Egrégio Tribunal de 
Justiça. 
Termos em que, desnecessária a formação de instrumento, Art. 583, CPP. 
Pede deferimento. 
Local, data 
ADVOGADO 
OAB/xx 
RAZÕES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
VARA DO JURI DA COMARCA DE 
PROCESSO N: 
RECORRENTE: 
RECORRIDO: Ministério Público 
EGRÉGIO TRIBUNAL 
COLENDA CAMARA 
INCLITOS DESEMBARGADORES 
DOUTA PROCURADORIA DE JUSTIÇA 
Não se conformando com a respeitável decisão proferida contra o recorrente, data vênia, vem, 
recorrer em sentido estrito, aguardando ao final se dignem em reforma-la, pelas razões a 
seguir expostas: 
DOS FATOS 
O réu foi pronunciado ou teve negado seu HC, (expor uma das hipóteses do Art. 581 do CPP) 
como incurso nas penas do Art. Xxx, porque no dia xxxx (contar os fatos, um breve relato da 
decisão, a ser impugnada, porque motivo ela pronunciou, -não recebeu a denúncia, enfim, 
reproduzir os fundamentos da decisão a ser impugnada), 
DO DIREITO 
Argumentação da tese de defesa, que deverá corresponder ao inciso 581 do CPP. 
Após a narrativa dos fatos acima, levanta-se preliminares relativas a eventuais falhas 
processuais. Não havendo nulidade a sanar, a defesa vai, depois desse breve relato, para o 
mérito da decisão a ser impugnada, considerando sempre a autoria e materialidade dos fatos). 
A decisão de Fls. 	não pode prevalecer, pois p Art. 	estabelece, dispõe que .... (Sustentar 
a tese.) como por exemplo, indícios da autoria e materialidade do fato. 
A autoria não se comprova nos autos pelo fato de .... (Sustentar a tese especificamente e citar 
provas, se houver). 
A materialidade não se apresenta no processo, uma vez que ... (Sustentar o porquê da 
ausência). 
Cuida-se de decisão sem embasamento legal para que (colocar a consequência da decisão) 
pronuncie o acusado, levando-o para julgamento ao tribunal popular sem as provas (citar as 
teses acima). Ademais (pode citar outra tese, mas que não sejam as principais) citar uma tese 
simples, como ideia de reforço. Caso não haja, não há problema. 
Por tais motivos, vislumbra-se a inexistência de prova de materialidade e autoria (Que são as 
duas teses acima). (Reforça e retoma, finalizando as teses anteriores). 
Pode-se atacar, nesse parágrafo, outra tese principal, subsidiária, ou, sendo as duas anteriores 
preliminares, ataca-se, nesse momento, a tese principal de mérito. 
Nesse momento, ataca-se de forma

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