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geologia do petróleo 2

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Ana Carolina Oliveira Furtado de Sousa
Estudo DIrigido – Geologia do petróleo ii
Cabo Frio
2018
UNIVERSISDADE ESTÁCIO DE SÁ
Ana Carolina Oliveira Furtado de Sousa
Trabalho de conclusão de Curso apresentada, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia de Petróleo à Universidade Estácio de Sá.
Professora: Ana Maria
Cabo Frio
2018
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO....................................................................................................5
2 OBJETIVO..........................................................................................................7
3	DESENVOLVIMENTO......................................................................................9
4 	CONCLUSÕES..................................................................................................17
REFERÊNCIAS.................................................................................................18
1. INTRODUÇÃO
Origem das bacias sedim entares
As bacias são classificadas em função de um contexto geotectônico. Podem se formar nas margens ou dentro do continente de bacias Extensionais, que são bacias marginais do tipo atlantico, riftes interiores e bacias transtensionais, e por ultimo bacia Intracratônicas.
 As bacias sedimentares são depressões na superfície que, com o tempo, foram sendo preenchidas por sedimentos de dois tipos principais: restos de animais, fragmentos de conchas, ossos, recifes de coral e materiais depositados pelo efeito da erosão de áreas adjacentes à bacia pela ação do vento, água, geleiras ou rios. Ainda de acordo com a origem dos sedimentos, podemos dividir as bacias sedimentares em três tipos: aquelas que são constituídas exclusivamente por sedimentos do meio terrestre; as que são constituídas exclusivamente por sedimentos do meio marinho; e as que são constituídas por sedimentos de ambos os meios, sendo este último o tipo mais comum.
Um sistema petrolífero compreende um conjunto de rochas geradoras e todas as acumulações de petróleo e gás a elas geneticamente associadas, inclui também todos os elementos e processos responsáveis por essas acumlações.
O comportamento do petróleo desde sua origem até seu acúmulo que envolve um conjunto de estudo que define a independência entre rocha, fonte, reservatório,selante, trapas, geração migração e acúmulo.
2. OBJETIVO 
È uma pesquisa orientada pela Professora Ana Maria da disciplina de Geologia do Petroóleo II do conteúdo de estudo dirigido dessa disciplina.
3. DESENVOLVIMENTO
Constituição do Sistema Terra
O sistema terrestre é o conjunto de elementos que garante o funcionamento dos componentes do planeta Terra em sua superfície, bem como as suas recorrentes transformações ao longo do tempo. 
Basicamente, o sistema terrestre é constituído a partir do relacionamento entre as formas de relevo e suas influências endógenas (internas) e exógenas (externas), a dinâmica climática e dinâmica cíclica da água. Portanto, podemos entender o sistema terrestre como a relação entre os diferentes componentes da litosfera, atmosfera e hidrosfera,  com a consequente formação da biosfera.
Definição das categorias das rochas que compõem a Litosfera.
As magmáticas ou ígneas formam-se da consolidação do magma. Quando formadas em profundidade, são chamadas de intrusivas ou de plutônicas. Os granitos são exemplos desse tipo de rocha. Quando formadas na superfície, são denominadas vulcânicas ou eruptivas, e o basalto.
As metamórficas resultam da transformação de outras preexistentes, tanto das magmáticas, quanto das sedimentares. Como exemplo, temos alguns gnaisses, formados a partir do metamorfismo dos granitos, e o mármore, formado a partir do metamorfismo dos granitos, e o mármore, formado a partir do calcário, que é uma rocha sedimentar.
As sedimentares, que podem ser formadas por deposição de detritos, originados da ação erosiva, de qualquer outra rocha. A areia de praia é um exemplo de terreno sedimentar que pode vir a formar uma rocha sedimentar desse tipo, um arenito, se sofrer um processo de consolidação.
Tempo Geológico - Datação Absoluta e Datação Relativa
Em física nuclear, a datação se caracteriza pela técnica de classificação etária de objetos (como minerais, fósseis etc.) que utiliza a lei de decaimento radiativo de um determinado nuclídeo: Datação absoluta, como por exemplo a datação radiométrica.
Há, contudo, outra possibilidades de datação:
Datação relativa: é um dos grandes desafios dos geólogos e paleontólogos. Para isso tiveram que encontrar métodos de determinar a idade de um rocha ou de um fóssil, isto é, saber há quanto tempo eles se formaram e na datação relativa eles comparam a disposição de estratos de que sabem aproximidamente a data de origem e comparam com os fósseis.
Datação absoluta: é o procedimento do cáculo da idade absoluta de uma rocha e dos minerais que contém certos radioisótopos (isótopos radioativos).
Este processo de datação baseia-se na tendência que certos átomos de elementos químicos demonstram para emitirem partículas e radiação a partir dos seus núcleos instáveis, esta emissão designa-se por radioactividade.
Conceitos básicos da tectônica de placas
Placas tectônicas são conjuntos de blocos sólidos que compõem a crosta externa terrestre, conhecida por litosfera, responsável por sustentar os oceanos e continentes.
As placas tectônicas estão em constante movimento, se afastando ou se aproximando uma das outras. 
Classificação das bacias sedimentares brasileiras.
A classificação das bacias sedimentares é feita a partir de critérios essencialmente tectônicos, tais como: localização relativa aos limites das placas, a natureza do substrato da crusta, a evolução tectônica e o grau de deformação.
Dessa forma, podem ser considerados os seguintes tipos: fossas de afundamento, bacias intracratônicas, bacias oceânicas, margens continentais, bacias frontais, bacias de retroarco, bacias intramontanhosas e bacias de pull-apart.
Datadas do Paleozoico, do Mesozoico e do Cenozoico, as bacias sedimentares brasileiras são divididas em três tipos, a saber:
Bacias sedimentares de grande extensão: bacias Amazônica, do Parnaíba (ou Meio-Norte), do Paraná (ou Paranaica) e Central;
· Bacias sedimentares de menor extensão: bacias do Pantanal Mato-Grossense, do São Francisco (ou Sanfrancaiscana), do Recôncavo Tucano e a Litorânea;
· Bacias de compartimento de planalto (bacias muito pequenas): bacias de Curitiba, Taubaté e São Paulo, dentre outras.
Atualmente, nove das bacias sedimentares brasileiras são produtoras de petróleo. São elas: Campos, Espírito Santo, Tucano, Recôncavo, Santos, Sergipe-Alagoas, Potiguar, Ceará e Solimões.
O ciclo das rochas, formação das rochas sedimentares com exemplo dos principais minerais formadores destas rochas.
Ciclo das rochas é o processo de transformação das rochas, que mudam sua composição mineralógica e propiciam a existência de seus três principais tipos: magmáticas, metamórficas e sedimentares. A existência desse ciclo evidencia o caráter dinâmico da litosfera terrestre, fruto tanto das ações dos agentes endógenos quanto dos agentes exógenos de transformação da superfície.
As rochas sedimentares formam-se por três processos principais:
· pela deposição das partículas originadas pelo intemperismo de outras rochas - rochas sedimentares clásticas ou detríticas;
· pela precipitação de substâncias em solução - rochas sedimentares quimiogénicas; e
· pela deposição dos materiais de origem biológica - rochas sedimentares biogénicas.
Formação dos sedimentos e classificação das rochas sedimentares, c1ásticos, químicas e bioquímicas.
· Rochas sedimentares clásticas: são compostas por fragmentos de materiais derivados de outras rochas. São compostas basicamente por sílica (ex: quartzo), com outros minerais comuns, como feldspato, anfibólios, argilominerais e raramente alguns minerais ígneos mais exóticos. A classificação das rochas sedimentares clásticas écomplexa, porque há muitas variáveis envolvidas. A granulometria (tanto o tamanho médio, como a gama de tamanhos de partículas), a composição das partículas, do cimento e da matriz (o nome dado às pequenas partículas presentes nos espaços entre os grãos maiores) são tomadas em consideração. Em relação à granulometria, pode dizer-se que, por exemplo, a argila pertence ao grupo com partículas mais finas, os arenitos com partículas de tamanho intermédio, e os conglomerados formados por partículas maiores.
· Rochas sedimentares biogênicas são formadas por materiais gerados por organismos vivos, como corais, moluscos e foraminíferos, que cobrem o fundo do oceano com camadas de calcita que podem mais tarde formar calcários. Outros exemplos incluem os estromatólitos, e o sílex encontrado em nódulos em giz (que é em si uma rocha sedimentar biogênica, uma forma de calcário).
· Rochas sedimentares quimiogênicas podem se formar quando em soluções minerais, tais como a água do mar que se evapora. Os exemplos incluem o calcário, o halite e o gesso.
 Rocha sedimentares
As rochas sedimentares no senso estrito são aquelas formadas a partir do material originado da destruição erosiva de qualquer tipo de rocha, material este que deverá ser transportado e posteriormente depositado ou precipitado em um dos muitos ambientes de sedimentação da superfície do globo terrestre. Na maioria das vezes apresentam-se estratificadas. No senso lato incluem também qualquer material proveniente das atividades biológicas. O critério da classificação das rochas sedimentares segue vários princípios, normalmente combinados entre si, como o ambiente, o tipo de sedimentação, constituição mineralógica ou tamanho das partículas.
 Segundo o ambiente de sedimentação, podem ser classificados em sedimentos continentais, que são subdivididos em fluvial, lacustre ou lagunar, desértico, leque aluvial e glacial, e sedimentos marinhos, que, de acordo com a profundidade da zona que ocupam, podem ser do tipo nerítico, batial ou abissal.
 Segundo o tipo, podem ser classificados em clásticos, químicos e orgânicos. Os sedimentos clásticos são constituídos por fragmentos desagregados das diversas rochas pré-existentes (vulcânicas, metamórficas ou mesmo sedimentares) que, transportadas para outras regiões, são depositados em camadas (estratos). Distinguem-se: macroclásticos (psefitos e psamitos, do grego psephis, seixo e psamos areia) e microclásticos (pelitos, do grego pelos, lama). Os psefitos constituem-se de seixos, isto é, grãos maiores que os de areia; os psamitos, de grãos do tamanho dos de areia e os pelitos, de grãos do tamanho dos de silte e argila
Classificação Granulométrica dos Sedimentos Clásticos
 Sedimentos clásticos: são partículas depositadas fisicamente, como os grãos de quartzo e feldspato derivados de um granito alterado. (Clástico é derivado da palavra grega klastos, “quebrado”). Esses sedimentos são depositados pela água corrente, pelo vento e pelo gelo e formam camadas de areia, silte e cascalho). Que os sedimentos clássicos podem ser transformados em rochas. Por exemplo:
Conglomerado : é uma rocha sedimentar de tipo detrítico formada majoritariamente por clastos e fragmentos arredondados de rochas preexistentes - grânulos, cujo diâmetro é maior que 2mm e menor que 4mm, conforme a escala de Wentworth, sendo menores do que seixos e maiores do que areia grossa - unidos por um cimento de material calcário, óxido de ferro, sílica ou argila endurecida.
Arenito :é uma rocha sedimentar que resulta da compactação e litificação de um material granular da dimensão das areias. O arenito é composto normalmente por quartzo, mas pode ter quantidades apreciáveis de feldspatos, micas e/ou impurezas. É a presença e tipo de impurezas que determina a coloração dos arenitos; por exemplo, grandes quantidades de óxidos de ferro, fazem esta rocha vermelha.
 
Folhelho: É o nome dado a uma rocha sedimentar de origem detrítica e que pertence ao subgrupo das rochas argiláceas, devido à natureza dos seus principais constituintes.
Sedimentos químicos e bioquímicos: que são substâncias químicas novas que se formam por precipitação quando alguns dos componentes das rochas dissolvem-se durante o intemperismo e são carregados pelas águas dos rios para o mar. Entre esses sedimentos incluem-se as camadas de minerais como a halita (cloreto de sódio) e a calcita (carbono de cálcio, frequentemente encontrado na forma de recifes e conchas). Que os sedimentos químicos e bioquímicos podem ser transformados em rochas. Por exemplo:
Halita: é um sal de rocha de origem sedimentar de fórmula NaCl, com traços de iodo, bromo, ferro, flúor e silício.
Carvão mineral: é uma rocha sedimentar combustível, de cor preta ou marrom, que ocorre em estratos chamados camadas de carvão.
 
Cálcario conquífero: é um aglomerado formado da natureza por conchas e fragmentos de conchas particularmente não cristalinas. Não tem rachas e normalmente é muito uniforme na sua composição e estrutura. Apesar de ser constituído por calcário é considerado uma rocha sedimentar biogénica pois e alterada pela vida.
Ambientes de sedimentação
Fluvial: Diminuindo a velocidade de um rio, graças ao menor declive existente nas regiões médias e inferiores, diminuirá também a sua capacidade transportadora, iniciando-se então a sedimentação do material transportado. Deve ser lembrado que o diâmetro dos detritos mais grosseiros, da mesma densidade, transportados por uma corrente, varia aproximadamente com o quadrado da sua velocidade, isto é, se a velocidade dobrar, o diâmetro máximo de um seixo que pode ser transportado será em volta de quatro vezes maior. Esta relação não se aplica às partículas menores que as areias, cujo diâmetro é de 2mm no máximo.
Lacustre ou Lagunar: Como podemos comprovar ao estudar a sedimentação marinha, os lagos são em muitos aspectos sedimentares reproduções do mar em escala reduzida. Em primeiro lugar, tem os mesmos tipos de sedimentos: detríticos ou clásticos, formados por fragmentos de outras rochas; químicos e bioquímicos, formados por precipitação de íons, induzida ou não por organismos; e orgânicos, que são restos de seres vivos. Igualmente se assemelham na existência de deltas, de ondulações sedimentares submarinas e de correntes de turbidez que circulam por seu fundo. Outras características, como a precipitação de sais, são ao contrário típicas de certos lagos.
Do ponto de vista sedimentar existem dois tipos de lagos:
 - Lagos com sedimentação predominantemente detrítica e orgânica: tem um ou mais deltas que jogam sedimentos detríticos (seixos, areias, limos) nas bordas, mas também ocasionalmente ao centro mediante correntes de turbidez. Outra fonte de detritos finos no centro da bacia é a decantação das partículas que chegam em suspenção na água fluvial, a qual não se misturam imediatamente com a lacustre. Estas argilas do fundo costumam armazenar sulfetos e matéria orgânica (que podem chegar a formarem locais de carbono e petróleo, devido ao caráter redutor das águas profundas. A causa deste fenômeno químico é que as águas do fundo do lago, frias e por isso densas, se misturam pouco com as superficiais aquecidas pelo Sol. Os restos de seres vivos caem ao fundo e sua decomposição absorve todo o oxigênio da água.
- Lagos salinos: Em um lago, os sais precipitam a favor de algum dos seguintes processos: concentração por evaporação; perda de gases (como CO2); mistura de águas; mudança de temperatura.
Do ponto de vista químico se distinguem os lagos de carbonatos dos lagos de sulfatos e cloretos. Do ponto de vista geológico se distinguem três tipos de lagos salinos: perenes e profundos (como o Mar Morto); perenes e rasos; e efêmeros e rasos, chamados também lagos do tipo praia (não confundir com praias costeiras). Precisamente são praias os lagos que costumam ficar no centro das zonas hiperáridas fechadas denominadas bacias sedimentares.
Desértico: O clima desértico pode ser encontrado nas latitudesde 15º a 30º, em diversas localidades do globo. A amplitude térmica desse clima é grande, podendo variar de 0ºC a 40ºC no mesmo dia, devido a pouca vegetação existente. O solo dessas áreas é muito arenoso, o que dificulta a absorção de calor, logo, são áreas que tendem a esquentar muito rápido, mas acabam por perder rapidamente o calor pelos mesmos fatores. Também, a baixa precipitação - entre 10 a 500 mm anuais - sendo, portanto, esses os motivos dessas áreas serem pouco ou nada povoadas. Toda a sua biodiversidade é adaptada para sobreviver às condições extremas, como a baixa umidade do ar, devido à falta de precipitação, e alta amplitude térmica, o que contribui para climas extremamente quentes ou frios, que variam também conforme a sua localização no globo.
Leque aluvial: Os primeiros sedimentos fluviais formam-se geralmente no sopé das montanhas, recebendo a designação de depósito de piemonte. São também chamados de cones ou leques aluviais, possuindo a forma aproximada de um leque, pelo motivo de se espalharem morro abaixo. Possuem litologicamente as mesmas características do tálus, com a diferença de terem já sofrido pequeno transporte pelas águas correntes. Se este material for litificado, receberá a denominação de fanglomerado. Em regiões semi-áridas, graças á ausência ou quase ausência de decomposição química, pose assemelhar-se a um tilito, também pela heterogeneidade granulométrica dos constituintes e falta de estratificação.
Glacial: Entre as diversas características dos sedimentos glaciais, a de maior interesse, por ser comum a quase todos eles, é a quase que total ausência de alteração química pelo intemperismo. Outra característica interessante é a presença de estrias nos seixos que são facetados, em vez de esféricos. Sabemos que quanto mais elevada for a temperatura, mais rápidas serão as reações químicas responsáveis pelo intemperismo. Estas são, pois, praticamente ausentes num ambiente glacial, fato de importância no reconhecimento de um antigo sedimento glacial. Os minerais facilmente decompostos em climas quentes, como os feldspatos e os máficos, são encontrados com freqüência entre os sedimentos glaciais. O material fino nada mais é do que o produto da pulverização mecânica das rochas, não ocorrendo os argilo-minerais. 
Tilito: rocha endurecida formada pelo acúmulo dos detritos levados por uma geleira.
Varvitos: depósito de sedimentos que forma uma camada diferenciada. O termo costuma ser usado para definir os depósitos formados em lagos situados às margens de geleiras.
Sedimentos Marinhos
 A subdivisão das regiões dos mares baseia-se principalmente no critério da profundidade, declividade e da distância do afastamento da costa. Segundo as profundidades podemos distinguir as seguintes zonas nos oceanos:
Região litorânea: a profundidade da água é de poucos metros, compreendendo a zona atingida pela alta e baixa maré. 
Região nerítica: É delimitada pela profundidade de cerca de 200m (plataforma continental), havendo íntima relação das relações do continente, com respeito ao clima, vida, topografia, etc., com a sedimentação e condições de vida nesta zona do mar. 
Região batial: É delimitada comumente pela profundidade de 1000 metros, havendo nesta região vida bem reduzida, nas suas partes profundas.
Região abissal: Possui profundidades superiores a 1000 metros. A vida é escassa e pouco conhecida; ocorrem peixes de aspecto exótico, muitas vezes fosforescentes, adaptados ás condições de escuridão absoluta e de grande pressão hidrostática.
Definição de Placas Tectônicas e seus limites e deformações das rochas associadas.
As placas tectônicas são blocos que integram a parte sólida da litosfera, essas placas estão em constante movimentação.
A crosta terrestre é uma camada rochosa descontínua, que apresenta vários fragmentos, denominados placas litosféricas ou placas tectônicas. Essas placas compreendem partes de continentes e o fundo dos oceanos e mares.
 Portanto, as placas tectônicas são gigantescos blocos que integram a camada sólida externa da Terra, ou seja, a litosfera (crosta terrestre mais a parte superior do manto). Elas estão em constante movimentação (se movimentam sobre o magma do manto), podendo se afastar ou se aproximar umas das outras.
São três os tipos de limites de placas, caracterizados pelo modo como as placas se deslocam umas relativamente às outras, aos quais estão associados diferentes tipos de fenómenos de superfície:
· Limites transformantes ou conservativos - ocorrem quando as placas deslizam ou mais precisamente roçam uma na outra, ao longo de falhas transformantes. O movimento relativo das duas placas pode ser direitoou esquerdo, consoante se efectue para a direita ou para a esquerda de um observador colocado num dos lados da falha.
· Limites divergentes ou construtivos – ocorrem quando duas placas se afastam uma da outra.
· Limites convergentes ou destrutivos – (também designados por margens activas) ocorrem quando duas placas se movem uma em direcção à outra, formando uma zona de subducção (se uma das placas mergulha sob a outra) ou uma cadeia montanhosa (se as placas simplesmente colidem e se comprimem uma contra a outra).
Deformações mais comuns: Dobra geológica e falha geológica. 
Tipos de tensões : podem ser de três tipos: 
- Estado de tensão compressivo : No limite tectônico convergente, atua uma tensão de compressão, que altera o volume das rochas, tornando-o menor. Neste caso, se o comportamento da rocha for rúptil, origina-se uma falha compressiva. Já se o comportamento for dúctil, é formada uma dobra. 
- Estado de tensão distensivo: No limite tectônico divergente, atua uma tensão de distensão ou de torção, que altera a forma da rocha, alongando-a ou fraturando-a. Se o comportamento da rocha for rúptil, forma-se uma falha distensiva. Se o comportamento for dúctil, ocorre um estiramento.
 
- Estado de tensão cisalhante: No limite tectônico transformante, atua uma tensão de cisalhamento, que provoca movimentos paralelos em sentidos opostos. Esse estado ocorre quando a rocha é fraturada em finas camadas que deslizam umas em relação às outas. 
Classes de bacias sedimentares brasileiras
A bacias sedimentares do Brasil contabiliza em área 6 436 200 quilômetros quadrados dessas formações geológicas. Desses, 4 898 050 quilômetros quadrados (76%) estão em terra e 1 538 150 quilômetros quadrados (24%) em plataforma continental. Da área de bacias sedimentares em terra, 4 513 450 quilômetros quadrados (70%) são interiores e 384 600 quilômetros quadrados estão na costa. Da área de bacias situadas no mar, há 776 460 quilômetros quadrados com menos de 400 metros de lâmina d'água e 761 690 quilômetros quadrados, mais de 400 metros de lâmina d'água.
Grande parte das jazidas de carvão mineral e petróleo, presentes em bacias sedimentares, se formaram nas eras geológicas Mesozoica e Paleozoica.
As bacias do Pantanal Mato-Grossense, Litorânea, bem como alguns trechos que margeiam os rios da bacia hidrográfica Amazônica, foram formadas no Cenozóico. São do Mesozóico as bacias sedimentares Paranaica, Sanfranciscana e a do Meio-Norte, sendo que a formação da Paranaica e da Sanfranciscana, as mais antigas, já se inicia no Paleozóico.
Principais bacias sedimentares brasileiras são:
· Bacia Sedimentar do Amazonas
· Bacia Sedimentar do Araripe
· Bacia Sedimentar de Campos
· Bacia Sedimentar do Espírito Santo
· Bacia Sedimentar de Santos
· Bacia do São Francisco
· Bacia Sedimentar Potiguar
· Bacia Sedimentar do Parnaíba
· Bacia Sedimentar do Pantanal
· Bacia Sedimentar do Paraná
· Bacia do Recôncavo Tucano
 Elementos de sistema petrolífero
Um sistema petrolífero ativo compreende a existência e o funcionamento síncronos de quatro elementos (rochas geradoras maturas, rochas-reservatório, rochas selantes e trapas) e dois fenômenos geológicos dependentes do tempo (migração e sincronismo), que serão descritos a seguir. 
Rochas geradoras: Uma rocha geradora deve possuir matéria orgânica em quantidade e qualidade adequadas e submetida ao estágio de evolução térmicanecessário para degradação do querogênio. São normalmente constituídas de material detrítico de granulometria muito fina (fração argila), tais como folhelhos ou calcilutitos, representantes de antigos ambientes sedimentares de baixa energia e que experimentaram, por motivos diversos, explosões de vida microscópica.
Rochas reservatório: Denomina-se de reservatório à rocha com porosidade e permeabilidade adequadas à acumulação de petróleo. De maneira geral, ela é composta de grãos, ligados uns aos outros pelo chamado cimento, juntamente com a matriz, um material muito fino. Exemplos de rocha-reservatório são os arenitos, calcarenitos, rochas sedimentares permeáveis com porosidade intergranular e folhelhos e carbonatos com fraturas.
Rochas selantes e trapas: Atendidas as condições de geração e migração, para que se dê a acumulação do petróleo, é necessário que alguma barreira se interponha no seu caminho, que é produzida pela rocha selante cuja a característica principal é a baixa permeabilidade. Outra característica importante é a plasticidade, pois ela garante que essa superfície mantenha suas características mesmo que sofra deformações. As principais rochas que funcionam como rocha selante são as argilosas (folhelhos), que representam a maioria das rochas de coberturas nos reservatórios petrolíferos conhecidos, e as evaporíticas (depósitos salinos).
Migração: Para se ter uma acumulação de petróleo é necessário que, após o processo de geração, ocorra a migração e que esta tenha seu caminho interrompido pela existência de algum tipo de armadilha geológica. Há basicamente dois tipos de migração:
· Primária: processo de expulsão do petróleo da rocha geradora. Os fatores controladores desse fenômeno são incertos, mas acredita-se que ocorra devido a um gradiente de pressão em resposta à contínua compactação e à expansão volumétrica ocasionada pela formação do petróleo (PGT, 2010). Este aumento de pressão produz microfraturas na rocha geradora que permite a passagem do fluido e o consequente alívio de pressão, formando um ciclo.
· Secundária: percurso que o óleo faz ao longo de uma rocha porosa e permeavél até ser interceptado por uma armadilha geológica (THOMAS, 2004). Trata-se de um fluxo em fase contínua que depende do gradiente de pressão devido à compactação, da pressão capilar e da flutuabilidade (força vertical resultante da diferença de densidade entre o petróleo e a água)
Sincronismo: no tocante à geologia do petróleo, é o fenômeno que faz com que as rochas geradoras, reservatórios, selantes, trapas e migração se originem e se desenvolvam em uma escala de tempo adequada para a formação de acumulações de petróleo. Assim sendo, uma vez iniciada a geração de hidrocarbonetos dentro de uma bacia sedimentar, após um soterramento adequado, o petróleo expulso da rocha geradora deve encontrar rotas de migração já formadas, seja por deformação estrutural anterior ou por seu próprio mecanismo de sobrepressão desenvolvido quando da geração. Da mesma maneira, a trapa já deve estar formada para atrair os fluidos migrantes, os reservatórios porosos já devem ter sido depositados, e não muito soterrados para perderem suas características permo-porosas originais, e as rochas selantes já devem estar presentes para impermeabilizar a armadilha.
Querogênio
Querogênio é a parte insolúvel da matéria orgânica modificada por ações geológicas. O querogênio é formado a partir dos lipídios, proteínas e carboidratos, dos seres vivos, e se transforma em petróleo, gás natural ou grafite.
A mais importante rocha-fonte ou rocha geradora de óleo e gás é formada por camadas de sedimentos finos, ricos em matéria orgânicaque, soterrados a uma profundidade mínima de 500 metros, faz com que a rocha se comprima, diminuindo sua porosidade e submetendo-a, progressivamente, a maiores pressões e temperaturas. Este processo leva à transformação da matéria orgânica em querogênio, composto químico a partir do qual são gerados todos os tipos de hidrocarbonetos.
O querogênio se transforma da seguinte maneira:
Diagênese: Logo após a deposição tem início a decomposição bioquímica da matéria orgânica, gerando o metano biogênico. Com o aumento de pressão e temperatura a matéria orgânica é convertida em querogêno - matéria orgânica amorfa com C, H e O
Catagênese: com o aumento da pressão o querogêno se altera e a maioria do óleo cru é formado. Durante essa fase as moléculas maiores irão se dividir em moléculas menores e mais simples - craqueamento.
Metagênese: no estágio final de formação do querogêneo e do óleo cru produz-se gás natural, principalmente na forma de metano e o carbono residual é deixado na rocha-fonte.
Como ocorre sua transformação em petróleo.
O petróleo é gerado nas bacias sedimentares a partir de matéria orgânica acumulada, juntamente com sedimentos inorgânicos, em ambientes deficientes em oxigénio. Esta acumulação faz-se, em geral, no fundo de lagos, lagunas ou mares com deficiente circulação da massa líquida junto ao fundo. A matéria orgânica, embora preservada da oxidação, sofre modificações resultantes de reacções químicas inorgânicas e do ataque por bactérias, do que resulta a geração de algum gás (gás biogénico, gás dos pântanos) e a transformação da restante matéria orgânica em querogénio, um material rico em hidrocarbonetos sólidos muito pesados. As rochas ricas em querogénio, em geral rochas clásticas finas (xistos betuminosos) ou carbonatos (calcários e margas betuminosas), designam-se por rochas-mãe ou rochas geradoras porque é nelas que se fará a geração do petróleo. Uma rocha-mãe deve ter mais de 0,5 a 1% de carbono orgânico sob a forma de querogénio podendo, no caso das rochas-mãe mais ricas, conter mais de 10%.
Com a continuação da subsidência da bacia sedimentar em que se deu a acumulação da matéria orgânica, esta é, gradualmente, submetida a temperaturas mais elevadas e o querogénio transforma-se, por decomposição das suas pesadas e complexas moléculas, em hidrocarbonetos mais simples, o petróleo.
A transformação começa por volta dos 50-60º C (1200 a 1500 m de profundidade, para um gradiente geotérmico normal de 3º C/100 m), dependendo do tipo de querogénio. Até cerca de 120-150º C (3500 a 4500 m) são sobretudo gerados hidrocarbonetos líquidos e algum gás. Depois dessa temperatura verifica-se, principalmente, geração de gás. Não é só a temperatura que influencia os volumes e natureza dos hidrocarbonetos gerados mas, também, o tempo desempenha um papel importante, como em qualquer outra reacção química. Assim, verifica-se que rochas geradoras do Paleozóico, mais antigas, iniciam a geração a temperaturas (profundidades) mais baixas e estão normalmente associadas a acumulações de gás ou de petróleo muito leve.
Também a natureza do querogénio tem importância fundamental. É costume distinguir 3 tipos de querogénio sendo o tipo I (lípido), normalmente atribuído a algas e bactérias, mais rico em H, particularmente prolífico em óleo e o tipo III (húmico), resultante principalmente da acumulação de restos de vegetais superiores, especialmente gerador de gás. O tipo II (misto) é um tipo intermédio que tanto pode gerar óleo como gás.
A transformação do querogénio em petróleo é acompanhada de um aumento de volume que tende a expulsar os hidrocarbonetos recém criados da rocha geradora cujos poros estão saturados. Parece ser este o mecanismo principal da expulsão ou migração primária do petróleo, início duma longa jornada que, eventualmente, o levará a uma acumulação de onde poderá ser extraído.
4. Conclusão
5. Referências Bibliográficas
PENA, Rodolfo F. Alves. "Sistema Terrestre"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/sistema-terrestre.htm>. Acesso em 23 de novembro de 2018.
TRÊS TIPOS DE ROCHAS FORMAM A CROSTA TERRESTRE. UOL.Disponível em: <https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/geografia/tres-tipos-de-rochas-formam-a-crosta-terrestre.htm>. Acessado em: 23 nov. 2018
DATAÇÃO: RELATIVA E ABSOLUTA. O escolar. Disponívelem: <https://oescolar.wordpress.com/2008/02/13/datao-relativa-e-absoluta/>. Acessado em: 23 nov. 2018
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