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Correntes filosóficas e tendências da educação brasileira

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Correntes �losó�cas e tendências da
educação brasileira
Filoso�a e História da Educação
1. Introdução
É de suma importância compreender as correntes filosóficas para saber sobre o que a Filosofia
ajudou nos processos da educação.
Sabe-se que a Filosofia é o estudo das inquietações do ser humano. As principais temáticas voltadas
para a filosofia são a existência e a mente humana, o saber, a verdade, os valores morais, a
linguagem, dentre outras.
Veja abaixo as frases de alguns filósofos que dissertam a respeito do saber filosófico:
“O truque da filosofia é começar por algo tão simples que ninguém ache digno de nota e terminar
por algo tão complexo que ninguém entenda.” (Bertrand Russell)
Correntes filosóficas.
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/03/aula_filedu_top06_img01-768x768.jpg
“Se queres a verdadeira liberdade, deves fazer-te servo da filosofia.” (Epicuro)
“O primeiro raciocínio do homem é de natureza sensitiva... os nossos primeiros mestres de filosofia
são os nossos pés, as nossas mãos, os nossos olhos.” (Rousseau)
“A filosofia é a que nos distingue dos selvagens e bárbaros; as nações são tanto mais civilizadas e
cultas quanto melhor filosofam seus homens.” (Descartes)
A filosofia é um estudo que move o ser humano em direção aos questionamentos da vida. Segundo
Luckesi (1999),
“A Filosofia se manifesta ao ser humano como uma forma de entendimento que tanto propicia
a compreensão da sua existência, em termos de significado, como lhe oferece um
direcionamento para a sua ação, um rumo para seguir ou, ao menos, para lutar por ele. Ela
estabelece um quadro organizado e coerente de “visão de mundo” sustentando,
consequentemente, uma proposição organizada e coerente para o agir. Nós não “ agimos por
agir”. Agimos, sim, por uma certa finalidade, que pode ser mais ampla ou mais restrita. As
finalidades restritas são aquelas que se referem à obtenção de benefícios imediatos, tais como:
comprar um carro, assumir um cargo.”
Vamos, a partir de agora, estudar algumas correntes filosóficas para uma compreensão maior da
educação.
Preparado???
Você sabia que o dia mundial da Filosofia é o dia 15 de novembro?
1.1. Idealismo
A palavra “idealismo” vem do grego “idealis” e significa “ideal”, “determinação”.
O idealismo é uma corrente filosófica que defende a ideia de que a realidade é uma criação da
mente e, segundo o site Educa Brasil (2018), “as únicas coisas reais são entidades mentais, não
físicas, pois estas existem apenas à medida que são percebidas”.
Ainda, segundo o filósofo idealista Kant, no site Educa Brasil (2018), “não enxergamos as coisas por
si só: apenas compreendemos o mundo por meio de nosso ponto de vista humano”.
O idealismo é uma corrente filosófica que emergiu apenas com o advento da modernidade, uma vez
que, nele, a posição central da subjetividade é fundamental. Seu oposto é o materialismo.
Outros filósofos idealistas foram: Johann Gottlieb Fichte, Friedrich Schelling, Georg Wilhelm
Friedrich Hegel e Arthur Schopenhauer.
Quer ler sobre um dos fundadores do idealismo alemão, Johann Gottlieb Fichte? Clique aqui e
acesse.
1.2. Materialismo
O materialismo é o oposto do idealismo, ou seja, no materialismo, o mundo e todas as suas coisas
existem fora de nós.
Alguns filósofos considerados os expoentes desta corrente: Aristóteles e Karl Marx.
O pensamento de Marx girou em torno do Materialismo Histórico, que quer dizer, “materialismo”
porque somos o que as condições materiais (as relações sociais de produção) nos determinam a ser
e a pensar; e, “histórico”, porque a sociedade e a política dependem da ação concreta dos seres
humanos no tempo (CHAUÍ, 2000).
A criação do termo materialismo remete ao ano de 1702, quando foi alcunhado por Gottfried
Leibniz, um diplomata, matemático, cientista e filósofo de origem alemã. Em 1748, o termo é
reivindicado por La Mettrie, filósofo e médico francês considerado pioneiro a escrever sobre o
materialismo durante o período iluminista. Apesar disso, no que se refere à concepção primeira da
ideia de materialismo, considera-se os estoicos, Lucrécio, Epicuro, Leucipo e Demócrito como os
primeiros filósofos materialistas.
Quer ler sobre o pensamento de Karl Marx? Acesse o artigo “A luta de classes”.
https://educacao.uol.com.br/biografias/johann-gottlieb-fichte.htm?cmpid=copiaecola
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/luta-classes.htm
1.3. Escolástica
Como já vimos anteriormente na Grécia Antiga, os pensamentos e ideias eram voltadas
exclusivamente para o cristianismo, época em que a igreja dominou vários aspectos da sociedade.
Assim, os filósofos analisavam os ensinamentos cristãos. Dentre eles, estão: São Tomás de Aquino e
Santo Agostinho.
Além de ser uma corrente filosófica, a Escolástica pode ser considerada um método de pensamento
crítico que influenciou as áreas do conhecimento das Universidades Medievais. Nesse método de
aprendizagem diversas disciplinas estavam inseridas no currículo, as quais estavam divididas em:
De acordo com Maciel (2018),
“Seguindo-se ao período da escola patrística, a filosofia praticada no seio do cristianismo
passou a ser ensinada em escolas, a partir do século IX. O período conhecido como escolástica
perdurou até o fim da idade média e tem seu nome derivado da palavra latina “scholasticus”,
que significa “aquele que pertence a uma escola”. Utilizou-se da base proposta pela patrística,
mas com maior dedicação a atividade especulativa, deixando de lado, em parte, a teologia e
dedicando-se a formulação da filosofia cristã.”
Trivium: gramática, retórica e dialética.
Quadrivium: aritmética, geometria, astronomia e música.
1.4. Racionalismo
O Racionalismo é uma corrente filosófica que diz que o conhecimento é adquirido pelo raciocínio
em lugar de experiências sensoriais ou ensinamentos religiosos.
Segundo Bernardes (2018),
“O racionalismo sustenta que há um tipo de conhecimento que surge diretamente da razão. É
baseado nos princípios da busca da certeza e da demonstração, sustentados por um
conhecimento que não vêm da experiência e são elaborados somente pela razão. O
racionalismo considera que o homem tem ideias inatas, ou seja, que não são derivadas da
experiência, mas se encontram no indivíduo desde seu nascimento e desconfia das percepções
sensoriais.”
Os principais pensadores são: René Descartes (1596-1650), Pascal (1623-1662), Spinoza (1632-
1677) e Leibniz (1646-1716), Friedrich Hegel (1770-1831).
René Descartes, nascido na França em 1596, foi considerado um dos pais da filosofia moderna e um
dos mais importantes filósofos do Racionalismo, pois foi o inventor da geometria analítica.
Uma das principais frases de Descartes é: “Penso, logo existo”.
Racionalismo
1.5. Empirismo
O empirismo é a posição filosófica que aceita a experiência como base para a análise da natureza,
procurando rejeitar as doutrinas dogmáticas (MACIEL, 2018).
No Empirismo, o conhecimento é adquirido através da experiência.
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/03/aula_filedu_top06_img02-768x511.jpg
Popper, Lock, Hume e Kant são os maiores filósofos do Empirismo.
O principal teórico do empirismo foi o filósofo inglês John Locke (1632 – 1704), que defendeu a
ideia de que a mente humana é uma “folha em branco” ou uma “tabula rasa”, onde são gravadas
impressões externas. Por isso, não reconhece a existência de ideias natas, nem do conhecimento
universal.
1.6. Pragmatismo
Corrente filosófica originada nos Estados Unidos cujos principais pensadores foram Pierce, John
Dewey e Willian James.
O pragmatismo é uma doutrina filosófica surgida no século XIX, em Cambridge, Massachusetts,
nos Estados Unidos, tendo origem no Metaphysical Club, que era um grupo de especulação
filosófica liderado pelo lógico Charles Sanders Peirce, pelo psicólogo William James e pelo jurista
Oliver Wendell Holmes Jr.
O Pragmatismo leva em conta que a verdade de uma ideia deve ser analisada segundo sua utilidade.
Por exemplo, se eu digo “Pedro é honesto”, isso só terá sentido se for possível,observando o
comportamento futuro de Pedro, comprovar a honestidade por meio das atitudes de Pedro. Caso
contrário, o máximo que poderíamos dizer é que “Pedro tem sido honesto (até hoje)”. Mas, o que
nos interessa é o futuro, sobre o qual podemos deliberar. Deste modo, a crença que temos a
respeito da honestidade de Pedro deve se fundamentar em fatos possíveis de serem observados.
1.7. Fenomenologia
Analisa os fenômenos. Seus grandes expoentes são: Husserl, Heidegger e Merleau-Ponty.
Fenomenologia (do grego phainesthai - aquilo que se apresenta ou que mostra - e logos explicação,
estudo) é uma metodologia e corrente filosófica que afirma a importância dos fenômenos da
consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos – tudo que podemos saber do mundo
resume-se a esses fenômenos, a esses objetos ideais que existem na mente, cada um designado por
uma palavra que representa a sua essência, sua “significação”. Os objetos da Fenomenologia são
dados absolutos apreendidos em intuição pura, com o propósito de descobrir estruturas essenciais
dos atos (noesis) e as entidades objetivas que correspondem a elas (noema).
1.8. Existencialismo
O Existencialismo prega que as pessoas podem fazer suas próprias escolhas.
Para Chauí (2000), o Existencialismo “definiu o humano ou o homem como “um ser para a morte”,
isto é, um ser que sabe que termina e que precisa encontrar em si mesmo o sentido de sua
existência”.
Os maiores pensadores desta corrente filosófica foram: Sartre e Kierkegaard.
Um conjunto de teorias formuladas no século XX, com forte influência do pensamento de
Kierkegaard 1813-1855, que se caracterizam pela inclusão da realidade concreta do indivíduo (sua
mundanidade, angústia, morte, etc.) no centro da especulação filosófica, em polêmica com
doutrinas racionalistas que dissolvem a subjetividade individual em sistemas conceituais abstratos
e universalistas.
1.9. Pós-modernismo
Conhecido também como desconstrutivismo.
O alvo principal é a crítica de todos os conceitos e valores que, até hoje, sustentaram a Filosofia e o
pensamento dito ocidental: razão, saber, sujeito, objeto, História, espaço, tempo, liberdade,
necessidade, etc. (CHAUÍ, 2000).
Denominação genérica dos movimentos artísticos surgidos no último quartel do século XX,
caracterizados pela ruptura com o rigor da filosofia e das práticas do Modernismo, sem abandonar
totalmente seus princípios, mas fazendo referências a elementos e técnicas de estilos do passado,
tomados com liberdade formal, ecletismo e imaginação.
Os principais filósofos desta corrente são: Heráclito, Nietzsche, Wittgeinstein, Thomas Kuhn,
Michel Foucault e Jacques Derrida.
2. Tendências pedagógicas na prática escolar
As tendências pedagógicas são divididas em: Pedagogia Liberal e Pedagogia Progressista.
Segundo Luckesi (1999), a classificação se dá para nortear o professor em sua prática na sala de
aula, contudo, as tendências podem se complementar ou se divergir.
A organização das tendências da Pedagogia Liberal e da Pedagogia Progressista se dá da seguinte
forma:
Tendências Pedagógicas
2. Pedagogia liberal
2.1 tradicional
2.2 renovada progressivista
2.3 renovada não diretiva
2.4 tecnicista
3. Pedagogia progressista
3.1 libertadora
3.2 libertária
3.3 crítico-social dos conteúdos
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2.1. Tradicional
A aprendizagem é feita de forma mecânica e as aulas baseiam-se na exposição verbal do professor.
Os conteúdos são separados da experiência do aluno e das realidades sociais (LUCKESI, 1999).
Luckesi (1999) ainda afirma que
“Relacionamento professor-aluno — Predomina a autoridade do professor que exige atitude
receptiva dos alunos e impede qualquer comunicação entre eles no decorrer da aula. O
professor transmite o conteúdo na forma de verdade a ser absorvida; em consequência, a
disciplina imposta é o meio mais eficaz para assegurar a atenção e o silêncio.”
2.2. Renovada progressivista
Quando na Tendência Tradicional o professor era o foco central no ensino, na Tendência Renovada
Progressivista, o aluno passa a ser o protagonista do processo ensino-aprendizagem.
Veja as principais características dessa tendência, segundo Sá (2018):
“O papel da escola é o de promover a satisfação dos alunos em relação aos interesses por
eles apresentados, mas também de atender as exigências da sociedade, tudo isso num processo
onde todos participam ativamente da construção do conhecimento, recebendo-o e
promovendo-o.
Os conteúdos de ensino são aqueles gerados a partir de experiências, da vivência e
convivência social, das pesquisas etc. Nesta concepção consideram-se todos os processos
mentais, bem como as habilidades cognitivas.
As metodologias de ensino baseiam-se na promoção de atividades devidamente adequadas
ao desenvolvimento do aluno, assim como à sua natureza. O aprendizado é marcado pela
prática, pelo fazer para aprender, através de trabalhos em grupo, de desafios e de atividades
motivadoras.
A relação professor-aluno é marcada pela horizontalidade. O professor, diferentemente da
Tendência Tradicional, não é o protagonista, e sim o aluno. Aqui o professor ganha o papel de
facilitador e ajuda o aluno no seu desenvolvimento livre e espontâneo. A disciplina é definida
como atitudes solidárias, participativas, respeitáveis.”
A ideia é de aprender fazendo e os principais pensadores dessa tendência são: Dewey, Declory,
Anísio Teixeira, Claparède, Piaget, Montessori, Lourenço Filho e Fernando de Azevedo.
2.3. Renovada não diretiva
Essa tendência enfatiza a formação de atitudes, razão pela qual a escola “deve estar mais
preocupada com os problemas psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais” (LUCKESI,
1999).
O pensador que inspirou a tendência Renovada não diretiva foi Rogers.
Muito interessante aprender mais sobre a teoria de Rogers!!! Não deixe de assistir ao vídeo!!!
Você sabia que Carl Rogers foi um psicólogo americano que desenvolveu a abordagem centrada na
pessoa?
2.4. Tecnicista
A teoria Tecnicista tem um enfoque diretivo do ensino, ou seja, “o ensino é um processo de
condicionamento através do uso de reforçamento das respostas que se quer obter” (LUCKESI,
1999).
Segundo Luckesi (1999), “o bom ensino depende de organizar eficientemente as condições
estimuladoras, de modo a que o aluno saia da situação de aprendizagem diferente de como entrou.”
Essa tendência apareceu no Brasil em 1960-1970 e procurava preparar indivíduos competentes
para o mercado de trabalho.
Os principais pesquisadores da concepção tecnicista foram: Skinner, Gagné, Bloon e Mager.
3. Pedagogia progressista
Vamos falar agora na Pedagogia Progressista. Essa palavra “progressista” é usada para sustentar as
finalidades sócio-políticas da educação. Também é considerada um “instrumento de luta dos
professores ao lado de outras práticas sociais” (LUCKESI, 1999).
Essa pedagogia é dividida em três fases: a teoria progressista libertadora, a progressista libertária e
a crítico-social dos conteúdos.
Preparado para estudar sobre cada uma delas????
3.1. Teoria progressista libertadora
Essa teoria é conhecida como não formal, dando ênfase ao questionamento das relações do homem
no seu meio. Por isso, também é uma educação crítica.
É a tendência das ideias do nosso ilustre Pedagogo, Paulo Freire.
Veja a tabela abaixo, de acordo com o site da Secretaria da Educação do Paraná (2017):
Pedagogia Progressista - Tendência Libertadora
Manifestação da
Prática Pedagógica
Primeira experiência: Movimento de Cultura
Popular no Recife (1964).
Projeto de Educação de Adultos:
círculo de cultura; 
centro de cultura.
Papel da Escola Formação da consciência política do aluno para atuar e
transformar a realidade.
Problematização da realidade, das relações sociais
do homem com a natureza e com os outros homens,
visando a transformação social
Função da Avaliação Prática emancipadora.
Desenvolvimento e progresso do grupo a partir de
um programa definido coletivamente com o grupo.Prática vivenciada entre educador e educando, no
processo de grupo, pela compreensão e reflexão
crítica.
Trabalhos escritos e autoavaliação em termos do
compromisso assumido com o grupo e com a
prática social.
      Relação       
Professor - aluno
Professor e aluno são sujeitos do ato do
conhecimento.
O professor é o coordenador de debates,
adaptando-se às características e necessidades do
grupo.
O aluno é sujeito ativo no grupo.
Técnicas de Ensino Métodos e técnicas que se refazem na práxis: Grupos de
discussões, debates, entrevistas.
Métodos de Ensino Método Dialógico
O método exige uma relação de autêntico diálogo,
em que os sujeitos do ato de conhecer se encontram
mediatizados pelo objeto a ser conhecido.
A problematização da situação permite aos alunos
chegar a uma compreensão mais crítica da
realidade através da troca de experiências em torno
da prática social.
Deve possibilitar a vivência de relações efetivas.
Fonte: SEDU-Paraná (2017)
Paulo Freire: o educador brasileiro.
 Quer ler sobre o pensamento de Paulo Freire? Acesse a entrevista “Paulo Freire: “Nós podemos
reinventar o mundo”.
3.2. Progressista Libertária
A tendência Progressista Libertária busca envolver o aluno, através de assembleias, conselhos,
eleições, reuniões, associações, para criação de grupos de pessoas com princípios autogestionários.
Assim, segundo Luckesi (1999), a autogestão é
“o conteúdo e o método; resume tanto o objetivo pedagógico quanto o político. A pedagogia
libertária, na sua modalidade mais conhecida entre nós, a “pedagogia institucional”, pretende
ser uma forma de resistência contra a burocracia como instrumento da ação dominadora do
Estado, que tudo controla (professores, programas, provas etc.), retirando a autonomia.”
Em relação ao conteúdo de ensino dessa tendência, vale ressaltar que o conhecimento vivido em
grupo é mais importante do que as matérias sugeridas pela escola. Então, as necessidades
experienciadas pelo grupo são, de acordo com Luckesi (1999), “os conteúdos propriamente ditos”.
Você sabe o que são pessoas com princípios autogestionários??
Auto = a si próprio; gestionário = vem de gestão, de gerir. Ou seja, gerir os próprios processos
educacionais.
Esses princípios buscam formar alunos para participação na sociedade e estimular à autonomia dos
mesmos a solidariedade.
https://novaescola.org.br/conteudo/266/paulo-freire-nos-podemos-reinventar-o-mundo
Também chamada de pedagogia institucional, essa tendência considera o professor como um
orientador e se mistura ao grupo para uma reflexão em comum. O professor tem a função de
“conselheiro” dos alunos, e jamais assume papel de autoridade no processo educativo.
Alguns estudiosos e defensores da tendência libertária são: Freinet, Ferrer y Guardia e Vasquez e
Oury.
3.3. Crítico-social dos conteúdos
Essa tendência também é conhecida como Pedagogia História-Crítica. Há uma preocupação com a
transformação social, através do papel da escola em fazer circular conteúdos vivos e concretos, que
não sejam dissociáveis da realidade social.
Segundo Aranha (2011), a Pedagogia Crítico-social dos conteúdos busca
“Construir uma teoria pedagógica a partir da compreensão de nossa realidade histórica e
social, a fim de tornar possível o papel mediador da educação no processo de transformação
social. Não que a educação possa por si só produzir a democratização da sociedade, mas a
mudança se faz de forma mediatizada, ou seja, por meio da transformação das consciências”.
O principal estudioso dessa corrente no Brasil foi Dermeval Saviani. Junto a ele, podemos destacar:
José C. Libâneo, Carlos R. J. Cury e Guiomar N. de Mello.
4. Conclusão
Nos estudos deste tópico, observamos como a filosofia aponta para a direção dos questionamentos
humanos e para as correntes que trazem novas ideias acerca do pensar a sociedade.
Várias foram as correntes filosóficas que nortearam o tópico 06: idealismo, materialismo,
escolástica, racionalismo, empirismo, pragmatismo, fenomenologia, existencialismo e pós-
modernismo.
Qual deles você achou mais interessante para as práticas educativas?
Ao mesmo tempo, as tendências pedagógicas também foram destacadas neste tópico. Pedagogia
Liberal e Pedagogia Progressista foram os temas principais abordados. Com elas, estudamos as
subdivisões e seus conceitos.
Conseguiu se identificar com uma ou mais tendências da Pedagogia?
Preparado para o próximo tópico?
Até lá!!!
5. Referências
ARANHA, M. L. de A. História da Educação e da Pedagogia. São Paulo: Moderna, 2011.
BERNARDES, Luana. Racionalismo. Disponível em:
<https://www.todoestudo.com.br/historia/racionalismo>. Acesso em: 15 nov. 2018.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2000.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1999.
MACIEL, W. Racionalismo. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/filosofia/empirismo/>. Acesso em: 14 nov. 2018.
Escolástica. Disponível em: <https://www.infoescola.com/filosofia/escolastica/>. Acesso em: 14
nov. 2018.
O Romantismo e o Idealismo alemão. Educa Brasil. Disponível em:
<https://www.educabras.com/vestibular/materia/filosofia/aulas/o_romantismo_e_o_idealismo_
alemao>. Acesso em: 14 nov. 2018.
SÁ, Robison. Tendência Liberal Renovada Progressivista. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/pedagogia/tendencia-liberal-renovada-progressivista/>. Acesso em:
16 nov. 2018.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Pedagogia Progressista - Tendência Pedagógica
Libertadora. Disponível em:
<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=359>.
Acesso em: 17 nov. 2018.
YouTube. (2018, Fevereiro, 20). Carl Rogers – Teoria da personalidade centrada na pessoa.
8min34seg. Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=a0RYUICrnUE >. Acesso em: 16
nov. 2018.
YouTube. (2018, Maio, 24). Conversa Pedagógica. Tendência Tecnicista. Qual a função da
Escola? 2min19seg. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qhJl3e4VlqY>. Acesso
em: 17 nov. 2018.

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