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Eletrotermofototerapia Professora Esp. Rafaela Lima Niimoto Reitor Prof. Ms. Gilmar de Oliveira Diretor de Ensino Prof. Ms. Daniel de Lima Diretor Financeiro Prof. Eduardo Luiz Campano Santini Diretor Administrativo Prof. Ms. Renato Valença Correia Secretário Acadêmico Tiago Pereira da Silva Coord. de Ensino, Pesquisa e Extensão - CONPEX Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza Coordenação Adjunta de Ensino Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo Coordenação Adjunta de Pesquisa Prof. Dr. Flávio Ricardo Guilherme Coordenação Adjunta de Extensão Prof. Esp. Heider Jeferson Gonçalves Coordenador NEAD - Núcleo de Educação à Distância Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal Web Designer Thiago Azenha Revisão Textual Beatriz Longen Rohling Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante Geovane Vinícius da Broi Maciel Kauê Berto Projeto Gráfico, Design e Diagramação André Dudatt 2021 by Editora Edufatecie Copyright do Texto C 2021 Os autores Copyright C Edição 2021 Editora Edufatecie O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correçao e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permi- tidoo download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP N691e Niimoto, Rafaela Lima Eletrotermofototerapia / Rafaela Lima Niimoto Paranavaí: EduFatecie, 2022. 91 p.: il. Color. 1. Termoterapia. 2. Fototerapia. I. Centro Universitário UniFatecie. II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título. CDD: 23 ed. 615.485 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577 UNIFATECIE Unidade 1 Rua Getúlio Vargas, 333 Centro, Paranavaí, PR (44) 3045-9898 UNIFATECIE Unidade 2 Rua Cândido Bertier Fortes, 2178, Centro, Paranavaí, PR (44) 3045-9898 UNIFATECIE Unidade 3 Rodovia BR - 376, KM 102, nº 1000 - Chácara Jaraguá , Paranavaí, PR (44) 3045-9898 www.unifatecie.edu.br/site As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site Shutterstock. AUTORA Professora Esp. Rafaela Lima Niimoto ● Especialista em docência no Ensino Superior (Faculdade Futura); ● Especialista em Estética e Cosmetologia (Faculdade Futura); ● Tecnóloga em Estética e Cosmética (UniCesumar); ● Professora conteudista (UniFatecie); ● Docente curso técnico em Estética; ● Coordenadora de estágio curso técnico em Estética; ● Currículo Lattes: NIIMOTO, R. L. CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/1774562402071217 Experiência clínica em estética facial e corporal, graduada no curso de Tecnologia em Estética e Cosmética, desde 2012. Docente no curso técnico em Estética deste de 2019, até o momento, professora conteudista da UniFatecie. APRESENTAÇÃO DO MATERIAL Prezado aluno (a) Seja bem-vindo ao curso de graduação de Tecnologia em Estética e Cosmética, sabemos o esforço e a dedicação realizados ao universo acadêmico e agradecemos a confiança depositada na UniFatecie, portanto, receba nossos abraços de boas-vindas. Durante o semestre vamos construir nosso conhecimento sobre os conceitos de Eletrotermofototerapia em estética, as indicações, contraindicações, efeitos fisiológicos e formas de aplicações da eletroterapia. Sendo assim, na Unidade I, vamos estudar as propriedades de física e das correntes elétricas de baixa e média frequência, formas de pulso, intensidade e suas características e conceitos na estética. Na Unidade II estudaremos o conteúdo de Eletrotermofototerapia, os conceitos de iontoforese, micro correntes, vacuoterapia e eletroestimulação: corrente russa, as diferen- ças de aplicações, os cuidados ao realizar os procedimentos de eletroterapia. Ao abordarmos as Unidades I e II, daremos sequência aos estudos da Unidade III, com a continuidade da eletroterapia. Os conteúdos abordados são referentes aos recursos térmicos na área da estética, recursos mecânicos, ultra som, ultra cavitação e eletroporação. E logo na Unidade IV, veremos sobre a eletroterapia avançada, os objetivos de tratamentos, protocolos estéticos, e o conceito de cada equipamento, e na sequência rea- lizaremos os estudos de radiofrequência, fototerapia (luz pulsada, laser), LAD, criolipólise e criofrequência. O curso de tecnologia em estética e cosmética nos proporciona um amplo conhe- cimento da área da saúde, estética e bem estar. A nossa jornada de estudos tem objetivo de multiplicar os seus conhecimentos pessoais e profissionais. Sendo assim, esperamos poder contribuir nessa jornada. Muito obrigado e bons estudos. SUMÁRIO UNIDADE I ...................................................................................................... 3 Eletrotermofototerapia I UNIDADE II ................................................................................................... 24 Eletrotermofototerapia II UNIDADE III .................................................................................................. 46 Eletrotermofototerapia III UNIDADE IV .................................................................................................. 69 Eletrotermofototerapia IV 3 Plano de Estudo: ● Propriedades físicas das correntes elétricas de baixa e média frequência; ● Alta frequência e conceitos da corrente elétrica; ● Recursos eletroterápicos: corrente galvânica; ● Recursos eletroterápicos: corrente farádica. Objetivos da Aprendizagem: ● Identificar e contextualizar a Eletrotermofototerapia; ● Compreender os tipos de ondas, formas da corrente elétrica; ● Estabelecer a importância do conhecimento da Eletroterapia aos procedimentos estéticos. UNIDADE I Eletrotermofototerapia I Professora Esp. Rafaela Lima Niimoto 4UNIDADE I Eletrotermofototerapia I INTRODUÇÃO A Eletroterapia é um recurso essencial para tratamentos estéticos, e o cliente deste então está sempre em busca de novos procedimentos estéticos e recursos para os cuidados com o corpo. Desta forma, o profissional de estética deve estar qualificado e com conhecimentos de anatomia, fisiologia humana, cosmetologia e eletroterapia para realizar-se e elaborar protocolos estéticos. Ao iniciar os procedimentos estéticos, é de extrema importância que o profissional de estética realize a ficha de anamnese, que tem por objetivo conhecer o cliente e diagnos- ticar a disfunção estética para assim, elaborar os protocolos estéticos e afins do tratamento. Entretanto, os recursos estéticos podem ser realizados com técnicas manuais, associação de fármacos (cosmetologia) e também recursos de eletroterapia. Portanto, a tecnologia eletro estética pode ser associada nos protocolos estéticos com sequência e indicação para cada indivíduo, com base de recursos e conhecimentos é necessá- rio conhecer as propriedades físicas das correntes elétricas dos equipamentos estéticos. Nos próximos tópicos vamos estudar sobre a Eletrotermofototerapia: corrente elé- trica baixa e média frequência. Bons Estudos! 5UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 1. PROPRIEDADES FÍSICAS DAS CORRENTES ELÉTRICAS DE BAIXA E MÉDIA FREQUÊNCIA 1.1 Corrente Elétrica A Corrente Elétrica é classificada como movimento de carga elétrica por segundo, que se dá através de fluxo de elétrons entre um condutor, no entanto, as correntes são determinadas como: direta, contínua, monofásica, e podem ser classificadas em correntes alternada, pulsada, bipolares, bifásicas e bidirecionais simétricos e assimétricos. Desta forma, sendo classificadas em correntes de baixa e média frequência. No entanto existem três tipos de correntes elétricas na eletroterapia: Corrente Contínua, Corrente Alternada e Corrente Pulsada. A Corrente Contínua é definidapor ter uma única direção no fluxo da corrente, que são classificadas de unidirecional ou polarizada. Na eletroterapia é referenciado como corrente galvânica. E a Corrente Alternada tem características de possuir um fluxo bidirecional contínuo, este tipo de corrente usa-se para vários fins de aplicação terapêuticas (PEREIRA, 2019). A Corrente Pulsada é definida como fluxo bidirecional, desta forma é a corrente mais utilizada na eletroestimulação e caracteriza pela presença de pulso, no qual representa um período de tempo e contração por pulso. Entretanto, a algumas diferenças entre as classificações das correntes em relação a sua frequência, utilizadas em aplicações em tratamentos estéticos que se encontra – se em baixa e média frequência. Desta forma, a variação de frequência se dá através do limiar de sensibilidade do paciente durante a aplicação da corrente elétrica no tecido, entretanto, a frequência da corrente elétrica será definida através de número de ciclos emitidos por segundo, classificado como hertz (Hz). 6UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 1.2 Corrente Elétrica Baixa Frequência As Correntes de baixa frequência são constituídas em corrente pulsada, que é denominada em pulsos intermitentes separados por um intervalo considerável entre cada pulso, a sua frequência pode variar de 1-200 Hz e a forma de onda modulada, monofásica ou bifásica. Os exemplos de corrente de baixa frequência para a estética são: Corrente Fa- rádica, Galvânica, TENS (em inglês Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation). Durante a prática clínica, a aplicação da corrente de baixa frequência proporciona maior sensibili- dade no tecido do paciente, todavia, a diferença das correntes de baixa e média frequência é através da eletroestimulação no tecido de baixa frequência, no qual proporciona maior fadiga muscular ao realizar as aplicações. 1.3 Corrente Elétrica Média Frequência A Corrente de Média Frequência é determinada por corrente alternada, e esta clas- sificação é constituída por onda que são interligadas em duas fases: positiva e negativa. O fornecimento do estímulo em burts é constituído por vários pulsos, que geralmen- te é modulada com uma frequência de 1- 10 KHz, a onda é formada por simétrica e bifásica, o exemplo de corrente de média frequência é a corrente russa, recurso de eletroterapia utilizada em procedimentos estéticos para afins de tonificação muscular. 1.4 Parâmetros de Modulação Segundo Borges (2010), os parâmetros de modulação são classificados em: ● Formas de ondas: Amplitude, frequência do pulso; ● Simétrica: carga positiva e negativa; ● Assimétrica: movimento em cada direção variável; ● Monofásica: pulso quando se apresenta em uma única fase da onda; ● Bifásica: Conjunção de duas fases; ● Senoidal: oscilação das ondas senoidal (alternada, bifásica e simétrica); ● Frequência: refere-se a largura do pulso no que consiste em frequência; simbo- lizado pela letra “F” e os números de pulsos são expressos por hertz (Hz); ● Burts: são classificados por emissão de pulsos, com frequência e amplitudes da corrente. 7UNIDADE I Eletrotermofototerapia I A Eletroterapia estética tem a sua importância aos procedimentos estéticos, estudar os recursos eletroterápicos, permite ao profissional de estética, realizar e ela- borar protocolos estéticos de acordo com as necessidades de cada cliente e disfunção estética. O estudo da aplicação, formas de ondas, frequência e tempo são necessários para se obter resultados satisfatórios. Aos próximos tópicos vamos estudar sobre a eletroterapia de alta frequência. Durante a realização dos estudos do tópico, consideramos a importância ao conhe- cimento referente as propriedades físicas da corrente elétrica, todavia, as correntes são classificadas em baixa e média frequência, desta forma, destacamos a classificação em três tipos de correntes na eletroterapia: Corrente Contínua, Corrente Alternada e Corrente Pulsada. Destacamos que as correntes são definidas por ter uma única direção no fluxo da corrente, que são classificadas de unidirecional ou polarizada. Entretanto as diferenças entre as correntes em relação a sua frequência, são uti- lizadas em aplicações aos tratamentos estéticos que se encontra – se em baixa e média frequência, as variações de frequência se dá através do limiar de sensibilidade do pacien- te durante a aplicação da corrente elétrica no tecido. Concluímos então que, a corrente elétrica há sua importância na sociedade e ressaltamos o conhecimento da eletroterapia para a nosso dia a dia, no entanto, a aplicação e uso correto durante aos procedimentos terapêuticos e estéticos proporciona efeitos satisfatórios e bem estar ao paciente. 8UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 2. ALTA FREQUÊNCIA E CONCEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA A Eletroterapia de alta frequência tem a finalidade de complementar os procedimen- tos estéticos faciais, corporais e capilares, desta forma, é um recurso utilizado em clínicas de estética, devido a sua versatilidade. Possui vários modelos e eletrodos de vidros, ao realizar os procedimentos estéticos o aparelho é de fácil aplicação sobre a pele. A técnica de alta frequência é realizado por uma condução de estímulo elétrico por meio de um gás com propriedades físico e químico, então ocorre a transmissão da corrente ao eletrodo. Sabe-se que no aparelho de alta frequência há diversos eletrodos de vidros, distintos, preenchidos de ar rarefeito. O equipamento é gerador de alta frequência que produz uma corrente de baixa intensidade e de alta tensão, ao passar aos eletrodos que gera o ozônio. Para entendermos a eletroterapia de alta frequência, há alguns conceitos a ser estudados. Segundo Borges (2010) o francês Jean D’arsonval iniciou-se os estudos do campo eletromagnético no final do século XIX, esse campo é formado por um espaço em que atuam forças magnéticas que se forma em volta do condutor elétrico, e quando ocorre a corrente elétrica em um condutor, há uma manifestação de alterações e modificações da formação de um campo eletromagnético, entretanto, quanto maior a intensidade da corrente ao condutor, maior será o campo eletromagnético. 9UNIDADE I Eletrotermofototerapia I O aparelho de alta frequência utiliza-se de correntes alternadas entre 100.000 e 200.000 Hz, com uma intensidade de 100mA, no qual consiste em um gerador de alta frequência que se acoplam em vários modelos de eletrodos de vidros, que ao passar em seu interior a corrente alternada facilita a transmissão da alta voltagem. Os gases presentes podem ser: árgon, neônio ou xênon, quando percorre o ar que separa o eletrodo da pele, o faiscamento rompe as moléculas de oxigênio, liberando seus átomos (BORGES, 2010). De acordo com o autor Borges 2017, a passagem de ondas eletromagnéticas ou outros gases rarefeitos provocam a formação de ozônio, desta forma, os processos quími- cos da substância ozônio é instável e se decompõe rapidamente em oxigênio molecular (O²) e em oxigênio atomar (atômico), entretanto, a ação desinfetante do ozônio reside do oxigênio (atômico) que é liberado no momento da decomposição do ozônio. Desta forma, na estética, a alta frequência tem uma importância sobre as disfunções cutâneas, como por exemplo, o envelhecimento cutâneo ocorre através da ação dos radicais livres, e o oxigênio é um dos precursores, e através da oxidação das estruturas orgânicas, com base de considerações sobre a ação do radical livre com o recurso da alta frequência, os eletrodos são produtores de ozônio ao nível cutâneo, deve ser usados cuidadosamente, pois o procedimento estético visa atenuar e retardar os efeitos do envelhecimento celular (KORLEO et al., 2013). A eletroterapia de alta frequência ao utilizar-se de forma criteriosa nos traz benefícios a nossa pele, com função de realizar oxigenação celular, tornando os resultados estéticos satisfatórios. 2.1 Alta Frequência – Efeitos Fisiológicos Os recursos eletroterápicos,tem como objetivo realizar os efeitos fisiológicos para nosso organismo, entretanto, a partir deste efeito pode ocorrer vasodilatação periférica no local e aumento da oxigenação celular. O efeito térmico é obtido através do tempo de apli- cação da alta frequência sobre a pele. Neste tópico, vamos estudar os efeitos fisiológicos, terapêuticos, indicação e contra indicação da eletroterapia alta frequência. Segundo Borges (2010), os efeitos fisiológicos ocorrem quando há uma passagem da corrente elétrica ou estímulos de técnicas manuais, associados com a cosmetologia, que ocorre sobre nosso organismo, o sistema nervoso atua diretamente respondendo todos os estímulos gerados durante o procedimento, desta forma, pode ocorrer: aumento do aporte sanguíneo, oxigenação tecidual. 10UNIDADE I Eletrotermofototerapia I ● Aumento da oxigenação tecidual: ocorre quando é gerado calor sobre a pele e, portanto, observa-se o aumento do fluxo sanguíneo, contribuindo a melhora da oxigenação e do metabolismo celular local. É também indicado para uso de pós-operatório de cirurgias plásticas, em virtude do auxílio da oxigenação tecidual e pele o seu efeito bactericida, no qual é aplicado com auxílio de uma gaze sobre a pele durante a aplicação para afins de facilitar o deslizamento de eletrodo no tecido (BORGES, 2010). ● A alta frequência: também é utilizada para os procedimentos de Estética facial, como por exemplo: após a extração de limpeza de pele, em peles acneicas, com efeito bactericida, fungicida permite a diminuição de bactérias presentes na superfície da pele e cicatrização do tecido após a lesão, realizado durante o procedimento estético. Devido ao seu potencial de oxigenação tecidual, a eletroterapia alta frequência, é empregada nos protocolos de estética capilar, com objetivo de auxiliar a oxigenação e aumento do aporte sanguíneo no couro cabeludo e folículo piloso, no qual contribui para fortalecimento da haste capilar (GUIRRO E. e GUIRRO R., 2004). 2.2 Efeitos Terapêuticos da Alta Frequência Os efeitos terapêuticos estão relacionados com os efeitos fisiológicos, no entanto, podemos citar: ● Ação bactericida e antisséptica: ocorre uma ação de formação do ozônio ao nível da pele, as faíscas que saltam entre a superfície do eletrodo forma, uma camada de oxigênio e ozônio através da corrente elétrica, fornecendo, portanto, um efeito bactericida, antisséptico, germicida, reduzindo e eliminando as bactérias presentes sobre a pele. ● Ação fungicida: eliminação e diminuição da proliferação de fungos na pele. ● Ação homeostática: efeito de cicatrizante, ou seja, contribui para a redução do sangramento após procedimento realizado na pele. ● Ação Anti-inflamatória: a alta frequência é um recurso que contribui para repa- ração, no entanto, feridas abertas como: úlceras e acne, é comum a presença de microrganismos oportunistas que dificultam o processo de cicatrização da pele, e o recurso de alta frequência aplicado sobre o tecido proporciona o efeito fisiológico de oxigenação tecidual, promovendo a cicatrização da pele. 11UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 2.3 Indicações da Alta Frequência Os procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares, tem suas indicações e contra indicações para ser realizados a cada indivíduo. A realização da ficha de anamnese nos permite profissionais de estética, a elaborar protocolos e aplicações da eletroterapia e os demais recursos para afins de melhorar e atenuar as disfunções estéticas. Sendo assim, a alta frequência tem suas indicações e cuidados para realizar o determinado recurso, con- forme, Borges (2010) as indicações têm suas finalidades de promover a ação bactericida sobre a região ser aplicada, tais como: ● Indicados para desinfeção após a extração de acnes; ● Possui efeitos anti-inflamatórios, indicados para peles acneicas e feridas pre- sente na pele; ● Estimulação da circulação sanguínea do tecido, contribui para a cicatrização do tecido lesionado; ● Indicação para indivíduos com histórico de foliculite, presença de microrganis- mos oportunistas que estão presentes na pele. Em procedimentos estéticos, a alta frequência é empregada na terapêutica facial, mas também em técnicas de protocolos de revitalização, hidratação e permeação de prin- cípios ativos. 2.4 Contraindicação da Alta Frequência ● Portadores de marca passo cardíaco; ● Pessoas cardíacas; ● Neoplasias (câncer); ● Indivíduos com distúrbios de sensibilidade; ● Portadores de pinos ou placas metálicas no local de aplicação; ● Pele com cosmético inflamável (álcool e éter), pois pode desenvolver queima- duras desencadeadas pelo faiscamento do aparelho; ● Cuidado especial para peles que tenham a presença de rosácea, ou que tenham sensibilidade. 12UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 2.5 Prática Clínica: Aplicação da Eletroterapia e Alta Frequência Para realizar a aplicação da eletroterapia é essencial para se obter resultados satisfatórios aos tratamentos estéticos faciais, corporais e capilares. No entanto, a prática clínica desde o conhecimento da montagem e aplicação são necessários para afins de evitar intercorrências durante os procedimentos, a alta frequência por exemplo, é formada por tubos eletrodos de vidros de vários formatos, para realizar a introdução do eletrodo aos porta eletrodos, é necessário manter em posição vertical com objetivo de evitar que o eletrodo se solte e se quebre. Em geral, são conectados por pressão, por meio de um cabo, ao gerador da corrente de alta frequência (BORGES, 2017). Ao realizar a aplicação do eletrodo no paciente, devemos estar atentos aos detalhes de tempo, aplicação, frequência e a sensibilidade do indivíduo, desta forma, antes de ligar o aparelho, o eletrodo deve estar encostado sobre a pele do cliente, no qual se evita o susto no momento, e ao permanecer ligado, o mesmo deve estar sempre em contato com a pele com auxílio de uma gaze para facilitar o deslizamento do eletrodo. Durante a aplicação da alta frequência, é comum que os eletrodos possam aparecer de diferentes tonalidades, como: violeta (no interior há vácuo), tons de laranja (presente em seu interior o gás de neon). A técnica de alta frequência pode ser realizada de 3 a 5 minutos para estética facial, podendo se estender até 10 minutos para casos de estética corporal na área a ser tratada. Quanto a intensidade, é necessário realizar de acordo com tolerância do cliente associado com o conforto. Nesse sentido, a eletroterapia é indicada para procedimentos de limpeza de pele, auxílio na permeação dos princípios ativos dos cosméticos, revitalização cutânea, preven- ção de quedas de cabelos, para cicatrização e bactericida. 2.6 Finalidades de Cada Eletrodo da Alta Frequência ● Bobina: onde é realizado a introdução dos eletrodos; ● Esférico maior ou menor: tem o formato anatômico que facilita a passagem da corrente elétrica, usado de fluxação ou faiscamento elétrico; ● Forquilha: Usa-se para o faiscamento direto e o uso de indicação para pescoço, braços e mamas; ● Pente: Utilizado para tratamentos estéticos capilares, realizando – se os mo- vimentos de pentear os cabelos, para afins de realizar oxigenação ao couro cabeludo; ● Fulgurador: Utilizado para homeostasia em acnes, o faiscamento é realizado direto ao contato com a pele; 13UNIDADE I Eletrotermofototerapia I ● Saturador: É um eletrodo com faiscamento indireto, proporciona vasculariza- ção da pele, indicados para realização da permeação dos princípios ativos. A técnica consiste em que o cliente segure o saturador enquanto o profissional realiza os procedimentos estéticos manuais (massagens). Podemos considerar que a alta frequência é considerada a eletroterapia que tem a finalidade de complementar os procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares e também demais protocolos que possam ser utilizadas de acordo com os efeitos fisiológi- cos proporcionados a eletroterapia,no entanto, é utilizado em clínicas de estética, devido a sua versatilidade. Aos eletrodos, possuem vários modelos e finalidades, que possuem mecanismo de ação de realizar fungicida, bactericida, no qual ao aplicar sobre a lesão, proporciona a regeneração, oxigenação tecidual. Desta forma, concluímos que a alta frequência promove efeitos fisiológicos para nosso organismo, principalmente a vasodilatação periférica, proporcionando a oxigenação tecidual, auxiliando a cicatrização do tecido lesionado. Destacamos também que os efeitos fisiológicos, juntamente com associação de princípios ativos indicados para cada tratamen- to potencializa os seus efeitos promovendo resultados satisfatórios ao profissional da área. SAIBA MAIS A alta frequência é coadjuvante a vários protocolos estéticos, inclusive para procedi- mentos de pós depilação, pós limpeza de pele e durante os atendimentos clínicos na área de podologia. Pois a função da alta frequência é auxiliar na prevenção de foliculi- tes, efeito bactericida e fungicida. Fonte: PEREIRA, M. F. L. (org). Eletroterapia. (livro eletrônico). São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2019. 14UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 3. RECURSOS ELETROTERÁPICOS: CORRENTE GALVÂNICA Nas unidades anteriores, estudamos sobre as funções, indicação, diferenças de corrente elétrica e sua frequência. Neste tópico, vamos estudar sobre a corrente galvânica, no qual tem as suas indicações terapêuticas e estética, é um recurso Eletroterápico e coad- juvante aos protocolos estéticos. A Corrente Galvânica, segundo Borges (2010), é chamada também de corrente contínua, direta, constante, unidirecional, ou seja, uma corrente em que o fluxo de elétrons acontece em apenas em uma direção, no qual consiste que a aplicação da Corrente Galvâ- nica é distribuída em galvanização e iontoforese. A descoberta da Corrente Galvânica ocorreu na época de 1786 por Luigi Galvani, aos estudos e pesquisas, realizou –se um estímulo do nervo e músculo de rã com a cor- rente elétrica, por, todavia a publicação deste estudo, foi apenas publicada no ano de 1791 e a Corrente Galvânica passou a ser utilizada como recursos terapêuticos para introduzir medicamentos nos tecidos corporais. A aplicação do recurso eletroterápico se dá através exclusivamente aos efeitos polares no qual a mesma é promovida, entretanto, o tecido cutâneo apresenta quantidades de íons positivos e negativos dissolvidos em nosso organismo, que ao ser colocados sobre a superfície da pele o campo elétrico polarizado realiza – se as consequências químicas e físicas. 15UNIDADE I Eletrotermofototerapia I Segundo Guirro E. e Guirro R. (2002), os fluídos corporais são formados por solu- ções salinas oxigenadas que contém íons. A corrente contínua é transmitida por meio de um par de eletrodos na superfície da pele, e através do campo elétrico é produzido entre os eletrodos e íons que se movem em uma direção cutânea sobre os eletrodos, determinados como dissociação eletrolítica, esta mesma, ocorre um fenômeno entre as moléculas e se dividem em polo positivo e polo negativo: ● Polo positivo (Ânodo): atrai íons negativos e repele os íons positivos. ● Polo negativo (Cátodo): atrai íons positivos e repele os íons negativos. A reação química e física da Corrente Galvânica ocorre durante ao Polo positivo uma reação ácida, diminuição do pH, com liberação de oxigênio e necrose de coagulação, e ao Polo negativo se dá a reação básica ao aumento do pH ocorrendo a liberação de hidrogênio e necrose de liquefação (KORLEO et al., 2013). A Necrose de liquefação é caracterizada na área tecidual com necrose, que se mostra amolecida, líquida devido as reações químicas e físicas. E a necrose de coagulação ou isquêmica é determinado por desnaturação das proteínas celulares, devido a diminuição do pH celular no processo de lesão ou isquemia (GUIRRO E. e GUIRRO R., 2004). 3.1 Efeitos Fisiológicos da Corrente Galvânica ● Aumento do Fluxo Sanguíneo (vasodilatação) sob os eletrodos: ocorre uma hiperemia local que permanece por até 20 minutos; ● Aporte e aumento da nutrição tecidual; ● Oxigenação tecidual; ● Atua no auxílio da regeneração e reparação tecidual; ● Aumento da temperatura sobre os tecidos; ● Efeito bactericida, pois a alteração do pH no local aplicado; ● Efeito analgésico, por ocorrer a hiperemia no local contribui para que induzem a reduzir a dor; ● Contribui para a cicatrização do tecido, devidamente melhora a qualidade cutânea. 16UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 3.2 Contraindicação da Corrente Galvânica Segundo Borges (2010), as contra indicações da Corrente Galvânica: portadores de marca-passo, gestantes, pinos ou placas, câncer, DIU e problemas venosos graves. Entretanto abaixo, segue um exemplo as características do polo negativo e positivo. QUADRO 1 - CARACTERÍSTICAS DOS POLOS NEGATIVOS E POLOS POSITIVOS Polo negativo Polo positivo Libera e atrai hidrogênio Libera e atrai oxigênio Vasodilatador Pouco vasodilatador Estimulante Enrijece os tecidos Contribui para hidratação aos tecidos Analgésico Reação alcalina (NaOH) Reação ácida (HCI) Fonte: PEREIRA, 2019. As técnicas realizadas com a Corrente Galvânica, são divididas em: desincruste, eletrolifting e iontoforese. Ao realizar o procedimento da desincrustação é associado com princípios ativos que penetram sobre a pele, por meio da corrente elétrica é realizado a saponificação, reduzindo a oleosidade presente, coadjuvante aos tratamentos estéticos para peles oleosas e acneicas. Outros, benefícios da Corrente Galvânica, é o recurso ele- troterápico a iontoforese, a corrente é usada para facilitar a absorção dos princípios ativos utilizados, desta forma, contribui para a hidratação cutânea, aplicações de anestésicos lo- cais e agentes Anti-inflamatórios, e também complementam aos tratamentos de hiperidrose (suor excessivo em um local do corpo). O recurso de eletrolifting é utilizado com uma agulha de 4mm, essa aplicação é pontual na região ser tratada e o efeito fisiológico é realizar através do estímulo elétrico a renovação celular, causando uma lesão no estrato espinhoso no que induz o organismo realizar a cicatrização, devido a formação de colágeno e elastina. Este procedimento é indicado para protocolos de envelhecimento cutâneo e estrias. Com isso, podemos perceber que a eletroterapia Corrente Galvânica, é conhecida por ser uma corrente contínua, direta, constante e unidirecional. É uma corrente que se tem o fluxo de elétrons, no qual consiste a eletroterapia como corrente galvânica e é distribuída em galvanização e iontoforese. A corrente contínua é transmitida por meio de eletrodos na superfície da pele, e através do campo elétrico é produzido entre os eletrodos e íons que se movem em uma direção cutânea sobre os eletrodos, determinados como dissociação eletrolítica, esta mes- ma, ocorre um fenômeno entre as moléculas e se dividem em: Polo positivo e Polo negativo. 17UNIDADE I Eletrotermofototerapia I No entanto, o Polo positivo e negativo repele os íons entre si, induzindo aos efeitos fisiológicos promovidos ao nosso organismo, concluímos que a Corrente Galvânica é coadju- vante aos procedimentos estéticos, faciais, corporais e capilares, resultando em procedimen- tos estéticos satisfatórios. O conhecimento relacionado na área é de extrema importância, para se evitar intercorrências durante aos procedimentos realizados ao paciente. 18UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 4. RECURSOS ELETROTERÁPICOS: CORRENTE FARÁDICA No tópico anterior, estudamos sobre a Corrente Galvânica e suas funções, desta forma, vamos estudar a partir de agora o conteúdo de Corrente Farádica, que são recur- sos de eletroterapia para os procedimentos estéticos. Ao estudar as características das correntes é necessário determinar as suas diferenças e intensidades, que são essenciais para realizar na prática para obter-se resultados satisfatórios e se evitarquaisquer intercor- rências durante o procedimento. A Corrente Farádica é uma corrente de baixa frequência, conhecida como cor- rente alternada, usadas para fins terapêuticos. O pulso da corrente farádica é bifásico e assimétrico. Todavia, do início aos anos 40 e até o fim dos anos 60, a corrente farádica foi considerada mais confortável que a corrente contínua, no entanto, os conhecimentos atuais indicam que o conforto da corrente sobre o tecido é relativo, porém, o pulso da Corrente Farádica é mais curto, no qual, é otimizado o alívio no momento da aplicação. No entanto, a corrente, funciona por meio da criação de reações químicas distintas, dependendo a polarização utilizada (negativa ou positiva). O eletrodo ativo polo positivo e negativo é usado na região ser tratada, ambos deve estar em contato com a paciente, fechando o circuito. As características da Corrente Farádica se dão através da intensidade, tempo de duração do pulso, tempo de repouso do pulso, forma de onda, tempo de aplicação. 19UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 4.1 Parâmetros da Corrente Farádica ● Intensidade: 80 mA, no qual é ideal e tolerável a corrente sobre o tecido; ● Tempo de duração do pulso: pode ser variável entre 0,1 a 1 milissegundos; ● Tempo de repouso do pulso: realiza-se 20 milissegundos de repouso, de um pulso; ● Forma de onda: Triangular e polarizada; ● Tempo de aplicação: Ocorre em média de 100 contrações no local aplicado e repouso por 2 minutos do tecido. A principal ação da corrente é efeito excito motriz (excitação motora), só ocorre em musculatura, através do estímulo do pulso elétrico. Durante a aplicação, ocorre os efeitos fisiológicos da corrente sobre o nosso corpo, promovendo as ações fisiológicas para afins terapêuticos e estéticos. 4.2 Efeitos Fisiológicos ● Atuação em nervos sensitivos: com a ação da Corrente Farádica, o paciente tem sensações suaves da passagem elétrica, no qual, se deve por estimulação dos nervos sensitivos que a corrente produz, devido a sua intensidade e fre- quência. ● Atuação em nervos motores: o estímulo, provoca contração da musculatura inervada, desta forma, para não ocorrer fadiga muscular, ocorre em alguns milissegundos o relaxamento muscular. ● Contração muscular: estímulo da contração muscular voluntária. ● Fibras musculares: com a estimulação da corrente, ocorre o aumento do nú- mero de fibras musculares, ocasionando uma hipertrofia muscular. ● Circulação linfática e venosa: Devido a contração e o relaxamento muscular, ocorre o bombeamento dos vasos venosos e linfáticos, desta forma, facilitando o retorno venoso e promove a oxigenação tecidual. 4.3 Indicação da Corrente Farádica ● Melhora o tônus muscular; ● Exercícios para os músculos paralisados; ● Hipertrofia e aumento da musculatura; ● Prevenção de aderências. 20UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 4.4 Contraindicação da Corrente Farádica ● Feridas e lesões na pele; ● Febre; ● Infecção; ● Câncer; ● Gestante; ● Hipersensibilidade. 4.5 Tipos de Eletrodos e suas Características Os Eletrodos são essenciais para fazer a acoplagem aos equipamentos elétricos sobre o tecido cutâneo, existem vários tipos de eletrodos e características, cada um com suas condições específicas. Alguns eletrodos são determinados devido a condições do tecido e outros específicos para passagens da corrente. Os eletrodos de borracha, são os mais utilizados, devidamente por suas vantagens de boa condução, durabilidade, baixo custo e se acoplam facilmente sobre os tecidos. A desvantagem é o uso de gel condutor e fitas adesivas, que podem aumentar o custo e no momento da colocação do eletrodo, necessita ser de tempo de colocação do eletrodo no paciente. Os eletrodos descartáveis, são utilizados principalmente para afins de coletar sinais elétricos, como por exemplo em exames de eletrocardiograma. A colocação do eletrodo, não precisam de gel ou fita adesiva, são de baixo custo, as desvantagens deste eletrodo devem ser descartadas após o uso e se deve usá-lo apenas em uma vez e pequenas áreas. No entanto, aos eletrodos utilizados corretamente, proporciona resultados satisfató- rios e conforto ao paciente. A função do eletrodo é realizar a condução dos polos e objetivo de realizar conexão aos metais e principalmente transferindo os elétrons para o tecido. A condução aos eletrodos para a pele, são realizados através da corrente elétrica presente na eletroterapia e por meio de gel neutro que desliza superficialmente sobre o tecido cutâneo, com rápida absorção e de fácil aplicação, o uso deste veículo é indicado para se evitar queimaduras ao aplicar a eletroterapia ao paciente. Sendo assim, a Corrente Farádica é considerada uma corrente de baixa frequên- cia, no qual proporciona suas funções e efeitos fisiológicos ao nosso organismo. Porém, a corrente funciona por meio da criação de reações químicas diferentes, dependendo a polarização utilizada (negativa ou positiva), o eletrodo aplicado na região a ser tratada, ambos deve estar em contato com a paciente, fechando o circuito, para se efetuar o campo eletromagnético, proporcionando aos efeitos terapêuticos e fisiológicos. 21UNIDADE I Eletrotermofototerapia I Desta forma, a Corrente Farádica tem suas características que se dá através da intensidade, tempo de duração do pulso, tempo de repouso do pulso, forma de onda, tempo de aplicação. Aos efeitos fisiológicos, a Corrente Farádica proporciona oxigenação tecidual, contração das fibras musculares, indicados aos procedimentos estéticos faciais e corporais e demais indicações necessárias. Portanto, percebe-se que a corrente possui os parâmetros de intensidade, tempo de aplicação e repouso do pulso emitido pela corrente, todavia a função da corrente é realizar excitação motora, que ocorre apenas na musculatura, promovendo as ações fisiológicas para afins terapêuticos. REFLITA Quando aplicamos a eletroterapia sobre o nosso paciente, o profissional deve estar consciente que evitamos o uso de cosméticos com princípios ativos hiperemiantes, como nicotinato de metila, pois podem ocasionar desconfortos e queimaduras leves sobre a pele. Fonte: PEREZ, 2014. 22UNIDADE I Eletrotermofototerapia I CONSIDERAÇÕES FINAIS Prezado(a) aluno(a), Nesta Unidade, estudamos a eletroterapia e conceitos relacionado na área da esté- tica, portanto, ao iniciar o procedimento estético com recursos eletroterápicos, é necessário o conhecimento sobre as propriedades físicas das correntes elétricas, neste sentido, identi- ficamos a classificação de uma corrente baixa e média frequência, as variações de pulsos, intensidades e os parâmetros de modulação aos aparelhos estéticos. Portanto, ao profissional da área da estética, conhecer e aprender situações rela- cionado a eletroterapia, as indicações, contraindicação da corrente, mecanismo de ação, são necessários para evitar intercorrências durante aos atendimentos realizados. O profissional atua diretamente na saúde, bem estar e estética aos pacientes, toda- via a Eletrotermofototerapia consiste em aparelhos estéticos, com finalidades de atenuar, melhorar e tratar a disfunção estética, no entanto tem suas finalidades de ser utilizados aos tratamentos estéticos corporais, faciais e capilares. Durante todas as unidades, estudamos as abordagens terapêuticas da eletroterapia, desta forma, acreditamos que esteja preparado para seguir as próximas etapas do curso, realizando desenvolvimento de suas habilidades de elaborar protocolos e procedimentos estéticos para realizar atendimentos no mercado de trabalho. Muito Obrigado! 23UNIDADE I Eletrotermofototerapia I MATERIAL COMPLEMENTAR LIVRO Título: Recursos Técnicos em Estética II Autor: Maria de Fátima Lima Pereira. Editora: editora difusão 2° edição, 2019. Sinopse: Livro didático de estética, indicado para estudantes e profissionais da área da saúde, com objetivo de agregar conheci- mentos na prática clínica,teoria referente aos recursos de eletro- terapia aplicado a estética. FILME / VÍDEO Título: A Batalha das Correntes Ano: 2019. Sinopse: No final do século XIX, Thomas Edison e George Wes- tinghouse tiveram uma discussão sobre como deveria ser feita a distribuição da eletricidade. Edison fez uma campanha pela utili- zação da corrente contínua, enquanto Westinghouse defendia a corrente alternada. Essa disputa ficou conhecida como Guerra das Correntes. 24 Plano de Estudo: ● Iontoforese, desincruste e eletrolifting ; ● Microcorrentes e eletrolipólise; ● Vacuoterapia; ● Eletroestimulação: corrente russa (isometria). Objetivos da Aprendizagem: ● Compreender mecanismo de ação, efeitos fisiológicos da eletroterapia; ● Identificar e contextualizar a aplicação do aparelho estético; ● Elaborar protocolos estéticos faciais e corporais e cuidados durante a execução da eletroterapia. UNIDADE II Eletrotermofototerapia II Professora Esp. Rafaela Lima Niimoto 25UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 25UNIDADE II Eletrotermofototerapia II INTRODUÇÃO Aos estudos de conceito beleza, estética e saúde é notório observarmos os avan- ços da tecnologia, todavia nos referimos em recursos tecnológicos e eletroterápicos como ferramentas de proporcionar resultados aos nossos clientes e também a agregação de valores profissionais. Atualmente, estamos expostos diante de tendências de procedimentos menos invasivos, invasivos com ou sem associações da eletroterapia, princípios ativos cosméticos para proporcionar resultados aos procedimentos estéticos, desta forma, sabe-se que a capacitação profissional é de extrema importância para se executar as técnicas básicas, intermediárias e avançadas para se traçar aos objetivos aos tratamentos propostos. Assim como qualquer procedimento estético a ser realizado, é necessário que o profissional realize o preenchimento da ficha de avaliação, e na sequência, avalie a dis- função a ser tratada, propondo protocolos de tratamentos, e neste mesmo, o profissional precisa explicar as indicações, complicações e cuidados após os procedimentos. Todavia, para a utilização dos recursos de eletroterapia, o mesmo é necessário realizar todas essas etapas e ter conhecimentos básicos de anatomia, fisiologia, conceitos de física e química. Nestes próximos tópicos, vamos abordar os efeitos fisiológicos, funções e conceitos da Eletrotermofototerapia, suas indicações ao uso prático e teórico com base de recursos e conhecimentos, vamos buscar também entender sobre Iontoforese, Desincruste, Ele- trolifiting, Microcorrente, Eletrolipólise, Vacuoterapia e Eletroestimulação (corrente russa: isometria) com objetivo para ampliar as informações profissionais. 26UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 26UNIDADE II Eletrotermofototerapia II 1. IONTOFORESE, DESINCRUSTE E ELETROLIFITING 1.1 Iontoforese A Iontoforese é o método de administração aos princípios ativos para a nossa pele, no entanto com o uso da corrente contínua, as substâncias (princípios ativos) serão utilizadas com propósito terapêutico. A corrente galvânica é apropriada para a permeação de princípios ativos, em razão da capacidade de influenciar na movimentação dessas subs- tâncias sobre o tecido aplicado. (ROSA e LOPES, 2018) Portanto, a Corrente Galvânica é chamada de Corrente Contínua, direta, constante, unidirecional, ou seja, tipo de corrente em que o fluxo de elétrons acontece em apenas em uma direção (BORGES, 2010). A aplicação da Corrente Galvânica é dívida em galvanização e iontoforese. 1.2 Efeitos Fisiológicos A galvanização é o uso da corrente galvânica, com objetivo de obter efeitos fisio- lógicos, aos quais podem ser polares e interpolares, desencadeando alterações locais e sistêmicas. Os efeitos polares se desencadeiam na superfície do corpo que fica sob os eletrodos (ROSA e LOPES, 2018). No entanto, em razão das propriedades dos tecidos biológicos, que apresentam elevadas concentrações de íons positivo e negativo, observa-se, uma diferença de potencial ao realizar o movimento iônico dentro do tecido (ROSA e LOPES, 2018). Devido a movi- 27UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 27UNIDADE II Eletrotermofototerapia II mentação de íons ao tecido, haverá efeitos polares com consequências físicas e químicas, nos quais são classificadas em: efeitos eletroquímicos, efeitos osmóticos, modificações vasomotoras, alterações excitabilidades e aos efeitos da associação dos polares, ocorre a transferência iônica, são denominados em: ● Eletroforese: tem objetivo realizar a separação de moléculas, sobre o efeito da corrente contínua, devidamente por absorção. ● Eletrosmose ou Endosmose: realizado através de transferência de líquido de um polo para o outro, no entanto, produzindo alterações da água ao tecido cutâneo, ocorrendo anaforese ao polo positivo e cataforese no polo negativo. ● Vasodilatação da pele: devidamente pela a corrente elétrica, há uma liberação de energia e aumento da circulação sanguínea, produzindo temperatura local sobre o tecido, desta forma, a qual está associado por resistência aos tecidos a passagem da corrente (efeito joule). ● Eletrotônus: são alterações na excitabilidade e na condutibilidade que a cor- rente elétrica produz nos tecidos. ● Aneletônus: ao polo positivo provoca a diminuição da excitabilidade nervosa, gerando analgesia. ● Cateletônus: ao polo negativo, provoca aumento da excitabilidade nervosa, ocorre a estimulação para peles desvitalizadas (PEREIRA, 2019). A Corrente Galvânica, transfere íons de um polo para o outro, agindo em nervos vasomotores, desencadeando a hiperemia sobre a pele, ocorrendo aumento da irrigação sanguínea e da nutrição aos tecidos e também aumento do metabolismo. Os efeitos fisioló- gicos desencadeados sobre o organismo, contribui aos reparos do tecido, contribuindo para regeneração, oxigenação tecidual. 1.3 Características dos polos da Corrente Galvânica: Segundo Agnes (2017) destaca-se os seguintes efeitos dos polos: Cátodo (polo negativo), possui características irritantes e estimulantes, ocorre vasodilatação, provoca hiperemia na pele. Possui capacidade de hidratar os tecidos e produz liquefação tornando os tecidos menos “endurecidos”. E Ânodo (polo positivo) que possui características analgésicas, sedantes, vasoconstritor promovendo menor hiperemia e auxilia na drenagem dos tecidos. 28UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 28UNIDADE II Eletrotermofototerapia II 1.4 Aplicação da Pele – Iontoforese A higienização da pele, deve ser realizada ao início de todos os procedimentos estéticos, deve estar ausenta de quaisquer substâncias que impeça a condutividade elé- trica (resíduos de esfoliante, cremes e etc.). Ao preparo a pele é uma etapa fundamental, pois a sujidade e oleosidade presente na pele podem impedir a permeação aos princípios ativos (PEREIRA, 2019). As substâncias que podem ser usadas na iontoforese, se deem aos principais fatores para que ocorra a ação eletrolítica, ou seja, dissocie em íons. Cabe ao fabricante do produto indicar qual a polaridade iônica para que possa pôr as polaridades corretas durante o procedimento. 1.5 Eletrodo Ativo e Passivo O Eletrodo Ativo é utilizado para repelir substâncias iônicas, devido as cargas serem iguais, o Eletrodo Passivo é responsável por fechar o circuito (cargas elétricas se repelem e cargas diferentes se atraem). Sendo assim, quando a substância é positiva, o eletrodo ativo é positivo e o passivo é negativo e vice versa. Desta forma, vamos abordar as indicações e as contraindicações da eletroterapia iontoforese, os cuidados com a intensidade da corrente, a escolha do tamanho e modelo das esferas que estarão acopladas ao eletrodo. 1.5.1 Indicações A iontoforese é coadjuvante aos procedimentos estéticos faciais e corporais, no entanto, com principal objetivo de realizar a permeação aos princípios ativos sobre a pele, desta forma, é indicado para protocolos estéticos para envelhecimento cutâneo, reduçãode oleosidade da pele, proporcionando uma pele hidratada, com viço, e destacamos os efeitos fisiológicos que ocorre sobre a pele, realizando o aumento da permeabilidade do ativo utilizado durante o procedimento. 1.5.2 Contraindicações As contraindicações da Corrente Galvânica, para portadores de marcapasso, ou outros dispositivos eletrônicos, portadores de DIU, gestantes, feridas abertas e processos inflamatórios, evitar o uso da iontoforese em regiões em pálpebras, pele com presença de dermatite e pacientes com câncer evitamos uso de correntes para fins estéticos. A Corrente Galvânica proporciona várias associações para se usar-se aos procedi- mentos estéticos e terapêuticos, todavia, há diversos tamanhos e modelos de peças para se realizar a aplicação, como por exemplo, as esferas, rolinhos (rolete), ponteiras e placas que fazem parte do equipamento, as peças são acopladas aos eletrodos para a execução do procedimento determinado pelo o profissional. 29UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 29UNIDADE II Eletrotermofototerapia II As aplicações da corrente continua é realizado através do profissional habilitado na área da estética ou fisioterapeuta, desde que esteja capacitado, os cuidados da aplicação são importantes ao observar a integridade da pele e realizar a higienização antes de iniciar o procedimento, desta forma, os cuidados após a técnica executada é necessário orientar ao paciente evitar a exposição solar, para afins de evitar quaisquer intercorrências. Os números de sessões podem variar de acordo com a necessidade e a disfunção estética a ser tratada, todavia, é necessário realizar a ficha de anamnese, avaliação estética e orientar ao paciente sobre a indicação, contraindicação ao procedimento. Portanto, vimos que a iontoforese está presente na Corrente Galvânica, o conhe- cimento do tipo da corrente, a intensidade, efeitos fisiológicos, indicação e contraindicação são necessários para realizar as técnicas do procedimento de forma correta para se evitar quaisquer intercorrência ou insatisfação aos resultados. Foi abordado também sobre as características dos polos da corrente contínua (polo positivo e negativo), e suas funções. 1.6 Desincruste O Desincruste é uma técnica realizada aos procedimentos estéticos faciais, cor- porais e capilares, entretanto, tem ação eletroquímica, cujo objetivo é retirar o excesso de oleosidade da pele seborreica. A desincrustação é realizada através de um aparelho de Corrente Galvânica com polaridade (Polo negativo e Polo positivo). Salientamos que o desincruste tem finalidades de remover a oleosidade da pele, entretanto, peles secas não é indicado realizar o desincruste, pois tem menor produção de sebo, podendo ocorrer irritação e sensibilidade ao tecido após realização da técnica incorreta. A técnica de desincrustação é feita com produtos à base de Lauriléter sulfato de sódio, possui características detergentes e surfactante, ativos que tem a substância para a saponificação sobre a camada da pele (epiderme), durante a aplicação ocorre a liberação do excesso de sujidades e sebo, que estão presente na camada córnea. 1.7 Permeabilidade Cutânea A permeabilidade cutânea é a capacidade que a pele possui de deixar passar, seletivamente, determinadas substâncias de acordo com a sua natureza bioquímica ou determinados fatores. (RABELLO, 2004). Sabe-se que as camadas da pele são constituídas por epiderme, derme e tela subcutânea, no entanto, a epiderme tem como função principal de proteção do corpo humano, contra a ação de agentes externos. Desta forma, a permeação dos princípios ativos com propriedades físico e químico conseguem atravessar a barreira da epiderme e resultando na permeação. 30UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 30UNIDADE II Eletrotermofototerapia II No entanto, a permeabilidade cutânea é classificada em três tipos, no qual definem aos resultados estéticos satisfatórios, mas podem ocorrer a impermeabilidade devido a substancia utilizada sem capacidade de permeação. ● Substância com maior permeação: essas substâncias abrangem os gases (principalmente O² e CO²) etanol, água e ativos hidrossolúveis e lipossolú- veis com baixo peso molecular. ● Substância mediana de permeação: os aminoácidos, glicose, vitamina D e, hormônios, anestésicos tópicos. ● Substância sem capacidade de permeação (impermeável): incluem –se ele- trólitos, proteínas e carboidratos, a permeação de eletrólitos só é considerada através da ionização. O colágeno e elastina, nas suas formas, naturais, são utilizadas em cosméticos por sua propriedade umectante (GOMES; DAMAZIO, 2009), sabe –se que não conseguem atingir as camadas profundas da pele, e para se amenizar a dificuldade da permeação, é realizado através da eletrotera- pia Corrente Galvânica com função de ionização. Os princípios ativos serão absorvidos, e resultando em procedimentos satisfatórios, com objetivo de tratar e atenuar a disfunção estética, facial, corporal e capilar. Ressaltamos que, na desincrustação a permeabilidade é um fator importante, ocorre a permeabilidade do Lauriléter sulfato de sódio para realizar-se saponificação na pele, reduzindo a oleosidade presente no tecido, favorecendo a permeação dos próximos ativos. 1.7.1 Fatores que Dificultam a Permeabilidade Cutânea ● Fatores biológicos: espessura da epiderme, devido à presença a hiperquera- tinização cutânea. ● Idade: com o avanço da idade, surge a redução da hidratação natural, o que favorece o espessamento da camada córnea e dificulta a permeação. 1.7.2 Efeitos Fisiológicos da Permeação – Desincrustação e Ionização ● Aumento do fluxo sanguíneo: provoca hiperemia, tornando-se mais permeável. ● Oxigenação tecidual: devido a estimulação da corrente sanguínea, ocorre a nutrição e oxigenação ao tecido. ● Hidratação: peles hidratadas facilitam a permeação das substâncias. 31UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 31UNIDADE II Eletrotermofototerapia II 1.7.3 Indicação A indicação da desincrustação é realizada para peles seborreicas, oleosas, devido ao excesso da produção da secreção sebácea, pode-se realizar a técnica durante a higie- nização antes de um determinado procedimento específico, facilitando a permeação aos próximos princípios ativos. Na desincrustação são utilizados dois eletrodos, um ativo e um passivo. O eletrodo de gancho (ativo) é envolvido com algodão embebido de Lauriéter sulfato de sódio, e o eletrodo passivo é envolvida através de uma esponja vegetal umedecida, posicionando o mesmo nas regiões próxima a ser tratada. Os movimentos durante a desincrustação deve ser realizado através de manobras circulares em toda região escolhida a ser aplicada, o tempo determinado é de 5 minutos, e a intensidade da corrente é determinado de acordo com a sensibilidade de cada indivíduo que está recebendo o procedimento. 1.7.4 Contra indicação O desincruste não é recomendável para peles sensíveis (pele secas, dermatites, presença de rosáceas, feridas abertas e com herpes). Evitamos o procedimento para ges- tantes e lactantes, devido as alterações hormonais podem surgir reação insatisfatória na pele. Pacientes, que são portadores de marca-passo, metal não se recomenda o uso da corrente de eletroterapia. Aos procedimentos estéticos a eletroterapia e princípios ativos cosméticos e/ou medicamentosa está presente diariamente para proporcionar resultados satisfatórios para o paciente, desta forma, atenuando e reduzindo a disfunção estética, dores, proporcionando os efeitos terapêuticos. Então, podemos ver que desincrustação tem a função de remover as sujidades presentes na pele, removendo a oleosidade, através da permeação do Lauriéter sulfato de sódio e ou outras substâncias de acordo com o tratamento proposto. Sabemos que o procedimento tem as contraindicações para algumas pessoas, des- tacamos a importância de respeitar as ações fisiológicas de cada indivíduo. As indicações e efeitos fisiológicos proporciona benefícios paraatenuar a disfunção a ser tratada, portanto, preencher a ficha de anamnese, realizar a avaliação estética são documentos importantes para se elaborar protocolos de acordo com as informações solicitadas ao paciente. E ao próximo tópico, vamos estudar sobre o conteúdo de micro correntes e eletrolifting e suas funções terapêuticas. 32UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 32UNIDADE II Eletrotermofototerapia II 1.8 Eletrolifting O eletrolifting é um recurso eletro terapêutico, através da Corrente Galvânica, este mesmo, nos proporciona vários recursos de proposta a tratamentos estéticos, tais como: para envelhecimento cutâneo e estrias, com o objetivo de proporcionar a indução da pro- dução de fibroblastos, colágeno que são células responsáveis por a sustentação da pele. Desta forma, vamos recapitular brevemente as camadas da pele para entendermos como o eletrolifting atua sobre no sistema tegumentar: 1.8.1 Camadas da pele A pele é composta por 03 camadas essenciais de tecidos, a superior (epiderme), intermediária (derme) e a profunda (hipoderme ou tela subcutânea). Este órgão representa mais de 15% do nosso peso corpóreo, e tem suas funções de nos proteger contra as agressões externas. A epiderme é composta por queratinócitos e são divididas em camada basal, cama- da espinhosa, camada granulosa, camada lúcida e camada córnea. Todas estas camadas tem as suas funções distintas, que porém nos contribuem com a formação da epiderme. Desta forma, a segunda camada da nossa pele é a derme, é o tecido conjuntivo sobre qual proporciona apoio a epiderme, são responsáveis pela produção de fibroblastos, colágeno e elastina, que são substancias essenciais para nosso organismo. A derme é dívida em duas camadas, reticular e papilar. No entanto, a camada reticular é espessa, constituída por tecido conjuntivo, que ambos têm fibras responsáveis pela a elasticidade, e também a presença de vasos san- guíneos, linfáticos, e são encontrados na estrutura os anexos: pelos, glândulas sebáceas e sudoríparas. E já a camada papilar é constituída por uma camada superior da derme, formada por tecido conjuntivo frouxo, as quais fazem a comunicação com a epiderme. A hipoderme ou tela subcutânea, é formada por um tecido conjuntivo frouxo, desta forma, o dependendo os níveis de nutrição ao organismo, a hipoderme tem a constituição do tecido adiposo, nesta camada é rico em células adiposas que armazenam a gordura, com objetivo de reserva energética, contra choque mecânico e isolante térmico. Os tratamentos estéticos faciais, corporais com o eletrolifting, tem objetivo de ate- nuar as rugas e linhas de expressões causada pelo envelhecimento, é conhecido também para combater as estrias recebendo o nome de Galvanopuntura. A técnica realizada se baseia –se na utilização de corrente contínua, provocando uma lesão inflamatória com propósito de realizar a produção de fibroblastos, a execução do procedimento, há suas indicações, formas de aplicação e contra indicação. 33UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 33UNIDADE II Eletrotermofototerapia II 1.8.2 Formas de Aplicação Antes de realizar o procedimento é necessário o preenchimento da ficha de anam- nese, avaliar a queixa estética, para se então determinar o protocolo ao cliente. No entanto, ao executar a técnica é fundamental a pele estar íntegra, sem a presença de resíduos (cremes, esfoliantes, maquiagem e etc.) O método é aplicado por pinçamento que utiliza um micro agulha que deve ser introduzida no local do procedimento entre a epiderme e derme, uma agulha de 05mm com polo negativo. O eletrolifting não se caracteriza em técnicas invasivas, devido por não atingir a profundidade da pele. Segundo Guirro e Guirro (2002), os procedimentos técnicos para a execução do eletrolifting são divididos em três grupos: ● Deslizamento da agulha sobre as rugas (varredura); ● Penetração da agulha em pontos das rugas; ● Escarificação, é o método de deslizamento da agulha na linha de expressão ou rugas. A agulha será posicionada, e proporcionando a lesão no tecido. Todavia, a execução da técnica com a introdução da agulha sobre a pele do cliente, deve ser posta na pele e levantá-la ocasionando delicadamente o deslocamento. A cada deslocamento da agulha, permanecemos em média de 3 a 5 segundos, e retiramos a mes- ma sobre a pele, repetindo por toda extensão a ser tratada. Ao término da execução, associe princípios ativos, regeneradores que tem o obje- tivo de hidratar e regenerar a pele, como por exemplo, ativo em sérum Nanotecnológico de ácido hialurônico. 1.8.3 Cuidados da execução do eletrolifting A punturação da agulha deverá ser realizada de maneira rápida, para afins de evitar desconforto ao cliente. Após o levantamento da agulha, aguarde de 3 a 5 segundos para retirá-la, ou seja, sem machucar e/ou danificar o tecido a ser tratado. A agulha deve ser introduzida na camada de epiderme, desta forma, não atinge a derme e não há sangramento. O ângulo da agulha de 45 graus deve ser respeitado, para afins de evitar intercorrência. Segundo Guirro e Guirro 2002, a intensidade da corrente é executada de acordo com a sensibilidade do cliente, os limiares de dores podem variar de acordo com as regiões que está sendo realizado o eletrolifting. O procedimento para peles secas e sensíveis, deve ser feito com alguns cuidados para não haver intercorrências. Sempre respeitar o limiar de dor do cliente. As agulhas de eletrolifting são descartáveis, não são reutilizadas, e deverá ser descartada em descarpack. 34UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 34UNIDADE II Eletrotermofototerapia II Atenção especial, ao tratar peles envelhecidas, pois esta mesma, apresenta sen- sibilidade, pode se em alguns casos estar sujeita a irritações e alergias, devidamente por estar com redução da síntese de lipídeos há uma facilidade de haver intercorrências, no entanto, realizando a técnica com os parâmetros, e higienização e cuidados, os resultados são satisfatórios. As indicações, do procedimento são para realizar complementos aos tratamentos estéticos faciais e corporais ao envelhecimento cutâneo, cicatrizes de acnes superficiais e estrias. (PEREIRA, 2013). 1.8.4 Contraindicação Não podemos realizar a técnica em peles com presença de feridas abertas/expos- tas, pacientes que tem prótese metálica no local, portadores de marcapasso, neoplasias. Contra indicação intermediária para pacientes com diabetes, devemos respeitar a fase de cicatrização que pode ser mais lenta, do que aos indivíduos saudáveis. Neste tópico, estudamos sobre o conteúdo de eletrolifting, vimos brevemente so- bre as camadas da pele, cuidados de aplicação, indicações e contra indicações que está presente na Corrente Galvânica. A importância de realizar a avaliação estética é essencial, no qual irá proporcionar na elaboração aos protocolos, atuando corretamente para afins de evitar intercorrências. O eletrolifting é uma técnica de eletroterapia, que usa como coadjuvante aos pro- cedimentos estéticos, podendo ser associado com a radiofrequência, microagulhamento, recursos cosméticos e entre outros, desta forma, o conhecimento básico de anatomia e fisiologia humana, física e química, são essenciais para uma formação ao acadêmico do curso de estética. Aos próximos tópicos, vamos nos aprofundar aos conhecimentos da Eletrotermofototerapia. 35UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 35UNIDADE II Eletrotermofototerapia II 2. MICROCORRENTES E ELETROLIPÓLISE A microcorrente é uma eletroestimulação com correntes de baixa frequência, pode estar presente as correntes contínuas ou alternadas, são conhecidas ou chamadas de MENS (termo em inglês para Microcurrent Electrical Neuromuscular Stimulation), e tem a sua função de estimular o sensorial do tecido. Sabe-se que as microcorrentes atuam até no sistema muscular, apresentando sobre a sua atuação com objetivo de reparar os tecidos lesionados. A intensidade e os parâmetros utilizados na execuçãoda técnica são de extrema importância, pois, neste mesmo que haverá a cicatrização e reparo tecidual. Desta forma, a microcorrente é um recurso da eletroterapia, através da Corrente Galvânica, que associamos e complementamos os procedimentos estéticos e terapêuticos. No decorrer do tópico, vamos estudar sobre este recurso. 2.1 Efeitos Terapêuticos A microcorrente quando executada corretamente, proporciona efeitos terapêuticos ao nosso paciente, como por exemplo: analgesia, acelera a regeneração tecidual, ação anti-inflamatório, bactericida e redução de edema e relaxamento muscular. 36UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 36UNIDADE II Eletrotermofototerapia II 2.2 Efeitos Fisiológicos Segundo Pereira (2013, p. 376), os efeitos fisiológicos são, estímulo do crescimento de fibroblastos, ação ao sistema linfático, oxigenação tecidual, aumento da permeabilidade cutânea. As indicações aceleram a cicatrização do tecido lesionado, redução da dor, cica- trização para queimaduras, úlceras de decúbito e edema, promove reparo tecidual para pós operatório de cirurgias plásticas, coadjuvante aos procedimentos para envelhecimento cutâneo e estrias, tem ação bactericida, anti-inflamatório e cicatrizante, tem indicação para acnes de grau II e III. 2.3 Técnicas de Aplicação Os efeitos do microcorrente são acumulativos, deve ser realizadas várias sessões para o resultado final. As técnicas de aplicação são realizadas com os eletrodos, auto adesivos, bastonetes e cotonetes. O objetivo do microcorrente é proporcionar efeitos tera- pêuticos e estéticos, quando bem executado podem se tratar e amenizar a disfunção ou a lesão. Segundo Pereira (1999), a Corrente Contínua de baixa intensidade, é classificada em milionésimo de ampères que correspondem em microampère, ou seja, tem a frequência de 0,5 a 600Hz e a potência de 0 a 300 μA, indicados para regeneração, reparo tecidual. As aplicações utilizamos auxílio de gel condutor, para afins de evitar queimaduras na pele, devido a passagem da corrente elétrica no tecido. Com isso, podemos perceber o conteúdo de micro correntes, imagens de exem- plo de eletrodos, os efeitos terapêuticos, estéticos e fisiológicos e também as indicações. Estudamos também a importância de realizar a avaliação estética é essencial, no qual irá proporcionar na elaboração aos protocolos, atuando corretamente para afins de evitar intercorrências, ao atuar na reparação tecidual em casos de úlceras, é necessário que profissional esteja apto a executar o procedimento, todavia, toda lesão na pele é importante conhecer e estudar os conceitos da fisiologia humana. E assim, observamos que a microcorrentes é uma técnica de eletroterapia, no qual usa como coadjuvante aos procedimentos estéticos, podendo ser associado recursos cosméticos e outros equipamentos estéticos e desta forma, o conhecimento básico de anatomia e fisiologia humana, física e química, são necessárias para uma formação ao acadêmico do curso de estética proporcionando amplo conhecimento. 37UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 37UNIDADE II Eletrotermofototerapia II 2.4 Eletrolipólise A eletrolipólise ou eletrolipoforese é considerada uma corrente elétrica, modulada e de baixa frequência, com objetivo de atuar diretamente ao tecido adiposo, são procedi- mentos de eletroterapia que são coadjuvantes aos demais tratamentos estéticos, que são usadas agulhas de acupuntura e a corrente presente no tecido realiza a indução de lipólise para os protocolos corporais de redução de medidas (gordura localizada). O estímulo da lipólise ocorre devido pelas excitações das terminações nervosas simpáticas e liberação de catecolaminas e agem aos receptores dos adipócitos e estimulam e potencializa a lipólise. (TASSINARY, 2018). Todavia, o objetivo da eletroestimulação é conseguir a liberação do AMP cíclico (monofosfato cíclico de adenosina) ocorrendo a lipó- lise, contribuindo aos resultados da redução de medidas, quando executadas e orientadas corretamente ao cliente. Então, todo e qualquer tratamento estético que tenha o objetivo de reduzir gordura localizada, é preciso orientar ao cliente a necessidade de ter hábitos alimentares equilibrados e saudáveis, e realizar a prática da atividade físicas, pois na estética corporal apenas reali- zamos a indução, no qual é essencial a dedicação do cliente durante as sessões estéticas. 2.4.1 Aplicação da Eletrolipólise A aplicação ocorre através de agulhas com tamanhos que podem variar de acordo com a região a ser tratada, o espessamento presente na área para realizar a eletrolipólise devem ser de 25 ou 30mm. Todas as agulhas usadas durante as sessões são necessárias descartá-las no descarpack. A intensidade da corrente deve ser aumentada de acordo com a sensibilidade do paciente. Alguns pacientes na prática clínica relatam pouco incomodo durantes as sessões de eletrolifting. Os resultados são individualizados para cada pessoa, aos clientes que não tem hábitos saudáveis, relatam poucos resultados satisfatórios, porém, a alguns fatores determi- nantes que podem dificultar durante tratamentos, como por exemplo; pacientes que fazem uso de medicações psiquiátricos, corticoides, antibióticos, disfunção hormonal, menopausa e diabéticos. 38UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 38UNIDADE II Eletrotermofototerapia II 2.4.2 Efeitos Fisiológicos A eletrolipólise tem atuação da eletroestimulação do sistema nervoso autônomo simpático, ocorre a liberação do AMP cíclico, resultando em lipólise, todavia os efeitos fisiológicos aumentam a circulação sanguínea e ativa a microcirculação, proporcionando aumento da oxigenação celular. A corrente elétrica é o condutor para gerar calor (efeito joule) no qual ocorre a vasodilatação, aumento do fluxo sanguíneo, fisiologicamente contribui para o estímulo do metabolismo celular tornando benéfico a redução da gordura localizada. Recomenda-se após a sessão de eletrolipólise, realizar-se a drenagem linfática para contribuir na nutrição celular e oxigenação tecidual. Sendo assim as indicações são recursos para a redução de medidas, para gordura localizada e contribui para contorno corporal. As contraindicações, evitamos para indivíduos que esteja com lesões e feridas abertas, infecções, diabetes descontrolado, neoplasia, uso de medicações anticoagulantes e pacientes com fobia a agulhas (evita-se esta técnica, respeitar o paciente devidamente ao trauma). Atualmente a demanda de procedimentos estéticos cresceram, a busca pelo padrão da beleza proporcionou o surgimento de várias tecnologias, mesmo com tantos recursos e avanços, e a eletrolipólise é um dos procedimentos que estão presentes para utilizar-se com associação de outras técnicas manuais, cosmetologia e outros equipamentos estéticos. Cabe ao profissional, então, ter aptidão, conhecimentos da área para elaborar planos de tratamentos estéticos que irão contribuir positivamente aos resultados, a técnica mal executada, pode surgir complicações. Assim, podemos compreender que realizar a avaliação estética é essencial e irá proporcionar um auxílio elaboração aos protocolos, atuando corretamente para afins de evitar intercorrências. A eletrolipólise é um recurso estético que tem o objetivo de realizar a redução de gordura localizada, conhecer o mecanismo de ação da fisiologia humana é essencial para elaborar os planos de tratamentos estéticos. Vimos também que a eletroterapia e outras técnicas manuais e cosmológicas são coadjuvantes aos procedimentos estéticos, aos próximos tópicos vamos ampliar o conheci- mento teórico sobre outros recursos de Eletrotermofototerapia. 39UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 39UNIDADE II Eletrotermofototerapia II 3. VACUOTERAPIA A Vacuoterapia ou Endermologia, como conhecia popularmente é considerada um recurso eletro terapêutico tem finalidades de promover massagem profunda sobre o tecido, obtido a partir da associação de vácuo, chamado de pressãonegativa, as manobras reali- zadas sobre a pele são executadas de acordo com os movimentos básicos da massagem, em algumas regiões do corpo utilizamos ventosas com tamanho menor e outras maiores. A Vacuoterapia não é invasiva, utiliza as pressões negativas sobre o tecido, é im- portante estar atento quanto a pressão usada durante as sessões para se evitar hematomas na pele do paciente, quando utilizada para afins estéticos. 3.1 Benefícios da Vacuoterapia Todavia os benefícios da Vacuoterapia ou Endermologia são vários, utiliza-se para vários protocolos faciais e corporais, que são coadjuvantes aos tratamentos estéticos e terapêuticos. Na Vacuoterapia para a estética facial, realiza-se um Microdermoabrasão na su- perfície da pele (epiderme) através do deslizamento da ponteira de diamante promovendo a esfoliação, a ponteira é conectada ao aparelho a vácuo e promove a remoção superficial de células mortas presente na pele. No entanto, a Microdermoabrasão pode ser aplicada em outras regiões do corpo, principalmente quando associamos esta técnica para preparar a pele, a outros procedimentos estéticos, entretanto a Vacuoterapia tem as indicações para ser coadjuvante aos tratamentos de FEG (celulite), gordura localizada e para tratamentos de fibroses, estrias, aderências, linhas de expressão. 40UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 40UNIDADE II Eletrotermofototerapia II 3.2 Aplicação da Técnica A Vacuoterapia é uma ferramenta terapêutica e são realizadas na prática com a seguinte sequência: ● Lubrificar a pele com óleo corporal; ● Posicionar a ventosa na região a ser deslizada; ● Aplicar o vácuo de acordo com a sensibilidade do paciente. A Vacuoterapia ou Endermologia é um dos recursos mais utilizados aos procedi- mentos estéticos, devido a sua versatilidade, apesar de ser uma técnica antiga, mesmo com vários recursos tecnológicos e avanços da eletroterapia, este mesmo quando executada corretamente o plano de tratamento proporciona resultados satisfatórios. A sucção que geram a pressão negativa é medida em milímetro de mercúrio (mmHg), neste momento que dosamos a pressão no tecido para se evitar hematomas. Pacientes com a presença de Lipodistrofia ginóide (celulite) em graus elevados, evitamos o uso da Vacuoterapia devido a sensibilidade da pele. Na prática a Vacuoterapia não substitui as manobras de massagem manual, é re- comendado a associação das duas técnicas. A Endermologia tem finalidade de preparar o tecido, aumentando a circulação sanguínea, promovendo oxigenação tecidual, com intuito de oferecer melhor mobilização da pele para a massagem manual. As contraindicações da Vacuoterapia evitamos para pacientes que possui sensibili- dade e fragilidade capilar, doenças infecciosas, pacientes com varizes e flacidez tissular ex- cessiva, diabetes descompensados, hipertensos descompensados, neoplasias e gestantes. Contudo, podemos entender que a Vacuoterapia é um recurso estético utilizado a muitos anos, no qual o objetivo da sucção é promover aumento da circulação sanguínea, promovendo a oxigenação tecidual e proporcionando maleabilidade no tecido durante a execução das ma- nobras de massagem manual, no qual proporciona o contorno corporal, atenua as disfunções estéticas corporais, e quando executadas corretamente usamos para afins terapêuticos como a ventosa terapia, promove um alívio da dor muscular e não é método invasivo. Aos próximos tópicos vamos conhecer sobre a técnica de Corrente Russa, que podemos associar com todos os outros recursos eletro terapêuticos para fins estéticos. 41UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 41UNIDADE II Eletrotermofototerapia II 4. ELETROESTIMULAÇÃO: CORRENTE RUSSA (ISOMETRIA) A Corrente Russa é um estímulo elétrico usado para finalidades de contração mus- cular em um local escolhido para a aplicação. A finalidade da Corrente Russa é melhorar o tônus muscular, flacidez mediana muscular, e também promove a estimulação da circulação sanguínea, linfática e oxigenação celular. As características desta eletroterapia, é uma corrente alternada e despolarizada, o formato de onda senoidal, a frequência do impulso é de 2500HZ para finalidades estéticas, a intensidade da corrente é indicada conforme o limiar de dor de cada paciente. 4.1 Tipos de ondas da Corrente Elétrica As ondas são classificadas em: isotônicas e isométrica, as diferenças das ondas se dão através do objetivo proposto durante ao plano de tratamento. A onda isotônica, tem objetivo de proporcionar o aumento muscular e a onda isométrica melhora o trofismo com aumento muscular e também induz a perda da reserva energética, muito usada esse recurso para procedimentos estéticos corporais, com finalidades de redução de medidas. 4.2 Aplicação da Corrente Russa Para realizar a aplicação da Corrente Russa, é necessário a região a ser tratada estar com a pele limpa, é recomendado o uso do gel condutor para conduzir a passagem da corrente elétrica para o tecido. 42UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 42UNIDADE II Eletrotermofototerapia II Ao acoplar os eletrodos sobre o tecido, haverá a contração muscular e tempo de repouso, o total da duração do procedimento, é de 5 à 20 minutos, determinados de acordo com a região a ser tratada. Durante a aplicação ocorre, a contração voluntária, fase da esti- mulação, contração muscular, e no decorrer, há a fase do repouso, para descanso muscular. 4.3 Parâmetros O aparelho da Corrente Russa pode haver até 16 canais para a estimulação, são realizados em modo contínuo, ao momento proporciona: analgesia, sensação leve de for- migamento. A estimulação do local se inicia com a frequência de 10HZ para aquecimento e finalização do fortalecimento muscular. E para estimular as fibras vermelhas da musculatura, recomenda-se aumentar a intensidade para 30 a 40 HZ. E o estímulo das fibras brancas musculares, é realizado acima de 60 HZ. Então, consideramos que cada indivíduo tem o limiar de dor e sensibilidade distintas, no entanto que deverá ser respeitado. As indicações da corrente russa são para flacidez e fortalecimento muscular e coadjuvante aos tratamentos de gordura localizada (isometria), sendo assim este recurso da eletroterapia possui as contra indicações neoplasias, pacientes portadores de marcapasso ou quaisquer próteses metálicas, gestantes, lesões musculares, feridas abertas e cardiopatas. Sendo assim, a Corrente Russa, e assim quanto aos outros recursos de eletrotera- pia tem objetivo de promover e contribuir para tratar, amenizar a disfunção estética, no en- tanto, pode se potencializar se houver complementação de técnicas manuais (massagens, drenagens) e recursos da cosmetologia, assim como também os cuidados ao home care realizado pelo paciente, deste modo promovendo resultados satisfatórios. Nesse contexto, podemos compreender que a Corrente Russa é considerada um recurso eletroterapia com objetivo de promover fortalecimento muscular e também con- tribui para tratamentos de redução de medidas. Desta forma, durante a aplicação prática é necessário conhecer as suas características, que se dá através da intensidade, tempo de duração do pulso, tempo de repouso do pulso, forma de onda, tempo de aplicação. Aos efeitos fisiológicos, ela proporciona uma oxigenação tecidual e contração das fibras musculares, esse tratamento é indicado aos procedimentos estéticos faciais e corporais e demais indicações necessárias. 43UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 43UNIDADE II Eletrotermofototerapia II SAIBA MAIS Ampliando os conhecimentos, a iontoforese ou quaisquer recursos de eletroterapia, tem objetivo de melhorar e/ou atenuar a disfunção estética desejada pelo nosso paciente. Ter um amplo conhecimento em cosmetologia é necessário, pois atuamos com proce- dimentos que tem objetivo de realizar permeação cutânea com substâncias químicas. Entretanto, o amplo conhecimento, proporciona a ter resultados sensacionais, com base em estudos favorece
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