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- -1 ESTÉTICA CORPORAL I CAPÍTULO 4 – QUAIS AS POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS PARA A LIPODISTROFIA LOCALIZADA? Istevânia dos Santos Dantas - -2 Introdução Neste capítulo, iremos conhecer os recursos utilizados no âmbito da estética para o tratamento da hidrolipodistrofia ginoide (HLDG), popularmente conhecida como celulite. Existem outros termos pelos quais a celulite também é designada: paniculopatia, fibroedema geloide (FEG), edematofibroesclerótica, paniculite edematofibroesclerótica (PEFE), lipodistrofia localizada, mesenquimatose, lipoesclerose, dermatopaniculite vasculopática e paniculose. É interessante que você entenda que todos esses termos se referem a uma afecção da pele, que acomete a maioria das mulheres, constituindo, portanto, um dos motivos pelos quais o profissional da estética é bastante procurado. Acredita-se que existem alguns pontos que podem predeterminar o tratamento para a HLDG, quais serão eles? A avaliação correta do grau da celulite para desenvolver o tratamento adequado e a ajuda da cliente praticando atividade física e ingerindo uma alimentação saudável. Nesse aspecto, o que o profissional da estética pode agregar como tratamento manual? A FEG ou HLDG é uma das disfunções estéticas mais difíceis de serem tratadas, por esse motivo, é necessário recorrer a diversos recursos, e por que não aos recursos manuais, como drenagem linfática e massagem relaxante (massagem clássica)? Esses recursos atuam como coadjuvantes no tratamento da celulite. É importante que o esteticista conheça as propriedades terapêuticas dos cremes utilizados na massagem? Evidentemente. A escolha do produto com o princípio ativo que favoreça a lipólise e diminua a resistência da pele para receber a ação de uma corrente ou incidência de luz é fundamental para o tratamento. Iremos abordar muitas questões que ajudarão o esteticista a obter segurança no uso dos principais recursos eletroterápicos no tratamento da HLDG ou FEG, para colocar em prática todo o conhecimento que aqui será abordado. 4.1 Cosmética aplicada à HLDG O termo “cosmético” tem origem na palavra grega que significa “enfeite”, “adorno”. A finalidade doskosmétikós, cosméticos é higienizar, limpar, lubrificar, hidratar, nutrir, retardar o envelhecimento e embelezar o ser humano. Dessa forma, são formulados de maneira a atuarem na superfície da pele, por meio das mais diversas substâncias, e elaborados para que não causem reações indesejáveis (GOMES; DAMAZIO, 2013). Os produtos tópicos para o tratamento da celulite baseiam-se na lipólise, na drenagem e na reestruturação do tecido. Os cosméticos podem funcionar como coadjuvantes no tratamento da celulite. Eles podem atuar por meio de três mecanismos: metabolizando a lipólise (quebra de lipídeos, ou seja, dos triglicerídeos armazenados nos adipócitos), melhorando a drenagem (pelos ativadores de circulação) e reestruturando o tecido lesado (pelos renovadores de colágeno) (LEONARDI, 2008). Veja, no quadro a seguir, como produzir um gel anticelulite. VOCÊ QUER LER? No livro “Medicina estética” (PARIENTI, 2001), há uma relação de substâncias cosméticas tidas como eficazes no combate à celulite, como cafeína, teofilina, fucus, extrato de castanha-da- índia e vitaminas. Leia o livro e confira. - -3 Quadro 1 - Componentes e técnica para produzir um gel anticelulite. Fonte: LEONARDI, 2008, p. 191. Outro aspecto a ser comentado diz respeito à segurança. Lembre-se de que os agentes tópicos que são produzidos com o objetivo de afetar a função corporal devem incluir unicamente ingredientes cuja segurança e eficácia tenham sido comprovadas anteriormente. Siga as normas que regulamentam o uso de tais agentes, sobretudo dos extratos vegetais, incluindo, inclusive, plantas de uso popular, pois há um costume de se pensar que não são tóxicas, por serem “naturais” (KEDE; SABOTOVICH, 2015). Os produtos cosméticos são usados de forma coadjuvante aos recursos eletroterápicos, em massagens ou até mesmo como pós-tratamento. O cliente os administra no formato home care (em casa) como uma forma de manutenção do tratamento. 4.2 Recursos manuais aplicados à HLDG A massagem não representa mais que um coadjuvante, na verdade essencial, no tratamento do fibroedema geloide, não devendo ser utilizada como recurso terapêutico único e completo, devido à etiologia multifatorial dessa disfunção. Na prática, observa-se que técnicos sem a fundamentação teórica necessária fazem uso da massagem de forma vigorosa, acreditando que o procedimento é o mais indicado. Segundo Guirro e Guirro (2004, p. 385), “o fibroedema geloide não deve ser encarado de forma simplista como um ‘amontoado de nódulos’ que devam ser ‘desfeitos’ sob pressão. A drenagem linfática é uma técnica de massagem que consiste em movimentos de propulsão, usando pressão delicada e rítmica, que estimula o fluxo linfático, com redução do edema. Deve ser realizada seguindo a direção do retorno linfático, exigindo um bom conhecimento anatômico da circulação linfática (KEDE; SABOTOVICH, 2015). - -4 A seguir, clique e conheça mais sobre a massagem. A massagem vigorosa rompe as trabéculas conjuntivas já distendidas e frágeis, criando vastos espaços para os quais se confluem e se acumulam os líquidos intersticiais. As lesões produzidas são acompanhadas de equimoses, testemunhas da ruptura de vênulas e arteríolas da hipoderme, ocorrendo ainda um quadro doloroso proveniente da pressão excessiva das manobras (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Ainda segundo os autores, essa massagem atua na alteração tecidual auxiliando na penetração de produtos com princípios ativos específicos; na diminuição da resistência da pele às correntes; e no aumento da maleabilidade tecidual. No início, ela deve ser executada de forma intermitente, suave e superficial, para a dessensibilização. As manobras de amassamento superficial (massagem clássica) podem ser executadas num segundo momento, para que haja o relaxamento da musculatura localizada abaixo do tecido afetado, incrementando a circulação local (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Outras técnicas de massagem são utilizadas no tratamento de fibroedema geloide quando se acredita que é originado nas disfunções hepáticas, nos fatores emocionais ou no estresse. Nesses casos, a massagem reflexa (massagem do tecido conjuntivo) e a massagem nos meridianos apresentam resultados bastante satisfatórios (GUIRRO; GUIRRO, 2004). A massagem diminui a resistência da pele facilitando a ação de correntes e a penetração de princípios ativos, além de proporcionar um relaxamento pelos efeitos fisiológicos analgésicos. Por essa razão, a massagem é indispensável no protocolo para o tratamento de HLDG. 4.3 Recursos eletroestéticos na HLDG – Parte I Conforme Lyon e Silva (2015), o tratamento da HLDG baseia-se sobretudo em dieta alimentar e atividade física. Podem ser utilizados medicamentos com ação lipolítica, como os agonistas beta-adrenérgicos (metilxantinas) e alfa-adrenérgicos, ou substâncias eutróficas, como o silício com ação nos fibroblastos, o extrato de Centella ou os extratos vegetais de o picnogenol. Outros tratamentos recomendados são:asiática Ginkgo biloba, drenagem linfática, endermologia, ultrassom, hidrolipoclasia e eletroporação, carboxiterapia, subcisão e radiofrequência. De acordo com o grau da HLDG é que a esteticista irá montar o protocolo mais adequado para a cliente, podendo neste serem utilizados até mais de dois recursos eletroterápicos, além de recursos manuais e cosméticos. 4.3.1 Laser No desenvolvimento da tecnologia de em medicina, o dermatologista Prof. Dr. Leon Goldman (1905-1997),laser da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, desempenhou um papel crucial. Por meio de seu trabalho e entusiasmo, foram descobertos muitos novos tipos de lasers, o que expandiu suas aplicações (LYON; SILVA, CASO De 1920 a 1939, em Cannes, Emil Vodder e Estrid Vodder cuidaram de pacientes crônicos acometidos de sinusite, rinite, amigdalite e faringite, os quais apresentavam os gânglios do pescoço comprometidos com inflamações. Eles iniciarama aplicação de movimentos suaves na região, com ótimas respostas. Começou, assim, a semente de um método terapêutico revolucionário, o qual foi sistematizado e aplicado, sendo reconhecido com resultados positivos (ROCHA, 2017). - -5 entusiasmo, foram descobertos muitos novos tipos de lasers, o que expandiu suas aplicações (LYON; SILVA, 2015). Em 1960, Maimam observou a emissão estimulada de radiação com luz visível usando cristais de rubi, culminando no termo “laser” ( ). Desde essa época, muitaslight amplification by stimulated emission of radiation técnicas foram desenvolvidas para o tratamento de inúmeras desordens cutâneas, com sucesso crescente (BORELLI, 2007). A interação do laser segue três princípios básicos da fotobiologia: reações fototérmica, fotoquímica e fotomecânica. Segundo Borelli: A reação fototérmica resulta dos efeitos do calor, ao passo que a fotoquímica ocorre por fotossensibilizantes endógenos ou exógenos à luz ultravioleta ou à luz visível; a reação fotomecânica, causada por uma absorção rápida do pulso do laser, resulta em uma mudança rápida da temperatura, com expansão térmica, vaporização e formação de pressão (BORELLI, 2007, p. 81). A fototermólise seletiva é a arte de combinar o comprimento da onda e a duração do pulso para a obtenção do efeito desejado no tecido alvo (OSORIO; TOREZAN, 2009). A fototermólise seletiva pode associar temperaturas elevadas em estruturas específicas com um mínimo risco de cicatrização exacerbada, pois o calor na derme é minimizado. A energia se fixa apenas nos locais de absorção. Os comprimentos de onda que penetram na pele são preferencialmente absorvidos pelas estruturas cromóforas, por exemplo, vasos sanguíneos ou células contendo melanina. Entretanto, assim que o calor é criado, dissipa-se por condução e transferência radioativa e, assim, cria-se uma competição entre o aquecimento ativo e o resfriamento passivo. Se a exposição do calor for menor ou igual ao tempo necessário ao resfriamento, cria-se a fototermólise seletiva (BORELLI, 2007). VOCÊ SABIA? A lipoaspiração para tratamento da lipodistrofia ginoide (LDG) pode ser feita por meio da quebra de gordura sólida em gordura líquida (laserlipólise), mais facilmente aspirável com cânulas de pequeno calibre, com a lipólise pela luz do laser. O laser utilizado é o neodímio ítrio alumínio granada (Nd: YAG, neodymium-doped yttrium aluminium garnet), 1.064 nm (MAIO, 2011, p. 1170). - -6 Figura 1 - Esquema dos comprimentos de onda na pele de 1.064 nm e 532 nm (Nd:YAG = neodímio: ítrio alumínio granada; KTP = fosfato titânio potássio). Fonte: OSORIO; TOREZAN, 2009, p. 7. É possível relacionar os efeitos da radiação do no tratamento do fibroedema geloide, dando ênfase às açõeslaser antiedematosa e fibrinolítica. O efeito bioquímico, em alguns casos, interfere na produção de certas substâncias, por exemplo, as prostaglandinas. É um mecanismo quase similar à inibição produzida por outros anti- inflamatórios. Clique a seguir e conheça mais sobre esses efeitos. Efeitos primários Dentre os efeitos primários, destacam-se: geração de potenciais eletroquímicos, normalização da atividade funcional das membranas, hiperpolarização da membrana, aumento da AMPc, do ATP, bem como da liberação de β endorfina e serotonina. Efeitos secundários As respostas recorrentes dos efeitos secundários podem ser agrupadas em: vasodilatação no nível da microcirculação, ação da histamina sobre os esfíncteres capilares, regeneração de fibras nervosas, neoformação de vasos sanguíneos e regeneração dos linfáticos (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Para aprender mais sobre o tema, assista ao vídeo abaixo. https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id /1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1552576701&entry_id=1_0keau4pq A ação do laser no fibroedema geloide requer ação fotobiológica importante, com objetivo de estimular a microcirculação das áreas afetadas, incrementando assim a circulação local. Uma ação de grande importância dessa modalidade de energia é o efeito trófico proveniente da união do efeito circulatório e do incremento da divisão celular. Às vezes o fibroedema geloide é doloroso, e a ação analgésica do laser também é sugerida (GUIRRO; GUIRRO, 2004). As fontes de laser atuais, usadas para o tratamento de gordura localizada e celulite, utilizam a água como cromóforo principal. Por outro lado, é necessário um tempo de exposição (duração de pulso) prolongado (em multissegundos) para que se alcance uma temperatura suficiente para a desnaturação de, principalmente, proteínas dérmicas e a consequente contração do tecido. Para o aquecimento profundo, é obrigatória a utilização de mecanismos de resfriamento acoplados para a proteção epidérmica. Assim, as fontes de luz atualmente disponíveis para o tratamento da gordura localizada e celulite não destroem a gordura, mas conseguem atingir camadas profundas da derme, sem a ação dos adipócitos (OSORIO; TOREZAN, 2009). Assim como os demais aparelhos na medicina e na estética, o laser também evoluiu bastante, principalmente https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1552576701&entry_id=1_0keau4pq https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1552576701&entry_id=1_0keau4pq - -7 Assim como os demais aparelhos na medicina e na estética, o laser também evoluiu bastante, principalmente com a fototermólise seletiva, em que a luz tem um foco de ação, tornando essa ferramenta mais precisa e eficaz. Faz-se necessária a associação de outros mecanismos para o tratamento da celulite com o laser, para a proteção epidérmica. Existem vários fabricantes que associam em uma plataforma a luz infravermelha do laser, a radiofrequência e o resfriamento epidérmico, para tratar gordura localizada e celulite (não vem ao caso citar essas marcas neste tópico). 4.3.2 Led Para Pinto (2011), a terapia fotodinâmica, conhecida como PDT (sigla em inglês para ),Photodynamic Therapy não é um tratamento assim tão moderno, pois existe há mais de 40 anos. O que aconteceu foram algumas mudanças no modo de se proceder à técnica. O LED (do inglês – “diodo emissor de luz”) é uma fonte de luz contínua com alta eficiência light emitting diodes luminescente. Constitui-se de um diodo semicondutor (junção P-N) que quando energizado emite luz visível, encaixado em uma cúpula clara de epóxi que atua como uma lente. A luz é monocromática e é produzida pelas interações energéticas do elétron. Emite uma estreita faixa de radiação eletromagnética que varia de comprimento de onda que vai do ultravioleta ao visível e infravermelho. O LED vem apresentando vantagens em relação ao laser, pois é mais economicamente viável, pode irradiar uma maior área de superfície e requer menos energia para sua operação (PINTO, 2011). VOCÊ O CONHECE? Albert Einstein nasceu a 14 de março de 1879, em Ulm, na Alemanha, de uma família judia de classe média. Ele foi o primeiro a desenvolver o conceito de “raio laser”, em 1917, ao descrever a sua teoria quântica da radiação (BORELLI, 2007). - -8 Figura 2 - Espectro eletromagnético. Fonte: BORELLI, 2007, p. 77. De acordo com Pinto, LED são emissores de luz que afetam a fotomodulação (estimulam as células a produzir colágeno, elastina e a multiplicarem-se). É um método totalmente natural e não ablativo para o rejuvenescimento da face, colo e mãos. São menos dispendiosos que outros e reduzem linhas finas, rugas, sardas e intensidade de vermelhidão. No caso do LED blue light, as glândulas sebáceas ficam menos ativas diminuindo a oleosidade da pele (PINTO, 2011, p. 85). A ausência de efeitos colaterais associados ao agente fototerapêutico, em muitos casos, com exceção de uma fotossensibilidade geral da pele, permite a repetição do tratamento por várias vezes, o que em particular pode ser útil no caso de lesões múltiplas ou neoplasiasmetastáticas (PINTO, 2011). Para Pinto (2011), são três as fases do processo de cicatrização: • degradação do substrato; • proliferação celular; • modelagem do tecido. Estudos demonstraram que as mitocôndrias, ao receberem radiação da luz vermelha e infravermelha próximo, aumentam o metabolismo respiratório de certas células. A luz LED foi desenvolvida como uma alternativa efetiva à luz laser. Os LEDs estimulam o processo de energia nas mitocôndrias de cada célula, particularmente quando a luz vermelha perto do infravermelho é usada em comprimentos de onda específicos para ativar os constituintes mitocondriais, tais como: sistemas de citocromos e cromóforos, que são capazes de modular as atividades bioquímicas e fisiológicas das células (PINTO, 2011). Segundo Pinto (2011), o uso do LED é uma terapia bioestimuladora, não invasiva, de fácil e rápida aplicação, com efeito analgésico no tratamento de úlceras de perna em pacientes diabéticos. Ainda há pouco estudo na área da estética sobre o uso do LED no tratamento para celulite. Grande parte da literatura é voltada para tratamentos médicos, e muitos dos tratamentos para HLDG envolvem outras tecnologias, como a plataforma Galeno Sculptor. No entanto, vimos que o LED possui grande atividade na mitocôndria, informação relevante para concluir que essa terapia pode ser usada como coadjuvante no tratamento para a celulite. • • • - -9 4.3.3 Protocolo detox (bandagem) Frente a um tecido mal oxigenado, subnutrido, desorganizado e sem elasticidade, resultante de um mau funcionamento do sistema circulatório e das consecutivas transformações do tecido conjuntivo, o tratamento por bandagem fria não encontra subsídios fisiológicos bem definidos que corroborem sua utilização no fibroedema geloide (GUIRRO; GUIRRO, 2004). O efeito mecânico de ação da bandagem fria no tratamento de fibroedema geloide não está totalmente esclarecido, uma vez que seus adeptos apresentam como subsídio o aumento do metabolismo, decorrente de uma vasodilatação induzida pelo frio, baseada na teoria de Lewis, que atualmente está descaracterizada. A utilização desse recurso como medida terapêutica no fibroedema geloide depende de trabalhos mais acurados, os quais comprovem o seu verdadeiro efeito (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Clique e conheça mais sobre a história a ação da técnica de bandagem. • Os primeiros adesivos colocados sobre a superfície da pele foram as bandagens. Estas eram compostas de materiais derivados da borracha natural. Datam do final do século 19, sendo o primeiro produto projetado pela empresa Johnson & Johnson (FURLANI; SILVA, 2012). • Embora a proposta da aplicação de produtos cosméticos não inclua a ação sistêmica dos ativos, muitos desempenham sua ação em tecidos localizados nas camadas abaixo do extrato córneo, da derme e na hipoderme. É o caso dos ativos empregados para o tratamento da HLDG, de clareadores de manchas, hidratantes de ação profunda, entre outros. • Assim, partindo da necessidade de promover a penetração de determinados ativos, os patches ou adesivos transdérmicos e as bandagens têm sido propostos para veicular produtos de cuidado pessoal e cosméticos (FURLANI; SILVA, 2012). • A termoterapia é associada a ativos cosméticos com ação lipolítica e catalítica, utilizando os recursos de massagem modeladora, bandagem em que as ataduras de algodão são embebidas em solução de ativos e enroladas na região de abdome e pernas, e manta térmica por 30 minutos, finalizando com emulsão termoativa. • Em vários tratamentos estéticos utilizando a termoterapia para tratamento de FEG e gordura VOCÊ QUER LER? No livro “Recursos técnicos em estética II” (PEREIRA, 2015, p. 387), o autor dá dicas do uso de bandagem associada à talassoterapia: “E, para finalizar o protocolo, o uso de bandagem com talassoterapia (rica em sais minerais) e algas marinhas desidratadas assegura uma propriedade anti-inflamatória, remineralizante e antioxidante”. Leia o livro e confira o protocolo completo. • • • • • - -10 Em vários tratamentos estéticos utilizando a termoterapia para tratamento de FEG e gordura localizada são utilizadas as bandagens. São faixas de crepe, gaze ou tecido de algodão embebidos em solução de ativos cosméticos, envoltos na região a ser tratada, a fim de facilitar a aplicação e a permeação de ativos (LAURINDO; LOURENÇO; OLIVEIRA, 2018). O protocolo citado é um exemplo de protocolo detox usando a técnica de bandagem. Esta possui ação coadjuvante em diversos tratamentos, seja no esporte, na fisioterapia ou na estética. Na estética, a técnica de bandagem mais utilizada é a de algodão embebido em cosméticos crioterápicos ou termoterápicos, e pode ser usada antes ou com algum aparelho para potencializar o resultado do tratamento de HLDG. 4.3.4 Manta térmica O calor é uma forma de energia que acelera todas as reações químicas do organismo, atuando como catalisador de todas as reações enzimáticas da síntese proteica e da atividade metabólica, promovendo ainda modificações na permeabilidade da membrana celular. O calor provoca vasodilatação superficial, facilitando a permeação de princípios ativos; aumenta a sudorese, auxiliando na eliminação de toxinas do organismo; e aumenta a oxigenação e a nutrição dos tecidos. Além disso, o calor tem efeitos relaxantes, calmantes e analgésicos. São procedimentos considerados termoterápicos: manta térmica, (lençol de alumínio), sauna e banho turco mailer (YENDIS, 2008). Figura 3 - Manta térmica estética. Fonte: MILITÃO, s. d. Consequentemente à constante evolução tecnológica, muitos equipamentos geradores de energia térmica estão à nossa disposição possibilitando um leque de eventos em distintas áreas de atuação. Com certeza, passou o tempo em que a relação da termoterapia estava direcionada exclusivamente aos transtornos musculoesqueléticos quando simplesmente havia uma diferenciação quanto ao campo de penetração, ou seja, superficial ou profundo. Atualmente, as considerações estão voltadas para os possíveis efeitos seletivos da termoterapia e, para isso, é necessário saber sua origem de emissão considerando seus princípios físicos e biológicos (AGNE, 2013). - -11 Um procedimento que gera calor no tratamento estético é a manta térmica. Trata-se de um equipamento que produz calor superficial por meio de resistências elétricas revestidas por um tecido sintético, resultando em vasodilatação (LAURINDO; LOURENÇO; OLIVEIRA, 2018). Segundo Pereira (2015), o uso da manta térmica por 30 minutos aumenta a circulação sanguínea local. O aumento da circulação sanguínea e linfática e a elevação da temperatura leva a mitocôndria a produzir uma quantidade maior de oxigênio e consequentemente AMPc, o que possibilita maior hidrólise dos triglicerídeos. Este protocolo deve ser realizado duas vezes na semana, no mínimo 12 sessões, e havendo necessidade dar continuidade a um novo tratamento. Prentice (2014) relaciona as contraindicações para a termoterapia: condições musculoesqueléticas agudas, circulação prejudicada, doença vascular periférica, anestesia da pele, feridas abertas ou problema de pele. Na medicina, a manta térmica é utilizada para a prevenção da hipotermia. Já na estética o uso da manta térmica serve para potencializar o resultado do tratamento de HLDG ou de gordura localizada no abdômen, devido à sua ação termoterápica. É um recurso que pode ser combinado tanto com terapias manuais quanto com outros eletroterápicos. Geralmente o tempo de sessão dura trinta minutos. 4.3.5 Pressoterapia A pressoterapia é um método terapêutico utilizado nas áreas da estética, fisioterapia, medicina estética, oncologia e angiologia, para que haja a drenagem linfática, favorecendo a reabsorção de líquidos intersticiais e melhorando a circulação de retorno (PEREIRA, 2014). Ela consiste em submeter uma parte do corpo a vibrações, alternando movimentos de pressão ou de depressão de forma repetitiva. Distingue-se segundo a frequência: os infrassons de frequência inferior a 1.000 Hz; e os ultrassons de frequência superior a 20.000Hz (PARIENTI, 2001). Conforme Borges, [...] a técnica consiste em uma massagem pneumática, por meio da introdução do segmento corpóreo em artefatos pneumáticos (botas, luvas e cinta) geralmente formados por várias zonas independentes entre si, os quais inflam e desinflam, de forma sequencial ou não, com a ajuda de um compressor (BORGES, 2010, p. 99). VOCÊ QUER VER? Informe-se um pouco mais sobre o uso da manta térmica com a Dr. Luciana Duarte Lopes (2016), que ensina um protocolo de desintoxicação corporal utilizando esse tipo de manta. Disponível em: < >.https://www.youtube.com/watch?v=SPGovUeo4rk https://www.youtube.com/watch?v=SPGovUeo4rk - -12 Figura 4 - Enchimento dos artefatos pneumáticos em membros inferiores (pernas), membro superior (braço) e região abdominal. Fonte: BORGES, 2010, p. 103. Para Borges (2010), existem dois tipos de pressoterapia: a de pressão negativa e a de pressão positiva. Clique para conhecê-las. Unidades de pressão negativa As unidades de pressão negativa, ou em forma de ventosa, consistem em aplicadores que podem ser de cristal, metal ou plástico/polietileno em diferentes tamanhos, dependendo da área a ser tratada, conectando-se ao tubo de aspiração-compressão que se une o mecanismo que produz vácuo. Essas unidades podem controlar o ritmo de desempenho e o poder de aspiração. Unidades de pressão positiva As unidades de pressão positiva (consideradas os verdadeiros aparelhos de pressoterapia) utilizam um compressor que introduz ar em aplicadores especiais, com o propósito de gerar estímulo circulatório. Podendo citar, dentro dessas, a compressão pneumática estática e a compressão pneumática dinâmica e intermitente. A pressoterapia é indicada como terapia coadjuvante para tratamento de fibroedema geloide, bem como para os tratamentos que envolvem a obesidade, pós-operatório de cirurgia plástica e para todas as formas de linfedema. Auxilia na circulação de retorno venoso e linfático e favorece a recuperação da elasticidade cutânea. Cabe observar as contraindicações da pressoterapia envolvendo varizes, tromboflebite, insuficiência cardíaca, edema pulmonar agudo, infecções cutâneas, neoplasias, transtornos importantes da tensão arterial (PEREIRA, 2014). 4.4 Recursos eletroestéticos na HLDG – Parte II Para uma boa resposta terapêutica ou, pelo menos, uma correta orientação ao paciente, faz-se necessário um diagnóstico preciso. Como investigação complementar para o diagnóstico e seguimento do tratamento é importante realizar a documentação fotográfica. É interessante que esse acompanhamento fotográfico seja realizado a cada cinco sessões do tratamento. Devido à etiopatologia da HDLG ou FEG é fundamental que a esteticista monte um plano de tratamento diverso, entre terapias manuais e eletroterápicas. Entre os recursos eletroterápicos mais atuais estão a radiofrequência, a criofrequência e as ondas de choque. Entre as plataformas mais modernas do mercado é possível encontrar - -13 criofrequência e as ondas de choque. Entre as plataformas mais modernas do mercado é possível encontrar radiofrequência com laser ou LED. Note que um tratamento de alta tecnologia se trata da associação de dois ou mais recursos eletroterápicos além dos recursos manuais. 4.4.1 Radiofrequência e criofrequência Para que se tenha o entendimento da atuação fisiológica do recurso eletroterápico da criofrequência, torna-se necessária a prévia abordagem da radiofrequência (RF) trazendo toda a fundamentação teórica, sendo a origem no surgimento da criofrequência (MARQUES; PINNA, 2017). O uso da RF na medicina iniciou-se em 1920, quando Bovie e Gushing introduziram o eletrocautério. Atualmente dispomos de diversos aparelhos no mercado que combinam a RF bipolar com fontes de luz ou e/oulasers mecanismos de sucção a vácuo. A fonte de luz ou laser de diodo reduziria a resistência tecidual favorecendo a ação da RF (OSORIO; TOREZAN, 2009). A RF é uma opção no tratamento da paniculite edematofibroesclerótica, conhecida como celulite. A RF gera energia por meio de ondas eletromagnéticas que aquecem a pele, em temperaturas diferentes, de acordo com a anatomia desta. O calor dá início a um processo inflamatório com proliferação de fibroblastos, neocolagênese e lipólise por ruptura das membranas dos adipócitos na hipoderme, propiciando retração da pele e melhora na flacidez. (MAIO, 2011). Conforme Maio (2011), há dois mecanismos que demonstram a capacidade de modificação dos tecidos conectivos da pele pela ação térmica: a energia óptica ( e luz pulsada) e a RF. Embora esses mecanismoslaser difiram fundamentalmente no modo de gerar calor, ambos são capazes de produzir temperaturas dentro da faixa crítica para retração e remodelação do tecido conectivo, entre 60º C a 70º C. A energia da RF produz corrente elétrica ou fricção das moléculas de água entre si. Não há fonte de luz nem afinidade por melanina ou hemoglobina. Assim, pacientes de todos os fototipos e bronzeados podem passar pelo tratamento com segurança (KEDE; SABOTOVICH, 2015). Há basicamente dois tipos de radiofrequência: os elétrons saem de cada polo positivo rumo ao negativo de forma sequencial, não simultânea. Estão disponíveis no mercado diferentes configurações de polaridade: monopolar, unipolar, bipolar, tripolar e multipolar. • um eletrodo emite a corrente elétrica no ponto de entrada e outro serve como receptor RF monopolar: de aterramento; VOCÊ SABIA? Os primeiros aparelhos de RF monopolar (thermaColl®, Thermage®) foram aprovados em 2002 pela Food and Drug Administration (FDA) para tratamentos de rugas faciais. Em 2006, houve aprovação para tratamentos extrafaciais. Equipamentos que combinam RF bipolar com de diodo ou de diodo e luz pulsada também foram desenvolvidos e aprovados pelalaser laser FDA para tratamento da celulite, a partir de 2005 (Velasmooth®, Syneron®). A associação de de diodo e massagem (TriActive®, Cynosure®) também teve aprovação pelo FDA para olaser mesmo fim, em 2004 (MAIO, 2011, p. 1226). • - -14 Figura 5 - Esquema ilustrativo da RF monopolar. Há um fio terra acoplado a um membro que recebe o fluxo de elétrons vindo do polo positivo. Fonte: KEDE; SABOTOVICH, 2015, p. 547. • RF unipolar: diferencia-se apenas por não gerar corrente elétrica passando pelo corpo humano, apenas faz uma fricção entre as moléculas de água do tecido-alvo gerando calor. Não há necessidade de uma placa de aterramento; • RF bipolar: apresenta sempre dois eletrodos locais por onde percorrem uma correte elétrica. Trabalha com eletrodos negativo e positivo no mesmo local de ação. Não há necessidade de fio-terra. A circulação de elétrons é apenas local. Essa modalidade tem a grande vantagem de controlar com segurança a profundidade da corrente elétrica dentro dos tecidos. Nos dispositivos bipolares, a profundidade pode ser estimada pela metade da distância entre os eletrodos; • • - -15 Figura 6 - Esquema ilustrativo da RF bipolar. O fluxo de elétrons é local. Fonte: KEDE; SABOTOVICH, 2015, p. 548. • Tri ou multipolar: trabalham sempre com três ou mais eletrodos. Essas modalidades representam uma evolução do modo bipolar. A passagem de elétrons ocorre nos dois sentidos, e ora um polo se comporta como positivo, ora o inverso. Interessante notar que nunca um elétron partirá de um polo e chegará a dois outros; portanto, tem um comportamento bipolar. O interessante dessas tecnologias é que ocorre uma intensa alternância de polaridade, sendo a corrente elétrica sempre variando de local de saída e de ponto de chegada. Isso faz com que a energia entregue ao tecido seja mais homogenia e mais bem distribuída. Esse tipo de tecnologia tem ação epidérmica, dérmica e hipodérmica simultaneamente (KEDE; SABOTOVICH, 2015). Sabe-se que o tecido adiposo possui alta impedância elétrica, ou seja, dificuldade em transformar energia em calor. A radiofrequência atua ao nível adipocitário, incrementa a microcirculação, aumenta o gradiente térmico e enzimático ativando a lipólise por liberação de catecolaminas e o aumentodo AMP cíclico, melhorando o intercâmbio microcirculatório e celular (PEREIRA, 2014). De acordo com Borges (2010), a RF produz efeitos térmicos e atérmicos. Os resultados de maior interesse para a fisioterapia dermatofuncional são os efeitos térmicos. Quando se aumenta a temperatura dos tecidos, poderão ocorrer os seguintes efeitos: hiperemia cutânea e profunda, aumento da atividade do sistema nervoso parassimpático e diminuição do sistema simpático, efeitos anticoagulantes, diminuição da pressão arterial local, aumento e diminuição da elasticidade dos tecidos ricos em colágeno, neocolagenogênese e neoelastogenêse, liberação de proteínas de choque térmico, lipólise, aumento do metabolismo e aumento da sobrevivência de leucócitos. • Contraindicações relativas: tecido isquêmico, período menstrual (pode aumentar o sangramento), • • - -16 • Contraindicações relativas: tecido isquêmico, período menstrual (pode aumentar o sangramento), pode-se utilizar nas bordas do tendão (não sobre ele), para maior migração de células de defesa e vasodilatação. • Contraindicações: varizes, couperose e telangiectasias, portadores de marca-passo cardíaco, neoplasias, gestantes, tuberculose ativa, trombose venosa, diabéticos, condições hemorrágicas ou probabilidade de essas ocorrerem, sobre órgãos genitais, sobre glândula tireoide (indica-se que na região do pescoço o limite mandibular deva ser respeitado), sobre o globo ocular etc. (PEREIRA, 2014, p. 213). Para Borges (2010), as radiofrequências empregadas na atualidade podem ser classificadas segundo seu objetivo de uso, a quantidade de eletrodos, a forma em que a radiação se transmite ao paciente e a existência ou não de um sistema de resfriamento. Existem equipamentos nas modalidades capacitiva e resistivas que possuem um sistema de resfriamento ativo. O objetivo é esfriar a epiderme, onde estão os termorreceptores, para evitar incômodo e, assim, conseguir alcançar uma temperatura mais elevada nas camadas mais profundas da pele. Sua principal desvantagem é a perda das informações fornecidas pelo paciente sobre a temperatura, pois o operador não poderá ter referência das doses que está aplicando, aumentando o risco de lesões (BORGES, 2010). Na evolução da radiofrequência, clique nas abas a seguir e conheça a tecnologia de criofrequência. • Incorporou dispositivo térmico A tecnologia de criofrequência, que incorporou dispositivo térmico, que conduz a temperatura até -10°C de forma concomitante ao cabeçote de radiofrequência (indução ao frio) mostrou resultados para flacidez consideráveis. Fato esse explicado pela potência do aparelho de criofrequência, tendo em conjunto o aspecto de segurança térmica, devido ao resfriamento da ponteira, bem como a melhor aceitação do paciente (INACIO, 2016). • Aparelho baseado nos fundamentos da radiofrequência Segundo Marques e Pinna (2017), a criofrequência é um aparelho eletroterápico que se encontra há pouco tempo no mercado estético, baseado nos fundamentos da radiofrequência (RF) em seu efeito térmico. Este equipamento dispõe mais energia do que qualquer RF e emite resfriamento por condução em sua ponteira para preservar o tecido epitelial e obter mais segurança em sua aplicação, já que ocorre um aumento de temperatura interna muito maior, devido ao nível de potência oferecida pelo aparelho. • Duas tecnologias de radiofrequência simultâneas Conforme o Inacio (2016), a criofrequência, ao contrário da radiofrequência, possui em seu aplicador duas tecnologias de radiofrequência simultâneas, sendo a multipolar e a monopolar, as quais funcionam simultaneamente com termo indutores ao frio de ate -10 graus, trazendo a questão do choque térmico ao tecido. Na monopolar a corrente elétrica é emitida por um eletrodo aplicado à área de tratamento e retorna ao gerador por um eletrodo de dimensões maiores localizado paralelo ao aplicador. A energia desprendida deste eletrodo leva ao melhor aporte circulatório e de nutrientes, hidratação tecidual, aumento da oxigenação, aceleração da eliminação de catabólitos, lipólise, contração do tecido conectivo e juntamente a isso provocar contração das fibras de colágeno, melhorando simultaneamente as alterações da arquitetura externa da pele. Apesar dos resultados divulgados por várias marcas (que optamos por não mencionar) fabricantes do aparelho • • • • • - -17 Apesar dos resultados divulgados por várias marcas (que optamos por não mencionar) fabricantes do aparelho de criofrequência, esta ainda é uma tecnologia que merece ser estudada profundamente, para mais segurança do cliente e do profissional. Por enquanto, as indicações e contraindicações são as mesmas da RF, até que se encontrem novos acometimentos por meio de pesquisas. 4.4.2 Ondas de choque As ondas de choque foram usadas no campo médico desde 1980 para tratar patologias líticas (para fragmentação da pedra renal) com o objetivo de destruir as estruturas direcionadas sem danificar os tecidos circundantes. A TOC (Terapia por Ondas de Choque) é uma das técnicas mais recentes e atuais para o tratamento da adiposidade localizada e fibroedema geloide (FEG), apresentando dentro da área da estética grande ascensão (VILL; BERGAMO, 2017). Conheça mais sobre essa técnica do TOC clicando a seguir. Para Maia (2018), a terapia com ondas de choque extracorpórea origina-se das ondas acústicas e possui dois tipos de aplicadores: o focal tem sua energia concentrada em um foco; e o radial, cuja distribuição de energia acontece em forma de cone invertido. As ondas emitidas atingem a superfície do tecido e passam através de uma barreira homogênea sem danos às demais partes e produzem vários efeitos biológicos sobre diferentes tipos de células e tecidos, tais como aumento na permeabilidade da membrana celular com liberação de triglicerídeos a partir de células de gordura; estimulação da microcirculação com maior fluxo sanguíneo e drenagem linfática, neovascularização e aumento da proliferação celular, efeitos antibacterianos e a estimulação de fatores de crescimento e de células estaminais. Conforme Vill e Bergamo (2017), a onda de choque focada cuja medida se dá em mJ/mm² gera uma energia de alto nível, que vai alcançar um ponto específico distante do corpo, é indicada para tratar tecidos mais profundos, como fibroses em tendões. As ondas de choque radiais cuja medida é dada em BAR são as preferidas para os procedimentos estéticos, pois liberam uma energia sobre os tecidos mais superficiais de uma grande região, sendo indicadas especialmente para fibroses pós-cirurgias (lipoaspiração), FEG, flacidez de pele e redução de adiposidades. De acordo com Rafaella Rêgo Maia (2018), diversos estudos apontam que os efeitos da terapia por ondas de choque extracorpóreas são um meio terapêutico não invasivo eficaz no tratamento do FEG. A terapia de ondas de choque é praticamente indolor, a cliente vai sentir alguns pulsos das ondas dependendo da região tratada. Quando a área é muito compacta a pessoa tem uma sensação muito baixa da onda, ou a sensação é quase nula. Essa terapia pode ser associada a outros recursos de acordo com o grau da HLDG, para acelerar e potencializar o resultado do tratamento. Síntese Neste capítulo, você conheceu os principais recursos para o tratamento da HLDG, benefícios, ação biofisiológica e as restrições ao uso de determinados eletroterápicos. Você pôde conferir protocolo desintoxicante e associação de terapias manuais e eletroterápicas para potencializar o resultado do tratamento da celulite. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: • conhecer a função da cosmética para o tratamento da HLDG; • entender a ação dos recursos manuais na HLDG; • aprender quais são os principais recursos eletroterápicos para HLDG; • entender os princípios do e do LED;laser • aprender qual é o protocolo detox; • entender os princípios da termoterapia e o uso da manta térmica; • aprender sobre os benefícios da pressoterapia; • conhecer o conceito de radiofrequência e sua aplicabilidade na HLDG; • aprender os benefícios da criofrequência;• • • • • • • • • - -18 • conhecer o conceito de radiofrequência e sua aplicabilidade na HLDG; • aprender os benefícios da criofrequência; • entender o que são ondas de choque e seus benefícios na HLDG. Bibliografia AGNE, J. E. . Santa Maria: O Autor, 2013.Eletrotermofototerapia BORELLI, S. usos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Roca, 2007.Cosmiatria em dermatologia: BORGES, F. S. terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. 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