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1Curso Ênfase © 2020 Língua Portuguesa – Rachel Ribeiro Visão Detalhada Sobre Concordância - Parte I Olá! Nesta unidade de aprendizagem nós vamos conversar sobre concordância. 2Curso Ênfase © 2020 O verbo, em regra, deve concordar com o sujeito da oração. Essa é a regra de concordância. 3Curso Ênfase © 2020 Então, você vai ter de aprender e vai ter de se preocupar em identificar o sujeito da oração. Você se lembra de que quando você quer identificar o sujeito, você pergunta ao verbo: "Quem" + (verbo) ou " o que" + (verbo)? A partir disso, você vai fazer a concordância do verbo com esse sujeito. EXEMPLO: O juiz deferiu o pedido do advogado de defesa. Quem deferiu o pedido? O juiz. Sujeito: o “juiz”. Esse termo está no singular e o verbo tem que ficar no singular para concordar com ele. Quem deferiu? O juiz, o juiz deferiu o pedido. EXEMPLO: O promotor e o advogado não concordaram com a sentença. Quem não concordou com a sentença? O promotor e o advogado. Tudo isso é o sujeito. Eu tenho um sujeito chamado composto, porque eu tenho dois núcleos, “promotor” e “advogado”. Então, o verbo tem de ir para o plural concordando com esses dois núcleos. 4Curso Ênfase © 2020 Nós vamos ver alguns casos especiais ou casos particulares. Vamos dar uma olhada naqueles principais casos que aparecem em concursos públicos. O primeiro deles é aquele em que encontramos um sujeito partitivo ou coletivo. O que é isso? É aquele sujeito que representa uma parte de um todo. “Não entendi, Raquel” “A maioria de”, “grande parte de”, “pequena parte de”. Essas expressões partitivas ou coletivas, a “multidão”, seguida de um 5Curso Ênfase © 2020 substantivo no plural, o verbo vai poder ficar no singular ou no plural. EXEMPLO: A maioria dos candidatos compareceu / compareceram à revisão para prova. Quem é o núcleo desse sujeito? Quem compareceu? A maioria dos candidatos. Cadê o núcleo desse sujeito? Maioria. O núcleo do sujeito é “maioria”. Não pode ser “candidatos”, porque o núcleo do sujeito não pode ser preposicionado. Se o verbo concordar com o núcleo do sujeito, que essa é a regra, ele vai ficar no singular. "A maioria compareceu". Só que eu tenho um substantivo que está preposicionado “dos candidatos” no plural. Neste caso, eu posso concordar com o núcleo ou com esse substantivo no plural. Escrevendo com "pareceram": EXEMPLO: A maioria dos candidatos compareceram à revisão para prova. O que vai acontecer? Eu tenho dupla possibilidade, singular ou plural. Isso só é possível, porque esse núcleo do sujeito tem essa ideia partitiva ou coletiva. 6Curso Ênfase © 2020 O que seria partitiva? A maioria. Quando eu digo “a maioria dos candidatos” é uma parte dos candidatos. Então, quando eu tiver esse núcleo partitivo ou coletivo seguido de um substantivo no plural, eu posso concordar com o núcleo no singular ou com substantivo no plural. As duas formas estão corretas. EXEMPLO: A maioria dos candidatos compareceu / compareceram à revisão para prova. Cuidado, que se eu tivesse apenas “a maioria”, eu não poderia colocar o verbo no plural. EXEMPLO: A maioria compareceu à revisão para prova. 7Curso Ênfase © 2020 Outro caso, essas expressões que significam ideia aproximada: “Cerca de”, “perto de”, “menos de”, “mais de”. Quando ela estiver seguida de um numeral + substantivo, o verbo vai concordar com esse substantivo. Você pode ter visto concordar com o numeral, e vai dar no mesmo se concordar com o numeral ou com substantivo, porque o substantivo e o numeral vão estar concordando, obrigatoriamente. Então, vai concordar com o substantivo ou com o numeral. “Raquel, não entendi”. Veja o exemplo: EXEMPLO: Mais de um aluno acertou a questão. “Mais de” é uma expressão aproximativa, que dá uma ideia aproximada, não é certa. Não foi 1 aluno, foi mais de 1. Quantos foram? É uma ideia aproximada. “Um” é numeral e “aluno” é o substantivo. O numeral e o substantivo vão estar sempre concordando. Então, “um aluno acertou”, o verbo vai concordar com esse substantivo, que está concordando com o numeral. É óbvio. “Raquel, mas quando eu falo mais de um aluno, eu não tenho uma ideia de plural de mais de um aluno, não são 2, 3 ou 4?” Sim, mas a gente não está fazendo a concordância com a ideia. A gente está fazendo a concordância com o que está escrito. Então, o substantivo está no singular, o verbo vai ficar no singular. 8Curso Ênfase © 2020 EXEMPLO: Cerca de cem candidatos entregaram currículo. “Cem candidatos” plural, então, o verbo vai ficar no plural, “entregaram”. Sempre que aparecer uma expressão para se aproximativa, “mais de”, “menos de”, “perto de”, “cerca de”, seguida de numeral e substantivo, o verbo vai concordar com o substantivo. Se eu falasse: EXEMPLO: Menos de dois alunos compareceram à reunião. “Menos de dois alunos”, você teria que colocar o verbo no plural: “compareceram”. Quantos alunos compareceram? Um só, mas eu tenho que colocar o verbo no plural, concordando com “alunos”. 9Curso Ênfase © 2020 Continuando, nomes que só existem no plural. É óbvio que o verbo vai concordar e vai ficar no plural? Não. Vai concordar com o artigo que vier precedendo. “Não entendi”. “Os Estados Unidos”, quando você coloca esse artigo antes de "Estados Unidos", você vai ter que colocar o verbo no plural concordando com ele. EXEMPLO: Os Estados Unidos estão preocupados com a China. Se você não puser o artigo: “Minas Gerais”, não é sempre que você escreve com o artigo: “as 10Curso Ênfase © 2020 Minas Gerais”. Então, você não colocou o artigo, “Minas Gerais” só, você coloca o verbo no singular. EXEMPLO: Minas Gerais possui lugares incríveis para relaxar. Se você puser: EXEMPLO: As Minas Gerais possuem lugares incríveis para relaxar. Você coloca o verbo no plural, concordando com o artigo. Então, quando aparecer algum nome que só exista no plural, “Estados Unidos”, “Minas Gerais”, você vai concordar com o artigo que precede esse nome no plural. 11Curso Ênfase © 2020 Pronome interrogativo ou indefinido, quando aparecer. Se o pronome interrogativo ou indefinido aparecer, um ou outro aparecer no singular, o verbo vai ter de ficar no singular. Se o pronome interrogativo ou o pronome indefinido aparecer no plural, o verbo vai ter de ficar no plural, mas temos que tomar cuidado. EXEMPLO: Qual de nós fez o exercício. “Qual” é pronome interrogativo no singular. Então, o verbo só pode ficar no singular. “Qual de nós fez o exercício”, só posso fazer isso. Eu não posso colocar o verbo no plural de forma alguma. EXEMPLO: Alguns de vós viajaram / viajastes no feriado. “Alguns” é um pronome indefinido que está no plural e está acompanhado do pronome “vós”. Então, eu tenho duas possibilidades: O verbo vai ter de ficar obrigatoriamente no plural, mas eu posso concordar com “alguns”, na terceira pessoa do plural. EXEMPLO: Alguns de vós viajaram no feriado. Ou posso concordar com “vós”, na segunda pessoa do plural. EXEMPLO: Alguns de vós viajastes no feriado. Eu tenho essa dupla possibilidade, mas observe que, nas duas possibilidades, o verbo se encontra no plural. Então, pronome interrogativo ou indefinido no singular, verbo no singular. Pronome interrogativo ou indefinido no plural, verbo no plural. 12Curso Ênfase © 2020 Só que quando tiver no plural, você tem duas possibilidades: concordar com o indefinido ou com termo que vier depois, com o pronome que aparecer depois. Expressão que indica porcentagem. Cuidado: se estiver seguida de substantivo, você possui duas possibilidades: Concordar com o numeral ou com osubstantivo. EXEMPLO: 20% da população votaram / votou nesse partido. Eu posso concordar com “20%”. EXEMPLO: 20% da população votaram nesse partido. Ou posso concordar com “população”. 13Curso Ênfase © 2020 EXEMPLO: 20% da população votou nesse partido. Eu tenho essas duas possibilidades. Vamos a um conteúdo importante? CONTEÚDO IMPORTANTE Veja só: Se essa porcentagem estiver acompanhada de um determinante, a concordância vai se dar, obrigatoriamente, com o numeral. EXEMPLO: Os 90% da turma compareceram à aula. 14Curso Ênfase © 2020 Eu tenho um determinante, que a gente pode chamar de modificador, que é o artigo “os”. Então, eu tenho de fazer a concordância obrigatoriamente no plural. Eu não poderia, de forma alguma, que concordar com “turma”, “Os 90% da turma compareceu”, eu não posso. Eu tenho que, obrigatoriamente, concordar com esse determinante e com esse modificador “os”, que pode ser um pronome demonstrativo, pode ser pronome possessivo ou pode ser um artigo, como foi o exemplo. Continuando com os casos particulares. Pronome relativo “que”. Quando aparecer um pronome relativo “que”, que você já estudou, que introduz a oração subordinada adjetiva: 15Curso Ênfase © 2020 Qual é o papel do pronome relativo? Retomar o termo da oração anterior, um termo antecedente. O verbo vai concordar com esse termo antecedente. EXEMPLO: Fui eu que preparei o jantar. Eu não poderia colocar de forma alguma: “Fui eu que preparou o jantar.” O “preparei” vai concordar com o termo antecedente ao pronome relativo, com o “eu”. Com o termo que o pronome relativo está retomando: “Fui eu que preparei”. EXEMPLO: Éramos nós que fazíamos os relatórios. “Nós fazíamos”, “Éramos nós que fazíamos”, o verbo vai concordar com o pronome “nós”, com antecedente do pronome relativo “que”. Cuidado com a expressão “um dos que” ou “uma das que”. A preferência é pelo plural. Por quê? Porque esse “que” é pronome relativo, que está retomando “dos”. Significa “um daqueles que”. Esse “dos” é a contração da preposição “de” com o pronome demonstrativo “aqueles”, que está sendo representado pelo “os”. O “os” pode ser um pronome demonstrativo, equivalendo a “aqueles”. Então, “um dos que” significa “um daqueles que”. Esse pronome relativo está retomando o pronome “aqueles” e o verbo fica no plural. EXEMPLO: Ele foi um dos que socorreram o rapaz. 16Curso Ênfase © 2020 Ele foi “um daqueles que” socorreram o rapaz. Esse “que” está retomando “aqueles”, o “os”. O pronome relativo “quem”. Então, com o pronome relativo “que” você concorda com o termo antecedente. Com o pronome relativo “quem” você tem duas possibilidades: concordar com o pronome “quem” ou com o termo antecedente. EXEMPLO: Fui eu quem preparei / preparou o jantar. Eu posso concordar com o pronome “eu”. EXEMPLO: Fui eu quem preparei o jantar. Eu preparei, ou 17Curso Ênfase © 2020 EXEMPLO: Fui eu quem preparou o jantar. Quem preparou, concordando com o “quem”. As duas formas estão corretas. Essa fica até mais esquisita, veja: EXEMPLO: Éramos nós quem fazíamos os relatórios. Nós fazíamos, ou EXEMPLO: Éramos nós quem fazia os relatórios. O “fazia” concordando com o “quem”. As duas formas estão corretas. 18Curso Ênfase © 2020 Pronome de tratamento, esse é um assunto que aparece também em prova. Quando aparecer um pronome de tratamento, a concordância vai se dar na terceira pessoa, cuidado (principalmente com esses pronomes de tratamento, como o pronome “vossa”). A pessoa fica confusa. EXEMPLO: Vossa Excelência deseja um café? Não é “Vossa Excelência desejais um café?”. É Vossa Excelência “deseja”, o verbo se flexiona na terceira pessoa, como se fosse “você”, “você deseja”. Se você puser o pronome de tratamento no plural: EXEMPLO: Vossas senhorias podem entrar na sala. “Vossas senhorias podem”, você vai flexionar o verbo na terceira do plural e não na segunda do plural, como se fosse “voz”. Então, sempre que aparecer pronomes tratamento a concordância vai se dar na terceira pessoa. 19Curso Ênfase © 2020 Verbos impessoais (você também já estudou isso algumas vezes) são aqueles verbos das orações sem sujeito. O verbo “haver” no sentido de existir, ocorrer, acontecer, o verbo “haver” e o verbo “fazer” no sentido de tempo decorrido, os verbos que exprimem fenômenos da natureza, são verbos impessoais. “Rachel, o que vai acontecer?” Sempre que você tiver um verbo impessoal (ou seja, você não vai ter sujeito na oração) esse verbo vai ficar flexionado na terceira pessoa do singular. EXEMPLO: Houve problemas durante a prova. O verbo “haver” está no sentido de que existir, ocorrer ou acontecer. Então, eu não tenho sujeito nessa oração e o verbo tem que ficar, 20Curso Ênfase © 2020 obrigatoriamente, no singular. EXEMPLO: Há dez anos não o vejo. O verbo “haver” no sentido de tempo decorrido. Não tenho sujeito e ele fica no singular. EXEMPLO: Faz cinco meses que estou de dieta. “Faz” e não “fazem” cinco meses. O verbo “fazer” no sentido de tempo decorrido não possui sujeito e fica flexionado na terceira do singular. EXEMPLO: Choveu muito ontem. Verbo que exprime fenômeno da natureza não possui sujeito. Então, ele fica flexionado na terceira pessoa do singular. 21Curso Ênfase © 2020 Agora, cuidado: verbo posposto ao sujeito. Veja só: EXEMPLO: O aluno e o professor discutiram a questão. O verbo está depois do sujeito, só que esse sujeito é composto. Eu chamo a atenção de vocês: Sujeito composto. Quem discutiu a questão? O aluno e o professor. Então, eu tenho um sujeito composto e o verbo depois. Eu tenho que colocar o verbo no plural concordando, obrigatoriamente, com esses dois núcleos. Quando eu coloco o verbo antes do sujeito, tome cuidado, anteposto ao sujeito composto, eu tenho duas possibilidades de concordância: concordar com o núcleo mais próximo ou com os dois núcleos. EXEMPLO: Discutiu ou discutiram a questão professor e alunos. Eu posso concordar só com “professor”: EXEMPLO: Discutiu a questão professor e alunos. “Discutiu” concordando com “professor” ou “Discutiram” concordado com “professor e alunos”. EXEMPLO: Discutiram a questão professor e alunos. Isso só é possível porque o sujeito composto está depois do verbo, está posposto ao verbo. 22Curso Ênfase © 2020 Se o sujeito composto aparecer antes do verbo, o verbo tem de ficar, obrigatoriamente, no plural. Só se o sujeito composto aparecer depois do verbo que eu tenho essa dupla possibilidade de concordância: concordar com o núcleo mais próximo (é chamado de concordância atrativa) ou concordar com os dois núcleos. Vamos a um conteúdo importante? CONTEÚDO IMPORTANTE Veja só: Mesmo o sujeito composto estando depois do verbo, se houver essa ideia de reciprocidade, o verbo tem que ficar no plural. 23Curso Ênfase © 2020 EXEMPLO: Xingaram-se jogador e torcedor. Quem se xingou? Jogador e torcedor. Um xingou ao outro é essa a ideia de reciprocidade. Eu não poderia colocar aqui o verbo no singular, concordando só com “jogador”. Então, se houver essa ideia de reciprocidade, o verbo concorda, obrigatoriamente, com os dois núcleos. Continuando, núcleos de sujeitos são unidos pelo “com” e tem duas possibilidades pela conjunção “com”. EXEMPLO: O jornalista com o entrevistado elaboraram a pauta da entrevista. 24Curso Ênfase © 2020 Veja que há uma diferença para o exemplo de baixo. EXEMPLO: O jornalista, com o entrevistado, elaborou a pauta da entrevista. Eu não separei por vírgulas. EXEMPLO: O jornalista com o entrevistado elaboraram a pauta da entrevista. Eu estou dizendo o quê? Que o jornalista e o entrevistadoelaboraram. Eu chamo a atenção de vocês para o outro exemplo em que “com o entrevistado” está entre vírgulas. EXEMPLO: O jornalista, com o entrevistado, elaborou a pauta da entrevista. Esse “com entrevistado” entre vírgulas deixa de integrar o sujeito. Então, o verbo vai concordar só com “jornalista”. Esse “com o entrevistado” passa a trazer uma ideia de companhia, foi um adjunto adverbial de companhia. Se eu isolar por vírgulas, o verbo vai ficar no singular concordando com o “jornalista”. Se eu não separar por vírgulas, eu concordo com os dois núcleos, porque eu vou ter um sujeito chamado de composto, “jornalista com o entrevistado”. Então, eu tenho dois núcleos, sujeito composto e verbo no plural. 25Curso Ênfase © 2020 Continuando, elementos do sujeito composto unidos por aposto recapitulativo ou chamado de resumitivo. O verbo vai ficar no singular. EXEMPLO: Roupas, sapatos, comida, água, tudo foi doado. Esse “tudo” é o tal do aposto resumitivo ou recapitulativo, resume o que foi apresentado antes. O verbo, neste caso, vai concordar com ele. É uma exceção à regra, porque, em regra: O verbo concorda com quem? Com o núcleo do sujeito. Neste caso, o verbo concordou com aposto recapitulativo e fica, obrigatoriamente, no singular. Então, vamos a mais um conteúdo importante. 26Curso Ênfase © 2020 CONTEÚDO IMPORTANTE Veja só: O verbo + a partícula “se” (você já viu isso também). O “se” pode ser pronome indeterminador do sujeito e pode ser partícula apassivadora. Sempre que o “se” for indeterminador do sujeito, o verbo vai ficar, obrigatoriamente, no singular. Que verbo é esse? Você já viu: o transitivo indireto, intransitivo ou de ligação. Então, o “se”, quando foi indeterminador do sujeito, vai acompanhar 27Curso Ênfase © 2020 verbo transitivo indireto, verbo intransitivo ou verbo de ligação e vai ficar flexionado, obrigatoriamente, no singular. EXEMPLO: Precisa-se de funcionários qualificados. O “precisar” é transitivo indireto e o “se” é pronome indeterminador do sujeito. Então, esse verbo tem de ficar no singular obrigatoriamente. EXEMPLO: Chega-se facilmente ao centro. “Chegar” é intransitivo. Então, “se” é pronome indeterminador do sujeito e o verbo “chegar” tem de ficar no singular. EXEMPLO: Era-se mais feliz naquela época. “Era” verbo de ligação, “se” é pronome indeterminador do sujeito, então, o verbo tem que ficar, obrigatoriamente, na terceira pessoa do singular. 28Curso Ênfase © 2020 Quando o “se” for partícula apassivadora, a partícula “se” vai acompanhar verbo transitivo direto ou verbo transitivo direto e indireto. Esse verbo vai concordar com o sujeito. EXEMPLO: Xingou-se o juiz. Esse “se” é partícula apassivadora. Você se lembra de como retirar a prova real? Fazendo aquela transposição: O juiz foi xingado. Então, sempre que você conseguir fazer essa transposição, você sabe que esse “se” é a partícula apassivadora. Por que o verbo está no singular? Porque “juiz” é o sujeito e o verbo está concordando com o sujeito. 29Curso Ênfase © 2020 “Xingou-se o juiz”. EXEMPLO: Informaram-se os dados ao fiscal. Por que o verbo foi para o plural? Porque esse “se” é a partícula apassivadora e o sujeito “dados”. Os dados foram informados ao fiscal. Então, o verbo está no plural, porque está concordando com o sujeito “dados”. O “se” é particular apassivadora. Quando o “se” for indeterminador do sujeito, o verbo fica no singular. Quando o “se” for partícula apassivadora, o verbo concorda com o sujeito. Agora, sim, o verbo “ser”: 30Curso Ênfase © 2020 O verbo “ser” é muito especial. Por quê? Porque ele pode concordar com o sujeito, que é a regra geral, ou com o predicativo. O verbo ser é um verbo de ligação e ele pode concordar com o sujeito ou com o predicativo. EXEMPLO: A menina é / são as alegrias do pai. Se eu usar no singular, eu concordo com sujeito “menina”. Se eu puser no plural, eu concordo com predicativo “alegrias”. Então, tanto faz, as duas formas estão corretas. Se aparecer um pronome interrogativo “que” ou “quem” e depois aparecer o nome no plural ou um substantivo no plural, é claro que o verbo vai concordar com esse termo no plural. EXEMPLO: Quem são os responsáveis? Você não vai falar: Quem é os responsáveis. Então, quando aparecer pronome interrogativo “quem” ou “que”, o verbo vai concordar com outro termo que aparecer depois. Neste caso, foi para o plural, porque concorda com “responsáveis”. Se eu pudesse no singular: EXEMPLO: Quem é o responsável? 31Curso Ênfase © 2020 Na indicação de horas, de data e de distância, o verbo vai concordar com a hora, a data ou com a distância. EXEMPLO: São dez horas. EXEMPLO: É meio-dia. EXEMPLO: São dez de dezembro. EXEMPLO: Daqui ao centro são três quilômetros. Sempre concordando, neste caso, com o numeral. Distância, data e hora, o verbo vai concordar com o numeral. 32Curso Ênfase © 2020 Você tem o verbo de ligação, se o sujeito ou o predicativo for representado por um pronome pessoal, o verbo "ser" vai concordar, obrigatoriamente, com o pronome pessoal. EXEMPLO: Os responsáveis somos nós. Eu tenho que concordar com o pronome pessoal “nós”. Ele, exercendo a função de sujeito ou, ele se ele estiver exercendo a função de predicativo, eu tenho que concordar com o pronome pessoal. Quando eu falo assim: “É nós.” Está incorreto. É: “Somos nós”, eu tenho sempre que concordar com o pronome. O verbo “ser” vai sempre concordar com o pronome pessoal, se ele aparecer na oração. Bons estudos. Tchau, tchau!
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