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1965- Experimental Gingivitis in Man By HARALD LOE, ELSE THEILADE, S. BORGLUM JENSEN Participantes sem doença periodontal: 9 estudantes do 1° ano de odontologia, 1 professor de periodontia, 2 técnicos de laboratório, 2 mulheres/10 homens, média de idade: 23 anos. Desenho de estudo Baseline Índice gengival de placa-Loe & Silness 1963 Índice de placa- Silness & Loe 1964 Índice periodontal-Russell 1956 Instruções para não utilizar nenhum método de higiene bucal; Assim que sinais inflamatórios eram observados na gengiva, os pacientes receberam instruções de higiene detalhadas; Assim que os índices chegaram próximos de zero o experimento terminou. Índice Gengival: é um índice dicotômico (presente ou ausente-índica sangramento gengival). Índice de Placa: é um índice dicotômico que indica presença de biofilme. Índice Periodontal: não é um índice dicotômico, já que ele pode ser mensurado/quantificado, neste é utilizado a sonda milimetrada (inserida no sulco gengival). É um índice que verifica profundidade de sondagem onde será quantificada em milímetros para detecção de possíveis bolsas periodontais. Análise bacteriológica por exame em microscópio; Número e tipo de bactérias eram registrados; Indicou através de um analise bacteriológica por exame em microscópio que o número e o tipo de bactéria registrados tiveram sucessões e variabilidades bacterianas com o passar do tempo. Quanto maior a sucessão bacteriana, maior é a possibilidade da agressividade da doença, já que ela se torna mais patogênica. Resultados 3 pessoas desenvolveram gengivite em 10 dias; 9 pessoas levaram 15 a 21 dias; Superfícies linguais apresentam menos placa; Índice gengival foi maior nas faces interproximais; Após retomada a higienização a saúde gengival retornou em 1 semana; Motivo da diferença do desenvolvimento: fator genético e variabilidade do sistema imunológico. Motivo da superfície lingual apresentar menos placa: Língua raspa nos destes, desestruturando o biofilme, assim evitando uma sucessão do biofilme. Motivo do índice gengival ser maior nas faces interproximais: Na face livre nós apresentamos na nossa saliva leucócitos e células de defesa, assim a face livre sofre com a auto higienização diferente da face interproximal. Além disso, a doença periodontal inicia na face interproximal, é uma região mais fechada e mais propicia para o acúmulo do biofilme. Análise do gráfico de Índice de Placa e Índice Gengival Índice de placa: o acumulo do biofilme vai aumentando com o passar dos dias sem higienização, mas diminui o número de placa quando retoma a higienização. Índice Gengival: Chega no cume do sangramento (sem necessidade de inserir a sonda para sangrar) e aumenta ao longo dos dias sem higienização e na retomada ele diminui. Quando temos ausência de higienização, pode apresentar uma grande quantidade de coccus, mas uma sucessão bacteriana de acordo com o que não é higienizado. Ou seja, na nossa boca podemos apresentar bactérias periodontopatogênicas, mas não desenvolver uma doença periodontal devido ao controle -higienização que é feito, não facilitando ou proporcionando um ambiente especifico para a propagação dessas bactérias. Bactérias são ácido gênicas, se alimentam de restos de alimentos, células e até mesmo de bactérias primárias. Conclusão dos autores ´´ Sem dúvida a placa bacteriana é essencial para a produção de inflamação gengival´´ Ainda não se sabe quais fatores da placa são responsáveis. - Dieta do hospedeiro, fator genético, ausência de higiene, fator modificador do ph da saliva (diabete, fumo, etilista, respirador bucal). ´´ Mudanças significantes na microflora foram observadas com o passar do tempo´´ Esse fato não pode indicar que esses microrganismos tem um papel no início da inflamação periodontal. -Sucessão bacteriana. ´´ O tempo para desenvolver gengivite variou entre indivíduos´´ Pode ser um reflexo da variabilidade individual dos mecanismos de defesa. - variabilidade genética e resposta imunológica. Biofilme Doença periodontal: É uma doença inflamatória crônica de caráter infeccioso, causada por bactérias especificas chamadas bactérias periodontopatogênicas. Presença de inflamação gengival nos sitos onde houve migração do epitélio juncional para apical na superfície radicular com a perda concomitante de tecido conjuntivo e osso alveola Biofilme É uma comunidade (variação) microbiana (não é mais apenas bacteriana, pois já foi encontrado vírus, fungo, bactéria e protozoário) embebida por uma matriz aglutinante ( saliva, película adquirida) e firmemente aderida a uma superfície sólida úmida, como tecidos de seres vivos, rochas existentes em mares e rios, cascos de barcos, em interiores de tubulações, etc. Biofilme no Organismo No organismo de um modo geral existem biofilmes associados às doenças: Cárie dental; Doenças periodontais; Otite média; Pneumonia cístico-fibrosa; Infecções do sistema biliar; Endocardite em válvulas cardíacas naturais; Colonização em artefatos implantados no organismo. Pinos; Pneumonia Nosocomial: o tubo de interventilação mecânica, localizado metade na boca e metade na traqueia, forma biofilme ao redor do tubo e chega ao pulmão. Biofilme dentário Se forma na superfície dentária, de tecido duro, não descamativo e úmido. Implantes dentários não causam inflamação e nem reações imunológicas, porém se tiver uma aderência de biofilme ele vai causar uma infecção ou inflamação. Distribuição do Biofilme bacteriano Acúmulo do biofilme se inicia pelas faces interproximais de PM (pré-molares) e M (molares). - Devido à falta de higienização. Menor quantidade nas faces palatinas. - Lingual e palatal, sofre higienização da língua. Maior quantidade nas regiões posteriores e inferiores. Maior quantidade se forma nos primeiros 4 dias. Lang et. Al 1973; Mambelli et. Al 1990. Furuchi et. Al 1992 Adaptado de Mombelli et al 1990 Etapas do desenvolvimento do Biofilme Mecanismos de comunicação intercelular. Expressão diferencial de genes. 1) Iniciação: Associação transiente Associação estável 2) Maturação: Formaçãde microcolônias, Sintese de Exopolissacarideos, Interações metabólicas e genéticas 3) Dispensão: Liberação de células Pelicula adquirida (glicoproteinas) não tem bactéria mas serve como substrato para aderencia das primeiras bacterias. Associação transiente: Bactéria sai da saliva e se adere ao dente. Associação estável: Formação de microcolonias. Maturação: Se alimentam da dieta do hospedeiro, saliva e produzem o proprio alimento. Dispensão: Quando a superficie já esta muito acumulado e ocorre a liberação para outra superfície. Cinza: Superfície dentária; Amarelo: Bactéria; Vermelho: Proteinas-Pelicula adquirida; As bactérias se aderiram na superfície dentária, sabendo que irão sofrer ação da saliva elas formam micro colônias, que através da sucessão vão se maturando e formando o biofilme. Após isso ela tem a dispensão, ou seja, parte desse biofilme sai para aderir outra superfície dentária. Características do Biofilme A matriz intercelular é formada por massas de fibras de polissacarídeos extracelulares. As bactérias são as produtoras destes polissacarídeos. Os polissacarídeos se associam entre si e com as células bacterianas de diversas espécies presentes no local. O exopolissacarídeos bacterianos podem ser: glucagon, frutanos ou heteropolissacarideos; Esta matriz orgânica ainda tem na sua constituição (em menos quantidades) proteínas, glicoproteínas, lipídios e sais minerais existentes na saliva e provenientes da dieta do hospedeiro. Os principais componentes inorgânicos são: íons, cálcio, fosfato, sódio, potássio e o flúor provenientes da saliva e do fluido gengival. A placa (biofilme) pode se formar diretamente sobre superfícies duras. Na boca ela se forma sobre a película adquirida (SEMBACTÉRIAS) da saliva (PAE) depositada constantemente sobre os dentes. Controle de Placa - Estudo de Lang et. Al 1973 Controle de placa- intervalos de 12,48 e 96 h Grupo de 72 a 96 h desenvolveu gengivite Remoção de placa a cada 48 h é compatível com saúde gengival Patogenicidade de pala altera substancialmente entre 48 e 72h. *1 mm³ de placa 1 mg 10 na 8 bactérias: 300 espécies bacterianas identificadas. Etapas de formação do Biofilme As bactérias se fixam ativa e firmemente ás estruturas dos destes (ADESÃO). As bactérias que ocupam os receptores da superfície dental são chamadas de colonizadoras pioneiras. 60 a 80% dessas pioneiras são do Gênero Streptococcus. 5 a 30 % dessas pioneiras são do Gênero Actinomyces. Numa etapa posterior outras espécies bacterianas vão se adsorvendo seletivamente às pioneiras. 1) Fase de colonização inicial Se processa no período de 1 hora a 8 horas após a limpeza profissional. Caracteriza-se por interações bioquímicas especificas entre as adesinas bacterianas e os receptores de PAE. Os colonizadores iniciais são: Streptococcus: sanguinis, oralis, gordonii, mitis, mutans e sobrinus. Actinomyces naeslundii, Fusobacterium. 60 a 80% das bactérias implantadas 4 horas após a limpeza dos dentes são bactérias do grupo do Streptococcus viridans. 2) Mecanismo de Maturação A multiplicação dos colonizadores iniciais, decorrente de sua adaptação ambiental e da disponibilidade de nutrientes. Adesão de novas células bacterianas (coagregação homotípica e heterotípica. Observação: Conforme o acúmulo pronunciado ocorra em nível supra ou subgengival, o resultado é o aparecimento de doenças infecciosas endógenas como: cárie, priodontopatias e perimplantites. Bactérias envolvidas na doença periodontal Alteração microbiana durante a doença Gram+ Gram- Cocos BastonetesEspiroquetas Imóveis Móveis Anaeróbias facultativas Anaeróbias obrigatórias Fermentadoras Proteolíticos Prevalência dos principais patógenos Modificado de van Winkerlhoff et. Al 2002 Haffajee e Socransky 1994 - Bactérias popstar Complexo vermelho e Agreggatibacter actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivallis. Aggregatibacter Actinomycetemcomitans Bastonete pequeno, curto, imóvel e GRAM – anaeróbio fagutativo. 5 sorotipos: a,b,c,d,e; -Variações geográficas; -Alemães sorotipos b,c,a; -Coreanos sorotipos c,d; - Cepas africanas-maior produção de leucotoxina; Colônia branca, translucida com estrutura interna em forma de estrela; Fatores de virulência: -Lipopolissacarídeos (Endotoxina); -Leucotoxina(formam poros em neutrófilos, monócitos e linfócitos que morrem por pressão osmótica); -Colagnase (destruição do tecido conjuntivo); Protease (adere a IgG; Se adere nas células de defesa e imunoglobulinas); Sitios: Mesiovestibular, centrovestibular e distovestibular mesioligual, centrolingual e distolingual; O AA não entra em nehuma classificação por não ter caracteristicas semelhantes a das outras bactérias. Tannerella forsythia Bastonete imóvel, fusiforme, Gram- anaeróbio obrigatório; Patogenenicidade: -Enzimas porteolíticas que destroem IG e fatores do sistema complemento; -Induz á morte celular por apoptose; Bochecho de água oxigenada para matar essas bactérias não é recomendado já que essas bactérias se abrigam no fundo da bolsa e ela não chega até esse local; Porphyromonas gingivalis Bstonete imóvel, Gram-, anaeróbio obrigatótio; Diferentes genótipos de acordo com a cápsula; Colônia de pigmentação escura; Forte atividade proteolítica; Patógeno periodontal agressivo; Fímbrias para aderência e cápsula o defende da fagocitose; Fatores de virulência -Proteases: destruição de Ig, complemento, inbidores de colagenase das células do hospedeiro; -Hemolisina; -Colagenase; -Inibe imgração de PMNs; -Possuem capacidade de invadir tecidos moles; Fusobacterium nucletum Bacilo Gram- em forma de charuto com bordas pontiagudas; Diversas subespécies (ss) -F. nucletum ss nucleatum; -F. nucleatum ss polymorphum; -F. nucleatum ss vincetii; -F. periodonticum; Carcterísticas patogênicas: -Induz apoptose de mononucleares e PMNs; -Desencadeia a produção de citocinas, elastase e radicais de oxigênio pelos leucócitos; -Co-agregam a maioria das bactérias oreais; -Pontes entre os colonizadores primarios e tardios; Espiroquetas Grupo diversificado de espirais móveis; Bastonetes helicóides com 3 a 8 espirais, Gram-; Espécies: -Treponema denticola, treponema vicentii; -Treponema socranskii (doença periodontal); -Treponema pallidum (sífilis secundária); Caracteristicas patogênicas: -Percorrem ambientes viscosos, migrando pelo fluido gengival e penetrando no eptélio e tecido conjuntivo; -Degradam colágeno; -T. denticola produz enzimas proteoliticas que destroem IgA, IgG e fatores do complemento; Processo inflamatório Crônico e Processo inflamatório Agudo Agudo: Momentâneo; Primeiras 48 a 72 hrs; Neutrófilo; Pus e sangramento; Crônico: Continuo e progressivo; Macrófagos-não tem capacidade destruidora como o neutrófilo; Encapsulada-formou um cordão fibroso; A doença precisa ser resolvi da nas primeiras 72 horas, já que o neutrófilo é mais destruidor, isso associado a posição do paciente. Pode voltar do crônico para o agudo; O osso e o dente não sofrem inflamação por não serem vascularizados, assim as células não conseguem pular de um lugar para o outro, ela chegará através da saliva, o que é pouco em relação a quantidade de microrganismos invasores. Ou seja, as células são incapazes de chegar no lugar da inflamação. As bactérias mais patogênicas, sobrevivem sem oxigênio e causam mais doença, assim se abrigam mais no interior, perdendo mais tecido e mais bolsa periodontal; Verificar os sinais clínicos: Índice de placa, índice gengival, mobilidade, profundidade de sondagem; Exame clinico Periodontal Objetivo: Avaliar o grau de higiene bucal, condições periodontais e possíveis alterações no nível osso alveolar de pacientes submetidos a tratamento de reabilitação oral na FUB-USP. Avaliar o grau de higiene: Analisar se ele tem o hábito de higienização e instruir o paciente para fazer a higienização. Parte I Profundidade de sondagem (distância da margem gengival ao fundo do sulco gengival ou bolsa periodontal). Nível de inserção (distância da JCE ao fundo do sulco gengival ou bolsa periodontal/margem do sulco até a junção cemento/esmalte). 6 faces por dente: Na horizontal: terço mesial, terço médio, terço distal; Na vertical: terço oclusal/incisal, terço médio, terço cervical. Normalidade: 1 a 3 mm. Índice Gengival LOE (1967) É um Índice dicotomico ou pode ser através de escores (coloração); Escores: 0-ausência de inflamação 1-ligeira alteração na coloração e textura gengival 2-inflamação visual e tendência de sangramento após sondagem 3-inflamação patente e tendência ao sangramento espontâneo. Índice de Placa SILNESS & LOE (1964) É um Índice dicotomico ou pode ser através de escores (coloração/revelador de placa); Escores: 0- Ausência de placa dentobacteriana 1- Visualização de placa dentobacteriana após a remoção por meio de sonda periodontal 2- Placa dentobacteriana clinicamente visível 3- Placa dentobacteriana abundante Índice de Margem Escores: 0: Margem de restauração >2mm acima da margem gengival 1: Margem de restauração <2mm acima da margem gengival 2: M argem de restauração ao nível da margem gengival 3: Margem de restauração abaixo da margem gengival Componentes do Diagnóstico Periodontal Histórico médico e dentário Exame bucal/periodontal Exame radiográfico Questões a serem respondidas após o exame periodontal: 1. Que doença está presente? 2. Onde está a doença? (localizada/generalizada) 3. O quão graveé a doença? A) Periodontite leve (3 a 4 mm de perda de inserção clinica PIC) Moderada (ate 5 mm de PIC) Grave (5 mm ou mais de PIC) B) Gengivite (intensidade de inflamação) Valor estabelecido do diagnóstico 1. Localiza o estágio ou o contexto para o plano de tratamento 2. Auxilia na estimativa dos resultados (prognóstico) 3. Facilita a comunicação com os colegas e pacientes 4. Garante aos pesquisadores que eles estão estudando múltiplas Ordem de instrumentos na mesa clínica da Periodontia Diagnóstico: Pinça clínica, espelho, sonda exploradora (lesão cariosa, cavidade), sonda milimetrada (profundidade de sondagem), sonda neybers (lesão de furca). Tratamento: Ponta morse, curetas, limas. Instrumentais que posso utilizar a qualquer momento (exame clinico ou no tratamento): Cuba, seringa de irrigação, anestesia, agulha e pedra de afiação. Todo atendimento periodontal se inicia com revelação de Biofilme--> instrução de higiene oral --> Raspagem. Bolsa Periodontal Bolsa Periodontal: Aumento patológico do sulco gengival ou a migração do epitélio juncional para pical. É considerado bolsa periodontal o sulco patológico acima de 3 mm. Relação entre a parede do tecido mole e o osso alveolar/margem gengival e a altura do osso alveolar. Designa o padrão de destruição e a dimensão das fibras ao redor do dente. Dente sofre perda de ligamento gerando a mobilidade. Classificação de Bolsa Periodontal Bolsa periodontal Verdadeira ou Absoluta Verdadeira ou Absoluta: A presenta um processo inflamatório de caráter infeccioso, consequentemente a bactéria provocou uma inflamação ao ponto de perder periodonto de proteção e sustentação. Bolsa falsa: Hiperplasia gengival. Ex: paciente faz uso continuo de anticonvulsivante (chegando a 9 mm de profundidade) Fenitoina. Bolsa Infra-óssea e Bolsa Supra-óssea - Ambas são bolsas periodontais verdadeiras ou absoluta mas se diferenciam pelo tipo de reabsorção óssea -Relacionamento entre a parede mole da bolsa e o osso alveolar -Padrão de destruição óssea -Direção das fibras transseptais Infra-Óssea: classificação de GOLDMAN & COHEN, 1958: 3 paredes, 2 (cratera) paredes, 1 parede (hemisepto), combinação, 4 paredes (circunferencial). (Maior facilidade no enxerto). Supra-óssea: Perda de espessura. Localização na crista óssea interproximal, Reabsorção óssea horizontal, Morfologia e arquitetura geral, Disposição das fibras (perda de altura, consequentemente apresentando o pior diagnóstico, se quiser fazer um enxerto ósseo, não apresenta suporte nutricional lateral) Para avaliar bolsa periodontal é necessário fazer o teste de profundidade de sondagem; Para definir o tipo de bolsa periodontal é necessário a radiografia periapical ou interproximal; Classificação dos defeitos ósseos de acordo com GLICKMAN, 1964 e PRITCHARD, 1965 GLICKMAN,1964: Cratera óssea, defeitos infra-ósseos, abaulamento ósseo, Hemisepto, Margens inconsistentes-Ledges (apenas uma pequena parte). PRITCHARD, 1965 Cratera interproximal, Defeitos infra-ósseo, Hemisepto, Margens inconsistemtes, Invasão de furcas, Combinações. Patogenia da Doença Periodontal A doença periodontal é uma doença inflamatória crônica de caráter infeccioso, causada por bactérias especificas chamadas bactérias periodontopatogenicas. Ela se inicia quando um dente tem aderência e a maturação do biofilme dentomicrobiano, junto a ele tem as bactérias periodontopatogenicas que são microrganismos capazes de desencadear uma resposta. Então, quando o nosso organismo reconhece que tem um antígeno que são as bactérias que produzem lipossacarídeos e fatores de virulência, o nosso organismo ativa a resposta imune inflamatória, que por sua vez produz células de defesa os anticorpos, para tentarem combater os antígenos, começando então a produzir os anticorpos, que são específicos e polimorfonucleares como os neutrófilos, eosinófilos e basófilos, e podem conseguir destruir esse biofilme. O problema, é que a resposta inflamatória pode ser intermediada, por fatores genéticos, ou por fatores de risco não- genéticos, e podem interferir na resposta imunológica, a ao invés de matar os microrganismos, a resposta inflamatória pode ter uma super expressão e produzir os efeitos adversos da inflamação, que são enzimas pré inflamatórias que podem ser citocinas, prostaglandinas e as metaloproteinases de matriz, que causam sintomatológica de dor, calor, edema e perda de função. Portanto, caso a resposta imunológica não consiga eliminar essas bactérias, por conta de algum fator genético ou não-genético, temos uma super expressão do metabolismo do tecido conjuntivo e do tecido ósseo, tem reabsorção do tecido ósseo, reabsorção do tecido conjuntivo e um aceleração de perda de tecido, pois a resposta inflamatória não foi capaz de resolver e apresenta sintomas de doença, ou seja, a periodontite avançada ou estabelecida, que é quando o paciente tem índice dicotômico de placa (que é a presença de biofilme dentomicrobiano) e índice gengival (sangramento espontâneo) positivos, profundidade de sondagem do ligamento periodontal acima de 3 mm, consequentemente temos perda do aspecto casca de laranja, mobilidade, perda de ligamento periodontal, reabsorção ósseo e podendo levar ate mesmo a perda do órgão dentário. Etiologia da Doença Periodontal A etiologia da doença periodontal é um multifatorial, tem seu fator primário desencadeante que é o acúmulo do biofilme dentomicrobiano contendo nele bactérias especificas periodontopatogenicas que causam a doença periodontal, além desse fator primário, tem outros fatores coadjuvantes como a resposta imunológica do hospedeiro e higiene oral dos pacientes. Etiopatogenia da Doença Periodontal A etiologia da doença periodontal é multifatorial, tem seu fator primário desencadeante que é o acúmulo do biofilme dentomicrobiano, contendo nele bactérias especificas periodontopatogênicas ( fazem destruição dos nossos neutrófilos e produzem leucotoxinas e proteases) que causam a doença periodontal, além desse fato primário (biofilme), tem outros coadjuvantes como a resposta imunológica do hospedeiro, fatores sistêmicos como pacientes aidéticos (não alternável), genética, dieta do hospedeiro e a higiene oral dos pacientes. A doença periodontal é uma doença inflamatória crônica de caráter infeccioso, causada por bactérias especificas chamadas bactérias periodontopatogenicas. Ela se inicia quando um dente tem aderência e a maturação do biofilme dentomicrobiano, junto a ele tem as bactérias periodontopatogenicas que são microrganismos capazes de desencadear uma resposta. Então, quando o nosso organismo reconhece que tem um antígeno que são as bactérias que produzem lipossacarídeos e fatores de virulência, o nosso organismo ativa a resposta imune inflamatória, que por sua vez produz células de defesa: os anticorpos, para tentarem combater os antígenos, começando então a produzir os anticorpos, que são específicos e polimorfonucleares como os neutrófilos, eosinófilos e basófilos, e podem conseguir combater esse biofilme. O problema, é que a resposta inflamatória pode ser intermediada, por fatores genéticos, ou por fatores de risco não-genéticos, e podem interferir na resposta imunológica, e ao invés de combater os microrganismos, a resposta inflamatória pode ter uma super expressão e produzir os efeitos adversos da inflamação, que são enzimas pré inflamatórias que podem ser citocinas, prostaglandinas e as metaloproteinases de matriz, que causam sintomatológica de dor, calor, edema e perda de função. Portanto, caso a resposta imunológica não consiga eliminar essas bactérias, por conta de algum fator genético ou não-genético, temos uma super expressão do metabolismo do tecido conjuntivo e do tecido ósseo, tem reabsorção do tecido ósseo, reabsorção do tecido conjuntivo e um aceleração de perda de tecido, pois a resposta inflamatória não foi capaz de resolver e apresenta sintomas de doença, ou seja, a periodontiteavançada ou estabelecida, que é quando o paciente tem índice dicotômico de placa (que é a presença de biofilme dentomicrobiano) e índice gengival (sangramento espontâneo) positivos, profundidade de sondagem do ligamento periodontal acima de 3 mm, consequentemente temos perda do aspecto casca de laranja, mobilidade, perda de ligamento periodontal, reabsorção ósseo e podendo levar até mesmo a perda do órgão dentário. Os fatores de risco podem ser tão importantes para a patogênese da Doença Periodontal como os agentes infecciosos. Periodontopatias Todas as doenças que afetam o periodonto: gengivites e periodontites. 1- Ligamento: Tecido gengival-Raiz do dente 2- Gengiva inserida- Raiz do dente 3- Raiz do dente-Crista óssea Dente está dentro do osso alveolar preso pelo ligamento periodontal. Quando ocorre a perda de ligamento periodontal, seguido da remoção do processo inflamatório e de as condições de saúde, pode gerar uma regeneração, diferente da perda de osso, o ligamento periodontal vai recuperar apenas onde tem osso e não para cima. Implantes dentários não são contraindicados para pacientes que já tiveram periodontite, apenas caso tenha periodontite ativa de outros dentes, podendo levar a uma perioimplantite. Avaliação dentaria e dos tecidos molesMedidas de profundidade de sondagem e recessão gengivalíndice dicotômico gengival e placa proposta por Ainamo; Bay, 1975. Estímulos (fator primário ou secundário) Reação complexa do tecido conjuntivo Resposta Inflamatória Reação dos vasos sanguíneos Acúmulo de líquidos e leucócitos. Gengivite Presença de inflamação gengival sem a perda de inserção do tecido conjuntivo. Placa dentomicrobiana Inflamação do tecido gengival (saída de líquidos e células) Eritema-edema e focos hemorrágicos. Gengiva apresenta-se clinicamente: hiperêmica e edemaciada. Microscopicamente a doença periodontal foi dividida em 4 fases 1. Fase inicial 2. Fase precoce 3. Fase estabelecida 4. Fase avançada 1 e 2: quadros de gengivites 3 e 4: quadros de periodontite Fase inicial: Aumento do fluido sulcular, Vasodilatação, vasos congestos, alteração do epitélio juncional. Sem alterações clinicas apenas microscópicas. Fase precoce: infiltrado inflamatório, linfocitário, migração do epitélio juncional, cristas epiteliais no epitélio juncional. Sinal clinico, 5 dias, apenas a instrução de higiene já resolve. Fase estabelecida: l.l rico em plasmócitos, E.J migrou para apical, perda de fibras colágenas, neutrófilos em direção da placa; Fase avançada: Perda de osso alveolar. Classificação das doenças periodontais Classificação das doenças e condições periodontais Academia Americana de Periodontologia AAP-1989 1. Periodontite de adulto 2. Periodontite de aparecimento precoce a) Periodontite de pré-puberdade (localizada/generalizada) b) Periodontite juvenil (localizada ou generalizada) c) Periodontite de progrssão rápida 3) Periodontites associadas com doenças sistêmicas 4) Periodontite ucerativa necrosante aguda 5) Periodontite refratária (curou e voltou) 1.Periodontite de adulto Caracteristicas clinicas: Cor e textura Sangramento Bolsas periodontais Perda de inserção apical á JCE Mobilidade Migração patológica ou flutuação Caracteristicas Radiograficas: Perda de óssea alveolar de moderada a avançada Redução da altura da crista e perda de LD Perda óssea horizontal (uniforme) Perda óssea vertical (angulares) Alargamento do espaço do ligamento periodontal, reabsorção radicular Afeta diferentes partes da dentição em graus variados; São freqeuuntemente de caracteristucas progressiva e se não tratados, poderão resultar na perda do dente; Pode ser paralisada após tratamento adequado; Idade: após 35 anos 2)Periodontite de aparecimento precoce Compreende um grupo de doenças periodontais raras, frequentemente graves, que progridem rapidamente, com manifestações clinicas em tenra idade e uma tendência de casos agregados em familia. a) Periodontire da pré-puberdade Rara 4 anos-predominacia em meninas Possivel transmissão genética Afeta dentição decidua, mas pode ser estender ate o periodonto dos dentnes permanentes (primeiro molar) Localizada: 30% Surge permaturamente-placa minima Inflamação gengival pequena-sangramento a sondagem Perda de inserção/perda óssea na dentição decídua Presença de fissuras gengivais e ulcerações localizadas na margem gengival Ausência de condições sistêmicas e de histótia de infecção recorrente Generalizada: + 30% Surge quando os dentes irrompem e afeta toda a dentição decídua Alta prevalencia de anomalias leucocitárias Doenças associadas: Síndrome de Pepillon-Lefévre (Hiperceratose plamo-plantar), Neutropenia, Síndrome de Chediak-Higash b) Periodontite juvenil A distribuição classica é na região dos 1° molares e incisivos Com frequência ocorrem bilateralmente padroes simétricros de perda óssea. Aspecto caracteristico: falta de inflamaçãi clinica, apesar da presença de bolsa periodontal profunda Migração disto-vestibular dos incisivos superiores (inferiores tendem a migrar menos que os superiores) Abscessos periodontais podem ser formados A periodontite juvenil progride rapidamente A periodontite juvenil localizada é uma forma de DP que afeta adolescentes e jovens adultos. A destruição periodontal é rápida, causando uma destruição óssea caracteristica ao redor dos primeiros molares e incisivos. Carcteristica radiografica: Perda vertical do osso alveolar Localizada Perda de inserção demm ou mais (pelo menos nos dois primeiros molares permanentes e incisivos) Ocorre entre a puberdade ou 25-30 anos Caracteristica: há falta de inflamação gengival com a minima placa e cálculo, entretanto a placa subgengival esta presente em cada raiz afetada Progressão rápida com relação a periodontite adulta Reabsorção ossea vertical dos primeiros molares que muitas vezes é bilateral e simétrica Mobilidade dentária e migração são comuns A.a parece predominante ( 60 a 70% da microbiota gengival) Generalizada Perda de inserção de 4mm ou mais Distribuição: no minimo, tres dentes afetados alem dos molares e incisivos Idade: antes dos 35 Intensa inflamação gengival com extensa formação de calculo e placa A teoria é que um PJL se tona PJG. c) Periodontite progressiva rapida Pode ser determinada apenas avaliando-se o grau de distribuição por um periodo de tempo A PPR pode serguir um padrao episódio na sua progressão, com periodos de destruição avançada seguidos por fases de quescÊncia de duração variavel (semans, meses ou mais) FASE DE REPOUSO A idade de inicio varia de 15 aos 19 anos de idade Destruição, difusa e rápida Maioria dos pacientes demonstra função deficiente dos leucócitos Bactérias: A.a, Porphyromonas gingivallis, Prevotella intermedia, Bacteroides forsythus. Em semanas ou meses ocorre a perda da maioria do osso alveolar Fase ativa Gengiva fica extremamente inflamada, hiperplasica e hemorragica Mal-estar, perda de peso e depressão Fase inativa Gengiva normal e adaptada aos dentes, porém com bolsas profundas Page e colaboradores descrevem sitios nos paciente com PPR que demosntram dstruição óssea de 25% a 60% durante um periodo de nove semanas 3. Periodontites associadas a doenças sistêmicas As disfunções de neutrofilos são primarias ou secundárias às doenças sistêmicas e estão frequentemente associadas á doença periodontal severa. Por isso, a disfunção neutrofilica é um fator de risco para a periodontite, pois pode diminuir a resistência do hospedeiro aos microganismo que causam a infecção periodontal. Síndrome de Chediak-Higashi: É uma disfunção recessiva rara, caracyerizada por neutropenia, gengivite, doença periodontal. A migração prejudicada de monócitos e neutrófilos e a degranulação defeituosa, devem estar relacionadasa maior suscetibilidade à infecção. Diabetes Mellitus: Disturnios endócrino (1% da população) é causada por uma insuficiencia de insulina ou uma resistência do tecido em relação a mesma. Tipos: Insulino dependente e não insulino dependente.Caracteristicas clínicas de periodontitite nos pacientes diabéticos geralmente não são diferentes daquelas dos pacientes não diabético, exceto pela maior gravidade e incicio em uma idade mais precoce. Manifestações bucais: Doença periodontal em diabéticos é frequentemente caracterizada por múltiplos abscessos, ataque rápido e perda óssea severa, menor capacidade de defesa e reparação tecidual. Os pacientes com diabetes podem ser identificados, e seu controle metabólico a longo prazo, junto com condutas periodontais preventivas intensivas, oferecem esperanças para prevênção das doenças periodontais. Síndrome de Down: Os pacientes são suscetíveis e infecções, e com possibilidades de sofrer defeitos funcionais de neutrófilos. Tanto a denitção decídua quanto a permanente são afetadas por uma inflamação rápida e grave. A prevalência de doença periodontal em adolescente com Síndrome de Down é de 30 a 40%, sendo que em individuos próximos aos 30 anos esse porcentagem sobe para 100%. Carcteristicas: Macroglossia com protusão da lingua, lingua fissurada, baixos indices de cárie, hipolasia do esmalte, mal oclusão (alinhamento anormal dos dentes e amaneira pela qual os dentes superiores e inferiores se encaixam) Síndrome de Papillon-Lefévre: Lesões periodontais nos primeiros 3 anos de vida, seguindo a ordem de erupção dental. Dentes com evidente inflamação, supuração e sangramento gengival, formação de bolsa, mobilidade e esfoliação espontânea. Após a perda dos dentes deciduos, os tecidos cicatrizam até e a erupção dos dentes permanentes quando o processo se inicia novamente, alterações caróticas das palmas das mãos. Periodontite associado ao HIV: A HIV-P assemelham-se a um quadro de GUNA com superposição de periodontite progressiva severa. Os pacientes mostram pouca resposta à raspagem radicular e a boa higiene bucal. Neutropenia: Diminuição absoluta do numero de neutrofilos circulantes no sangue, causando o aumento na suscepitibilidade a infecções piogênicas severas. Sinais clínicos mais comuns: ulcerações bucais, gengivite severa, destruição do osso alveolar, recessão gengival, mobilidade dentária e perda precoce dos dentes. Leucemia:Grupo de doenças complaxas e diferenes entre si que afetam a produção dos globulos brancos. Presença rigorosa de placa, redução do numero de trombocitos e outras anomalias de coagulação e redução de células vermelhas sanguineas, tumefação generalizada da gengiva 4. Periodontite ulcerativa necrosante aguda Caracteristicas clinicas PUNA; Areas de ulceração, necrose de margem gengival coberto por pseudomembrana (formada por fibrina e tecido necrótico com leucócito, eritócito e massa de bactérias) Lesoes dolorosas, sangram com facilidade devido a inflamação aguda Papilas edemaiados com contorno arreadondado Odor fétido, higiene oral deficiente Crateras interproxiamias Formação de sequestro ósseo Aumento de volume dos nódulos linfáticos, febre e mal estar AIDS: Carcteristicas clinicas: Lesões gengivais e periodontais são frequentes em pacientes com AIDS similar ao da periodontite ulcerativa necrosante em HIV soro negativos que resultam em complicações. Complicações: Necrose de tecidos moles com exposição óssea e sequestros de fragmentos ósseos e perda óssea pode ser rápida 10 mm em 3 meses Fatores predisponentes: a) Doenças sistêmicas que diminuem a imunidade predispõem a periodontite necrosante: Indivíduos infectados pelo HIV Doenças leucocitárias (leucemia) Sarampo, varicela, tuberculose, gengivoestomatite herpética e malária b) Má nutrição c) Higiene oral deficiente, gengivite preexistente e história previa de DPN d) Estresse psicológico e sono inadequado e) Uso de tabaco e álcool f) Pacientes jovens Tratamento: 1. Fase aguda: Obejtivo: eliminar a atividade de doença manifestada pelo desenvolvimento de necrose tecidual. Diminuir a dor. Raspagem (ultra-som) IHO, agentes quimicos de controle de placa (clorexidine 0,2%) Peroxido de hidrogenio (3%) no local e para bochecho e a àgua morna Antibiotico sistemico (quando a resposta à terapia mecânica for minima) Metronidazo (250 mg-3 x ao dia) Pacientes com suspeita de serem HIV soropositivos solicitar exames Renição dos sequestros ósseos 2. Fase de manutenção Raspagem Correção cirugica das crateras rasas (gengivectomia) e profundas (exceto para pacientes HIV positivos) Eliminação dos fatores predisponetes se possivel Controle de placa para previnir a recorrência 5. Periodontite refatária Paciente no qual uma única lesão ou alguma delas não respondem a terapia, não responde à eliminação de infecções e de áreas retentivas de placal, motivação para o controle de placa. Etiologia: A incorporação da periodontite refrataria na classificação das doenças periodontais pode ser um reflexo da nossa ignorância com respeito aos fatores que resultam na falta de resposta ao tratamento. Diagnostico: Apanhado de dados iniciais e avaliação subsequente, após o tratamento, o diagnostico clinico diferencial deve excluir o seguinte: Periodontite tratada de forma inadequada, associada a controle inadequado de placa, lesões endodônticas. ´´Um caso de periodontite refrataria verdadeira pode ser diagnosticado se houver perda de inserção após ter sido realizado o tratamento adequado, bem como se todos os agentes etiológicos foram controlados´´ CARRANZA, 1997 Classificação das doenças e condições periodontais Academia Americana de Periodontologia AAP-1999 1. Doenças Gengivais 2. Periodontite Crônica 3. Periodontite Agressiva 4. Periodontite como manifestação sistêmica 5. Doença Periodontal necrosante 6. Abscessos do Periodonto 7. Periodontite associada com lesões endodônticas 8. Deformidade desenvolvidas ou adquiridas 1)Doenças Gengivais Apenas periodonto de proteção. 1) Doença gengival induzida pela placa -Gengivite associada somente com placa dental -Doença gengival modificada por fatores sistêmicos -DG alterada por meio de medicação -Dg influenciada pela má nutrição 2) Doença gengival não induzida pela placa - Doença gengival com origem bacteriana específica - DG de origem virótica - DG de origem fúngica -Lesão gengival de origem genética -Manifestação gengival de condições sistêmicas -Lesões traumáticas - Reações de Corpo estranho -Outros fatores não específicos 2) Periodontite Crônica Afeta o periodonto de sustentação e proteção Está relacionada apenas com alguns indivíduos que sofrem disfunção avançada Afeta dentes específicos A progressão desta doença inflamatória é continua, com breves episódios de exacerbação localizada e regressão ocasional Períodos de quiescência Fatores locais e sistêmicos podem influenciar na velocidade de progressão das lesões e determinar se um individuo realmente manifestará doença avançada Lindhe, 2005 Sinais clínicos e características É mais prevalente em adultos, mas também pode ser encontrado em crianças e adolescentes A quantidade de destruição periodontal é proporcional ao índice de placa, fatores locais predisponentes e fatores de risco sistêmicos (fumo, estresse, diabetes, HIV), e capacidade de defesa do hospedeiro inerente ao paciente. A composição da placa bacteriana é complexa e varia imensamente quanto ao paciente e entre pacientes e o cálculo subgengival é um achado comum A periodontite crônica pode ser classificada como localizada quando 30% dos sítios são afetados e generalizada quando excede este índice A classificação adicional da doença esta baseada na extensão e gravidade clínica de destruição periodontal Embora a periodontite crônica seja iniciada e mantida pela placa bacteriana, fatores do hospedeiro influenciama patogenia e a progressão da doença A progressão só pode ser confirmada por meios de exames clínicos repetidos e é considerada passível de ocorrer em sítios acometidos que não foram tratados 3)Periodontite Agressiva Substituição das Periodontites de aparecimento precoce pelas Periodontites agressivas Todas as manifestações que apresentam respostas exacerbadas, compreende um grupo de formas de periodontite de progressão rápida, raras e frequentemente graves; Manifestações clinicas em tenra idade Tendência distinta de casos e se desenvolverem em uma mesma família Pacientes jovens possuem uma melhor resposta Características secundárias Quantidade de depósitos microbianos incompatíveis com a severidade da destruição do tecido periodontal Proporção elevadas de Aa e em algumas populações Porphyromonas gingivalis Fenótipos de macrófagos hiper-reativos, com produção elevada de PGE2 e IL-1 β em resposta a endotoxinas bacterianas A progressão de perda de inserção e perda óssea pode ser auto-interrompida Lang et al 1999 Apresentam-se precocemente na vida do individuo Os agentes etiológicos foram capazes de causar níveis da doença clinicamente detectáveis em um tempo relativamente curto. Microflora altamente virulenta e/ou alto nível de susceptibilidade do individuo para a doença periodontal Periodontite Agressiva Localizada Acometimento circumpuneral Apresentação localizada no primeiro molar/incisivo com perda de inserção interproximal (mesial e distal) em pelo menos dois dentes permanente, sendo um deles o primeiro molar e envolvendo não mais que dois dentes além dos primeiros molares e incisivos. Periodontite Agressiva Generalizada Normalmente afeta pessoas abaixo de 30 anos, mas pode acometer pacientes com mais idade Perda de inserção interproximal generalizada afetando pelo menos três dentes permanentes além dos primeiros molares e incisivos Natureza episódica pronunciada da destruição de inserção e do osso alveolar Importante: o diagnóstico requer a exclusão da presença de doenças sistêmicas que possam prejudicar severamente a defesa do hospedeiro e levar a perda prematura dos dentes. Lindhe, 2005: ´´É importante salientar que, no estado atual de incerteza com relação aos agentes causadores e à suscetibilidade genética e ambiental à periodontite agressiva, é possível que a periodontite agressiva localizada e periodontite generalizada possam simplesmente representar variações fenotípicas de uma única doença.´´ Explicação: Lindhe quis dizer que o paciente pode apresentar uma periodontite que não é agressiva de acordo com a classificação de 1999, ele apresenta essa manifestação devido a inabilidade do sistema imunológico porque ele tem uma manifestação sistêmica como uma inatividade de produção ideal de linfócitos, T4, neutrófilos, adesão. Foco de muitas investigações, que visam ao entendimento de sua etiologia e patogenia Dificuldade em se obter uma população suficientemente grande Devido a gravidade destas formas de DP e detecção precoce da periodontia e da PA em particular dever ser preocupação constante tanto dos CDs quanto dos órgãos de saúde pública 4)Periodontite como manifestação sistêmica Diabetes Mellitus: O diabetes pode corresponder a um significante agente modificador da resposta do individuo frente a todas as formas de periodontites, mas existem dados insuficiente de que possa possuir um tipo específico desta doença capaz de desencadear o processo patológico periodontal. Há, portanto, uma contradição em relação a gengivite associada a Diabetes Mellitus (foi considerada uma entidade única) – atraso na resposta imunológica. Fumo: É um modificador da resposta do hospedeiro frente ao desenvolvimento de inúmeras formas de manifestações patológicas periodontais. Avaliação: 1. Exame periodontal completo 2. Identificar as condições que são sugestivas de desordem sistêmicas, tais como: a) Inaptidões físicas, sinais e sintomas de xerostomia, lesões mucocutâneas, crescimento gengival b) Hemorragia gengival excessiva c) Uso terapêutico de droga d) Hábito de fumar, dependência química e) História de doenças recorrentes ou crônicas f) Evidencia de fatores psicossociais/emocionais g) História familiar da doença sistêmica 3. Solicitações de testes laboratoriais apropriados 4. Indicação para consulta com outros profissionais de saúde quando justificado 5)Doença Periodontal necrosante Pode ser conhecida como: Gengivite ulceromembranosa G. Ulcerativa necrosante G. de Vincent Gengivoestomatite necrosante Boca de trincheira: odor fétido Subdividida em: Gengivite Ulcerativa necrosante (GUN) Periodontite Ulcerativa Necrosante (PUN) Gengivite ulcerativa necrosa aguda (GUNA) Acomete adolescentes e adultos jovens frequentemente na presença de estresse psicológico Tem tendência à recorrência e múltiplos episódio de recidiva podem afetar o processo alveolar subjacente Pode progredir para PUN As lesões de DPN tem demonstrado uma microbiota constante (Treponema sp., Selenomonas sp., B. melaninogenicus ssp) e uma microbiota variável com um aglomerado heterogêneo de tipos bacterianos. Carcterizam-se por ulcerações com necrose do epitélio e das camadas superficiais do tecido conjuntivo e uma reação inflamatória aguda inespecífica. Os microorganismos nas lesões tem sido isolados não apenas nos componentes teciduais necrosados, mas também no epitélio conjuntivo sadio. Manifestações orais: Lesão ulcerada, revestida por pseudomembrana branca A papila interdental apresenta-se inflamada, edematosa e hemorrágica Odor fétida, dor intensa, hemorragia espontânea e acúmulo de tecido necrótico. Crateras-papila invertida Periodontite ulcerativa necrosante (PUNA) Ocorre perda do osso alveolar e ulceração do tecido gengival interdental (possibilidade de sequestro) Em geral é irreversível Caracteriza-se pela ulceração gengival e necrose associada à perda de ligamento periodontal de rápida progressão. Fatores Predisponentes: 1. Doenças sistêmicas: Infecções pelo HIV, doenças leucocitárias (leucemia) Sarampo, varicela, tuberculose, gengivoestomatite herpética, malária e desnutrição 2. Higiene oral deficiente, gengiva preexistente e história prévia de DPN 3. Estresse psicológico e sono inadequado 4. Uso de tabaco e álcool 5. Pacientes jovens (22 a 24 anos) 6)Abscessos do periodonto Abscessos: cápsula contendo pus Essa categoria foi incluída porque abscessos periodontais, embora façam parte do curso clinico de muitas formas de periodontite, podem apresentar diagnósticos e modalidade de tratamento distinta, por isso merece ser classificados a parte das outras doenças periodontais O abscesso periodontal contém bactérias, produtos bacterianos, células inflamatórias, produtos do tecido colapsado e exsudato inflamatório; É formado por fechamentos ou trauma na entrada da bolsa periodontal, o que resulta na extensão da infecção da bolsa ao tecido mole da parede; Sintomas comuns: Dor latejante Extrema sensibilidade de gengiva afetada á palpação Sensibilidade, mobilidade ou extrusão do dente adjacente Mau hálito Linfadenopatia Febre, leucocitose e mal estar (ocasionalmente) Subdivisão: Abscesso gengival: milho da pipoca Abscesso periodontal: já apresenta doença periodontal Abcesso pericoronário: pericoranite terceiro molar (cunha distal ou exodontia) 7) Periodontite associada com lesões endodônticas Possibilidades: Perda óssea que atinge o ápice; Necrose pulpar que atingiu o ápice e contaminou a raiz gerando a bolsa; Periodontite avançou e atingiu até o forame apical; Apenas a raspagem não é suficiente, necessita tratar endodonticamente e depois raspar O fator de o periodonto ser anatomicamente interligado à polpa dental através dos forames apicais e canis laterais cria vias de acesso para a troca de agentes nocivos entre os dois tecidos quando um deles ouambos são afetados. Não apenas podem ocorrer interações entre o periodonto e a polpa, induzindo lesões ou até mesmo agravando as já existentes, como também podem apresentar um desafio para o clinico em determinar a causa direta da condição inflamatória no periodonto. Infecções de origem periodontal ou endodôntica podem resultar em: Aumento na profundida à sondagem adjacente a uma superfície radicular; Edema; Sangramento à sondagem; Supuração; Formação de fístula; Sensibilidade á percussão; Aumento de mobilidade dental; Perda óssea angular; Dor; Influência da Doença Periodontal na condição pulpar: ´´ A DP raramente prejudica as funções vitais da polpa. Enquanto o suprimento sanguíneo através do forame apical permanecer intacto, a polpa é capaz de suportar elementos nocivos liberados pela lesão no periodonto´´ Influencia das medidas do tratamento periodontal sobre a polpa: a) Raspagem e alisamento radicular: ´´A vitalidade da polpa normalmente não é ameaçada por procedimentos de raspagem e alisamento radicular´´ b) Hipersensibilidade dentária radicular: Mecanismo(teoria) hidrodinâmico- sensação dolorosa sob estímulos externos 8) Deformidades desenvolvidas ou adquirida Deformidades desenvolvidas ou adquiridas não são doenças separadas, elas são importantes modificadores da suscetibilidade para doenças periodontais ou podem influenciar drasticamente a conduta do tratamento, por este motivo foram incluídas na nova classificação. Dividem-se em quatro grupos: 1. Fatores relacionados à localização dos dentes que modificam ou predispõem à placa induzindo doença gengival/periodontite; 2. Deformidades mucogengivais e condições ao redor do dente; 3. Deformidades e condições mucogengivais dos rebordos edêntulos; 4. Trauma oclusal; Trauma oclusal: As forças traumáticas podem atuar sobre um único dente ou sobre grupos de dentes que estejam em contato prematuro, eles podem ocorrer em associação com hábitos parafuncionais, tais como apertamento dentários e bruxismo, em conjunto com a perda ou migração de pré-molares e molares, acompanhado de separação gradual de dentes antero-superiores. Inlfuencia do trauma oclusal na doença periodontal: Não pode induzir a destruição do tecido periodontal; Pode resultar em uma reabsorção do osso alveolar, levando a um aumento da mobilidade; Pode, sob certas condições, aumentar a velocidade de progressão da doença, isto é, atuar como um fator no processo destruitivo
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