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DIREITO APLICADO À NEGÓCIOS_N1_Estudo de caso

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FACULDADE METROPOLITANAS UNIDAS
MBA GESTÃO ESTRATÉGICA DE NEGÓCIOS
DANIELLE PEDROSO RAMHOLD – RA 2019304888 
DIREITO APLICADO À NEGÓCIOS – Resolução do Caso (N1)
São Paulo
2022
Aproximadamente um ano após a cisão, dois empregados da Empresa João de Barro Ltda. foram demitidos e ajuizaram reclamatória trabalhista. Destaque-se que Robson Cavalcanti trabalhava originalmente para a Empresa Construir Ltda., enquanto Matias Portugal somente teve vínculo com a Empresa João de Barro Ltda. Também foi ajuizada uma ação de execução fiscal em face de ambas as empresas, cujo objeto era o ISS dos anos de 2016 e 2017, ou seja, débitos anteriores à cisão.
As ações trabalhistas de ambos os ex-empregados foram julgadas procedentes em primeira instância e confirmadas pelo Tribunal Regional do Trabalho. Tendo havido o trânsito em julgado das sentenças condenatórias, deu-se início à execução, sem, no entanto, sucesso no alcance de patrimônio da Empresa João de Barro Ltda. para satisfazer os créditos dos exequentes.
Diante do insucesso na persecução do crédito trabalhista, os advogados de ambos os ex-empregados requereram a constrição de bens da Empresa Construir Ltda. Foi então exposta a você, estudante, a seguinte questão: Na busca da satisfação do crédito dos ex-empregados da Empresa João de Barro Ltda., é possível alcançar o patrimônio da Empresa Construir Ltda.? Quanto ao crédito tributário, é possível responsabilizar a empresa sucessora por tributos anteriores à cisão?
Analisando a legislação:
Art. 10 da CLT: Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448 da CLT: A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
A legislação trabalhista, na justificação dos contratos de trabalho e mirando à garantia do empregado, estabelece o princípio da continuidade do vínculo jurídico trabalhista, declarando que a alteração na estrutura jurídica e a descendência de empresas em nada o afetará.
Esse princípio significa, simplesmente, uma garantia de permanência do contrato de trabalho, no pressuposto de que o empregado tem um direito de continuidade na empresa, da qual é um colaborador.
Quanto ao crédito tributário, no artigo 132 do Código Tributário Nacional diz que “a pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do acontecimento pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas (BRASIL, 1966, on-line).” Entendo que com isso é possível responsabilizar a sucessora por tributos anteriores a cisão. 
Conclusão: É possível identificar que Robson Cavalcante e Matias Portugal possuem com base nos artigos 10 e 448 da CLT e o artigo 132 do Código Tributário Nacional para atingirem os patrimônios da Construir Ltda e não apenas da João Barros Ltda, sabendo que foi uma cisão parcial. 
Referências:
 JOTA, J. M. Reforma trabalhista e alteração na disciplina da sucessão trabalhista. 2018. Disponível em: http://www.granadeiro.adv.br/clipping/doutrina/2018/01/30/reforma-trabalhista-alteracao-n a - disciplina-da-sucessao-trabalhista
[1] LEI Nº 13.467 DE 13 DE JULHO DE 2017. [2017]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm Acesso em: 17 mai.2022
[2] SHINGAKI, Mário. Cisão de empresas: aspectos contábeis e tributários. [1994]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cest/a/c4HN8sJFsG6vJKVNdV74dJB/?lang=pt Acesso em 17 mai. 2022
[3] NASCIMENTO, Amauri Mascaro /Sonia Mascaro Nascimento. Alteração na Estrutura Jurídica da Empresa [20015]. Disponível em: https://vlex.com.br/vid/alteracao-na-estrutura-juridica-566064430 Acesso em: 17 mai.2022

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