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A empresa Construir Ltda sofreu uma cisão parcial, ficando assim: Construir Ltda e João Barros Ltda, dividindo seu patrimônio e funcionários. Dois funcionários da área de “supply chain”, Robson Cavalcante e Matias Portugal, foram demitidos. Robson tinha contrato antes da separação e Mathias tinha contrato após a separação. Eles entraram com ação judicial contra a João Barros Ltda. por direitos rescisórios, e no caso de Robson ele trabalhou horas extras antes de ir para a João Barros Ltda. Ambas as ações obtiveram êxito em primeira instância, mas não atingiram os ativos da Construir Ltda., apenas os da João de Barros Ltda. Em Jota (2018), a sucessão trabalhista é um evento que transfere a propriedade de uma empresa. Ao mesmo tempo, há também o acolhimento das dívidas pela sucessora e a transição de créditos pela sucedida. A participação acionária na empresa Construir Ltda pode ser atingido nos termos dos artigos 10 e 448 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) sabendo-se que a cisão ocorrida é apenas parcial. O artigo 10.º estabelece que quaisquer alterações na estrutura jurídica da empresa não afetarão os direitos dos trabalhadores, e o artigo 448.º estabelece que as alterações na propriedade da empresa ou na estrutura jurídica não afetarão os contratos de trabalho dos trabalhadores. Em relação aos créditos tributários, o artigo 132 do Código Tributário Nacional estabelece que a pessoa jurídica de direito privado decorrente de outra parte ou de fusão, transformação ou incorporação de outra parte é responsável pelo pagamento do imposto a partir dessa data. Os eventos são constituídos, transformados ou consolidados por pessoas coletivas de direito privado. Portanto, os sucessores podem ser responsabilizados pelo pagamento de impostos antes da separação. Pode-se apurar que Robson Cavalcante e Matias Portugal atingiram os patrimônios da Construir Ltda. e não apenas da João Barros Ltda nos termos dos artigos 10 e 448 da CLT e do artigo 132 do Código Tributário Nacional, sabendo que se tratava de uma alienação parcial. Referências: JOTA, J. M. Reforma trabalhista e alteração na disciplina da sucessão trabalhista. 2018. Disponível em: http://www.granadeiro.adv.br/clipping/doutrina/2018/01/30/reforma-trabalhista- alteracao-na-disciplina-da-sucessao-trabalhista
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